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Edies Capri

Poemas de Esperana
Poesias
Jorge Capri
12-04-2013

I Histria dum dia de cu nublado Em que brilharam ventos de orvalhos frescos, Na sua chuva de som livre, Nesta cano em viagem. Viagem livre das seivas de fora Que erguem rvores rasgando a terra Onde os minrios resplandecem em verde Nas folhas novas dum alerta. Histria dum mapa delineado no cu Onde nuvens fazem amor Com o azul do cu E pensamentos tristes se debatem Em conflito Neste cho de pedra. Histria da famlia espalhada pelo mundo, Dos irmos que se descobrem Ao alvorar do Sol. Histria da erva nos lagos Assinalando peixes de guas vivas No movimento dos espaos.
22-08-1977

II Qual importncia o alvorar da verdura Que imponente se delineia No espao de Sol? Qual problema o raiar do som Nascido das seivas da esperana? Marca o ritmo ao vento do dia, Marca o ritmo ao ladrar dos ces Que com o instinto animal Recomea o marchar da seara ondulante. E em ondas forjadas surgiro belas canes Nascidas da simplicidade das estaes. Como nesta primavera Em que as andorinhas Ensaiaram cantares de amor. Como neste vero de mar e areia Que pertinente Soa o seu ritmo E flui nas veias De um novo dia.
22-08-77

III Longo espao de cor de vida, Imponente, no seu inocente Crescer no tempo, Se descreve De tempo para tempo Em que obras de suor e lgrimas Se impem para a admirao dos sculos. Gentes, Forjadas nas geraes de antepassados, Iro brotar, nos sculos vindouros, Frutos de cantos e danares De novas terras descobertas. E largo espao de energia Vibrando no movimento celeste E tranquilo de cantar de amigo. Largas e longas pontes de cores atravessadas Entre o ar E movimentos de ps gigantes Na sua potncia invisvel.
24-08-1977

IV Danando Ao vento de orvalho quente, Das profundidades martimas esvoaam, Por entre os sons da msica quotidiana Na sua luz de erva flutuante, Asas, Por onde passeamos os nossos ps.

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