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ULBRA - Motores de Combustão Interna – Prof.

Luiz Carlos Gertz

Ciclos Térmicos dos Motores Alternativos


Alexandre Giacomin, Cristiano da Silva Longaray, Marcos de Oliveira Abreu

Introdução conseqüência, o trabalho e o rendimento térmico


Se um fluido qualquer for forçado, a custo de calculados para o ciclo ideal, sejam mais elevados que os
energia, a variar o seu estado termodinâmico, e ao fim correspondentes a outros tipos de ciclos.
destas transformações o tivermos reconduzido ao estado O ciclo ideal representa, portanto, o limite
inicial, a sucessão de estados termodinâmicos pelos quais máximo que teoricamente pode alcançar o motor e permite
passou o fluido se constitui um CICLO TÉRMICO um fácil estudo matemático baseado nas leis dos gases
(MARTINELLI, 2003). perfeitos. Por estes motivos este ciclo também pode ser
Esses ciclos, reais e teóricos, representam o foco chamado de “ciclo teórico”.
principal deste artigo, que tem como fonte principal o livro Em um ciclo de ar, o fluído operante também é o
“Motores Endotérmicos”, de autoria de Dante GIACOSA. ar, porque se supõe que os calores específicos são
variáveis ao longo de uma gama de temperaturas que se
Objetivos opera.
O objetivo deste trabalho é apresentar os ciclos As condições de introdução e extração de calor
térmicos teóricos e reais (Otto e Diesel), citando suas são iguais às do ciclo ideal e não existem perdas de perdas
diferenças e apresentando os seus gráficos. Além disso, de calor. Como o cálculo dos calores específicos médios é
mostrar a análise de um ciclo, seu rendimento térmico e complicado, se usam tabelas que dão diretamente os
pressão média. valores do calor e do trabalho, em termos de energia
interna e entalpia para os diversos pontos das
1. Ciclos teóricos e ciclos reais transformações isentrópicas do ar. Tendo em conta as
Um fluido operante, durante sua passagem pelo variações dos calores específicos, se obtém, para as
motor, é submetido a uma série de transformações temperaturas e pressões máximas, valores inferiores aos
químicas e físicas (compressão, expansão, combustão, calculados para o ciclo ideal; e conseqüentemente, o
transmissão de calor com as paredes, etc) que constituem trabalho e o rendimento térmico resultam em valores mais
no ciclo de um motor. Em um exame quantitativo desses baixos, mesmo assim, são maiores que os correspondentes
fenômenos, levando em consideração todas as variáveis ao ciclo real.
representam um problema muito complexo. Por ele O ciclo ar-combustível, é, entre todos os que em
correntemente se simplifica as sucessivas aproximações geral se calculam, o mais próximo do ciclo real. Em um
teóricas, cada uma delas está baseada em diferentes motor de combustão por centelha, o fluido está composto,
suposições simplificativas, que tenham uma aproximação durante a fase de aspiração, por uma mistura e os gases
gradualmente crescente. residuais da combustão anterior; em um motor de
Para os ciclos teóricos, as aproximações combustão por compressão está formado por ar e os gases
comumente colocadas em ordem de aproximação são: residuais. Depois da combustão, o fluido esta constituído
ciclo ideal, ciclo de ar e ciclo ar-combustível. Aos ciclos por produtos mistos, isto é, um mistura de CO2, CO, H2O e
teóricos se comparam na prática os ciclos reais, que se N2. Estes gases têm um calor especifico médio mais alto
obtém experimentalmente por meio dos indicadores; por que os do ar, porque contam com um incremento posterior
esta razão, o ciclo real também se chama ciclo indicativo. dos calores específicos, devido a dissociação e de
Os ciclos teóricos não correspondem aos ciclos composição química das moléculas mais leves submetidas
reais, constituem uma útil referência para o estudo à ação de altas temperaturas. O aumento dos calores
termodinâmico dos motores, particularmente para específicos, assim como a dissociação que, por ser uma
compreender quanto influem sobre sua utilização nas reação endotérmica, absorve uma parte do calor da
condições de funcionamento e para comparar entre si combustão produzindo uma diminuição da temperatura e a
diversos tipos de motores. pressão máxima em comparação com as calculadas para o
Nos ciclos ideais se supõe que o fluído operante ciclo de ar.
está constituído por ar e que este se comporta como um Para o cálculo do ciclo ar-combustível, se recorre
gás perfeito. Por ele, os valores dos calores específicos se a tabelas que contém dados obtidos experimentalmente.
consideram constantes e iguais ao do ar a 15 ºC de Neste ciclo se admite que o calor é introduzido e extraído
temperatura e uma atmosfera de pressão: de maneira instantânea, como no ciclo ideal, e que não se
procedem perdas de calor.
cp = 0,241 cal/kgoC O ciclo real se obtém experimentalmente, por
cv = 0,172 cal/kgoC meio de recursos de diversos aparelhos indicadores,
de onde resulta: capazes de registrar o diagrama da pressão em função dos
k = (cp / cv) = 1,40 volumes, num cilindro motor em funcionamento. O
diagrama indicado revela as condições reais do ciclo e, por
Supondo-se, que as fases de introdução e extração tanto, tem em conta também as perdas de calor, a duração
de calor tenham uma duração bem determinada, da combustão, as perdas causadas pelo deslocamento do
dependendo do tipo do ciclo, e que em outras fases não há fluido, a duração do tempo de abertura das válvulas, o
perda de calor. tempo de combustão, assim como de injeção e as perdas
É natural que com essas hipóteses, os valores pela descarga.
máximos de temperatura e pressão assim como, em

