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CURSO: TÉCNICO EM MECÂNICA - 2º CICLO

TECNOLOGIA DE AUTOMAÇÃO I

1.0 HIDRÁULICA – HIDROSTÁTICA

1.1 INTRODUÇÃO

Existem apenas três métodos conhecidos de transmissão de potência na


esfera comercial: (1) a mecânica, (2) a elétrica e (3) a fluídica.
Os dois primeiros tipos de transmissão de energia, não será objeto de
estudo deste componente curricular, e sim a energia fluídica.
A grande vantagem da utilização da energia fluídica consiste na facilidade
de controle da velocidade e inversão de rotação, do movimento, além disso, os
sistemas são auto lubrificados e compactos se comparados com as demais formas
de transmissão de energia, mecânica por exemplo.
A desvantagem do sistema é que comparado aos demais o mesmo
apresenta um baixo rendimento, de modo geral em torno de 65%, principalmente
devido a perdas de cargas e vazamentos internos nos componentes.

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1.2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS

1.2.1 Fluído

Para nosso enfoque específico, o fluido é toda e qualquer substância


capas de transportar energia de um lugar à outro, podendo apresentar-se no
estado liquido ou gasoso.

1.2.2 Fluído Compressível.

É todo fluido no estado gasoso, que quando comprimido por uma força
externa apresenta uma redução de volume, por analogia quando essa força e
retirada o mesmo apresenta uma expansão no volume.

1.2.3 FLUÍDO INCOMPRESSÍVEL.

E todo fluido no estado liquido onde seu volume independe da força


externa aplicada a ele.

1.3 VISCOSIDADE

Viscosidade e a resistência que o fluido oferece ao movimento, em outras


palavras, fluidos viscosos têm mais dificuldades de escoar.

1.4 FORÇA

Pode-se definir força, como qualquer causa capaz de realizar trabalho. Por
exemplo, para movimentar um corpo qualquer, deve-se aplicar uma força sobre
ele. O mesmo ocorre quando se quer pará-lo.

1.5 PRESSÃO

É uma quantidade de força aplicada numa unidade de área. P=F/A, para


sistemas hidráulicos e pneumáticos pressão e força exercida sobre as paredes do
cilindro que confina um determinado fluido, têm como medida de pressão o
quilograma-força por centímetro quadrado (kgf/cm2), a libra-força por polegada
quadrada (PSI = do inglês Pounds per Square Inch) e também bar (N/m 2 x 1000)
do sistema francês ou ainda pascal (Pa) que é igual a força de 1 Newton por metro
quadrado. Usamos, então, da expressão: P = F / A = (intensidade da força) / (área
da superfície) A pressão (grandeza escalar) é medida em Newtons por metro
quadrado (N/m2) ou pascal (Pa).

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Exemplificando:

Os blocos, na ilustração a seguir, graças a seus pesos (que são as


resultantes de todas as forças gravitacionais que agem em cada uma de suas
partículas) exercem pressão contra o chão. Salientamos, em cada caso, o valor
dessa resultante (o peso) e a área da superfície de apoio.

1.5.1 Pressão Absoluta

Todo valor de pressão deve ser expresso em relação a um nível de


referência, se o nível for o vácuo as pressões são chamadas de absolutas.

1.5.2 pressão atmosférica

É a pressão que a força peso da atmosfera exerce sobre a superfície


terrestre e é definida por convenção de peritos da aeronáutica como sendo a
pressão atmosférica ao nível do mar considerando uma temperatura de 27º C

1.5.3 Pressão Manométrica

Pressão considerada levando-se como referência a pressão atmosférica.

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1.6 CONCEITO DE DENSIDADE

No estudo de hidrostática assim como hidrodinâmica é importantíssimo


conhecermos o conceito densidade. Considere um corpo de massa (m) e volume
(V). A densidade do corpo (d) é dada pela relação:

Produtos densos são produtos que concentram uma grande massa em um


volume relativamente pequeno.
No sistema internacional de medidas (SI) a unidade de densidade é kgf/m 3
porém em muitos casos o valor é expresso em g/cm 3, neste caso basta dividir o
valor nominal por 1000 (103), no caso contrario, ou seja, g/cm 3 para kgf/m3 basta
multiplicar por 1000 (103).
Abaixo tabela com algumas densidades dos principais materiais

SOLIDOS LIQUIDOS
Alumínio 2700 Kgf/m3 2,7 g/cm3 Álcool 790 Kgf/m3 0,79 g/cm3
Ferro 7900 Kgf/m3 7,9 g/cm3 Mercúrio 13600 Kgf/m3 13,6 g/cm3
Chumbo 11300 Kgf/m3 11,3 g/cm3 Água 1000 Kgf/m3 1 g/cm3
Platina 21500 Kgf/m3 21,5 g/cm3 Gasolina 720 Kgf/m3 0,72 g/cm3

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2.0 TEOREMA DE STEVIN.

