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Processos termodinâmicos

Quando há mudança de alguma das propriedades de uma substância, há mudança de


estado. Processo é o caminho percorrido por um sistema devido à
mudança sucessiva de estado (BORGNAKKE, et al., 2010). Um processo ideal ou de
quase-equilíbrio é aquele em que o desvio do equilíbrio termodinâmico é infinitesimal e
todos os estados pelos quais o sistema passa durante o processo podem ser
considerados como estados de equilíbrio.

É chamado de isotérmico o processo no qual a temperatura permanece


constante, de isobárico o processo no qual a pressão permanece constante, de
isocórico o processo no qual o volume permanece constante, de isoentálpico o
processo no qual a entalpia permanece constante e de isoentrópico no qual a entropia
permanece constante.

Ocorre um ciclo termodinâmico quando o sistema, em dado estado inicial, passa por
mudanças de estado sequenciais e retorna ao estado inicial. Portanto, as propriedades
do estado final de um sistema que percorreu um ciclo são as mesmas que as do
estado inicial.

O termo regime permanente, significa que não ocorrem mudanças de estado do


sistema no tempo. Um grande número de equipamentos e sistemas de engenharia
opera durante longos períodos nas mesmas condições, portanto são equipamentos
que operam em regime permanente.

Ciclo de Carnot
Seja um motor térmico que opera em ciclo entre dois reservatórios térmicos a
temperaturas constantes, um a alta e outro a baixa temperatura. Neste motor, todos os
processos são reversíveis.

Sendo todos os processos reversíveis, o ciclo também é reversível. Se for


invertido funciona como um refrigerador (mostrado em linhas tracejadas na Figura 5).

Considera-se que o fluido de trabalho é uma substância pura, como, por


exemplo, a água.

No primeiro processo, o calor é transferido do reservatório de alta temperatura


para o gerador de vapor. Para que o processo seja reversível, a diferença de
temperatura entre o gerador de vapor e o reservatório deve ser infinitesimal e a água,
nesse processo, deve se manter a temperatura constante (processo isotérmico
reversível).

O processo seguinte ocorre na turbina, sem transferência de calor (adiabático


reversível). A temperatura do fluido diminui desde o valor da temperatura do
reservatório de alta, até o valor da temperatura do reservatório de baixa.

No próximo processo, calor é rejeitado do fluido de trabalho para o reservatório


de baixa temperatura. Também nesse caso, a temperatura do reservatório é só
infinitesimalmente inferior à do fluido e ocorre mudança de fase – condensação a
temperatura constante (processo isotérmico reversível).

O processo final do ciclo é adiabático reversível, com aumento de temperatura


do valor do reservatório de baixa até o valor do reservatório de alta.

O rendimento térmico de qualquer motor é sempre inferior a 100%. O ciclo de


maior rendimento possível é o do ciclo de Carnot.

Foram enunciados os seguintes dois corolários, chamados de Corolários de


Carnot, que estabelecem a máxima eficiência teórica para sistemas de potência
operando em ciclos, comunicando-se com dois reservatórios a diferentes
temperaturas.

 A eficiência térmica de um ciclo de potência irreversível é sempre menor que a


eficiência térmica de um ciclo de potência reversível que opere entre os
mesmos reservatórios térmicos.
 Todos os ciclos de potência reversíveis que operem entre os mesmos dois
reservatórios, terão a mesma eficiência térmica.
As expressões para a máxima eficiência teórica dos ciclos de potência e os
máximos coeficientes de desempenho dos ciclos de refrigeração e das bombas de
calor são definidas a partir da Escala Termodinâmica de Temperatura, ou Escala
Kelvin.

Do segundo corolário de Carnot, sabe-se que ciclos reversíveis operando entre


os mesmos reservatórios térmicos têm sempre a mesma eficiência,
independentemente da substância de trabalho ou da série de processos.

Assim, a eficiência vai depender somente das características dos reservatórios,


ou seja, da diferença de temperatura entre eles.

η = 1 – QF/QQ= 1 - ψ(TF/TQ) (65)

ψ designa uma função

Existem diversas relações funcionais que satisfazem a equação (65). Lord Kelvin
escolheu a equação (66):

QF/QQ=TF/TQ
(66)

O que leva à seguinte expressão para a eficiência máxima dos ciclos de


potência, equação (67):

η = 1 – TF/TQ
(67)

A função selecionada por Kelvin fornece somente uma razão entre


temperaturas. Para completar a definição da escala Kelvin, foi determinado o valor
zero desta escala, chamado de zero absoluto, e que é igual a -273,15 °C.

