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Crnica
A prpria falta de assunto, volta e meia, vira assunto.
Humberto Wernek
Quem l crnicas?
O tom de conversa e a reflexo que se prope com leveza ou bom humor, mesmo diante de assuntos mais graves, conquista leitores de todas as idades.
OK!
A escrita autntica, subjetiva e, muitas vezes, potica seduz o leitor, que acaba elegendo o seu cronista preferido. Luis Fernando Verssimo parecer ser um grande exemplo dessa paixo dos leitores por um cronista. Aps encantar-se com uma crnica, o leitor a dissemina em conversas com os amigos, ou as envia para os mais distantes atravs do e-mail ou das redes sociais.
A linguagem da crnica
Na escrita de uma crnica, predomina a norma padro da lngua, mas admite-se a ocorrncia das marcas da linguagem oral, o que facilita a identificao entre o leitor e o autor. O tom da crnica tem certo grau de coloquialidade, por isso ela descontrada como uma conversa. Essa conversa pode ser estabelecida explicitamente, quando o cronista dirige-se ao leitor, convocando-o a dividir uma experincia comum. No entanto, essa interlocuo com o leitor no deixa de se caracterizar como uma estratgia de persuaso do cronista, que como bom conversador, busca a adeso, ou aprovao, de quem o escuta/l.
A estrutura da crnica
A crnica no apresenta uma estrutura rgida. s vezes, se parece com um conto, noutras com um artigo de opinio ou uma resenha de cinema. Ainda assim, algumas caractersticas recorrentes permitem a identificao do gnero:
Teor reflexivo, que parte de uma experincia vivida ou observada pelo cronista, de fcil reconhecimento pelo leitor.
Matria-prima no fato cotidiano, o qual vai assumindo um significado relevante que intriga quem l, provocando uma reao no seu pensamento.
OK!
A crnica apresenta, muitas vezes (como certos textos narrativos ficcionais), a digresso, espcie de devaneio que se origina da anlise dos eventos e dos comportamentos.