Consideremos um líquido de densidade d contido no interior de um


recipiente (figura.1). Seja patm a pressão atmosférica e g a aceleração da
gravidade local. Estabelece o teorema de Stevin: “A pressão em um ponto do
interior de um líquido homogêneo em equilíbrio é dada pela soma da pressão na
superfície (pressão atmosférica) com a pressão devida à coluna líquida situada
acima do ponto (pressão hidrostática), expressa pelo produto dgh

Uma consequência imediata do teorema de Stevin é que todos os pontos


situados numa mesma horizontal, num líquido homogêneo em equilíbrio,
apresentam a mesma pressão.

pa = pb = pc = pd
EXERCÍCIOS:

1.Qual é a pressão manométrica em um ponto a uma profundidade de 30 m no


interior de um líquido homogêneo em equilíbrio, de densidade de 500 kg/m 3, num

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local onde a aceleração da gravidade é de 9,8 m/s 2 e a pressão atmosférica é de
101,325 KPA.

2. Imagine que o tanque usado no exercício anterior, que estava totalmente aberto
em sua borda superior foi lacrado e pressurizado, com uma pressão de 7,5 bar,
calcule a nova pressão no ponto B

3. Imagine que pressão no ponto B do exercício anterior (2) seja de 9,75 bar, qual
deverá ser a nova densidade do fluido para satisfazer essa condição.

4. Uma moeda e encontrada por um mergulhador no fundo de um lago a uma


profundidade de 4m, com uma das faces voltada para cima, sabe-se que a moeda
tem 20 mm de diâmetro, qual é a força em N exercida sobre a face superior da
moeda em repouso no fundo do lago

5.Coloca-se mercúrio num tubo em U. Sobre este, coloca-se água até formar uma
coluna 27,2 cm de altura. A densidade do mercúrio é de 13, 6 g/cm 3 e a da água é
1 g/cm3. Determine a altura da coluna de mercúrio em relação à superfície de
separação entre os líquidos.

6. Observe a figura onde há mercúrio e outro líquido qualquer, calcule a densidade


do segundo líquido.

7.Dois líquidos imiscíveis de densidades d 1 = 0,8 g/cm3 e d2 = 1 g/cm3 são


colocados num tubo em U e se equilibram do modo esquematizado. Se a altura da
coluna do líquido menos denso vale h 1 = 20 cm, qual a altura h 2 da coluna do
líquido mais denso, em relação à horizontal que passa pela superfície de
separação entre os líquidos?

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Em um laboratório, as substâncias são identificadas no rótulo pelo nome e por
algumas propriedades químicas. No intuito de descobrir qual a substância
armazenada num frasco no qual o rótulo foi retirado, um estudante aplicado de
física propôs um experimento. Foram colocados num sistema constituído por
vasos comunicantes o líquido desconhecido e álcool. Como são líquidos
imiscíveis, é possível estimar a densidade do líquido medindo a altura das colunas
líquidas a partir da superfície de separação desses líquidos. Esses valores são
mostrados na figura a seguir. Consultando a tabela com os valores das
densidades de alguns líquidos, disponível nesse laboratório, é provável que o
líquido desconhecido seja:

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3.0 TEOREMA DE PASCAL.

Segundo Pascal “a pressão exercida em um ponto qualquer de um fluido


estático, é a mesma em todas as direções e é perpendicular às paredes do
recipiente onde o fluido está confinado”.
“Qualquer acréscimo de pressão aplicado a um fluido em equilíbrio se transmite
integralmente a todos os pontos do fluido e das paredes do recipiente onde está
contido”

PRINCÍPIO DAS PRENSAS

MULTIPLICADOR DE FORÇA

Temos dois cilindros hidráulicos interligados, com áreas de 5 cm 2 e de 20


cm2. Aplicando-se uma força de 10 Kgf no cilindro menor, uma pressão gerada de
2 Kgf/cm2 será transmitida ao cilindro maior. A pressão de 2 Kgf/cm 2 atuando
numa área de 20 cm2, exercerá uma força de 40 Kgf no pistão do cilindro maior.
Temos, portanto um ganho de força na ordem de 4 vezes a força aplicada
inicialmente. Neste caso obteremos nesta transmissão hidráulica uma vantagem
mecânica de 4, cuja maneira de calculá-la basta fracionar as áreas dos pistões ou
dividir a força obtida pela força introduzida.