 Ciclo de Rankine

A Figura 19 representa o ciclo Rankine, que é constituído basicamente por dois


processos isobáricos e dois processos isoentrópicos. Através da queima de
combustível, a caldeira fornece vapor, que é expandido na turbina gerando potência.
Na análise do ciclo Rankine, é útil considerar que o rendimento depende da
temperatura média na qual o calor é fornecido e da temperatura média na qual o calor
é rejeitado. Qualquer variação que aumente a temperatura média do calor fornecido,
ou que diminua a temperatura média do calor rejeitado, aumentará o rendimento do
ciclo.

Recomenda-se que a razão entre a massa de vapor e a massa total da mistura


na saída da turbina seja superior a 85% para esse ciclo, evitando corrosão e erosão
nas palhetas da turbina. Para garantir essa condição, é desejável o superaquecimento
do vapor à saída da caldeira.

O ciclo Rankine aplicado à cogeração caracteriza-se pela utilização da energia


térmica do vapor extraído da turbina, conforme Figura 20. Nesse caso o Fator de
Utilização de Energia (FUE) do ciclo é definido como a equação (73):

FUERankine = (|Ẇ turbina|-|Ẇ bomba|+|Q̇ processo|)/(|Q̇ combustível|)


(73)

 Ciclo de Brayton

O ciclo-padrão a ar Brayton é o ciclo ideal para a turbina a gás simples


(BORGNAKKE, et al., 2010). A operação ocorre em ciclo fechado, onde são utilizados
dois processos de transferência de calor, ou em ciclo aberto, onde há um processo de
combustão interna, conforme Figura 21 e Figura 22.

No ciclo aberto, ar atmosférico é continuamente injetado no compressor. A


entrada de energia vem do combustível queimado na câmara de combustão, que
posteriormente é expandido na turbina, para ser finalmente exaurido para o ambiente.

No ciclo fechado, a energia é adicionada ao fluido por uma fonte de calor, oriunda de
uma planta nuclear, da queima de biomassa, etc.

O Fator de Utilização de Energia do ciclo Brayton, FUEBrayton, é definido como na


equação (74):

FUEBrayton = 1 - |QF|/| QQ|


(74)

Desenvolvendo a equação (74), tem-se a equação (75):

FUEBrayton = 1 – [(1)/((P2/P1)^(k-1)/k)]
(75)

Assim, o FUE do ciclo-padrão a ar Brayton é função da relação de pressão


isentrópica. O rendimento aumenta com a relação de pressão. Outra característica
importante para esse ciclo é que o compressor utiliza uma grande quantidade de
trabalho na sua operação; a potência utilizada no compressor pode representar de
40% a 80% da potência desenvolvida na turbina (BORGNAKKE, et al., 2010).

A temperatura de admissão na turbina poderá atingir valores de 1.300ºC,


considerando um aumento na eficiência dos processos e o desenvolvimento de
materiais cerâmicos e poliméricos. Logo, a temperatura dos gases de escape
aumentará, atingindo valores da ordem de 590ºC. Tais valores favorecem a aplicação
da cogeração, pois a energia contida nos gases de escape pode ser recuperada na
geração de vapor em caldeiras de recuperação de calor ou em turbinas a vapor, para
produção de energia térmica e elétrica.

A turbina a gás é um equipamento desenhado para converter energia de um


combustível em alguma forma útil de trabalho, como trabalho mecânico de eixo ou
impulso de um jato. A primeira patente data de 1.791 e, desde então, vem sendo muito
estudada, com consequente desenvolvimento de materiais e de projetos. Sua
utilização em aviões comerciais também contribuiu para acelerar o desenvolvimento.
As turbinas a gás são ainda utilizadas em termelétricas, navios e trens. Seu uso em
ônibus, caminhões e carros está sendo testado.

No Brasil, as usinas termelétricas a gás eram raras. A utilização de turbinas a


gás ocorria em plataformas marítimas da Petrobrás, em consumidores individuais de
energia que utilizam diretamente a força motriz no eixo da turbina e em aviões
comerciais.

Entretanto, com a evolução da tecnologia e a abundância de gás natural, houve


um crescimento da utilização de centrais geradoras a gás no Brasil. A aplicação de
turbinas a gás em termoelétricas de grande porte também é vista como solução para
problemas de crescimento rápido de demanda em curto espaço de tempo, pois as
turbinas a gás são normalmente equipamentos projetados, testados e otimizados nos
diversos tamanhos pré-definidos por cada fabricante.

