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LHC aU CCCnAT aA UTE ATT MRAM ATHCOTICCOK OM HTK CALCULO Fung6es de uma e varias variaveis Editora bE) PREFACIO E,cee tivro tz, em um 36 volume, os dois livros previamente publicados pelos autores: Caileulo: Fungdes de Uma Varidvel ¢ Célculo: Fungées de Vérias Varidveis. Nele foram reescritos varios t6picos de modo a tornar mais didatica a sua apresentagao. Na grande maioria dos assuntos tratados foram inseridos novos exercicios e dois novos \6picos foram introduzidos: nogdes de equagdes diferenciais e integrais duplas. O Site do Livro, disponivel na Internet (www.saraivauni.com.br), apresenta, para professores cadastrados, a resolugdo detalhada de todos os exercicios propostos | __ O livro esté dividido em quatro partes. A primeira abrange os Capitulos | e 0 2. O objetivo desta parte € fornecer uma breve recordagao de certos assuntos pertencentes ao Ensino Médio, e o professor poderé desenvolvé-los total ou parcialmente, de acordo com a necessidade de revisao. A segunda parte abrange os Capitulos 3 ao 7, que abordam as fungdes de uma varid- | vel, desde a introdugao até derivadas e integrais. Na terceira parte, que abrange os Capitulos 8 ao 12, é desenvolvido 0 estudo de | fungdes de duas ou mais varidveis. Por razdes didaticas, apresentamos primeiro o estudo | completo de fungées de duas varidveis e, em seguida, fazemos a extensao para trés ou mais varidveis. Na quarta parte, apresentamos, nos Capitulos 13 e 14, um complemento ao estudo | de Célculo, e que corresponde a uma introdugo a Algebra Linear: o estudo de matrizes, determinantes e sistemas lineares. Em todos 0s capitulos procuramos demonstrar — por meio de exemplos ¢ exercicios | —as diversas aplicagdes encontradas em Administragio, Economia e Finangas. O programa assim desenvolvido cobre de modo geral os programas de Matematica | dos cursos de Economia, Administracdo ¢ Ciéncias Contébeis e Atuariais. Caberé ao | professor a selegdo dos tépicos a serem abordados, em fungdo do programa e da carga hordria disponivel. Finalmente gostariamos de agradecer os comentarios ¢ sugestées recebidos dos colegas, os quais foram incorporados nesta edigdo. ‘Aos leitores que tiverem novas criticas ou sugestdes pedimos que as enviem pelo cor- reio normal ou ainda para o endereco eletronico dos autores: morettin@editorasaraiva.com.br, hazzan @editorasaraiva.com.br e bussab@ editorasaraiva.com.br. Os Autores SUMARIO Parte | — Preliminares Capitulo 1 — Conjuntos 1.1 Introducéo. 1.2 Subconjuntos : 1.3 Operacées Envolvendo Conjuntos 1.4 Conjunto das Partes de um Conjunto . 1.5 Produto Cartesiano Capitulo 2 — Conjuntos Numéricos 2.1 Nimeros Inteiros 2.2 Nimeros Racionais . 2.3 Numeros Reais 5 2.4 Equacées do Primeiro Grou 2.5 Inequagées do Primeiro Grau 2.6 Equagées do Segundo Grau 2.7 Intervalos 2.8 Médulo ov Valor Absoluto Parte Il — Fungdes de Uma Varidvel Capitulo 3 — Funsées 3.1 Introducéo 8.2 th Coneso de Furyfio 3.3 Funcées Reais de uma Varidvel Real : 3.4 Primeiras Normas Elementares para 0 Estudo de uma Fungéo 3.5 Principais Funcdes Elementares @ suos Aplicagées 3.5.1 Funcéo Constante 3.5.2 Fungdo do 1° Grav 3.5.3 Fungoes Custo, Receita e Lucro do 1¢ Grau 3.5.4 Fungées Demanda e Oferta do 1 Grou. 3.5.5 Depreciacdo Linear 3.5.6 Funcéio Consumo e Funcao Poupanga 3.5.7 Fungéo Quadrética : 3.5.8 Func6es Receita e Lucro Quadréticas 3.5.9 Fungo Polinomial 39 39 43 44 49 54 §5 = = 65 71 72 74 79 82 CALCULO — FUNGOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS 3.5.10 Funcdo Racional 3.5.11 Funcao Poténcia 3.5.12 Fungdo Exponencicl — Modelo de Crescimento Exponencial 3.5.13 Logaritmos 3.5.14 Juros Compostos 3.5.15 Funcées Trigonométricas Capitulo 4 — Limites 4.1 Sucessdes ou Seqiiéncias 4.2 Convergéncia de Sucessoes . 4.3 Limite de Funcées 4.4 Formas Indeterminadas 4.5 Limites Infinitos 4.6 Limites nos Extremos do Dominio 4.7 Confinuidade de ume Fungao 4.8 Assintotas Verticais e Horizontais 4.9 Limite Exponencial Fundamental Capitulo 5 — Derivadas . 5.1 Introdugdo 5.2 © Conceito de Derivada 5.2.1 Derivada de uma Funcéo num Ponto 5.2.2 Fungo Derivada 5.3. Derivada das Principais Funcées Elementares 5.3.1 Derivada da Funcéo Constante 5.3.2 Derivada da Funcéo Poténcia 5.3.3 Derivada da Fungéo Logaritmica 5.3.4 Fungo Seno e Funcéo Cosseno 5.4 Propriedades Operatérios 5.5. Fungéo Composta — Regra da Cadeia 5.6 Derivada da Fungéo Exponencial 5.7 Funcao Inversa wee 5.8 Interpretacéo Geométrica de Derivade 5.9 Diferencial de uma Funcéo 5.10 Fungées Marginais 5.11 Derivadas Sucessivas 5.12 Férmulas de Taylor e Maclaurin . Capitulo 6 — Aplicacées de Derivadas 6.1 Crescimento e Decrescimento de Fungées . - 6.2 Concavidade e Ponto de Inflexaio 6.3 Estudo Completo de uma Fungéo 6.4 Maximos e Minimos por Meio da Segunda Derivada . . 83 88 94 98 103 105 108 108 109 Wi 115 7 118 121 123 124 128 128 . 131 131 132 134 134 . 134 135 136 137 139 - 140 142 146 147 149 157 157 162 162 71 173 178 SUMARIO Xj Capitulo 7 — integrais 8 7 - 186 7.1 Integral Indefinida . .. bon : 186 7.2 Propriedades Operatérias : A 187 7.3 Integral Definida : . bona 190 7.4 A Integral como Limite de uma Soma : 197 7.5 O Excedente do Consumidor e do Produtor 200 7.6 Técnicas de Integracéo 203) 7.7 Nocées sobre Equacées Diferenciais . 209 Parte Ill — Fungdes de Varias Variaveis ‘Capitulo 8 — © Espaco n-Dimensional ve. 219 8.1. Inirodugéo 7 7 219 8.2 O Espaco Bidimensional i A wee 219 8.3 RelagsesemR? 0... : 220 8.4 Distancia entre Dois Pontos .. .. : +. 222 8.5 O Espaco Tridimensional : 225 8.6 Relagdesem R?..., Le : 225 8.7 Equagéo do Plano em R® B65 226 8.8 Distancia entre Dois Pontos em R? ... 227 8.9 © Conjunto R" Ce Guceoscte ona, 228 8.10 Bolo Aberta : : +. 228 8.11 Ponto Interior ‘ . 229 8.12 Conjunto Aberto : . 229 8.13 Pontos de Fronteira de um Conjunto 230 Capitulo 9 — Fungdes de Duas Varidveis __. vs. 232 9.1 Introdugéo . . : : : souos5 PXP) 9.2 Funcées de Duas Varidveis ... 288 9.3 Graficos de Fungées de Duas Varidveis : 237 9.4 Curvas de Nivel a 243 9.5 Limite e Continuidade bos +. 246 Capitulo 10 — Derivadas para Funsées de Duas Varidveis ... . 249 10.1 Derivadas Parciais......., 249 10.2 Funcéo Derivada Parcial we 251 0.3 Significado Geométrico das Derivadas Porciais 253 10.4 Diferencial de uma Funcéo. . : . 257 10.5 Funcéo Composta — Regra da Cadeia 261 10.6 Funcées Definidas Implicitamente . 263 10.7 Funcées Homogéneos — Teorema de Euler __. 267 10.8 Derivadas Parciais de Segunda Ordem ..... 271 10.9 Integrais Duplas : : : - 272 xi CALCULO — FUNCOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS Capitulo 11 — Maximos e Minimos para Fungdes de Duas 1 1 nN Variaveis 1 Introdugéo 2. Critérios para Identificacdo de Pontos de Maximo ou Minimo ee 3. Uma Aplicacéo: Ajuste de Retas pelo Método dos Minimos Quadrados -4 Andlise dos Pontos de Fronteira 11.5 Méximos e Minimos Condicionados Capitulo 12 — Fungées de Trés ou Mais Variaveis 12.1 Iniroducao 12.2 Limite e Continuidade 12.3 Derivadas Parciais 12.4 Func6es Diferencidveis — Diferencial de uma Fungo 12.5 Fungdo Composta — Regra da Cadeia 12.6 Funcées Definidas Implicitomente 12.7 Fungées Homogéneas — Teorema de Euler 12.8 Derivadas Parciais de Segunda Ordem 12.9 Maéximos e Minimos Parte IV — Matrizes Determinantes e Sistemas Lineares Capitulo 13 — Matrizes e Determinantes 13.1 Matrizes . pees 13.2 Operacées com Matrizes 13.3. Determinantes Capitulo 14 — Sistemas de Equacées Lineares 14.1 Definico e Resolucéo 14.2 Matriz Inversa Apéndice A Apéndice B Bibliografia Respostas 279 279 284 289 294 304 . 312 312 313 314 315 316 317 318 aly 320 325 325 329 335 341 . 341 354 « 362 . 367 373 375 Capitulo | wa Conjuntos Capitulo 2 mm Conjuntos Numéricos Capitulo 1 Conjuntos 1.1 Introducgdo A linguagem da teoria dos conjuntos tem sido bastante utilizada em Matemitica de forma a tornar mais precisos muitos de seus conceitos. Contribufram, de maneira relevante, para o desenvolvimento dessa teoria 0 matemético suigo Leonard Euler (1707-1783), 0 aleméo Georg Cantor (1845-1918) e o inglés John Venn (1834-1923). Conjunto é uma idéia primitiva, isto €, ndo se define. Podemos dizer que um conjunto (colegao, classe, familia) é constituido de elementos. Um conjunto est4 bem caracterizado quando podemos estabelecer com certeza se um elemento pertence ou nao ao conjunto. Surge assim uma relagdo também primitiva: relagdo de pertinéncia entre um elemento e um conjunto. Exemplo 1.1. Constituem conjuntos: a) 0s ntimeros inteiros entre 1 © 100, inclusive; b) os pontos de uma reta; ©) 08 ntimeros reais entre 0 e 1, exclusive. Designamos os conjuntos geralmente por letras maitisculas latinas: A, B, C... Os elementos so habitualmente representados por letras mintisculas latinas: a, b, Assim, se A for 0 conjunto dos mimeros inteiros positivos, a afirmagio x pertencer ao conjunto A significa que x é um mimero inteiro positivo qualquer, e escrevemos, simbolica- mente, x € A, usando o simbolo de pertinéncia € (1é-se “pertence”). Por outro lado, > nao pertence a A, 0 que representamos simbolicamente por 3 € A. O simbolo € (1é-se “no pertence”) é a negagao de €. E possivel usar figuras para representar conjuntos e, como em muitos casos nio interessa saber quais so seus elementos, podemos representé-las por uma regio do plano delimitada por uma curva fechada. Tais figuras, muito titeis no estudo dos conjuntos, sao chamadas de diagramas de Euler-Venn. Pelo motivo exposto, faremos algumas vezes abstraco dos elementos de um conjunto. Estes podem ser pessoas, livros, pontos de um plano, nimeros reais e outros. 4 PARTE 1 — PRELIMINARES a HA duas maneiras de designar simbolicamente os elementos € 0s conjuntos: 1 — Método da enumeragao ou método tabular Esse método é usado geralmente quando o ntimero de elementos do conjunto nao é muito grande. © método consiste em escrever os nomes dos elementos entre chaves. Por exemplo, 0 conjunto dos ntimeros pares positives e menores do que 12 pode ser assim representado: {2, 4, 6, 8, 10}. A mesma notagiio poderd ser usada se o mimero de elementos for grande, desde que, escrevendo-se os primeiros elementos, possamos inferir quais sio os elementos omitidos. Assim, 0 conjunto dos ntimeros pares positivos e menores que 50 pode ser representado por (2, 4, 6, .... 48}, em que separamos por reticéncias os primeiros ele- mentos ¢ 0 tltimo. Em particular, quando 0 conjunto ¢ infinito, mas com possibilidade de identificagio dos elementos que se sucedem, usamos também as reticéncias para indicar os elementos omitidos. Assim, 0 conjunto dos mimeros pares positivos pode ser representado por (2,4, 6,8, ...}. ixcmplo 1.2. $40 ilustragdes do método da enumeragao: a) 0 conjunto A dos ntimeros primos positivos menores do que 10: A=(2,3, 5,7}; b) 0 conjunto B dos ntimeros pares positivos menores do que 6: B=(2,4}; c) o conjunto C dos némeros primos positivos pares: c= (2h d) © conjunto dos nimeros inteiros nado negativos, que denotaremos, daqui por diante, por N: N=(0,1, 2,3, 4, e) 0 conjunto dos ntimeros naturais, indicado por N*, e que € 0 préprio conjunto N sem o zero: N*=(1,2,3,4, 1 O conjunto B é chamado conjunto binario (formado por dois elementos), 0 conjunto C 6 chamado conjunto unitério (constituido por apenas um elemento). Os conjuntos N e N* so chamados conjuntos infinitos. Observemos que, ao indicar um determinado conjunto seguido de asterisco, estamos indicando 0 conjunto original com a eliminagao de nimero zero. a CAPITULO 1—CONJUNTOS — § 2 — Método da designagao de uma propriedade caracteristica dos elementos Nem sempre € possfvel representar um conjunto pelo método anterior. Assim, no podemos designar os nomes de todos elementos do conjunto formado pelos ntimeros reais entre Oe 1 Uma outra maneira de representar simbolicamente um conjunto € por meio de uma propriedade que é satisfeita por todos os elementos do conjunto e que nao é satisfeita por elementos que esto fora do conjunto. S40 exemplos 0 conjunto dos ntimeros fracionérios menores do que 5, do conjunto dos ntimeros que so primos, do conjunto dos pontos de uma feta entre dois pontos dados, do conjunto das cidades de determinado Estado. Seja P 0 conjunto dos ntimeros fracionérios entre 0 e 1. Cada elemento de P deve ser um mimero fraciondrio compreendido entre 0 e 1 (propriedade definidora do conjunto). Para representarmos um elemento qualquer do conjunto P, usamos um simbolo chamado varidvel, que pode ser indicado por uma letra do alfabeto, x por exemplo. Dizemos que a Variéivel é um simbolo que pode ser substituido por qualquer elemento de um conjunto, deno- minado dominio da varidvel. No caso do presente exemplo, o dominio da varidvel x é 0 conjunto dos mimeros fraciondrios compreendidos entre Oe 1. Portanto P: pode ser indicado por: P x tal que x é fraciondrio e 0 9}, ou entao E=(x€ Flix? >9). Nas consideragdes seguintes, é interessante observarmos a existéncia de um conjunto que nao contém elementos, o qual ser4 chamado conjunto vazio. Assim, 0 conjunto dos ntimeros primos divisiveis por 6 e 0 conjunto das raizes naturais da equago x? + 1 = 0 so exemplos de conjuntos vazios. Usaremos a notagéo { } ou para representar 0 conjunto vazio. Convém notar a di- ferenga entre 0 conjunto vazio e aquela cujo tnico elemento € 0 zero, isto é, 0 conjunto {0}, que nao é vazio. 1.2 Subconjuntos Dados 0s conjuntos A = {1, 2, 3} ¢ B= {1, 2, 3, 4}, notamos que todo elemento de A pertence a B. Dizemos que A € parte de B ou que A esta contido em B. De um modo geral, dizemos que um conjunto A esté contido no conjunto B, ou que A é subconjunto de B, se ¢ somente se todo elemento de A também pertence a B. Indicamos por A C B. Exemplo 1.4, Sao ilustragdes da defini a) {0,1} C {0,1}; b) (0,1) C (0, 1,3}; c) N*CN; d) {0,2,4,6,..} ON. Se A C B dizemos também que B contém A, e indicamos por BD A. E facil observar que 0 conjunto vazio est contido em qualquer conjunto. De fato, se 0 conjunto vazio nao estivesse contido em A, existiria pelo menos um elemento do conjunto vazio (() que nao estaria em A; mas isso é um absurdo, pois 0 conjunto vazio nao contém elementos. Notemos também a diferenga entre os simbolos € e C. O primeiro é usado para relacio- nar elemento e conjunto, enquanto o segundo relaciona dois conjuntos. Assim, dizemos que 1 {1,2} endo 1 C {1, 2}. Todavia {1} C {1, 2) pois {1} é um conjunto unitario. A negagao do simbolo C é indicada por ¢ (Ié-se: nao estd contido). Admitiremos a existéncia de um conjunto que contém todos os elementos com os quais estamos trabalhando. Tal conjunto é chamado conjunto universo e ser indicado pela letra E. Por exemplo, na geometria plana,o conjunto universo pode ser considerado como aquele que contém todos os pontos do plano. Nessas condigdes, sendo A e B conjuntos contidos no universo E, a relagdo A C B sera tepresentada pelo diagrama de Venn da Figura 1.1,em que o retangulo simboliza o conjunto E € 08 circulos, os conjuntos A e B. = CAPITULO.1 —~CONJUNTOS 7 Figura 1.1: Representagdo da relagdo A C B. @ j ‘Vimos que {0,1} C {0,1}. Logo, a afirmagao de que A C B no exclui a possibilidade de Bestar contido em A. Quando isso acontece, dizemos que os conjuntos A e B sao iguais ¢ indicamos por A = B. Formalmente, dizemos que os conjuntos A e B sao iguais se, e somente se, todo elemen- to de A pertence a Be todo elemento de B pertence aA . E | LL Exemplo 15 a) (0,1) = {1,0} b) fe E N[x?-3x42=0} = (1, 2} c) {4} = {x EN|x-4=0} 4) O= © E Flx241=0) Se nao for satisfeita a igualdade entre os conjuntos A e B, dizemos que A ¢ diferente de Beescrevemos A # B. No caso do item (a) do exemplo anterior é importante observarmos que a ordem com que aparecem os elementos no conjunto é irrelevante. MS _ |. Escreva em notacao simbélica: a) aé elemento de A d) A nao esté contido em B b) A subconjunto de B e) Ando contém B <) Acontém B f) ando é elemento de A 2. Enumere os elementos de cada um dos conjuntos a) conjunto dos némeros naturais entre 8 e 12 (inclusive) b) conjunto das vogais do alfabeto c) conjunto dos némeros pares entre 0 e 18 (exclusive) d) conjunto dos némeros primos pares positivos e) coniunto das fragées préprias positivas de denominador 7 f) {x|x?-1=0} g) {xx é letra da palavra ARARA} bh) (lx? =9ex-3 =-6) i) (ex € algarismo do numero 2.134} 8 PARTE 1 — PRELIMINARES a 3. Escreva os conjuntos abaixo usando o método da propriedade caracteristica: o) (1,3,5,7, 15} 6) {1,7} ) © conjunto dos ndmeros pares entre 5 ¢ 21 ) © conjunto dos némeros reais entre -1 e 10, incluindo -1 e excluindo o 10 4. Seja A o conjunto (3, 5,7, 9, 11, 12}. Enumere cada um dos conjuntos abaixo a} {x EA]? 49} b) {x Alx+9= 16} c) {x € Alxé primo} d) {x GA]x?—- 124 35=0) e) {rEAlx+1 EA} 5.Se A = {a,e, i}, diga se as proposicées abaixo sdo corretas ov néo: o) a€A b) aca o) {ala od) {ayCA 6. Construa todos os subconjuntos dos conjuntos a) {0, 1,2} b) {1,{2, 3}} c) {R,O,M, A} 7. Dados os conjuntos A = {x|x & par positivo e menor que 7} e B= {2, 4, 6} assinale V (verdadeiro) ou F (falso): o) ACB b) BCA cd) A=B 8. Diga se as proposicées abaixo séo corretas ou nao: o) (1,2,3} = (3,2, 1} Ad) Cc U,2,3) b) {1,2,1,2) ¢ (1,2, 3} e) {2,3} D (x]2-5x46=0) od (abe ({4)} f) {B,R,A,S,A} C {B,R, A, S} 9. Classifique os conjuntos abaixo como finitos ou infinitos: ) 0 conjunto dos niimeros inieiros multiplos de 5 b) 0 conjunto das fragdes compreendidas entre 1 e 2 ¢) © conjunto das raizes da equacdo x8 + x5 — x d) (R|xENex<5} e) (ly|xE Ney EN*} 1.3 Operacdes Envolvendo Conjuntos Passemos a estudar certas operagdes que podem ser efetuadas entre conjuntos, Aqui, de fundamental importéncia dois conectivos: owe e. Convém considerar a diferenga que existe, mesmo no vernéculo, entre esses dois conectivos e as duas verses sobre 0 conectivo ou. Podemos dizer: a) Apés os exames, passarei de ano ou ficarei reprovado. b) Vou encontrar Jodo ou Paulo. a CAPITULO 1 — CONJUNTOS Na primeira sentenga 0 ou é exclusivo, pois nao poderdo acontecer as duas coisas simul- taneamente: passar de ano e ficar reprovado. Na segunda o ou € inclusivo, pois poderei encontrar Jodo, Paulo ou ambos. Em geral e no que segue ou sera utilizado no sentido inclusivo, isto &, dizer p ou q significa p ou g ou ambos. conectivo ¢ é usado quando liga duas afirmagdes que devem valer simultaneamente Assim, dizer “Vou ao cinema e ao teatro” significa que irei ao cinema e também ao teatro. Sejam P © Q dois conjuntos de um mesmo conjunto universo E. Passemos a estudar algumas operacdes envolvendo P e Q. Interseccdo de Conjuntos Chama-se intersecgao de dois conjuntos Pe Q de um universo E ao conjunto de elemen- tos de £ que pertencem simultaneamente a P e Q. Indica-se a intersecgao por PN Q (Ié-se P inter Q). Em simbolos: PNQ={xEElx€ Pex EQ}. A regido destacada da Figura 1.2 representa a intersecgdo de Pe Q. Figura 1.2: Representacdo da relagdo PN @. Po | Exemplo 1.6 a) Sendo P= {1, 2,3, 5}e Q= {1, 3, 5,7), entio PM Q= (1,3, 5). b) Sendo A = {1, 3,5, 7,...}¢ B= {0, 2, 4, 6, ...) entioA N B=0. ©) Sendo M= {1, 2,3, 4, 5}e $= (1, 2,3}, entio MN $= Ou seja, quando $ C M entio MN S = S (Figura 1.3). Figura 1.3: llustragdo de MMS = S. 4) @ M.A =6 qualquer que seja 0 conjunto A. e) N*NN=N*, pois N* CN. — | 10 PARTE 1 —~ PRELIMINARES. a Toda vez que dois conjuntos P Q tém intersecgao vazia, so chamados de disjuntos (Figura 1.4). No exemplo dado (item b) os conjuntos A ¢ B so disjuntos. Figura 1.4: Os conjuntos P e Q sao disjuntos. iC) L CO) Consideremos 0s conjuntos Pe Q de um universo E. Chama-se unio (ou reunido) de P com Q 20 conjunto dos elementos de E que pertencem a P ou Q (ou inclusivo). Indica-se a de P com Q por P U @ (Ié-se P unitio Q).Simbolicamente temos: PUQ={xEE|x€ Poux€ Q}. Unidio de Conjuntos A regidio destacada da Figura 1.5 representa a unidio de P com Q. Figura 1.5: Representacdo da relagdo P U Q. E Exemplo 1.7 a) SeA = (1,2, 3}e B= (1, 3, 5), teremos A U B= (1, 2,3, 5}. b) Se P= {0, 2, 4,6, ...}eO= {1, 3,5, 7,...} teremos PU Q=N. ©) Se D= {1,3, 5}e F= {1, 3) entdo D U F= {1, 3,5} =D. Isto , se F C D, entéo D U F = D. (Figura 1.6) d) N*UNE=N. Figura 1.6: DU F =D. . CAPiruLo 1 conrentos “11 As definigdes dadas para dois conjuntos podem ser estendidas para trés ou mais conjun- tos, reduzindo-se sempre a uma operagdo com dois conjuntos. Complementar de um Conjunto Dado um conjunto P contido num universo E, chama-se complementar de P ao conjun- to de elementos de E que nao pertencem a P. Indica-se 0 complementar de P por P*. A operagao realizada chama-se complementagiio. A regidio destacada da Figura 1.7 re- presenta o complementar de P. Em simbolos: Pe = {x|x € Eex€ P}. Figura 1.7: Representagdo de P* Exemplo 18 a) SeE={1,3,5,9, 10}e P= {1,9}, entdo P’= (3, 5, 10}. b) SeE=N*e P= (2,4, 6,8, ...} entio P= {1, 3, 5,7, ..}- o) Se E=Ne P=N* entiio P° = {0}. Diferenca de Conjuntos Sejam P e Q dois conjuntos contidos num universo E. Chama-se diferenca P — Q 0 conjunto dos elementos do universo que pertencem a P, mas nao pertence a Q. Simbolica- mente, temos: P-Q={xGE|x€ Pex€Q). A regio destacada da Figura 1.8 representa a diferenca P - Q. Figura 1.8: Representacdo de P - 0. 12 PARTE 1 — PRELIMINARES a Exemplo 1.9 a) Se P= (1,3,5,7} € O= (5, 6, 9}, entio P - Q= (1,3, 7}. b) Se P= {1,2,3,4, 5}e Q= {1, 2,3}, entio P-Q= (4,5)eO-P=0. c) Se P= {0,2, 4,6, ...}e O= (1,3, 5,7, ...}, entio P-Q=P. Observemos que P?= E- Pe P-Q=PNQ°. Considerando conjuntos quaisquer A, B, C e um universo E, sio validas as seguintes propriedades: (PI) ANA= AUA=A. (P2) ANB=BNA; AUB=BUA (P3) AN(BN OC)S(AN BNC; AU(BUC)=(AUB)UC. (P7) AN (AU B)=A; (Ps) ANBUC)=ANBUANC AUaQB-* AU(BNC)=(AUB)N(AUC). (P8) (4.9 BY = ASU BS (AU BY =A°N Be. (P5) Tais propriedades podem ser verificadas por meio do diagrama de Venn. Assim, por exemplo, a propriedade (P3) — associativa da intersecc’io — pode ser verificada por meio da Figura 1.9, em que a parte (a) destaca A M (BM C) ao passo que a parte (b) destaca (ANBNC. Figura 1.9: Verificagdo da propriedade P,, a oa (a) (b) Exemplo 1.10 Num experimento aleat6rio, chamamos de espago amostral (e indicamos por Z) a. um conjunto de todos os resultados possiveis. No experimento do langamento de um dado e observagao da face de cima, temos E = (1, 2,3, 4, 5, 6}. os CAPITULO | — CoNsuNTOS’ 19 Chamamos de evento a qualquer subconjunto de E. Assim: * o evento ocorténcia de um niimero par é dado pelo subconjunto A = {2, 4, 6}; * o evento ocorréncia de um ntimero maior que 4 é dado pelo subconjunto B = {5, 6}; * 0 evento ocorréncia de um nimero maior que 7 é dado pelo conjunto vazio; * o evento ocorréncia de um niimero menor que 7 € 0 proprio conjunto E. O evento dado pelo conjunto vazio é denominado evento impossivel, ao passo que 0 evento que coincide com E é denominado evento certo, MSY 10. Sendo E= {1,2,3, 4,5, 6,7, 8,9}, A= (1, 3,5, 7,9}, B= (2,4,6,8}¢C= (1,2, 3,4, 5}, calcule: a) AUC e) A-C i) aC m) (A-BY. b) BUC f) C-A j) ce n) (A~CF o) ANB g) A~B Kk) AUB 0) (A~B)NC d) ANC h) B-A 1) (ancy p) (A-C)U(B-C) 11. Sejam E= {0, 1, 2, 3, 4, 5,6, 7,8, 9, 10), A= {1, 3, 5, 7,9), B= (0,2, 4,6} © C= (9, 10}. Obtenha os conjuntos: o) ANB d) ANB g) ANB)NC b) AUB e) AUB)N(UC) h) ANC <) BNC f) AUO 12. Para os diagramas abaixo, assinole a regiéo correspondente: 6 O]l ¢ A-B ANB ACN BE AB 13. Para os diagramas abaixo, assinale a regido correspondente: ©! c ANB (AUOQNB (AUB)NC 14. Sabendo-se que E representa 0 conjunto universo, determine os conjuntos. 0) EUA d) UA g) E° j) ANA b) AUA e) ANA h) ENA kK) A-o oo f) ASUA i) E-A ) A-E 4 PARTE 1 — PRELIMINARES a 15. Verifique, por meio do diagrama de Venn, que: 0) (ANB)CA <) (A-B)CA b) AC(AUB) d) (A-B)CB 16. Verifique, usando 0 diagrama de Venn, que: a) SeAC BeBC CentaoACC ¢) AUB)NUUBI=A b) AN B)U(ANB)=A d) A-(B~C)=(A-B)U(AN BNO) 17. Verifique, por meio do diagrama de Venn, que se A C B, entéo: 0) ANB=A b) AUB=B 18. Usando as propriedades das operacées, simplifique: a) AN(ANB) o) AN(AUB) b) AUB) N AUB) d) (AN BY NAN B) 19. Se A € B so dois conjuntos finitos disiuntos, e se n(A), n(B) e n(A U B) indicam respec- tivamente o numero de elementos de A, Be A U B, enldo n(A U B) = n(A) + n(B). O que acontecerd se A e B ndo forem disjuntos? 1.4 Conjunto das Partes de um Conjunto Consideremos 0 conjunto A = (1, 2}. Os possiveis subconjuntos de A so: {1}, {2}, (1, 2}e 9. Esses conjuntos constituem um novo conjunto chamado conjunto das partes de A e indicado por P(A). Assim: P(A) = {{1}, {2}, {1, 2}, o}. De um modo geral, 0 conjunto formado pelos subconjuntos de um conjunto A é chama- do conjunto das partes de A e é indicado por P(A). inplo Lit a) Dado o conjunto A = (1, 2, 3}, 0 conjunto das partes de A é P(A) = {{1}, {2}, {3}, (1, 2},(1, 3).{2, 3},(1, 2, 3}, 0}. b) Dado o conjunto B = {a, b, c, d}, 0 conjunto das partes de Bé P(B) = {{a}, {b}, {c}, (d}, {a, b}, {a,c}, {a, d}, {b,c}, {b, d}, {c,d}, {a,b,c}, {a,b, d}, {a, c,d}, (b,c, d}, {a, b,c, d}, 6}. c) SeA = {1}, entdo P(A) = {{1}, 6}. d) Se A =6, entio P(A) = {9} que nio é vazio. Notemos que no exemplo (a) 0 ntimero de elementos de A é 3 ¢ 0 de P(A) é 2? = 8. a CAPITULO 1 — ConsuNTOS 15 A justificativa é que 0 ntimero de subconjuntos de A € 0 mimero de combinagées de 3 elementos tomados 0 a 0 (igual a 1, pois tal combinagao € 0 conjunto vazio) mais 0 nmero de combinagées de 3 elementos tomados um a um, mais o ntimero de combina- gGes de 3 elementos tomados 2 a 2, mais o ntimero de combinagées de 3 elementos toma- dos 3 a3. Assim, 0 ntimero de elementos de P(A) é: (3) + () + (3) + ( 3) em que () representa o ntimero de combinagdes de 3 elementos tomados i a i. Ora, a andlise combinat6ria nos ensina que essa soma vale 2°= 8. Com raciocinio anélogo, verificamos que: + no caso (b), 0 mimero de elementos de P(A) é 24 = 16; * no caso (c), 0 néimero de elementos de P(A) é 2! = 2; + no caso (d ), 0 niimero de elementos de P(A) é 2° = 1 De um modo geral, se um conjunto tem n elementos, entéo seu conjunto das partes terd 2" elementos. 1.5 Produto Cartesiano J4 vimos que os conjuntos {a, b} € {b, a} so iguais porque a ordem dos elementos nao importa. Todavia, as vezes essa ordem é essencial; assim, na geometria analitica, o par de nimeros (3, 4) define 0 ponto de abscissa 3 ¢ ordenada 4, ao passo que o par (4, 3) define 0 ponto de abscissa 4 e ordenada 3. Quando interessa a ordem dos elementos considerados, os elementos so indicados entre parénteses. Quando houver dois elementos (a, 6), 0 par é chamado de par ordenado; quando tivermos trés elementos (a, b, c), cuja ordem importa, teremos uma tripla ordenada e assim por diante. Exemplo 1.12. Sejam os conjuntos A = {1, 2} e B = (3, 4, 5}. Podemos formar um novo conjunto de pares ordenados, cujos primeiros elementos pertencem a A e cujos segundos elementos pertencem a B, isto é: {(1, 3), (1, 4), (1, 5), (2, 3), (2, 4), (2, 5)}. Esse conjunto é chamado produto cartesiano de A por B e & indicado por A x B. De um modo geral, dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A por B © conjunto dos pares ordenados cujos primeiros elementos pertencem a A ¢ os segundos elementos pertencem a B, isto &: Ax B= {(x, y)lxeAey € B}. Notemos que em geral A x B é diferente de B x A. No Exemplo 1.12 temos: Bx A= {(3, 1), 3, 2), 4, 1), 4, 2), G, 1), GS, 2)}- Assim, nenhum elemento de A x B pertence a B x A (note que (1, 3) ¥ (3, 1)). 16 PARTE 1 — PRELIMINARES a Podemos representar graficamente o produto cartesiano. A Figura 1.10 mostra o grafico de A x B do Exemplo 1.12. Figura 1.10; Produto cartesiano A x B do Exemplo 1.12. Exempio 1.13. Uma maneira de obter todos os elementos de um produto cartesiano de dois conjuntos é por meio do diagrama de drvore. A Figura 1.11 ilustra os elementos de A x Bem que A = {1, 2, 3}e B= {a,b, c,d}. Figura 1.11: Diagrama de drvore do produto cartesiano Ax B do Exemplo 1.13. @ (1, @) Zab 0,6) <=. 4 d 0d) a (0) b——_— 2,6) 2 < (2,¢ d (2,d) a (3,0) 6 — (3,6) : < on) d (3,d) E fécil verificar que o mimero de elementos de um produto cartesiano A x B é igual ao produto do nimero de elementos de A pelo numero de elementos de B. Isto é: n(A x B) = n(A)- n(B), em que n(A x B), n(A) € n(B) representam o mimero de elementos de A x B, Ae B respecti- vamente. CAPITULO 1 —conjUNTOs = 17 Exemple (414, Usa moeda e um dado sio langados. Um espaco amostral desse experimento pode ser obtido pelo produto cartesiano A x B, em que A é 0 conjunto dos resultados do langamento de uma moeda e B o dos resultados do langamento de um dado, ou seja, A= {K, C) e B= (I, 2, 3, 4, 5, 6}, em que K representa cara e C representa coroa. Os elementos do produto cartesiano so os pares ordenados (K, 1) cD (K, 2) (C,2) (K, 3) (C,3) (K, 4) (c,4) (K, 5) (C,5) (K, 6) (C, 6). Sci a 20. Outra maneira de obter os elementos de um produto cartesiano de dois conjuntos 21 22. 23. 24. (além dos diagramas de Grvore) 6 por meio da consirugéo de tabelas de duplo entrada. Por exemplo, os elementos de A x B, em que A= (I, 2,3} e B= {a, b,c, d} so obtidos pelo tabela a seguir: a b ¢ d 1 (1, a) (1, 5) (Le (1,4) 2 (2a | (2) | Ged | a) 3 | Ba | BH» | Ba | Ba Use esse tipo de tabela para obter A x B nos casos: o) A= (0,1) eB (2,3) b) A= {a,b,c} e B= (x,y,z) ¢) A=(1,2,3}eB=A Uma pessoa vai viajar da cidade A para a cidade C, passando pela cidade B. Existem trés estradas ligando A e Be cinco estradas ligando B e C. De quantas maneiras poderd a pessoa fazer o seu percurso? Dado o conjunto A = {1, 2, 5,7, 8}, determine: a) © conjunto A? =A x A e sua representacéo grafica b) 0 subconjunto W = {(x, y) € A? |x < y} ¢} 0 subconjunto (x, y) € A? |y = 2x + 3} d) 0 subconjunto T= {(x, y) € A?|x—y=4} Use 0 conceito de produto cartesiano para representar © conjunto dos resultados pos- siveis no lancamento simulténeo de dois dados. Use © conceito de produto cartesiano para representar 0 conjunto dos resultados pos- siveis para © langamento de duas moedas. 18 PARTE 1 — PRELIMINARES a 25. Define-se como diferenga simétrica de dois conjuntos A e B, contidos num universo E, a0 conjunto dado por: AAB=(AUB)-(ANB) Por exemplo, se A = {1, 2,3} e B= {2, 3, 5, 7}, entéo: AMB={1,5,7} a) Verifique que (AAB)AC=AA(BAC) ¢) Obtenha A AAS b) Obtenha AAE d) Obtenha A Ao 26, Um conjunto de n elementos possui um total de 1.024 subconjuntos. Qual o valor de n? 27. Dizemos que os conjuntos Aj, Az, A3, ..., An, todos néo vazios, formam uma partigao do conjunto universo E se so dois a dois disjuntos e sua uniao é igual a E. Isto é i) A} ¥ 6 para todo i= 1, 2,3, ii) A; 0 Aj = @ para todo i # j iil) Ay UAQU cacssecscceee U Ag E O diagrama abaixo representa uma partigéo do conjunto E: E n A, Dé duas possiveis particdes de E = {1, 2,3, 4, 5, 6}. 28. Em uma pesquisa com 100 estudantes verificou-se que aqueles que gostam de uma s6 ciéncia séo: Matematica, 18; Fisica, 20; Quimica, 22. Gostam de duas ciéncias: Mate- mética e Quimica, 15; Quimica e Fisica, 17; Matematica e Fisica, 9. Gostam das trés ciéncias 6 alunos. @) Faca o diagrama de Venn para a situacao. b) Quantos estudantes gostam de pelo menos duas ciéncias? ¢) Determine n(Mf), n(F) e n(Q), em que n(M), n(F) e n(Q) indicam respectivamente o n&émero de alunos que gostam de Matemética, Fisica e Quimica d) Determine n(M®) e n(M U FU Q). 29. Faca um diagrama de érvore para {1, 2,5} x (a,b,c, d). 30. Na figura, escreva uma expresso para cada regiéo numerada. Por exemplo, 8 é (AUBUCY, Ee 31 32. 33. 34 CAPITULO 1—CONJUNTOS 19 Se A, B e C sGo conjuntos quaisquer, determine uma férmula para o numero de ele- mentos de A U BUC. Foi realizada uma pesquisa na industria X, tendo sido feitas a seus operdrios apenas duas perguntas. Dos operdrios, 92 responderam sim a primeira, 80 responderam sim & segunda, 35 responderam sim a ambas e 33 responderam néo a ambas as perguntas feitos. Qual 0 numero de operdrios da indistria? Em uma pesquisa foram encontrados os seguintes resultados: 60% das pessoas entre- vistadas fumam a marca A de cigarro; 50% fumam a marca B; 45% fumam a marca C; 20% fumam A e B; 30% fumam A e C; 15% fumam B e C, e 8% fumam as 3 marcas. a) Que porcentagem néo fuma nenhuma das 3 marcos? b) Que porcentagem fuma exatamente duas marcas? Num levantamento constatou-se que 80% dos entrevistados sGo casados, 44% sGo homens casados, 12% séo mulheres casadas sem filhos e 30% sGo mulheres casadas com filhos. Verifique se essas porcentagens so compativeis. Capitulo 2 Conjuntos Numéricos 2.1 Némeros Inteiros J4 conhecemos 0 conjunto dos ntimeros inteiros positives N* = {1,2,3,4,5,6,...} € 0 conjunto dos ntimeros naturais N= (0, 1,2,3,4,5,6, Da impossibilidade de efetuarmos a subtraco a ~ b para todos os valores ae b de N, introduzimos os nimeros inteiros negativos, colocando, por definigao: a—b=-(b-a),sea 0 representado pelo ponto P a direita de O, de modo que a medida do segmento OP seja igual a x; o ntmero negativo —x é representado pelo ponto P’, simétrico de P em relaco a0. O mimero 0 é representado por O. Figure: 2.2: Representactio geométrica dos némeros reais. e ° Pp pe pe x x E claro que, se x) > 2), entdo x € representado A direita de x). Excmplo 2.3. Represente geometricamente os niimeros 3. 0,75. Temos: a S75 1. Diga se cada uma das sentencas é verdadeira ou folsa o) rEQ J Zez e) -3€Z g) mE i) 22EQ b) VSEN d) V-1ER f) V2E0 h) 043EQ jj) 2,44444..E7 a. CAPITULO 2— CONJUNTOS NUMERICOS 25 2. Escreva na forma decimal (exata ou dizima periédica) os seguintes nimeros racionais: o) 2 b) = gt d 8 gy 25 ) ® 5 3 3 50 99 90 3. Escreva os seguintes némeros na forma decimal, arredondando o resultado para duas casas decimais (se possivel use uma calculadora): 32 5 125 31 150 150 a b) ae et 2 4 °) 95 ) 18 9 200 ) 29 ) 99 S90 4. Escreva os seguintes nimeros racionais sob a forma de fragéo: @) 0.435 = 2h) 0.078 © ac) 4o0p sd 1 e079 2) arias 5. Escreva as seguintes dizimas periédicas sob a forma de fragao: a) 0,888... b) 0.2424... c) 2.555... d) 0,722... e) 0,655... f) 0,62555. 6. Quois 0s valores reais de xe y de modo que x? + y?= 7. Usando uma calculadora, obtenha as seguintes raizes, com aproximagéo de 4 cosas decimais a) VIZ b) ¥30 o) V8 d) 500 2.4 Equacées do Primeiro Grau Chamamos de equagio do primeiro grau na incégnita x, no universo real, toda equagio redutivel a forma a-x=b, em que a ¢ b sao mémeros reais quaisquer com a # 0. Para resolvermos esse tipo de equagao, basta dividirmos ambos os membros por a: valor encontrado 4 é chamado de raiz da equagao. Exemplo 2.4. Resolva a equagao: 4x -12 = 8 - 6x. Resolugan * Transpondo os termos com x para o 1° membro, e os ntimeros para 0 2° membro, obtemos 4x4 6x=84 12, + Agrupando os termos semelhantes, 10x = 20. % PARTE | — PRELIMINARES ng * Dividindo ambos os membros por 10, * Conjunto solugzo: $= {2} Exemplo 2.5. Resolva a equagdo Resolugio + Multiplicando todos os termos da equagao por 6 (em que 6 é 0 minimo miiltiplo comum dos denominadores): 6 2) 46. + Efetuando as operagdes indicadas: 2x 2) + 3(x-3) 2x-44+3x-9=1. + Transpondo os termos com x para o 1° membro, ¢ os mimeros para o 2° membro: 2xt 3x=14+44+9. + Agrupando os termos semelhantes: Sx=14, * Dividindo ambos os membros por 5: xe lt alt. * Conjunto solugdo: § = at MST 8. Resolva as equacdes do 1 grav: a) S(x-2) b) -4(4-) 2-1) g) h) 0,1 — 2) + 0,5: i) 04x + 3) 0.22 i) 03(y- 1) + 0,4(y- 2) =7 a CAPITULO 2— CONJUNTOS NUMERICOS 27. 9. Resolva as seguintes equacdes do 1” grau: I) M= 100 + 100i (incégnita i) Pa 3 2, M=5 Gncggnita m) (incégnita x) 10. O lucro mensal de uma empresa é dado por L.