MULTIPLICADOR DE PRESSÃO (intensificadores de pressão)

Temos um cilindro hidráulico especial, pistão de atuação dupla, com diferentes


áreas e interligados por uma haste interna, para transmitir a força gerada pela
pressão. Inicialmente aplica-se 10 PSI no pistão de área 20 polegadas quadradas,
que vai fazer uma força de 200 libras na haste interna. A força gerada vai atuar no
pistão de área 5 polegadas quadradas e gerar uma pressão de 40 PSI no conjunto

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menor. Temos então um aumento de pressão de 10 para 40 PSI no sistema. Nota:
quanto maior for a diferença entre as áreas dos pistões, maior será a multiplicação
da pressão.

A figura abaixo representa um macaco hidráulico fundamental, onde F é a força


que o operador faz e G e a força multiplicada pelo macaco. No óleo-hidráulico diz-
se que existe pressão em determinada parte do circuito hidráulico, quando existe
resistência ao fluxo de óleo gerado pela bomba. A bomba nunca gera pressão,
gera somente vazão de óleo. As resistências encontradas pelo óleo na sua
trajetória são as responsáveis pela geração da pressão.

EXERCÍCIOS
1. Em uma prensa hidráulica foi aplicada uma força de 160N no pistão menor,
calcule a força no pistão maior para equilibrar o sistema sabendo-se que o
diâmetro do pistão menor é 5 cm e que o diâmetro do pistão maior é 3”.
calcule inclusive o deslocamento do embolo menor sabendo-se que o maior
deslocou-se 3 mm

2. Um sistema de prensa hidráulica e usado para levantar carros em um posto


de troca de óleo, sabendo que a capacidade máxima do pistão maior e para
1,5 toneladas, e que o mesmo tem um diâmetro de 3”, calcule o valor do
diâmetro do pistão menor para que nele atue uma força máxima de 450 N.

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3. Dado o desenho abaixo calcule a pressão P1 sabendo-se d1=3” d2=1” e
P2=5bar

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2. 0 HIDRODINÂMICA.

A Hidrodinâmica é a parte da Física que estuda as propriedades dos fluidos


em movimento. Sua aplicação prática acontece nos sistemas de abastecimento de
água, irrigação das terras, geração de energia entre outros.
O estudo de hidrodinâmica consiste em determinar as propriedades de uma
partícula de água, em tempo real, para isso alguns conceitos devem ser
entendidos.

2.1 Linha de corrente.

Uma partícula que passa pelos pontos P, Q, R define uma linha de corrente
(trajetória).

2.2 Tipos de escoamento

 Escoamento permanente. Neste tipo, a velocidade e a pressão em


determinado ponto, não variam com o tempo, O escoamento permanente é
também chamado de “estacionário” e diz que a corrente fluida é “estável”.
 Escoamento não - permanente. Neste caso, a velocidade e a pressão, em
determinado ponto, variam com o tempo. Este tipo é também chamado de
“variável” (ou transitório), e diz-se que corrente é “instável”.

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Escoamento laminar. Neste tipo as partículas do fluido percorrem trajetórias
paralelas. O escoamento laminar é também conhecido como lamelar ou tranquilo
caracterizado pelo número de Reynolds Re≤ 2300 .

ESCOAMENTO TURBULENTO. As trajetórias são curvilíneas e irregulares.


Elas se entrecruzam, formando uma série de minúsculos remoinhos. O
escoamento turbulento é também conhecido como “turbilhonário” ou “hidráulico”.
Na prática, o escoamento dos fluidos quase sempre é turbulento. É o regime
encontrado nas obras e instalações de engenharia, tais como adutoras, vertedores
de barragens, fontes ornamentais etc. caracterizado pelo número de Reynolds
Re≥ 4000

2.3 Equação de continuidade

Na figura esquematizamos por onde escoa fluido da esquerda para a


direita.