 Ciclo combinado

Quando é desejável recuperar calor em um processo, aumentando sua


eficiência térmica, pode-se combinar dois ciclos de potência em série, como o ciclo
Brayton e o ciclo Rankine. O “calor perdido” do ciclo Brayton na exaustão da turbina a
gás é utilizado como fonte térmica para geração de vapor no ciclo Rankine. Assim, o
ciclo de vapor opera com um ciclo de bottoming do ciclo de potência a gás.

O acréscimo de potência alcançado em um ciclo termodinâmico combinado é,


em geral, da ordem de 50% da potência da turbina a gás e a eficiência global passa da
média de 30% do ciclo simples para valores em torno dos 55% a 60% (com referência
ao PCI do combustível) em ciclos combinados comerciais.

A Figura 23 exemplifica a combinação dos ciclos Brayton e Rankine.


A planta do ciclo combinado oferece as melhores soluções para aumentar o FUE
e restringir a poluição do ar e o efeito estufa, representando hoje a solução mais
efetiva. As centrais termelétricas em ciclo combinado apresentam vários benefícios
como elevado rendimento, flexibilidade, rápido prazo de implantação e melhor retorno
de investimento.

A equação (76) é o Fator de Utilização de Energia do ciclo combinado FUEcc:

FUECC = [(Ẇ liq)Brayton+(Ẇ liq)Rankine]/[Q̇ F ]


(76)

Na cogeração realizada com o ciclo combinado, a turbina a vapor ou a própria


caldeira devem oferecer o vapor aos processos através do uso de turbina de
contrapressão, ou extração intermediária da turbina, ou extração da caldeira. A
tecnologia do ciclo combinado proporciona baixo impacto ambiental, elevada eficiência
e custo de geração viável.

 Processos Isoentrópicos

O termo isentrópico significa entropia constante. É importante saber como as


propriedades estão relacionadas em quaisquer dois estados, quando não ocorre
variação de entropia.

Para encontrar as propriedades em um dado estado, podem ser usadas tabelas


ou gráficos. O gráfico de temperatura x entropia e o gráfico de entalpia x entropia são
bastante úteis para representar mudança de estado isentrópica, pois o processo
tornase uma linha reta vertical. A Figura 13 mostra dois estados de um gás ideal tendo
o mesmo valor de entropia específica. Assume-se que os calores específicos sejam
constantes.
Considerando processo isentrópico, as equações (48) e (52) se tornam as equações
(53) e (54).

0 = cv ln (T2/T1) + R ∗ ln(v2/v1)
(53)

0 = cp ln (T2/T1) - R ∗ ln(p2/p1)
(54)

Para gases ideais, tem-se as equações (55)

cp =kR/k-1 e cv =R/k-1
(55)

Sendo k a razão entre os calores específicos a pressão e a volume constantes.


Com as equações (53), (54) e (55) chega-se as equações (56), (57) e (58) que
relacionam as variáveis de estado no processo isentrópico:

T2/T1=(p2/p1)^k-1/k
(56)

T2/T1=(v1/v2)^k-1
(57)

p2/p1=(v1/v2)^k
(58)

 Processo politrópico reversível em gás ideal

O processo politrópico é um processo reversível, com transferência de calor, que


ocorre

de modo que a curva log p x log V seja uma reta. Para que isto ocorra,
sendo –n a inclinação da reta, é necessário que:
𝑝𝑉^𝑛 = 𝑘(𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒) ou 𝑝 = 𝑘/𝑉^𝑛
(p)

Exemplo de ocorrência: expansão dos gases de combustão em uma máquina

refrigerada a água.

