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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UNILESTE

ESCOLA POLITÉCNICA

PROJETO INTEGRADOR
Produção de Experimentos para Demonstração do Uso da Energia
Química na Engenharia

João Lucas Nascimento Barroso


Julia Soares Drumond
Pedro Henrique Silva Soares Vargas
Robert Thales Almeida Silva Alves

CORONEL FABRICIANO – MG
FEVEREIRO DE 2021
Sumário

Sumário ......................................................................................................................................... 2
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS................................................................................................... 3
1.1. Equação Diferencial de Primeira Ordem ......................................................................... 5
1.1.1. Processamento ............................................................................................................. 6
1.1.2. Equação da Altura Máxima .......................................................................................... 7
1.1.3. Equação da Distância Máxima ..................................................................................... 8
1.1.4. Cálculo da altura máxima ........................................................................................... 10
1.1.5. Cálculo da distância máxima ...................................................................................... 11
2. APLICAÇÃO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS.......................................................................... 12
2.1. Equação diferencial utilizando mistura ......................................................................... 12
3. VELOCIDADE DE ESCAPE DA TERRA ................................................................................... 14
3.1. Velocidade de escape da terra para o infinito: ............................................................. 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 17
1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

As leis da física são expressas como relações matemáticas entre


grandezas físicas. Segundo a terceira lei de Newton, quando dois corpos
interagem aparece um par de forças como resultado dessa interação, ou seja, a
ação que um corpo exerce sobre outro. Estas forças são comumente chamadas
de par ação-reação. Este é o principal princípio utilizado no lançamento de
foguetes.
O termo foguete aplica-se a um motor que impulsiona um veículo
expelindo gases de combustão por queimadores situados em sua parte traseira.
Difere de um motor a jato por transportar seu próprio oxidante, o que lhe permite
operar na ausência de um suprimento de ar. Os motores de foguetes vêm sendo
utilizados amplamente em voos espaciais, nos quais sua grande potência e
capacidade de operar no vácuo são essenciais, mas também podem ser
empregados para movimentar mísseis, aeroplanos e automóveis.
Nesta concepção, a construção de um foguete de garrafa PET tem como
objetivo a demonstração de alguns conceitos físicos e químicos estudados
principalmente na disciplina de Física como: Impulso, quantidade de movimento,
leis de Newton, aceleração dos corpos, etc., e da Química, principalmente a
parte referente a reações químicas. Os resultados práticos (lançamento e vôo)
são bastante interessantes, o que mostra na prática a teoria estudada.O foguete
de garrafa PET aborda uma grande quantidade de fenômenos físicos, e assim,
permitindo a interação entre diversas áreas da Física e da Química.
O princípio de funcionamento do motor de foguete baseia-se na terceira
lei de Newton, a lei da ação e reação, que diz que "a toda ação corresponde uma
reação, com a mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário".
Imaginemos uma câmara fechada onde exista um gás em combustão. A
queima do gás irá produzir pressão em todas as direções. A câmara não se
moverá em nenhuma direção pois as forças nas paredes opostas da câmara irão
se anular. Se introduzirmos um bocal na câmara, onde os gases possam
escapar, haverá um desequilíbrio. A pressão exercida nas paredes laterais
opostas continuará não produzindo força, pois a pressão de um lado anulará a
do outro. Já a pressão exercida na parte superior da câmara produzirá empuxo,
pois não há pressão no lado de baixo (onde está o bocal).
Assim, o foguete se deslocará para cima por reação à pressão exercida
pelos gases em combustão na câmara de combustão do motor. Por isto este tipo
de motor é chamado de propulsão por reação. Como no espaço exterior não há
oxigênio para queimar com o combustível, o foguete deve levar armazenado em
tanques não só o propelente (combustível), mas também o oxidante
(comburente).
A magnitude do empuxo produzido (expressão que designa a força
produzida pelo motor de foguete) depende da massa e da velocidade dos gases
expelidos pelo bocal. Logo, quanto maior a pressão dos gases expelidos, maior
o empuxo. Assim, surge o problema de proteger a câmara do bocal e o bocal
das altas temperaturas produzidas pela combustão. Uma maneira engenhosa de
fazer isto é usar um fino jato do próprio propelente usado pelo foguete nas
paredes do motor, para formar um isolante térmico e refrigerar o motor.
Tudo se inicia com a reação química que ocorre entre o vinagre (ácido
acético) e o bicarbonato de sódio. Tal reação libera CO2 (gás carbônico) com
um progressivo aumento da pressão no interior da garrafa. A pressão aumenta
a ponto de a rolha escapar. Quando isso acontece, a água e o ar são
violentamente expulsos (ação) e empurrando (reação) a garrafa na mesma
direção e sentido oposto.
Por outro lado, a razão entre a força (F) exercida por um corpo
perpendicularmente sobre uma superfície e a área (A) de contato deste corpo
com a superfície denomina-se pressão [P]. O foguete funciona, pois o vinagre e
o bicarbonato de sódio (que este embrulhado na trouxinha de papel) reagem
entre si formando CO2. Quanto mais gás é liberado, maior a pressão no interior
da garrafa. A pressão chega a um ponto tal, que a rolha é forçada a sair. Quando
isso ocorre, o vinagre é empurrado para fora em alta velocidade, fazendo com
quea garrafa seja empurrada para cima.
1.1. Equação Diferencial de Primeira Ordem

A equação diferencial de primeira ordem é dada da seguinte forma:

onde é dada e a incógnita a é a função . O domínio pode

ser um intervalo ou a reta real inteira. Quando a função não


depende explicitamente sobre a variável independente e o problema pode ser
escrito na seguinte forma:

então diz-se que se trata de um sistema autônomo de primeira ordem.


