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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA

FILHO”
CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA
DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA
LICENCIATURA EM FÍSICA

PROF. HAROLDO N NAGASHIMA

DAVI GABRIEL MATOS DOS SANTOS

JOÃO VICTOR CASTILHA DE FARIA

VICTOR HUGO BOTARI PACHECO

PROJETO DE LABORATÓRIO DIDÁTICO II

ELEVADOR HIDRAÚLICO

Ilha Solteira
janeiro de 2023
Sumário

1. OBJETIVO................................................................................................... 4

2. RESUMO ..................................................................................................... 5

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 6

4. MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................... 9

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 11

6. CONCLUSÕES ......................................................................................... 13

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 14


Lista de Figuras:

Figura 1: Esquema simples de uma prensa hidráulica. ...................................... 6


Figura 2: Representação ilustrativa da equação 1. e 2. ..................................... 7
Figura 3: Funcionamento de um macaco hidráulico ........................................... 7
Figura 4: Representação do Kit experimental desenvolvidos pelos autores ...... 9
1. OBJETIVO
O experimento tem como objetivo principal demonstrar o Princípio de
Pascal no funcionamento de um elevador hidráulico de baixo custo. Além disso,
é possível demonstrar que o trabalho realizado pelos êmbolos são o mesmo.
2. RESUMO
Como proposto inicialmente, foi construído um dispositivo (elevador
hidráulico) que demonstra o Princípio de Pascal de uma forma em que o próprio
aluno realize o experimento proposto de forma simples, assim, visualizando que
a força aplicada sobre as seringas, varia conforme as áreas variam. Esse
experimento constitui de um suporte feito de madeira mdf, de seringas, peças de
aquário e mangueira para se obter um orçamento de baixo custo para que muitos
outros alunos possam se inspirar no kit experimental e realizá-lo sem grandes
dificuldades. Claramente tivemos algumas dificuldades para se construir o
projeto, por exemplo, a durabilidade do kit, problemas de vazamento e entrada
de ar entre outros. Uma possível solução para um projeto mais complexo seria
utilizar outro tipo de material para construir as bases do kit experimental e utilizar
outro tipo de material para construir a parte hidráulica. A melhor alternativa
possível para o sistema hidráulico seria utiliza conexões pneumáticas, o que
ajudaria a reduzir os problemas de vazamento de água e entrada de ar. Porém,
mesmo com esses problemas, o experimento teve seus resultados satisfatórios,
sendo feito de materiais de baixo custo. Também é um experimento de fácil
manuseio e entendimento, apesar de não conseguirmos realizar uma análise
quantitativa.
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3. INTRODUÇÃO TEÓRICA
A prensa hidráulica ou elevador hidráulico é um dispositivo largamente
utilizado com a finalidade principal de ser um multiplicador de forças.
Basicamente, a prensa hidráulica é constituída de um tubo em U, sendo que os
ramos possuem áreas da secção transversal diferentes. Um tubo une esses
ramos e o sistema é preenchido com um líquido viscoso (em geral é utilizado o
óleo) aprisionado por dois pistões (figura 1). Dessa forma, exercendo uma força
em um dos pistões o outro se move conseguindo erguer grandes quantidades
de massa.
Figura 1: Esquema simples de uma prensa hidráulica.

Fonte: Retirado da web.

O cientista francês Blaise Pascal (1623-1662) enunciou, em 1653, o


“Princípio de Pascal”, onde dizia que uma variação da pressão aplicada a um
fluido incompressível contido em um recipiente é transmitida integralmente a
todas as partes do fluido e às paredes do recipiente.

Considerando o caso no qual o fluido incompressível é um líquido contido


em um cilindro (figura 2). O cilindro é fechado por um êmbolo no qual repousa
um recipiente com bolinhas de chumbo. A atmosfera, as bolinhas de chumbo e
o recipiente exercem uma 𝑝𝑒𝑥𝑡 sobre o líquido. A pressão p em qualquer ponto
P do líquido é dada por

𝑝 = 𝑝𝑒𝑥𝑡 + 𝜌𝑔ℎ (1.)


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Figura 2: Representação ilustrativa da equação 1. e 2.

