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Treinamento Esportivo

Prof. Ms. Renato Barroso

Habilidade

“Ato ou tarefa que requer


Definições e conceitos movimentos e deve ser aprendida
para ser executada corretamente.”
Capacidade Capacidades condicionais
‹ Dependem da eficiência do
“Potencial hereditário para o
metabolismo energético
desempenho motor que pode ser
z força
influenciado pela experiência e
z velocidade
meio ambiente.” z resistência

Capacidades coordenativas
Exercício
‹ Dependente dos processos de
organização, controle e regulação do “Seqüência planejada de
movimento movimentos que é repetida
z orientação espacial e temporal sistematicamente com o objetivo
z reação (simples e complexa) de elevar o rendimento.”
z ritmo
z combinação/transformação de movimentos
Exercícios Gerais Exercícios Específicos

“Exercícios que não contém “Exercícios que possuem


nenhum componente dos
estrutura parcial ou total
movimentos característicos de
semelhante a estrutura do
uma competição ou jogo.”
movimento de competição ou
jogo.”

Classificação dos
Exercícios de Competição ou de
Jogo Exercícios
‹ Gerais Ó condicionais
“Exercícios que coincidem Ó coordenativos
completamente com a estrutura do
‹ Específicos Ó
movimento de competição ou jogo.” condicionais
Ó coordenativos

‹ Competição
Treinamento Treinamento Físico

“Processo repetitivo e sistemático “Repetição sistemática de exercícios

composto de exercícios que produz fenômenos de adaptação

progressivos que visam o funcional e morfológica, visando a


modificação e aperfeiçoamento das
aperfeiçoamento da
capacidades motoras.”
performance.”

Treinamento Esportivo Treinamento Esportivo

‹ Natureza sistemática e planejada


“Processo sistemático de
preparação de atletas para o
nível mais alto de desempenho ‹ Obtenção do maior rendimento

esportivo.” esportivo possível


(Harre, 1982)
Componentes do Treinamento
Esportivo
Volume de Treinamento
‹ Físico
‹ Técnico
“Quantidade total de trabalho
‹ Tático
realizado num exercício, numa
‹ Psicológico
‹ Intelectual unidade de treino ou num ciclo de
treino.”

Carga de Treinamento
Intensidade do treinamento
Ô Intensidade
Ô Duração
“Trabalho realizado na
unidade de tempo, grau de Ô Freqüência

esforço ou percentual de uma Ô Intervalo

capacidade momentânea.” Ô Volume

Ô Tipo de Atividade
Bases gerais do
Treinamento
Relação com desempenho
Bases Gerais do •

z intensidade

Treinamento z volume
z freqüência
z estado de treinamento

Relação intensidade x rendimento Relação freqüência x rendimento

Meller e Mellerowicz (1968) Meller e Mellerowicz (1970)


Volume de treinamento x
Estado de treinamento x rendimento
rendimento

Aumento no rendimento

Aumento no rendimento
Estado de treinamento Quantidade de treinamento

Intensidade x rendimento

Princípios Biológicos
Princípios Biológicos Princípios Biológicos

‹ Sobrecarga Sobrecarga
‹ Reversibilidade “A fim de se obter adaptações
positivas, o organismo humano deve
‹ Individualidade biológica
ser submetido a cargas de
‹ Especificidade treinamento superiores ao estímulo
que ele esteja acostumado.”

Acomodação Princípios Biológicos

“Diminuição da resposta de um Sobrecarga


fenômeno biológico a um ‹ aumento do volume
estímulo contínuo.” ‹ aumento da intensidade
(Zatsiorsky, 1995)

‹ aumento da frequência
‹ variabilidade da atividade
Princípios Biológicos Destreinamento
Reversibilidade
“Um vez cessada a oferta de estímulos “Ausência de estímulo ou de

ao corpo o condicionamento físico irá sobrecarga de treinamento.”


diminuir e retornar a condição
encontrada antes do período de
treinamento.”