Nos pontos A, B e C, uma partícula do líquido apresenta, respectivamente,


velocidades va vb vc. O escoamento é dito laminar e não permanente se qualquer

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partícula do fluido, ao passar por A, B e C, o faz com velocidades respectivamente
iguais a. va > v b > vc,.
Nesse tipo de escoamento, cada partícula que passar por um determinado
ponto seguirá a mesma trajetória das partículas precedentes que passaram por
aqueles pontos. Tais trajetórias são chamadas linhas de corrente.
Na figura representamos as linhas de corrente I, II e III.
Sejam A1 e A2 as áreas das secções retas em duas partes distintas do
tubo. As velocidades de escoamento em A1 e A2 valem, respectivamente, v1 e v2.

Como o líquido é incompressível, o volume que entra no tubo no tempo ∆t


é aquele existente no cilindro de base A1 e altura v1. ∆t. Esse volume é igual
àquele que, no mesmo tempo, sai da parte cuja secção tem área A2.

Se dividirmos o volume escoado ∆V pelo tempo de escoamento ∆t, teremos uma


grandeza denominada vazão em volume, e é representada pela letra Q.

E finalmente chegamos a Equação da Continuidade:

Pela equação da continuidade podemos afirmar que “a velocidade de


escoamento é inversamente proporcional à área da secção transversal”
Exercícios

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1. Por uma tubulação de 5” de diâmetro escoa um fluido a uma velocidade de 0.5
m/s, determine o valor da vazão e da velocidade v2 caso haja em sua extremidade
uma redução de 5” para 3”.

2. Uma bomba centrifuga apresenta vazão de 18.000 lts/h e uma saída com
diâmetro de 100 mm, calcule o valor do diâmetro da redução a ser colocada na
saída da bomba para que a velocidade de escoamento do fluido seja e 2 m/s

3. Sabe-se que para se encher o tanque de 20m³ mostrado são necessários 1h e


10min, considerando que o diâmetro do tubo é igual a 10cm, calcule a velocidade
de saída do escoamento pelo tubo.

4. Em uma cultura irrigada por um cano que tem área de secção reta de 100 cm2,
passa água com uma vazão de 7200 litros por hora. A velocidade de escoamento
da água nesse cano, em m/s, é?
5. Uma piscina, cujas dimensões são 18m.10m.2m, está vazia. O tempo
necessário para enchê-la é 10 h, através de um conduto de seção A = 25 cm2. A
velocidade da água, admitida constante, ao sair do conduto, terá módulo igual a:
6. O sistema de abastecimento de água de uma rua, que possui 10 casas, está
ilustrado na figura abaixo. A vazão do tubo principal é de 0,01 m3/s. Supondo que
cada casa possui uma caixa d'água de 1500 litros de capacidade e que estão
todas inicialmente vazias, em quantos minutos todas as caixas-d'água estarão
cheias? Suponha que durante o período de abastecimento nenhuma caixa estará
fornecendo água para as suas respectivas casas, e que não há perda de carga.

EQUAÇÃO DE BERNOULLI.

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Daniel Bernoulli, mediante considerações de energia aplicada ao
escoamento de fluidos, conseguiu estabelecer a equação fundamental da
Hidrodinâmica. Tal equação é uma relação entre a pressão, a velocidade e a
altura em pontos de uma linha de corrente. Considerando duas secções retas de
áreas A1 e A2 num tubo de corrente, sejam p1 e p2 as pressões nessas secções.
A densidade do fluido é “d” e as velocidades de escoamento valem,
respectivamente, v1 e v2. Sejam F1 e F2 as forças de pressão exercidas pelo
fluido restante sobre o fluido contido no tubo.
A soma algébrica dos trabalhos realizados pelas forças F1 e F2 é igual a
soma das variações das energias cinética e potencial entre as secções (1) e (2):

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Se o tubo for horizontal, então h1=h2 e a equação fica simplificada para:

Percebe-se facilmente que o Teorema de Stevin está contida na equação


de Bernoulli. Para um líquido em repouso, v1 v2 = 0 e obtemos:

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EXERCICIOS

1. Qual a velocidade da água através de um furo na lateral de um tanque, se o


desnível entre o furo e a superfície livre é de 2 m?
2. Calcule pressão da bomba para que a vazão seja 10m3 / h considere o tubo na
saída da bomba de 2”. e na entrada da caixa 3”.

3. Uma caixa contendo água esta aberta na sua parte superior, sabendo-se que a
caixa tem 10m de altura, e que na base inferior existe um furo de ¾” de
polegadas determine quanto de água e desperdiçado em 1 hora, considere a
caixa sempre cheia.