1.1.1. Processamento

As contas foram obtidas através de pesquisas e dados tirados de outro


experimento que foi testado. Foi considerado:

Primeiro, para mostrar que a trajetória do projétil é uma parábola, isolou-


se o tempo (t) na equação de posição:

E então substitui-se o tempo (t) na equação do movimento:


1.1.2. Equação da Altura Máxima

Para encontrar a equação que permite calcular a altura máxima em que o


foguete atinge usamos a seguinte equação:

Quando o foguete atinge sua altura máxima, a velocidade na direção y é


igual a zero, então isolou-se o tempo (t) novamente:

E substituiu-se o mesmo na equação do movimento:


1.1.3. Equação da Distância Máxima

Substituindo o tempo (t) na equação de posição, obtemos:

Segundo a regra do seno da soma, temos que:


1.1.4. Cálculo da altura máxima

Usando a equação já descrita anteriormente, os valores de tempo e


distância obtidos e o ângulo de inclinação da base do foguete, calculou-se a
altura máxima em que o foguete atinge na direção y:

Para encontrar o valor de V0, usou-se a equação de posição no tempo


em que o foguete atinge o chão, ou seja, em seu tempo e distância final:

Depois de encontrar o valor de V0, então substituiu-se o mesmo na


equação da altura máxima:
1.1.5. Cálculo da distância máxima

Utilizando a equação descrita anteriormente, calculou-se a distância


máxima em que o foguete alcança na direção x:
2. APLICAÇÃO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

2.1. Equação diferencial utilizando mistura

180 litros da mistura homogênea de água + sal (solução salina) estão


dispostos no interior de um tanque, reservado em temperatura ambiente. Uma
torneira despeja água no interior do tanque com uma velocidade de 4 litros por
minuto, sendo que o tanque despeja para fora toda a solução em uma velocidade
de 3 litros por minuto. Considerando que a quantidade de sal inicial no tanque
seja 10000g, depois de 30 minutos qual será a quantidade final de sal?

(Vi) Volume Inicial - 150 L


(S) Quantidade de Sal Inicial - 10000g
(Qt)Vazão da torneira - 5l/m
(Qtq)Vazão do tanque - 3l/m

Sendo a quantidade de sal no tanque em um dado momento. O volume


de solução no interior do tanque em qualquer momento é

a concentração de sal é:

a quantidade de sal no tanque, , é a solução do problema de valor


inicial
A equação citada é linear e pode ser escrita como:

Um fator integrante é neste caso:

multiplicando a equação por obtemos:

Integrando-se obtemos:

ou seja,

substituindo e o valor de encontrado


temos:

para , a quantidade de sal depois de meia hora será


3. VELOCIDADE DE ESCAPE DA TERRA

A velocidade de escape da terra é uma velocidade onde permite o retorno


do objeto para a terra, por exemplo se eu for lançar um corpo em uma velocidade
“V0” da terra ou seja uma velocidade onde ela seja maior que “Ve” esse corpo
pode possivelmente não mais retornar a terra, todavia se eu estiver dentro dessa
velocidade de escape consigo o retorno do mesmo ao planeta.
Para isso é necessário saber qual a velocidade mínima para que um
objeto, lançado a partir da superfície da Terra, se livre da atração gravitacional.A
condição imposta para que a velocidade seja mínima é que o corpo atinja o
infinito com velocidade igual a zero (v = 0).Desprezando as forças dissipativas,
podemos aplicar a conservação da energia mecânica.
Para calcular o valor de “VE” temos que usar a conservação da energia
mecânica e impor que a energia cinética do corpo se anular no infinito, onde
também a energia potencial se anula. Sendo “Eci” e “Epi” as energias cinética e
potencial no lançamento e “Ecf” e “Epf” as energias cinética e potencial no
infinito, teremos que, em um corpo na superfície da terra:
Vocabulário da fórmula:

m = massa do corpo
M = massa da Terra – M = 6,0x1024 kg
R= Raio da Terra – R = 6,4x106m
G = constante universal da gravitação – G = 6,67x10-11 N.m2/kg
Ec = energia cinética
Ep = Energia potencial Gravitacional
3.1. Velocidade de escape da terra para o infinito:

Ou seja:

Ao simplificar o cálculo isolando a V^2 e simplificado as massas (m)


teremos:

E ao extrair a raiz quadrada teremos:

Sabendo que a constante gravitacional “G” é igual a 6,67x10-11 N.m2/kg,


e a massa da Terra “M” é igual a 6,0x1024 kg e que o raio “R” da Terra é
6,4x106m, chegamos ao seguinte resultado:

Resultado: Então temo que a velocidade da terra é 11,3x10³m/s ou 11,3


km/s.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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F. Sears, M.W. Zemansky e H.D. Young. “Física”; Vol. 2 (Mecânica dos


Fluidos, Calor, Movimento Ondulatório), 2a ed., Livros Técnicos e Científicos
Editora, Rio de Janeiro, 1984, Cap. 12.

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http://www.if.ufrgs.br/cref/maikida/velocidadedeescape.htm. Acesso em: 16 de
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HELERBROCK, Rafael. "Como funciona o lançamento de um foguete";


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Relatório de foguete movido a vinagre e bicarbonato de sódio. Disponível em:


www.ebah.com.br. Acesso em 25 de maio de 2021.

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