De (p) obtêm-se:

𝑝2/𝑝1 = (𝑉1𝑉2)^𝑛
(q)

Usando a lei dos gases perfeitos, ou seja: 𝑝𝑉 = 𝑅𝑇 ou 𝑝 = 𝑅𝑇/𝑉, em (q) (r)

(𝑅^𝑇2/𝑉2)/(𝑅^𝑇1/𝑉1) = (𝑉1/𝑉2)^𝑛, logo:

𝑇2/𝑇1 = (𝑉1/𝑉2)^𝑛−1
(s)

Ainda de (r), 𝑉 = 𝑅𝑇/𝑝 , que levada em (s):

𝑇2/𝑇1 = [(𝑅^𝑇1/𝑝1)/(𝑅^𝑇2/𝑝2)]^𝑛−1 ou 𝑇2/𝑇1 = (𝑇1/𝑇2)^𝑛−1 𝑥(𝑝2/𝑝1)^𝑛−1

Logo:

(𝑇2/𝑇1)^𝑛= (𝑝2/𝑝1)^𝑛−1
(t)

(𝑇2/𝑇1)^𝑛/𝑛 = (𝑝2/𝑝1)^(𝑛−1)/𝑛

De (t), chega-se a:

𝑇2/𝑇1 = (𝑝2/𝑝1)^(𝑛−1)/𝑛

Para um sistema desta natureza, o trabalho realizado pela fronteira móvel é dado por:

𝑊1→2 = ∫1a2𝑝𝑑𝑉 = 𝑘∫1a2𝑣^−𝑛 𝑑𝑣


(s)

Ou seja:

𝑊1→2 = 𝑘[(𝑣^(1−𝑛))/(1−𝑛)]1a2 = 𝑘[(𝑣2^(1−𝑛) −𝑣1^(1−𝑛))/(1−𝑛)] =

[(𝑘(𝑣2𝑥𝑣2^−𝑛)−(𝑣1𝑥𝑣1^−𝑛))/(1−𝑛)]

Mas como 𝑝 = 𝑘𝑣^−𝑛

𝑊 = 𝑝2𝑉2−𝑝1𝑉1/1−𝑛 = 𝑚𝑅(𝑇2−𝑇1)/1−𝑛
R=[8,314 kJ/kmol.K]/M (kg/kmol)}

O processo politrópico é o processo genérico. São casos particulares:

Processo isobárico: p=constante e n=0

Processo isotérmico: T=constante e n=1

Processo isoentrópico: s=constante e n=k, onde k=cp/cv

Processo isocórico: v=constante e n=∞

Referencia

Apostila Ângela

Processos termodinâmicos

O processo termodinâmico é denominado evolução de certas magnitudes ou


propriedades em relação a um determinado sistema termodinâmico. Essas
propriedades são chamadas de propriedades termodinâmicas.

Para estudar um processo termodinâmico é necessário que o sistema esteja em


equilíbrio termodinâmico no ponto inicial e final do processo. Em outras palavras, as
quantidades que sofrem variação ao passar de um estado para outro devem ser
totalmente definidas em seus estados inicial e final.

Um processo termodinâmico também pode ser visto como as mudanças de um


sistema, de algumas condições iniciais para outras condições finais.
Um processo termodinâmico pode ser reversível ou irreversível. Todas as
transformações reais são irreversíveis, uma vez que os atritos não podem ser
totalmente eliminados, de modo que a condição de reversibilidade é apenas uma
aproximação teórica.

A teoria dos processos térmicos é aplicada ao projeto de motores, unidades de


refrigeração, indústria química e meteorologia.

Tipos

Os principais processos termodinâmicos são os seguintes:

 Processo isobárico: ocorre com pressão constante. Em outras palavras, o


sistema é conectado dinamicamente, com um limite móvel, a um tanque de
pressão constante. Quando um gás perfeito evolui isobaricamente do estado A
para o estado B, a temperatura e o volume associados seguem a lei de
Charles.
 Processo isocórico: o volume permanece constante. Portanto, se o sistema
estiver em volume constante, o trabalho realizado pelo sistema será zero. Isso
implica que o processo não faz trabalho pressão-volume. Segue-se que
qualquer energia térmica transferida para o sistema externamente, ela a
absorve na forma de energia interna.
 Processo isotérmico (ou processo isotérmico): ocorre a temperatura
constante. Em outras palavras, o sistema é termicamente conectado, por um
limite termicamente condutor, a um reservatório de temperatura constante.
 Processo adiabático: é um processo em que não há transferência de calor.
Para um processo reversível, isso é idêntico a um processo isentrópico. Pode-
se dizer que o sistema está isolado termicamente de seu entorno e não pode
trocar calor com o entorno.
 Processo isentrópico: ocorre em entropia constante. Para um processo
reversível, isso é idêntico a um processo adiabático.
 Processo de potencial químico constante: o sistema é conectado por
transferência de partículas com uma fronteira permeável às partículas.
 Processo de número de partículas constante: não há energia adicionada ou
subtraída do sistema pela transferência de partículas. Pode-se dizer que o
sistema é isolado por transferência de partículas de seu ambiente por uma
fronteira permeável a partículas.
 Processo politrópico: um processo politrópico é um processo termodinâmico
durante o qual a capacidade térmica de um gás permanece inalterada, ou seja,
não há trocas de calor.