= 50x— 2.000, em que x o quantidade mensal vendida de seu produto. Qual a quantidade que deve ser vendida mensalmen- te para que o lucro mensal seja igual a $ 5.000,002 11, O custo mensal de producdo de x camisas de uma fabrica é C = 5.000 + 15x. Qual a quantidade mensal produzida sabendo-se que o custo mensal é $ 8.000,002 12, O saldo de uma aplicacéo financeira apés t meses de aplicagéo & dado por: $= 2.000 + +401. Apés quanto tempo da oplicacao 0 saldo dobra? 2.5 Inequacées do Primeiro Grau Inequacées do primeiro grau na ineégnita x so aquelas redutiveis a uma das formas: Oc OU a a ou oe em que @ eb so mimeros reais quaisquer com a ¥ 0. A resolugio € feita de modo andlogo ao das equacdes do 1° grau, porém lembrando que, quando multiplicamos ou dividimos ambos os membros da inequagao por um nimero ne- gativo, o sentido da desigualdade muda. No caso de multiplicarmos ou dividirmos os mem- bros por um mimero positivo, o sentido da desigualdade nao se altera. Exeniplo 2.6, Resolva a inequacdio 3(x — 4) > x + 2. Resolugaio Temos sucessivamente: 3(x-4) > x +2, 3x-12 > x42, 3x-x> 2+ 12, 2x > 14, x>7. (xER|x>7). Portanto, 0 conjunto solugao é $ 28 PARTE 1 — PRELIMINARES a Exemplo 2.7. Resolva a inequagdo 2(x— 1) < 5x + 3. Resolucao Como no exemplo anterior, 2@- 1) < 5x43, 2x-2< 5x43, 2x- 5x <3 +2, -3x< 5, 5 >-=. e223 Portanto, 0 conjunto solugdo é $= {x ER|x>- 13. Resolva em R as inequacées a) 2x >10 d) 3(v-4) = 2(x-6) b) 3x < 12 e) 4(2x- 3) > 2x-1) c) 2x41 Sx-5 a4 14. O lucro mensal de uma empresa é dado por L = 30x—4.000, em que x é a quantidade mensal vendida. Acima de qual quantidade mensal vendida o lucro é superior a $ 11.0002 15. O custo didrio de produgdo de um arfigo ¢ C= 200 + 10x. Sabendo-se que em determi- nado més © custo diério oscilou entre um méximo de $ 4.000 e um minimo de $ 2.000, em que intervalo variou a produgao didria nesse més? 2.6 Equacées do Segundo Grau Uma equacio do segundo grau, na incégnita x, € toda equagdo redutivel & forma ax? + bx +¢=0, em que a, be c so constantes reais quaisquer com a # 0. As raizes desse tipo de equacio podem ser obtidas por meio da seguinte férmula resolutiva: -b x VP — ac 2a , na qual o valor b? - 4ac, indicado usualmente por A (delta), é chamado de discriminante da equacao. E facil notar que: + Se A > 0, a equagio terd duas rafzes reais distintas + Se A =0, a equagdo tera uma tnica raiz real. + Se A <0, a equagio nao terd rafzes reais. a CAPITULO 2— CONJUNTOS NUMERICOS 29 A dedugo da férmula acima é feita da seguinte forma: ax’ + bx +¢=0; Peery Bie ie (adicionamos © a ambos os membros } 4a 4a? a 4@ (+ 2Y =4ac., 2a 4a 6 _, NP dae. +B 24 Ve 4ac "a 2a xa ba VP hac | 2a Exeniplo 2.8. Resolva a equagdo x? -— 4x +3 =0. Resolugiie Como a= 1, b=~4,c=3 entio: xo 4a VP FT 2-1 eee 2 aed ret’, Portanto, 0 conjunto solugdo é S = {1, 3}. Exemplo 2.9, Resolva as equagdes incompletas do segundo grau: a) 2—3x=0; Resolacio As equagdes do 2? grau com b = 0 ou c = 0 siio chamadas incompletas. Sua resolucao pode ser feita pela formula resolutiva, ou ainda como veremos a seguir: a) de x7 ~3x =0 temos x(x 3) =0. O produto sera 0 se um ou outro fator for 0. Assim: x=0 ou x-3=0 > x=3, Portanto, 0 conjunto solugao € S = {0, 3}; 0 PARTE 1 — PRELIMINARES a b) de x?-9 = 0 temos x2=9, Se x elevado ao quadrado dé 9, entio x = V9 = 3 ou x =-V9 Portanto, o conjunto solugao € S = (3, -3}. MSY 16. Resolva as seguintes equacdes o) x?-5x+4=0 e) xt-x43=0 b) x?-7x412=0 f) =x? 43x-2=0 co) P-6r4+8=0 g) -m2+5m=0 d) x?-4x44=0 h) y?-6y-3=0 17. Resolva as seguintes equacées: 9) 2-5x=0 o) x7-25=0 e) %?-8=0 b) -2x? + 6r=0 d) -m?+ 16=0 f) 3x2=0 18. Quanto vale a soma das raizes da equacéo (3x ~ 2)(x + 5) = (2+)? 19. Para que valores de k a equacdo na incégnita x, x? ~ 2kx = 1 — 3k, tem raizes iguais? 2+ 10x - 16, em que x é a quanti- dade vendida. Para que valores de x 0 lucro € nulo? 20. O lucro mensal de uma empresa ¢ dado por L = =x’ 21. Em relacéo ao exercicio anterior, para que valores de x 0 lucro ¢ igual o 92 22. A receita didria de um estacionamento para automéveis é R = 100p — Sp”, em que p & (© prego cobrado por dia de estacionamento por carro. Qual o prego que deve ser cobrado para dar uma receita didria de $ 375? 2.7 Intervalos Os intervalos so particulares ¢ importantes subconjuntos de R. Sejam os ntimeros reais ae btais que a a}. 32 PARTE 1 — PRELIMINARES. a A representacao geométrica é dada pela Figura 2.7. Figura 2.7: Representacdo do intervalo Ja, |. Gerretsen + Intervalo fechado de a até infinito Eo conjunto de valores reais maiores ou iguais a a, indicado por (a, ~f, isto é: [a, of = {x € Rl x = a}. A representagao geométrica é dada pela Figura 2.8, Figure 2.8: Representacdo do intervalo [a, --[. ——Smntmninimtnintennnienntitesintnintenmetnenemnininnnt + Intervalo aberto de menos infinito até b E 0 conjunto de valores reais menores de que b, indicado por Je, bl, isto é: J-ee, bl = {x © Rl x 0, =x, sex <0, 0,sex=0, Assim, por exemplo: I71=7, |-4|=-(-4) =4, Se P é a representagao geométrica do ntimero x, entio a distancia de P até a origem é dada pelo médulo de x (Figura 2.11). Figura 2.11: Representacdo geométrica de |.x|. uy PARTE | > PRELIMINARES a Propriedades do Médulo 1) Selxl=k, entdo.x = k ou x = —kem que k é um ntimero positivo. 2) Selx! k,entio x > k ou.x <—Kk em que k é uma constante positiva. Exemplo 2.11 a) Ix by Ixl<5 3-5 7=>x>7oux<-7. 3 => x=3 oux=-3: Exemplo 2.12 Resolva a inequagao |2x—31<7. Resolucae Temos sucessivamente lax-31 <7, -7<2x-3<7, -143<2x<743, -4<2x<10, 23) e) E={yERllyl =2) b) B={xERl4—-x<1} f) F=(reRiitl <2) c) C={xE RI? -6x+5=0) g) G=(tERilt!>1) d) D=(xERllxl =5) h) H={mERilm-21 <3} 26. Obtenha os valores dex que satisfazem cada uma das inequacées: a) Ixl<12 d) Ixl>8 b) lx-61<3 e) Ix-Tl>2 oc) W-2el<7 f) 12-3xl>5 os CAPITULO 2— CONJUNTOS NUMERICOS 35 27. Existe uma probabilidade igual a 95% de que a vida x de uma bateria (medida em meses) satisfaca a relagéo | A < 1,96 Qual o intervalo de variagéo de x? 28. Existe uma probabilidade igual a 90% de que as vendas x de uma empresa, no préximo 15 ano, satisfagam a relacdo Jk 1,65, em que as vendas séo dadas em milhares de unidades. Qual 0 intervalo de variagdo de x? Parte 2 FUNCOES DE UMA VARIAVEL Capitulo 3B Funcdes Capitulo 4 - Limites Capitulo 5 mm Derivadas Capitulo 6 a Aplicagdes de Derivadas Capitulo 7 Integrais Capitulo 3 Funcdes 3.1 Introdugao Na Matematica, como em outras ciéncias, muitas vezes queremos estabelecer uma rela- a0 ou correspondéncia entre dois conjuntos. Suponhamos, por exemplo, que temos dois conjuntos: um conjunto de mimeros, A= (1,2, 3,4}, € um conjunto de quatro pessoas, B = (Ari, Rui, Lina, Ester}. Uma relago de A em B pode ser aquela que ao ntimero | associa o nome Ari, ao 2 associa Ester, a0 3 associa Lina e ao 4, Rui. Esquematicamente, usamos a seguinte representagdo chamada de diagrama de flechas (Figura 3.1). Figura 3.1: Relacdo entre A e B. Ou seja, aos ntimeros em ordem crescente associamos os nomes em ordem alfabética. Outra maneira de representar seria utilizando a notagio de pares ordenados: (1, Ari), (2, Ester), (3, Lina), (4, Rui). Notemos que a correspondéncia estabelecida determina um conjunto de pares ordena- dos, que chamaremos: M = {(1, Ari), (2, Ester), (3, Lina), (4, Rui)). E claro que esta nao € a tnica relagao que pode ser estabelecida entre os conjuntos A e B. Vejamos outros exemplos. Fagamos corresponder ao ntimero 1 os individuos do sexo masculino e, ao ntimero 2, os individuos do sexo feminino. Temos o diagrama da Figura 3. constituindo 0 conjunt N= {(1, Rui), (1, Ari), (2, Ester), (2, Lina)}. 40 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Figura 3.2; Relacdo entre A e B. Uma terceira relagdo que podemos considerar é aquela que associa aos ntimeros {mpa- Tes o nome Ari € aos ntimeros pares o nome Lina. Teremos o diagrama da Figura 3.3, cons- tituindo 0 conjunto: P= {(1, Ari), (2, Lina), (3, Ari), (4, Lina)}. Figura 3.3: Relagdo entre A e B. A Notemos que os conjuntos M, N e P sao formados por pares ordenados cujos primeiros elementos pertencem a A e cujos segundos elementos pertencem a B. Ou seja, todos sao subconjuntos do produto cartesiano de A por B. Isto é: MCAxB, NCAxB e€ PCAxB. E possivel determinar outras relagdes de A em B, mas todas sero subconjuntos de A x B. Como A x B tem 16 elementos, € o mémero de subconjuntos de A x B & 2'6, podemos estabelecer, ao todo, 2'6 relagdes de A em B. Assim, temos a seguinte definigdo formal: S€ uma relagao de A em B se S for um subconjunto de A x B, Exemplo 3.1, Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3) e B= (2, 3, 4, 5) ¢ seja a relagdo dada por: S={(%y) EAxBly xt. Teremos, entao, S= {CL 2), (2, 3), , 4)}. Na Figura 3.4 temos a representaciio da relago por meio do diagrama de flechas. Figura 3.4: Representacdo da relagdo xe i CAPITULO 3 — FUNCOES 41 Quando 0s conjuntos A e B sio numéricos, as relagdes sfio formadas por pares ordena- dos de nimeros. Um par ordenado de ntimeros reais pode ser representado geometricamen- tepormeio de dois eixos perpendiculares, sendo o horizontal chamado de eixo das abscissas, ou eixo x; € 0 vertical, de eixo das ordenadas ou eixo y. Um par ordenado (a, b) pode ser representado colocando-se a no eixo x, € b no eixo y,€ tragando-se uma vertical por a e uma horizontal por b. O ponto P de intersecgio dessas duas retas é a representacio do par (a, b), conforme a Figura 3.5. Figura 3.5: Representagdio geométrica do par orde- nado (a, b). Dessa forma, podemos representar geometricamente a relagio S, conforme a Figura 3.6: Figura 3.6: Representacdo da relagdo y =x + 1 Exemplo 3.2. Considerando os conjuntos A e B do exemplo anterior, consideremos a relagio T= (x, y) CAxBly > x}. Teremos: T= {(1, 2), (1, 3), (1, 4)s (1, 5)s (2, 3), (2, 4), (2,5), 3, 4), B, 5)}- O grafico e o diagrama de flechas da relagdo estao ilustrados na Figura 3.7. cy “PARTE.2 == FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Figura 3.7: Grafico e diagrama de flechas da relacéo y > x. Exemplo 3.3. Considerando os mesmos conjuntos A e B do Exemplo 3.1, consideremos a relagao U= (x, y) © Ax Bly = 2x}. Teremos: U={(1, 2), (2, 4)}. O gréfico e o diagrama de flechas encontram-se representados na Figura 3.8. Figura 3.8: Grafico e diagrama de flechas da relagéio y = 2x. Definida uma relacdo S de A em B, podemos considerar dois novos conjuntos: 0 domi- nio da relagdo D(S) e 0 conjunto imagem da relagio Jm(S). O dominio de S é 0 conjunto dos elementos x E A para os quais existe um y € B tal que (x y) ES. O conjunto imagem de S é 0 conjunto dos y B para os quais existe um.x € A tal que (x, y) € S. Em outras palavras, o dominio é 0 conjunto dos elementos de A que possuem um correspondente em B dados pela relagao. x CAPITULO 3 —FUNGOES 43 E claro que D(S) é um subconjunto de A, ¢ Im(S) é um subconjunto de B. Quando nao houver possibilidade de confusao, 0 dominio e 0 conjunto imagem sao indicados simples- mente por D e Im, respectivamente. Exemplo 3.4. Os dominios ¢ 0 conjunto imagem das relacdes dos exemplos anteriores so, respectivamente: + Exemplo 3.1: D(S) = {1, 2, 3} ¢ Im(S) = (2,3, 4}. + Exemplo 3.2: D(S) = {1, 2, 3} e Im(S) + Exemplo 3.3: D(S) = {1, 2} e Im(S) 1. Sendo A= {1,3, 5,7} ¢ B= (3, 5, 8,9}, escrever sob a forma de conjuntos as relacées de AemB,comx € Aey € B, dadas por: a) x 2} = [2, “L, pois para x <2 0 radicando € negativo e nao existe a raiz quadrada; c) D=R, pois nesse exemplo x pode ser qualquer valor real Observemos que em fungdes envolvendo situacées praticas, o dominio é constituido de todos os valores reais de x para 0s quais tenha significado 0 célculo da imagem. Assim, por exemplo, caso tenhamos uma funcdo custo C(x) = 400 + 3x, os valores de x ndio podem ser negativos (no podemos ter quantidades negativas). Além disso, caso 0 produto seja indivisivel (por exemplo, quando x é a quantidade de carros), 0 dominio constitufdo apenas de nime- Tos inteiros nao negativos. Interceptos ‘Sao 0s pontos de intersecgaio do grafico de uma fungdo com os eixos. Os pontos de intersecgdo com o eixo x tém coordenadas do tipo (x, 0) € sio chamados x—interceptos Os pontos de interseccio com 0 eixo y tém coordenadas do tipo (0, y) e so chamados de y-interceptos. Exemplo 3.10. Vamos obier os pontos de intersecgao do grafico da fungao y = (x2— 1)(x—2) com 0s eixos xe y. Temos: * Intersecgdio com 0 eixo y. Como o ponto procurado é da forma (0, y), devemos fazer na funcao x = 0. Assim: y= (010-2) =2. Portanto o ponto procurado é (0, 2). * Intersecgdo com 0 eixo x. Como o ponto procurado é da forma (x, 0), devemos fazer na fungao y = 0. Assim: 0=(2-D@-2) x= Loux=-loux=2. . CAPITULO 3 — FUNGOES 5} Portanto os pontos procurados so: (1, 0) , (1, 0) e (2, 0). O esbogo do grafico dessa fungdo encontra-se na Figura 3.15. 'sbo¢o do grafico da funcio =(2-D@-2). Figura 3.1 FungGes Crescentes e Decrescentes Dizemos que uma fungao fé crescente num intervalo (a, b] se A medida que aumenta 0 valor de x, dentro do intervalo, as imagens correspondentes também aumentam. Em outras palavras, f € crescente num intervalo [4, b] se para quaisquer valores x; e x; do intervalo, com x < x9, tivermos f(x) < fy). Analogamente, dizemos que uma fungio f é decrescente num intervalo [a, b] se A medi- da que aumenta 0 valor de x, dentro do intervalo, as imagens correspondentes vio dimi- nuindo, Em outras palavras, f€ decrescente num intervalo [a, b] se para quaisquer valores x, € x) do intervalo, com x, < xp, tivermos f(x)) > f(x). A Figura 3.16 ilustra essas duas situagdes. Figura 3.16: Fungdes crescente © decrescente. crescente Caso a fungao tenha a mesma imagem em todos os pontos de um intervalo [a, b]. dize- mos que a fungo é constante naquele intervalo. Uma funcao que seja crescente ou constante num intervalo é chamada nao decrescente naquele intervalo; se uma fungdo for constante ou decrescente num intervalo ela é chamada nao crescente naquele intervalo, A Figura 3.17 ilustra fungdes nao decrescentes e nio crescentes. 52 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Figura 3.17: Fungées ndo decrescente e ndo crescente. y 3 ae Ye 2 o—— " Nr do crescente no decrescente Pontos de Maximo e de Minimo Seja f uma fungdo definida num dominio D. Dizemos que x € um ponto de maximo relativo (ou simplesmente ponto de maximo ) se existir um intervalo aberto A, com centro em Xo tal que: i Ff) Sfl%) = Vx EAND. Em outras palavras, xp é um ponto de maximo relativo se as imagens de todos os valores de x pertencentes ao dominio, situados num intervalo centrado em xo, forem menores ou | iguais A imagem de x9, A imagem f(x) é chamada de valor maximo de f. Analogamente dizemos que xo é umponto de minimo relativo (ou simplesmenteponto de minimo) se existir um intervalo aberto A, com centro em xo, tal que: FO) >fO) VeEAND. Em outras palavras, xo € um ponto de minimo relativo se as imagens de todos os valores de x pertencentes a0 dominio situados num intervalo centrado em x9 forem maiores ou iguais & imagem de xp. A imagem f(x) € chamada de valor minimo de f. Assim, por exemplo, na fungio definida no intervalo [a, b] e representada no grafico da Figura 3.18, teremos: Pontos de maximo: a, x2, x4. Pontos de minimo: x1, x3, b. wre 3.1 llustragéo de pontos de maximo e de minimo. yd _——__— x CAPITULO 3— FUNGOES 53 Por outro lado, dizemos que xy € um ponto de méximo absoluto se £0) < fx) Vx E D, €. um ponto de minimo absoluto se F(x) = f(x) Vx € D. Portanto, a diferenga entre um ponto de méximo relativo e maximo absoluto é que 0 primeiro é um conceito vinculado as vizinhangas do ponto considerado, ao passo que o segundo é ligado a todo 0 dominio da fungao. A mesma diferenga ocorre entre ponto de minimo relativo e minimo absoluto. Na fungao representada na Figura 3.18, x 6 ponto de maximo absoluto, e x, 6 ponto de minimo absoluto. Estudo do Sinal de uma Funcéo Estudar o sinal de uma fungao significa obter os valores de x para os quais y > 0 ouy <0 ouy=0. Desse modo, por exemplo, na fun¢o definida no intervalo [2, 10] e representada na Figura 3.19, teremos: ty >Opara2y=2-041=1 assim temos o ponto (0, 1); x= 1 = y=2-1 +41 =3 assim temos 0 ponto (1, 3). Dessa forma, a reta procurada passa pelos pontos (0, 1) ¢ (1, 3) € seu grafico é 0 da Figura 3.22. Figura 3.22: Grafico da funcio y = 2x +1 Exemplo 3.12. Obtenhamos a fungdo cujo grafico é dado na Figura 3.23. Figure 3.23: Fungao do 1° grav. (0,2) (4,0) 56 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Seja y = m-x + na fungdo procurada. Entao: 0 ponto (0, 2) pertence ao grifico, logo: 2=m-0+n=n=2; © ponto (4,0) pertence ao grafico, logo: 0= m-4+n => 4m + tendo em conta que n = 2, obtemos: 4m + 2 = 0 = m=—1/2; ' desta forma, a fungo procurada é y =~ s x42. Observacdes 1) A constante n & chamada de coeficiente linear € representa, no grafico, a ordenada do ponto de intersecgdo da reta com o eixo y (Figura 3.24). A justificativa para essa afirmacdo é feita lembrando que, no ponto de intersecgao do grafico da fungio com 0 eixo y, a abscissa x vale zero; assim, o ponto de intersecgao é da forma (0, y), €, como ele pertence também ao grafico da fungao, podemos substituir x por 0 na fungao y = m+ x +n. Teremos entao: n. ysm-O+n=y Portanto o ponto de intersecgao do grafico com 0 eixo y tem ordenada n. 2) A constante m é chamada de coeficiente angular € representa a variagdo de y correspon- dente a um aumento do valor de x igual a 1, aumento esse considerado a partir de qual- quer ponto da reta; quando m > 0, 0 grafico corresponde a uma fungio crescente, e, | quando m <0, o grafico corresponde a uma fungao decrescente (Figura 3.24). Figura 3.24: Coeficiente linear e angular de uma reta. m>0 m<0 Coeficiente linear Coeficiente angular ‘A demonstragao desta propriedade é a seguinte. Seja x, a abscissa de um ponto qualquer da reta e seja x =x, + 1. Sejam y, e yp as ordenadas dos pontos da reta correspondentes aquelas abscissas. Teremos ypam-xytn GB.) yy =m xy en. (3.2) - Subtraindo membro a membro as relagdes (3.2) € (3.1), € tendo em conta que x)= x; + 1, obteremos CAPITULO 3— FUNCOES 57 J2-Y1 = MO x) => y2-yy =m. Assim, m corresponde a variagio de y correspondente a uma variagao de x igual a 1. Notemos ainda que, se m > 0, teremos y > y, e conseqiientemente a fungiio sera crescente. Por outro lado, se m <0 ento y2 < y; e conseqiientemente a fungao ser decrescente. E fécil verificar no triangulo ABC da Figura 3.24 que m = tga, em que ot é 0 angulo de inclinagao da reta em relagdo ao eixo x. 3) Conhecendo-se dois pontos de uma reta A(x, yi) € BC, y2), 0 Coeficiente angular m é dado por (3.3) Ademonstragao de (3.3) é feita considerando-se o triangulo ABC da Figura 3.25. Figura 3.25: Interpretaséio do coeficiente angular. Temos: Xy—Xy Como 0 = @, entio tgor = tga, € m = tga, segue que m = : 2-2 A demonstracdo € andloga se na Figura 3.25 considerarmos uma reta de uma fungao decrescente. 4) Conhecendo um ponto P(x, yo) de uma reta e seu coeficiente angular m, a fungdo corres- pondente é dada por = Yo = m(x xo). (34) De fato, seja Q(x, y) um ponto genérico da reta, distinto de P (Figura 3.26). 58 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL 2. Figura 3.26: Determinacao da reta por um ponto e pelo coeficiente angular. y Teremos Yo = ¥~Yo= M(x Xo) Xo e obtemos (3.4). MSY 26. Esboce os gréficos das funcées: d) y=-142 g) y=6-10x =2x, sex 20 =- A) a o) ya ’ Yomserco - ye2rtlsex=1 c) y=3x42 f) y=Sx+6 i) posers} 27. Estude o sinal das seguintes fungées: 9) y=2x-6 o) y=-2e48 e) y= 5x42 b) y=3x412 d) ys-3e 28. Obtenha o coeficiente angular da reta que passa por A e B nos seguintes casos: 9) A(1, 2) e BQ, 7) ) ACI. 4) e BG, 5) b) A, 3) e BQ, 5) d) A(-2, 1)e BGS, -2) 29. Obtenha a equagao de reta que passa por P e tem coeficiente angular m nos seguintes casos a) P(1,3)em=2 c) P(-1,4)em=-1 e) P(0,-4)em b) P@,0)e d) P(-1,-2)em f) P(-2,0)em 30. Obtenha « equacdo de reta que passa pelos pontos A e B nos seguintes casos: 9) A(1,2)e BQ, 3) b) ACI, 0) e B(4, 2) od) AQ, eBO,4) 31. Obtenha as fungées, dados seus graficos, nos seguintes casos a) b) ¢) 1,4) (0,3) ad) (1.4) us) (0,2) (41) I JL CAPITULO 3—FUNCOES 59. 3.5.3 Funcdes Custo, Receita e Lucro do Grau Seja.x a quantidade produzida de um produto. O custo total de produgao (ou simples- mente custo) depende de x, ¢ a relagdo entre eles chamamos de fungio custo total (ou sim- plesmente fungao custo), ¢ a indicamos por C. Existem custos que néio dependem da quantidade produzida, tais como aluguel, seguros | eoutros. A soma desses custos que nao dependem da quantidade produzida chamamos de custo fixo € indicamos por Cr. A parcela do custo que depende de x chamamos de custo | variével, e indicamos por Cy. Assim, podemos escrever: C=Cr+Cy. Verificamos também que, para x variando dentro de certos limites (normalmente nao muito grandes), o custo varidvel é geralmente igual a uma constante multiplicada pela quan- tidade x . Essa constante é chamada de custo variével por unidade. Seja.x a quantidade vendida de um produto. Chamamos de fun xpelo prego de venda e a indicamos por R. A fungao lucro € definida como a diferenga entre a funcao receita R e a fungao custo C. Assim, indicando a fungao lucro por L, teremos receita ao produto de L(x) = R(x) - C(x). Exemplo 3.13. O custo fixo mensal de fabricagdo de um produto € $ 5.000,00, ¢ 0 custo varidvel por unidade € $ 10,00. Entdo a funcao custo total é dada por C=5.000 + 10x. Se 0 produto em questio for indivisivel (por exemplo, ntimero de rddios), os valores de x serdio 0, 1, 2, 3, .... € © grafico sera um conjunto de pontos alinhados (Figura 3.27). Caso 0 produto seja divisivel (como toneladas de aco produzidas), os valores de x serio reais positivos, e 0 grafico sera a semi-reta da Figura 3.28, pois trata-se de uma fungao do 1° grau Figure 3.27: Fungo custo com dominio discreto. Figura 3.28: Fungo custo com dominio continuo. Ciba) 5000 Quando nada for dito a respeito das caracteristicas do produto, admitiremos que 0 mes- mo seja divisivel, sendo o grafico entdo uma curva continua. 0 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL a mplo 3.14. Um produto € vendido a $ 15,00 a unidade (prego constante). A fungio receita sera: R(x) = 15x. O grafico dessa fungao sera uma semi-reta passando pela origem (pois trata-se de uma fungao do 12 grau com coeficiente linear igual a zero). Assim, o grafico dessa fungdo encon- | tra-se na Figura 3.29: | Figure 3.29: Gréfico da fungdo receita R(x) = 15x. | i Se colocarmos 0 grifico da fungio receita desse exemplo e o da fungao custo do exem- plo anterior num mesmo sistema de eixos teremos a Figura 3.30. Nessa figura, podemos observar que os grdficos interceptam-se num ponto N; nesse ponto a receita e 0 custo sio iguais e conseqiientemente o lucro é zero. A abscissa desse ponto € chamada de ponto de nivelamento ou ponto critico e indicada por x*. Figure 3.30: Ponto critico ou de nivelamento. Observemos que: Se x > x*, entdo R(x) > C(x) ¢ portanto L(x) > 0 (lucro positivo). Se x 1.000, o lucro serd positivo e, se x < 1.000, o lucro sera negativo (prejuizo) A fungdo lucro é dada por L(x) = Rx) - Cla), L(x) x — (5.000 + 10x), L(x) = Sx~ 5.000. Adiferenga entre 0 prego de venda e 0 custo varidvel por unidade é chamada de margem de contribui¢io por unidade. Portanto, no nosso exemplo, a margem de contribuigo por unidade vale $ 5,00 (15 — 10). Exemplo 3.16 a) Um produto é vendido com uma margem de contribuigao unitéria igual a 40% do prego de venda. Qual o valor dessa margem como porcentagem do custo varidvel por unidade? b) Um produto é vendido com uma margem de contribuigdo unitéria igual a 50% do custo varidvel por unidade. Qual o valor dessa margem como porcentagem do prego de venda? Resolucao a) Admitamos um prego de venda igual a $ 100,00. Dessa forma, a margem de contribui- gio € igual a (0,40) - 100 = 40, e, portanto, o custo varidvel é igual a $ 60,00. Logo, a 0,6667 = 66,67%. 4) Admitamos um custo varidvel por unidade igual a $ 100,00. Dessa forma, a margem de contribuigdo € igual a (0,50) - 100 = 50, e, portanto, o preco de venda é igual a $ 150,00. Logo, a margem de contribuigdo como porcentagem do prego de venda é zz = 0,3333 = = 33.33%. margem de contribuigdo como porcentagem do custo varidvel € a Observacées 1) Em geral, para grandes intervalos de variagdo de x, 0 grifico da fungdo custo tem o aspecto da Figura 3.31. Até 0 ponto A os custos crescem lentamente, e depois de A passam a crescer de forma mais répida (isso corresponde ao fato de que um grande aumento na produgao implica em novos investimentos). Podemos também perceber, pelo griifico, que até o ponto B o grafico da fungao custo é aproximadamente uma reta, ¢ essa suposi¢ao foi a que utilizamos neste item. OS =... ==]; 62 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Figura 3.31: Fungdio custo genérica 2) Na fungio receita, admitimos que prego era constante e conseqiientemente a fungio receita era do 1° grau. Veremos nos préximos itens como abordar o fato de o prego nio ser constante. 3) Chamamos de custo médio de produgao (ou ainda custo unitario) e indicamos por Cmeo custo total dividido pela quantidade produzida, isto é: Cime(x) = ea. a a eee 32, Determine © ponto de nivelamento (ou ponto critico}, e esboce os gréficos da funcéo receita e custo em cada caso: a) R)=4x e Clix) =504 2x b) R(x) =200x e C(x) = 10.000 + 150x od RG)=3x © CU)=24 4x 33. Obtenha as funcées lucro em cada caso do exercicio anterior, esboce seu grifico e | faca 0 estudo do sinal. 34, Uma editora vende certo livro por $ 60,00 a unidade. Seu custo fixo 6 $ 10.000,00 por més, e 0 custo varidvel por unidade é $ 40,00. Qual 0 ponto de nivelamento? 35. Em relagao ao exercicio anterior, quantas unidades a editora deverd vender por més para ter um lucro mensal de $ 8.000,002 36. O custo fixo de fabricagéo de um produto é $ 1.000,00 por més, e o custo variével por unidade € $ 5,00. Se cada unidade for vendide por $ 7,00: 4) Qual o ponto de nivelamento? b) Se 0 produtor conseguir reduzir 0 custo varidvel por unidade em 20%, & custa do aumento do custo fixo na mesma porcentagem, qual o novo ponto de nivelamento? <) Qual o aumento no custo fixo necessério para manter inalterado o ponto de nivelamento (em relagéo co item o} quando o custo variével por unidade é reduzido em 30%? Ee CAPITULO 3 — FUNCOES 63 37. O custo fixo mensal de uma empresa é $ 30,000,00, 0 prego unitério de venda & $8,00 e 0 custo varidvel por unidade é $ 6,00. 9) Obtenha a fungéo lucro mensal 6) Obtenha « fungéo lucro liquide mensal, sabendo-se que o imposto de renda & 30% do lucro 38. O custo fixo mensal de uma empresa é $ 5.000,00, 0 custo varidvel por unidade produ- zida € $ 30,00, e 0 prego de venda é $ 40,00. Qual a quantidade que deve ser vendida por més para dar um lucro liquide de $ 2.000,00 por més, sabendo-se que o imposto de renda é igual a 35% do lucro? 39, Sabendo que a margem de contribuigdo por unidade & $ 10,00 € 0 custo fixo é $ 150,00 por dia, obtenha: a) A funcao receita. b) A funcao custo total didrio. <) O ponto de nivelamento. d) A fungao lucro diério. €) Aquantidade que deverd ser vendida para que haja um lucro de $ 180,00 por dia 3,00, © prego de venda é 40. O preco de venda de um produto $ 25,00. O custo varidvel por unidade & dado por: a) Matéria-prima: $ 6,00 por unidade. b) Méo-de-obra direta: $ 8,00 por unidade. Sabendo-se que o custo fixo mensal é de $ 2.500,00: 2) Qual o ponte critico (ponto de nivelamento}? 5) Qual a margem de contribuigéo por unidade? ) Qual o lucro se a empresa produzir e vender 1.000 unidades por més? i d) De quanto aumenta percentualmente o lucro, se a producéo aumentar de 1.000 : para 1.500 unidades por més? 41, Pora uma producéo de 100 unidades, o custo médio € $ 4,00, € 0 custo fixo, $ 150,00 por dia. Sabendo-se que 0 preco de venda é $ 6,00 por unidade, obtenha a) O lucro para 100 unidades vendidas. b) © ponto critico (nivelamento) 42. Uma editora pretende langar um livro e estima que a quantidade vendida seré 20.000 unidades por ano. Se 0 custo fixo de fabricacéo for $ 150.000,00 por ano, e 0 varidvel por unidade $ 20,00, qual o preco minimo que deverd cobrar pelo livro para néo ter prejuizo? 43, Uma empresa fobrica um produto a um custo fixo de $ 1.200,00 por més e um custo varidvel por unidade igual a $ 2,00; 0 preco de venda é $ 5,00 por unidade. Atualmente o nivel de vendas é de 1.000 unidades por més. A empresa pretende reduzir em 20% 0 preco de venda, visando com isso aumentar suas vendas. Qual deverd ser o aumento na quantidade vendida mensalmente para manter o lucro mensal? 44, 45, 46. 47. 48. 49. 50. 52. 53. 54 dd PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL = Umo malharia opera a um custo fixo de $ 20.000,00 por més. © custo varidvel por malha produzida é $ 60,00, e 0 prego unitario de venda é $ 100,00. Nessas condigdes seu nivel mensal de vendas é de 2.000 unidades. A diretoria estima que, reduzindo em 10% © prego unitério de venda, haveré um aumento de 20% na quantidade vendida Vocé acho vantajosa essa alteragéo? Justifique. Um encanador A cobra por servico feito um valor fixo de $ 100,00 mais $ 50,00 por hora de trabalho. Um outro encanador B cobra pelo mesmo servico um valor fixe de $ 80,00 mais $ 60,00 por hora trabalhada. A partir de quantas horas de um servico o encanador A é preferivel co B? A transportadora X cobra por seus servicos $ 3.000,00 fixo mais $ 20,00 por quilémetro rodado.~A transportadora ¥ cobra $ 2.000,00 fixo mais $ 30,00 por quilémetro rodado. A partir de quantos quilémeiros rodados é preferivel usar a transportadora X? Uma empresa que trabalha com um produto de preciséo estima um custo didrio de $ 2.000,00 quando nenhuma peca é produzida, e um custo de $ 8.000,00 quando 250 unidades sdo produzidas 49) Obtenha a funcéo custo, admitinde que ela seja uma fungéo do 12 grau da quan- tidade produzide x. b) Qual o custo didrio para se produzirem 300 unidades? Quando 10 unidades de um produto séo fabricadas por dia, o custo é igual a $ 6.600,00. Quando so produzidas 20 unidades por dia 0 custo é $ 7.200,00, Obtenha «a funcdo custo supondo que ela seja uma funcdo do 1° grav. Uma empresa opera com um custo fixo diério de $ 500,00. © ponto de nivelamento ocorre quando sao produzidas e vendidas 20 unidades dioriamente. Qual a margem de contribuigéo por unidade? Uma loja compra um produto e o revende com uma margem de contribuigdo unitéria igual a 20% do preco de venda. a) Expresse 0 preco de venda (p) em funcdo do custo variével por unidade (c). b) Qual a margem de contribuicdo unitéria como porcentagem de c? Se a margem de contribuicéo unitéria é igual a 30% do prego de venda, qual é esso margem como porcentagem do custo varidvel por unidade? Se a margem de contribvigéo unitéria é igual a 25% do custo variével por unidade, qual o valor dessa margem como porcentagem do prego de venda? Seja m, a margem de contribuicéo como porcentagem do custo varidvel e m, a margem . my de contribuigéo como porcentagem do prego de venda. Mostre que m, e Em relagao ao exercicio anterior, expresse m, como fungdo de m,. CAPITULO 3—FUNGOES 65 3.5.4 Funcdes Demanda e Oferta do 12 Grau A demanda de um determinado bem € a quantidade desse bem que os consumidores pretendem adquirir num certo intervalo de tempo (dia, més, ano ¢ outros). A demanda de um bem é fungo de varias varidveis: prego por unidade do produto, renda do consumidor, pregos de bens substitutos, gostos e outros. Supondo-se que todas as varidveis mantenham-se constantes, exceto o prego unitério do prdprio produto (p), verifi- ca-Se que 0 prego p relaciona-se com a quantidade demandada (x). Chama-se fungao de demanda a relacio entre p e x, indicada por p = f(x). Existe a fungdo de demanda para um consumidor individual e para um grupo de consu- midores (nesse caso, x representa a quantidade total demandada pelo grupo, a um nivel de prego p). Em geral, quando nos referirmos a fungdo de demanda, estaremos nos referindo a um grupo de consumidores e chamaremos de fun¢do de demanda de mercado, Normalmente, o grifico de p em fungao de x (que chamaremos de curva de demanda) é ode uma fungio decrescente, pois quanto maior 0 preco, menor a quantidade demandada. Cada fungio de demanda depende dos valores em que ficaram fixadas as outras varidve (renda, prego de bens substitutos e outros). Assim, se for alterada a configuracao de: outras varidveis, teremos nova fungdo de demanda. O tipo e os parmetros da fungao de demanda so geralmente determinados por méto- dos estatisticos. Consideraremos neste item fungdes de demanda do 1° grau. Exemplo 3.17. O ntimero de sorvetes (x) demandados por semana numa sorveteria relacio- ma-se com 0 preco unitétio (p) de acordo com a fungao de demanda p = 10 - 0,002x. Assim, se 0 prego por unidade for $ 4,00, a quantidade x demandada por semana seré dada por 4= 10-0,002x, 0,002x = 6, x= 3,000. O grafico de p em fungao de x € 0 segmento de reta da Figura 3.32, pois tanto p como x no podem ser negativos. Figura 3.32: Grafico da fungi de demanda p= 10-0,002x. Pp 10 66 PARTE 2 —.FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Analogamente, podemos explicar 0 conceito de fungio de oferta. Chamamos de oferta de um bem, num certo intervalo de tempo, A quantidade do bem que os vendedores desejam. oferecer no mercado. A oferta é dependente de varias varidveis: prego do bem, precos dos insumos utilizados na produgdo, tecnologia utilizada e outros . Mantidas constantes todas as varidveis exceto 0 preco do proprio bem, chamamos de funcao de oferta relagdo entre 0 preco do bem (p) e a quantidade ofertada (x) e a indicamos por p = g(x). ‘Normalmente, o grifico de p em fungdo de x é 0 de uma fungao crescente, pois quanto maior 0 prego, maior a quantidade ofertada. Tal gréfico é chamado de curva de oferta, Obser- vemos que teremos uma curva de oferta para cada configurago das outras varidveis que afetam a oferta, Veremos neste item fungdes de oferta do 1° grau Exemplo 3.18, Admitamos que, para quantidades que no excedam sua capacidade de pro- dugo, a fungo de oferta da sorveteria do Exemplo 3.17, seja do 1° grau. Suponhamos que, se 0 prego por sorvete for $ 2,10, a quantidade ofertada seré 350 por semana, e, se 0 prego for $ 2.40, a quantidade ofertada ser 1.400. Vamos obter a fungio de oferta: Observando a Figura 3.33, teremos: + O coeficiente angular da reta € Ay 2,4—2,1 0,3 1 Ax 1400-350 1.050 ~ 3.500" + A equagdo da reta de oferta é: 1 -2,1= —— (x-350), 3.500 - » ou seja, 1 42 3.500 ° Figura 3.33: Fungao de oferta do Exemplo 3.18. Finalmente, passemos a explicar 0 conceito de ponto de equilibrio de mercado. Chama- mos de ponto de equilibrio de mercado ao ponto de intersecco entre as curvas de demanda e oferta, Assim, temos um prego e uma quantidade de equilibrio. : CAPITULO 3 — FUNGOES 67 Exemplo 3.19. Consideremos a fungao de demanda por sorvetes p = 10-0,002xe a fungao de oferta de sorvetes p = 3 Temos a situacdio esquemati \da na Figura 3.34, Figura 3.34: Ponto de equilibrio de mercado. No ponto de equilibrio, © prego € 0 mesmo na curva de demanda e de oferta. Logo: l x+2=10-0,002x, 3.500 x + 7.000 = 35.000 — 7x, 8x = 28.000, x= 3.500. Substituindo o valor de x encontrado numa das duas curvas, por exemplo, na da oferta, teremos: 1 i so ae 2=3. 