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BOMBAS HIDRÁULICA

EQUAÇÃO GERAL DOS GASES - LEI DE BOYLE-MARIOTTE

Para uma quantidade de gás constante e a temperatura constante, a


pressão e o volume da amostra gasosa são grandezas inversamente
proporcionais: P1V1 = P2V2 = P3V3 ou PV = constante.

Bombas hidráulicas são dispositivos utilizados para converter energia


mecânica em energia hidráulica. Quando em operação, criam um vácuo parcial na
linha de entrada provocando a “sucção” do fluido para dentro de seu corpo.
Segundo sua ação mecânica, ela encaminha este mesmo líquido para a
linha de saída (pressão) forçando-o para dentro do sistema hidráulico. As bombas
hidráulicas produzem vazão de líquido para o sistema hidráulico, sendo que a
resistência à esta vazão ocasiona a formação da pressão. Quanto maior for à
resistência à vazão, maior será a pressão fornecida pela bomba.
O desempenho de uma bomba hidráulica e geralmente avaliado em
termos de descarga volumétrica, ou seja, vazão.
O “deslizamento”, e outro parâmetro também bastante utilizado para
determinar o desempenho de uma bomba hidráulica, ele e expresso em
porcentagem e determina a quantidade de fluido que retorna da saída para a
entrada da bomba, este percentual deve ser o menor possível.

CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS HIDRÁULICAS

As bombas são classificadas por deslocamento positivo ou deslocamento não


positivo.
As bombas de deslocamento positivo é um tipo de bomba que após uma
rotação de seu eixo, desloca um volume fixo de fluido, independente da
resistencia oferecida ao deslocamento deste. Entretanto, no bombeamento de
líquidos pouco viscosos e a pressões elevadas, mesmo nas bombas de

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deslocamento positivo, observa-se uma pequena redução na vazão por rotação do
eixo, de aproximadamente 10%. São bombas que não admitem recirculação
interna, ou seja, sempre deslocam fluido da entrada para a saída. Essas bombas
caracterizam-se por trabalhar com baixas vazões e altas pressões e são
utilizadas para bombear fluidos mais viscosos. Bombas de deslocamento positivo
se dividem em dois grupos: bombas alternativas e bombas rotativas.

OPERAÇÃO DAS BOMBAS HIDRÁULICAS ROTATIVAS

Nas bombas rotativas, o líquido recebe a ação de forças provenientes de


uma ou mais peças dotadas de movimento de rotação que, comunicando energia
de pressão, provocam seu escoamento. A ação das forças se faz segundo a
direção que é praticamente a do próprio movimento de escoamento do líquido. A
descarga e a pressão do líquido bombeado sofrem pequenas variações quando a
rotação é constante. As bombas rotativas apresentam aplicação principalmente
nos sistemas de lubrificação, nos comandos, controles e transmissões hidráulicas
e nos sistemas automáticos com válvulas de sequência.
Existe uma grande quantidade de tipos diferentes de bombas rotativas,
porém por apresentarem princípio de funcionamento bastante parecido, usaremos
como exemplo somente as bombas de engrenagem.

BOMBA DE ENGRENAGEM

No lado da entrada, os dentes das engrenagens desengrenam, o fluido


entra na bomba, sendo conduzido pelo espaço existente entre os dentes e a
carcaça, para o lado da saída onde os dentes das engrenagens engrenam e
forçam o fluido para fora do sistema. Uma vedação positiva neste tipo de bomba é
realizada entre os dentes e a carcaça, e entre os próprios dentes de
engrenamento.

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OPERAÇÃO DAS BOMBAS HIDRÁULICAS ALTERNATIVAS.

Nas bombas alternativas, o fluido recebe a ação das forças diretamente de


um pistão, êmbolo ou de uma membrana flexível (diafragma), também são
caracterizadas como bombas de deslocamento positivo.
No curso da aspiração, o movimento do êmbolo tende a produzir o vácuo
no interior da bomba, provocando o escoamento do líquido para o seu interior. No
ciclo posterior o movimento do embolo tende a expelir o fluido para fora da bomba,
a descarga é intermitente e as pressões variam periodicamente em cada ciclo.
Esses tipos de bombas são do tipo auto-escorvantes (não precisam de
fluido para criar vácuo) e podem funcionar como bombas de ar, fazendo vácuo se
não houver líquido para aspirar.

BOMBAS CENTRÍFUGAS.