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O êmbolo se move por efeito da pressão do


2. Analise de um ciclo e seu rendimento térmico fluido, desde o ponto morto superior ao ponto morto
A segunda lei da termodinâmica diz que, nenhum inferior, isto é, da esquerda à direita, conforme a ilustração
motor real, ou ideal pode converter em trabalho mecânico gráfica. Na parte (c), o trabalho Lv, produzido pelo fluido
todo o calor que é introduzido. Para tanto, somente uma ativo durante a expansão, esta representado, em
fração do calor resultado da combustão será transformado coordenadas p-v, pela área hachurada compreendida entre
em trabalho; esta fração representa um rendimento térmico a linha de expansão adiabática 3-4 e a das abscissas.
do motor. Em outros ciclos térmicos, o rendimento térmico Neste instante, ocorre a descarga, outra vez a
ideal  e é a relação entre a quantidade de calor volume constante, e durante esta fase do ciclo se subtrai o
calor Q2, a pressão desce do ponto 4 ao ponto 1. Na parte
transformada em trabalho útil e a quantidade de calor
(d) da figura, o calor Q2 esta representado, em coordenadas
fornecido pelo fluido.
T-s, pela superfície hachurada abaixo da linha de
Como o trabalho útil equivale a diferença entre o transformação a volume constante 4-1.
calor fornecido Q1 e o calor subtraído Q2, teremos: No trabalho útil L1-L2 equivale, portanto, a
diferença entre as superfícies hachuradas nos diagramas
e 
 Q1  Q2  (a) e (c) em coordenadas p-v, e corresponde a superfície do
Q1 ciclo traçado na parte (e) da figura. Do mesmo modod, o
calor utilizado Q1-Q2 é dado pela diferença entre as
superfícies hachuradas dos diagramas (b) e (d) em
Podemos ter uma idéia melhor do conceito de coordenadas T-s, e corresponde a superfície do ciclo
rendimento térmico examinando a sucessão de hachurado na parte (f) da figura. Como o trabalho útil é
transformações em coordenadas p-v (pressão-volume evidentemente, igual ao calor utilizado, podemos escrever:
específico) e T-s (temperatura-Entropia) para um ciclo
ideal. A (L2 – L1) = (Q1 – Q2)
Na figura 1 temos o caso de um motor de
combustão por centelha de 4 tempos. Em (a) se representa Deste modo podemos simplificar o cálculo do
em coordenadas p-v a fase de compressão. Nos pontos 1 e trabalho útil e do rendimento térmico do ciclo usando os
2 correspondem, respectivamente, aos estados dos fluidos valores Q1 e Q2 no lugar de L2 e L1.
em um ponto morto inferior e um ponto morto superior do
êmbolo. O trabalho realizado pelo êmbolo para a 3. O ciclo Otto teórico
compressão do fluido é o trabalho introduzido L2, o qual O ciclo Otto teórico é o ciclo ideal do motor com
esta representado pela área hachurada compreendida entre ignição por centelha, e esta representado graficamente nas
as linhas de compressão adiabática 1-2 e a das abscissas. figuras 2 e 3, tanto em coordenadas p-v como em
Ao final da compressão, fase (b), se introduz de maneira coordenadas T-s. as transformações termodinâmicas que se
instantânea o calor produzido pela combustão, pois o ciclo verificam durante o ciclo são:
é a volume constante. Esta fase esta representada  1.2 - Adiabática isentrópica: compressão do fluido
graficamente em coordenadas T-s, e o calor fornecido Q1 ativo e o correspondente trabalho L1, realizado pelo
corresponde a área hachurada compreendida entre a linha êmbolo.
térmica e o volume constante 2-3 e o das abscissas.  2.3 - A volume constante: introdução instantânea de
calor fornecido Q1.
 3-4 - Adiabática: expansão e correspondente trabalho
L2 produzido pelo fluido ativo.
 4.1 – A volume constante: diminuição instantânea do
calor Q2.