3.500 00+ 3 Portanto, no ponto de equilibrio, o prego do sorvete sera $ 3,00, ¢ a quantidade semanal vendida sera 3.500 unidades. O nome ponto de equilibrio decorre do seguinte fato: se 0 prego cobrado for maior que $3,00, a quantidade ofertada sera maior que a demandada. Os produtores para se livrarem do excedente tenderdo a diminuir o prego forcando-o em diregao ao prego de equilibrio. Por outro lado, se 0 prego for inferior a $ 3,00, a demanda sera maior que a oferta e esse excesso de demanda tende a fazer com que o prego suba em diregao ao prego de equilibrio. Exemplo 3.20, As fungdes de demanda ¢ oferta de um produto sao dadas por: Demanda: p = 100 ~0,5x Oferta: p = 10 + 0,5x a) Qual 0 ponto de equilibrio de mercado? b) Se governo cobrar, junto ao produtor, um imposto de $ 3,00 por unidade vendida, qual © novo ponto de equilfbrio? 68 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL = Resolucaio a) 100-0,5x = 10 + 0,5x, | -x=-90 = x= 90. Conseqiientemente, p = 100 — 0,5 « (90) = 55. b) Nesse caso, o custo de producao aumentaré $ 3,00 por unidade. Como conseqiténcia, para um dado valor de x na curva de oferta, o prego correspondente ser 3 unidades superior ao prego da curva anterior. Portanto, a nova curva de oferta ser uma reta para- lela & curva de oferta anterior, situada 3 unidades acima, como mostra a Figura 3.35: Figura 3.35; Curva de oferta do Exemplo 3.20. pH13+0,5x pH10+05x A nova curva de oferta teré como equagio, entdo, p = 10 + 0,5x + 3, ou seja, p=13+0,5x. A curva de demanda ndo se desloca, pois a cobranga do imposto ndo vai afetar as prefe- réncias do consumidor; 0 que efetivamente vai se alterar é 0 ponto de equilfbrio, que nesse caso é dado por: 100 — 0,5x = 13 + 0,5x, x =-87 > x = 87. E 0 novo prego de equilibrio passa a ser p = 100 - 0,5 - (87) = 56,50. Assim, o mercado se equilibra num prego mais alto e com uma quantidade transacionada menor (Figura 3.36). Figura 3.36: Prego de equilibrio para o Exemplo 3.20. oferta depois do imposto oferta antes do imposto, a CAPITULO 3— FUNGOES — 69 Se 55, Num estacionamento para automéveis, o preco por dia de estacionamento é $ 20,00. A esse preco estacionam 50 automéveis por dia. Se o preco cobrado for $ 15,00, esta- cionarao 75 automéveis. Admitindo que a funcéo de demanda seja do 1? grau, obte- nha essa funcéo. 56, Uma empresa vende 200 unidades de um produto por més, se © prego unitério € $5,00. A empresa acredita que, reduzindo o preco em 20%, o numero de unidades vendidas seré 50% maior. Obtenha a fungao de demanda admitindo-a como fungéo do 12 grav. 57. O prego unitério do pao francés € $ 0,20 qualquer que seja a demanda em uma padaria. Qual o grafico dessa funcéo? 58. Quando o preco unitério de um produto é $ 10,00, cinco mil unidades de um produto 360 ofertadas por més no mercado; se o preco for $ 12,00, cinco mil e quinhentas unidades estaréo disponiveis. Admitindo que a funcéo oferta seja do 1° grau, obtenha sua equacéo. 59. Um fabricante de fogdes produz 400 unidades por més quando o prego de venda é $ 500,00 por unidade, @ séo produzidas 300 unidades por més quando o prego é $ 450,00. Admitindo que a funcéo oferta seja do 1% grau, qual sua equacao? 60. Das equagées abaixo, quais podem representar funcées de demanda e quais podem representar fungées de oferta? 0) p= 60-2x d) 3x + 4p—1.000=0 b) p=104x e) 2x-4p-90=0 ) p-3x+10=0 61. Determine 0 preco de equilibrio de mercado nas seguintes situacées: a) oferta: p= 10 +x b) oferta: p = 3x + 20 demanda: p = 20—x demanda: p = 50-x 62, Em certa localidade, a funcéo de oferta anual de um produto agricola é p = 0,0Lx—3, em que p é 0 preco por quilograma e x é a oferta em toneladas. a} Que preco induz uma produgéo de 500 toneladas? b} Se o preco por quilograma for $ 3,00, qual a produgéo anual? ) Qual o ponto de equilibrio de mercado se a funcéo de demanda anual for p=10-0.01x? 63. Uma doceria produz um tipo de bolo de tol forma que sua funcéo de oferta diéria 6 p=10+0,2x. a) Qual o prego para que a oferta seja de 20 bolos didrios? b) Se 0 preco unitério for $ 15,00, qual a oferta diéria? ¢) Se a funcdo de demanda diéria por esses bolos for p = 30 — 1,8x, qual o preco de equilibrio? 70 64 65. 66. 67. 68. 69. 70. n PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Num certo mercado, os equacées de oferta e demanda de um produto sao dadas por: oferta: x = 60 + Sp demanda: x = 500 - 13p Qual a quantidade transacionada quando o mercado estiver em equilibrio? Em certo mercado as funges de oferta e demanda sao dados por: oferta: p = 0,3x + 6 demanda: p = 15 -0.2x Se Governo tabelar o prego de venda em $9.00 por unidade, em quantas unidades a demanda excederé a oferta? © prece unitario p de um produto relaciona-se com @ quantidade mensal demandada x e com a renda mensal R das pessoas de uma cidade, por meio da expressdo p=50-2x4R. a) Qual a equacéo de demanda se R = 10, R = 20 e R = 302 Faca os gréficos. b)_O que acontece com o gréfico da fungdo de demanda medida que R aumenta? A funcdo de oferta de determinado produto é p = 40 + 0,5x, em que p 60 preco unitario ex 6a oferta mensal. 9) Qual a nova funcéo de oferta se houver um imposto de $ 1,00 por unidade vendi- da, cobrado junto ao produtor? b) Resolva o item anterior supondo que haja um subsidio de $ 1,00 por unidade vendida. As funcées de oferta e demanda de um produto sdo, respectivamente, p = 40 +.xe p= 100-x. a) Qual o prego de equilibrio? b) Seo governo insfituir um imposto igual a $ 6,00 por unidode vendida, cobrado junto a0 produtor, qucl 0 novo preco de equilibrio? <) Nas condicées do item b, qual a receita arrecadada pelo govern? No exercicio anterior, qual serio a receita arrecadada pelo governo, se o imposto fosse de $ 2,00 por unidade? As funcées de oferta e demanda de um produto séio dadas por: 20 + 0,5x demanda: p = 160— 3x a} Qual © preco de equilibrio de mercado? b) Se © governo inslituir um imposto adiabem igual a 10% do preco de vende, cobra: do junto ao produtor, qual 0 novo prego de equilibrio? oferta: Resolva o exercicio anterior, considerando um imposto igual a 20% do preco de venda fe CaPiTULO3 — FUNGOES 71 72. Dado © grético abaixo da funcdo de oferta de um produto: P % O que ocorre com esse gréfico se houver cada uma das alteracées: a} Aumento da produtividade do trabalho, mantides as demais condicées do enunciado b) Reducdo de impostos, mantidas as demais condigdes do enunciado. 3.5.5 DepreciagGo Linear Devido ao desgaste, obsolescéncia ¢ outros fatores, o valor de um bem diminui com o tempo. Essa perda de valor ao longo do tempo chama-se depreciacao. im, © grafico do valor em fungo do tempo é uma curva decrescente. Nesse item, vamos admitir que a curva de valor seja retilinea. Evemplo 3.21. O valor de uma méquina hoje € $ 10.000,00, e estima-se que daqui a 6 anos sja $ 1,000.00. 2) Qual o valor da maquina daqui a x anos 4) Qual sua depreciagao total daqui ax anos? 4) Considerando que o valor decresga linearmente com o tempo, o grifico do valor € dado pela Figura 3.37. Figura 3.37: Grafico do valor em fungéo do tempo. A equagio dessa reta é dada por V = mx + n, em que n = 10.000 (coeficiente linear). Ocoeficiente angular m € dado por: 10.000 - 1.000 __} 599, x o- Portanto a equagao da reta procurada é V = -1.500x + 10.000. ry PARTE 2.~ FUNCOES DE UMA VARIAVEL b) A depreciagao total até a data x vale: D=10.000-V, D = 10.000 —(-1.500x + 10.000), D=1.500x. Mmmm 73. O valor de um equipamento hoje é $ 2.000,00 e daqui a 9 anos seré $ 200,00. Admitindo depreciagéo linear: a} Qual o valor do equipamentodaqui a 3 anos? b) Qual o total de sua depreciagao daqui a 3 anos? <) Daqui a quanto tempo 0 valor da méquina seré nulo? 74. Daqui o 2 anos o valor de um computador seré $ 5.000,00 ¢ daqui a 4 anos seré $ 4,000,00. Admitindo depreciacao linear: a} Qual seu valor hoje? b) Qual seu volor daqui a 5 onos? 75. Daqui a 3 anos, a depreciagéo total de um automével seré $ 5.000,00, e seu valor daqui o 5 anos seré $ 10,000,00. Qual seu valor hoje? 76. Um equipamento de informética 6 comprado por $ 10.000,00 e apés 6 anos seu valor estimado é de $ 2.000,00. Admitindo depreciagéo linear: 4a) Qual a equacéo do valor daqui a x anos? b) Qual a depreciacao total daqui a 4 anos? 77. Com relacao a0 exercicio anterior, daqui e quantos anos o valor do-equipamento seré nulo? 3.5.6 Funcao Consumo e Fungao Poupanca Suponhamos que uma familia tenha uma renda disponivel (renda menos os impostos) varidvel més a més, e uma despesa fixa de $ 1.200,00 por més. Suponhamos ainda que essa familia gaste em consumo de bens e servigos 70% de sua renda disponivel, além do valor fixo de $ 1.200,00. Assim, chamando de C 0 consumo e ¥ a renda disponivel, teremos: C=1.200+0,7Y. Observamos entiio que o consumo € fungdo da renda disponivel e tal fungdo € chamada fungao consumo, A diferenca entre a renda disponivel e o consumo é chamada de poupange € é indicada por S. Assim: S=Y-C, S=Y-(1.200+0,7Y), S=0,3¥ - 1.200. Portanto, a poupanga também é fungao da renda disponivel. | I - CAPITULO 3-— FUNGOES 73 O gasto fixo de $ 1.200,00 é chamado de consumo auténomo (existente mesmo que a renda disponivel seja nula, & custa de endividamento ou de uso do estoque de poupanca). O grafico das fungdes consumo e poupanga esto na Figura 3.38 Figura: 3.38: Fungdes consumo e poupanga. c s 1200 Notemos que na fungdo poupanga, se Y = 4.000, entdo S = 0, ou seja, $ 4.000,00 6 a renda minima para nao haver endividamento (ou uso do estoque de poupanga). De fato: Se ¥ = 4.000, entdo C= 1.200 + 0,7(4.000) = 4.000. De modo geral, podemos escrever as fungdes consumo e poupanga da seguinte forma: C=Cj+mY S=Y-C=-Cy+(1- my. A constante Cy é chamada de consumo auténomo; o coeficiente angular m da fungio consumo é chamado de propensio marginal a consumir, ¢ o coeficiente angular da fungao poupanga (I~ m) é chamado de propensdo marginal a poupar, Observacdes 1) Verifica-se que a propensao marginal a consumir é sempre um ntimero entre Oe 1. 2) Admitimos, neste item, que a fungao consumo é do 1? grau da renda disponfvel. Contu- do, dependendo das hipoteses feitas, ela pode ser de outra natureza, 3) Noexemplo feito, vimos a fungao consumo e a fungao poupanca para uma nica familia, mas a idéia pode ser estendida para um conjunto de familias, Nesse caso, teremos as funges consumo e poupanca agregadas. SSS 78. Uma familia tem um consumo auténomo de $ 800,00 e uma propensdo marginal 0 consumir igual o 0,8. Obtenha: @) A funcéo consumo. b) A fungéo poupanca 79. Dada a fungéo consumo de uma familia C = 500 + 0,6¥, pede-se- 2) A funcée poupanga. b) Arenda minima para que a poupanca seja néo negativa. Ds PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL 80. Dada a funcéo poupanga de uma familia $= a) A fungao consumo. b) Arenda que induza um consumo de $ 1.450,00. 800 + 0,35Y, pede-se: 81. Suponha que tudo que é produzido numa ilha seja consumido nela proprio. Néo hé gastos com investimentos (visando aumento futuro da capacidade produtiva), nem go- verno. A fungao consumo anual é C= 100 + 0,8Y. Qual a renda de equilibrio (aquele para a qual o que é produzido é consumido)? 82. Com relacéo ao exercicio anterior, suponhe que os habitantes decidam investir $ 50,00 por ano, visando com esses gastos um aumento da capacidade produtiva. Qual seria arendo anual de equilibrio (aquela para a qual o que é produzido é gasto com consu- mo mais investimentos)? 83, Com relagdo ao exercicio anterior, qual seria o valor do investimento anual J necessé- fio para que, no equilibrio, a renda fosse igual & renda de pleno emprego, suposta igual o $ 800,002 (Renda de pleno emprego é aquela em que sdo usados totalmente os recursos produtivos.) 84, Numa economia fechada e sem governo, suponha que a fungéo consumo do pais seja C= 40 +0,75Y, ea renda de pleno emprego igual a $ 500,00. Qual o nivel de investi- mento I necessério para que a economia esteja em equilibrio a pleno emprego? 85. Num pais, quando a renda é $ 6.000,00, o consumo é $ 5.600,00, e, quando a renda é $ 7.000,00, o consumo €é $ 6.200,00. Obtenha a fungéo consumo, admitindo-a como: funcéo de I? grav 86. Com relagao ao exercicio anterior, obtenha a fungéo poupanga. 3.5.7 FungGo Quadratica E toda fungao do tipo ysar+bxtc, em que a, be c so constantes reais com a # 0. O grifico desse tipo de fungao é uma curva chamada parabola. A concavidade é voltada para cima se a > 0, e voltada para baixo se a <0 (Figura 3.39). Figura 3.39: Grafico da fungéo quadratica. a v v a>0 a 0, a abscissa do vértice € um ponto de minimo; se a < 0, a abscissa de vértice é um ponto de maximo. Os eventuais pontos de intersecco da parabola com 0 eixo x so obtidos fazendo y = 0. Teremos a equacdo ax? + bx + c= 0. Se a equacdo tiver duas rafzes reais distintas (A > 0), a parébola interceptaré o eixo.xem dois pontos distintos; se a equagdo tiver uma tinica raiz real (A = 0), a parabola interceptaré ocixo x num Gnico ponto; finalmente, se a equagao nao tiver rafzes reais (A <0), a parabola nio interceptard o eixo x (Figura 3.40). Figura 3.40: Fungdes quadraticas. f 7 \/ [MY a>0 a>0 a>0 a>o A=0 a<0 a<0 a<0 a<0 A intersecgao com 0 eixo y é obtida fazendo-se x = 0. Portanto: xs0Syaa-C+b-0+cSy=e, ou seja, 0 ponto de intersecgao da parabola com 0 eixo y € (0, c). Com relagio ao vértice da parabola, indicando por xe y, a abscissa e a ordenada do vértice, respectivamente, teremos: -b -A mest, e y= fox, ; 2a aa Para demonstrarmos essas relagdes, vamos proceder da seguinte forma; seja y=ax?+ bx +c, logo yeales fxs ate 2 Dentro do parénteses, em que hd reticéncias, vamos adicionar vamos subtrair de ¢ 0 valor 2 (Note que o termo adicionado dentro dos parénteses est mul- 4a tiplicado por a). Dessa forma teremos: (er bxr B)ec-Z. > &, para compensar, ye 16 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL ag > 2 Ouseja,y=a{x+ 2) +e- = . pois o termo entre parénteses € um trinémio quadra- do perfeito. Como o termo entre parénteses € um quadrado, sera sempre maior ou igual a zero. Assim: + Se a> 0, a concavidade serd para cima, e 0 ponto de minimo ser aquele para o qual expressio entre parénteses da zero, ou seja x= 3 cesta é a abscissa do vértice. a + Se a <0, a concavidade seré para baixo, e ponto de maximo ser4 aquele para o quala -b expressdo entre parénteses dé zero, ou seja x = , € esta € a abscissa do vértice. 2a Assim, em qualquer caso, a abscissa do vértice sera x, = 3 _ A justificativa de que a yy =f(x,) € imediata, pois a ordenada do vértice é a imagem da abscissa do vértice. Exempt 3.22. Vamos esbogar o grifico da fungao y = x? — 4x + 3. Temos: a) a= 1. Portanto a concavidade é voltada para cima. b) Intersecgdo com 0 eixo x: y=0 = x2 4x +3 =0, cujas rafzes sio: x= | oux = 3. Portanto, os pontos de intersecgio com 0 eixo x so: (1, 0) € (3, 0). c) Intersecgdo com 0 eixo y: x= 0S y=@-4-04+3 5y=3. Portanto, 0 ponto de intersecgao com 0 eixo y €é (0, 3). d) Vértice W=fQ)=2—4-(2)43=-1. Portanto, 0 vértice € 0 ponto (2,—1). Observemos que.x= 2 € um ponto de minimo da fungao. De posse das informagdes obtidas, podemos esbogar o grafico da fungao (Figura 3.41} Figura 3.41: Grafico da fungdo y = x? — 4x +3, CAPITULO 3—FUNGOES 77 Exemplo 3.23, Vamos estudar o sinal da fungdo y = =x? + 9. Resoluciio Nesse caso, 86 precisamos encontrar os pontos de intersecco do grafico com 0 eixo x, jd que a concavidade é voltada para baixo (a = —1). Assim: y=0 3-249 =0 = x2 =9, cujas raizes x=30ux=-3, Para o estudo do sinal ndo necessitamos conhecer a intersecgao com 0 eixo y, nem o vértice. O esbogo é dado a seguir: Portanto: y > 0 para-3 3, y = Oparax=3oux=~3 Exemplo 3.24. Estudemos o sinal da fungao y = ates Temos 1) Sinal de x2 — 4x + 3 (A) 2) Sinal de x — 2 (B) © @ 2 3) Quadro quociente 1 3 3 Sinal de A + - - + Sinal de B - - + + Sinal de @ ° ® 78 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL. Portanto, y > Oparal3, y 0 Fazendo y = x? — 7x + 6 ¢ estudando o sinal de y teremos: Para que y = 0, devemos ter: x = 1 ou x > 6. Portanto o dominio da fungao é D={xER|x = 1 oux= 6}. PSS ee 87. Esboce os graficos dos seguintes funcées: a) yox2-3x42 b) ysit-Sx44 co) ys + Tx-12 d) y=3x-2 e) y=4—2 fy 2x+1 88. Estude © sinal das fungées do exercicio anterior, ache os pontos de méximo ou de minimo e ainda © conjunto imagem: CAPITULO 3—FUNGOES 79 89. Estude o sinal das seguintes funcdes: B-6r45 2-1 0) fla) = SS 0 f= 35, _ Bax _ Pa 6r48 ») fad= ¢) fa)= 5 90. Dé o dominio das seguintes funcées: 0) fx) = VP =e @) foy= JF % b) foy= V2 e) fx) = aa 1 ¢) f= Teoa 971. Obienha os pontos de méximo e de minimo das seguintes funcées, nos dominios indicados: 0) y=4x-2;D= [2,4] od y=*;D=E-1, 1] b) y=4x—27; D=[0, 2] d) y=10x-2?, D=[5, 8} 3.5.8 Funcdes Receita e Lucro Quadraticas Anteriormente vimos como obter a fungao receita quando o prego era constante, Veja- mos, neste item, como obter a fungao receita quando 0 preco pode ser modificado (com conseqiiente alteragaio da demanda, de acordo com a fungao de demanda). Exemplo 3.27. A fungio de demanda de um produto é p = 10 — x, ea fungio custo é C= 20+ x. Vamos obter: 2) A fungao receita e 0 prego que a maximiza. b) A fungao lucro e o prego que a maximiza. 4) Por definigao de receita, Assim, a receita € uma fungo quadratica de x, e seu grifico € dado pela Figura 3.42: Figura 3.42: Funcdo receita R(x) Ri lox — 2 80 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a . 4 2 eg -l Portanto, o valor de x que maximiza R é a abscissa do vértice x = aa = 5. Como conseqiiéncia, o correspondente prego é dado pela fungdo de demanda p = 10-5 =5. b) A fungao lucro é dada por L = R ~ C, ou seja: L=10x-?- (20+) =x? + 9x20. O lucro também é uma fungdo quadritica dex e seu grafico é dado pela Figura 3.43: Figure 3,43: Funcdo lucro L(x) = -1? + 9x — 20, O valor de x que maximiza o lucro € a abscissa do vértice x = = = 4,5. O corresponden- te prego € dado pela fungao de demanda p = 10 - 4,5 = pelo grafico que 0 lucro s6 € positivo para 4 0. K>0 + Se tomarmos a fungio f(x) =~, em que k€ negativo, o gréfico seré simétrico ao da Figura x 3.46, em relagdo ao eixo x, ou seja, uma hipérbole com ramos no 2° e 42 quadrantes, e terd © aspecto da Figura 3.47: Kix, com K <0, Figures 3.47) Gréfico da fungdio f (: — || CAPITULO 3 —FUNCOES 85 * Caso tenhamos uma fungdo do tipo y ~ yo = em que 2X € Yo so valores dados, 0 —X grffico € obtido procedendo-se da seguinte maneira: a) Tragamos uma reta vertical pelo ponto de abscissa xo _ 6) Tragamos uma reta horizontal pelo ponto de ordenada yo, ©) Asretas tragadas determinam um novo sistema de coordenadas, com origem no ponto Qo Yo). d) Se K > 0, 0 grafico serd uma hipérbole com ramos nos quadrantes | e 3, considerando esse novo sistema de eixos (Figura 3.48). e) Se K <0, 0 grafico sera uma hipérbole com ramos nos quadrantes 2 e 4, considerando esse novo sistema de eixos (Figura 3.49). Figura 3.48: Hipérbole com K > 0. A justificativa dessa observagdo decorre do fato de que as coordenadas de qualquer ponto em relacdo ao novo sistema de eixos serdo X = x ~ x9 ¢ Y= y ~ yo (Figura 3.50) e, portanto, a equacdio dada em relagiio ao novo sistema de eixos € Y = k/X. CAPITULO 3— FUNCORS 87 STS N10. Esboce, num mesmo sistema de eixos, os graficos das funcées: 3 4 ee oer 111. Esboce 0 grafico de cada uma das fungées abaixo: d) y= ey 112. Obtenha o ponto de equilibrio de mercado para as seguintes fungdes de demanda e oferta: 10, + a) demanda: oferta: p= 5x45 8) demanda: p = © oferta: p = 6x +2 @) demanda: p = £0=5 oferta: pa 4+ 2 113. Uma empresa utiliza 4.000 unidades de um componente eletrénico por ano, consumidas de forma constante ao longo do tempo. Varios pedidos sao feitos por ano a um custo de transporte de $ 300,00 por pedido. 2) Chamando de x a quantidade de cada pedido, obtenha o custo anual de trans- porte em fungdo de x . Faca 0 grafico dessa fungdo. 5) Qual o custo se x= 4002 Nesse caso, quantos pedidos sao feitos por ano? 114. De acordo com Keynes (John Maynard, economista inglés, pioneiro da macroeconomia, 1883-1946), a demanda por moeda para fins especulativos é funcdo da taxa de juros. Admita que em determinado pats y = 4 (pora x > 3), em que x 6 toxa anual de iuros (em %) y & a quantia (em bilhdes) que as pessoas procuram manter para fins especulativos. a) Esboce © gréfico dessa fungéo. 4) Qual a demande por moeda para fins especulativos se a toxa de juros for 7% ao ano? <) O que acontece com a demanda quando x se aproxima de 3% ao ano? 115. Repita 0 exercicio anterior com @ fungéo y = 4 No caso do item ¢, considere x aproximando-se de 1% ao ano. 88 PARTE, FUNGOES DE UMA VARIAVEL ne 3.5.11 FungGo Poténcia Chamamos de fungao poténcia a toda fungao do tipo f(x) = x". Quando n=O oun=1e n= 2, temos situagdes particulares j4 estudadas que siio as fungdes constantes, do 1° graue aquadratica, respectivamente. Para outros valores de n, 0 grafico varia dependendo da natu- reza de n. Podemos considerar os seguintes casos: 7® caso: suponhamos que n seja um nimero natural impar maior que 1 Consideremos, por exemplo, as fungdes: fi(x) = x3, f(x) = x9 & A(x) = 2x7. a) Dom{nio: todas elas tém por dominio 0 conjunto R, pois para todo x real existe imagem. b) Interceptos: todos os gréficos passam pela origem. c) Fagamos‘a escolha de alguns valores para x ¢ calculemos as respectivas imagens x Aw Aw AO -3 “27 -243 -2.187 2 8 -32 -128 -1 “1 -l -l 0 0 ° 0 1 1 1 1 2 8 32 128 3 7 243 2.187 Podemios concluir que: + Todas as fungdes desse tipo passam pelos pontos (0, 0), (-1,-1) e (1, LD. * Quando atribuimos a x valores simétricos, as imagens possuem o mesmo valor absoluto, mas diferem em sinal. * Quando x aumenta muito, o mesmo sucede com as imagens dessas fungdes. Se x aumenti muito em valor absoluto, porém com o sinal negativo, o mesmo sucede com as imagens Os grificos dessas fungdes sdio dados na Figura 3.53. Figura: 3.53: Graficos das fungdes poténcia para n impar e n = 3, Em resumo, para n impar maior ou igual a 3, 0 grafico de f(x) = x" tem 0 aspecto das funges dadas pela Figura 3.53, sendo mais ou menos fechados de acordo com o valor de n. E fécil notar também que o conjunto imagem dessas fung6es é 0 conjunto R “CAPITULO 3 2¢caso: suponhamos que n seja par e maior que 2. Consideremos por exemplo as fungdes: fi(x) = 24, f(x) = x6 e fy) = x8. a) Dominio: todas elas tém por dominio 0 conjunto R, pois para todo x real existe imagem. b) Interceptos: todos os gréficos passam pela origem. ©) Fagamos a escolha de alguns valores para x e calculemos as respectivas imagens: x AG) fe) 0) 3 81 Wa | Ge -2 16 64 256 - 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 1 2 16 64 256 3 81 729 6.561 Podemos concluir que: + Todas as fungdes desse tipo passam pelos pontos (0, 0) , (-1, 1) e (1, 1). * Quando atribuimos a x valores simétricos, as imagens sao iguais, isto é f(—x) = f(x), para essas fungoes. * Quando x aumenta muito, o mesmo sucede com as imagens dessas fungdes. Se x aumenta muito em valor absoluto, porém com o sinal negativo, as imagens aumentam muito e sio positivas. Os grdficos dessas fungdes so dados na Figura 3.54. Figura 3.54: Grafico das fungées poténcia para n par en = 2. Em resumo, para n par maior que 2, 0 grafico de f(x) = x" tem o aspecto das fungdes dadas pela Figura 3.54, sendo mais ou menos fechados de acordo com o valor de n. E facil otar também que © conjunto imagem dessas funcdes é 0 conjunto dos reais ndo negativos. 0 PARTE 2 —= FUNCOES DE UMA VARIAVEL rf 3° caso: suponhamos que n seja impar negativo. Consideremos por exemplo a fungao: f(x) =.x71 = 1. a) Dominio: R- {0}. b) Interceptos: nao hé c) Grafico: € uma hipérbole, conforme vimos no estudo das fungées racionais (Figu- ra 3.55). Figura 3.55: Grafico da fungdio fix) = Lx. Pode-se verificar (construindo-se tabelas de valores) que as demais fungdes desse tipo 1 ou f@) =x5= +) possuem um padrio gréfico semelhante ao da Figura 3.55. O conjunto imagem dessas fungdes é o conjunto R — {0}. (por exemplo, f(x) = 4° caso: suponhamos que n seja par negativo. Consideremos por exemplo a fungdo: f(x) = x? a) Dominio: R— {0}. b) Interceptos: nao ha. ) Fagamos a escolha de alguns valores para x e calculemos as respectivas imagens: ea cfeOe eezet| eel Wa fide v2{| 0 2|3 fd | 1/9 | a} od 4 16 16 4 1 1/4 | 1/9 Podemos concluir que: * Quando atribuimos a.x valores simétricos, as imagens so iguais, isto é,f(-x) = f(x), para essas fungdes. * Quando x aumenta muito, as imagens se aproximam de zero. Se x aumenta muito em valor absoluto, porém com o sinal negativo, as imagens também se aproximam de zero. * Quando x se aproxima de zero por valores positivos, as imagens so cada vez maiores. Quando x se aproxima de zero por valores negativos, as imagens sfio também cada ver maiores. rE | gE CAPITULO 3 — FUNCOES 91 { O grafico dessa funcao € dado pela Figura 3.56. Seu conjunto imagem 0 conjunto dos reais positivos. Figura 3.56: Grafico da fungéio f(x) = 1/2. yt Pode-se verificar (construindo-se tabelas de valores) que as demais fungdes desse tipo por exemplo, f(x) == + ou f(x) == 4) possuern um padrio gréfico semelhante a0 da Figura 3.56. © conjunto imagem dessas fungGes € o conjunto dos reais positivos. 1 $*caso: suponhamos que n seja igual a 5. Isto € f(x) = x a) Dominio: conjunto dos reais ndo negativos. b) Interceptos: (0, 0). ©) Fagamos a escolha de alguns valores para x e calculemos as respectivas imagens: x 0 V/4 1 2,25 4 * 16 25 | 36 fix) 0 1/2 1 15 a 3 4 5 6 Podemos coneluir que: * Quando x aumenta muito as imagens so cada vez maiores. O grifico dessa fungao é dado pela Figura 3.57. Seu conjunto imagem é 0 conjunto dos reais ndo negativos. Figura 3.57: Grafico da funcdo fix) = Vx. y : : Tero igual comportamento gréfico as fungdes f(x) = Vx, f(x) = Vxete. 2 PARTE 2 — FUNGOES DE.UMA VARIAVEL 4g 6° caso: suponhamos que n seja igual a 4, isto é fx) x3 = Vz. a) Dominio: R. b) Interceptos: (0, 0). ©) Fagamos a escolha de alguns valores para x e calculemos as respectivas imagens: fa) Podemos concluir que: * Quando x aumenta muito as imagens so cada vez maiores. Quando x aumenta muito eq valor absoluto, mas com sinal negativo, as imagens so cada vez maiores em valor abso luto, mas também com sinal negativo * Valores simétricos de x tém imagens simétricas, isto é, f(-x) = —f(). O grafico dessa fungao € dado pela Figura 3.58. Seu conjunto imagem € 0 conjunt| dos reais . Figura 3.58: Grafico da fungdo f(x Terao igual comportamento grafico as fungdes f(x) = Vx, f(x) = Vx ete. MSC 116. Esboce os graficos das funcdes abaixo: 1 0) fx) =x 9) f= Vx J) fay=28 1 b) figs h) fex* kK) fa) =3x ) faaxt i) foyer’ WY fx) = 8x VW Obtenha o ponto de equilibrio de mercado para as sequintes fungées de demanda e oferta: a) demanda: p= ae oferta: p =x; b) demanda: p= -L,, oferta: p = 2 CAPITULO 3 — FUNCORS «93 118, Funcéo de produgéo. Denomina-se funcdo de producao @ relacéo entre « quantida- de fisica dos fatores de producéo, tais como capital, trabalho, e outros, e a quantida- ' de fisica do produto na unidade de tempo. Se considerarmos fixos todos os fatores menos um, o quantidade produzida seré funcéo desse fator. Chamando de P « quan- ! fidade produzida na unidade de tempo e x quantidade do fator variével utilizado na | unidade de tempo, teremos a funcéo de producdo P = f(x) Chamamos de produtividade média do fator variével o valor indicado por Py, dado por P,, = Pix. Considere a fungdo de produgdo dada por P= 100: x?, em que Péo i némero de sacos de café produzidas por ano numa fazenda, e x, 0 nimero de pes- | soas empregadas por ano. | a) Quantas sacas serdo produzidas se forem empregadas 16 pessoas por ano? Qual | « produtividade médio? i 6) Quantas sacos serdo produzidas se forem empregadas 64 pessoas por ano? Qual «a produtividade média? c) O que aconteceré com @ quantidade produzida se o numero de pessoas empre- godes quadruplicar? d) Qual a producéo anual se o némero de pessoas empregados for zero? e) Faca o grifico de P em fungéo de x 119. Considere a seguinte funcdo de producao P = 10x3, em que P é 0 numero de mesas produzidas por semana numa marcenaria (com certo numero fixo de empregados) e x, 0 némero de serras elétricas utilizadas. a) Quantas mesas serdo produzidas por semana se forem ufilizadas 8 serras? Qual a produtividade média? b) Quantas mesos sero produzidas por semana se forem utilizadas 64 serras? Qual «a produtividade média? c) © que aconteceré com a quantidade produzida se o némero de serras ficar 8 vezes maior? d) Qual a produgao se 0 numero de serras for igual a zero? e) Fazer 0 grafico de P em fungao de x. 120. Lei da distribuicéo de renda de Pareto. O economista italiano Vilfredo Pareto (1848- 1907), em seus estudos sobre a distribuicdo de renda, propés um modelo conhecido como Lei de Pareto da distribuicgéo do renda. Em sua forma simplificada, o modelo sustenta que em que * y 60 ntmero de pessoas cujas rendas sGo maiores ou iguais a x; + x60 renda de um individuo do populacéo considerada; * A umo constante que depende da populacdo em questéo; * 060 pordmetro que caracteriza o distribuicdo da rendo O gréfico dessa funcdo & dado pela Figura 3.59 ” PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL Figura 3.59: Curva de distribuigdo de renda de Pareto. 1 y | | | N ~ 7 Pr 4 (10) ‘ uma populagio, « distibuigao da renda é dada por y= ="--5> em que xé a renda mensal de cada pessoa. 9) Quontas pessoas ganham pelo menos $ 15.000,00 por més? b) Quantas pessoas tm uma renda maior ou igual o $ 8.000,00 por més? ¢) Qual a menor renda das 500 pessoas com renda mais alta? d) Qual o gréfico de y em fungdo de x? 4-108 xh 12 Numa populacéo, a distribuigéo da renda é dada por y= em que.xé.renda mensal de cada pessoa @) Quantas pessoas ganham pelo menos $ 6.000,00 por més? b) Qual a menor renda das 1.000 pessoas com renda mais alta? ©) Qual o menor renda das 4.000 pessoas com renda mais alta? d) Qual o grafico de y em fungéo de x? 3.5.12 Fungdo Exponencial — Modelo de Crescimento Exponencial Suponhamos que uma populacao tenha hoje 40.000 habitantes e que haja um cresci- mento populacional de 2% ao ano. Assim: * daqui a 1 ano o nimero de habitantes sera y1 = 40.000 + (0,02) - 40.000 = 40.000(1 + 0,02); + daqui a 2 anos o ntimero de habitantes s y2= y) + 0,02y; = y:(1 + 0,02) = 40.000(1,02)?; * daqui a3 anos o nimero de habitantes sera = ya(1 + 0,02) = 40.000(1,02)3, De modo andlogo, podemos concluir que o ntimero de habitantes daqui a x anos seri y = 40.000(1,02)". rd Ya=Y2 + 0,02y2 Embora tenhamos feito a dedugao do valor de y para x inteiro, pode-se mostrar que sob condigées bastante gerais ela vale para qualquer valor real. De um modo geral, se tivermos uma grandeza com valor inicial yy ¢ que cresca a uma taxa igual a k por unidade de tempo, entdo, apds um tempo x, medido na mesma unidade de ovalor dessa grandeza y sera dado por: CAPITULO 3 — FUNCOES 95 Y= Yo(l + ky Tal expresso € conhecida como funcio exponencial. Ela é vlida quando k > 0 (cresci- mento positivo) ou k <0 (crescimento negativo ou decrescimento). O modelo que deu origem & funcao exponencial & conhecido como modelo de crescimento exponencial. padrao grafico da fungi exponencial depende fundamentalmente da taxa de cresci- mento k ser positiva ou negativa. Consideremos, por exemplo, as fungdes: f,(x) = 10 - (2) (taxa de crescimento igual a 1 = 100%) e fx(x) = 10 - (0,5)* (taxa de crescimento igual a -0,5 = -50%).. Vamos atribuir a x os valores da tabela abaixo: x fie) fila) -3 1,25 80 -2 25 40 “1 5 20 0 10 10 1 20 5 2 40 2,5 3 80 1,25 Os gréficos dessas fungdes comparecem na Figura 3.60 (o da Figura 3.60(a) € 0 de f,(x) ¢oda Figura 3.60(b) € 0 de f,(x)). Figura 3.60(a): Grafico da funcdo fi(x) = 10.2. Figuret 3.60(b): Grafico da funcdo fx(x) = 10. (0,5). Verifica-se que, quando a base (1 + k) € maior que 1, 0 padrdo grifico da fungao exponencial segue o de f,(x), € que, quando a base (1 + &) esté entre 0 e 1, 0 padrao grafico da fungdo exponencial segue o de f,(x). 5%, Exemplo 3.31. Uma cidade tem hoje 20,000 habitantes, e esse mtimero cresce a uma taxa de 3% ao ano, Entio: a) O ntimero de habitantes daqui a 10 anos sera y = 20.000(1,03)!° = 26.878. b) Se daqui a 10 anos o ntimero de habitantes fosse igual a 30.000, a taxa de crescimento anual seria dada por 30.000 = 20.000(1 + &)!° (+! = 1,5; 1 elevando ambos os membros a expoente +1, teremos : (a +75 = [sy (+k)! = (1,5)! 1+k= 10414 k=0,0414 = 4.14%. Portanto a taxa de crescimento procurada seria de 4,14% ao ano. SSO 122. Calcule as poténcias (lembre-se de quea™= a o) 24 a3 9) sy m) 3) ‘ b) @3yt oa hy ) ive oo Hey i) () 123. Lembrando as propriedades dos poténcias: a) a" at=ane” c} (a+ bya" on b) Lae po calcule ou simplifique: o) tex d) Gy? Gy g) (16)? ih #-2-2 e) (2x Bx)? h) gay? 0 = A e's ) (a+ay 124, Lembrando que a? = “a?, calcule, se necessério usando uma calculadora a 1 3 a a) 8 dF e) 6 g) (1,25)? a 1 2 2 b) 25? d) 8 ) 105 h) 58 126. 126. 127. 128. 129. 130. 131 132, 133, 134 135. Calcule, sem 0 uso de calculadora: 4 L 1 a) 8 b) 36? c) 277 d) 4 Refaga os cdlculos usando uma calculadora. e) 8 O nimero de habitantes de uma cidade é hoje igual a 7.000 e cresce a uma taxa de 3% ao ano. a) Qual o numero de habilantes daqui a 8 anos? b) Qual o némero de habitantes daqui a 30 anos? O numero de habitantes de uma cidade é hoje igual a 8.000 e cresce exponencialmente a. uma taxa k ao ano. Se daqui a 20 anos 0 numero de habitantes for 16.000, qual a taxa de crescimento anual? A que toxa anual deve crescer exponencialmente uma populagéo para que dobre apés 25 anos? © PIB (Produto Interno Bruto) de um pais este ano é de 600 bilhdes de délares, e cresce exponencialmente a uma toxa de 5% ao ano. Qual o PIB daqui a 5 anos? PIB: Valor total de bens e servicos finais produzidos dentro de um pais. © ndmero de habitontes de uma cidade € hoje igual a 20.000 e cresce exponencial- mente a uma taxa de 2% 00 ano. 2} Qual o ndmero de habitantes y daqui a x anos? 6) Foca 0 gréfico de y em fungao de x. O ndmero de habitantes de uma cidade é hoje 20.000. Sabendo-se que essa popula- go crescerd exponencialmente 4 taxa de 2% a0 ano nos préximos 5 anos e 3% a0 ano nes 5 anos seguintes, quantos habitontes teré a populacao daqui a 10 anos? Uma empresa expande suas vendas em 20% co ano. Se este ano ela vendeu 1.000 unidades, quantas vender daqui a 5 anos? Um imével vale hoje $ 150.000,00 e a cada ano sofre uma desvalorizacdo de 3% ao ono. a) Qual sev valor daqui a 10 anos? b) Seja y 0 valor do imével daqui a x anos. Qual o gréfico de y em fungéo de x? Um automével novo vale $ 20.000,00. Sabendo-se que ele sofre uma desvalorizacao de 15% ao ano: a) Qual sev valor daqui a 5 anos? b) Seja y 0 valor do carro daqui a x anos. Faca 0 gréfico de y em fungéo de x. Um equipamento sofre depreciacéo exponencial de fal forma que seu valor daqui at anos sera V= 6.561 - 4). a) Qual seu valor hoje? ©) Qual seré a depreciacéo total até essa daia® b) Qual seu valor daquia 3 anos? d) Faca o gréfico de Vem fungio de t. 8 PARTE 2'—. FUNGOES DE UMA VARIAVEL a 136. Daqui a t anos 0 valor de uma maquina (em milhares de délares) seré V= 50 - (0,8) 2) Quol seu valor hoje? b) Foca 0 grético de V em funcdo de t 137. Uma méquina vale hoje $ 200.000, e esse valor decresce exponencialmente a ume toxa k por ano. Se daqui a 4 anos seu valor for $ 180.000,00, qual 0 valor de k? 138. Uma méquina vale hoje $ 4.000,00, e seu valor decresce exponencialmente com 0 tempo. Sabendo-se que daqui a 2 anos seu valor seré igual a $ 3.000,00, qual seu valor daqui a t anos? 139. Um carro 0 km deprecia 20% no 12 ano, 15% no 2° ano, e L0% ao ano do 3 ano em diante. a) Se uma pessoa comprou esse carro com 2 anos de uso pagando $ 17.000,00, qual seu prego quando era 0 km? b) Nos condigées do item anterior, qual o valor do carro daqui o x anos? (x = 2). 