As bombas hidráulicas a seguir são usadas normalmente para recalque de


água, nelas a energia fornecida ao líquido é primordialmente do tipo cinética,
sendo posteriormente convertida em pressão. A energia cinética pode ter origem
puramente centrífuga ou de arrasto, ou mesmo uma combinação das duas,
dependendo da forma do impelidor. A conversão de grande parte da energia
cinética em pressão é realizada fazendo
com que o fluido que sai do impelidor passe
em um conduto de área crescente (difusor).
As bombas deste tipo possuem pás
cilíndricas (simples curvatura), com
geratrizes paralelas ao eixo de rotação,
sendo estas pás fixadas a um disco e a
uma coroa circular (rotor fechado) ou a um
disco apenas (rotor aberto, para bombas de água suja, na indústria de papel, etc.).

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Como característica as bombas centrifugas apresenta grandes vazões e
baixas pressões de saída quando comparadas com as bombas de deslocamento
positivo além de apresentarem variações na vazão para diferentes condições de
carga. As motobombas nada mais são que um conjunto com vários rotores em
sequência, nessas configurações as bombas centrifugas podem operar com
pressões bem mais elevadas

FUNCIONAMENTO DE UMA BOMBA CENTRIFUGA.

Ao ser ligada, a força centrífuga decorrente do movimento do rotor e do


líquido nos canais das pás cria uma zona de maior pressão na periferia do rotor e

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uma de baixa pressão na sua entrada, produzindo o deslocamento do líquido em
direção à saída dos canais do rotor e à boca de recalque da bomba. Como, em
geral, as bocas de aspiração e de recalque estão ligadas à tubulações que levam
a reservatórios em diferentes níveis, essa diferença de pressão que se estabelece
no interior da bomba faz com que surja um trajeto do líquido do reservatório
inferior (ligado à boca de aspiração) para o superior (ligado à boca de recalque)
através da tubulação de aspiração, dos canais do rotor e difusor, e da tubulação
de recalque, respectivamente. É na passagem pelo rotor que se processa a
transformação da energia mecânica nas energias de pressão e cinética

CÁLCULO DE PERDA DE CARGA

ROTEIRO DE PROJETO

Deseja-se recalcar água de um açude para um reservatório conforme


projeto abaixo, a vazão solicitada e de 15 m 3 /h e os tubos e conexões utilizados
são de aço galvanizado de 2” de diâmetros. Determine a potência da bomba
utilizada.

Para que seja satisfeitas as condições do projeto acima, a bomba hidráulica


deverá vencer três barreiras físicas, são elas:

 Altura manométrica
 Perdas de carga distribuídas, representadas pela extensão de toda a linha
hidráulica, onde sabemos que a rugosidade interna da tubulação apresenta
uma oposição ao movimento do fluido.

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 Perdas de carga concentrada, representadas pelas conexões, onde
sabemos que haverá uma perda de energia toda vez que o fluido mudar de
direção.

Para o cálculo da perda de carga total usamos a seguinte formula:

Onde:

L – comprimento da tubulação (tubos + acessórios);

Le – comprimento equivalente do acessório hidráulico, ou seja, comprimento


fictício de tubo que ao substituir a singularidade propicia uma perda distribuída
precisamente igual a perda singular causada pela singularidade em questão

f – coeficiente de perda de carga distribuída, ou fator de atrito de Darcy, que no


caso do escoamento laminar é igual a:

onde o número de Reynolds é menor, ou igual a 2000 e pode ser assim calculado:

A massa específica, além de caracterizar o fluido em uma dada temperatura,


possibilita classificar o escoamento em incompressível ou não, se ela permanecer
constante ao longo do escoamento, escoamentos isotérmicos , pode-se afirmar
que o mesmo é considerado incompressível.

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O cálculo da velocidade média do escoamento é feito considerando a vazão (Q) e
a área da seção transversal formada pelo fluido:

Quando trabalhamos com condutos forçados de seção transversal circular o


diâmetro hidráulico coincide com o diâmetro interno do conduto.

A viscosidade é uma das principais responsáveis pela dissipação da energia


(perda de carga) ao longo do escoamento.