Destreinamento e glicogênio muscular


Destreinamento

“Redução ou perda da adaptação”


(velocidade de perda é
proporcional ao tempo de
aquisição)
Destreinamento e força
Princípios Biológicos

Individualidade Biológica
“Cada um de nós possui
características individuais que
determinam o ritmo e o grau de
adaptação a um programa de
treinamento físico.”

Princípios Biológicos Especificidade


Especificidade
‹ Especificidade do padrão de
“As adaptações decorrentes do movimento (coordenação e aprendizagem)
treinamento são específicas em
relação ao tipo de atividade, volume e ‹ Especificidade da posição do
intensidade dos estímulos.” corpo e articulações
Especificidade Especificidade

‹ Velocidade do movimento e ‹ Volume da sobrecarga

forma como a força é mobilizada


(cargas extremas)

Especificidade Especificidade
‹ Quanto mais elevado o nível do
‹ Adaptações que ocorrem na fibra
atleta mais importante se torna o
muscular
princípio da especificidade.

‹ Tipo de contração muscular


Especificidade
z Natação e treinamento fora da
água
Adaptação
z Triatlo (“cross-training”)

z Hora do dia

Adaptação Adaptação
‹ Estímulo insuficiente = sem
“Reorganização funcional e adaptação
estrutural do organismo frente a
estímulos internos e externos.”
Israel (1983)
Adaptação Adaptação
‹ Estímulo excessivo = ‹ Estímulo correto = adaptação
“overtraining” (intensidade/volume (correta relação entre carga e repouso)
elevados ou repouso insuficiente)

Adaptação Fatores que influenciam

• Anátomo-fisiológico Ô Tipo de sobrecarga


morfológica
z
Ô Relação estímulo/descanso
z funcional
Ô Sexo
• Específicas e não-específicas
Ô Idade (fases sensitivas)
• Rápidas e lentas
Ô Estado de treinamento
Adaptação negativa e queda no Descanso completo
rendimento
• Necessário para atividades de:
• Descanso muito longo e treino z coordenação

irregular z técnica ou processo de aprendizagem


z força máxima/potência
• Pouca variabilidade
z velocidade
• Intensidade muito reduzida

• Falta de descanso

Descanso incompleto

z resistência aeróbia
z resistência de velocidade Supercompensação
z resistência de força
Supercompensação Supercompensação

“Quando após um período de


rendimento
recuperação o nível de uma
3
determinada substância no
1 2
1 - estímulo/stress
organismo aumenta acima do nível 2 - recuperação
3 - supercompensação
inicial.”

Supercompensação Supercompensação

rendimento
1 2
3
1 2 rendimento
Supercompensação Supercompensação
• Exigências motoras • Exigências motoras
z força rápida - 24 h
z resistência aeróbia (mod.) - 6 h
z força máxima - 48 h
z resistência aeróbia (máx.) - 72/96 h
z velocidade - 20 h
z resistência anaeróbia lática - 48/72 h
z coordenação - 6 h

Supercompensação Estímulo

Fadiga
• Modalidades esportivas
Recuperação
z futebol - 48 h
z basquete/handebol - 20/24 h Supercompensação
z voleibol - 13 h
Adaptação
“Overtraining” “Overtraining”- sintomas

Ô Redução no apetite
Ô Descanso insuficiente
Ô Perda de peso corporal
Ô Progressão muito
rápida Ô Fadiga crônica

Ô Excesso de treinamento Ô Distúrbios no sono

“Overtraining” - sintomas
“Overtraining” - tratamento
Ô Falta de motivação
Ô Redução da intensidade
Ô Irritabilidade
Ô Descanso completo (3-5 dias)
Ô Aumento na incidência de
com retomada progressiva das
doenças
atividades
Ô Diminuição na performance
Volume de treinamento e risco de
infecção

Aquecimento

Aquecimento Aquecimento

• Preparação fisiológica • Ativo vs Passivo

• Preparação psicológica • Geral vs Específico


Benefícios Benefícios

• Favorece dissociação de O2 da • Aumento da mobilidade articular


hemoglobina • Aumento da temperatura muscular
• Aumento da atividade enzimática
• Aumento da velocidade de contração
• Aumento do fluxo sanguíneo