140. Esboce 0 grafico, dé o dominio € 0 conjunto imagem de cada fungGo abaixo: 9) fay =3 0,3)" +4 ky fo) 6) foy=3+ 1 12" Df o seo=($) A) FO) = ,29"-2 alaan a) foy=($) +2 i) fey =2-0" €) s0) =03)' §) fa) =4-0y 3.5.13 Logaritmos Consideremos a equagio exponencial (ine6gnita no expoente) 2* = 64. Para resolvé-k podemos notar que 64 ¢ igual a poténcia 2°, ¢ entio concluirmos que x = 6. Analogamente 3*= J pois notamos que 1 = 1 = 3-4, B consequent 81 3t poderiamos resolver a equaca i mente x = —4 A situagdo muda porém se tivermos uma equagiio exponencial em que os dois membros ndo so poténcias de mesma base, como a equagio 2* = 5. Podemos garantir apenas que 2 5 Para podermos resolver esse tipo de equacao, precisamos de langar mao de um outro instrumento matemitico chamado logaritmo, que passaremos a estudar. Os logaritmos foram introduzidos no século XVII pelo matemitico escocés John Napier (1550-1617) e pelo matematico inglés Henry Briggs (1561-1630) para a execugao de com- plexos célculos aritméticos. Chamamos de logaritmo do ntimero N na base a ao expoente y que devemos colocar en a para dar o mimero N (N e a devem ser positivos e a diferente de 1). Assim, indicamos } por log, NV. Portanto: log, N= y se e somente se a” = N. CAPITULO 3 FUNGOES 99 A base mais usada, na pritica, 6 a base 10, e os correspondentes logaritmos sfio chama- dos decimais, bem como a base ¢ (ntimero de Euler, que € uma importante constante matematica, cujo valor aproximado € 2,718), e os correspondentes logaritmos so chamados naturais ou neperianos. 3s logaritmos decimais podem ser indicados sem a base (logy N = log N) ¢ os naturais, podem ser indicados por In(N) (In(N) = log, N). Exemplo 3.32 a) log, 16 = 4, pois 2* ©) logs 6 = 1, pois 6! = 6; d) log; 1 = 0, pois 7° = 1. Logaritmos cujos resultados nao so imediatos podem ser calculados por desenvolvi- s ou por meio do uso de calculadoras (tecla Log ou Ln) ou computadores. A partir de algumas propriedades dos logaritmos, veremos como podem ser calculados muitos logaritmos conhecendo-se apenas alguns deles; além disso, veremos como calcular Jogaritmos em qualquer base desejada. Propriedades dos Logaritmos (PI) log, M- N= log, M + log, N. (P2) log, u = log, M - log, N. (P3) log, M” = a - log, M. (P4) log, M= on M (mudanga de base). Exemplo 3.33. Admitindo que log 2=0,30 e log 3 = 0,48, temos: a) log 16 = log 24 = 4 - log 2 = 4 - (0,30) = 1,20; b) log 36 = log 2? - 3? = log 27 + log Be log 2 + 2 log 3 = 2 - (0,30) + 2 - (0,48) = 1,56; 3) log + = log 1 = log 3 = 0 - 0,48 = -0,48; — 0.30 _ Tog3 ~ 048 72625 Exemplo 3.34. Admitindo log 2 = 0,30 e log 3 = 0.48, vamos resolver a equago exponencial We3. Como 2* = 3, entao log 2* = log 3, x- log 2 = log 3, —_ log3 _ 0,48 _ “Tog? ~ 0,30 ~ Chamamos de funcao logaritmica a toda fungao dada por f(x) = log, x, em que a base a éum nimero positivo e diferente de 1. Temos as seguintes caracteristicas dessa funcio: a) Dominio: conjunto dos ntimeros reais positivos (R%). b) Interceptos: a intersecgdo com 0 eixo x € 0 ponto (1, 0); no hd intese c) Para termos idéia do grafico, tomemos as fungdes f,(x) = log) xe f(x) mos a seguinte tabela de valores: j0 com 0 eixo y. log, xe monte- 2 x Aig) fe) V4 2 2 . V2 - 1 1 0 0 2 1 -1 4 2 -2 8 3 3 Os gréficos dessas fungdes estéio na Figura 3.61 (o da Figura 3.61 (a) € 0 de fi(x) ¢ 0 da Figura 3.61(b) é 0 de f,(x)). Quando a base € maior que | (a > 1), 0 padrao gréfico da funcao € 0 do tipo de f,(x), € quando a base esté entre Oe 1 (0 < a < 1), 0 padrio € 0 de f,(). Em ambos 0s casos, 0 conjunto imagem € 0 conjunto R dos ntimeros reais. Figura 3.61(a): Gréfico de fi(x) = log. x. Figura 3.61(b): Grafico da fungi fa(x) = login x yi Ue eee 141. Calcule os logaritmos abaixo sem o uso de calculadora: a) log, 8 d) log; 1 g) log, 23 A) logs b) log, 49 e) log; 3 h) logy k) log, (16 x 4) c) log; 81 f} logyy 10* i) log, 25 I) logs 5® 5 143. 144. 45. 146. 147. 148 149, 150. 151 152. — FUNCOES “101 Usando ume calculadora ou computador, obtenha os seguintes logaritmos: o) log 54 d) log 346g) In 15 j) InO8) m) logy 7 b) log7 e) In3l h) In243 K) m(0.92)——n) login 24 c) log 122 in? i) M17 ) m@S4) 0) log S Admitindo log? = 0,3 e log3 = 0,48, calcule os seguintes logaritmos: o} log 6 ¢) log 12 e) log 20 g) log 5 i) log 0,2 b) log 8 d) log 24 f) log 300 h) tog 50 J) tog 0,03 Admitindo log 2 = 0,3 e log 3 = 0,48, resolva os equacées exponenciais: o) 3°=2 o) 2=9 e) 6=20 b) 4°=3 d) O=8 f} 4°=03 Resolva as equacdes exponenciais abaixo usando uma calculadora ov computador: o) 2*=5- (3) ¢) 6-G)'= 10° e) 2-527 b) 500. (1,2 = 800 d) 8-225 Resolva as equacées exponenciais abaixo usando uma calculadora ou computador: o) ef =4 b) e =5,17 c) e* =0,12 d) 6-2 =8,94 © nomero de habitantes de uma cidade é hoje igual a 7.000 e cresce & taxa de 3% ao ano. Daqui a quanto tempo a populagéo dobraré? Dados: log 2 = 0,3010 e log (1,03) = 0,0128. © PIB de um pats cresce a uma toxa igual a 5% ao ano. Daqui a quantos anos oproximadamente o PIB triplicaré? Dades: log 3 = 0,4771 ¢ log 1,05 = 0,0212. Um imével vale hoje $ 150.000,00, e a cada ano ele sofre uma desvalorizagéo de 3%. Daqui a quanto tempo seu valor se reduziré metade? Dados: In 0,5 = - 0,6931 € In 0,97 = —0,0305. Um automével novo vale hoje $ 20,000,00 e sofre desvalorizagéo de 15% ao ano. Daqui a quanto tempo seu valor se reduziré & metade? Dados: In 0,5 = —0,6931 e In 0,85 = —0,1625. Daqui of anos valor de uma maquina serd V = 50 - (0,8) milhares de reais. Daqui a quanto tempo seu valor se reduziré & metade? Dado log 2 = 0,3010. Estudos demograficos feitos em certo pais estimaram que sua populagéo daqui a t anos serd P = 40 -(1,05)' milhées de habitantes. Daqui a quanto tempo a populacéo dobraré? Dados log 2 = 0,3 e log 1,05 = 0,02. 102 153. 154. 155. 157. 158. PARTE 2. — FUNGOES DE UMA VARIAVEL Esboce 0 grafico, d8 o dominio 0 conjunto imagem de cada fungéo: a) f(x) = logs x b) f(x) = log, x ¢) f(x) = logos x d) f(x) = log) 2x 5 Estude o sinal das fungées do exercicio anterior. Dé 0 dominio das seguintes funcdes a) y= log (x—3) oc) yslog (2 -4x +3) e) y= log (4x— x2) b) y=log 2-9) d) y= log (—4) Curva de aprendizagem. A curva de aprendizagem & 0 grdfico de uma funcdo frequentemente ufilizada para relacionor a eficiéncia de trabalho de uma pessoa em funco de sua experiéncia. A expressdio matematica dessa funcdo é f(t) = A —B- e# em que f representa o tempo e f(t) a eficiéncia. Os valores A, B e k sGo constantes positivas e dependem intrinsecamente do problema em questo. O grdfico da cure de aprendizagem tem o aspecto da Figura 3.62. Figura 3.62: Curva de aprendizagem. Nota-se que quando t aumenta muito, e* tende a zero e, portanto, f(t) tende a A. Assim, a reta horizontal que passa pelo ponto de ordenada A é uma assintota do grafico e praticamente reflete 0 fato de que, « partir de determinado tempo, a eficién- cia praticamente nGo se_altera (ou se aliera muito pouco). © ponto de interseccéo com 0 eixo y tem ordenada A — B, pois f(0)=A-B-e°=A-B. Suponha que apés t meses de experiéncio um operdrio consiga montar p pecas por hora. Suponha ainda que p = 40 — 20 - #1, ©) Quantas pecas ele montava por hora quando nao tinha experiéncia? b) Quanias pecas montoré por hora apés 2.5 meses de experiéncia? Dado: e*! = 0,37. <) Quantas pecos, no méximo, conseguiré montar por hora? d) Esboce 0 gréfico de p em funcéo de t. Um digitador apés 1 dias de experiéncia consegue digitar p palavras por minuto. Suponha que p = 60 - 55e~%"", 4) Quanias palavras ele digitava por minuto quando néo tinha experiéncia? b) Quanias palavras digitaré por minuto apés 20 dias de experiéncia? Dado: e* = 0,14. <) Quantas palavras conseguird digitar por minuto no méximo? d) Esboce 0 gréfico de p em funcgao de 1. Considere curva de aprendizagem fi) = 10-B- e“* Sabendo que f(1) = 5 ¢ (2)=6, obtenha Be k. Dado In 1,25 = 0,22. 3.5.14 Juros Compostos CAPITULO 3.— FUNGOES 103 Consideremos um capital de $ 1.000,00, aplicado a juros compostos a taxa de 10% ao ano. Isso significa que: * no 1° ano o juro auferido € 1.000 - (0,10) = 100 e o montante apés 1 ano sera M, = 1.000 + 100 = 1.100; * no 2 ano o juro auferido é 1.100 - (0,10) = 110 ¢ o montante apés 2 anos sera Mz = 1.100 + 110 = 1.210; * no 32 ano o juro auferido € 1.210 - (0,10) = 121 eo montante apés 3 anos sera .210 + 121 = 1.331, e assim por diante. Portanto, no regime de juros compostos, o juro auferido em cada periodo se agrega a0 montante do inicio do periodo, e essa soma passa a gerar juros no periodo seguinte. Consideremos um capital C, aplicado & taxa de juros i por perfodo, e obtenhamos a formula do montante apés n perfodos. Temos M=C+Ci=CU +i, M,=M,+M,-i=M(1+)=CO4+N1+)=C 402, M3 = M2 + Myi=MY1 +i) = CU +I += CU +i). Procedendo de modo andlogo, obteremos 0 montante apés n periodos que é dado por: M, = CU + i)", ou simplesmente M = C(1 + i)". Se quisermos um capital que aplicado & taxa i, durante n perfodos, resulte num montante M, devemos isolar C da equacao anterior. O valor assim obtido, C, é chamado de valor presente de M, isto é: =—M_ a+a Embora a férmula tenha sido deduzida para n inteiro e Positivo, ela é estendida para todo n real positivo. Assim, M € uma fungdo exponencial de n e crescente, pois sendo a taxa tejuros i > 0, 1 + isera maior que 1. Portanto, o griifico de M em fungao de n terd o aspecto daguele da Figura 3.63. Figura 3.63: Grafico do montante em fungéo do tempo. M 10 INQOES DE UMA VARIAVEL Exemplo 3.35. Um capital de $ 3.000 € aplicado a juros compostos durante 5 meses a taxa de 2% ao més. Assim temos: C= 3.000, i=2%, n=5, M = 3.000(1,02)°, M = 3.000 - (1,104081) = Assim, 0 montante da aplicagao serd $ 3.312,24. 12,24. Exemplo 3.36, Um capital de $ 1.000,00 foi aplicado a juros compostos, durante 4 meses produzindo um montante de $ 1.061,36. A taxa mensal de juros é dada por 1.061,36 = 1.000 (1 + i), (1+ )* = 1,06136, elevando ambos os membros a expoente j teremos: 1 L [+ )*]* = [1,06136}%, (1 +i)! = (1,06136)925, 1+ i= 1,015 > i =0,015 = 15%. Portanto a taxa mensal de juros da aplicagio foi de 1,5% ao més. ——— 159. Um capital de $ 2.000,00 é aplicado a juros compostos durante 4 meses & taxa de 1,8% a0 més. Qual o montante? 160. Um capita! de $ 10.000,00 é aplicado a juros compostos durante 1 ano e meio & taxa de 2% ao més. Qual o montante? 161. Uma pessoa aplica hoje $ 1.000,00 e aplicaré $ 2.000,00 daqui a 3 meses a juros compostos & taxa de 2,5% co més. Qual seu montante daqui a 6 meses? 162. Qual 0 capital que aplicado a juros compostos, durante 1 ano, @ taxa de 7% ao trimestre, produz um montante de $ 5.000,002 163. Um capital de $ 2.000,00 é aplicado durante 5 meses a juros compostos produzindo um montante de $ 2.400,00. Qual a taxa mensal? 164. Durante quanto tempo um capital deve ser aplicado a juros compostos 4 taxa de 1,9% ao més para que duplique? 165. Um capital de $ 1.000,00 é aplicado a juros compostos taxa de 300% ao ano. Um outro capital de $ 2.000,00 € aplicado também a juros compostos 6 taxa de 100% ao ano. Daqui a quantos anos « diferenga entre os montantes serd igual a $ 3.000,00? Dados: tog 2 = 0,30 e log 3 = 0,48. 166. Quanto devo aplicar hoje a juros compostos e taxa de 2% ao més pare pagar um compromisso de $ 6.000,00 daqui a 6 meses?(Em outras palavras, qual o valor pre- sente do compromisso?) 167. Quanto devo aplicar hoje a juros compostos e a taxa de 2% ao més para cumprir um compromisso de $ 4.000,00 daqui a 2 meses, e outro de $ 5.000,00 daqui a 3 meses? 168. A que taxa devo aplicar $ 1.000,00 num fundo que rende juros compostos, para poder sacar $ 100,00 daqui a 1 més e $ 1.100,00 daqui a 2 meses, esgotando meu saldo? 169. Aque taxa devo aplicar $ 1.000,00 num fundo que rende juros compostos, para poder sacar $ 400,00 daqui a 1 més e $ 734,40 daqui a 2 meses, esgotando meu saldo? 170. A que taxa devo aplicar $ 500,00 num fundo que rende juros compostos, para poder sacar $ 200,00 daqui o 1 més e $ 341,25 daqui a 2 meses, esgotando meu soldo? 171. Um individuo que pretende se aposentar dentro de 30 anos resolve fazer 360 depésitos mensais, de A reais cada, em uma aplicagéo que rende juros compostos a taxa de 0,5% 20 més. Seu objetivo consfituir uma poupango da qual possa sacar $ 2.000,00 por més, durante 240 meses, sendo a primeira relirada um més apés o Ultimo depésito. 2) Qual a poupanca que ele deverd constituir logo apés 0 Ultimo depésito? b) Qual 0 valor de A? 4.5.15 Funcdes Trigonométricas Vamos abordar neste capitulo as principais fungées trigonométricas que sido: fungio seno, cosseno e tangente. + Fungiio seno, f(x) = sen x. a) Dominio: conjunto R dos reais. b) Interceptos: se x = 0, f(0) = sen 0 = 0 e, portanto, a intersecgfio com 0 eixo y € 0 ponto (0, 0). A intersecgao com 0 eixo x é feita fazendo f(x) = sen x =0e, portanto, x=k- (kinteiro). c) O grafico da fungao f(x) = sen x é aquele da Figura 3.64. 4) Como 0 maior valor do seno € 1 e 0 menor € -1 e tendo em conta 0 grafico dessa fungdo, concluimos que o conjunto imagem € 0 intervalo [-1; 1]. Figura 3.64: Grafico da fungdo f(x) = sen x. 106 PARTE 2 — FUNCORS DE UMA VARIAVEL 4a + Fungo cosseno, f(x) = cos x. a) Dom{nio: conjunto R dos reais. b) Interceptos: sex = 0, /(0) = cos 0 = | e, portanto, a intersecgdo com o eixo y é6| ponto (0, 1). A intersecgiio com o eixo x é feita fazendo f(x) = cos.x = Oe, portanto| x= 12+ k- (kinteiro). c) O grafico da fungdo f(x) = cos x é aquele da Figura 3.65. 4) Como o maior valor do cosseno € 1 ¢ o menor é -1 e tendo em conta o gréfico dessa fungo, conclufmos que 0 conjunto imagem é 0 intervalo [-1; 1]. Figura 3.65: Grafico da fungdo f(x) = cos x. cos a) Dominio: conjunto R dos reais excluindo os valores para os quais cos x = 0, o seja, os valores da forma 1/2 + kit (k inteiro). b) Interceptos: se x = 0, f(0) = tg 0 = 0 e, portanto, a intersecgé ponto (0, 0). A interseccao com 0 eixo x é feita fazendo f(x) x= k+ mk inteiro). c) O grafico da fungao f(x) = tg x € aquele da Figura 3.66 . d) O conjunto imagem é 0 conjunto R dos reais, pois para todo y real existe x tal que tgx=y. com 0 eixo yéo ig x= Oe, portanto, Figura 3.66: Grafico da fungdo f(x) = tg x. CAPITULO 3 — FUNCOES Sa 172. Esboce os gréficos das funcdes a) y= |senx| b) y= |cos x| d y=ltexl para ~ 5 et DOVE x el I= 3 etc. Tal fungiio é dada por: a. D. (2. 5). (3 5) (4 +) +} Habitualmente costuma-se representar uma sucessio escrevendo-se ordenadamente suas imagens. Assim, a sucesso dada nesse exemplo pode ser representada por: (aa) | Exemplo 4.2. Consideremos a suc: Ela pode ser representada por: (4 2 23° Exemplo 4.3. A sucesso (1, 2, 3, 4 ) € definida por fin) = n em que n € N*. Exemplo 4.4. A sucesso (-1, -3, -5, -7, ...) € definida por f(n) = -Q2n — 1). Exemplo 4.5. A sucessao (-1, 2, -3, 4, -5, ...) € definida por f(n) = (-1)"- n. 4.2 Convergéncia de Sucessdes Dizemos que uma sucesso converge para um mimero fixo se, a medida que n aumenta, ovalor de f(n) se aproxima desse valor fixo. Formalmente, podemos dizer que uma suces- sio (f(1), f(2), f(3), ...) converge para um mimero fixo a se para todo intervalo J centrado emaexistir um numero natural k tal que as imagens /(k + 1), f(k + 2), flk + 3), ... perten- cem todas a J. ‘Tomemos novamente a seqiiéncia do Exemplo 4.1: Go ) asa E facil perceber que a medida que n cresce, a sucessio se aproxima de 0. De fato, se tomarmos 0 intervalo J; = ]-0,5; 0,5{ veremos que f(3), f(4), f(5), -.. so todos elementos que caem em 1. Se tomarmos outro intervalo centrado em 0, por exemplo, J = ]-0,1; 0,1[ veremos que fu =0,0909, fiz = 0,0833, f;3 = 0,0769'etc. sao todos elementos que caem em J, Qualquer intervalo centrado em 0, por menor amplitude que tenha, permite encontrar um termo a partir do qual os elementos da sucesso caem dentro do intervalo. Se observarmos a sucessao do Exemplo 4.3, veremos que & medida que n aumenta, os valores de f(n) ndo convergem para nenhum valor fixo, Diremos que tal sucesso diverge Entre as sucessdes divergentes, existem aquelas em que & medida que n aumenta, os valores de f(v) conseguem superar qualquer valor fixado; dizemos que essas sucessoes divergem para mais infinito; esse & 0 caso do Exemplo 4.3. Pode ocorrer que & medida que n aumenta, os valores de f(n) conseguem ficar abaixo de qualquer valor fix, por menor que ele seja; dizemos que essas sucessdes divergem para menos infinito; esse € o caso do Exemplo 4.4. Existem ainda as sucessdes divergentes que nao divergem nem para mais nem para menos infinito: € 0 caso do Exemplo 4.5. no PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Observagies 1) Quando uma sucesso convergir para certo valor a, mas sempre por valores menores do, que a, dizemos que a sucessiio converge para a pela esquerda. Assim, por exemplo, 2 ae n sucesso ( ao — 2° 3 n+l Analogamente, temos sucessdes que convergem para a pela direita e ainda aquelas que convergem para a oscilando, isto é, tanto pela esquerda como pela direita. ; ) converge para | pela esquerda. 2) Dado um ntimero a qualquer, é geralmente possivel construir sucessdes que convirjam paraes 14 +3 To) se valor. Assim, por exemplo, dado o mimero 3, a sucesso (3. :3,01;3,001;. 23-1...) 2,99, 29995 033 Tori} converge para 3 pela direta, ao passo que a sucessio (2, converge para 3 pela esquerda. Soc 1. Nas sucess6es obaixo, escrevo a fungi definidora de cada uma: a) (1,4, 9, 16, 25, ...) = 316 . : b) 1, 2,-3.4,-5,6..) ad(Lad f-) co) (1,2, 4, 8, 16, 32, ...) f} (0,1; 0,01; 0,00 2. Das sucess6es abaixo, quais sdo convergentes (e para quais nmeros convergem) & (e para gi quais séo divergentes? 2 1 ) nw (1 9) fin)= = f= = k) fl) = 4) 6) fy = Bt 9) foy=(1+ iy 32+] bora n par : 7 ) foy=} " 6) fn)= b) Ay= At Saat we 7m d) fin) = i) finy=Nnvi-Vn ied / m) fin) = : - a L as ©) f= i) f=) (224) Its {Lembre-se de que o numerador e 0 denominador séo somas de n termos de progressdo geométrica no item m.) n+l 2n Dados as sucess6es: fin) = Le a(n)= 3. Para que valores convergem? 4, Qual a fungdo definidora de h(n) = fn) + g(n)? hin) € convergente? zy 5. Idem ao exercicio anterior para a sucesso hy(n) = fin) - g(n). CAPITULO.4—LIMITES 11] 6. Idem ao exercicio anterior para a sucesséo hy(n) = f(n) — g(n). 7. Idem ao exercicio anterior para a sucesséo hx(n) = Q. Bt 43 Limite de Funcdes O conceito de limite de fungées tem grande utilidade na determinagao do comporta- mento de fungdes nas vizinhangas de um ponto fora do dominio, no comportamento de fungdes quando x aumenta muito (tende para infinito) ou diminui muito (tende para menos infinito). Além disso, 0 conceito de limite é utilizado em derivadas, assunto do préximo capitulo, Intuitivamente, dada uma fungao f(x) e um ponto b do dominio, dizemos que o limite da fungdo é L quando x tende a b pela direita (x b*) se, A medida que x se aproxima de b pela direita (isto é, por valores superiores a b), os valores de f(x) se aproximam de L. Simbolica- mente, escrevemos: lim, f(x) = L. Analogamente, dizemos que o limite da fung’o é M quando x tende a b pela esquerda (e+) se, & medida que x se aproxima de b pela esquerda (isto €, por valores inferiores a b), os valores de f(x) se aproximam de M. Simbolicamente escrevemos: lim_ fl) = M. A Figura 4.1 ilustra essa idéia intuitiva. A definigao formal, que caracteriza 0 conceito de aproximagilo, pode ser vista no apéndice. Figura 4.1: Limites & esquerda e 4 direita do ponto b. Caso L = M, ou seja, os limites laterais sdo iguais, dizemos que existe o limite de f(x) quando x tende a be escrevemos, lim f(x) = L = M. A Figura 4.2 ilustra essa situagdo: We ‘UNGOES DE UMA VARIAVEL Figura 4.2: Existéncia do limite f(x), quando x tende a b. L=Mt- Quando os limites laterais Le M sio distintos, dizemos que nao existe o limite & f(x) quando x tende a b (embora existam os limites laterais). A Figura 4.1 ilustra ess situagao. Exemplo 4.6. Consideremos a fungao dada por _[xt2sex<3 feed = [eS e calculemos os limites laterais quando x tende a 3 pela direita e pela esquerda: pela esquerda Consideremos uma sucessio que convirja para 3 pela esquerda, por exemplo (2,9; 2.9 2,999, ...). Nesse caso, como x é menor que 3, a expressao de f(x) & f(x) = x + 2. Assim, temos4 seguinte correspondéncia: x fx) 29 49 2,99 499 2,999 4,999 Assim, percebe-se intuitivamente que quando x tende a 3 pela esquerda, f(x) tende a5} ¢ escrevemos lim_ f(x) =5. rr + Limite pela direita Consideremos uma sucessiio que convirja para 3 pela direita, por exemplo (3,1; 3,0 3,001; ...) Nesse caso, como x € maior que 3, a expressdo de f(x) 6 f(x) = 2x. Assim, temos a seguinte correspondéncia: z CaPituLo 4 —Limires 11: x i) 31 62 3,01 6,02 3,001 6,002 Assim, percebe-se intuitivamente que quando x tende a 3 pela direita, f(x) tende a 6, ‘screvemos: lim f(x) = 6 Nesse caso, como os limites laterais existem, mas sao diferentes, dizemos que nio exis- teo limite global de f(x) quando x tende a 3. A Figura 4.3 representa o grafico dessa func: eevidencia os limites laterais. Figura 4.3: Limites para o Exemplo 4.6. Exemplo 4.7. Consideremos a fungaio x+2sex%3 f(x) = { T.sex=3 ecalculemos os limites laterais quando x tende a 3. Considerando as mesmas sucessdes usadas no exercicio anterior para caracterizar que x tnde a 3 pela esquerda e pela direita, percebemos que: fe) slim, fe) = 5 14 “PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL q Portanto, neste caso, como os limites laterais s4o iguais, podemos escrever: lim f(x) = 5. E importante observarmos, neste exemplo, que no cAlculo do limite de f(x), quando x tende a 3, nao importa o valor da imagem para x = 3, mas importa 0 que ocorre com s imagens quando x est pr6ximo de 3, mas mantendo-se diferente de 3. A Figura 4.4 repr- senta 0 grafico de f(x). Figura 4.4: Grafico da fungio do Exemplo 4.7. Exemplo 4.8. Consideremos a fungao f(x) = x? e calculemos seus limites laterais quandox tende a3 Usando as mesmas sucessdes que convergem para 3 do Exemplo 4.6, teremos: + Limite pela esquerda x fix) 2,9 841 2,99 8,9401 2,999 8,9940 E intuitivo perceber que lim fee) = 9. + Limite pela direita _ 2 fix) 31 9,61 3,01 9,0601 3,001 9,0060 E: CAPITULO 4 — LIMITES 115 E intuitivo perceber que lim f(x) = 9. io iguais, podemos escrever: lim f(x) =9. my O grafico de f(x) 6 0 da Figura 4.5. Como os limites laterais Figura 4.5: Limites laterais em x = 3 iguais. Se 8, Pora cada fungéo abaixo fix) e para cada a, calcule (quando exist}: lim, f@), lim f(9, e lim f(x). aoe _[2xsex<2 6) fl)=,a=2 a) fo = [28S b) f(x) = 2x4 la=3 h) fa) =V3x44,a=7 6) fy = 2 #3 a=0 ) foye 2 a=2 k) fx) =log (1+), a=0 44 Formas Indeterminadas x-2 wa4 tender a 2 pela esquerda ou pela direita, notamos que o numerador tende a 0, bem como 0 Consideremos a funcao f(x) = € vejamos qual o limite quando x tende a 2; se x denominador. Terfamos entdio uma fragdo impossivel de ser calculada (2) e que € chamada ée forma indeterminada Ne. oc PaRTE 2 FUNGOES DB UMA VARIAVEL Todavia, observamos que a expresso de f(x) pode ser simplificada ao fatorarmos4 denominador, ou seja: = —8=2)_ _ 1 eo Assim sendo, as fungdes f(x) = 75 3. eh(x)= = 5 tm um comportamento idént (exceto para x = 2, em que a I* no é definida). Ora, no célculo do limite de f(x), quando x tende a 2, nao interessa 0 que acontee quando x = 2 ( pois quando x tende a 2 ele € diferente de 2). Assim, no célculo do limite fj e h(x) tém o mesmo comportamento. Portanto: li 253 = him, Mog Convém, antes de darmos novos exemplos, lembrarmos algumas formulas de fatoragie * (@ —b*) = (a+ b\a-b); +a? + 2ab +b? = (a+b); + @~2ab +b? = (aby; * ax? + bx + c= alx— 4) — x2) em que x, € x2 do raizes da equagio ax? + bx + ¢=0; + (@ +b) = (a+ b)(a?- ab + b?); + (@—b) = (a b)(a? + ab +B). Exemplo 4.9 2 a) = tim, &= 3 = tim (x5) =05 = tim &=DE=5) = jim Oe » a Gee ° im 2+) < tim (4 8)=8. my He 9. Obtenha os limites: e-9 o) tim “;-3 Him aoe 1) lim, Bs iced “ 9) tim = aye at = ”) jim = ae 1) tim =! xo ea 3x42 ~45 Limites Infinitos 3 definida para todos os reais diferentes de 3. Veja- mos 0 que acontece com f(x) nas vizinhangas de 3. Calculemos 0 limite de f(x) quando x tende a 3 pela direita: deuma sucesso que convirja para 3 pela direita, por exemplo: Consideremos a fungio tx) = —§ amos atribuir a x os valores (3,1; 3,01; 3,001; 3,0001; . As correspondentes imagens sio: £31) = £G,01) = > = 500, 0,01 =. £3,001) = 0.001 = 5.000, 5 0001) = = 50.000. £G, ) 0.0001 0.000. Observamos que as imagens vao ficando cada vez maiores, superando qualquer valor fixado. Dizemos, neste caso, que o limite de f(x), quando x tende a 3 pela direita, é infinito, eescrevemos: Jim, f= fim, Analogamente, para calcularmos o limite de f(x) pela esquerda, vamos atribuir a x, por exemplo, os valores: (2,9; 2,99; 2,999; 2,9999; As correspondentes imagens so: => =-! $2.9) = yz =-50. - Se . £12,99) = oz = 500, 5 £12,999) = aa = 5.000, S(2,9999) = 2 = -50.000. —0,0001 Me FUNCOBS DE UMA VARIAVEL Observamos que as imagens vio ficando cada vez menores, ficando abaixo de qualquer valor fixado. Dizemos que o limite de f(x) é menos infinito, quando x tende a 3 pela esque da, e escrevemos: lim, fo jim, 5 = De um modo geral, o limite de uma fungao ¢ infinito quando os valores de f(x) vao ficando cada vez maiores, superando qualquer valor fixado; da mesma forma, dizemos que 6 limite de uma fungo € menos infinito quando os valores de f(x) vao ficando cada vez menores, de modo a se situarem abaixo de qualquer valor fixado. MSU“ 10. Para cada fungao f(x) absixo, calcule lim, fix) e Jim f(x), quando existirem: 4 0) fay= 45, a=6 ) fade o) fey= Tgp a=5 4) foy=**,a=0 e) fay=staa=2 m) f= wpe! n) fax= a7, Sx(x— 12 ax g) fx)= 0) f= ay h) fos)= p) f= ayiaea=3 4.6 Limites nos Extremos do Domi Quando fizemos o estudo das fungdes no Capitulo 3, vimos a importancia de conhecer- mos 0 comportamento de uma fungao quando x era muito grande (tendendo para infinito) ou muito pequeno (tendendo para menos infinito). Na verdade, 0 que querfamos era deter minar os valores dos limites, chamados limites nos extremos: Jim, f(s) ow Jim, fia). ‘A maneira de obtermos esses limites consiste em escolhermos uma sucesso que divitja para mais infinito, ou simplesmente para infinito (ce), ou menos infinito (--), e determina mos 0 comportamento da nova sucesso gerada por f(x). Exemplo 4.10. Consideremos a fungdo f(x) = + € tomemos uma seqiiéncia que divirja para infinito, por exemplo (10, 100, 1.000, 10.000, ..., 10°, ...). As correspondentes imagens so: f(10) = O.1, ‘f(100) = Fig 7001s FC1.000) = Toop = 9001, £0.00) = +5 Fes = 0.0001, . Intuitivamente, percebemos que as correspondentes imagens convergem para 0. Dize- mos que o limite de f(x) quando x tende para infinito € 0 e escrevemos: Jim foo = Jim Analogamente, para determinarmos o limite de f(x) quando x tende para menos infinito, fomemos uma seqiiéncia que divirja para menos infinito, por exemplo (10, 100, —1.000, 10,000, ..., -(10)", ...). As correspondentes imagens sao: f-10) = + f(-100) = th =-0,01, f-1.000) = Topp 772001, f(-10.000) = 0,0001, ... 1 —10.000 ~ Percebemos intuitivamente que as imagens também convergem para 0. Dizemos entdo que o limite de f(x) € 0 quando x tende a menos infinito, e escrevemos: lim_ fo) = Jim = 0. O grafico de f(x) é dado na Figura 4.6, em que ficam evidentes os limites cal- culados. Exemplo 4.11. Consideremos a fungao f(x) = x°. Se considerarmos as mesmas sucessées divergentes para mais e menos infinito dadas no exemplo anterior, poderemos concluir que lim f)= Jim x30 © Jim f(x) = lim, x3 = -20 Conforme vimos no Capitulo 3, 0 grafico de f(x) é dado pela Figura 4.7, em que evidenciam os limites calculados. Figura 4.7: Grafico da fungdo f(x) =x". y Observagies * Os limites nos extremos (x tendendo a mais ou menos infinito) podem ser um ndmero real, ou ainda podem dar mais ou menos infinito, conforme os exemplos anteriores mostraram. + Hi fungdes cujos limites nos extremos nao existem, como a fungo f(x) = sen x, pois f(:) oscila entre —1 e 1 & medida que x tende para mais ou menos infinito. + O limite nos extremos de uma funcio polinomial ¢ igual ao limite de seu termo de maior expoente, pois, colocando-se esse termo em evidéncia, todos os outros termos tendem a0, Isso pode ser constatado no seguinte exemplo: 2 : 2 5 a 7 lim (2x5 + 4x? - Sx +9) = lim 233{1+ =- >> + 5)= lim 2 = 00, sn Y= jim 28 (1+ 2 - she + a pois todos os termos (exceto o 1°) entre parénteses tem limite igual a 0 quando x tendea infinito, * Como conseqiiéncia da observacio anterior, quando tivermos o limite nos extremos de um quociente de dois polinémios, ele seré igual ao limite do quociente dos termos do maior expoente do numerador e denominador. Assim, por exemplo: 484 5x2-7x4+9 2x? — 8x17 CAPITULO 4 = LimiTes 12) 11. Calcule os seguintes limites: 1 9) im i) Jim Qx4~ 3x3 +x 46) a i 3 im 25822 6) lim. 2 J) Jim Qt - 3x3 +46) 0 dim Tes @) fim xt K) lim Qa 3x2 + 6) 3) Jim, aye 4 fi xo1 9) lim x W tim | (2x5 — 3x? + 6) ‘) kim, ead am OX = 38241 m) tim “S25 2-1 : Sxt¥-32 41 4x41 f} 3x5 —_—— ee, a a Ua ”) slim, S24 2x1 ant ese 3 9) tim e W384 2245 1-22 oe xel 3-4e ee oy jim, 22 4) tim 1228 47 Continuidade de uma Funcdo Intuitivamente, a idéia de fungao continua decorre da anélise de seu grafico, Quando 1pifico de uma fungao nao apresenta interrupgdes, dizemos que ela é continua. Se houver algum ponto em que ocorre a interrupeao, dizemos que esse é um ponto de descontinuidade. Afim de tornarmos mais formal esse conceito, observemos as fungées que comparecem Figura 4.8 2 4.8: Algumas funces recis. y | x+ 1 parax <0 DAs oS ax +2 parax>0 ¢) A@) ry 69) fk) = e) faesy= + Temos as seguintes consideragdes a fazer: * Para a funcio f(x), cujo grafico é uma parabola, para qualquer valor real de b temos: lim, fi) = Jim fi) = fi), ou seja, o limite existe para x tendendo a b, e, além disso, ele € igual ao valor da fungio emb. * Para a funcdo f(x), se calcularmos o limite para x tendendo a zero, veremos que: lim foe) = im (8) =, ou seja, 0 limite existe para x tendendo a 0, mas ele nao € igual ao valor da fungo par 0 , pois 0 esté fora do dominio. * Para a funco fx(x), se calcularmos o limite para x tendendo a zero, veremos que: lim fi) =1 e lim fe) =2, ou seja, no existe o limite da funco para + Para a fungao f(x), se calcularmos o limite para x igual a 2, teremos: lim f(x) = lim, fie) = 4, ou seja, 0 limite existe para x tendendo a 2, mas a fungo nfo esté definida para x= 2. + Para a funcdo f(x), se calcularmos o limite para x tendendo a zero, teremos: lim, fa) =0 e im fx) =-0, ou seja, nao existe o limite da fungdo para x tendendo a zero. Pela andlise dos graficos, vemos que, com excegao de f(x), todas as outras fungées apresentam interrupgdes em algum ponto, No caso da fungao f(x), 0 que caracteriza a auséncia de interrupgGes € 0 fato de o limite existir em qualquer ponto b do dominio e, além disso, desse limite ser igual 4 imagem de b. Isso sugere a seguinte definigao: Uma fungao f(x) € continua num ponto b do dominio, se: lim fla) = Jim fle) = f(b). “CAPITULO 4 LIMITES 123 Em resume, temos: * fi) € continua em todos os pontos do dominio, * (2) € descontinua para * fi@) € descontinua para x = 0, + fz) 6 descontinua para x = 2, + fs(2) 6 descontinua para x = 0. 4.8 Assintotas Verticais e Horizontais Consideremos os gréficos das fungdes dadas na Figura 4.9: Figura 4.9: Assintotas. wah fo) (b) ( (ad) No casos (a) e (b), dizemos que a reta de equagdio x = x5 é uma assintota vertical daque- las fungGes, Nos casos (c) e (d), dizemos que a reta horizontal de equag’o y = yo é uma assintota horizontal das correspondentes fungées. Formalmente, podemos dizer que, se existir um ntimero xp tal que um dos limites late- tais de xq seja infinito, ou menos infinito, entdo a reta x = x9 é uma assintota vertical da fungio considerada. Geralmente x9 é um ponto de descontinuidade da fungao. Se existirem os limites: dim fa)=e, elim f) =e, ealio as retas y = cy € y = Cy S40 chamadas de assintotas horizontais da fungio considerada. Sx+3 Exemplo 4.12. Consideremos a fungao f(x) = 2 Como 0 ponto de descontinuidade corre para x = 2, temos * lim f(x) = 0° ¢ lim f(x) =~», entio a reta x = 2 6 uma assintota vertical de f(x); + lim f(x) =5 © Jim. f(x) = 5, entio a reta y= 5 € uma assintota horizontal de f(x). 4.9 Limite Exponeni Consideremos a fungo f(x) = (1 . 4) que comparece em curvas de crescimento en x geral. A medida que x cresce, tendendo a infinito, a fragao + tende a zero, porém tal fragio somada a | eo resultado elevado ax nao tem um valor de convergéncia evidente. O matemitico suigo Leonardo Euler (1707-1783) parece que foi o primeiro a perceber a importancia dessa fungao. Além disso, ele demonstrou que o limite daquela fungao paras tendendo a infinito era um mimero irracional compreendido entre 2 e 3, simbolizado pore (ntimero de Euler). Usando uma calculadora € possivel ter uma idéia da convergéncia di fungzo fix) =(1+ + a Tubela 4.1 fornece alguns valores de f(x): Tabela 4.1: Limite exponencial fundamental 1 2 2,250000 $ 2488320 10 2,593742 20 2,653298 50 2,691588 100 2,704814 200 2711517 500 2.715569 1.000 2.716924 5.000 2,718010 50.000 2.718255 100.000 2,718268 1,000,000 2,718280 Pode-se provar ainda que o limite da fungdo f(x) = (1+ +y também dé 0 néimeroe quando x tende a menos infinito. i Uma forma equivalente de escrever o ntimero e € por meio do limite: lim (1 + x)" Itoé lim (1 +0! x0 Exemplo 4.13. Juros capitalizados continuamente Consideremos um capital de $ 1.000,00 aplicado a juros compostos a taxa de 12% a ano pelo prazo de 2 anos. * Se os juros forem capitalizados anualmente, o montante seré M = 1,000(1 + 0,12)? = 1.254,40. * Se os juros forem capitalizados semestralmente a uma taxa semestral proporcional a 12% 20 ano, a taxa semestral serd de ae = 6% ao semestre, e 0 montante ser: M = 1.000(1 + 0,06)* = 1.262,48. + Se 0s juros forem capitalizados mensalmente a uma taxa mensal proporcional a 12% ao 12% 12 ano, a taxa mensal seré de = 1% ao més, e o montante serd: M = 1,000(1 + 0,01) = 1.269,73. * Seos juros forem capitalizados diariamente a uma taxa diéria proporcional a 12% ao ano, ataxa didra (considerando um ano de 360 dias) seré de 42%. ao dia, ¢ 0 montante ser 0,12 M= 1.000(1 GAZ © 1.271,21 + 30) : Poderiamos pensar em capitalizago por hora, por minuto, por segundo, e assim por diante. Cada vez que diminui 0 prazo de capitalizagao, 0 néimero de capitalizagées (k) em um ano aumenta de modo que a taxa proporcional a 12% ao ano nesse perfodo de capitali- zagio é igual a ue 0 prazo de aplicagdo de 2 anos expresso de acordo com o prazo de capitalizagio vale 2k. Consegiientemente, o montante é dado por: . 0.12 yk M = 1.000(I + Out2 ) : Dizemos que o capital é capitalizado continuamente, quando o montante M é dado por: 2 M= lim 1.000(1 + O12) a k Para calcularmos tal limite, podemos chamar op. de + ¢ conseqiientemente x sera igual a 7. Quando k tende a infinito, x também tende, de modo que o limite acima pode ser expresso por: 2 - (0,12) - x72 (0,12) M= lim 1.000(1 + 4) = 1.000] fim, (1+ 4)] = 1.000 - 22) = = 1.271,25, pois a expressio entre colchetes 6 0 limite exponencial fundamental. Deum modo geral, se um capital C € capitalizado continuamente a uma taxa proporcio- nal a uma taxa i anual, pelo prazo de n anos, o montante € dado por: M=C-e" 126 PARTE 2 — FUNGOES DE-UMA VARIAVEL a Sa 2x-1,sex<3 é continua no ponto x = 3? ee AN ce 30 uae 12. A funcéo foo ={ 13. A funcéo flx)= {x +3,sex%2 6 continua para x= 22 10, sex=2 Ex 1g continua para x 14. Verifique se 0 fungéo fix) = ==> Qx+3,sex%2 seja continua pora x=2. k,sex=2 , & 15. Determine k, de modo que a fungao f(x) ={ “ 1 16. Dada a fungao f(t) = ~—F: 60 fa) = Aa 2) Determine a assintota vertical no ponto de descontinuidade x = b) Determine as assintotas horizontais 17. Dada a fungéo f(x) = aa = a) Determine a assintota vertical no ponto de descontinuidade x = b) Determine as assintotas horizontais. 