Comprimentos equivalentes
Para conexões e registros (em metros de tubulação). Os dados em cor azul se referem a tubulações de aço galvanizado e os em cor
vermelha, a tubulações de PVC ou cobre. Números na primeira e última linhas são diâmetros internos em milímetros.
Galvanizado
15 20 25 32 40 50 60 75 100 125 150
PVC/cobre
0,4 0,6 0,7 0,9 1,1 1,4 1,7 2,1 2,8 3,7 4,3
Joelho 90º
1,1 1,2 1,5 2,0 3,2 3,4 3,7 3,9 4,3 4,9 5,4

0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,8 0,9 1,2 1,5 1,9 2,3
Joelho 45º
0,4 0,5 0,7 1,0 1,3 1,5 1,7 1,8 1,9 2,4 2,6

0,2 0,3 0,3 0,4 0,5 0,6 0,8 1,0 1,3 1,6 1,9
Curva 90º
0,4 0,5 0,6 0,7 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,9 2,1
0,2
0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,9 1,1
Curva 45º
0,2 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2
,3
0,3 0,4 0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,6 2,1 2,7 3,4
Tê fluxo direto
0,7 0,8 0,9 1,5 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 3,3 3,8

1,0 1,4 1,7 2,3 2,8 3,5 4,3 5,2 6,7 8,4 10,0
Tê fluxo lateral
2,3 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8,0 8,3 10,0 11,1

1,0 1,4 1,7 2,3 2,8 3,5 4,3 5,2 6,7 8,4 10,0
Tê fluxo bilateral
2,3 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8,0 8,3 10,0 11,1

Saída de 0,4 0,5 0,7 0,9 1,0 1,5 1,9 2,2 3,2 4,0 5,0
tubulação 0,8 0,9 1,3 1,4 3,2 3,3 3,5 3,7 3,9 4,9 5,5

Entrada de tan- 0,2 0,2 0,3 0,4 0,5 0,7 0,9 1,1 1,6 2,0 2,5
que s/ borda 0,3 0,4 0,5 0,6 1,0 1,5 1,6 2,0 2,2 2,5 2,8

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Entrada de tan- 0,4 0,5 0,7 0,9 1,0 1,5 1,9 2,2 3,2 4,0 5,0
que c/ borda 0,9 1,0 1,2 1,8 2,3 2,8 3,3 3,7 4,0 5,0 5,6

Registro gaveta 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,4 0,4 0,5 0,7 0,9 1,1
aberto 0,1 0,2 0,3 0,4 0,7 0,8 0,9 0,9 1,0 1,1 1,2

Registro globo 4,9 6,7 8,2 11,3 13,4 17,4 21,0 26,0 34,0 43,0 51,0
aberto 11,1 11,4 15,0 22,0 35,8 37,9 38,0 40,0 42,3 50,9 56,7

Registro 2,6 3,6 4,6 5,6 6,7 8,5 10,0 13,0 17,0 21,0 26,0
angular 5,9 6,1 8,4 10,5 17,0 18,5 19,0 20,0 22,1 26,2 28,9

Válvula de pé 3,6 5,6 7,3 10,0 11,6 14,0 17,0 20,0 23,0 30,0 39,0
e crivo 8,1 9,5 13,3 15,5 18,3 23,7 25,0 26,8 28,6 37,4 43,4

Válvula de re- 1,1 1,6 2,1 2,7 3,2 4,2 5,2 6,3 8,4 10,4 12,5
tenção leve 2,5 2,7 3,8 4,9 6,8 7,1 8,2 9,3 10,4 12,5 13,9

Válvula de re- 1,6 2,4 3,2 4,0 4,8 6,4 8,1 9,7 12,9 16,1 19,3
tenção pesada 3,6 4,1 5,8 7,4 9,1 10,8 12,5 14,2 16,0 19,2 21,4

Galvanizado 15 20 25 32 40 50 60 75 100 125 150


PVC/cobre

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5.1 Roteiro simplificado para pré-dimensionamento de
instalações de bombeamento.

O roteiro apresentado a seguir é para ser usado no caso de haver necessidade de


recalque no sistema de captação de água para atender a demanda da bacia
estudada. Trata-se de um roteiro simplificado, que deve ser utilizado apenas no
âmbito do TIM I. Detalhes de dimensionamento serão vistos em outras disciplinas
do curso de Engenharia Civil.

1. Definir a vazão de bombeamento (Q) com base no consumo médio per capita,
na população de saturação e no valor do coeficiente do dia de maior consumo
(k1) utilizando a equação 3.1 (página 18) do termo de referência.
2. Definir o número de bombas necessárias (no mínimo 2, sendo uma de reserva)
3. Definir o diâmetro da tubulação de sucção com base na Tabela 1, obtida da
NBR 12214 (Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento
público): escolher o diâmetro e verificar se a velocidade resultante não supera
o valor mostrado na Tabela 1. Considerar também que a velocidade mínima na
sucção seja de 0,30 m/s.

