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O dia em que se encheu de tudo.

Descendo pela rua, num dia a toa, pensava j no prximo, o quo a toa ele seria. Fazia apenas algumas semanas que havia largado o emprego na prefeitura da cidade, um cargo bom, pagava bem, mas no fazia bem, era um ambiente extremamente hipcrita, tudo bem que todo o mundo um pouco, mas l era obrigado a participar do jogo ou ir embora, logo, foi embora. Tambm saiu de casa pouco depois, eram muitas brigas por problemas banais que ningum na verdade queria resolver. O lugar chamava-se :Penso da Dona Tereza, sua casa agora, pagava 300 reais por ms por um quarto minusculo com uma cama, uma mesinha e um guarda roupas, o resto era todo coletivo. Era diferente e tranquilo, a tarde ouvia ensaios de violino, a noite ouvia conversas de familia, e pela manh o transito pesado das horas de pico; dias normais em vidas normais, tudo baseado em mentiras ditas por todo mundo a toda hora, um dia tudo isso ir cair. Tinha dinheiro suficiente pra viver um ano todo sem precisar trabalhar, antes de sair do emprego emprestou uma grande quantia em dinheiro do banco, cinquenta mil reais, muita coisa, nunca vai pagar. Ento por isso os dias eram extremamente bomios, se resumiam a caminhar pela cidade buscando inspirao para algum poema, conto, ou qualquer outra coisa que pudesse o iludir como escritor ou artista. Adryano Sergio Quegi

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