18. Dada a fungéo f(x) = log x, determine a assintota vertical para x = 0. 19. Dada a funcéo f(x) = 2* determine a assintota horizontal. 20. Calcule os seguintes limites: 9) lim (+4) o) jim (1+ 2) e) lim In(1 +x) x0 (otf aan (RAY 21. Calcule 0 montante de uma aplicacéo de $ 2.000,00 a juros compostos capitalizados continuamente a uma taxa proporcional a 15% oo ano, durante 4 anos. 22. Calcule o montante de uma aplicagéo de $ 5.000,00 a juros compostos capitalizados continuamente a uma taxa proporcional a 20% ao ano, durante 6 meses. 23. Calcule o montante de uma aplicagéo de $ 6.000,00 a juros compostos capitalizados continuamente o uma taxa proporcional a 22% ao ano, durante 15 meses. 24, Um capital de $ 2.000,00 foi aplicado a juros compostos capitalizados continuamente a uma toxa proporcional a 10% ao ano, produzindo um montante de $ 3.800,00. Qual o prazo da aplicagao? Para resolver o préximo exercicio, leia o texto a seguir: CAPITULO 4-— LimitEs 127 Limite trigonométrico fundamental: tim 58% = 1 rox Para demonstrarmos esse resultado, consideremos a Figura 4.10, em que 0<1< g eo diculo tem raio unitério: Figura 4.10 Temos: Dividindo todos os membros por sen t > 0, i cos << —! sent ~ cost e tendo em conta que todos os termos sao positivos, podemos escrever: Ly OES cos, cost t ‘Como a e cos ttendem a 1 quando tende a 0, concluimos que S224 também tende ‘a1 quando t tende a 0. Ademonstragao € andloga se admitirmos t < 0. 25. Calcule os seguintes limites: o) fim S202) d) tim ke g) lim S®2=* myx sy x mm bp tim S20 e) lim Sat x0 Xx x—o sen bx ) tim 22% f) lim revo X+ Sen x mo tbr Capitulo 5 Derivadas 5.1 Introdugdo O conceito de derivada foi introduzido em meados dos séculos XVII ¢ XVIII em estudos de problemas de Fisica ligados ao estudo dos movimentos. Entre outros, destacam-se nest estudo 0 fisico e matemdtico inglés Isaac Newton (1642-1727), 0 fil6sofo e matemitico ale mio Gottfried Leibniz (1646-1716) e o matemdtico francés Joseph-Louis Lagrange (1736- 1813 — nasceu em Turim, na Itélia, mas viveu praticamente toda sua vida na Franca). As idéias preliminarmente introduzidas na Fisica foram aos poucos sendo incorporadis a outras dreas do conhecimento. Em Economia e AdministragZo 0 conceito de derivadaé utilizado principalmente no estudo grifico de fungdes, determinagao de méximos e mini mos € célculo de taxas de variago de fungoes. Consideremos uma funcio f(x) e sejam x9 e x, dois pontos de seu dominio; sejam f(x) e f(x) as correspondentes imagens (Figura 5.1). Figura 5.1: Variago de uma fungdo. , foal) Chamamos de taxa média de variagio de f, para x variando de xg até x, a0 quociente: fee) =f) , X1—%o _ Tal taxa mede o ritmo de variagao da imagem em relago a variagio de x. Observemos ainda que a taxa média de variagdo depende do ponto de partida xy e da variagao de x, dada Por x — 29. Usando o simbolo A para indicar uma variagdo, podemos indicar a taxa média de varia- sfo de f pela relagao: as CAPITULO 5 — DERIVADAS. - 199 AF flay) =fla)_ Ar” x, 39 Exemplo 5.1. Seja a fungao f(x) = x°, 0 ponto inicial de abscissa xp = | ¢ z (isto 6, x varia de 1 a 3), A taxa média de variagdo de f para esses valores (Af = fC)e fl) = oe © Ax” 3-1 7 2 Isso significa que, se x variar 2 unidades (a partir de xp = 1), a variagdo de f serd 4 vezes maior, pois Af = 8, enquanto Ax = 2 (Figura 5.2). Figura 5.2: Taxa média de variagdo da fungdio f(x) = x. Exemplo 5.2. Consideremos novamente a fungio f(x) = x* e calculemos a taxa média de variagdo a partir de um ponto genérico de abscissa x5 = x e um acréscimo também gené- rico Ax. Resolugao Temos: Af _ fe+Ax-f@) _ (+ Ax? = Ax Ax ~ Ax Assim, por exemplo, se quisermos a taxa média de variago a partir do ponto x = 5 e com uma variagao Ax = 3, o resultado serd 2-5 + 3 = 13. 130, = FUNGOES DE UMA VARIAVEL a Exemplo 5.3. Suponhamos que um objeto seja abandonado a 2.000 m de altura e que a fungo f(#) = 2.000 - 107? indique a altura do objeto em relaco ao solo, t segundos apés cle ser abandonado. Temos: + f(0) = 2.000 e f(5) = 1.750. Logo, nos 5 primeiros segundos, o objeto caiu 250 m, pois Af, = 2.000 - 1.750 = -250. + Ja nos 5 segundos seguintes, quando t varia de 5 a 10, 0 objeto caiu 750 m, pois Afs = f(S) ~ f(10) = 1.750 - 1.000 = ~750. Isso nos mostra que, para uma mesma variagdo de t (5 segundos), a variagao de alturaé diferente. A taxa média de variagao da funco representa a velocidade média do objeto em cada intervalo de tempo considerado. Assim: No 18 intervalo, a velocidade médiaé Aft = 250 No 22 intervalo, a velocidade média é Ah = O gréfico da Figura 5.3 ilustra as variagdes Af, e Afy. Figura 5.3: Variagéio da fungdo do Exemplo 5.3. Podemos ainda querer calcular velocidades médias em intervalos de tempo de amplitu- des diferentes. Por exemplo, a velocidade média para t variando de 5 a 8 é: Afy = £8)-f) _ 1:360-1.750 __139 ays At 8-5 3 " Muitas vezes estamos interessados na velocidade de um objeto num determinado ins- tante (velocidade instantnea). Assim, no exemplo considerado, calculemos a velocidade instanténea para t = 5 segundos. Para isso, consideremos a velocidade média (taxa média de variagdo) para amplitudes de variagao do tempo cada vez menores. Assim, para 0 intervalo (5;5 + Ad] teremos: Af _ f(S+An-f(5) At At , PITULO 5 DERIVADAS. 131 At Af _ =100Ar— 10(An? At Af _ 12.000 - 10(5 + A271 - [2.000 - 10 - (57). At : At =-100- 10At. Calculemos a velocidade média para valores de At cada vez menores (Tabela 5.1): Tabela 5.1: Velocidade média para o Exemplo 5.3. 4 Intervalo Ar ae [5; 10] 5 -150 (5; 8] 3 -130 (5; 6] 1 -110 (5; 5,5] 05 -105 [5;5,1] 01 -101 {5; 5,01} 0,01 -100,1 Verificamos assim que a velocidade média est4 se aproximando de 100m/s. A velocida- de instantanea €, pois, o limite para o qual tende a velocidade média quando o intervalo de tempo tende a 0. Isto é, a velocidade instantanea no ponto 1 = 5 é dada por: lim AL = tim 100-1049 =-100. ano At ~ayno Esse limite da taxa média de variagdo quando Ar tende a zero € chamado de derivada da fung0 f) no ponto 1 = 5. 5.2 O Conceito de Derivada 5.2.1 Derivada de uma Funcao num Ponto Seja f(x) uma fungao e x9 um ponto de seu dominio. Chamamos de derivada de f no Ponto xp, se existir e for finito, o limite dado por: lim AF e ii = fl% + Ax) - f(x) aro Ax aro Ax Indica-se a derivada de f(x) no ponto x» por f'(x) ou £ (49) ou ainda por “ (%)- Exemplo 5.4. Qual a derivada de f(x) = x no ponto xy = 3? Temos: — im £6+4x-fG) £0) jn, Sete), _ G+Ax?-3? _ 6Ax+ (Ax? Oa ey ay ae ao ar ey li x ax (6+ Ax) =6. bro Isso significa que um pequeno acréscimo Ax dado a x, a partir de xp = 3, acarretaré um correspondente acréscimo Af que € aproximadamente 6 vezes maior que o acréscimo Ax Exemplo 5.5. Qual a derivada de f(x) = x2 no ponto xy = -2? Temos: : 2) = lim £2+ Ax -f-2) fe jin, BBs BLD, i (2+ Ax? 8 A aaa lim (-4 + Ax) =-4. Isso significa que um pequeno acréscimo Ax dado a x, a partir de xp = ~2, acarretaré um correspondente decréscimo Af que é aproximadamente 4 vezes maior que o acréscimo Ax, em valor absoluto. emplo 5.6, Existe a derivada da funcdo f(x) =|x| no ponto x) = 0? Temos: 100) fim, LO 890) — iy £49=L0), a0 A. 10= jm, eh Se Axtende a 0 pela direita, entio Ax > 0 e|Ax|= Axe consegiientemente o limite vale 1, Se Axtende a 0 pela esquerda, entio Ax <0e |Ax| =-Axe conseqiientemente o limite vale -1. Como os limites laterais sio diferentes, concluimos que no existe o limite para Ax tendendo a zero. Assim, ndo existe a derivada de f(x) no ponto x = 0. 5.2.2 Fungdo Derivada Dada uma fungao f(x), podemos pensar em calcular a derivada de f(x) num ponto gené- rico x, ao invés de calcular num ponto particular x9. A essa derivada, calculada num ponto genérico x, chamamos de fungao derivada de f(x}, 0 dominio dessa fungo é 0 conjunto dos valores de x para os quais existe a derivada de f(x). A vantagem em calcular a fungi deriva- da é que com ela poderemos calcular a derivada de f(x) em qualquer ponto xo, bastando para isso substituir, na fungdo derivada, x por xo. Exemplo 5.7. Qual a fungio derivada de f(x) = 2? Temos f(s) = lim £4 4) ~ fe) amo Ax “CAPITULO $= _DERIVADAS. 133 lim 0 = lim @t A= QxAx + (Ax? FQ) = dim x = lim (2x + Ax) = 2x. x amo Assim, por exemplo, se quisermos a derivada no ponto xo = 5, basta calcularmos f’(5) que é igual a 10. E importante ainda observar que: P(x) = AL para Ax pequeno. Ax Dessa forma, se x = 5 e Ax = 0,1 teremos F(S) = 10, Af=FG,1) ~f(5) = 5,1? - 5? = 1,01 Diet re OL 10,1. Portanto, (5) = a. MSU 1. Para coda funcdo fix), determine a derivada f'(x9) no ponto x indicodo: ) f=? aya e) f@=2-4 x =0 b) fx) =2x43 Xy=3 f) fayet x=2 ¢) fla) =-3x aoe @) faye t x= 5 @) fix)=x? - 3x Xy=2 h) fa@)=2-3x44 9 my =6 2. Determine a fungdo derivada para cada fungdo do exercicio anterior. 3. Dade o funcéo: x,sex<1 FAM wen>d, Mosire que ndo existe (1). 4. Considere a fungdo f(x) = 2|x|. Mostre que nao existe (0). 2. = FUNGOBS DE UMA VARIAVEL 5.3 Derivada das Principais Fungdes Elementares Vimnos no item anterior que a fungo derivada de f(x) = x? era f'(x) = 2x, Se conseguirmes achar a fungdo derivada das principais fungdes clementares e se além disso soubermos ack as fungdes derivadas de somas, diferencas, produtos ¢ quocientes dessas funges elementare, poderemos achar as derivadas de muitas fungSes sem termos que recorrer & definig&o (que muitas vezes pode dar muito trabalho). Vejamos ento como que isso pode ser realizado. 5.3.1 Derivada da Funcdo Constante Se f(x) = c (fangao constante), entdo f(x) = 0, para todo x. j Demonstragio FG) = jim LE+ an =f = fim, =< = 0 para todo x Exemplo 5.8 fa) =5 > f(x) =0, fe) = f(x) =0. 5.3.2 Derivada da Funcdo Poténcia Se f(x) =x", entdo f(x) =n-x"-! q Provemos essa relago no caso de n ser inteiro e positive, embora a propriedade seja valida para todo n real (desde que x > 0). Temos: Af=(x+ Axy'— 2", e usando a férmula do Bindmio de Newton, afaxts (tant (Ax! +(3)x" 2. (Axes. 24 ( Jat ants anne ar =(T)at+ (B)x-2- (an! te +(," ann 24 (Ay! Para Ax tendendo a zero, todos os termos do 2° membro tendem a zero, exceto o I*, Portanto: A a t nm na sea) = fim, AE =(7)x Te igen ae “APITULG $— DERIVADAS | 135 Foe) = 7 = f@) =3x?, fix) = x4 => f@) = 82", f)= Ey =x3= f(@)=-3-xte 3. fs) =Vi=x? 3 f= 5.3.3 Derivada da Fungao Logaritmica =n x, entio f(x) = L (para x > 0). Demonstragaio Af=In(x+ Ax) —In.x, =In +t Ax =hn(1 + Az) x x logo Fazendo m= 4, entio quando Ax tende a 0, m também tende a0. * Portanto, im AL. Eo it “Ax = dim, In + my 4 = tim | In + my | monol x 1 _ = him inc + my™ x me 1 ate = + intim (1 +m), rarer) Mas Lt lim (1+ m)"=e, mao entio ou seja, 5.3.4 Fungdo Seno e FuncGo Cosseno (a) Se fla)'= sen x, entdo f’(x) = cos x para todo x real; (b) Se f(x) = cos x, entdo f(x) para todox, Demonstragio Provemos o item (a). Temos, usando as formulas de transformagdo em produto, que Af = sen (x+ Ax) sen x Rx es + 4x) = 2 sen — cos |———— 2 Segue-se entiio que ‘y= lim 2f FQ)= im se BE ogg (ZE# AX) 2 sen AX cos ) Quando Kx tende a 0, vos (Et Bx joc tende a © c0s(2**%*) tende a cos x, logo F'®) = 1+ cos x= cos x. CO item (b) tem demonstragao andloga. 5.4 Propriedades Operatérias As propriedades operat6rias permitem achar as derivadas de somas, diferengas, produ- tos e quocientes de fungdes elementares. Sao as seguintes: Cl) Seflx) = k- g(x) entiof(a) =k g(a). a Se fx) = u(x) + v(x) entio f(x) = w(x) + VQ). B3) Se f(x) = u(x) — v(x) entio f(x) = v(@) - va). : Se fx) = u(x) - (x) entiéo f(x) = u(x) - v(x) + (a) YG) = u@) = VG): WC) - VG) uG- BD) Sef) = vay ose) OD payee ee Demonstragao, Provemos a (P1). = lim L@+49-f@) lim Ax aro = lim K:g@+ Ax)-k- ge) aro ‘Ax =k lim 8@+4x)~ 30) aro Ax 4 =e dim, a ou seja, FQ) =k- g(a). Provemos a (P2). Temos que: Af= f(x+ Ax) - fix) = [w+ Ax) + v(x + AX] - (ua) + vO] = [ux + Ax) - u(x)] + [r+ Ax) — vO), do que segue Af _ Au, Av Ax Ax | Ax Passando ao limite para Ax tendendo a 0, deyar 7 dim, az * dim, 20 isto é, FR) = u(x) + VQ). 138 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL A propriedade (P2) pode ser estendida a uma soma de n fungGes, isto é: Se FO) = fi) +20) +... + fi) entio FO) =fiQ) +A) + AQ) +... +f,00- A demonstragao da (P3) € totalmente andloga a da (P2). Provemos a (P4). Temos: Af = f(x + Ax) — f(x) = [u(x + Ax) + vor + Ax] - (u(x) - vO]. Como Au= u(x + Ax) — u(x), Av = (r+ Ax) — v(x) vem que Af = (u(x) + Au) [v(x) + Av] — u(x) vx) = u(x) « v(x) + u(x) + Av + v(x) - Aw + Au: Av - ula) vx) =u(a)> Av + v(x): Au+ Au- Av. Portanto, = lim AL cu). tim AY + lim 44 Av Fea fining 0): mine + Me): im Ar + fim aur Mas Au=Ax Ae € quando Ax tende a 0, Au também tende a0. os Logo P=) VX) + vO) WUD). A (P5) tem demonstrago anéloga a (P4). Exemplo 8.10 fiy=5inxs fiy=5- 4 flax) = 2 + sen x =9 f(x) = 2x + c08 x; SX) —cos x > f(x) = 3x7 + sen x; f(x) =22 + sen x= f(x) = + cos. x + 2x sen x; f= FE a r= (tnx) cosx~(4)- senx Fa) In (in x)? MSM 5. Obtenha a derivada de cada funcéo a seguir: 9) fix)=10 m) f= CAPITULO 5— DERIVADAS 139 +senx 6) fo) n) fe) =? -Inx ) fle) = 10x5 ©) f(x) = (2x? - 3x + 5)(2x- 1) 1 sen x 9 fa)=>P p) fe)= =z e) fa)ax24 @) fix) =tex= A) fle) = 10x3 + 5x2 g) f= 2x41 h) fl) = 30-61-10 i) fu) = Su ~2u? + 6u+7 J) fa)=3inx+5 Viet SVx+ 10 K) fis) =10Inx-3x+6 w) f@) =Vax-senx Inx I) flg)=Ssenx+2cosx-4 ») f= 5.5 Fun¢do Composta — Regra da Cadeia Consideremos a fungao f(x) = (x? — 1)3. Poderfamos achar a derivada de f(x), desenvol- vendo a expresso cubo de uma diferenga. Todavia poderiamos fazer «=x? — 1 e nossa fungio ficaria sob a forma u3. Assim, para calcularmos uma imagem dessa fungio, procede- mos em duas etapas: * Para um dado valor de x, uma 1# fungo calcula a imagem u = x — 1. * Para o valor de uw assim encontrado, uma 24 fungdo calcula a imagem v = u° Dizemos que a fungdo f(x) é uma composigao dessas duas funges. Para o cdlculo da derivada de f(x), podemos usar o seguinte raciocinio intuitivo (a demons- tragio formal encontra-se no apéndice): Af. Av. Au Ax” Au Ax’ Sob condigées bastante gerais (e mencionadas no apéndice), quando A. tende a zero, 0 mesmo ocorre com Au, de forma que: FR) =v'u)- u'@), f() = (derivada de v em relagdo a u).(derivada de u em relagao a x). A formula acima é conhecida como regra da cadeia Assim, no exemplo dado, teremos: PQ) =3 ul (2-1)? - (2x) 6x(2 — 1). Exemplo 5.11. Qual a derivada de f(x) = In(3x + 6)? Fazendo-se u = 3x + 6, teremos v = In u. Assim: 5.6 Derivada da Fungdo Exponencial Se f(x) = a*, entio f(x) = a* - In a, para todo x real (com a > Oe a ¥ 1). 4 Demonstragdo Consideremos a fungio: K(x) = In fx) =1n a* = x Ina. Aplicando-se a regra da cadeia, teremos: =. M@=F5 Fe. Mas, por outro lado: IQ) =Ina, Conseqiientemente: LO _ =f) -Ina=a*- Fo = Ina f)=fe)-Ina=a"- Ina. Exemplo 5.12 SOs) = 3* = f (x) =3*-In3; fx) =e" => f(a) =e" Ine =e, pois Ine = 1. Exemplo 5.13. Se quisermos calcular a derivada de f(x) = e* * **-5, poderemos fazer u=x?+ 3x—5c aplicar a regra da cadeia, isto 6, SQ@)=et-Ine-u', PQ) =eP BS. 2x43). Exemplo 5.14. Vimos anteriormente que se f(x) = x" entéo f@ =n-x"~'e fizemos a demonstracao para n inteiro e positive. Mostremos que tal relagao é valida para qualquer n teal (desde que x > 0). De fato, tomando-se 0 logaritmo natural de ambos os membros de f(x) = x", teremos: Inf) =Inx" =n-Inx. Derivando ambos os membros em relagio a x, obteremos: 1 an. L Fay f=" x eportanto nextel S@=2 fe) 6. Obtenha a derivade das seguintes fungoes: 0) fix) = (2x1 b) od fo 3 es 4) f)=(4 ++ p) fosy= Se ea @) fiy=V2041 ) fx) =InGx ~ 2x) 9) fix) = InG? - 3x4 6) 4) foo i) f@)=2 v) fa) =Vx4+Vee1 a faye 5" Y foy= [BE fayser43* w) f= att Ye fy seP-trt x) fa) =InV3e 41 Fungéo exponencial geral — Quando temos uma funcdo do tipo f(x) = u(x)", podemos caleular a derivada tomando © logaritmo de ambos os membros e aplicando a regra da cadeia. Por exemplo, se f(x) = x" teremos: In fx) = In.x* Inf) =x-Inx, derivando ambos os membros, 75° Pays tinxex AL, £@) =f): [Inx+ 1], f@)=x*- [Inx+ I. 142 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL 7. Calcule a derivada dos seguintes funcées: 5.7 Funcdo Inversa Se R for uma relagao de A em B, entio Ro = {(b, a) © Bx Al(a,b) EA BY & chamada relacdo inversa de R. Segue-se que R-! C B x A, enquanto R C A x B. Se R for dado pelo diagrama da Figura 5.4, a relagdo inversa sera R+ = ((2, I), B, Ds 4, Ds G, 2) (4, 2), (4, 3)}- Figura 5.4: Relagdo de A em B. A Vemos que nem R nem R™! so fungées. Consideremos agora os diagramas da Figura 5.5. Figura 5.5: Relages de A em B. fe g agora so fungdes. Considere f~! e g~, isto é, as relagdes inversas. Vemos que? no é fungdo, pois ao elemento y, correspondem dois elementos x, € x3. Mas g-! é fungie. Entio, se f é uma fungo de A em B, considere a relagao inversa f-" . Se f! for tambén uma funcdo, ela € dita funcao inversa de f. Pelo visto, acima, a funco f admitiré inversa f-! se, e somente se, f for bijetora de A emB Observemos que, se f for uma fungao em que y = f(x) e f-! for a inversa de f, enti x= f-1(y) se, e somente se, y = f(x). Além disso: S-'(f00) = x para todo x € A, e f(f-(y)) = y para todo y € B. CAPITULO.5— DERIVADAS 143, Graficamente, se (x, y) é um ponto do gréfico de f, entio (y, x) € um ponto do gréfico de Fogo, os gréficos de f e f-! sio simétricos em relagdo A eta y = x (Figura 5.6). 80, 08 ¢ y ig Figura 5. raficos de uma funcdo e sua inversa. Exemplo 5.15. Seja y = f(x) = 3x + 5. Ento como a fungio 6 bijetora de R em R, existe a fungao inversa f~', e ela € obtida isolando-se x na relagdo dada, isto é: yoBreSaox= 25, Portanto, f(y) =x = = Se f(x) € uma fungao real definida no intervalo [a, b] e crescente (ou decrescente) nesse intervalo, entdo existiré a inversa f-!, pois S€ bijetora (Figura 5.7). Figura 5.7: Fungao crescente em [a, b]. Além disso, se f(a) = ¢ e f(b) = d, entéo f-! sera definida no intervalo [c, d]. Consideremos, agora, o problema da derivagdo da fungio inversa. O seguinte resultado, ‘aja demonstragao se encontra no Apéndice, nos dé uma maneira de determinar a derivada def, conhecendo-se a derivada de f. Seja'f uma Fungo definida no intervalo [a, b], detivével e crescente (ou decres d peer es <0) para todox € Ja, bf, tem DAQ)= 7a" Exemplo 5.16. Seja y = f(x) = 2°, para todo x € [0, e>[. Assim: «x= Vy, pois x > 0; sf@=2s + ppigye Le. 2x ay Exemplo 5.17.Se y = f(a) = sen x, nao existe a inversa de f, pois existem infinitos valores é x que correspondem a um mesmo y. Mas se nos restringirmos ao intervalo = 0 para- = 1, a demanda é dita eldstica no ponto considerado. Se 0 < e < I, a demanda é dita inelastica, e se e = 1, a demanda tem elasticidade unitaria no ponto considerado. Para a fungao de oferta, define-se clasticidade da oferta em relac&o ao prego de modo andlogo: Ax = im a= Po, de f deo Ap x9 dp Po em que a € calculada no ponto x = xy € p = po da equagiio de oferta. Nesse caso, 0 médulo foi omitido, pois & > 0, See pre Exemple 5.26, Se a equago de oferta for x = 64 + p?, ento bb” 2p. Se quisermos a elasticidade para py = 6, entio xp = 64 + 6? = 100 2 = 12, no ponto em que po = 6. Assim, = F= 799° 12= 0.72. Desse modo, para um acréscimo porcentual de 1% no preco (a partir de 6), 0 acréscimo porcentual na quantidade ofertada (a partir de 100) sera de aproximadamente 0,72%. Sa 37. Se a equacGo de demanda for dado por x obtenha a elasticidade da demanda pora p= 5 ¢ interprete o resultado. 38. Resolva o exercicio anterior para p = 3 39. Obtenha a elasticidade da oferta para p = 9, sabendo que a equacdo da oferta é dada por x = 20 -0,05p + p?. Interprete o resultado. 40, Resolva 0 exercicio anterior para p = 16. 41. Considere a fungéo de demanda dada por p = V200 — x. Obtenha a elasticidade da demanda para x = 100 e interprete o resultado, 156 42 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Considere a fungéo de demanda dade por p = Y300— 2x. Obtenha a elosticidade do demanda para x = 132 e interprete o resultado. Considere a funcéo de demanda p = V100—x (em que 0 fO) =n, f(x) =n(n—- 1). +x)"-? = f'0) =n(n-1), FQ) = n(n 1)(n— 2) +x)" & £0) = n(n—- Dn 2). A aproximacao de Taylor (ou de Maclaurin) até a 3 ordem, em torno de x = 0, é: (tele tat AOD 4 ma Wad) i. Exemplo 5.30. Qual a aproximagio até 4# ordem de f(x) = cos x, pela aproximagio de Tyylor em torno de x = 0? Temos: F(x) =-sen x (0) =0, f'(x) =—cos x =f") =-1, f"x) = senx > f'"(0) =0, f(x) = cos x > f'"(0) = 1. | Portanto: | cosxet-les ty 2° * 24 Algumas vezes, por questdes de convergéncia, costuma-se utilizar uma série de potén- ' cis ligeiramente diferente da que acabamos de estudar. Trata-se da série: dy + a(x a)! + ayx—a)? + axx-aP+...= © a,-(x-ay", que recebe o nome de série de Taylor em torno de x = a, em que @ é uma constante. Com raciocinio andlogo ao anterior, dada uma fungdo f(x), em que: F() = dy + ay(x—a)! + ag(x—a) + as(x—a +... devemos ter: + a= f(a), rao L@) a or PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL 160 += LO, a= LO), 7 Assim, Se) = fla) + LO a)+ fo (r-ay+ LO ay Se tomarmds os termos até aquela que tenha derivada de ordem n, chamaremos a som parcial encontrada de aproximagao de Taylor de ordem n, centrada em a = Vx, e obtenhamos a aproximagao de Taylor, Psemplo 5.31, Consideremos a fungdo f(x) = de 3" ordem, centrada em a = 4. Temos: SQ) =Vx = f(4) = 2, 14 al fa= 7 afay= 4 i Ldap ! Pay=—fxtor@=-s, i i 3 £10) = 3 4a pr a= 3. Portanto: 1 = 3 Ve=24 4 (eats 22 (ayes 256 ay, i 2 6 (r= 4)! _ = 4P , (x= 48 4p 4 64 312 Assim, por exemplo, um valor aproximado de V5 seria: Lott | iss s-a+ee este 4. wet a= S72? 52, Dé a formula de Toylor, centrado em x=0, para a fungéo f(x) = sen x. 53, Dé a formula de Taylor, centrada em x= 0, para a fungdo f(x) = In(1 + x). gE CAPITULO 5— DERIVADAS 16) 54. Usando uma aproximacao de 38 ordem no exercicio anterior, calcule um valor aproxi- mado de In 1,5. $5, Dé a formula de Taylor, centrada em x= 1, da funcdo f(x) = In x. (Prova-se que existe convergéncia para 0 0, entiio f(x) & crescente em todo intervalo ol. Demonstragio Consideremos dois pontos arbitrérios x, e x, do intervalo Ja, bl e tais que x, . Como Ste) é derivavel em Ja, b{, também o seré em ]x,, x9[. Assim, pelo teorema do valor médio, huveré um valor ¢ € }x, x9f tal que plo = fed=fen), ry Mas, por hip6tese, f'(c) > 0. Portanto fle.) SO) 9, 2% Tendo em conta que x; < x2 (€ portanto x» — x; > 0), conclufmos que f(x) — fx) > Oe portanto f(x») > f(x). Assim, f(x) sera crescente em Ja, b[ (Figura 6.2). Figura 6.2: Fungo crescente. 164 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Teorema 6.3 Se para todo x € Ja, b[ tivermos f(x) < 0, entio f(x) seré decrescente no intervalo 4 Ja, bf. : A demonstragio andloga & do Teorema 6.2. E facil perceber, entio, que os Teoremas 6.2 ¢ 6.3 nos fornecem um instrumento pare obter os intervalos de crescimento e decrescimento de uma func’o, bem como para encor trar seus pontos de maximo e de minimo, caso existam. P\cmplo 6.2, Consideremos a fungio f(x) = x2 - 4x. Temos . fa) = 20-4, + Sinal def: + Comportamento de f: TA ~ Usamos a simbologia: Ss ——_. Funciio decrescente Assim, a fungi f(x) € dectescente em J-ee, 2[ € crescente em ]2, »[. Como ela € con tinua em 2, conclufmos que x = 2 € um ponto de minimo de f(x). 2x? + 3x4 10. Uxemplo 6.3. Consideremos a fungao f(x) = Temos que f(x) = x2 - 4x + 3. + Sinal def: CAPITULO 6 — APLICACOES DE DERIVADAS — 165 + Comportamento de f: Assim, f(x) € crescente em }-s», If € ]3, eof e f(x) € decrescente em JI, 3[. Como f(x) & continua em 1 ¢ 3, segue que 1 € ponto de maximo, e 3 € ponto de minimo. Notemos que x = I € um ponto de maximo relativo e x = 3 € um ponto de minimo relativo. Além disso, nao hd ponto de maximo absoluto, pois a fungao é crescente depois de 3, com imagens que acabam superando f(1). Da mesma forma, no hé ponto de minimo absoluto, Suponhamos ainda que o dominio da fungio seja restrito aos mimeros reais entre 0 ¢ 5, isto 6, D = [0, 5]. Nessas condigdes, € facil perceber que x = 0 também € ponto de minimo relativo, ex = 5 também é ponto de maximo relativo. Além disso, como £0) = 10, f) = x, £(3) = 10 e f(S) 2, concluimos que 0 grafico de f(x) tem o aspecto da Figura 6.3. Conseqiientemente, no intervalo [0, 5], x = 123 sio pontos de minimo absolutos. € um ponto de maximo absoluto ¢ x= 0.e ‘igure 6.3: Grdfico da fungdo fix) = x'/3 — 2x + 3x + 10 no Esse exemplo serve para lembrarmos que quando uma fungao é definida num intervalo fechado [a, b], além dos pontos interiores ao dominio, podemos ter pontos de maximo e de minimo nos extremos x = a € x = b. Além disso, podemos verificar se existem pontos de méximo ou minimo absolutos. 166 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL, 4 Exemplo 6.4. Consideremos a fungi f(x) = Temos F@)=-2 =, Para 0 estudo do sinal de f"(x), precisamos inicialmente estudar o sinal de g(x) =°. So @ Como 0 numerador de f'(x) € -2 , segue que o sinal de f'(x) é: Assim, f(x) € crescente em ]-s, Of € decrescente em JO, e2[. O ponto x = 0 ni éé maximo, pois a fungao nao é definida para x = 0 (portanto, nao € continua para x = 0). Exemplo 6.3, Uma empresa produz um produto com um custo mensal dado por c= te 2x? + 10x + 20. Cada unidade do produto é vendida a $ 31,00. Qual a quantidad que deve ser produzida e vendida para dar 0 maximo lucro mensal? Resolugio O lucro mensal é dado por L=R-C=31x-(4.°- 207+ 10r+20 Portanto 5 fee 22+ 21x20. Derivando a fungao lucro, teremos: 24 dx 21. * Sinal de L': & CAPITULO 6 — APLICAGOES DE DERIVADAS 167 * Comportamento de L: =3 a - — Como x é positivo (quantidade), concluimos que o ponto de maximo (relativo e absoluto) éx=7. Assim, para ter 0 méximo lucro, a empresa deve vender 7 unidades por més. Exemplo 6,6, Um monopolista (produtor tinico de um certo bem) tem um custo mensal tado por C = 5 + 2x + 0,01x?. A fungdo de demanda mensal é p = —0,05x + 400. Qual o rego que deve ser cobrado para maximizar o lucro, sabendo-se que: 4) acapacidade maxima de produgdo mensal é de 2.000 unidades? 4) acapacidade maxima de produgdo mensal é de 4.000 unidades? Resolucaio Olucro é dado por: 0,06? + 398x - 5. Derivando L teremos * Sinal de L’: * Comportamento de L: #) Pelo comportamento de L, concluimos que 0 maximo de L ocorre, neste caso, para += 2.000, pois 0 = x < 2.000, b)Pelo comportamento de L, concluimos que 0 maximo de L ocorre, neste caso, para 1=3.316,7, pois 0 < x < 4,000. 168 PARTE 2 — FUNCGOES DE UMA VARIAVEL WMS 1, Obtenha os intervalos de crescimento e decrescimento das fungées e determine os even- tuais ponios de méximo e de minimo: a) fixys3x44 k) fa) =-28 b) fixy=-2x+6 ) foy=ts o) fa) m) fo) = d) fix) e) fx) f) fix) 9) fe h) fe) ) f= jd) £0) 2. Dada a funcéo receita R(x) = -2x2 + 10x, obtenha o valor de x que a moximiza. 3. Dada o funcao de demanda p = 40 - 2x, obtenha o preco que deve ser cobrado para maximizar o receito. 4, Com relac&o ao exercicio anterior, qual o preco que deve ser cobrado para maximizor lucro, se a funcdo custo for C= 40 + 2x? 5, Afuncdo custo mensal de fobricacao de um produto é C= <8 + 10x+ 10, e 0 prego de venda é p = 13. Qual a quantidade que deve ser produzida e vendida mensalmenie pora dar o maximo lucro® 3 6, Afuncdo custo mensal de fabricacéo de um produto é C= i 2x7 + 10x+ 1 ea funcdo de demanda mensal do mesmo produto é p= 10 —x. Qual 0 preco que deve ser cobrado para moximizar o lucro® 7, Afungéo de demanda de um produto é p = 100 ~ 2x, ¢ 0 Unico produtor tem ume funcéo custo C = 500 + 3x. ©) Que preco deve ser cobrado pora maximizar 0 lucro, se © governo cobrar do produ: tor um imposto de $ 1,00 por unidade vendida? b) Se a empresa maximizar o lucro, que imposto 0 governo deve cobrar para maximizar a receita tributéria? 12, 13, 18, CAPITULO 6 — APLICACOES DE DERIVADAS — 169 Dada a funcdo f(x) = 10x — x2, obtenha seus pontos de maximo e minimo relativos e absolutos, sabendo-se que o dominio é D = [0, 6]. Resolva 0 exercicio anterior considerando a funcao fia) = te +1x+5e0 dominio D = [0, -[ Dada a fungao custo C 6x? + 60x + 20, mostre que tal funcdo é sempre crescente 0. 3 @ fem um ponto de minimo para Com relacéo a0 exercicio anterior, obtenha o custo marginal e mostre que ele tem um ponto de minimo para x= 6. Considere a fungdo custo C = 0,113 -— 4x? + 70x + 50. Mosire que tal funcéo é sempre crescente. A fungéo demanda mensal de um produto é p= 40~0,1x, e a funcdo custo mensal 3 ces = Te? + 60x +50. a) Obtenha 0 valor de x que maximiza o lucro, e © correspondent preco. 6) Mostre que, para o valor de x encontrado no item anterior, a receita marginal 6 igual co custo marginal Dada a funcao custo anual de uma empresa C(x) = 40x ~ 10x? +3: 0) Ache o custo médio Cme(x) = £2). x b) Ache os intervalos de crescimento e decrescimento do custo médio, indicando even- tuais pontos de maximo e minimo. 5 Repita 0 exercicio anterior com a fungéo custo C= a 4x2 + 30x. Dada a fungao custo C = 20 + 3x, mostre que 0 custo médio é sempre decrescente. Dada a fungéo custo mensal de fabricagéo de um produto C= 40+ 5x: 0) Mostre que o custo médio é sempre decrescente. 5) Qual o custo médio minimo, se a capacidade da empresa é produzir no maximo 60 unidades por més? O custo mensal de fabricacdo de x unidades de um produto é C(x) = 0,112 + 3x4 4.000. a) Obtenha © custo médio. b) Para que valor de x 0 custo médio é minimo? ¢} Resolva o item anterior, supondo que a capacidade da empresa 6 produzir no maximo 180 unidades por més. d) Idem ao item anterior, se a capacidade for de 250 unidades por més. Uma empresa tem uma capacidade de producgéo maxima de 200 unidades por sema- na. A fungao de demanda do produto é p = -0,2x + 900 e a fungdo custo semanal é C= 500 - 8x + x2. Qual 0 preco que deve ser cobrado para maximizar o lucro? 170 20, 21 22, 23, 24 25. 26. 27. 28. 29 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL Uma empresa opera num mercado em que o prego de venda ¢ constante e igual a $ 20,00. Sev custo marginal mensol 6 dado por Cmg = 3x2 — 6x + 15. Qual a produgéo mensal que dé o méximo lucro® © custo anual de fabricacéo de x unidades de um produto é C= 0,01x? + Sx + 200 Obtenha o valor de x que minimiza o custo médio Dada a funcao custo anual C= x9 - 20x? + 400x: 4) Obtenha o custo médio e o custo marginal b) Mostre que, no ponto de minimo do custo médio, o custo médio é igual ao custo morginal Um monopolista tem um custo médio mensal dado por Cme = x? — 10x + 60, em quex € a quantidade produzida. A fungéo de demanda désse produto é p = 50 — 3x. Que preco deve ser cobrado para maximizar o lucro mensal? Um produtor observou que, quando © preco unitério de seu produto era $ 5,00, 0 demanda mensal era 3.000 unidades e, quando 0 preco era $ 6,00, a demanda mensal era 2.800 unidades. a) Qual a equacéo de demanda admitindo-« funcéo do 1° grav? b) Qual o preco que deve ser cobrado para maximizar a receita mensal? Afungéo de demanda mensal de um produto é p = 20e 2, em que p € 0 preco unitério e xa demonda mensal. Qual 0 preco que maximiza a receita mensal? Aequacéo de demanda de um produto é x= 200-2p. Mostre que a receita é maximizada quando a elasticidade da demanda é igual a 1 Numa cidade estima-se que o ndmero de habitantes daqui a 1 anos seja: 4 N=50~—— milhares de pessoas T+ 0) Qual a estimativa para daqui a 8 anos? b) Mostre que N cresce em relacGo a 1a taxas decrescentes. <) Qual o numero de habitantes a longo prazo? Uma empreso produz P = 50VN toneladas mensais de um produto, utilizando NV ho- mens-hore de trabalho. Mostre que a produtividade marginal do trabalho, g é decrescente com N. Um consumidor consegue certo nivel de satisfacéo consumindo x unidades de um produto A e y de um produto B; 0s valores de x e y se relacionam por meio da cure de indiferenca y = 28. Se cada unidade de A custa $ 2,00 e cada unidade de B custa x $ 1,00, qual o combinacéo que daré ao consumidor aquele nivel de sotisfacéo 0 um custo minimo? E CAPITULO 6 — APLICAGOES DE DERIVADAS 71 30. Um banco capta dinheiro pagando a seus aplicadores uma taxa anual de juros igual a ie repasso esse valor captado & taxa de 24% ao ano. Sabendo-se que a quantia captada C 6 dada por C= 1.0003, obtenha 0 valor de i que maximiza o lucro anual do banco. 31. Um investidor aplica seu patriménio em duas aces A e B; ele aplica uma porcentagem ng agéo A e (1 — x) na acao B. A lucratividade esperada (1) e 0 risco da carteira (6?) sGo dados por: H= 0,15 - 0,07x 6? = 0,00472? — 0,0068x + 0,0025. 2) Quais as porcentagens que o investidor deve aplicar em A B para ter 0 menor risco possivel2 b) Nas condigées do item a, qual a lucratividade esperada da carteira? 6.2 Concavidade e Ponto de Inflexdo Dizemos que o grafico de uma fungao f(x), derivavel, é céncavo para cima no inter- valo Ja, b[ se para todo x Ja, b[ 0 grafico da funcio neste intervalo (exceto 0 ponto de abscissa x) permanece acima da tangente ao grafico no ponto de abscissa x (Figura 6.4 a). Dizemos que o grafico de uma funcao f(x), derivavel, é cOncavo para baixo no inter- walo Ja, b[ se para todo x & Ja, b[ 0 grafico da fungdo neste intervalo (exceto 0 ponto de abscissa x) permanece abaixo da tangente ao grfico no ponto de abscissa x (Fi- ura 6.4 b), Jura 6.4: Concavidade (a) para cima e (b) para baixo. (a) (b) Consideremos agora o grafico da Figura 6.4a. O ponto c € um ponto de minimo e {(0)=0, pois a tangente ao grafico por c é paralela ao eixo x; para pontos a esquerda de c, atangente ao gréfico tera coeficiente angular negativo, ¢ portanto f"(x) < 0 paraa Oparac 0, para todo x € Ja, bf, pis neste intervalo f(x) esté crescendo. Em particular, f”(c) > 0, isto é, no ponto de mfnimoy segunda derivada € positiva. Um argumento anélogo mostra que, para o grafico da Figura 6.4b , f" (x) < 0 para to x€ Ja, bl. Resumindo: * Se f’(x) > 0 para todo x € Ja, b[, 0 grafico de f(x) é c6ncavo para cima em [a, 5} * Se f’(x) < O para todo x € Ja, bf, grifico de f(x) € cOncavo para baixo em [a,b]. Consideremos agora a Figura 6.5, em que 0 ponto c € tal que o grafico da fungdo ten concavidades de nomes contrarios 4 esquerda e a direita de c. Dizemos que o grafico mud de concavidade em ¢ ¢ este se diz ponto de inflexao de f(x). Figura 6.5: Pontos de inflexdo. y y x Notemos que, para c ser ponto de inflexo, /"(x) <0 para x < ce f"(x) > 0 parax>¢ ow entio f"(x) > 0 para x < ce f"(x) <0 para x > c Nessas condiges, f”"(c) = 0, pois /”(x) muda de sinal em c. Observacao: No que estamos considerando, f(x), f(x) € f(x) silo fung6es continuas em um interve lo contendo c. O argumento heuristico aqui utilizado pode ser demonstrado rigorosament, € 0 leitor interessado poder encontrar as demonstracdes relevantes no Apéndice. f:xemplo 6.7. Consideremos a fungao f(x) = mento no que diz respeito & coneavidade 3 _ 6x? + 4x — 10 e estudemos seu comport- Temos: f(x) = 3x? = 12x 44 © f(x) = 6x 12. * Sinal de ”: CAPITULO 6 — APLICAQOBS DE DERIVADAS 173 + Comportamento de f: Portanto, fé cOncava para baixo no intervalo ]-s2, 2[ e céncava para cima em ]2, ef. Além disso, x = 2 6 um ponto de inflexio. yc ae 32. Obtenha os intervalos em que cada fungéo é céncava para cima ov céncava para baixo, indicando eventuais pontos de inflexao: 0) fix) =2? + 3x b) fo) =4—2 od fi) = 9-922 + 6x~5 6.3 Estudo Completo de uma Funcdo A construgao do grafico de uma fungdo é um dos objetivos importantes do estudo de derivadas. Os elementos necessarios para tal fim constam do roteiro a seguir: a) Determinagio do dominio b) Determinagao das intersecgdes com os eixos, quando possivel. ©) Determinagao dos intervalos de crescimento decrescimento ¢ de possiveis pontos de maximo e minimo. 