Equilíbrio termodinâmico

Um sistema termodinâmico está em princípio em um estado de equilíbrio


termodinâmico quando as principais variáveis do sistema permanecem inalteradas. Ou
seja, a pressão, o volume e a temperatura não experimentados permanecem
constantes ao longo do tempo.

Em um processo termodinâmico, ocorre quando duas ou todas as variáveis acima


mudam. Deve-se ter em mente que a variação de apenas um deles é impossível
porque eles estão todos interconectados por uma razão de proporção direta ou
inversa. Essa transformação termodinâmica levará o sistema a outro ponto de
equilíbrio.

Por este motivo, os estados inicial e final de uma transformação de um gás ideal são
identificados por dois pares de valores das três grandezas que definem o estado de
um corpo:

 A pressão.
 O volume.
 A temperatura.

Referencia

https://pt.solar-energia.net/termodinamica/processos-termodinamicos#:~:text=O
%20processo%20termodin%C3%A2mico%20%C3%A9%20denominado,s%C3%A3o
%20chamadas%20de%20propriedades%20termodin%C3%A2micas.

Ciclos termodinâmicos

O circuito de transformações termodinâmicas realizadas em um ou mais dispositivos


ou máquinas térmicas é chamado de ciclo termodinâmico. O objetivo dessas
transformações é obter trabalho de duas fontes de calor em temperaturas diferentes,
ou inversamente, para produzir, através da contribuição do trabalho, a passagem de
calor da fonte de temperatura mais baixa para a de temperatura mais alta.

A obtenção de trabalho de duas fontes de calor em diferentes temperaturas é usada


para produzir movimento. Por exemplo, o acionamento de turbinas para geração de
energia elétrica.
Em um ciclo termodinâmico reverso, procure o oposto do ciclo termodinâmico de
obtenção de trabalho. O trabalho externo é adicionado ao ciclo para fazer com que a
transferência de calor ocorra da fonte mais fria para a fonte mais quente, ao contrário
de como tenderia a acontecer naturalmente. Este arranjo é usado em máquinas de ar
condicionado e refrigeração.

Rendimento

O desempenho é definido como o trabalho obtido dividido pelo calor liberado no


processo termodinâmico, no mesmo tempo de ciclo completo se o processo for
contínuo. Este parâmetro é diferente de acordo com os vários tipos de ciclos
termodinâmicos existentes, mas é limitado pelo fator ou eficiência de Carnot.

A eficiência é o principal parâmetro que caracteriza um ciclo termodinâmico.

 Ciclo de Carnot

O ciclo de Carnot é um ciclo teórico projetado para comparar a eficiência térmica de


motores térmicos. É um ciclo reversível realizado por uma "máquina de Carnot"
conectada a duas fontes de temperatura diferentes. Utiliza um gás ideal como agente
de trabalho através de cujas transformações se obtém trabalho mecânico.

 Ciclo Rankine Orgânico

O Ciclo Orgânico Rankine é um modelo preditivo da operação de um sistema de


turbina a vapor. Este modelo usa um fluido orgânico de alto peso molecular com uma
mudança de fase de líquido para vapor, ou ponto de ebulição, que ocorre a uma
temperatura mais baixa do que a mudança de fase água para vapor.

 Ciclo Diesel

O ciclo diesel é um dos ciclos mais utilizados nos motores térmicos de automóveis.

Neste tipo de motor o movimento é produzido pela auto-ignição do combustível devido


às altas temperaturas causadas pela compressão do combustível.

Durante o ciclo do diesel, ocorrem quatro processos: dois processos isentrópicos


alternados com um processo isocórico e um processo isobárico.

 Ciclo Stirling

O ciclo Stirling é um ciclo termodinâmico que expressa os motores do princípio Stirling


O ciclo Stirling é considerado um ciclo reversível, o que significa que, se energia
mecânica for adicionada ao ciclo, ele atuará como uma bomba de calor para
aquecimento ou resfriamento e até resfriamento profundo ou extremo.

É também um ciclo fechado em que o fluido que flui dentro dele nunca sai do ciclo.

Referencias

https://pt.solar-energia.net/termodinamica/ciclos-termodinamicos

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