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Disciplina

Seminario Preratorio

N° da Aula 1

1
1
Introdução ao Sistema Nacional
de Saúde de Moçambique

Estrutura, Organização e
Funcionamento do Sistema Nacional
da Saúde

2
Objectivos de Aprendizagem
• Até ao fim da aula os alunos devem
ser capazes de:
• Identificar os órgãos componentes do
Sistema Nacional de Saúde, quanto
às suas Direcções, Departamentos,
Repartições e Programas ao nível
nacional, provincial e distrital.
• Explicar as finalidades dos órgãos da
3
Objectivos de Aprendizagem
estrutura organizacional do Sistema
Nacional de Saúde.

4
ORIGEM E FUNDAMENTOS DO
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE
• O Sistema Nacional de Saúde (SNS)
foi criado nos anos 1970 como
consequência da situação histórica
criada pela Independência Nacional.
Ao longo dos 35 anos que seguiram,
os objectivos estratégicos do SNS
não mudaram significativamente. A
estrutura original do SNS ainda é
5
ORIGEM E FUNDAMENTOS DO
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE
reconhecível. O processo histórico
que levou à criação do SNS permite
compreender a sua organização,
funcionamento e a posição
actualmente ocupada pelos técnicos
de medicina.
• Factores relevantes são:

6
ORIGEM E FUNDAMENTOS DO
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE
 Acesso limitado ao sistema de saúde
colonial. Cuidados de saúde
modernos eram facilmente acessíveis
só à população de origem Europeia e
Asiática, largamente urbanizada, e/ou
à pequena minoria de população
Africana com alguma capacidade
económica (assimilados). O acesso à
7
ORIGEM E FUNDAMENTOS DO
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE
Saúde da população indígena
(Moçambicana) largamente rural, era
de norma limitado aos hospitais
missionários, em número reduzido e
mal distribuídos, às campanhas de
vacinação (por ex. varíola) e de
controlo ou erradicação de doenças
transmissíveis (por ex. doença do
8
ORIGEM E FUNDAMENTOS DO
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE
sono financiadas pelo Estado
Colonial, normalmente como medida
de protecção -cordon sanitaire- da
população expatriada metropolitana).

9
A independência:
Nacionalização da saúde.
• Logo após a independência (1975),
com a Lei das Nacionalizações dos
Serviços de Saúde, Educação e
Habitação e outras medidas tomadas
pelo Governo de Moçambique, a
maioria dos funcionários coloniais
abandonaram o País; entre eles,
muitos técnicos e funcionários com
10
A independência:
Nacionalização da saúde.
nível de educação médio ou superior.
No sector de saúde, só ficaram cerca
de 60 médicos (eram menos de 300
para 8 milhões de habitantes em
1974). Muitos quadros técnicos de
outras carreiras de saúde (farmácia,
radiologia, laboratório, enfermagem)
também saíram do País. A crise
11
A independência:
Nacionalização da saúde.
deixou Moçambique quase sem
pessoal de saúde, mas deu a
possibilidade aos novos líderes do
País de conceber e realizar um SNS
completamente original.

12
O debate mundial sobre
saúde
• Na altura da independência, anos de
experiências e avanços na provisão
de cuidados de saúde nos países em
desenvolvimento estavam a alimentar
um debate rico de ideias inovadoras.
Tais ideias foram consolidadas num
documento político unitário na
Conferência de Alma Ata, cidade da
13
O debate mundial sobre
saúde
então União Soviética (1978). De
acordo com a nova visão, o modelo
enfermidade/ baseado sobre o
conceito de doença como disfunção
do organismo humano foi substituído
por um modelo holístico de saúde
que tinha em conta o contexto
familiar e social dos indivíduos. Atrás
14
O debate mundial sobre
saúde
deste conceito estava a definição de
saúde como de “um estado de bem-
estar físico, mental e social, e não
meramente ausência de doença ou
ratamento, enfermidade” e o
reconhecimento das causas
subjacentes de doença (pobreza e
injustiça social, que determinam as
15
O debate mundial sobre
saúde
condições de acesso à educação,
água, emprego e terra, habitação e
saneamento, assim como equidade
entre géneros e participação activa
na vida pública). Alma Ata
representou uma revolução da forma
de prestar cuidados de saúde no 3o
mundo, implicando uma mudança
16
O debate mundial sobre
saúde
radical do conceito de saúde
baseado num novo relacionamento
entre profissionais de saúde (os
prestadores dos serviços) e
indivíduos (as comunidades de
usuários).

