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Princípios Aplicados a Motores de Combustão Interna

Energia

É tudo o que pode ser transformado em calor, trabalho mecânico (movimento) ou luz
ou um organismo vivo.

Trabalho

É a medida das transformações de energia causadas por uma força sobre um sistema.

Energia térmica

É a energia associada ao movimento de agitação térmica das moléculas.

Temperatura

É a medida do grau de agitação das moléculas de um corpo. Em outras palavras; é a


medida da energia térmica de um corpo ou a medida da energia cinética média das
moléculas de um corpo. A unidade de medida utilizada no Brasil e °C ( GRAUS
CELSIUS),também chamado de grau centígrado, em países de língua inglesa se o usa o
°F ( GRAUS FAHRENHEIT). As moléculas de um corpo estão em constante movimento
de vibração. Para que elas realizem este movimento, é preciso que possuam uma
forma de energia, chamada energia cinética.

Calor

É a energia térmica em trânsito entre corpos a diferentes temperaturas . É a forma de


energia que se transfere de um corpo a outro, ou uma parte deste a outra , desde que
ambos os corpos tenham temperaturas distintas. Quando nos referimos a uma
sensação térmica ´´ frio `` ou ´´quente``.

De acordo com o 2° principio da termodinâmica , o calor é transmitido


espontaneamente de um corpo de maior temperatura para um corpo de menor
temperatura. O contrário só é possível com a introdução de trabalho. As unidades de
medidas de calor mais usuais são a :

Caloria e o BTU (BRITISH THERMAL UNIT) Unidade Térmica Britânica. No sistema


métrico , a unidade adotada é a caloria, que representa a quantidade de calor
necessária para aquecer 1°C , de 15,5°C para 16,5°C, um grama de água. O BTU é a
unidade utilizada non sistema inglês de unidades, e representa a quantidade
necessária para variar de 1° F de 39,5 °F até 40,5 °F uma Libra de água.

O processo de transmissão de calor pode ocorrer de três formas:


Condução - contato de molécula a molécula.

Convecção – líquidos.

Irradiação – radiação térmica.

Equilíbrio térmico

Quando dois corpos a diferentes temperaturas são colocados em contanto, ocorre a


troca de calor entre os mesmos, até que atinjam o equilíbrio térmico, ou seja, estejam
a mesma temperatura.

Pressão

É a força aplicada em uma determinada área. Podemos chamar de pressão a força


aplicada perpendicularmente sobre uma determinada área. Sendo assim, quanto
maior for a área ,menor será a pressão se mantivermos a força constante.

P=F/A.

P= pressão.

F= força.

A= área.

Vácuo

É a ausência de matéria em uma região do espaço.

Densidade

Massa volúmica ou massa volumétrica de um corpo ou seja a relação entre a massa e o


volume desse corpo.

D=M/V

D= Densidade.

M= Massa.

V= Volume.

Combustão

É o fenômeno químico que libera calor através da reação de uma substância como o
oxigênio.
Fatores que intervêm na combustão:

- Combustível: É toda substancia capaz de reagir com oxigênio e liberar calor.

- Comburente: Na chamada combustão convencional, o ar atmosférico ,que fornece o


oxigênio, é o comburente.

-Temperatura: ´´ Ponto de inflamação``, mínima temperatura a ser atingida para que


ocorra o processo de combustão.

No motor do automóvel quando a mistura ar e de combustível vaporizado


proveniente do carburador ou injetor de combustível é introduzida no cilindro e depois
comprimida pelo pistão ,sua temperatura, que é diretamente proporcional a pressão,
aumenta. Essa mistura, ao inflamar-se com a ajuda da faísca (elétrica) produzida pelo
sistema de ignição e encaminhada a vela de ignição no interior do cilindro, entra em
combustão. O calor produzido por essa combustão eleva tanto a temperatura quanto a
pressão da mistura; a expansão dos gases exerce então sobre o pistão uma força capaz
de empurrá-lo para baixo, e fazer funcionar o motor. Após a combustão , os gases
queimados são expulsos para a parte externa do motor a fim de repetir o processo.