υ2 υ1

Figura 2 – Ciclo teórico Otto em coordenadas P-v.


Figura 1 – Motor 4T de combustão por centelha.

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Cv (T4  T1 )
  1
Cv (T3  T2 )
(T4  T1 )
  1
(T3  T2 )
T (T / T  1)
  1 1 4 1
T2 (T3 / T2  1)

Para as transformações adiabáticas de compressão


1-2 e expansão 3-4 obtemos, respectivamente:

T2 T3 T4 T3 T1
Figura 3 – Ciclo teórico Otto em coordenadas T-s     1
T1 T4 T1 T2 T2
Na realidade, nos motores 4 tempos, a diminuição
do calor se verifica durante a descarga 1-0, e o fluido se Introduzindo esta relação na expressão do
introduz no motor durante a admissão 0-1, no qual se rendimento  assim como a que existe entre as
representa graficamente no diagrama p-v mediante uma temperaturas T1 e T2 da fase 1-2 de compressão adiabática,
linha horizontal, porém no diagrama T-s não é possível resulta:
representá-lo. Os efeitos de ambos os processos se anulam k 1
mutualmente, sem ganho de perda de trabalho, razão pela v 
qual não são consideradas nos diagramas ideais em   1  2 
coordenadas p-v nos processos de aspiração e escape, e o  v1 
ciclo Otto está representado como um ciclo fechado, no Indicando com ρ a relação entre os respectivos
qual o fluido ativo volta ao seu estado inicial quando volumes v1 e v2 do inicio ao final do processo de
chega o término da fase de expansão do calor 4-1. compressão, se obtém a expressão final do rendimento
Como o calor Q1 se introduz a volume constante, térmico ideal do ciclo Otto:
o trabalho L2-3 realizado durante esta transformação é nulo,
e a equação de conservação da energia do fluido sem fluxo 1 v1
e  1   
se transforma em:
 k 1
v2
Q1 = U 3 – U2
O rendimento térmico do ciclo Otto é, portanto,
Como se trata de um ciclo ideal e, por tanto, o função da relação de compressão e da expoente K, relação
fluido operante é um gás perfeito, a variação da energia dos calores específicos do fluido operante. Aumentando ρ
interna durante sua transformação a volume constante aumenta  e ; aumentando os valores dos calores
vale: específicos, diminui k e, em conseqüência, também o
U3 – U2 = cv (T3 – T2) rendimento térmico  e . Por isto, o ciclo ideal, para o qual
k = 1, 4, tem um rendimento térmico superior ao ciclo de
De onde resulta: ar, dado o caso que, para este, k tem um valor médio mais
baixo, por variar os calores específicos com a temperatura.
Q1 = cv (T3 – T2)
4. Ciclo Diesel teórico
Analogamente, como o calor Q2 é extraído As figuras 4 e 5 ilustram o ciclo Diesel teórico. A
também a volume constante, é em tais condições que diferença fundamental entre os ciclos Otto e Diesel se
trabalho L 4 - 1 = 0, podemos escrever: encontra na fase de introdução do calor. No ciclo Otto, o
calor é introduzido a volume constante, enquanto que no
Q2 = U 4 – U1 ciclo Diesel efetua a pressão constante.

Considerando o fluido um gás perfeito:

Q2 = cv (T4 – T1)

Consequentemente, o rendimento térmico ideal


para o ciclo Otto teórico é:
Q1  Q2

Q1
Q2
  1
Q1
Figura 4 – Ciclo teórico Diesel em coordenadas P-v

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A superfície 1 2 6 1’ 1 representa trabalho


negativo devido as fases de bombeio e admissão; a
superfície 2 3 4 5 6 2 representa trabalho positivo. A
diferença é o trabalho útil. Dividindo a área
correspondente ao trabalho útil efetuado por um fluido,
pelo volume relacionado com o deslocamento do êmbolo,
se obtém o valor da pressão média indicada (pmi).