17
Declaração de Alma Ata
As estratégias de saúde aprovadas
em Alma Ata resumem-se na
abordagem multi-sectorial, tecnologia
apropriada, actividades de promoção
de saúde, participação comunitária, e
descentralização. Todos estes
aspectos são ainda relevantes em
Moçambique e os estudantes do
18
Declaração de Alma Ata
curso de técnicos de medicina terão o
tempo de reflectir sobre eles ao longo
dos dois anos e meio do curso.
Nestas primeiras aulas, importa
considerar que o conceito de
tecnologia apropriada refere-se não
só a equipamento, infra-estruturas ou
medicamentos, mas sim também às
19
Declaração de Alma Ata
competências técnicas e ao perfil
profissional dos trabalhadores de
saúde chamados a prestar serviços
num âmbito e com uma visão
inéditos.

20
Cuidados de saúde
primários
Alma Ata identificou como prioridades
programáticas a nutrição apropriada,
água e saneamento, saúde materno-
infantil, planeamento familiar,
imunização, prevenção e controle
das doenças endémicas, educação
para saúde, tratamento apropriado
das doenças mais comuns e
21
Cuidados de saúde
primários
disponibilidade dos medicamentos
essenciais. Estes programas são
agora implementados de rotina, e as
suas razões de ser parecem óbvias.
Na altura, representaram uma
revolução da forma de pensar sobre
a saúde. Os programas foram
operacionalizados como “cuidados de
22
Cuidados de saúde
primários
saúde primários” (CSP). A idéia era
que os serviços de saúde fossem
prestados de forma integrada, como
um continuum de intervenções
adequadas às necessidades de
saúde de cada um. O técnico de
medicina nasceu como (e ainda é)
um quadro especialmente
23
Cuidados de saúde
primários
vocacionado para os CSP.
• O MISAU/SNS após a
independência
Moçambique foi um dos primeiros
países que adoptou e implementou
ousadamente (em certos casos até
antes da própria conferência) os

24
O MISAU/SNS após a
independência
princípios da política de saúde
enunciados em Alma Ata e os CSP.
Com efeito, a independência, a
mudança de regime político, a
ausência de organizações
profissionais empenhadas em manter
as suas posições de influência
(sobretudo pelo abandono em massa
25
O MISAU/SNS após a
independência
dos médicos coloniais), permitiram
fazer tabula rasa (recomeçar da
estaca “0”) dos conceitos, valores e
formas de actuação do sistema
colonial. Na prática, a situação de
“crise” do sistema de saúde abriu
uma oportunidade única para uma
revisão profunda da visão e missão
26
O MISAU/SNS após a
independência
do MISAU/SNS.
SNS gratuito e universal e
centralismo democrático
• O próprio regime socialista que foi
adoptado pelo primeiro Governo de
Moçambique determinou as
finalidades e características