Potência

É a capacidade de realizar trabalho em um determinado espaço de tempo. Sua


unidade de medida é o watt.

Pot = π ∕∆ t

Pot = potência.

π = trabalho (J).

∆t = intervalo de tempo.

O trabalho é medido em joules e somente haverá trabalho se houver uma força


aplicada sobre um corpo que se desloca. O trabalho é medido em joules ( j ) . Essa
medida é igual a um newton metro.

1 J = 1 NM

CV = Cavalos vapor.

HP = Horse power.

1 CV = 736 W = 0,736 KW.

1 HP = 746 W = 00,746 KW.


Torque

Esforço de torção que resulta de duas forças iguais ,paralelas e de sentidos opostos,
que produzem ou tentam produzir um movimento de rotação.

T= F.D

T= torque = Trabalho.

F= força = Newton (N).

D = distância = Metro ( M).

Logo, T = NM.

1KGF = 9.806N

Para se calcular a potencia de um motor é necessário conhecer o valor do torque


medido com um dinamômetro e o valor da velocidade de rotação do motor.

P = T. ὠ
P = Potência em Watt.

T= Torque, em Newtons X Metro (NM)

ὠ = Velocidade de rotação RAD/s = Radiano por segundo que é unidade padrão do SI


( sistema internacional), para medida de rotação angular.

360° = 2π Rad

180° = 1π Rad

90° = π/2 Rad

60° = π/3 Rad

45° = π/4 Rad

30° = π/6 Rad

Rad = Radiano = arco/raio.

π Rad = perímetro do arco/raio.


Relação Torque x potência

É a relação entre potência máxima e torque máximo. Normalmente o torque resiste


até um certo limite, depois, cede . Isso acontece em razão de vários fatores que
influenciam a eficiência volumétrica. O torque é máximo ,quando temos a máxima
admissão de ar que leva em consideração o sistema de comando de válvulas e o
coletor de admissão, explorando a dinâmica dos gases. A curva de torque nos mostra
que este motor tem seu melhor enchimento dos cilindros a 2000 RPM, após esta
rotação o torque diminui, proporcionalmente a quantidade de ar quanto a potência
máxima que leva em consideração o tempo só é atingido em um regime superior ao
torque.

Expansão dos gases

Um corpo seja ele sólido, liquido ou gasoso, compõe-se de moléculas que se deslocam
e que se chocam em um movimento bastante rápido. Uma elevação da temperatura
acelera a velocidade de seus movimentos provocando uma expansão do corpo e
consequentemente um aumento de pressão dos gases sobre as paredes do cilindro. O
pistão, única peça móvel, cede à pressão e se desloca, o que faz girar o virabrequim.

Cilindrada

A cilindrada de um motor corresponde ao volume da mistura de combustível


deslocado por um curso do pistão do PMS ao PMI, multiplicado pelo número de
cilindros. Para calcular o volume de um cilindro, basta multiplicar a medida da
superfície do pistão pela medida do seu curso.

C = π . r².c
C =cilindrada

π = 3,1416

r= raio (diâmetro/2)

c= curso

Relação volumétrica

Denomina-se relação volumétrica a relação entre o volume da mistura de ar


combustível contida num cilindro, quando o pistão encontra-se no ponto morto
inferior, e o volume da mistura comprimida, quando o pistão encontra-se no ponto
morto superior. Por exemplo ,se durante o curso de compressão o volume admitido
em um cilindro de 500 cm³ é comprimido em uma área de 50 cm³, diz-se que a taxa de
compressão é de 10 para 1 ou de 10:1 ( 500/50 = 10:1).

Rendimento volumétrico

O rendimento volumétrico consiste na relação que se estabelece entre a quantidade


da mistura aspirada no cilindro de um motor durante o tempo de admissão e a
quantidade de mistura que poderia teoricamente ser admitida.