Benefícios Intensidade e duração

• Prontidão para a prática •Individuais e relacionados ao


• Melhora na função neuromuscular nível do praticante

(?) • Condições climáticas


• Redução no risco de lesão (?)
Procedimentos

•Não alterar o padrão de


aquecimento durante a competição
Capacidades
Motoras
•Interromper a atividade 5-10
minutos antes da competição

Conceito

“Capacidade de executar
Flexibilidade movimentos com grande
amplitude.”
Componentes Benefícios

• Mobilidade articular • Aprendizagem de movimentos

• Boa execução técnica


• Elasticidade muscular
• Prevenção de lesões

Fatores que influenciam Fatores que influenciam

• Condições ambientais • Condições psicológicas


(temperatura) • Idade
• Período do dia • Sexo
• Aquecimento
Fatores que limitam Fatores que limitam

• Tipo da articulação • Tecido conectivo e pele


• Disposição de tendões e ligamentos • Idade (Ç fibrose)

• Massa muscular ao redor da • Reflexo neurológico


articulação • Adiposidade
• Força muscular

Classificação Técnicas/métodos

• Ativa e Passiva • Estático

• Estática e Dinâmica • Dinâmico

• Geral e Específica • FNP (Facilitação neuromuscular


proprioceptiva)
Fuso Muscular
Aspectos fisiológicos

• Reflexo de estiramento

• Inibição reflexa

• Inibição recíproca

agonista/antagonista

Órgãos tendinosos de Golgi Princípios básicos

• Respeitar individualidade

• Alongar o músculo além de seu


comprimento normal (desconforto como
limiar)

• Aumentar amplitude
progressivamente
Princípios básicos

• Início da sessão de treinamento


(evitar fadiga)

• Treinar frequentemente
Resistência
• Aquecimento prévio

• Ótima e não máxima

Classificação
Resistência
‹ Geral e local

“Capacidade de resistir a fadiga em


‹ Aeróbia e anaeróbia
movimentos repetidos sem perda
aparente da eficiência.” ‹ Dinâmica e estática

‹ Geral e específica
Aeróbia:
Geral: mais de 1/7 à 1/6 do total da curta duração - 3 à 10 minutos
musculatura esquelética. média duração - 10 à 30
minutos
longa duração - > 30 minutos
Local: menos de 1/7 à 1/6 do total da
musculatura esquelética. Anaeróbia:
curta duração - até 20
segundos
média duração - até 60
segundos
longa duração - até 120

 Dinâmica Geral: não depende da atividade.

 Estática: Específica: resistir a fadiga em função


z aeróbia: < 15% força isométrica

máxima. de uma determinada atividade físico-


z mista: entre 15% e 50% força esportiva
isométrica máxima.
z anaeróbia: > 50% força
- resistência de sprint
isométrica máxima. - resistência de velocidade
- resistência de força
.
Resistência
Métodos de Treinamento
Local Geral
z Método contínuo ou de duração
Está
Estática Dinâmica Está
Estática Dinâmica
z Método de trabalho intervalado
Aeróbia Aeróbia Aeróbia Aeróbia extensivo
Anaeróbia Anaeróbia Anaeróbia Anaeróbia z Método de trabalho intervalado
intensivo

z Método de repetição

Métodos de treinamento Métodos de treinamento


‹ Métodos contínuos ou de
‹ Métodos contínuos ou de
duração
duração
„ Ritmo uniforme
„ Ritmo variado
z lento (60-70% VO2max)
z progressivo
z médio (70-75% VO2max)
z variado (fartlek, jogo de velocidade polonês)
z rápido (< 80% VO2max)
Métodos de treinamento
‹ Métodos fracionados ou
intermitentes
„ Intervalado (pausa incompleta)
z extensivo (veloc. média)
z intensivo (veloc. alta)
carga recuperação

„ Repetição (pausa completa)

Métodos de treinamento Resistência anaeróbia

‹ Método de competição ‹ Tempo de duração do estímulo


entre 30-90 segundos.
‹ Treinamento em circuito
‹ Adaptações ocorrem na
musculatura: importância de
‹ Métodos de corridas de sprint
atividades específicas.
Variáveis Resistência
‹ Importante para o treinamento e a
‹ Distância recuperação.