27
SNS gratuito e universal e
centralismo democrático
organizativas do sector de saúde, em
particular:
• Universalismo e gratuidade na
prestação dos serviços de saúde.
Num sistema de saúde gratuito e
universal, todos têm direito a
cuidados de saúde adequados, de
acordo com a evidência científica e
28
SNS gratuito e universal e
centralismo democrático
com base nos recursos do país,
independentemente da filiação, raça,
religião, classe social, capacidade
económica e género. Um sistema de
saúde universalista é financiado
através dos impostos públicos gerais
e não por meio de sistemas de
seguros ou pelo pagamento directo
29
SNS gratuito e universal e
centralismo democrático
da prestação dos serviços. Nos anos
que seguiram a independência, o
sistema promoveu a equidade e
aumentou o acesso à saúde: por
exemplo, através da expansão nas
zonas rurais do sistema de saúde e
do programa alargado de vacinação
(PAV).
30
SNS gratuito e universal e
centralismo democrático
• Sistema fortemente centralizado de
gestão técnica e administrativa da
República, baseado nos princípios do
Centralismo Democrático. O
organigrama do MISAU/SNS é
tratado no segundo bloco. A estrutura
do núcleo central (órgãos centrais do
MISAU) repete-se, simplificada mas
31
SNS gratuito e universal e
centralismo democrático
não modificada, nos dois níveis
inferiores de decisão (Província e
Distrito) A escolha de um sistema
deste tipo foi devida não só ao
regime político, mas também à falta
dramática de quadros técnicos
formados.

32
ORGANIZAÇÃO DOS
ÓRGÃOS DO MISAU/SNS
DIRECÇÕES, DEPARTAMENTOS E
PROGRAMAS
• O MISAU, como os outros
Ministérios, é constituído por Órgãos
Centrais, Provinciais e Distritais. A
mesma estrutura do MISAU repete-
se, de forma progressivamente mais
simplificada, a nível Provincial e
33
ORGANIZAÇÃO DOS
ÓRGÃOS DO MISAU/SNS
Distrital.
• O MISAU, encabeçado pelo
Ministro da Saúde, coadjuvado
por um Vice-Ministro e um
Secretário Permanente, está
baseado em 5 Direcções
Nacionais:
34
ORGANIZAÇÃO DOS
ÓRGÃOS DO MISAU/SNS
• Planificação e Cooperação (DNPC),
• Administração e Gestão (DNAG),
• Assistência Médica (DNAM)
• Saúde Pública (DNSP)
• Recursos Humanos (DNRH),
• Cada Direcção Nacional está dividida
em departamentos. Por exemplo, A
35
ORGANIZAÇÃO DOS
ÓRGÃOS DO MISAU/SNS
DNRH compreende o Departamento
de Formação e Administração do
Pessoal.
Cada departamento está organizado
em Repartições (por ex. no
Departamento de Formação
encontram-se a Repartição de
Desenvolvimento Curricular, a
36
ORGANIZAÇÃO DOS
ÓRGÃOS DO MISAU/SNS
Repartição de Formação Contínua e
Bolsa de Estudos e a de
Administração da Formação). O
organograma do MISAU está
actualmente em fase de
reorganização. Portanto, não se
pretende entrar em pormenores e se
adverte que a informação que segue
deverá ser actualizada. 37
Direcção Nacional de Planificação
e Cooperação (DNPC)
• Departamentos
• Objectivos:
• Produzir os planos de actividades
gerais do sector de saúde.
• Monitorizar/avaliar a sua actuação e
coordenar também os ciclos de
planificação dos outros sectores e
38
Objectivos (Cont)
subsectores do MISAU (direcções
provinciais e distritais, outras
direcções nacionais) e do SNS.
• Funções:
• Recolher e analisar mensalmente a
informação relativa às actividades
produzidas pelo sistema de saúde, a

39
Funções(Cont)
partir de todas as Unidades
Sanitárias (US); - a informação das
US é recolhida pelos Serviços
Distritais de Saúde (SDSMAS),
conferida e enviada às Direcções
Provinciais que, por sua vez, a
analisam, sintetizam e enviam à
DNPC.
40
Funções(Cont)
• Assegurar que os planos das
actividades avaliadas estão em
conformidade com a política do
Governo.
• Trabalhar em coordenação com a
DNAG em relação aos limites
orçamentais dos planos, a DNSP e
DNAM, (que respondem para o
41
Funções(Cont)
componente técnico das actividades
do MISAU e para os programas de
actividades prioritários) para
assegurar que os planos são
realísticos em relação aos recursos
humanos de saúde.
• Dialogar com as agências de
cooperação internacional, coordenar
42
Funções(Cont)
a acção destas e recolher a informação
necessária sobre o seu desempenho.
Direcção (Nacional) de
Administração e Gestão (DAG)
• Departamentos: Finanças,
Administração, Logística e
Manutenção.