4) Determinagao dos intervalos em que a fungdo & céncava para cima ou para baixo e de possiveis pontos de inflexao, ¢) Determinagao dos limites nos extremos do dominio e de possiveis assintotas. £) Determinagao dos limites laterais nos pontos de descontinuidade (quando houver) e possiveis assintotas, 4 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL 3 ! emplo 6.8, Fagamos 0 estudo completo da fungaio f(x) = <- 2x? + 3x45. 3 Temos: a) D=R. b) Intersecgdo com eixo y: x Intersecgdo com eixo x: y=0.=3 7 — 2x7 + 3x +5 = 0 (equagio de dificil solugao). ©) f= -4x +3. * Sinal def": v 3 + Comportamento de f: @4 e389 1 € ponto de maximo e f(1) = 23 € ponto de minimo e f(3) = 5. Observemos que nao hé pontos de méximo ou minimo absolutos. d) f(x) = 2-4 + Sinal de f": 2 € ponto de inflexao e f(2) = 4. E CAPITULO 6 — APLICAGOES DE DERIVADAS 175, 8 fim £0) =Iim 3 =, fim, fo f) Pontos de descontinuidade: nao hé. Com essas informagdes é possivel esbogar o grifico de f(x) (Figura 6.6). Figura 6.6: Grafico da fungdo fix) = x3 — 22+ 3x45 ee Gralico da Funsiio. Exemplo 6.9. Fagamos um estudo completo da fungiio f(x) = x + 4. Temos: )) D=R-{0}. 0) Intersecgdio com eixo y: no existe, pois f(x) nao esté definida para x = 0. Intersecgaio com eixo x: y= 0 => x + 4 =0Sx?=-1. Tal equaco nao admite solucdo real; portanto o grafico nao intercepta o eixo x. Let Of) ie ae Fazendo N = x?—1 e D = x?, teremos: * Sinal de N: ® 2 ® a 1 * Sinal de D: ® ® oO 6 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL Quadro quociente: 2 oO 1 N + 7 + D + + + + fa + : + + Sinal def: * Comportamento ~1 & ponto de maximo e f(-1) =-2; 1 € ponto de minimo e f(1) = 2. a pra=. x * Sinal de x*: + Sinal de f” + Comportamento de f: E CAPITULO 6 — APLICAGOES DE DERIVADAS1J7 Observemos que 0 nao é ponto de inflexao, pois 0 nao pertence ao dominio. 6) lim f(x) = lim(x + +) ee lim. fo = lim, f(x) = Jim (x+ 4) =, Jim fla) = 2. Com essas informagdes, obtemos 0 grafico da fungao (ver Figura 6.7). Notemos que tio existem pontos de maximo nem minimo absolutos. Figura 6.7: Grafi SC _— —_ 33. Faca um estudo completo e esboce o grafico das funcées: =2_S,2 E 1 @) f= py tare? k) SQ) =2e+ 5 b) fay=x t,x ) fla) = 8 = 3x 39 od f)=54x-9 +4442 x9 d) f= 4x2-x-1 Sexes x e) fix) = 2x4 42 °) foy= 84 ree>0) f) fa) =-3x4-62 Pp) f= @-2 9) fx) = (x13 h) fa) =(e—t ) foy=te4 5) fQ)=x-e* J) fo) 178 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL 34. Dada a fungdo custo C(x) = 2x3 — 6x? + 100x + 400, esboce seu grafico. 35. Dada a funcéo custo C(x) = 2x + 100: a) Obtenha o custo marginal; b) Obtenha o custo médio; c) Esboce os gréficos das funcées obtidas em a e b. 36. Dada a fungao custo C(x) = x9 2) Obtenha o custo marginal; b) Obtenho o custo médio; 2 + 10x: c) Mostre que, no ponto de minimo do custo médio, o custo marginal é igual ao custo médio. 37. Repita 0 exercicio anterior com a seguinte fungio custo: C(x) = 2x3 — 12x? + 30x 6.4 Maximos e Minimos por Meio da Segunda Derivada Intuitivamente, podemos notar que quando um ponto ¢, interior ao dominio, é de méti mo ou de minimo, a tangente ao grafico da funcao f(x) correspondente é horizontal, ¢ coe} seqiientemente f'(c) = 0 (desde que a fungao seja derivavel no ponto). Surge, porém, um problema: se soubermos que f'(c) = 0, como saber se ¢ € ponto é maximo, de minimo ou nem de m4ximo nem de minimo? Suponhamos que cy € c; sejam pontos de maximo e de minimo, respectivamente (Fi gura 6.8). Figura 6.8: Pontos de maximo e minimo. Sendo co um ponto de maximo, entdo nas vizinhangas de co a fungdo é céncava pan| baixo e, portanto, f”(c) < 0. Analogamente, sendo c, um ponto de minimo, entio nas vizinhangas de c, a fungioé céncava para cima e, portanto, f"(c;) > 0 Dessa forma, um ponto ¢ tal que f((c) = 0 pode ser classificado como ponto de maxim ou de minimo, de acordo com f"(c) < 0 ou f"(c) > 0. b CAPITULO 6 — APLICAGOES DE DERIVADAS 179 Observemos que, se 0 dominio for o intervalo [a, b] os pontos a e b (extremos do dominio) deverdo ser analisados & parte. Na Figura 6.8 da esquerda, x = a e x = b so pontos deminimo e, na da direita, so pontos de maximo. Assim, 0 raciocinio por meio da derivada igual a zero é valida apenas para pontos interiores do dominio. O argumento heuristico utilizado pode ser rigorosamente demonstrado, e o leitor inte- ressado poderd encontrar as demonstragGes relevantes no Apéndice B. 3 Exemplo 6.10. Encontre os pontos de maximo e minimo da fungiio f(x) = = — 3 Temos que PQ) =2-5x44, Impondo que f (x) = 0, teremos: x- 5x44 =0, cuja solugdo éx= 1 oux=4. Por outro lado, f"(x) = 2x ~ 5. Assim: f'() =-3 <0 x= 1 € ponto de maximo; f(A) =3 > 0 = x= 4 ponto de minimo. Exemplo 6,11. Deseja-se construir uma rea de lazer, com formato retangular, e 1.600 m? de érea. Quais as dimensdes para que o perimetro seja minimo? Sejam xe y as dimensGes do retangulo, Temos X-y = 1,600 e queremos minimizar o perimetro P = 2x + 2y. = 1.600 tiramos y = Substituindo esse valor de y em P, obtemos: P=2r42, 1600 29,4 3:200 a Em resumo, queremos minimizar a fungao P(x) = 2x + 3. Assim, 180 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL 4 Impondo que P'(x) = 0, teremos _ 3.200 zi 2 = 0, ou seja, x7 = 1,600. Logo x = 40 ou x = —40 (a resposta negativa nao convém, pois x, sendo comprimento do retangulo, é necessariamente positivo). Para confirmarmos que x = 40 € efetivamente um ponto de minimo, calculamos P"(} 6.400 6.400 Pry = SA rian) = SA > 0 Portanto x= 40 é de fato ponto de minimo. Como xy = 1.600 > 40y = 1.600 e, portanto, y = 40. Assim, as dimensées do retangulo sfio.x = 40 m e y= 40 m. icios 38. Obtenha os pontos de maximo ou de minimo (quando existirem) das funcdes abaixo ei a) fix) =x? 4x45 d) f= yt are b) fa) =6x-x2 e) fa) ot o) fine S Le sores f) fayex aed 39. Deseja-se construir uma piscina retangular com 900 m? de érea, Quais as dimensoes para que o perimetro seja minimo? 40. Obtenha dois numeros cuja soma seja 100 € cujo produto seja maximo. 41. Um fabricante de conservas usa latas cilindricas cujos volumes devem ser iguais 0 500.cm}, Quais devem ser as dimensées (altura e raio das bases) mais econémicas des latas (isto 6, aquelas que dao a menor drea do superficie]? 42. De todos os retangulos de perimetro igual a 100 m, qual o de érea méxima? 43. Qual o numero real positive que, somado a seu inverso, dé o menor resultado possivel? 44, Um homem deseja construir um golinheiro com formato retangular, usando como um dos lados uma parede de sua casa. Quais as dimens6es que devem ser utlizadas paro que a Grea seja méxima, sabendo-se que ele pretende usar 20 m de cerca? 45. Com relagdo ao exercicio anterior, se ele quisesse construir um galinheiro com érea de Eg CAPITULO 6 —~ APLICAGOES DE DERIVADAS 18] 46.Em geral as panelas de aluminio existentes no comércio tém formato cilindrico (sem tampa) com uma altura h igual ao raio da base r. Mostre que, para uma panela de volume V, 0 menor consumo de material é obtido quando h =r. 47. Um reservatério de gua tem base quadrada e formato de prisma reto com tampa. Seu volume 6 10 m3 e 0 custo do material utilizado na construcGo é $ 100,00 por m? . Quais as dimensées do reservatério que minimizam o custo do material utilizado na construgéo? 48. Resolva 0 exercicio anterior supondo o reservatério sem tampa 49. Uma caixa aberta é feita a partir de um pedago quadrado de papeléo, com 72 cm de lado. A caixa é construida removendo-se um pequeno quadrado de cada canto (0s lados do quadrado tém a mesma medida) e dobrando-se para cima os abas resul- fantes (ver figura abaixo). Quais as dimensées da caixa de volume méximo que pode ser constryida? 72 72 50. Areceita mensal de vendas de um produto 6 R(x) = 30x— 4) Obtenha quantidade x que maximiza o lucro. b) Mostre, para o resultado obtido acima, que o custo marginal 6 igual & receita marginal e seu custo 6 C(x) =20+ 4x. 51. Suponha que a fungdo receita seja R(x) = 60x e a funcdo custo seja C(x) = 2x3 — 12x2 + +50x + 40, a) Obtenha a quantidade x que deve ser vendida para moximizar o lucro. 5) Mostre que, para o resultado obtido acima, o custo marginal é igual & receita marginal 52. Resolva o exercicio anterior supondo que a fungGo receita seja R(x) = -3x? + 50x. 53. Prove que, se existe x tal que x seja interior ao dominio e 0 lucro seja maximo, entéo para esse valor de x a receita marginal & igual ao custo marginal (desde que ambos existam para esse valor de x} SugestGo: considere a definigao L(x) = R(x) — C(x) e derive ambos os membros em relacdo a x. 54. A produgdo de bicicletas de uma empresa ¢ de x unidades por més, ao custo dado por C(x) = 100 + 3x. Se a equagdo de demanda for p = 25 — > obtenha o numero de unidades que devem ser produzidas e vendidas para maximizar o lucro. 182 55, 56. 57, 58, 60. 6) 62. 64. 65, 66. PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL qd O custo de produgéo de x unidades de um produto é C(x) = venda é p. Obtenha o valor de x que maximiza o lucro. bx +0@ 0 preco de Resolva 0 exercicio anterior supondo que p = a. Bx. O custo de uma firma é C(x) = 0,1x? + 5x + 200, e a equagdo de demanda ép=10-5, Determine x para que o lucro seja maximo. O preco de venda por unidade de um produto é p= 50. Se 0 custo € C(x) = 1.000 + 3x4 +0,5x2, determine o ponto de méximo lucro Se a fungGo receita de um produto for R(x) = -2x? + 400x, obtenha o valor de x que maximiza a receita. A receito médica de vendas de um produto € Rye(x) que maximiza a receita. 4x + 600. Obtenha o valor dex Se a equagéo de demanda de um produto p = 100 ~ 2, obtenha o valor de x que maximiza a receita. Um grupo de artesdos fabrica pulseiras de um dnico tipo. A um prego de $ 100,00 por unidade, « quantidade vendida é 40 unidades por dia; se o preco por unidade é $ 80,00, a quantidade vendida é 60. a) Admitindo linear a curva de demanda, obtenha o preco que deve ser cobrado para moximizar receita dos artesdos b) Se os artesdos tém um custo fixo de $ 1.000,00 por dia, e um custo por pulseira igual 2 $.40,00, qual 0 preco que devem cobrar para maximizar o lucro didrio? A equagéo de demanda de um produto é p = 1.000 —x e seu custo mensal é C(x) = 20r+ + 4.000. ©) Qual preco deve ser cobrado para maximizar o lucro? b) Se, para cada unidade vendida, a empresa tiver de arcar com um imposto igual o $ 2,00, que preco deve ser cobrado para maximizar o lucro? Dada a fungéo custo C(x) = 16x? + 160x + 2000: 1 3 a) Ache © ponto de inflexao x, desta funcéo; b) Mostre que 0 ponto de minimo do custo marginal é x. Deseja-se construir um prédio com m andares. © custo do terreno € $ 1.000.000.00, 0 custo de cada andar € $ 25.000 + 1.000 m (m = 1, 2, 3...) Quantos andares devem ser construidos para minimizar 0 custo por andar? Em Microeconomia, « funcdo utilidade de um consumidor é aquela que dé 0 grau de sats- fagGo de um consumidor em fungéo das quantidades consumidas de um ou mais produtos. A fungéo utilidade de um consumidor é U(x) = 10x - e~®-!¥ em que x é 0 nimero de garrofas de cerveja consumidas por més. Quantas garrafas ele deve consumir por més para maximizar sua utilidade (satistagéo}? rr 67. 68 69, 70. 7 2. 73. CAPITULO 6 — APLICACOES DE DERIVADAS 183 A equacao de demanda de um produto 6 p = 30-5 In x. a) Ache a funcéo receita R(x) b) Ache 0 valor de x que maximiza a receita ) Ache a receita marginal Rmg(x), € mosire que ela é sempre decrescente, mas nunca se anula Uma empresa opera em concorréncia perfeita (0 prego de venda é determinado pelo mercado, sem que 0 empresa tenho condicées de alterar esse valor). O seu custo mensal marginal é Cmg(x) = 3x7 - 6x + 15, e 0 prego de venda é $ 20,00. Qual a produgdo mensal que dé lucro méximo? Uma empresa tem uma capacidade de produgéo de, no méximo, 200 unidades por semana. A fungéo demanda do produto ¢ p = ~0,2x + 900, e © custo semanal é dado por C(x) = 500 — 8x + x2, Qual preco que deve ser cobrado para maximizar o lucro semanal? Um monopolista (Unico produtor de determinado produto) tem uma fungao custo mensal dada por C(x) = 2x + 0,012, A fungéo de demanda mensal pelo produto é p= -0,05x + 400. Qual prego deve ser cobrade para maximizar o lucro, sabendo-se que: @) a capacidade maxima de produgao é 2.000 unidades por més. b) a capacidade maxima de producdo é 4.000 unidades por més. Aequagéo de demonda de um produto é x= 2002p. Mostre que a receita é moximizada quando € = 1, em que € a elasticidade da demanda em relagéo ao preco Quando o preco unitério de um produto é p, entao x unidades so vendidas por més Sendo R(x) « fungéo receita, most que SE. = x(1 ~ &), em que €6 c elosticidode da ip demanda em relagdo ao preco Sugestéo: considere a definicéo de receito R= p «x e derive ambos os membros em relacéo 0 p usando o regra da derivada do produto. Lembre-se de que a elasticidade do demanda é dada por e= - 2 4, em que o sinal negativo foi colocado para que x dp o resultado seja positive, pois & <0. p Modelo do lote econémico — Uma empresa utiliza 5 mil unidades de determinada matéria-prima por ano, consumida de forma constante ao longo do tempo. A empresa estima que o custo para manter uma unidade em estoque seja $ 4,00 ao ano. Cada pedido para renovagdo de estoque custa $ 100,00. 2) Qual o custo anual par manter, pedir e total de estoque, se o lote de cada pedido fiver 200 unidades? E 500 unidades? E 1.000 unidades? b) Qual a quantidade por lote que minimiza o custo total anual de estoque? 184 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL. Resolucdc O custo para manter estoque envolve, além dos custos de armazenagem, seguro, deterioragao e obsolescéncia, o custo de empatar dinheiro em estoque (0 dinheiro poderia, por exemplo, ser aplicado a juros) Por outro lado, como 0 consumo de matéria-prima ocorre de maneira constante a0 longo do tempo, podemos admitir que 0 grafico do estoque em fungéo do tempo tem © ospecto da Figura 6.9, sendo x a quantidade do lote. Figura 6.9: Fungéio estoque. estoque Como 0 estoque se inicia com x unidades e vai diminuindo até zero, concluimos que estoque médio é 7 Assim: Custo anual para manter: o 422k, 5.000 Custo anual pare pedir: + 100. Custo total anual de estoque = custo de manter + custo de pedir. 500.000 _ Custo total anual de estoque = 2x + a) Se x = 200, teremos: custo onval para manter = 2.200 = 400; 500.000 I S 00 = 2.500; custo onval para pedir = S000 custo total anual de estoque = 2.900. Se x = 500, teremos custo anual para manter = 2.500 = 1.000; custo onual para pedir = 50000 = 1.000; custo total anual de estoque = 2.000 Se x= 1,000, teremos: custo anual para manter = 2 - 1.000 = 2.000; 500,000 a custo total anual de estoque = 2.500. custo anval para pedir = & CAPITULO 6 — APLICACOES DE DERIVADAS — 185 4) Seja x a quantidade do lote que minimiza o custo total de estoque. O custo total anual é dado por: C(x) = 2x + 500.000. x Derivando C(x) e igualando o zero, teremos: _ 500.000 = Ca) =2 0. Logo, 2x? = 500.000 e x? = 250.000 = 500 (o raiz negotive nao faz sentido) Por outro lado: ‘© que confirma ser x = 500 0 lote que minimiza 0 custo total anual de estoque 74, Uma empresa usa 8.000 componentes eletrénicos por ano empregados de forma cons- fante ao longo do tempo. O custo para manter uma unidade em estoque é $ 1,00 por ano. Cada pedido de renovagéo de estoque custa $ 1,000,00. 2) Obtenha o custo para manter, pedir e total anual de estoque para os seguintes lotes: 2.000, 6.000 e 8.000. 5) Qual a quantidade por lote que minimiza o custo total anual de estoque? 75, No modelo do lote econémico, seja A a quantidade anual consumida de um item, Bo custo anual de manter uma unidade € C 0 custo de cada pedido. Mostre que o lote econémico (aquele que minimiza o custo total de estoque) é dado por: 76, Com relagao ao exercicio anterior, mostre que, no lote econémico, o custo de manter 6 igual ao de pedir. Capitulo 7 Integrais 7.1 Integral Indefinida No Capitulo 5 resolvemos o seguinte problema: dada a fungao f(x) determinamos su derivada f(x) = g(x). O problema que estudaremos neste capitulo é o inverso: dada a fungi g(x), obter uma funcao f(x) tal que f"(x) = g(x). Dizemos que f(x) € uma primitiva de g(r) No exemplo acima, dada a fung&o g(x) = 2x, devemos achar uma funco f(x) tal qu f(x) = 2x. Esse procedimento é chamado de integragao. E claro que f(x) = x? € uma solu, mas nao a tinica, pois se fi(x) = x? + 5, entdo também fi(x) = 2x = g(x). Se fix) for outra primitiva de g(x), entio f(x) = g(x), logo f'(x) ~ f{(x) = 0. Dagui segue-se que [f(x) - f,(x)]' = 0, ou seja, f(x) — f\(x) = c, em que c é uma constante. En| resumo, se f(x) e f(x) forem duas primitivas de g(x), entdo elas diferem por uma constant isto €, f\(x) = f(x) + ¢. Chamamos de integral indefinida de g(x), e indicamos pelo simbolo { g(x)dx a um primitiva qualquer de g(x) adicionada a uma constante arbitrdria c. Assim: J g@)dx = fix) +c, em que f(x) € uma primitiva de g(x), ou seja, f(x) = g(x). Dessa forma, para o exemplo dado, temos: J2xde =x? +0. Exemplo 7.1 J32dr= 22 + c, pois (y J Sdx = 5x + c, pois (5x)! = 5; Jetdx = e* + c, pois (e)' =e". 3x7 Usando 0s resultados do Capitulo 5, podemos obter as integrais indefinidas das princ- pais fungdes, que decorrem imediatamente das respectivas regras de derivagio. 1 nt : xml, +c, pois a derivada de 6x 1 n+l a) Sen é inteiro e diferente de 1, entdo f x"dx = : CAPITULO 7 —INTEGRAIS 187 ) {.de=in.x+-c, para x > 0, pois a derivada de Inxét. x Observemos que se x <0, {1 dx = In(-x) + c. Assim, de modo geral, podemos x escrever: Jracsinixl+e. x ae a+ 4) [cos xdx = sen x +c, pois a derivada de sen x € cos x. ¢) Para qualquer real @ # -1, J x%dx = +c. (x>0) ¢) [sen xdx = —cos x + c, pois a derivada de ~cos x é sen x. f) je*de = e* + c, pois a derivada de e* é e*. l Te 1 Trg de = atesen x + c, pois a derivada de arcsen x é =« dx = arctg x +c, pois a derivada de arctg x é 1 1+x2° HI »para-l +e )ae law 9) [Sax ) f2ede A) §(e+S)ax a) [Ger + Bde i) J (senx+ cos x)dr 1) Jenx-Se)dx Mostre que J 2*dx Mostre que J |. Mostre que | e*dx ee. . Sabendo-se que o custo marginal & Cyys(x) = 0,08x + 3 e que o custo fixo é $ 100,00, obtenha a fungéo custo. Resolucdo Sabemos que Cng(x) = C'(x). Assim: COR) = J Crug dd. logo C(x) = J (0,08x + 3)dx, C(x) = 0,08 s +346, C(x) = 0,042? + 3x +. Como 0 custo fixo é $ 100,00, segue que C(0) = ¢ = 100 = ¢ = 100. Portanto, a funcdo custo & C(x) = 0,04x? + 3x + 100, Ee CAPITULO 7 INTEGRAIS 189 12 13. Sabendo-se que o custo marginal € Crug(x) = O,1x + 5 @ que o custo fixo 6 $ 500,00, obtenha a funcéo custo. Sabendo-se que 0 custo marginal & Crg(x) = 2 € que o custo fixo ¢ igual a $ 200,00, obtenha a funcéo custo. Sabendo-se que o custo marginal 6 Ciy(x) = 6x2 - 6x + 20 € que 0 custo fixo & $ 400,00, obtenha 9) a funcéo custo; b) o custo médio para x Repita © exercicio anterior para a seguinte funcdo custo marginal: Crng(2) = 42? — 6x + 30 Sabendo-se que a receita marginal 6 Rryg(x) = 50 —x, obtenha a funcéo receito. Lembre-se de que a receita marginal é a derivada da funcdo receita e que porax=0 0 receita vale 0. Sabendo-se que a receita marginal 6 Ryg(x) = 20 - 2x, obtenha: a) 0 fungéo receita; b) a funcéo receita média. Sabendo-se que o receita marginal 6 Ryg(x) = 100, obtenha: a) a fungdo receita; b) a fungéo receita média. Sabendo-se que o custo marginal Cue(x) = 2, a receita marginal Rmg(X) = 5 € 0 custo fixo € $ 100,00, obtenha: 0) a funcao lucro; b) 0 valor dex para o qual 0 lucro é nulo. Sabendo-se que o custo marginal é 2 € a receita marginal 6 Ryg(x) = 10 - 2x, obtenha ovalor de x que moximiza o lucro. Se 0 custo marginal & Cryg(x) = 0,08x + 4, obtenha a fungéo custo, sobendo-se que, quando so produzidas 10 unidades, o custo vale $ 70,00 A produtividade marginal de um fator é -2x + 40 (x € @ quantidade do fator). Obtenha a fungao de produgéo sabendo-se que, quando x = 10, sGo produzidas 300 unidades do produto. lembre-se de que « produtividade marginal é o derivada da funcéo de producéo. -4 A produtividade marginal de um fator é 10x". Obtenha a fungéo de produgéo saben- do-se que, se x =0, nenhuma unidade é produzida. Apropenséo marginal a consumir 6 dada por p&_(9) = 0,8, em que y é a renda disponivel. Obtenha a funcéo consumo sabendo-se que, quando y= 0, 0 consumo é $ 100,00. . Com relagao aos dados do exercicio anterior, obtenha a fungdo poupanca A propenséo marginal a consumir é dada por pG¢(y) Sabendo-se que, quando y = 0, 0 consumo é 50, pede-se: @) a fungao consumo; ¢) a propenséo marginal a poupar. b) a fungdo poupanga; 190 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL 7.3 Integral Definida Seja f(x) uma fungio e g(x) uma de suas primitivas. Portanto, JfQddx = g(a) +c. Definimos a integral definida de f(x) entre os limites a e b como a diferent (6) - g(a), e indicamos simbolicamente » J foddx = g(b) - ga). A diferenga (b) - g(a) também costuma ser indicada pelo simbolo [g(x)]? Essa definic&o nao depende da primitiva considerada, pois se h(x) for outra primitivace f(x), entao a'diferenga entre h(x) e g(x) € uma constante; conseqiientemente g(b) - g(a)= = A(b) — h(a). Excmplo 7.3, Vamos calcular a integral definida | x7dx. 3 3 3 Como f x?dx = + c, uma das primitivas da fungao dada é =, Assim: 3 2 3 U7 as 2 Exemplo 7.4, Caleulemos a integral definida f dx. Temos es 2 [Lax = tin|x|}=1n2—In 1=In2. i O significado geométrico da integral definida € dado a seguir. Seja f(x) uma fungao continua e nao negativa definida num intervalo [a, b]. A inte definida | f(x)dx representa a Area da regio compreendida entre 0 grafico de f(x), 0¢i xe as verticais que passam por a e b (Figura 7.1). Figura 7.1: A érea destacada representa a integral de- finida de fix) entre a e b. Assim, indicando por A a drea destacada da Figura 7.1, teremos: CAPITULO7 —INTEGRAIS. 19] ° A=! fads. A justificativa intuitiva para esse fato é dada a seguir (Figura 7.2). Figura 7.2: Justificativa da integral definida. fx) als) x x+Ax Para cada x € [a, b] consideremos uma fungao g(x) que seja igual a drea sob f(x) desde aulé x; nessas condigdes g(a) = Oe g(b) =A. Consideremos agora um acréscimo Ax dado a x, ¢ seja Ag o acréscimo sofrido pela area 960) Sejam os retangulos de base Axe alturas hy e hy dados na Figura 7.2. Entéio temos: hy Ax < Ag ’ A=Jh(dx =| -fOdde = —| fdr. Exemplo 7.6, Calculemos a Area destacada abaixo. Temos: 3 [ G?-3x)de a Logo, a drea destacada A vale: A Exemplo 7.7. Calculemos a Area destacada abaixo. fix) = 22 - 3x. Chamando de A, a area destacada quando f(x) é negativa, ¢ Az quando f(x) é positiva, leremos: a, 3 Ar s-] 02 -3ydr=4]2 4 4g= |? 3ndr=[£ 194 Logo, a area destacada vale Ay + A= 21. Calcule as seguintes integrais definidas: who PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL. 4 4 a) J 2xdx 9) § @2-3x+ 2)dx 1 1 : 4( 5,41 b) Jers Idx h) i(e fae 4 2 ¢) J -3xdx ) fF i 1 2 3 d) J Pde j) fetdx 0 ° 8 2 e) J 0? -6x)de k) f sen xdx 6 0 5 ® f) J G2 —Sx)dx )) [cos xdx 0 a 22. Obtenha as dreas destacados: o) > d) yar a = s, b) e) yedx=x? 3 ¢) f) CAPITULO 7 —INTEGRAIS 195, WE =e Y | Ve yan ) 7am yok f m) ' ye senx Calcule a érea delimitada pelos graficos das fungées nos seguintes casos 0) fix)=x e g(x) =x (comx>0) ) fi)= xe e gixyaVx b) fix) =3x e gia? 24. Integrais impréprias — Suponhamos que um dos extremos de integracdo seja +e. Por exemplo, | flx)de. Nesse caso, por definicéo: ; Trondr= jim, | foods, desde que o limite exisioe sejo finite. Suponhamos, por exemplo, f(x) 196 25. PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL O significado dessa integral é a Grea sob 0 grafico de f(x) de 2 em diante (Figura 7.5). Figura 7.5: A rea destacada representa a integral Analogamente, definem-se , > [ fdav= lim_ f fade (desde que o limite seja finito). e ey F foyde= J fonde+T forde — (desde que existom as integrois do 28 membro pare a : ‘ 0 valor ¢ considerado} Esse conceito 6 bastante utilizado em Estatistica, em que as probabilidades sdo cal- culadas como dreas sob 0 gréfico de uma funcéo chamada densidade de probabilidade. Dada uma varidvel continua, as probabilidades a ela associadas séo obtidas a pariir de uma funcéo f(x) chamada funcéo densidade de probabilidade, cujas caracterist cas sao: (i) f@) = 0, para todo x (ii) f fdde=1 Por exemplo, pode-se verificar que a fungao ey sex =0 O,sex<0 fa)= é uma fungdo densidade de probabilidade. A probabilidade de uma varidvel continua estar entre dois valores a e b, com a dada pela integral f(x)dx. Assim, no exemplo dado, a probabilidade de a variével estar entre | e 3 6 dado por Jetdre be at i a ee Calcule as integrais impréprias ) Jette EE CAPITULO 7 —INTEGRAIS 197 74 A Integral como Limite de uma Soma Consideremos a regido destacada da Figura 7.6; a drea AA desta regiao pode ser aproxi- mada de trés maneiras: Figura 7.6: Area de uma regidio. y Aix + Ax) a) pela érea do retangulo ACDE: AA ~ fix) Ax; b) pela Area do retangulo MCDB: AA = fx + Ax)- Ax: ¢) pela drea do retangulo de base CD e altura f(x), em que xo € um ponto interior ao intervalo [x, x + Ax]: AA ~ f(x) - Ax. Vimos também que a Area sob o grifico de f(x), desde a até x é dado por AQ) = f fodds Podemos calcular a area da regio limitada pelo grafico de f(x) e 0 eixo x, desde a até b, (a seguinte forma: dividimos o intervalo a, b] em um certo ntimero de subintervalos, de amplitude Ax, ¢ obtemos a drea desejada, aproximadamente, por meio da soma das areas tos retingulos determinados. Para tanto, podemos usar 0 método descrito em (a). Conside- remos, por exemplo, a regidio da Figura 7.7. Figura: 7.7: Aproximagéio de j f(x) dr. [eax mb 198 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL a Temos: A~ fQ)AX + fOAx + fOy)Ax + fOs)Ax, b-a em que consideramos intervalos de amplitudes iguais, isto 6, Ax = Genericamente, podemos tomar n pontos x9, x1, X3, .--s%,_ com Ax= 2=4 de modo n que a area A € dada por: nel AnS papas. Se, a medida que n cresce (isto é, Ax tende a zero), existir o limite acl fim |) flax, dizemos que tal limite € igual & integral definida de f(x) entre os extremos a e b. Ou seja A= lim 5) fies) Ax =| floyd. 2 Exemplo 7.8, Calculemos f x2dx como o limite de uma soma. a 2 Dividamos 0 intervalo [0, 2] em n subintervals de amplitudes iguais a Ax = m A atea em questdo serd aproximada pela soma nel neal Py FapAr= > ayAx=Ax Figura 7.8: Célculo de f x'dx. Mas (ver Figura 7.8), 4 = 0, xy = Ax, x = AK, «444-1 = (DAR. CAPITULO-7 — INTEGRAIS 199 Ax{O? + (Ax)? + (2Ax)? +... + (n— DAx?I, A~ (Ax) + 4(Ax)? +... + (n= 1)? (Ax)? = Zyl ede oe eID in Como a soma entre colchetes dos quadrados dos primeiros (n — 1) némeros inteiros {a psitivos pode ser expressa por . 8 = 1nQn-1 Ax jim 8. @=Dn@n=D 8 2 sp Observemos que | x2dx i , isto 6, o exemplo mostrou a igualdade dos resulta- a lo tos, usando 0 limite e 0 cdlculo de uma integral definida. Exemplo 7.9. Uma mina produz mensalmente 500 toneladas de um certo minério. Estima- # que 0 processo extrativo dure 30 anos (360 meses) a partir de hoje e que o prego por tonelada do minério daqui at meses seja f() = -0,011? + 101 + 300 unidades monetarias. Qual a receita gerada pela mina ao longo dos 360 meses? Se 0 prego por tonelada fosse constante ao longo dos 360 meses, a resolugdo seria inediata: bastaria multiplicar 500 pelo prego e o resultado por 360. Todavia, o preco varia com o tempo; hoje o prego é f(0) = 300, e daqui a 24 meses serd [04) = 534,24. O grafico do prego em fungao do tempo é dado pela Figura 7.9. Figura 7.9: Grafico de fin) = -0,017 + 101 + 300. " ' ol 0,1 0203 Tomemos o dominio [0, 360] ¢ 0 dividamos em subintervalos de amplitude igual a 0,1. hin €: =0; =O); =02; 0, tye00= 360. 200 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL 5 No subintervalo [0; 0,1] 0 prego varia de f(0) = 300 a f(0,1) = 301. Admitamos, ea primeira aproximago, que 0 prego se mantenha em 300. Nessas condigdes, a receita geraia nesse subintervalo sera: R, = 500 - (0,1) - 300 = 15.000. Notemos que (0,1) - 300 é a 4rea destacada do retingulo I da Figura 7.9. Analogamente, admitamos que no subintervalo {0,1; 0,2] 0 prego se mantenha en £(0,1) = 301. Nessas condigdes, a receita gerada no intervalo de tempo desse subintervalo sect: Ry = 500 - (0,1) - 301 = 15.050. Notemos que (0,1) » 301 € a dea destacada do retangulo II da Figura 7.9. Prosseguinido dessa forma, poderfamos calcular as receitas até Rey € somé-las par obter aproximadamente o resultado procurado. Entretanto, se subdividissemos o intervalo [0; 360] em n subintervalos de amplitude At= 302, a receita total seria: R= 500+ At- (0) + 500 a0-fP2) + 500-ar-s(2- 360), w+ 500+ At “F(a 8) = 500 Ar 0) + Ar-f(722) 4 ar f(2 30), : + arf(n-D- 320) Quando n — oe At— 0, 0 limite da soma da expressio entre colchetes é a 4rea sobo 360 grafico de f(t) entre 1= 0 e t = 360, ou seja, é igual af f(t)dt. a Assim, 360 Rr=500- J flaat. 0 Como 360 60 J fdt= J (-0,012 + 10r-+ 300)ar i : B 360 = [-001 £45e4 3001" = 600.480, 3 lo segue-se que Ry = 500 - (600.480) = 300.240.000. 7.5 O Excedente do Consumidor e do Produtor Consideremos uma curva de demanda e suponhamos que b e f(b) sejam a quantidadee preco de equilibrio, respectivamente (Figura 7.10). Calculemos quanto os consumidores deixariam de gastar pelo fato de 0 preco de equilibrio ser f(b). E CAPITULO 7 —INTEGRAIS 20] Dividamos o intervalo [0, b] em n subintervalos, cada qual com comprimento Ax = ©. n Consideremos o primeiro subintervalo [0, x)]. Se fossem adquiridas somente x, unida- des e a0 prego f(x)), © gasto dos consumidores teria sido x; f(x;) = Ax - f(a). Se 0 prego agora fosse f(x2), as restantes unidades x» ~.x, = Ax seriam vendidas ¢ 0 gasto dos consumi- dotes (nesta faixa) teria sido Ax - f(x). Prosseguindo dessa forma até atingir o preco f(b), 0 gasto total dos consumidores seria F(x) + Ax + fy) Ax +... + f(x,) Ax. Essa soma nada mais é do que a soma das ér s dos retngulos destacados na Figura 7.10. Figura 7.10 Assim, sen + co € Ax—+ 0, 0 gasto dos consumidores seria » J fladdx. a Como 0 prego de equilibrio € f(b), todos acabam pagando esse prego e com gasto igual ab-fib). Assim, 0 dinheiro que os consumidores deixaram de gastar nessas condigées, chamado excedente do consumidor, é: » [f@dx—b-f@). a que é representado pela area da regido destacada da Figura 7.11. Figura 7.11: © excedente do consumidor. 2 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL Analogamente, define-se excedente do produtorcomo a diferenga entre o que ele r efetivamente pelo fato de o prego de equilibrio ser f(b) e 0 que receberia caso o prego f inferior a f(b). Graficamente, 0 excedente do produtor é a area da regidio destacada no gi fico da curva de oferta da Figura 7.12. Figura 7.12: O excedente do produtor. Excmiplo 7.10, Dadas a fungdo de demanda f(x) = 30 - xe a fungao de oferta f(x) =x? + It a) qual o ponto de equilibrio de mercado? b) qual o excedente do consumidor? ©) qual o excedente do produtor? Resolucie a) P+ 10=30-x 2 +x-20=0 = x=4 (a raiz negativa x = —5 nao tem significado). Assim, f(4) = 26, 0 ponto de equilibrio de mercado € P(4, 26), como indicado na Figura 7.13, Figura 7.13: Excedente do consumidor e do produtor do Exemplo 7.10. — excedente do consumidor b) o excedente do consumidor é dado por 4 J (30—x)dx - (4) - (26), a ou seja, por Bid [30x13 4 — 104 = 120-8 - 104 =8. 0 EL CAPITULO 7—INTEGRAIS 203 6) oexcedente do produtor é dado por (4)- 26) - J? + 10)dr, ou seja, por se 104 — | —[oxls = 104 - S40 310 Sen 26, Uma mina produz mensalmente 600 toneladas de certo minério. Estima-se que © pro- cesso extrativo dure 25 anos (300 meses) a partir de hoje e que o preco por tonelada do minério, daqui a t meses, seja f(t) = -0,017 + 12r + 400. Qual a receita gerada pela mina ao longo dos 300 meses? 27, Resolva o exercicio anterior admitindo que fit) = 400 + 20Vr 28. Um poco de peirdleo produz 800 toneladas de petréleo por més e sua producdo se esgotaré daqui a 240 meses (20 anos}. Daqui a t meses 0 preco por tonelada de petrdleo 6 estimado em f(t) = -0,01F + 81+ 500. Qual a receita gerada por esse poco até esgotar sua produgdo? 29. Dadas as fungées de demanda f(x) = 20- 2x e a de oferta fix) = 5 + x, pede-se 0) © ponto de equilibrio de mercado; b} 0 excedente do consumidor; ©) 0 excedente do produtor. 30. Dadas as fungdes de demanda f(x) = 21 —.xe a de oferta fix) = 2 + 15, pede-se: 4) © ponto de equilibrio de mercado; b) © excedente do consumidor; ©) 0 excedente do produtor. 2 31. Dadas as fungées de demanda fix) = 30—x e a de oferta f(x) = = pede-se: a) © ponto de equilibrio de mercado; b) 0 excedente do consumidor; <) 0 excedente do produtor. 16 Técnicas de Integracao Nem sempre é possivel obter a integral indefinida de uma fungdo usando-se as formulas ce integragdio das principais fungdes. Algumas vezes, temos de recorrer a algumas técnicas specificas. Veremos a seguir as principais. 204 PARTE 2 — FUNGOES DE UMA VARIAVEL A Integraséo por Substituiséio Essa técnica consiste em substituir a varidvel da fungio a ser integrada de modo a obter mos uma integral imediata, ou que seja mais simples de calcular. A idéia baseia-se na seguinte relagio sf tela = Jflwidu, (1.1) cuja justificativa é a seguinte. Seja g uma primitiva de f; Logo few = flu) ow ainda { fwdu = g(u) +c. 1) iw Admitindo’u como fungio diferencidvel em relagio a x, segue-se pela derivada da fur ¢do composta que: du A tewi= 4 tee 4 =f 4 consegtientemente, J fu) - ae) dx=gu)+e. (13) Das relagdes (7.2) e (7.3) segue-se que: ff - $4] ax= j fondu, Excmplo 7.11, Calculemos a seguinte integral J a, Notemos inicialmente que nao hé uma férmula imediata para 0 célculo dessa integra Entretanto, se fizermos u = 1 + x2, teremos ae = Assim, a integral pode ser escrita sob a forma J(+ . a) a us dx Que, pela relagio (7.1), pode ser escrita como J 4 du. Portanto 1 | du =1 [jpdu=In|ul +e =In|L +22] +c=In(1 +22) +c, pois (1 +22) € sempre positivo Em resumo, a integral original vale 2x. i 5 dv=In(l +x) +0. Ll+x? CAPITULO 7 —INTEGRAIS 205 Uma maneira pratica, também freqiientemente utilizada, consiste em tratar a deriva- di (7 7 como uma fragao. Assim, no nosso exemplo u=l+x de =2x e du=2xdx. Substituindo esses valores na integral dada, obtemos de] Ht =n +e=Inl +x) 4c. emplo 7.12. Calculemos a integral f (3x + 4)!dx, Notemos que nio se trata de uma integral imediata. Chamando u = 3x + 4, teremos 24 = 3 = dr = 4 dx 3 du 1 de = f yo ae [Gre 4dr = fue = t 1 du = udu = % 11 Portanto, a integral procurada vale (3 ae oe Leebtercicios 42. Calcule as seguintes integrais pelo método da substituicéo: — o) [4 e) fede jy pXbeinz yy 443x © b) if f) Je. cos xdx J) $0243) 2xde dx 24 13, od Sa eo Ie K) J x24 1txde 4x d) fe%dx h) Jsen xcos xdx Y Iaptgae 33. A toxa de variagao da quantidade vendida V de um produto em relacdo aos gastos com propaganda x 6: 20 S+x Sabendo-se que, quando x= 100, V = 80, obtenha Vem funcéo de x. Dado: In 105 = 4,65 Va)= 34. Colcule as integrais definidos: tow b) JaVo ae a 206 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL Integragdo por Partes Sabemos que se U(x) e V(x) sao fungdes derivaveis, entdo pela regra da derivada do produto: {U@) - VOI! = U'@) - Vex) + UG) VIO; e, conseqiientemente, U(x) VQ) = [U@) - Voy - U'@) - VO. Integrando ambos os membros, obtemos: JU() - V’@)dr = UG) - Vx) - JU) - Vdd, que € chamada férmula da integragio por partes. Lvemplo 7.18, Calculemos a integral [x - e*dx. Notemos inicialmente que nao se trata de uma integral imediata. Se fizermos: logo, pela f6rmula da integracdo por partes: Jx-etdv=x-e%—fl-e'dvax-etete, Excmplo 7.14. Caleulemos a integral [In xdx. Notemos inicialmente que nao se trata de uma integral imediata. Se fizermos: U@) =Inx = U(x) = Vi = 1 Va) =x, logo, pela formula da integragdo por partes: Jinxdx =x-Inx-Jl-de=x-Inx-x4e. SS ae 35. Calcule as integrais abaixo usando o método de integracéo por partes: a) fx-inxdx e) fx -etdx b) Jx-senxdx f) fx" Inxdx (n # -1) o) Jx-cos.xdx g) J sen? xdx d) Jx-e"de CAPITULO 7 —INTEGRAIS 207 biegracéo de Algumas Fungdes Racionais Lembremos que uma fungdo racional R(x) € dada pelo quociente entre dois polinémios: = Pa) Ra) = Ges Se 0 grau do numerador € maior que o do denominador, existem polindmios M(x) ¢ Na), tais que: P(X) = Q(x) - M(x) + NG), emodo que PO) _ gy + NO On) QQ)’ jmque o grau de N(x) € menor que o grau de Q(x). Logo, se quisermos calcular a integral de Ra), teremos: =fPO ne N@)) ay JR@dx =f Beh ae = J Mex) + 2 ar ertanto 80) =| Mande + | BE. Nessa tiltima expressdo, jd sabemos como calcular | M(x)dx; logo, resta-nos saber como akular a integral { oar dx, em que o grau de N(x) é menor que o grau de Q(x). E possivel demonstrar que o quociente es pode ser escrito como soma de termos da ma: mM Ay An, Bit Cx | Bot Cx Bt Gad i-a) * Wak ** Gar * Mehta * @ehrsoe tt + bree” fengue Ay, A>, ++) Any Biy Bas «+s By Cts Cp, -.