TABELA 1 – VELOCIDADE MÁXIMA DE SUCÇÃO


Diâmetro nominal 50 75 100 150 200 250 300 400
(mm)
Velocidade (m/s) 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,40 1,50

4. Adotar para a tubulação de recalque o diâmetro comercial imediatamente


inferior ao da tubulação de sucção.
5. Calcular a perda de carga na adutora (hf) desprezando perdas de carga
localizadas. Utilizar a equação de Hazen-Williams, equação (1).
hf 10 , 64 . Q1, 85
=
L C 1 , 85 . D4 , 87 (1)
em que: hf: perda de carga (m), L: comprimento da tubulação (m), Q: vazão (m 3/s),
C: coeficiente que depende do tipo de material da tubulação (considerar C=130
para tubulação de ferro fundido), D: diâmetro da tubulação (m)
6. Calcular a altura manométrica (Hman=Hg+hf), sendo Hg a altura geométrica e hf o
valor calculado no item 5.
7. Determinar o rendimento da bomba centrífuga com base na Tabela 2.

TABELA 2 – RENDIMENTO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS EM FUNÇÃO DA


VAZÃO DE RECALQUE
Q (L/s) 5 7,5 10 15 20 25 30 40 50 100 200
B 0,52 0,61 0,66 0,68 0,71 0,75 0,80 0,84 0,85 0,87 0,88

8. Calcular a potência do conjunto moto-bomba por meio da equação (2).

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γ .Q . H man
P B=
75 ηB . Considerar =1000 kgf/m3 (peso específico da água). P B é obtido
em cv (cavalo-vapor)

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6.0 CALOR

Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato,


podemos observar que a temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do
corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que ambos os corpos apresentem
temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia térmica do
corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que
chamamos calor.

A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI
seja o joule (J). Uma caloria equivale a quantidade de calor necessária para
aumentar a temperatura de um grama de água pura, sob pressão normal, de 14,5
°C para 15,5 °C

A relação entre a caloria e o joule é dada por:

2 2
1 cal = 4,186 J [kg.m / s ]

6.1 PROPAGAÇÃO DE CALOR

A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer através de três


processos diferentes: a condução, a convecção e a irradiação, mormalmente os 3
processos ocorrem simultaneamente:
 A condução térmica, é um processo lento de transmissão de energia, de
molécula para molécula, sempre no sentido das temperaturas mais altas
para as mais baixas.
 Na convecção térmica, as partes diferentemente aquecidas de um fluido
movimentam-se no seu interior devido às diferenças de densidades das
porções quente e fria do fluido. Tanto a convecção como a condução não
podem ocorrer no vácuo, pois necessitam de um meio material para que
possam ocorrer.

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 A irradiação é a propagação de energia através de ondas
eletromagnéticas. Quando a energia dessas ondas é absorvida por um
corpo, intensifica-se a agitação de suas moléculas, acarretando aumento de
temperatura. Esse tipo de propagação energética pode ocorrer no vácuo.

6.2 MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO

A mudança de estado físico, por exemplo, de líquido para vapor


ou de vapor para líquido, ocorre por transferência de energia de uma
fonte para a substância ou da substância para um sorvedouro.
Durante o processo de mudança de fase, a pressão e a
temperatura se mantêm constantes. A figura 3.6 indica o diagrama
aproximado de um processo de fornecimento de energia a uma massa
de 1 kg de água, sob pressão atmosférica de 101 325 Pa abs.

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6.2 CALDEIRAS

Caldeiras são equipamentos que produzem e acumulam vapor por meio do


aquecimento da água, sob pressão (superior à atmosférica), utilizando fonte de
energia diversificada.
O vapor saturado é o meio mais fácil de obter aquecimento em larga escala,
sendo normalmente produzido por geradores de vapor, as caldeiras. As caldeiras
podem ser projetadas para utilizar a fonte de energia mais conveniente
ou a disponível dentro de um processo industrial. A distribuição do vapor
é simples, pois usa tubulações que podem ser projetadas para atender todas
as unidades produtivas de uma fábrica. Por esses e outros fatores, o vapor
saturado e também o vapor superaquecido são amplamente empregados na
indústria.
As caldeiras são utilizadas para alimentar máquinas térmicas, autoclaves
para esterilização de materiais diversos, cozimento de alimentos pelo vapor ou
calefação ambiental.
A primeira tentativa do ser humano de produzir vapor foi no século II a.C.,
quando Heron de Alexandria elaborou um artefato que vaporizava água e

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