Fonte: Retirado da web


Caso adicionarmos mais bolinhas de chumbo no recipiente, causaremos
uma variação na pressão e na pressão externa, portanto, a variação no ponto P
é

∆𝑝 = ∆𝑝𝑒𝑥𝑡 (2.)
Como esta variação de pressão não depende de h, então é a mesma para
todos os pontos do interior do líquido, como afirma o Princípio de Pascal.

A figura 3 mostra a relação entre o Princípio de Pascal e o Projeto


desenvolvido pelos autores.

Figura 3: Funcionamento de um macaco hidráulico

Fonte: Retirado da web


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Quando aplicamos uma força externa Fe de cima para baixo ao êmbolo da


esquerda, cuja área é Ae, um líquido incompressível produz uma força de baixo
para cima, de módulo Fs, no êmbolo da direita, cuja área é As. Para manter o
sistema em equilíbrio é necessário que tenha uma força para baixo de módulo
Fs no êmbolo da direita (o peso desejado para erguer). As forças aplicadas no
sistema produzem uma variação da pressão

∆𝑝 = ∆𝑝𝑒𝑥𝑡 →
𝐹2 𝐹1
→ = →
𝐴2 𝐴1
𝐴2
→ 𝐹2 = 𝐹1 (3.)
𝐴1
Isso mostra que a F2 exercida sobre a carga é maior que a força F 1,
portanto, para se levantar grandes massas, não é necessário aplicar uma grande
força.

Quando deslocamos o êmbolo da direita para baixo a uma d1, o êmbolo da


esquerda se desloca para cima com uma distância d2, de modo que o mesmo
volume de líquido é deslocado pelos dois êmbolos, assim temos

∆𝑉1 = ∆𝑉2 →
→ 𝐴1 𝑑1 = 𝐴2 𝑑2 →
𝐴1
→ 𝑑2 = 𝑑1 (4.)
𝐴2
Isso mostra que se A2 >> A1, o êmbolo com a área A2 percorre uma
distância menor, enquanto a de A1 percorre uma distância maior.

De acordo com as equações 3 e 4, o trabalho realizado pelos êmbolos pode


ser descrito por

𝑊2 = 𝐹2 𝑑2 →
𝐴2 𝐴1
→ 𝑊2 = 𝐹1 ( ). 𝑑1 ( ) →
𝐴1 𝐴2
→ 𝑊2 = 𝐹1 𝑑1 →
→ 𝑊2 = 𝑊1 (5.)
Isso mostra que o trabalho realizado sobre o êmbolo de entrada pela força
aplicada é igual ao trabalho realizado pelo êmbolo de saída ao se levantar uma
carga.
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4. MATERIAIS E PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Para a construção do experimento proposto pelos autores, foram utilizados
apenas materiais de baixo custo, que estão listados a seguir:

No experimento foi utilizado cerca de 3 metros de uma mangueira de nylon


de 4 milímetros, 12 válvulas do tipo “T”, 5 válvulas curvas de 90°, 6 válvulas anti-
retorno e um suporte de mdf para as seringas. Tudo isso para construir a para
hidráulica, vale ressaltar que foram usadas peças de aquário para conseguir
construir um projeto a baixo custo. Também utilizamos uma seringa de 60 ml, 20
ml e uma de 5 ml onde servem para aplicação da força. Utilizamos uma seringa
de 60 ml para o reservatório e 4 seringas de 20 ml para ser o elevador (onde
será erguido o peso). Além disso, foi usado o vídeo
“https://www.youtube.com/watch?v=tsi5T-kj97U&t=3s” como inspiração para o
projeto. Desta forma, o nosso kit experimental ficou da seguinte forma,
representado na figura 4.

Figura 4: Representação do Kit experimental desenvolvidos pelos autores

Fonte: Retirado da web

As válvulas de retenção colocadas entre o reservatório e o acionamento


permite que o fluido do reservatório seja sugado pelas seringas e impede que
retorne ao reservatório quando o fluido é expelido no acionamento. As válvulas
de retenção colocadas entre o sistema de acionamento e o elevador permite que
o fluido enviado pelo acionamento vá para as colunas do elevador e impede que
retorne para o sistema de acionamento. Assim delimitamos o fluxo do fluido em
apenas um sentido.