43
Departamentos
• Objectivos:
• Proporcionar os recursos financeiros
necessários para as actividades do
MISAU/SNS, equacionando os
planos do Governo com os recursos
disponíveis.
• Supervisionar aquisição e uso

44
Objectivos (Cont)
apropriado dos bens do MISAU e do
SNS.
• Funções:
• Elaborar e apresentar os planos
financeiros.
• Alocar os fundos entre os diferentes
utilizadores e supervisionar a
45
Funções (Cont)
execução orçamental para o ano
financeiro corrente.
• Administrar e gerir dos bens do
MISAU/SNS.
• Executar a compra de bens incluindo
equipamentos, através da Central de
Abastecimento e a gestão dos
transportes.
46
Funções (Cont)
• Manter a infra-estrutura do SNS e
planificar a sua expansão.
• Coordenar com a DNPC e com o
Ministério da Finanças e o Ministério
do Plano, a implementação do novo
sistema de contabilidade
administrativa (chamado e-SISTAFE)
para a descentralização do controlo
das despesas. 47
Intestino delgado

48
Direcção Nacional de
Assistência Médica (DNAM)
• Departamentos: De acordo com o
novo organigrama (2010), a direcção
está organizada em duas áreas
funcionais:
• Desenvolvimento dos Cuidados
Clínicos:
• Organização e Desenvolvimento da
Rede Sanitária, Cuidados de Saúde,
49
Departamentos(Cont)
• Meios Auxiliares de Diagnóstico (com
foco nos Laboratórios Clínicos, Raios
X e Anatomia Patológica, para
aquisição de equipamento,
consumíveis, reagentes,
manutenção).
• Controlo de Qualidade:
• Programas e Cuidados Clínicos,
50
Departamentos(Cont)
• Cuidados de Enfermagem
• Finalmente, faz cabo à DAM uma
terceira instituição: a Junta Médica,
Exames Médicos e Incapacidades,
que trata de aspectos médico-legais
(incapacidades)

51
Departamentos(Cont)
• Objectivos
• Sobreintender à organização e ao
funcionamento das Unidades
Sanitárias do País.
• Funções
• Promover a integração entre os
serviços de saúde.
52
Funções (Cont)

• Supervisionar as actividades
médicas, cirúrgicas e de enfermagem
e aprovar os protocolos clínicos de
tratamento.
• Propor novos modelos de
organização dos serviços de acordo
com as necessidades de saúde.
• Gerir a aquisição, distribuição e uso
53
Funções (Cont)
de medicamentos e o serviço de
transfusões de sangue (através de
duas instituições subordinadas: a
Central de Medicamentos e Artigos
Médicos – CMAM -, que opera na
área de aquisição e distribuição de
medicamentos, e o Serviço Nacional
de Transfusão de Sangue - SNTS).
54
Funções (Cont)
• Autorizar tratamento médico no
exterior com fundos públicos quando
não houver recursos apropriados no
país.
• Direcção (Nacional) de Saúde da
Pública (DSP)
• Departamentos: Epidemiologia,
Grandes Endemias, Saúde Materno-
infantil. 55
Direcção (Nacional) de
Saúde da Pública (DSP)
• Objectivos:
• Promover o envolvimento activo dos
cidadãos e das comunidades para
melhoria do seu estado de saúde.
• Promover as medidas de prevenção
e controle das principais doenças
endémicas e contagiosas do país.