6. Ciclo Indicado e pressão média indicada


Ciclo real é que revela as condições efetivas de
funcionamento de um motor e se identifica com o
Figura 5 – Ciclo teórico Diesel em coordenadas T-S
diagrama de pressões medidas em um cilindro em
correspondência com as diversas posições do êmbolo. O
Outra diferença entre os dois ciclos é encontrada
demonstrativo deste ciclo se chama diagrama indicado.
nos valores da taxa de compressão, que varia de 12 a 22
A figura 7 mostra, em forma esquemática, como
para os motores Dieseis, e oscila entre 6 e 10 nos motores
se traça o diagrama indicado por meio de um indicador.
Otto.
Neste aparato, um pequeno cilindro provido de um êmbolo
Como podemos observar na figura 5, o ciclo
retido por uma mola comunica com a câmara de
Diesel ideal está formado por quatro linhas térmicas que
combustão do cilindro motor por meio de um tubo.
representam:
A pressão dos gases se transmite através do tubo,
 1-2: Compressão adiabática.
atua sobre o êmbolo e, vencendo a carga, move-o por
 2-3: Introdução do calor a pressão constante.
comprimento proporcional ao valor da pressão. Como todo
 3-4: Expansão adiabática.
dispositivo indicador está fixo ao êmbolo do motor, ele se
 4-1: Saída do calor a volume constante
move linearmente como ele, e sua posição horizontal
correspondem em cada ponto do êmbolo do motor.
5. Pressão média de um ciclo
A pressão em um cilindro varia constantemente
durante o ciclo. Se levarmos em conta esta variação para
acharmos o valor da potência, encontraremos cálculos
muito complexos, porém tomando um valor médio de
pressão, facilitamos nossos cálculos.
Tendo como referencia um diagrama genérico em
coordenadas p-v como o da figura 6, a superfície do ciclo
representa o trabalho útil realizado pelo fluido.
Sobre a base do diagrama traçamos um retângulo
ABCD cuja área será igual a do ciclo, a altura do retângulo
representa a pressão média pm do ciclo considerado.
Multiplicando o valor desta pressão média
(kg/cm2) pela cilindrada (m³), se obtém para o trabalho útil
um mesmo valor representado pela superfície do ciclo.

Figura 7 – Obtenção do ciclo indicado

Deslizando o êmbolo do PMS para o PMI, com a


válvula aberta, de tal maneira que não oferece, na prática,
nenhuma resistência a passagem do gás, a pressão no
cilindro se mantém igual à atmosférica.

7. Diferença entre os ciclos Otto real e teórico


Entre o ciclo indicado e o ciclo teórico
correspondente existem diferenças substanciais, tanto na
forma do diagrama como nos valores de temperaturas e
pressão.
A diferença consiste em um perfil distinto nas
curvas de expansão e compressão. As causas dessas
diferenças são as seguintes:

Perdas de calor – Arrefecimento:


Como o cilindro é arrefecido para assegurar o
bom funcionamento do êmbolo, certa parte do calor do
Figura 6 – Comparativo entre os ciclos
fluído se transmite para as paredes. As linhas de
indicados Otto e Diesel
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compressão e expansão não são, por conseguinte,


adiabáticas, sendo politrópicas. Produz-se, portanto, uma
perda de trabalho útil correspondente a superfície A da
figura 8.

Figura 9 – Comparação entre os ciclos Diesel


teórico e indicado

Outras diferenças são em parte originadas pela


dissociação das perdas. Uma delas é peculiar do motor
Figura 8 – Comparação entre os ciclos Otto Diesel, que é a referente à combustão, com a qual se
teórico e indicado verifica a pressão constante no caso do ciclo real.
Como se vê no diagrama da figura 9, na prática a
Combustão não instantânea: combustão se realiza em tais circunstancias que a pressão
No ciclo teórico se supõe que a combustão se varia durante o processo. Para o ciclo teórico tínhamos
realiza a volume constante; é, portanto, instantânea. Já no suposto que se mantinha constante. Na realidade, pode-se
ciclo real a combustão ocorre em determinado tempo. A considerar que uma parte da combustão é realizada a
forma da curva de pressão por volume do ciclo Otto se volume constante.
aproxima do ciclo Diesel.

Tempo de abertura da válvula de escape: BIBLIOGRAFIA


No ciclo teórico a subtração de calor ocorria
instantaneamente no ponto morto inferior. Já no ciclo real GIACOSA, Dante. Motores Endotérmicos. Barcelona:
essa subtração ocorre em um tempo relativamente longo; a Hoepli, 1970. 758 p
válvula de descarga tem que abrir com antecipação para
que uma parte dos gases sai do cilindro antes que o êmbolo MARTINELLI, Luiz Carlos. Motores de Combustão
alcance o PMI, de maneira que sua pressão diminua até Interna. Polígrafo Unijuí, 2003, www.unijui.br
valores próximos aos da pressão externa.
As causas das diferenças entre os valores da RAHDE, Sérgio Barbosa. Motores de Combustão Interna.
pressão e temperatura máxima são explicadas no aumento Polígrafo Puc, 2002, www.pucrs.br
do calor específico do fluído com a temperatura e a na
dissociação da combustão.

8. Diferenças entre o ciclo Diesel real e teórico


Entre os ciclos Diesel real e teórico existem, da
mesma forma que no caso do Otto, diferenças na forma e
nos valores das pressões e temperaturas. Algumas dessas
diferenças correspondem as do ciclo Otto, como por
exemplo, na questão do calor específico e no tempo de
abertura da válvula de escape.

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