Para iniciar o experimento basta escolher uma das seringas, sendo elas de
5 ml, 20 ml e 60 ml. Primeiramente precisamos puxar a seringa para cima, para
sugar o líquido de reservatório para a seringa, e após isso, basta ligar o fluxo de
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água da seringa com o elevador, e aplicar uma força. O objetivo principal do kit
experimental é mostrar que na seringa menor é exercida uma pequena força,
porém a elevação do objeto é pequena. Na seringa média o efeito multiplicador
é menor sendo necessário aplicar mais força, porém a elevação do objeto é
maior. Na seringa maior é necessário muito mais força, pois o efeito multiplicador
é mínimo, porém a elevação do objeto é muito maior. Contudo, o trabalho será
o mesmo para todas as seringas.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Antes de irmos para uma simples análise quantitativa, os autores
encontraram algumas certas dificuldades para a construção do projeto. Um
possível futuro problema seria a própria madeira mdf, que é fina, na intenção de
deixar o experimento leve e barato. Porém essa madeira pode começar a
apresentar defeitos, empenando com o tempo por causa do líquido e não
garantindo uma durabilidade do experimento. Outro problema foi a entrada de ar
dentro sistema, quando a plicamos a força em uma seringa uma pequena parte
da água não vai diretamente para o elevador, além disso, as mangueiras e as
conexões apresentam uma pequena falha, já que existe um pequeno vazamento
no sistema. Outro problema que não foi possível solucionar, é na parte do
elevador, de acordo com o Princípio de Pascal todas as seringas deveriam se
erguer ao mesmo tempo, porém, no projeto as seringas se erguem uma por vez
ou duas por vez.

Uma possível solução para um projeto mais complexo seria utilizar outro
tipo de material para construir as bases do kit experimental e utilizar outro tipo
de material para construir a parte hidráulica. A melhor alternativa possível para
o sistema hidráulico seria utiliza conexões pneumáticas, o que serviria
perfeitamente para as conexões com as mangueiras, suprindo o problema de
vazamento e entrada de ar no sistema, porém, seria inviável utilizá-las no projeto
pelo fato de serem caro, o que levaria o grupo sair da ideia de construir um kit
de baixo custo. O experimento em si, tem mais análises qualitativas do que
quantitativa. Não é uma tarefa simples quantificar o experimento dado que as
áreas não são lineares e o atrito do êmbolo com a parede da seringa não pode
ser desconsiderado, e ao contrário, é ele que não permite uma análise
quantitativa desse experimento. Porém, realizando o experimento será possível
o aluno observar a grande diferença de força que é necessária para movimentar
os êmbolos. Com essas observações, o aluno poderá “enxergar” que a pressão
é passada igualmente a todos os pontos da seringa, ou seja, o princípio de
pascal, que satisfaz o objetivo desse experimento. Outro problema que já foi
citado anteriormente é o vazamento do líquido, isso também atrapalha a parte
quantitativa.
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Com um sistema mais simples e sem vazamentos, é possível fazer uma


pequena análise das forças e da massa que o sistema possa erguer.
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6. CONCLUSÕES
O experimento teve seus resultados satisfatórios, sendo feito de materiais
com média durabilidade e de baixo custo. Também é um experimento de fácil
manuseio e entendimento, tendo como objetivo despertar um maior interesse
dos alunos pela física, trazendo o Princípio de Pascal de maneira simples, o que
muitas vezes pode ser tornar confuso no entendimento dos alunos.

Fica como uma frustração não podermos quantificar esse experimento


quantitativamente, pois o atrito do êmbolo com a seringa prejudica
consideravelmente esse cálculo, também não conseguimos medir a força que a
pessoa está fazendo na seringa e tivemos os problemas de vazamento de líquido
e entrada de ar no sistema.

Uma sugestão sobre esse experimento é refazê-lo de forma que utilize um


material que não tenha tanto atrito, e pensar em uma maneira melhor de se obter
a força aplicada no sistema a partir de massas e da Força da Gravidade. Além
disso, utilizar outros tipos de materiais para se obter uma boa durabilidade e
resolver os problemas de vazamento e entrada de ar.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALLIDAY, D. & RESNICK, E. Física I 1. 9 ed. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos S.A., 2012.

Sears e Zemansky -Young & Freedman – Física II – Mecânica, 10ª edição,


Editora Addison Wesley, SP, 2003.

Tipler, P. A. Física I.a. 2ª edição, Editora Guanabara Dois S.A. 1985.

H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica, v. 2 (Fluidos, Oscilações


e Ondas e Calor) (Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo, 1996), 3a ed.

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