‹ Duração
‹Desenvolvimento da resistência
‹ Intervalo (recuperação) ótima para a modalidade esportiva.
‹ Tipo de intervalo
‹Interferência em outras
‹ Número de repetições capacidades motoras.

Condições especiais

‹ Treinamento em altitude Coordenação


‹ Alta temperatura
Conceito Interação entre o sistema nervoso
central e a musculatura esquelética:

“Capacidade de organizar e 1- perceber e analisar informações.


controlar o movimento.”
2- programar uma resposta motora.

3- executar o mais fielmente


possível ao programa motor.

Implicações para o
desempenho
4- executar de modo eficiente e
•Eventual limite na eficiência e na
criativo uma ação motora.
qualidade do desempenho.
(economia e precisão)
5- avaliar o resultado.
•Resposta rápida e apropriada no
controle do equilíbrio corporal.
Implicações para o
desempenho Capacidades coordenativas
•Fundamental na aprendizagem,
execução e aperfeiçoamento de ‹ Orientação espacial e temporal
habilidades esportivas
‹ Reação (simples e complexa)
• Assegurar fineza dos movimentos.
‹ Ritmo
• Proteção contra lesões.

Capacidades coordenativas Efeito da idade

‹ Puberdade: estagnação ou
‹ Equilíbrio (estático e dinâmico)
diminuição.

‹Maturação da coordenação motora


‹ Combinação e transformação de ocorre antes da maturação sexual.
movimentos.
‹Ocorre junto com a melhoria na
percepção e análise da informação.
Princípios básicos Princípios básicos

‹ Variabilidade de atividades (grau de


‹ Melhor potencial para treinamento dificuldade).
e desenvolvimento se dá antes da
puberdade. ‹Variação na execução de um
mesmo movimento (velocidade,
posição).
‹ Observar idade biológica (7 aos 10-
12 anos).
‹ Não treinar em condições de
fadiga.

Princípios básicos Princípios básicos

‹ Utilizar habilidades motoras ‹Variação no fornecimento de


simples. estímulo e informação.

‹ Combinações de habilidades ‹ Treinamento bilateral.


automatizadas.
‹ Movimentos devem ser
‹ Variação nas condições externas aprendidos corretamente desde o
(tipo e tamanho da superfície). início.
Desenvolvimento da Como treinar:
capacidades coordenativas: combinação movimentos

‹ Combinação movimentos 1- coordenação entre membros


superiores e inferiores.
‹ Orientação espacial
‹ Equilíbrio estático e dinâmico 2- combinação parcial e gradual
entre diferentes habilidades.
‹Transformação de
movimentos 3- variação do grau de dificuldade
‹ Ritmo para a combinação.

‹ Reação (simples e complexa)

Como treinar:
Como treinar:
orientação espacial
equilíbrio estático e dinâmico

1- observação de outros
praticantes. 1- exercícios que exijam constante
alteração do equilíbrio corporal.
2- utilização de espaços e número 2- atividades de ginástica olímpica.
de praticantes diferentes do real.

3- conhecimento das condições


espaciais e funções.
Como treinar: Como treinar:
reação (simples e complexa) transformação de movimentos

1- proporcionar variabilidade de
estímulos durante atividades de 1- exercícios que tentam simular
reação. situações de jogo ou competição.

2- exercícios com grande variação


das condições externas

Como treinar: Capacidades coordenativas


ritmo gerais

1- exercícios com variação de ‹ Pequenos jogos


ritmo.
‹ Ginástica olímpica
2- alteração do ritmo usual de jogo
ou competição. ‹ Cama elástica
Capacidades coordenativas
específicas

‹ Exercícios que reproduzam


movimentos da modalidade
esportiva

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