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A Gala do nosso jornal acabou por necessidade de união entre os portugueses e Mundo.

es e Mundo. O que lhe falta para ser um político


absorver as atenções desta quinzena. Não só a obrigação das organizações que lhes dão capaz, sobra-lhe na competência que exerce
porque era mais uma acção arrojada, como suporte, incluindo o nosso jornal, garantirem no domínio das finanças. Apesar das fortes
também porque recebeu da comunidade em o seu desenvolvimento. O repto do críticas da Alemanha e da França, hoje todos
geral um apoio fora de comum. Na verdade, conselheiro António Cunha, para não os países ricos foram obrigados a seguir a
reuniu à sua volta um movimento de união deixarmos a obra a meio, oferecendo a sua estratégia britânica.
que acabou por juntar numa sala uma disponibilidade para apoiar e continuá-la. As
maioria de empresários, clubes e críticas e as propostas de Cristina Costa Na banca continua tudo errado. Dá a
associações, políticos, representantes e Pinto. O abraço e as promessas de Steve impressão de que os bancos britânicos não
representações da nossa comunidade e altas Reed. A mensagem de portugalidade de estão adaptados ao mundo moderno e
individualidades, muitas das quais, por uma Roberto Leal. E o empenho de total abertura combatem a evolução tecnológica. Na maior
ou outra razão, andavam de costas viradas. de uma das mais importantes universidades parte dos balcões, sempre que há uma
Foi uma festa bonita que deu uma imagem em Londres. Tudo saboreado num decisão fora do ordinário, tudo foge, tudo
de capacidade e coesão entre todos, que importante espectáculo ao som do fado empurra com a barriga e ninguém toma
vibraram em conjunto ao som de grandes sublimemente cantado por Liana, o afro- decisões. Não há responsáveis. Hoje está
vedetas da canção de Portugal e em torno Jazz na espectacular voz de (Teresa) bem aproveitadas pela oposição. Contudo, provado que a banca tem grandes culpas,
dos galardões distribuídos a quem o jornal Maiúko, o som da morna de Dany Silva, o quando se chega a decisões na área senão todas, na crise financeira que
“As Notícias” entendeu premiar. Facto folclore de Roberto Leal e o talento de economicista e financeira, Gordon Brown atravessamos. Contudo, ninguém, até hoje,
assumido frontalmente e sem rodeios. Fernando Pereira. Deixo para último a continua a ser o prodígio e a alavanca que, admitiu a culpa e foi julgado pelo mal que
Por muitos desses sectores esta Gala é agradável surpresa de um virtuoso da viola, anteriormente, manteve os trabalhistas no causou a milhões de britânicos. Depois,
interpretada como a capacidade que a nossa Silvestre Fonseca – que nos deu um poder. Para além de muitas decisões na temos os serviços bancários, talvez dos mais
comunidade tem de criar e organizar com “cheirinho” daquilo que pode fazer. injecção de dinheiros públicos nos vários pobres da Europa, num dos países mais
sucesso e competência acontecimentos de sectores vitais à sobrevivência da economia desenvolvidos do Mundo. Esta semana, veio
vulto, a que não é alheio ter-se conseguido Muito se tem falado de Gordon Brown, o britânica, especialmente na banca, o a lume que a fraude bancária sobre cartões
unir muitos dos sectores mais primeiro ministro britânico. Da maioria dos primeiro ministro vem agora aprovisionar a de crédito e débito, desde que foi
representativos da nossa comunidade. media e sectores políticos, mesmo dentro do banca com meios financeiros sem emitir a introduzido o “pin” e outras formas de
Sem sabermos, estamos mais unidos do seu partido trabalhista, as críticas têm sido moeda correspondente, que normalmente segurança, tão anunciadas por tão seguras,
que julgávamos e podemos ter aqui uma mais do que muitas. Na verdade, desde que contrabalança este tipo de operação. Uma aumentou 50%. Um número incrível, que é
importante prova que somos capazes de chegou ao poder, o primeiro ministro não decisão histórica porquanto é a primeira vez fácil de acreditar dado o nível de serviços
construir pontes entre as diferenças e colar tem conseguido dar uma imagem pública de que é tomada por um Estado de direito. que nos é fornecido pelos bancos britânicos.
as divergências em projectos conjuntos e um político capaz de representar bem o Uma decisão arriscada, que a oposição apoia Para além dos custos e das taxas que
eficazes ao serviço dos portugueses governo. As crises têm estalado quase - mas que adverte para os riscos. É sem chovem sobre as nossas contas diariamente,
imigrados no Reino Unido. mensalmente e algumas declarações têm dúvida mais uma situação de um economista sem qualquer justificação. Hoje, com a
Foi bom ouvir a voz do Embaixador de sido contraprocedentes e criado alguma brilhante e audaz que tem dado o mote do banca, é preciso estar com os olhos muito
Portugal a sublinhar e a reclamar a instabilidade política. Quase sempre muito combate à crise financeira em todo o abertos.
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