Para que o cilindro possa se encher completamente, seria necessário que a mistura
fosse aspirada lentamente. Entretanto, essa mistura deve turbilhonar rapidamente no
momento da entrada do ar tanto na tubulação de admissão quanto nas aberturas
estreitas controladas pelas válvulas de admissão. O contato da mistura com o calor do
motor provoca a expansão dessa mistura.

Por outro lado, a velocidade do pistão reduz a quantidade da mistura a ser admitida no
cilindro. Quando o motor encontra-se em marcha lenta, o pistão se desloca do PMS ao
PMI em um décimo de segundo (0,1 s) aproximadamente. Quando o motor gira em
grande velocidade, o pistão alcança esse trabalho em menos de um centésimo de
segundo (0,01 s).

Não apenas a expansão da mistura gasosa, mas também o tempo de admissão muito
curto acarreta na admissão um volume menor que o previsto no cilindro. Ao aumentar
a rotação de um motor reduz-se a eficiência volumétrica.

O rendimento volumétrico de um motor pode ser melhorado de diversas formas. Os


fabricantes vivem tentando reduzir ao máximo a resistência do deslocamento da
coluna de mistura no circuito de admissão. O polimento das paredes internas das
passagens e a mudança nos projetos dos coletores de admissão, que ganham
contornos de curvas suaves, aliada ao uso de materiais plásticos na construção desses
coletores, facilitam o processo de deslocamento das colunas quanto a admissão de um
volume de mistura com menor perda de propriedades ao longo do coletor; ou seja, a
concepção do mecanismo de válvulas melhora o volume de mistura admitido. Também
as válvulas de diâmetro maior ou o acréscimo de uma segunda válvula de admissão
contribuem para um melhor enchimento dos cilindros. Os fabricantes também podem
escolher a prolongação do tempo de abertura das válvulas de admissão apenas
modificando o perfil do comando de válvulas.

Enfim, a utilização de um compressor volumétrico ou de um turbo compressor permite


melhorar a eficiência volumétrica, particularmente em processos de aceleração ou em
alta velocidade. Por outro lado, o arrefecimento do ar de admissão que passa por um
trocador de calor melhora o rendimento volumétrico, qualquer que seja a rotação do
motor.
Energia calórica do motor

A energia calórica do motor provém da energia químico-potencial da mistura ar-


combustível. Para que um combustível queime rapidamente, ele deve ser
transformado em vapor misturado com ar, e depois comprimido. A energia química da
combustão da mistura gasosa é transformada em energia calórica. O calor aumenta a
pressão sobre a superfície do pistão forçando o a descer rapidamente e provocar,
assim, a rotação do virabrequim.

Considerável parte da energia calórica, porem, é absorvida pelo líquido de


arrefecimento e se perde ( recupera-se uma pequena quantidade para o sistema de
aquecimento do veículo). De fato apenas 15% da energia potencial da gasolina serve
para impelir, para propulsar o veículo. Isso ocorre porque o sistema de arrefecimento
absorve 35% de toda a energia calórica, enquanto o sistema de escapamento evacua o
mesmo potencial de energia; o atrito do motor e do grupo motopropulsor, por sua vez,
para vencer a força da inercia, consome a outra parcela de energia.

Classificação de motores:

Motor de combustão externa – exotérmico.

Motor de combustão interna – endotérmico.

A classificação dos motores de combustão interna efetua-se de diferentes maneiras:

Pelo tipo de ciclo:

Quatro tempos

Dois tempos

Wankel

Turbina

Miller

Pelo número de cilindros:

Um

Dois

Três

Quatro
Cinco

Seis

Oito

Dez

Doze

Dezesseis

Pela disposição dos cilindros:

Longitudinal

Transversal

Em linha

Em V

Em W

Horizontal (sentidos opostos).

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