56
Objectivos (Cont)
• Promover medidas de saúde
específicas em prol dos grupos
prioritários da população (mulheres
em idade fértil, crianças, outros
grupos vulneráveis).
• Funções:
• É responsável pelas actividades de
Mobilização Comunitária, Saúde
57
Funções (Cont)
• Reprodutiva e Saúde Infantil,
Doenças Transmissíveis (grandes
endemias), Nutrição, Saúde Mental,
Doenças Crónicas não Infecciosas,
Epidemiologia.
• Manter a vigilância epidemiológica no
país, o que significa produzir e
manter a informação relativa às
principais doenças epidémicas. 58
Funções (Cont)
• Coordenar a resposta apropriada em
termos de medidas de prevenção e
saúde pública (por ex. no caso de
epidemias de cólera, meningite).
• Controlar doenças de particular
relevância, como tuberculose,
malária, doenças de transmissão
sexual (DTS), lepra e de outras
doenças não contagiosas. 59
Funções (Cont)
• Gerir algumas componentes do
Programa de controlo do HIV/SIDA:
prevenção da transmissão vertical
(de mãe para filho - PTV); prevenção
comunitária, que compreendem
informação, educação,
aconselhamento e testagem para HIV
enquadradas no Departamento de
Mobilização Comunitária. 60
Funções (Cont)
Programas Verticais. Os chamados
“programas verticais” têm importância
particular na estrutura operacional do
MISAU. Estes programas surgiram
em relação a doenças específicas
(pela sua importância epidemiológica
consideradas “prioritárias” ou se
constituíram a volta de grupos de
61
Funções (Cont)
população prioritários. Estes
programas mantêm fortes ligações
com as Organizações de Saúde
multilaterais das Nações Unidas
(principalmente, OMS, UNICEF,
FNUAP) e, por vezes, adquirem
fundos e assistência técnica directos
da Cooperação Bilateral. Os
programas verticais estão 62
Funções (Cont)
enquadrados na Direcção de Saúde
Pública (por ex., o programa de SMI,
o programa nacional de controle da
tuberculose e lepra –PNCTL-, o
programa nacional da malária). A
excepção mais importante é
HIV/SIDA. O programa do HIV/SIDA
é particularmente complexo e
63
Funções (Cont)
beneficia de fundos avultados. As
componentes deste programa são
repartidas entre a DNSP (prevenção
da transmissão vertical, educação,
aconselhamento e testagem em
saúde e a DNAM (tratamento anti-
retroviral – TARV e IO - infecções
oportunistas). Os programas verticais
64
Funções (Cont)
tendem a manter sistemas
autónomos ou semi-autónomos de
informação e de gestão de
medicamentos (por exemplo em
relação aos medicamentos do TARV;
à informação do PNCTL e à formação
contínua do pessoal afecto nestes
programas). Entre os programas
65
Funções (Cont)
verticais, o Departamento de Saúde
Materno-Infantil assume particular
relevância, porque foca em
actividades historicamente centrais
aos CSP. Os programas de saúde
materno-infantil têm uma organização
parcialmente autónoma dentro do
MISAU e beneficiam frequentemente
66
Funções (Cont)
de fundos directos pela cooperação
bilateral.
• Direcção (Nacional) de Recursos
Humanos (DRH)
• Departamentos: Administração do
Pessoal e Formação.

67
Objectivos
• Planificação, administração e
formação de recursos humanos (RH)
para saúde.
• Funções:
• Elaborar, monitorar e supervisionar
os planos de RH de saúde, sendo
estes análise das necessidades,
distribuição, previsão de novos
68
Funções (Cont)
ingressos e custos, tendo em conta
as metas, finalidades e objectivos
gerais do sector público de saúde
(DPC) e seus limites orçamentais
(DAG).
• Responsável pela contratação,
colocação, pagamento salarial e
outros benefícios, incluindo
segurança social, progressão na 69
Funções (Cont)
carreira, disciplina e reforma dos
funcionários de saúde.
• Responsável pela coordenação e
implementação de formações iniciais
e de formações contínuas do
pessoal. Existe também a Repartição
de Administração da Formação
• A formação inicial dos técnicos de
70
Funções (Cont)
nível básico, médio e bacharel,
planificada a partir dos planos de RH,
é cumprida em 4 Institutos de
Ciências de Saúde, 6 Centros de
Formação Provinciais e 3 centros de
formação subordinados. A formação
contínua é planificada, organizada e
financiada, na maioria dos casos a
71
Funções (Cont)
partir dos programas verticais do
MISAU.
• As universidades que graduam
profissionais de saúde caem sob a
responsabilidade do MINED
(Ministério da Educação). O
Departamento de Formação é
responsável para a pós-formação
(especialização) dos médicos e 72
Funções (Cont)
outros técnicos de saúde e pelas
bolsas de estudo no estrangeiro.
• No País existe um número de
instituições privadas de ensino
superior.
• Pode ser útil considerar 2 direcções
do MISAU de área programática
(técnica):
73
Funções (Cont)
• - DNAM e DNSP e 3 de Área
operacional (ou de gestão):
• - DNPC, DNRH, DNAG.
• Direcções Provinciais de Saúde
(DPS)
• Existem 10 Direcções Provinciais de
Saúde (DPS), mais a Direcção de
Saúde da Cidade de Maputo que tem
74
Direcções Provinciais de
Saúde (DPS) (Cont)
• estatuto de DPS. A organização do
MISAU em Direcções reflecte-se nas
DPS, assim que as direcções
nacionais se tornam departamentos e
os departamentos do MISAU se
tornam “repartições”. Por exemplo, na
Direcção Provincial de Nampula,
existem o Departamento de
75
Serviços Distritais de Saúde
(Cont)
Planificação, o de Recursos
Humanos, Administração e Finanças,
Assistência Médica e Saúde da
Comunidade. Como única excepção,
o sector da Formação é elevado ao
nível de Departamento Provincial:
portanto, em cada DPS existe um
Departamento de Formação.
76
Serviços Distritais de Saúde
(Cont)
• Nas Direcções Distritais de Saúde
(cujo nome foi mudado recentemente
em Serviços Distritais de Saúde,
Mulher e Acção Social - SDSMAS),
os departamentos do nível provincial
têm o nível de “repartições”.
• A equipa de gestão do SDSMAS é
constituída por um director, um
médico chefe, um responsável da 77
Serviços Distritais de Saúde
(Cont)
• farmácia, um para estatística e um
para assistência médica. Por vezes,
devido a falta de pessoal, o mesmo
funcionário toma conta de duas
pastas.
• No processo actual (2010) de
descentralização administrativa, os
SDSMAS vão adquirindo maiores
competências e responsabilidades de
78
Serviços Distritais de Saúde
(Cont)
gestão. Por exemplo, nos distritos
onde o novo sistema de gestão
financeira do Sector Público (e-
SISTAFE) estiver operacional, os
SDSMAS recebem os fundos para o
seu funcionamento e prestam contas
directamente à Administração Distrital
e não à DPS, como acontecia
anteriormente. 79
PONTOS-CHAVE
• O Sistema Nacional de Saúde é
baseado em particular o
Universalismo e gratuidade na
prestação dos serviços de saúde e
num sistema fortemente centralizado
de gestão técnica e administrativa da
República, baseado nos princípios do
Centralismo Democrático.
80
PONTOS-CHAVE (Cont)
• O MISAU está dividido em 5
Direcções Nacionais:
• Planificação e Cooperação (DNPC),
• Administração e Gestão (DNAG),
• Assistência Médica (DNAM)
• Saúde Pública (DNSP)
• Recursos Humanos (DNRH),
81
Obrigado!

Koshukhuru.

Dúvidas?
82

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