-» C 840 constantes a serem determinadas. As ts0es assim obtidas so chamadas de fragdes parciais. templo 7.15. Decompor em fragdes parciais a fungao a =3 +1 e-em seguida achar oe integral dessa fungao. Temos: z+ xed Ba POT 208 PARTE 2-~ FUNCOES DE UMA VARIAVEL 4a Somando as fragGes parciais, teremos, A+] _ Apbe= 1) + Ante = 1) + Ay? eae (x= 1) x41 _ (Ay + Ay)x? + (Ap Apx— Ad Boe (x= 1) . Logo, identificando os numeradores dos dois membros, teremos: A, +A3=0, Ag-A,=1, -A)=1 Resolvendo esse sistema, obtemos: A, =-2, A>=-1 e Ay =2. Portanto xtl [2 [sth wall3 3-2) tdx~ Jade + 2) 4 ax-l =-2In|x|4xt+2In|x—1 +e. Exemplo 7.16. Decompor a fungdo Gs ve a Ty £m fragdes parciais © em seg calcular sua integral. Tem x-1 __A Bx+C (e+ DQ? -x41) 7 x41 -x4l _ APH Axt A+ B+ Crt Brt+C + DO? -x+ 1 _ (A+ Bye + (B+ C-Ale+C+A = (x+ DQt=x4 1) : Identificando os numeradores dos dois membros: i: CAPITULO 7 —INTEGRAIS 209 A solugao desse sistema é: A = x = leaner & As integrais do 2° membro podem ser calculadas pelo método da substituigdo, resultan- dem 2 sinje ; 5 Inlet t+ 5 in|xP—x4 Tae. ST 36. Calcule as seguintes integrais envolvendo funcées racionais: 2x-1 x wea” cea dx xtdx x? + 1) as (x? — Dx + 2) 1.7 Nogées sobre Equacées Diferenciais Nas diversas areas do conhecimento, notadamente em Economia, certos fenémenos tolem ser expressos por relagdes envolvendo taxas de variagdo instantineas: como essas tuas sto dadas por derivadas, os fenémenos passam a ser expressos por equagdes envol- tendo derivadas. A esses tipos de equagdes envolvendo derivadas chamamos de equaces dferenciais empl 7.17. Sao exemplos de equag6es diferenciais: dy ) & =0; i) et Oy = 0; ay . ) D = ae i) 4c; f) xy’ ~ Sy = 0, em que y’ é a derivada de y em relagdo ax; )"~2y’ + 10y = 0, em que y” é a derivada segunda de y em relagdo ax. fiemplo 7.18. E razodvel admitir que a taxa de crescimento de uma populagao seja propor- ial ao tamanho da populago NV, naquele instante, Assim, indicando por on a taxa ft rescimento da populagao em relag2o ao tempo, 0 modelo descrito pode ser expresso a equacao diferencial aN = kN, em que k é uma constante de proporcionalidade. 20 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Exemplo 7.19, Suponhamos que 0 maximo que se pode vender de um produto, em cert ano, seja 100 mil unidades. Suponhamos ainda que a taxa de crescimento das vendas en relaco ao tempo (1) seja proporcional a diferenga entre o maximo das vendas € o valor yds vendas naquele instante. Assim, esse fato pode ser descrito pela equagao diferencial 2 = k- (100 —), em que € uma constante de proporcionalidade. Solucéio de uma Equacio Diferencial Chama-se solugdo de uma equagao diferencial qualquer fungao f que, substitufda m equacio diferencial, reduz a equagdo a uma identidade. Exemplo 7.20, Consideremos a equagio diferencial y' + 5y = 0, em que y’ é a derivada dey em relagao a x. A fungao y = e** é uma solugdo da equagao diferencial, pois y' = 2 =~Se*e, subst- tuindo esse valor na equagio diferencial, teremos SeF4 5-2) =0, que é uma identidade. Analogamente, a fungdo y = 2e-* também é solugiio da equacdo diferencial, pois —10e™*, e, substituindo esse valor na equagao diferencial, teremos y MWe +5 + (2e$) = 0, que é também uma identidade. Verifica-se que também sao solugdes da referida equagio as fungdes 1 os = e*ete, 3 y= Be Ses, De modo geral, toda fungio do tipo y = c - e-5* é solugdo da equagio, em que c ER Femplo 7.21, Verifique que a fungao y= + +c é solugdo da equacao diferencial 2 x qualquer que seja o valor de c real. Temos 1 dy See ees © Assim, qualquer que seja c real, a funco dada satisfaz a referida equacao. E CAPITULO 7 —INTEGRAIS 211 ST 47. Mostre que a fungéo 349 & solugdo da equacdo diferencial y’ = 312, 38. Mosire que o fungéo y = é solucéio da equacdo diferencial y’ + y=0. 39. Mostre que a funcéo y =. ? 6 solugdo da equacao x2y" — 2y = 0. 40. Mostre que a fungéo y= - e-** é solugdo da equagao y' + 6y volor real c. , qualquer que seja 0 41. Mostre que a fungao y= A - Be é uma solugéo da equacéo y= k(A ~y). Solugo Particular Consideremos a equacao diferencial x = 2x. E facil ver que a fungdo y =2 + ¢ é wlugio dessa equago, qualquer que seja o valor real de c. Chamamos essa solugiio de ‘ulugdo geral da equagdo. Graficamente, a solugdo geral é constituida pela familia de rébolas y = 1° + c, com c R. Na Figura 7.14 estao representadas graficamente algumas essas parabolas, Figura 7.14: Grafico de algumas solucées da equaciio dy/dx = 2x. Se impusermos que a solugio passe por um determinado ponto, por exemplo (3, 4), dieremos uma solugdo particular da equagéo. Dizemos que x= 3 ¢ y = 4 € uma condigao cial para essa solugao particular. Para determinarmos qual das fungGes satisfaz a condigdo inicial dada, basta fazermos }=4 para x= 3 na solugo geral y = x? +c. Isto é 4=P4c50¢ Assim, a solugao particular procurada é y = x2 — 5. n2 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL 42. Verifique que a fungdo y = c - e* & solugéo geral da equacao y’ + By = 0. Achea solugéo particular, sabendo-se que para x= 0, temos y = 10. 43. Mostre que a funcgao y = x — 2x? — x + ¢ € solugdo geral da equacgéo y’ = 3x? - 4x1 Obtenha a solucdo particular, sabendo-se que para x= 1, temos y= 7 44, Verifique que a fungdo y= In x +. é solucdo geral da equacéo y’ =t Qual a solugéo particular de modo que y = 18 para x= 1? 45. Verifique que a fungéo y = cx? 6 solugdo geral da equacéo xy’ - 2y = 0. Enconire a solucéo particular de modo que para x =-2, 0 valor de y seja 10. Resolusio pelo Método da Separagiio de Varidveis Existém varios métodos de resolugao de uma equacio diferencial, cada qual aplicadoa determinado tipo de equacao. O método de separagiio de varidveis é um dos mais simplese 0 que apresentaremos a seguir. Basicamente, a técnica consiste no seguinte: para uma equagdo diferencial envolvendo as variveis x e y, separamos em um lado da equagdo os termos envolvendo x, em outros termos envolvendo y (aderivada “. ¢ considerada como o quociente entre os valores dye Ax, bastante pequenos), ¢ em seguida integramos os dois lados. Por exemplo, consideremos a equaco diferencial 2 = ly. Ix Separando as varidveis, teremos 2 = 10ax Em seguida, integramos os dois membros, obtendo In| y|+ cy = 10x + cp, em que c; € cz sdo constantes, In|y|= 10x +e) -¢,. Chamando de c a diferenga c) ~ ¢, obtemos In|y| = 10x + ¢=9|y|=e!*¢, e, portanto, lore yeel*e ou CAPITULO-7 — INTEGRAIS 213 Bxemplo 7.2: Consideremos a equacao diferencial & Separando as varidveis, teremos Pdy = xdx. Integrando os dois membros Jy°dy = Jxdx, Evemplo 7.23. Modelo de crescimento exponencial — Consideremos uma varidvel y, positiva, que seja {ungo do tempo x. Além disso, suponhamos que a taxa de variagio de y em relagdo a x seja woporcional ao valor de y no instante x. Nessas condigdes dizemos que y tem um cresci- mento exponencial em relagao ao tempo x. Assim, a = my, em que m € a constante de proporcionalidade. Separando as varidveis, teremos & = mdx. Integrando os dois membros Jmdx, In y = mex + ¢, pois, por hipétese, y € positivo. y=em*© 6a solucdo geral da equagao. Suponhamos que para x = 0, 0 valor de y seja A. O correspondente valor de c é dado por A=e®-e, e, portanto, e = yoA-em, , € a solucio particular, no caso, € Podemos obter o significado da constante m, procedendo como segue. Consideremos dois instantes de tempo xy € x), tais que Ax = x; — xy = 1. Dessa forma, podemos escrever “em, Yo yp=A-e™, 24 PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL a Dividindo membro a membro as relagdes acima, teremos segue-se que portanto em=l+k>m=in(1 +h), Ou seja, a constante de proporcionalidade m representa o logaritmo natural de | maisa taxa de variagiio de y por unidade de tempo. E-xemplo 7.24. O tamanho de uma populagdo y cresce exponencialmente com o tempo x Hoje 0 tamanho da populacao € de 2.000 pessoas, e a cada ano a populagao cresce 2%. Quul a expressio de y em fungdo de x? O valor de y € dado por A= 2.000. Por outro lado, e" = | + k, em que k = 2% = 0,02. Assim, A-e"™, em que A € 0 valor de y para x = 0. Portanto y= 2,000 - (e")* = 2.000 - (1 + 0,02)* = 2.000 - (1,02)*. Exemplo Juros continuos — Dizemos que um capital C cresce a juros continuos (ou continue mente) quando o montante M tem um crescimento exponencial em relagdo ao tempo n. Assim, usando na formula do crescimento exponencial y = A - e”, a notagao y=M, xan e C=A, teremos a seguinte fSrmula dos juros continuos M=C-e™", Assim, por exemplo, suponhamos que um capital de $ 2.000,00 cresga a juros continuos, dado pela formula M = 2,000 - 2", em que n é expresso em anos. ‘Se quisermos a taxa anual de crescimento k, basta notarmos que e9? = | + k. Portanto, 1+ k=1,2214 = k=0,2214 = 22,14% ao ano. iE CAPITULO 7 — INTEGRAIS 215 Kremplo 7.26, Curva de aprendizagem — Suponhamos que existam 100 mil clientes em potencial para Suirir um novo produto. Admitamos que a taxa (em relago ao tempo x) com que os tmsumidores ficam conhecendo © produto seja proporcional ao nimero de pessoas que tinda no 0 conhecem. Assim, se y for o mimero de pessoas (em milhares) que ficam conhecendo 0 produto, (100 - y) sera o ntimero de pessoas que ainda nao 0 conhecem. Portanto 2 =m -(100~y), em que m € a constante de proporcionalidade. Essa equacio pode ser resolvida por separaco de varidveis, como segue: We iy =A J es =| max. A integral do 12 membro pode ser calculada pelo método da substituigao, fazendo u=100-y. Logo a =-l, ¢, portanto, dy =—du. Prosseguindo na resolugdo da equacdo, teremos [=M = max, 7 =In|ul +c)=mx+ cy, —In(100-y)=mx +c, emque c=c)~c, In(100 - y) = -mx—c, 100-y=em-2, y=100-em™~<, qe é a solucdo geral da equacao. Uma solugao particular pode ser obtida considerando que para f = 0 tenhamos y =0. Isto §s¢0= 100 — e-*, entio e~ = 100, e a correspondente solugio particular é entdo dada por y= 100—e™-6 = 100 em. ee y= 100-e"™- 100 = 1001 ~ e™), A constante m pode ser obtida, sendo dada uma informagdo adicional. Por exemplo, sponhamos que ao final de 1 ano, 50% dos clientes fiquem conhecendo o produto. Entio y=50, para x=1. ne PARTE 2 — FUNCOES DE UMA VARIAVEL Logo 50 = 100(1 ~ e™), em=0,5, n0,5, ouseja, m=0,6931. —m Dessa forma teremos a solugdo particular y = 100(1 — e~°3'), Assim, poderemos saber quantos elementos ficarao conhecendo o produto em qualquer instante x de tempo. 0. grifico dessa fungdo, chamada curva de aprendizagem, é dado pela Figura 7.15. Figura 7.15: Gréfico da curva de aprendi- zagem y = 100(1 - e**), esr eee 46. Oblenha a solugéo geral das seguintes equacées: ay de 0) Sx 47. Ache a solucéo particular da equacéo 2 = 0,5(80 - y), sabendo-se que, para x=0, temos y= 0. 48. Ache a solugdo particular da equagéo & =.() 3), sabendo-se que, para x= 1, temos yes. 2, temos 49. Qual a solugdo particular da equacéo a =, sabendo-se que, quando x y y= 102 50. Qual a solugéo particular da equacéo a (1 -y), sabendo-se que, pora x=0, 0ve- Ix lorde y 6 15? (Sugestao: no cdlculo da integral use decomposicao em fracbes parciais | ees || Parte 3 FUNCOES DE VARIAS VA IAVEIS Capitulo 8 mm O Espaco n-Dimensional Capitulo Fungdes de Duas Varidveis Capitulo Derivadas para Funsées de Duas Variaveis Capitulo 11 Maximos e Minimos para Fungdes de Duas Varidveis Capitulo 12 tm Funcdes de Trés ou Mais - Varidveis MBAs | Capitulo 8 O Espaco n-Dimensional 8.1 Introducdo Fregiientemente ocorrem situacdes em que interessam observagdes numéricas simulté- teas de duas ou mais varidveis. Assim, observagdes simulténeas de duas varidiveis podem serrepresentadas por pares ordenados; observagdes simultaneas de trés varidveis podem ser representadas por triplas ordenadas, e assim por diante. Além disso, € importante também a forma como essas varidveis se relacionam. Em tais casos, é necessério introduzir uma nomenclatura adequada para descrever tais situagées. foque veremos a seguir. 8.2 O Espaco Bidimensional Seja R 0 conjunto dos ntimeros reais. O conjunto formado por todos os pares ordenados dereais 6 chamado espago bidimensional e é indicado por R x R ou simplesmente por R: R= {((a,b)|a E Reb E R}. Assim, por exemplo, so elementos de R? os pares: ej il ( 3.4,1.2($.4).0.¥2). Geometricamente, um elemento (a, b) de R? pode ser representado no plano cartesiano, porum ponto de abscissa a e ordenada b (Figura 8.1). Figura 8.1: Representagdo geométrica do par ordenado (a, b). 220 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS ct 8.3 Relagdes em R? Chama-se relagdo binéria, ou simplesmente relago no R2, a todo subconjunto de R? Exemplo 8.1. Seja A = {(x, y) € Ry = 2x + 1}. A representacdo geométrica do conjuntod € uma reta (Figura 8.2). Figura 8.2: Representacéio geométrica da relacéio dada por y = 2x + 1. Exemplo 8.2. Se B = {(x, y) © R?|y = 2x + 1}. Entdo, a representagdo geométrica do conjunto B é um semiplano situado “acima” da reta de equagio y = 2x + 1 (Figura 8.3). Figura 8.3: Representacdo geométrica da relacdo dada por y = 2x+ 1 Exemplo 8.3. Considerando C= {(x, y) € R?| x? + y? < 4}, a representagao geométrica do conjunto C é um cfrculo de centro na origem e raio 2 (Figura 8.4) Figura 8.4: Representacdio geométrica da relagtio dada por x? + y° = 4. 14 2 CAPITULO 8 — 0 ESPACO n-DIMENSIONAL — 22] Exemplo 8.4. Seja D = {(x, y) © R?|x > 3}, a representagao geométrica desse conjunto é 0 semiplano situado a direita da reta vertical x = 3 (Figura 8.5). Figura 8.5: Representacdo geométrica da relagiio x > 3. Exemplo 8.5. Uma fébrica produz um artigo a um custo fixo de $ 10,00 ¢ um custo varidvel por unidade igual a $ 2,00. Seja x a quantidade produzida. O custo total y para fabricar x nidades do artigo & y=10+2x, x2=0. O grafico dessa relagio a semi-reta da Figura 8.6. Figura 8.6: Representacdio geométrica da relagdio y = 10 + 2x (x = 0). x Observacao Lembremos que, se tivermos no plano cartesiano a representagio gréfica de uma fungao }=/13), 08 pontos que estdo “acima” do grafico satisfazem a relagao y > f(x) e os pontos “ahaixo” do gréfico satisfazem a relagio y < f(x). No caso de termos a representacdo geométrica de uma circunferéncia de equacdo (ta) + (y—b)? = r?, de centro C(a, b)e raio r, os pontos interiores a ela satisfazem a relagao (-a)? + (yb) <2, eos pontos exteriores a ela satisfazem a relagdo (x —a)? + (y—B)2 > P. Uma relacao do tipo x > k € representada geometricamente pelos pontos do plano A dirita da reta vertical x = k; a relagdo x < k € representada pelos pontos a esquerda da reta vertical x = k. m2 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS 8.4 Distancia entre Dois Pontos Sejam (x;, 1) € (%, y2) dois elementos de R?, representados geometricamente pelos pontos P; e P:. A disténcia entre eles é 0 nimero AP), Pr) =V (2-41 + O2— YP Notemos que a distancia representa 0 comprimento do segmento P; P; na representagio geométrica (Figura 8.7). Quando nao houver possibilidade de confusdo, a distancia é indicada simplesmente por d. Figura 8.7: isincia entre os pontos P; & P; y Esemplo 8.6. A distancia entre os pontos (1, —2) e (4, 2) €: d=V(1-4) +(2-2P =V94 16=5. Fe 1. Esboce o grafico de cada relacéo abaixo: o) A={@y) € Rly =x—2} b) B= (Gy) © Rly = x-2} o) C={Q,y) € Rly 3) e) E={@y) € Rly > x) f) F={Q@,y) ER) +? <25} g) G= {(x,y) € R[x? + y? > 25} h) H={(x,y) © R*|(x-2P +? < 1) i) 1={G,y) © RI (r-4)? + -42 = 1) CAPITULO & — © ESPAGO n-DIMENSIONAL 2. Obtenha os pontos que satisfazem simultaneamente as relacées. (y=x+2 e (i) y= 2 m3 a “2 |0 x w 3, Obtenha os pontos do plano que satisfazem simultaneamente as relagées: 4, Obtenha os pontos do plano que satisfazem simultaneamente as relagées: w xty22 e -x+y=2 xty=10 xs 4 : ys2 r=0 y20 5. Obtenha os pontos do plano que satisfazem simultaneamente as relacées: Ixls3 e lyl=2 6. Obtenha os pontos do plano que satisfazem simulianeamente as relacées: Per + tena e e) E={(y) Oe ex>0) ex>0} Wet, 8. Um consumidor tem uma verba de $ 30,00 que ele pretende alocar na compra de dois bens A ¢ B de precos unitérios $ 1,00 e $ 2.00, respectivamente. Sejam xe y as quantida- des consumidas de A e B. Represente graficamente os possiveis pares (x, )). 204 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS 4 Admitindo que os produtos sejam divisiveis, x e y podem assumir quaisquer valores reais ndo-negativos (pois so quantidades), desde que satisfagam a restrigdo orgamentaria 1-x+2-y = 30, Assim, x e y devem satisfazer simultaneamente as relacdes: x+2y = 30, x20, y20, cuja representagéo geométrica é dade abaixo: 15 30x Um consumidor tem uma verba de $ 300,00 que iré alocar na compra de dois bens Ae B de precos unitarios $ 2,00 e $ 4,00. Sejam x e y as quantidades consumides de A e B. Represente graficamente os possiveis valores de xe y. Uma empresa de informatica produz dois modelos de impresoras, Ie J. O custo de produzir 0 modelo J € $ 300,00 por unidade e o de produzir 0 modelo J & $ 400,00. Devido a restricées no orgamento, a empresa pode gastar por semana no méximo $ 12.000,00. A capacidade de méo-de-obra da empresa permite fabricar no méximo 35 impresoras por semana. Sejam xe y as quantidades de Ie J que podem ser produ das por semana. Represente graficamente os possiveis valores de xe y. Uma marcenaria produz mesas e cadeiras de um Unico modelo, utilizando dois insumos trabalho e madeira, Para produzir uma mesa sao necessdrios 5 homens-hora e para produzir uma codeira, 2 homens-hora. Cada mesa requer 10 unidades de madeira e cada cadeira, 5 unidades. Durante um periodo de tempo, o marcenaria dispée de 200 homens-hora e 450 unidades de madeira. Sejam x e y o némero de mesas cadeiras que podem respectivamente ser produzidas nessas condicées. Represente graficamente os possiveis valores de xe y. Suponha que existam, para um certo animal, dois tipos de racées: A e B. A racéo A contém (por kg) 0,2 kg de proteina, 0,5 kg de carboidrato e 0,1 kg de gordura. A racéo B contém (por kg) 0,25 kg de proteina, 0.4 kg de carboidrato e 0,25 kg de gordura. Um animal requer, por semana, no minimo 1,5 kg de proteina, 2 kg de carboidrato e 1 kg de gordura; chamando de x a quantidade (em kg) da ragéo A, ¢ ya da racéo B, necessérias por semana, represente graficamente os possiveis valores de x e y. Caleule a distdncia entre os pontos A e B nos seguintes casos a) A(3,4) e B(O, 0) d) A(1,0) e B(-2,-6) b) A(-1, 2) e B(2,-6) e) A(m+3,m—1) e Bim—1,m+2) ¢) AG,-D e BQ,-7) CAPITULO 8 — O ESPACO n-DIMENSIONAL — 225 8.5 O Espaco Tridimensional Seja R 0 conjunto dos ntimeros reais. O conjunto formado por todas as triplas ordenadas ereais € chamado de espaco tridimensional e é indicado por R x R x R ou simplesmente por R®. Assim: R= (a,b, c)|aE Rb ER, c ER}. Por exemplo, sio elementos de R° as triplas ordenadas 13) (11 24,5), (3.-h3), (3, 4.0). Geometricamente, um elemento (a, b, c) do R? pode ser representado por um ponto P de abscissa a, ordenada be cota c, num sistema de eixos Ox, Oy e Oz perpendiculares dois a this. A cota c é a disténcia do ponto P em relagao ao plano determinado pelos eixos Oxe Oy, pecedida pelo sinal + se 0 ponto estiver “acima” do plano, e precedida pelo sinal — se tstiver “abaixo” desse plano (Figura 8.8). Figura 8.8: Representacéio geométrica de um ponto no espaso tridimensional. eee geremee ceempontene expos icimensional 8.6 Relagdes em R? Chama-se relacdio no R3 a todo subconjunto do R°. Exemplo 8.7. Se A = {(a, y; 2)|x=0}, a representagdo geométrica de A é 0 plano determina- dopelos eixos Oy e Oz (Figura 8.9). Figura 8.9: Representacdo tridimensional da relagio x = 0. 26 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS a Exemplo 8.8. Se B = {(x, y, z)|z = 2}, a representacdo geométrica desse conjunto € 0 plano paralelo ao plano determinado por Ox e Oy e distante duas unidades do mesmo (Figura 8.10). Figura 8,10; Representacao tridimensional da relagdo z = 2. 8.7 Equagao do Plano em R? Pode-se provar que toda relago do R? que satisfaz uma equagio do tipo ax + by + cz+d= =0 (coma, b, c,d reais e a, b, c nao nulos simultaneamente) tem por representagdo geomé- trica um plano no espaco tridimensional. O grafico de tal plano pode ser obtido por meio de trés pontos nao alinhados. Vamos, por exemplo, obter o grifico do plano de equagao 2x+3y+z-6=0. Cada ponto do plano pode ser obtido atribuindo-se valores arbitrérios a duas das vari veis e calculando-se o valor da outra pela equagao. Assim: + Para x= Oe y=0, teremos z— 6 =0, ou seja, z= 6. O ponto obtido € (0, 0, 6). + Para x= Oe z= 0, teremos 3y ~ 6 = 0, ou seja, j O ponto obtido € (0, 2, 0). + Para y =e z= 0, teremos 2x - 6 = 0, ou seja, x= 3 ponto obtido é (3, 0, 0). Portanto, o plano procurado € o que passa pelos pontos (0, 0, 6), (0, 2, 0) ¢ (3, 0, 0) eest representado na Figura 8.11 Figura 8.11: Representagéo do plano 2x + 3y + 7-6 =0. 6 i CAPITULO 8 — 0 ESPACO n-DIMENSIONAL 227 8.8 Distancia entre Dois Pontos em R? Sejam (x, y. 21) € (3, ¥2, 22) dois elementos de R? representados pelos pontos P, e P>, Chama-se distancia entre eles 0 nimero Ine PE A(P), Px) = (x9 — 1)? + O2— yi)? + (Qa Dessa forma, a distancia é o comprimento do segmento P;P; da Figura 8.12. Figura 8.12: Distancia entre dois pontos do R?. Exemplo 8.9. A distancia entre os pontos P,(1, -2, 3) € P2(3, 0, 6) & d=V(1-3P + (2-07 + @-6 =V44449=V17. 14, Sejam Ox, Oy e Oz trés eixos perpendiculares dois a dois e: @: o plano determinado por Ox e Oy, B: 0 plano determinado por Ox e Oz 7:0 plano determinado por Oy e Oz, Assinale V se a afirmagao for verdadeira e F se for falsa: 2) (2, 3,0) & um ponto de a. €) (0,0, 4) é um ponto do eixo Oz b) (2,0,3) um ponto de B. f) (0,-2,0) € um ponto do eixo Ox ©) (0,2,3) é um ponto de 7, g) (0,-2, 0) 6 um ponto do exo Oy. d) (0,0, 2) 6 um ponto do eixo Ox. h) (0, -2, 0) € um ponto do eixo Oz 15. Esboce 0 gréfico de cada relagéo abaixo: a) A={((xy, d) D={(x 9,2) € R3|x=0} b) B= {x e) E=((xy, 2 ER ly=0} o) C={G, 16. Esboce 0 grafico dos seguintes planos: o) xty+z=2 d) x-y+z-1=0 b) 2x+3y44e-12=0 e) x-y=0 c) 3x4+4y-z2-12=0 f) xty=2 228 PARTE 3'— FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS | 17. Calcule a disténcic entre os pontos A e B nos seguintes casos: 9) A(1,2, 1) e B42, 3) ¢) ACI, 2,-1) & BOO, 1,-3) b) A(2, 1,3) e BO, 0,0) d) ACL, 4,2) e BU, 4,2) 8.9 O Conjunto R” Seja R 0 conjunto dos nimeros reais. O conjunto formado pelas énuplas ordenadis (seqiiéncias de n elementos) de reais é chamado de espago n-dimensional e é indicado por R'. Exemplo 8.10 (3, 4, 2, 6) é um elemento de R4, (2, 1,6, 3, -5) € um elemento de R°, (2,-3, 4) € um elemento de R3. Em particular, o conjunto R! € préprio conjunto dos niimeros reais (representados geometricamente num tinico eixo). Os elementos de R", para n > 3, nao admitem represen- tagGo geométrica. Uma relagao do R" € qualquer subconjunto de R. Assim, 0 conjunto A = {(x, 9, 2) € R*|1 = 0} € uma relagio do R; pertencem a A, por exemplo, os elementos (2, 3, 4, 0), (9, 8, 7, 0) € (2, -2, 0, 0). Dados dois elementos do R", P4(xy,.X9, 5 X,) © Po()1. Y2y «+-5 Yq) a distdincia entre elesé o ntimero AP), Px) = VQ) ~ 1)? + O22) + + On — i 8.10 Bola Aberta Seja C um elemento do R" e rum mimero real positivo. Chama-se bola aberta de centro Ce raio r a0 conjunto dos pontos do R" cuja distincia até C é menor que r. Isto é, a bola aberta € 0 conjunto BUC, r) = {P ER" |d(P. C) 0, tal que B(P, r) C A. Exemplo 8.13, Seja A = {(a, y) © R?|y = 2}. O ponto P(4, 4) € interior a A e 0 ponto PG, 2) nao € interior a A (Figura 8.15). Figura 8.15 8.12 Conjunto Aberto Seja A um subconjunto do R". A & chamado de conjunto aberto se todos os seus pontos sio interiores. 230 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS a Exemplo 8.14. O conjunto A = {(a, y) € R?|x > 2} € aberto, pois todos os seus pontos sio interiores (Figura 8.16). Figura 8.16: Conjunto aberto dado pela relagdio x > 2. 0 2 Kaemplo 8.15. O conjunto B= {(x, y) € R?|x = 2} nao é aberto, pois os pontos da rela X= 2 no sao interiores a A (Figura 8.17). Figura 8.17: Os pontos da reta x= 2 nao sao interiores. yi 8.13 Pontos de Fronteira de um Conjunto Seja A um subconjunto do R". Um ponto de A que nao é interior chama-se ponto de fronteira de A. Exemplo 8.16. Seja A = {(x, y) € R? | y = 2}. Os pontos da reta y = 2 so pontos de fronteira de A (Figura 8.18). Figura 8.18: Os pontos da rela y = 2 sdo pontos de fronteira. ys ee ronteire a x E CAPITULO § — O ESPAGO n-DIMENSIONAL 231 Exemplo 8.17. Seja B = {(x, y) € R?| x? + > = 1}. Os pontos da circunferéncia de equagao #+y°= 1 sdo pontos de fronteira de B (Figura 8.19). Figura 8.19: Os pontos da circunferéncia x? + y? = 1 so de fronteira, 18. Calcule a disténcia entre os pontos A e B nos casos: 9) AC, 0, 2,3) e B(2,3, 1,1) 5) ACI, 2, 0,0, 3) e BO, 0,-2,~1, 5) ) AQ, 2, 3,4) e BU, 2,3, 4) 19. Dado 0 conjunto A = {(a, y) € R?|.x = 2}, assinale os pontos interiores: a) PU, 4) c) P(2,6) e) P(2,2) b) P92, 5) d) PC, 9) f) Pd,-9) 20. Dado 0 conjunto A = {(x,y) © R|x+y <2,x=0ey = 0}, assinale os pontos interiores: 9) PCL, 0) <) PALL) e} PUR, 1/4) b) PO,1) d) PUR, 1/2) f) PG, 0) 21. Quais conjuntos séo abertos? a) A={(x,y) € Ry > 3} b) B= (x,y) © R*||x| <3) od C={% ER |y=x} d) D={(x,y) ER ly=x4 1) e) E=(%, DER |O 5} e) b) B= {(x,y) € R?|-1 x} h) a [ene rly 1} Capitulo 9 Fungdes de Duas Varidveis 9.1 Introducao Em muitas situagdes que ocorrem, quer no plano teérico quer na prética, hd necessidade de considerar diversas varidveis. E muito importante, nesses casos, tentar descrever quantitativamente a forma pela qual elas se relacionam. Uma das formas de expressar tal relacionamento é descrevendo como uma delas se expressa em fungao das outras; tal conceito. € chamado de fungo de varias varidveis. Neste capitulo estudaremos fungdes de duas varié- veis, deixando para o Capitulo 11 o estudo de fungdes de trés ou mais varidveis. lo 91. A demanda semanal de manteiga num supermercado depende de certos fato- res, como seu prego unitério, prego unitario de bens substitutos (por exemplo, margarina), renda familiar, gostos pessoais e outros. Em primeira aproximaedo, suponhamos que a demanda por manteiga dependa de sev prego unitério p; ¢ do prego unitério da margarina ps. Dizemos, entio, que a quantidade demandada q é fungao de p, e p» ¢ escrevemos =f. P: Existem métodos que permitem obter empiricamente tal fungao a partir de observagées, Tais métodos costumam ser estudados em Estatistica. O que faremos, salvo mengo em contririo, ¢ utilizar essas fungdes supostamente ja obtidas por aqueles métodos. Exemplo 9.2, A tungao de Cobb-Douglas — 4 fungao de produgao relaciona a quantidade produzida de algum bem em certo intervalo de tempo com os insumos varidveis necessdrios a essa produgio (trabalho, terra, capital e outros). Um modelo de fungao de produgao muito uti zado foi introduzido pelo economista Paul Douglas e pelo matemético Charles Cobb, am- bos norte-americanos, em seus estudos sobre a repartigZo da renda entre o capital e o trabe- Iho no inicio do século XX. A expresso da referida fungao é P=f(L, K)=A-K*-L'-@, i CAPITULO 9 — FUNGOES DE DUAS VARIAVEIS 233 em que P 6 a quantidade produzida, K€ 0 capital empregado, La quantidade de trabalho envolvido. Aconstante A depende da tecnologia utilizada e a é um parametro que varia de 0 a 1. 9.2 Funcdes de Duas Varidveis Seja D um subconjunto do R®. Chama-se fungao de D em R toda relagdo que associa a cada par ordenado (x, y) pertencente a D um tinico ntimero real indicado por f(x, y). O conjunto D é chamado dominio da fungao e f(x, y) é chamado de imagem de (x, y) ou valor éefem (x, y). Exemplo 9.3. Seja D = R? e f(x, y) = x? + y?. Tal funcdo associa, a cada par de mimeros rais, a soma de seus quadrados. Assim, por exemplo SQ, 3) = 22 + 3? = 13, fC, -2) = 12+ (27 =5. E facil perceber que as imagens dessa fungo so nimeros reais ndo negativos. Exemplo 9.4. Sejam qa quantidade semanal demandada de manteiga num supermercado (em kg), 0 prego por kg de manteiga, y:0 pteco por kg de margarina. Suponhamos que q = 100 - 2x + ly. Temos assim uma fungao de duas varidveis em que f(x, y) = q ¢ 0 dominio da fungao é D={(x, y) € R°|x = 0, y = Oe 100 ~ 2x + ly = 0}, pois nao € possivel termos pregos ou qantidades negativas. Assim, por exemplo, F(10, 8) = 100 - 20 + 8 = 88, iso é, se o preco por kg de manteiga for $ 10,00 e o da margarina for $ 8,00, a quantidade smanal demandada de manteiga seré de 88 kg. Observacaio Quando nao for especificado o dominio de uma fungao, convenciona-se que o mesmo é omais amplo subconjunto de R?, de modo que a imagem f(x, y) seja um nimero real; além «isso, se a fungo for decorrente de uma situagao pratica, os valores de x e y devem assumir valores compattveis com as caracteristicas das varidveis consideradas (por exemplo, se xe y forem quantidades, elas ndo podem ser negativas) Assim, por exemplo, para a fungao f(x, y) = V omjunto D = {(x, y) € R?|y-x > 0}. %, convenciona-se que o dominio é 0 234 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS 4 Para a fungao f(x, y) = = ; convenciona-se que o dominio € 0 conjunto D={(x, y) © R*|2x-—y 40}. Sr Considere a fungao dada por fix, y) = aaty Caleule o) fl. 1) f) f(, 3) +15, 5) b) #0, 3) £0.2) f 9 51,6) <) f(-6,6) h) f+ Ax, 4)— (3, 4) d) f(8,9) i) f(3,4+ Ay)-f(3, 4) 4 e) fla,a)(a #0) Considere a fungao f(x, y) =x+ y. Para que valores de x e y tem-se f(x, y) = 22 Represente groficamente a resposta. Considere a fungéo f(x, y) =2**¥. Para que valores de xe y tem-se f(x, y) = 12 Represente graficamente @ resposta. Dada a funcéo f(x, y) = x- y; represente graficamente os pontos (x, y) para os quais fy=1 Uma loja vende apenas dois produtos, o primeiro o $ 500,00 a unidade e o segundo, « $ 600,00 a unidade. Sejam x ey as quantidades vendidas des dois produtos. 0) Qual a expresso da receita de vendas? b) Qual o valor da receita se forem vendidas 10 unidades do primeiro produto e 15 do segindo? ©) Represente groficamente os pontos (x, y) para os quais @ receita & $ 300.000,00. Sejam xe y as quantidades vendidas de dois produtos, cujos pregos unitérios sGo $ 100,00 € $ 300,00, respectivamente. @) Determine a funcéo receita R(x, y). b) Calcule R(2, 4). ¢) Represente graficamente os pontos (1, y) para os quais a receita vale $ 12.000,00. Seja C(x, y) = 100 + 2x + 3y a fungéo custo conjunto para fabricar x unidades de um produto |e y unidades de um produto II 2) Qual o custo de fabricacdo de 10 unidades de | e 20 unidades de II? b) Qual o custo fixo? ¢) Qual a variagdo do custo quando se aumenta em 5 unidades a fabricagGo do produ- to | e em 6 unidades a do produto Il, a partir da situagdo do item (a)? d) Represente graficamente os pontos (x, y) para os quais o custo é $ 300,00. gE CAPITULO 9 — FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 235 8 Em Economia, chama-se utilidade de um consumidor ao grau de satisfagéo que o mesmo adquire ao consumir um ou mais bens ou servigos. Suponhamos que um con. sumidor tenho a seguinte fungéo utilidade: Ue x2) = x1 “a2, em que x €.a quantidade consumida do bem | ¢ x, a quantidade consumida do bem Il Suponha que, no inicio, ele consuma 4 unidades de | e 6 unidades de Il 9) Seo consumidor diminuir 0 consumo do produto | para 3 unidades, qual deve sero consumo de Il para manter o mesmo nivel de satisfacdo? 4) Se o consumidor aumentar o consumo do produto | para 12 unidades, qual deve ser 0 consumo de Il para manter o mesmo nivel de satisfacéo? ¢) Supondo que os bens |e Il sejam vendidos em quantidades inteiras, quais os posst- veis combinagées que o consumidor poderd fazer para manter o nivel de satisfagao do inicio? 9. Um consumidor tem a seguinte fungdo utilidade: U(x, y) y, em que xe y sdo as quontidades consumidas de dois produtos A e B, respectivamente. Considere os pares (, y) de consumo: (i): 6,0) (W): G4) (ill: , 8). Coloque em ordem crescente de preferéncia esses pares. 10. As preferéncias de um consumidor ao consumir mags e bananas sdo tais que sua fun- Go utilidade & U(x, y) = ax + b, em que x é a quantidade consumida de macés e ya de bananas. Sabendo-se que o consumidor esta sempre disposto a trocar duas bananas por uma magé, mantendo o mesmo grau de satisfacGo, obtenha a relagdo entre ae b. 11. Uma firma opera segundo a fungao de producdo P(K, L) = 2 - K°5. 125, em que P60 quantidade produzida por dia {em unidades}, Ko némero de méquinas empregadas, Lé 0 némero de homens-hora empregados 9) Qual a quontidade produzide por dia se forem empregados 16 méquinas ¢ 256 homens-hora? 5) Qual a producéo se K = 02 <) Se K€ mantido constante em 16 unidades, mostre que P aumenta com L a toxas decrescentes. 12. Seia Pt, y) = m - x92 . y° uma fungéo de producéo. Calcule m sobendo-se que, quando sdo usadas as quantidades x = 32 e y= 256 dos insumos, séo produzidas 100 unidades do produto 13. As equacées de demanda de dois produtos A e B séo p=50-2x (Aye q=k-y @) em que p & q So os precos Unitérios e x e y as respectivas quantidades. Calcule k de modo que a receita seja $ 2.000,00 quando sdo vendidas 6 unidades de A 2 unidades de B. | ee 14. 15, PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS 4 Uma empresa produz um produto em duas fabricas, | e Il. As funcdes custo em cada fébrica sGo Ci) = 500+ 10x em (I) & Cx) = 600 + 8y em (Il), em que x ey séo as quantidades produzidas em cada fébrica Obtenha « fungao lucro L(x, y), sabendo-se que o preco de venda do produto é $ 12,00. As funcées de custo de dois duopolistas sao dadas por C(x) =3xe Ci) = z y?, em que xe y s60 as quantidades. A equagao de demanda pelo produto da industria (conjunto das duas firmos) & p = 200-x—y. Qual a fungdo lucro L(x, y) da industria? Dispde-se de uma quantidade total 36 de mao-de-obra para fabricar dois produtos cujas quantidades séo x e y. Cada um desses produtos emprega mao-de-obra de acordo com as funcées de producéo: x=2NL, e y=3NL, em que L; e L indicam as quantidades de mao-de-obra destinadas 6 fabricago de cada produto. a) Obtenha o conjunto dos possibilidades de producao (os valores possi b) Obtenha a equagéo da curva de transformacéo. is pora.xe3) a) As possibilidades de produgo sao os pares (x, y) tais que: x=2VL, ay y=WVL, Q) £, +L, = 36, (3) L,=0elL,=0. (4) De (1) obtemos De (2) obiemos Substituindo em (3) temos: =36 ov enldo = <1, = y= 0, rte * 4 om xD og que € 0 conjunto dos possiveis valores de x e y. Observemos que 0 gréfico dessa relacdo é a superficie eliptica da Figura 9.1. CAPITULO 9 — FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 237 Figura 9.1: Dominio de x e y. y 18 0 12 x 6) A curva de transformagéo é constituida dos pontos de fronteira da relagdo obtida to & 4 tee a om (a), €, portanto, & dado pela equagio +5- + 2 = (cujo grdtico é o arco de elipse da Figura 9.1) 17. Dispée-se de uma quantidade de méo-de-obra igual a 1.000 para fabricar dois produ- tos cujas quantidades x e y sdo dadas pela funcéo de producéo: L em que 7; eT sao as quantidades de méo-de-obra necessérias para a fabricacéo de coda produto. 9) Obtenha a equagdo do conjunto das possibilidades de producéo. 6) Obtenha @ equacéo da curva de transformacao. 18. Ache o dominio de cada uma das seguintes funcdes e represente-o graficamente: 9) fly) =Vx4y—2 4) fosy)=Vynx4 Vy-2 6) fan yy=Vy=2 9) fix, y) = Vay 9) fla y= LL h) f(x,y) = logee—y~2) d) foxy) =V+) i) fx, y)=InG?-y-1) 1 e) fn y)= Ve J) fx, y)= Ing) 9.3 Graficos de Funcées de Duas Variaveis Vimos, no estudo de fungdes de uma varidvel, que seu gréfico era o conjunto (Gy) € R'ly = f(x) ex € DI. Conseqiientemente, a representagio gréfica era feita no plano cartesiano (Figura 9.2). 238 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS 4 Figura 9.2: Representacdo grafica de funcio de uma variavel. y 2) 0 De modo totalmente andlogo, definimos grafico de uma funcao de duas varidveis. Seja ‘f(x, y) uma fungio de duas varidveis x e y. O grafico da fungdo é 0 conjunto {0s y, 2) € R82 =f, ») € (x,y) ED}. Portanto, o grafico de f(x, y) ser representado no espaco tridimensional, de tal form que a cada par (x, y) do dominio corresponda uma cota z= f(x, y), como mostra a Figura93 Figura 9.3: Grafico de funcdes de duas variaveis. De modo geral, a obtengio do grafico de uma fungdo de duas varidveis s6 € um proble ma simples em algumas situag6es particulares. Em virtude disso, costuma-se utilizar uma forma alternativa de representagio chamada método das curvas de nivel, que veremos a seguir. Antes, porém, vejamos alguns exemplos de grificos s. Determinemos o grafico da fungao f(x, y) =x + y, cujo dominio € dado por D= {(0,0), (1, 0), (2, 0), 0, 1), U, D, 2, D, (, 2), U2), 2.2)} Temos: , £0, I) = 1, £0, 0)=1, fa, )=2, f(2, 0) =2, f2, 1) =3, CAPITULO 9 — FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 239 Eo grafico é aquele da Figura 9.4. Figura 9.4: Grafico da fungao f(x, y) = x + y do Exemplo 9.5. Exemplo 9.6. Consideremos a fungdo constante f(x, y) = 4, com dominio D = R?. Nesse caso, como z= 4 para todo par (x, y), 0 gréfico sera um plano paralelo ao plano sy, distante 4 unidades do mesmo (Figura 9.5). Figura 9.5: Grafico da funcdo fix, Bremplo 9.7. Consideremos a fungao f(x, y) = 6 — 2x — 3y, com dominio D = R2. Temos £=6-~2x—3y = 2x 4 3y +76. Conforme vimos no capitulo anterior, o grafico da relagio 2x + 3y + z= 6 6 um plano no pago tridimensional. 40 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS. « Para desenharmos esse plano tomemos trés de seus pontos que sejam nao alinhados. + Parax=0e y= 0 => z= 6. Temos 0 ponto (0, 0, 6). + Parax=0ez=0=3 y=2. Temos o ponto (0, 2, 0). + Para y=0ez=0=3.x=3. Temos 0 ponto (3, 0, 0). Portanto o grifico da fungo € 0 plano da Figura 9.6. Figure: 9.6: Grafico da fungio f(x, y) = 6 - 2x - 3y. Exemple 9.8. Consideremos a fungio de produgio z = x°5 - y°5 com dominio D= (x,y) € R’|x > Oey = 0}. Nesse caso, para termos idéia do grafico, vamos obter secgdes paralelas do mesmo, da seguinte forma: * Secgdes paralelas ao plano x0z =ly=2ete, (i) y 0, portanto a intersecgdo do grafico com o plano x0z € a reta z=0 (Figura 9.7) Figure 9.7: Intersecgdo do grafico da fungao 5, 95 com o plano y= 0. E CAPITULO 9 — FUNGOES DE DUAS VARIAVEIS — 241 (y= | = z=x°, portanto a secedo do gréfico pelo plano de equagao y = | é a curva de equagao z = x°5 (Figura 9.8). Figura 9.8: InterseccGo do grafico da fungio z = x95. y®5 com o plano y= 1 (2,1,V2) (4,1,2) ii) y = 2 > z=V2- x9, porta a secgio do grifico pelo plano de equagdo y = 26 a curva de equagao 2 - x5 (Figura 9.9). Figura 9.9: Interseccdo do grafico da fungdo z= x°5. y5 com o plano y = 2. + Seegdes paralelas ao plano yz. Facamos x= 0,.x= 1, x=2ete. Temos (x= 0 = z= 0, portanto a intersecgdo do grifico com o plano yOz é a reta z = 0 (Figu- 149.10). LL ————————————— 242 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS Figura 9.10: Intersecc&o do grafico da funcéo z=105, 05 com 0 plano x=0. (ii) x= 1 > 2=y5, portanto a secgdo do grifico pelo plano de equacio.x = 1 é a curvade equacéio z= ys (Figura 9.11). Figura 9.11: Intersecgdo do grdfico da fungiio z= x5. °F com o plano o 1 (iii) x= 2 > 2 =V2- y5, portanto a secgdo do gréfico pelo plano de equagao x= 2¢a curva de equagdo z = V2- y® (Figura 9.12). Figura 9.12: Interseccdo do gréfico da funcdo z= x°%. plano x =2 ie CAPITULO 9.— FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 243 Com essas informagées, é possivel visualizar o gréfico da fungdo como a superficie da Fgura 9.13. Figure 9.13: Gréfico da fungdio z = x95 5 z ¥ SS 19. Esboce © grafico das seguintes fungées: 9) fix, y) =2y com D = {(0, 0), (1, 0), (2, 0), (0, Ds (1, 1), (2, 1), (0, 2), (1, 2), (2, 2)} 6) fl») com D = {(0, 0), (1, 0), (2, 0), (0, 1), (1, 1), (2, 1), (0, 2), A, 2), (2, 2)} ¢) fl y)=2,D=R d) fly) =5,D=R e) fly) = 12—3x—4y, D=R? f) fy yax+y, 9) fe, A) fox i) fayy)=1-8,D=R j) fayyy=1-y,D=R 9.4 Curvas de Nivel Devido a dificuldade de desenharmos o gréfico de uma fungio de duas varidveis, costu- mamos utilizar a seguinte forma alternativa de representagao: obtemos 0 conjunto dos pon- tts do dominio que tém a mesma cota c; tais pontos, em geral, formam uma curva que reebe 0 nome de curva de nivel c da fungao (Figura 9.14). Figural 9.14: Curva de nivel de uma fungi : t i Serer m4 PARTE 3 — FUNGORS DE VARIAS VARIAVEIS 4 Assim sendo, atribuindo valores a c, obtemos varias curvas de nivel, que permitem tira importantes informacées sobre a fungao. O método das curvas de nfvel, além de ser muito utilizado em Economia, € também utilizado em outras dreas, como Engenharia (topografia de terrenos), Geografia e outras. urvas de nivel c = 1,c=2ec=4 sao: Exemplo 9.9. Seja a fungao f(x, y) = 27 + y?. As c=1=2x+y*=1 (circunferéncia de centro (0, 0) € raio 1), ¢=2=9.2+y%=2 (circunferéncia de centro (0, 0) ¢ raio V2), ¢=45.2 +4? =4 (circunferéncia de centro (0, 0) ¢ raio 2). Essas curvas de nivel aparecem representadas na Figura 9.15. Figure: 9.15: Curva de nivel c= 1, c=2.€ ¢ = 4 da fungéo Fregiientemente, a representacdo das curvas de nivel € feita desenhando-se apenas «s eixos Ox e Oy, como na Figura 9.16. Figura 9.16: Curvas de nivel ¢= 1, c= 2. c= 4 da fungéo fly year+ yr y Exemplo 9.10. Consideremos a fungao de produgiio P = L° . KS trabalho envolvido e K, o capital. CAPITULO 9 — FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 245 , em que L representa 0 As curvas de nivel c= 1e ¢=2 sio: c= 1 105. KOS 1 = L=-, tales 4 c=2> DS. KS=2 7 re A representagao dessas curvas de nivel comparece na Figura 9.17. Cada curva de nivel fomece os pares (K, L) para os quais a produgio é constante, sendo a primeira com produ- séo igual a 1 e a segunda igual a 2. Em Economia, essas curvas de nivel so denominadas survas de isoproduto ou isoquantas de produgdo. Figura 9.17: Curvas de nivel ¢= 1 e ¢ = 2 da fungdo de produ- So P= 195, KS 20. Esboce as curvas de nivel das fungées: 0) f(x, y) = 3x4 4y, nos niveis c= 12 e c= 24; b) fla, y)=x-y, nos niveisc=0,c=1 € c} fx, y) = 2x 3y, nos niveis c =6,c= 10 ¢ d) fix, y=, nos niveise=1 © vey e) fla, yy=y—22, nos niveise=0 e c ) fx, y) ~x +4, nos niveise =0 e c= 5; g) fix, ~2), nos niveisc=0 e c=1; h) fix, y) = Va? +P 2, nos niveise=0 e c= 1; i) fy) =xy, nos niveis e= 1, = le=2ec 46 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS 4 21. Considere a fungdo ulilidade de um consumidor U(x, y) =xy, em que x 6 a quantidade consumida de um produto A, e y é a quantidade consumida de um produto B. Esboce as curvas de nivel c= 2 ¢= 4 ¢ explique seu significado econémico. Tais curves recebem o nome de curvas de indiferenca, 22. Considere a fungao utilidade de um consumidor U(x, y) =7y, em que x 6 a quantidode consumida de um produto A, e y é a quantidade consumida de um produto B. Esboce as curvas de nivel c= 1 ec=2. Loa 23. Seja P = 2K 4 - L* uma fungéo de producéo. Represente os pares (K, L) para os quais P=8 24. Seja R = 2x + 3y a receita de vendas de dois produtos de quantidades x e y. Esboce o grafico dos pontos (x, y) para os quais a receita vale $ 120,00. (Em Economia, tal curva recebe 0 nome de iso-receita,) 25. Mostre que duas curvas de nivel, com niveis distintos, nao se interceptam. 26. Considere a funcdo f(x, y) definida num dominio D determinado pelas inequacoes: =. 2 ) Represente graficamente D. b) Se f(x, ») =x-+ y, represente as curves de nivel c=2 € c= 3 desta fungao. ©) Qual a curva de maior nivel de f(x, y) que intercepta D? 27. Se a funcdo utilidade de um consumidor U(x, y) =(x- a)? + (y— bY, em que ae b séo constantes positivas, como sao as curves de indiferenca? 9.5 Limite e Continvidade As nogées de limite e continuidade para fungdes de duas foram vistas para fungdes de uma varidvel. Intuitivamente falando, o limite de f(x, y) quando (x, y) tende ao ponto (Xo, yo) é0 niimero L (se existir) do qual se aproxima f(x, y) quando (x, y) se aproxima de (xo, yo) po qualquer caminho, sem no entanto ficar igual a (%, Yo). Indicamos essa idéia da seguinte form lim A= ba Caso L seja igual a f(x, yo). dizemos que f € continua em (Xo, yo); caso contra, Ff 6 dita descontinua em (%, Yo). & CAPITULO 9 — FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 247 Exemplo 9.11, Seja f(x, y) = x+ y. O limite de fx, y) quando (x, y) se aproxima do ponto (2,3) € 0 ntimero 5, ¢ escrevemos fle y)=5. lim (902.3) Como f(2, 3) = 5, f€ continua em (2, 3). Exemplo 9.12, Seja a fungao f(x, y) = {k a ae Pee 3), Olimite de f(a, y) quando (x, y) se aproxima de (2, 3) 5, Isto é lim, fix, y)=5. » 92.3 Como f(2, 3) = 6, f € descontinua em (2, 3). . 1, se y <2, 3. syefh Exemplo 9.13. Seja f(x, y) { a Nesse caso, ndo existe o limite de f(x, y) quando (x, y) tende a (x9, 2), qualquer que seja ‘a pois, & medida que (x, y) se aproxima de (x9, 2), fx, ») fica ora igual a 1, ora igual a3 Figura 9.18). Figura 9.18: Grafico da funcao f )=1, sey = 2e fla, y)=3, sey > 2. Portanto, f(x, y) € descontinua em todos os Pontos da reta de equaco y = 2, do plano x0y. 0s teoremas que enunciaremos a seguir sio titeis no célculo de limites € verificacio de ‘atinuidade de fungdes de duas varidveis. Teorema { ‘Sto continuas em todos os pontos de seu dominio as fungoes: 4) polinomiais nas variveis x e y; Fb) racionais nas varidveis xe y. Assim, de acordo com o Teorema 1, so continuas, por exemplo, as fungdes: St, y) =? + y= xy, Vx, y (polinomial), Sls, y) =3y? xy + y+ 6, Vx, y (polinomial), 2 fy) = ety Vx, y tais que xy | (racional). — mB PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS 4 Teorema 2 Se f(x, y) € g(x, y) so continuas em (xo, yo), entdio sero também continuas em (Xp, Yo) as fungoes: : a) f(x, y) + BQ y) d) f(x, y)- gy) g) log f(x, y)( FG, Yo) >: b) fl») 80.9) ©) LEX (go,39) #0) cos fy) c) k- f(x,y) (KER) f) al (a> 0) i) sen f(x, y) De acordo com os teoremas vistos, so continuas em todos os pontos de seu dominio, por exemplo, as fungdes: . fa yar + 2xy', fix, y)= AZ, x-y fee yy=2-, Fix, y) = In + y), f(xy) =sen(x? + y), fla, yy =P +e. SCSI 28. Dada a funcdo fix, y) = 2x + 3y, obtenha ponto (3, 4). a f(x,y) e verifique se ela é continua no 3.4) 29. Dada a fungéo [ty t2seQa #0, D fouy lence aed, verifique se elo é continua em (1, 1). 3 8 Dada a fungéo ya [7 ty? se (4) # (0, 0) Ie Ws ( se (xy) = (0,0), verifique se ela é continua em (0, 0). 31. Dada a fungéo 5 _[l.sex = 2 po=[28Ne 2 verifique se ela 6 continua em (2, 7). 32. Dade a fungéo fee | Fajr 2 OY FOO) Use @») = 0,0), verifique se ela & continua em (0, 0) Capitulo 10 Derivadas para Funcdes de Duas Varidveis 10.1 Derivadas Parciais Consideremos uma fungao f(x, y) de duas varidveis. E um problema importante saber- amos qual o ritmo de variagao de f(x, y) correspondente a pequenas variagdes de x e y. Uma primeira abordagem que podemos fazer desse problema consiste em manter fixa uma das varidveis e calcular o ritmo de variagao de f(x, y) em relag&o a outra varidvel Aidéia que norteia esse estudo chama-se derivada parcial, que passaremos a definir. Consideremos um ponto (xo, Yo); Se mantivermos y constante no valor yo variarmos x éo valor x9 para 0 valor xy + Ax, a fungdo f(x, y) dependerd apenas da varivel x. Seja Af =f(% + Ax, yo) — flo, Yo). Arazio Af _ f(t + Ax) = flr. Yo) Ax Ax chamamos de taxa média de variagdo de f em relacao ax. Observemos que: (a) at depende do ponto de partida (xp, y0); (b) AF depende da variagio Ax. Ao limite (se existir e for um ntimero real) de x, quando Ax tende a 0, denominamos x derivada parcial de f no ponto (xp, yo), em relagdo a.x. Indicamos tal derivada parcial por um 40s simbolos: ex.) 04 Féo.¥0) 250 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS 4 Assim, x Fx Oo» Yo) = So» Yo) = im, af, O simbolo a (Ié-se del f, del x) foi introduzido por Lagrange (Joseph Louis Lagrange, 1736-1813, matemitico nascido na Itélia, mas que viveu a maior parte da vida na Franca). Analogamente, se mantivermos x constante no valor xo ¢ variarmos y do valor yp parao valor yo + Ay, f dependerd apenas da varidvel y. Seja Af=F(0» Yo + Ay) ~ fo, Yo)- A razio AF _ £0. Yo* Ay) ~ fo. Yo) | Ay Ay chamamos de taxa média de variacio de fem relagao ay. Ao limite (se existir e for um niimero real) de SF quando Ay tende a 0, denominamas Ay derivada parcial de f no ponto (x, yo). em relago a y. Indicamos tal derivada parcial por um dos simbolos: LCs. ¥0) ou lt Yo) O simbolo cs . le-se del f, del y. Assim, a 4 Sn se) =f (00. 90)= Jim, AE, Esemplo 10.1, Seja f(x, ») = 2x + 3y. Caleulemos 2 (4,5) e % 4,5). oe ay Temos: Ff (4,5) = tim L4+ 4% 5)-f4, 5) ax 5)= Jim, ‘Ax = tim 244A +3-5-2-4-3-5 ao ax = tim 2-A% 29, “arso Ax f CAPITULO 10 — DERIVADAS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 251 Analogamente, La 5)= lim, £4, 5+ Ay) -f4, 5) Ay = lim 2-44+3-(S+Ay)—-2-4-3-5 aro Ay = lim aa. =3. ayno 10.2 Fun¢cGo Derivada Parcial Se calcularmos f, e f, num ponto genérico (x, y), obteremos duas fungées de xe y; a fingdo f,(x, y) € chamada fungdo derivada parcial de f em relagio a x (ou, simplesmente, derivada parcial de fem relagao a x). A fungao f,(x, y) € chamada fungao derivada parcial de fem relagdo a y (ou, simplesmente, derivada parcial de f em relagao a y). As derivadas patciais também podem ser indicadas por fou L © fou x. Para o cilculo de f, e f,, podemos aplicar as regras de derivagao estudadas em fungdes de uma varidvel (Capitulo 5), desde que: (a) no célculo de f, consideremos y como constante; (b) no calculo de f, consideremos x como constante. Exemplo 10.2. Se f(x, y) =? + y’, entdo fi, = 2x (pois y € considerado uma constante) & f, = 2y (pois x € considerado uma constante). Se quisermos calcular f,(3, 4) e f,(3, 4), basta substituirmos x por 3 ¢ y por 4 nas deri- vadas; isto é: $3.4) =2x3=6 € fy=2x4=8. Exemplo 10.3. Suponhamos que f(x, y) 3 +? + 2xy. As derivadas parciais so: fi; = 3x + 2y (pois y é considerada uma constante), Sf, = 2y + 2x (pois x € considerada uma constante). As derivadas parciais no ponto (1, 1), por exemplo, so obtidas substituindo xe y por 1; ito €: f,0,I=3+2=5 e f,)=2+2=4, 252 PARTE 3.— FUNGOES-DE VARIAS VARIAVEIS Exemplo 10.4. Sendo f(x, y) = («2 +») sen x, e usando a regra da derivada do produto, a derivadas parciais so dadas por: f= (2x) sen x + (7 +?) cos x 2y) sen.x+ (x2 + y%)- 0 = 2y sen x. Excmplo 10.5. Seja f(x, y) = In(x? + 2xy). Para o célculo das derivadas parciais, utilizaremos a regra da cadeia. Fazendo u = x? + 2xy, teremos f(x, y) = In ue, portanto: (2x + 2y), ative. Bay = Bye Fxemplo 10.6. Suponhamos que a quantidade de batata demandada por semana (em kg) num supermercado seja fungao do seu prego unitario x (por kg) e do prego unitério y (por kg) de arroz, de acordo com a relagdo q = f(x, y) = 1.000 - 2x? + 15y. Cateutemos (3,4) ¢ 3.4), Temos: Ff aL. of on 4x, portanto > ( B.4)= Cie anto = a 15, portanto ay (3, 4) = 15. Podemos interpretar tal resultado da seguinte forma: x (3, 4) =—12 representa aproxi- madamente at (3, 4) para pequenos valores de Ax. Assim, se admitirmos Ax = I, teremos x Af = -12, ou seja, a um aumento unitério no prego do kg da batata (de 3 para 4) corresponde uma diminuigao de aproximadamente 12 kg na demanda de batata (mantido o prego do kg do arroz em 4). a (3, 4) = 15 representa aproximadamente x (3, 4) para pequenos valores de Ay fee se admitirmos Ay = I, teremos Af = fe ou seja, a um aumento unitério no prego do kg do arroz (de 4 para 5) corresponde um aumento na demanda de batata em aproxima damente 15 kg (mantido o prego do kg da batata em 3). CAPITULO 10 — DERIVADAS PARA FUNGOES DE DUAS VARIAVEIS 253 10.3 Significado Geométrico das Derivadas Parciais No calculo de f,(x9, Yo), 0 que fizemos foi manter y fixo no valor yg calcular a derivada de fque, no caso, s6 dependia de x. Ora, isso nada mais é do que achar a derivada da fungao (dex) no ponto xo, cujo grafico € a intersecgdo do grafico de fcom o plano de equacio y = yp (Fgura 10.1). Figura 10,1: Significado geométrico da derivada parcial em relagdo a x, Portanto, conforme vimos em fungdes de uma varidvel, /,(%y, yo) tepresenta o coeficien- teangular da reta tangente ao grafico dessa curva no ponto de abscissa xo, do sistema catesiano x’0'2’ da Figura 10.1, em que O' € 0 ponto (0, Yo, 0). Analogamente, f,(Xo, yo) representa 0 coeficiente angular da reta tangente a curva que é tintersecgao do grafico de f com o plano de equa¢io x = x, no ponto de abscissa yp do sistema cartesiano y'0'2' da Figura 10.2, em que O' é 0 ponto (xp, 0, 0). Figura 10.2: Significado geométrico da derivada parcial em relagdo a y 254 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS 4a i eee ee 1. Considere a fungdo f(x, y) £3, 2) € f,(3, 2). + 3y?, Usando a definicao de derivada parcial, calcule 2. Considere a fungdo f(x, y) = 4xy. Usando a definicéo de derivada parcial, calcule FAL, 2) e fCl, 2) 3. Usando as técnicas de derivagéo, calcule f, ef, para as ous funcdes: V) fle y) = Tx + 10y 2) fa y= i 8} fix. y) = 10xy? + Sx?y 9) fi y)=e'+ 2x7 + by + 10 10) flx,y)=Inx+ 4y34+9 11) fx, y)=3*+ sen y 12) flx.y)=cos.x+Inx—e*— 10 13) fa. y)=e"+ 10y 14) fox, y) = 2y2 nx 15} flr, y) = 3y? cos x 16) f(x y) = 4y?e? + 6x2 17) fe, y) = 203?y? sen x 18) fey 19) foxy) = —S— } fl y= — +3y Iny_ 20) flr, y) = Oe Considere a funcao f(x, a) Calcule f,(10, 15). 21) fa, 22) flxy 23) fy 10x%-yl-*# @ 5}, no ponto (xp, yo), com yy #0. aR b) 2? +»? - 4x =0 (circunferéncia), no ponto (2, 2). = 2ax (pardbola), no ponto \f a) coma>0. dy 10.7 Fungées Homogéneas — Teorema de Euler Seja f uma funcdo de duas varidveis x e y. Dizemos que f é homogénea de grau m se, era toda constante positiva A, tivermos: flAx, Ay) =A" fle, y). Exemplo 10.13. A fungio f(x, y) = 3x2 + 6xy é homogénea de grau 2, pois BAX)? + 6(AX(Ay) = A232 + 6xy), iso 6 Sx, Ay) = 2? fx, y). Exemplo 10.14, A func&o Cobb-Douglas de produgio P(x, y) éhomogénea de grau I, pois PlAx, Ay) =k (Ax)™ (Ay)! A (kxty!- 9), x yl com0 0, em particular, para A= 1, teremos af ax (wy x+ F (ey) yams y), oy conforme queriamos demonstrar, O teorema de Euler tem um importante papel em Economia, no que diz respeito a fur- ¢ao de producti e & remuneragao dos insumos. Com efeito, consideremos a fungaio Cobb-Douglas de produgao P = kx: y'~4, homo- ginea de grau 1, em que xe y indicam as quantidades dos insumos trabalho e eal respec tivamente. Pelo teorema de Euler CAPITULO 10 — DERIVADAS PARA FUNCOES DE DUAS YARIAVEIS 269 oP oP P= _. | aden oP OP. 7 ae tm que as derivadas parciais S~ e S™ indicam as produtividades marginais do trabalho do capital, respectivamente. Assim, se cada unidade de insumo for remunerada de acordo com sua produtividade marginal, teremos oP ax oP pan em que 1 é a remuneragao de cada unidade de trabalho, c é a remuneragdo de cada unidade de capital, s € 0 prego unitario do produto. Substituindo esses valores na express 10 de P, resulta: ¢, portanto, Ps=ux+cy. Essa titima relag&o nos mostra que a receita total (Ps) se decompée em duas parcelas: 1x, que € a remuneragdo total do trabalho, cy, que € a remuneragao do capital, Enfatizamos mais uma vez que tal conclusio s6 é valida se forem verificadas as condigde a) fungao de produc’io homogénea de grau 1; b) remuneragdo dos insumos de acordo com suas produtividades marginais. Assim sendo, constitui um problema de Economia a verificag’o dessas condigoes. mm PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS SS a ee 42. Nas fungées a seguir, indique as homogéneas e dé seu grau de homogeneidade: 0) fix, y) = 2x4 Sy f) faye? b) fix, y) =3x2 + 10) g) f(x,y) =sen(2 + y) ) fx, ») = 4y? — 6xy Ah). fla, y) = 2x? 307 ) f(x,y) =4x3 ~ y* i) fix, y) = x06 ety J) fle, y) = 6xy? 2) f= Fay 43. Considere 0 seguinte fungdo de producto P= 6x9Sy25 (em que x 6 a quantidade de trabalho e y a de capital) 0) Mostre que a funcdo homogéneo de grav 1. b) Calcule a produtividade marginal do trabalho e e 0 do capitol pa c) Se o nivel de produgéo é de 1.200 unidades, e 0 preco por unidade do produto for $ 2,00, qual a remuneragéo do trabalho e do capital se ambas as remuneracées por unidade forem iguais as produtividades marginais? 44, Resolva o exercicio anterior considerando a fungéo de producéo P = Ax%y!~“, em que 0 fo. Yo)- A descoberta de um ponto de maximo ou de minimo exige, na maioria dos casos, 0 conhecimento do grafico de f, que, conforme vimos, nao é um problema fécil. Entretanto, existem teoremas que nos auxiliam nesse sentido, e que passaremos a estudar. ‘Teorema UL1 Seja f uma funcdo com duas varidveis x e y e seja (x, yo) um ponto interior ao dominio. Se (xo, Yo) for um ponto de maximo ou de minimo de f ¢ se existirem as derivadas parciais fe f,, entdo FX, Yo) = 0 € FQ, Yo) = 0. Demonstragao Suponhamos que (xo, yo) Seja um ponto de maximo. Existe a bola aberta de centro (Xo, Yo) € raio r, no interior do dominio D, cujos pontos (x, y) sao tais que f(x, y) = flap, yy) (Figura 11.3). BR cartruzo 11 — mAximos & MINIMOS PARA FUNCORS DE DUAS VARIAVEIS 281 Figura 11.3: llustragdo do Teorema 11.1 Consideremos os pontos dessa bola para os quais y = yp, Entéio f(x, yp) sera fungao somente de x. Mas, como f(x, Yo) = fl, Yo) para .xy— 1 0, pois x e y tém o mesmo sinal; b) para os pontos dessa bola aberta situados no interior do segundo e quarto quadrantes, F(x y) = xy <0, pois xe y tém sinais contrarios. Logo (0, 0) nao € ponto de méximo nem de minimo. Verifica-se que o grifico dessa fungdo tem o aspecto de uma “sela de cavalo”. O ponto (0, 0) € chamado ponto de sela (Figura 11.4) Bh captruto 11 — MAximos & MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 283 Figura 11.4: O ponto (0, 0) 6 chamado ponto de sela. De um modo geral, todo ponto critico (xp, yo) que nao € de maximo nem de minimo é chamado ponto de sela. i) OTeorema 11.1 s6 se aplica a pontos interiores a0 dominio. Assim, os pontos que anulam as derivadas parciais f, € f, s6 podem ser pontos de méximo ou minimo do interior do dominio. A andlise dos pontos de fronteira deve ser feita A parte, como veremos a seguir. Exemplo 11.4. A fungao f(x, y) = 6 — 2x — 3y definida no dominio D = {(x, y) © R? |x > 0, y= 0} tem um ponto de maximo em (0, 0), que & ponto de fronteira do dominio. Além disso, f nao tem ponto de maximo ou minimo no interior do dominio, pois -2 # Oe f,=-3 ¥ 0 (Figura 11.5). Figura 11.5 284 PARTE 3 —- FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS 2. Mostre, usando a definicao, que a fungdo fix, y) =x? + y? tem um ponto de minimo. 3. Mostre, usando a definicéo, que a funcgéo f(x, y) = —x* — 7 tem um ponto de maximo. 4. Mostre, usando a definigéo, que a fungao f(x, y) = xy + 3 tem um ponto de sela. 5. Mostre, usando a definigdo, que a fungéo f(x, ») =.xy + 7 tem um ponto de sela. 11.2 Critérios para Identificagdo de Pontos de Maximo ou Minimo O Teorema 11.1 permitiu-nos determinar os possiveis pontos de maximo ou de mini- mo no interior do dominio, sem, contudo, identificé-los. O Teorema 11.2, que veremos a seguir, permitiré esta identificaco. Sua demonstragao poderd ser vista, por exemplo, em Leithold (1977). Teorema 11.2 Seja f uma fungo de duas varidveis xe y, continua, com derivadas parciais até segun- | da ordem continuas. Seja (xo, yo) um ponto critico de f. Chamemos o determinante H =|fe@o Yo) ayo» Yo) 90) \fix(%o Yo) Sry (os Yo) de Hessiano (em homenagem ao matemitico alemao Ludwig Otto Hesse, 1811-1874) = de f no ponto (xo, yo). Se: (a) H(x, Yo) > 0-€ fuxl%o, Yo) < 0, entio (Xp, Yo) sera ponto de maximo de f. i (b) HQ. Yo) > 0 © fe(%o, Yo) > 0, ento (x9, yo) Serd ponto de minimo de f. 7 (c) Ho, Yo) < 0 ento (xp, yo) seré ponto de sela de f. Kxemplo 11.5. Consideremos a fungdo f(x, y) =x? + y? - 2x. Os pontos criticos de f sio soluges do sistema f (f= 2x-2=0 ome Ley =0, Portanto (1, 0) € 0 tinico ponto critico. ou seja, 2 BB cartroco 11 — MAximos & MiNIMOs PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 285 Por outro lado, fa=i Fel, 0) = 2 Fin=0 _, | fy(1,0)=0 Jn=0 7) fx(1,0)=0 fy= Sy(1, 0) = 2, ¢, portanto, moe Desta forma, H(1,0)>0 = (1, 0) € ponto de minimo de f. e fx (1, 0)=2>0 Exemplo 11.6, Consideremos a fungio f(x, y) = -1y " 4 Os pontos criticos de f sio as solugdes do sistema fp=-B +1 fy=-y +1 ou seja, (1, 1) € 0 tinico ponto critico. Por outro lado, fel, 1) =-3 fy, D=0 fel, =O fy(l, P= -3. ¢, portanto, ole 3/79 Desta forma, {F LD>0 e = (1, 1) € ponto de maximo de f. fell, I =-3 <0 286, PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS a Exemplo 11.7. Consideremos a funcao f(x, y) = £ Saxe 7 ~ loy. Os pontos criticos de f so as solugdes do sistema frzxt-1=0 (Ep =0, =~2, ow seja, os pontos criticos de f so: (1, 2), (1,2), portanto, x= | oux=-1, y=20u) (1, 2)e (-1,-2). Por outro lado, f= 4 fy =O fr=0 fy =4y* 43 0 | af = = 16x3y3, H i ay | 1° Em resumo, temos: a) Ponto (1, 2): H(A, 2) = 128 > 0, Sol, 2) =4 > 0, logo (1, 2) € ponto de minimo de f. b) Ponto (1, -2) H(1, -2) = -128 <0, logo (1, -2) € ponto de sela de f. c) Ponto (-1, 2) -~ H(-1, 2) =-128 <0, logo (-1, 2) € ponto de sela de f. d) Ponto (-1, -2) H(-1, -2) = 128 > 0, Se(-1, -2)=-4 <0, logo (-1, -2) é ponto de maximo de f. Exemplo 1.8. Consideremos a fungio f(x, y) =x? - 2xy +) solugées do sistema . Os pontos criticos de f sioas ou seja, os pontos criticos de f so os pontos (x, x) em que x E R. i CAPITULO 11 — MAXIMOS E MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 28] Por outro lado, fec=2, fy=2, fw=-2, fry pS 2 2 H(x,x) = | =0. (x, x) 2 Logo, o Teorema 11.2 € inconclusivo. Nesse caso, devemos analisar 0 comportamento de fnos pontos (x, x), usando a definigao. Temos: Sy) =? — Dry + y? = ‘fe, x) = 0 para todo x. Logo, fix, y) = f(x, x), para qualquer valor de x e y, €, portanto, os pontos (x, x) so todos de minimo de f. L exercicios 6. Ache os pontos criticos de cada fungdo abaixo e classifique-os 9) fx, b) fey) o) fy) d) fox, y) e} fy) fe, 9) fay h) fay) ) fas De fe kK) fa, Y fay) 7. O lucro que uma empresa obtém, vendendo dois produtos A e B, 6 dado por L = 600 ~ 2x? — ay? — 3xy + 18x + 18y em que xe y so as quantidades vendidas. Obtenha os valores de xe y que maximizam o lucro. 8. Quando uma empresa usa x unidades de trabalho e y unidades de capital, sua produgéo. mensal de certo produto é dada por P= 32x + 20y + 3xy— 2x? - 2,5)? Obtenha os valores de x e y que maximizam a produgéo mensal 10, n 12. 13. 15, PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS z Uma firma produz um produto que ¢ vendido em dois paises no estrangeiro. Sejam xe y as quantidades vendidas nesses dois mercados. Sabe-se que as equacdes de demande nos dois mercados so dadas por p; = 6.000 - 2x e p) = 9.000 — 4y, em que p; ep: séo ‘8 pregos unitérios em cada mercado. A fungao custo da firma € C= 60.000 + 500(x + y). 0) Obtenha os valores de x e y que maximizam o lucro e ache o valor desse lucro, b) Nas condicées do item anterior, quais os precos cobrados em cada pais? Uma firma produz dois produtos A e B nas quantidades xe y. As equagées de demanda de A e B sdo: Asp, =20-x B: p, = 80 - 2y A fungdo custo é C =x? + y? + 4x + 4y. Obtenha os precos p; e pz que devem ser cobrados para maximizar o lucro. Resolva 0 exercicio anterior considerando as seguintes fungées de demanda A: py = 10x B: py = 20-2y a funcdo custo 2 + Qxy. 4 2 Uma firma produz dois produtos Ie Il cujos precos de venda séo respectivamente $ 10,00 e $ 6,00. A funcdo custo é C = 2x? + y? + xy, em que x e y sGo as quantidades produzidas de I e Il respectivamente. Obtenha os valores4le x e y que proporcionam lucro maximo. Uma empresa fabrica dois produtos P e Q, 0 12 vendido a $ 4,00 a unidade e 0 28, 0 $ 2,00 a unidade. A fungdo custo mensal € C= 5 + x2 + y?— xy, em que x e y sdo as quantidades produzidos. 0) Quais as quantidades x e y que maximizam 0 lucro? b) Qual o lucro maximo? Uma empresa produz dois bens substitutes, cujos equacées de demanda séo dadas por 500-2p+qe 100 + p - 3q ye em que xe y sao as quantidades produridos, p e q s60 seus precos uniérios, respeci- vamente. Se o funcéo custo para fabricar esses bens for C= 10.000 + 200x + 100y obtenha os valores de pe q que maximizam 0 lucro. Em relacdo 00 exercicio anterior, qual 0 lucro méximo? JE cartruro 11 — MAxIMos & MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 289 16. Um duopélio é tal que as fungées custo para as firmas so 1 C&)=3x e CQ)= em que x 6 a quantidade produzida pela 1* firma e y, a da 28. A equacéo da demanda do produto P= 100~2(x + y), em que p 6 © preco unitario. 2) Qual a equacéo do lucro do duopélio, em funcéo de xe y? 5) Quais os valores de xe y que maximizam esse lucro? 17. Um monopolista produz e vende um produto em dois mercados, cada qual com a seguinte equacéo de demanda: Pi=40-3x, ep = 90-2, em que p; © pz 860 0s precos unitérios em cada mercado, x1 @ x2, as respectivas quantidades demandadas. A funcao custo € C= 200 + 10(x; + x). a) Obtenha os precos p; @ p2 que maximizam o lucro. b) Se néo puder hgver discriminagao de precos (ou seja, se p; ep» tiverem de ser iguais), qual o prego que moximiza o lucro? 18. Resolva 0 exercicio anterior considerando as seguintes equacées de demanda: P\=200-4 ep. 300 - 0,5x a funcéo custo C= 10.000 + 80(x, + x). 11.3 Uma Aplicagao: Ajuste de Retas pelo Método dos Minimos Quadrados Ao longo do texto tivemos a oportunidade de trabalhar com certas fungdes sem men- cionarmos de que forma elas foram obtidas. Muitas vezes elas sio obtidas por meio de dados reais, usando-se uma técnica estatistica conhecida como regressio: de acordo com essa técnica, é possivel ajustarmos a um conjunto de valores uma determinada fungdo que se adapte a esse conjunto. Veremos neste capitulo como ajustar uma reta a uma nuvem de pontos. Consideremos n pontos do plano cartesiano, nao todos situados numa mesma vertical, cujas coordenadas so (x,, y1), (2, ¥2), ..- (fq» Yq). Suponhamos que o grafico desses pontos sugira uma relagao linear entre y e x (Figura 11.6). 290 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS a Figura 11.6: Relagdio aproximadamente linear entre x e y. ber yd bos" Ha imimeras maneiras de obter uma reta que se adapte aos pontos (com uma régua por exemplo). Contudo, um método que é freqiientemente utilizado, em virtude das boas quali- dades que possui, € 0 método dos minimos quadrados. A idéia basica do método consiste no seguinte: entre as infinitas retas que existem, uma delas, de equagio y = ax + b, sera aquela que tornaré minima a soma dos quadrados dos desvios (ej +e} + e + ... + €2) em que e; = y; — (ax; + b). Tal geta € chamada de reta de minimos quadrados, cuja equagao iremos determinar (Figura | Figura 11,7: A reta de minimos quadrades e os des les e Temos: Considerando a fungio de varidveis a e b dada por fla, b)= E¢,- ax) bP. nosso problema consiste em encontrar o par (a, b) que minimiza f(a, b). A seguir, omitiremos os indices do somatério, pois nao hi perigo de confusio. M capiTuLo 11 — MAXIMOs E MINIMOS PARA FUNGOES DE DUAS VARIAVEIS 291 Os pontos criticos de f(a, b) so obtidos impondo que as derivadas parciais f, ef, sejam ambas nulas. Isto é: “(yj — ax; — b) - (=x) = 0 2D(y; - ax; — b) - (-1) = 0; to a simplificagao dessas equages conduz sucessivamente aos resultados: {& (x;y; — ax? — bx;) = 0 YO; -ax;-b)=0 Para provarmos que a solugdo encontrada é um ponto de minimo, temos de calcular as derivadas de segunda ordem de f: Hessiano de f no ponto critico vale Sx? 2y. H(a,b)=|22%1 22, 23x; 2n ou seja, H(a, b) = 4nSx? - 4(2x,)? = anf x? e, portanto, H(a, b) = 4n- S(x;- ¥)?, emque ¥: Como S(x— ¥) € uma soma de quadrados e os x;'s ndo so todos iguais, segue-se que Hea, b) >0. 292 PARTE 3 — FUNGOBS DE VARIAS VARIAVEIS s Por outro lado, f,,= 25x? > 0, e assim concluimos que o ponto critico obtido € de fato um ponto de minimo de f. Em resumo, a reta de minimos quadrados tem por equagdo year+, em que Exempio 11.9. Um monopolista deseja obter empiricamente uma equagao de demanda para seu produto. Ele admite que a quantidade média demandada (y) relaciona-se com seu prego unitério (x) por meio de uma fungao do 1° grav. Para estimar essa reta, fixou os pregos em varios niveis e observou a quantidade deman- dada, obtendo os dados a seguir: “Prego unitério (x) | Quantidade demandada () 1 95 a 2 85 3 55 4 35 Qual a equagio da reta de minimos quadrados? Resolucao Inicialmente, vamos escrever a seguinte tabela de dados x | om |arm| xt 1/95] 95] 1 2] 85/17 | 4 3) 551165) 9 4 | 35|14 | 16 S [10 [a7 [57 | 30 MM CAPITULO 11 — MAXIMOS E MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 293 Usando as frmulas da reta de minimos quadrados, teremos: 57-1027) “i 2,1, (0) 30 - oF 4 e 22 -(a,y- a1. 4 Portanto, a equaco da reta procurada é y = ~2,1x + 12, cujo grafico, juntamente com os pontos dados, encontra-se na Figura 11.8. Figura 11.8: Reta de minimos quadrados da demanda em funcio do prego do Exemplo 11.9. 2 10 8 y 6 a 2 : T T T T T 1 ° 1 2 3 4 5 6 x SS 19. Encontre a reta de minimos quadrados de y em funcéo de x ajustada aos pontos a 2 | 7 4 10 6 u 20. Encontre a reta de minimos quadrados de y em funco de x ajustada aos pontos i 5 dea 1 3 15 10 5 3 2 21. A tabela a seguir fornece as quantidades de ferfilizantes aplicados (x,) e a producéo por hectare (y;) em quatro canteiros de uma fazenda experimental HEHEHE a) Obtenho a reta de minimos quadrados de y em funcdo de x ajustada aos dados. b) Prevejo a produgéo para uma aplicacéo de fertilizante correspondente a x= 7 4 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS 22. Um monopolista variou 0 prego de seu produto (x) e observou a correspondente de- manda mensal (y). Os dados obtidos foram: Prego (x) | Demanda mensal (7) 10 100 15 70 20 50 25 30 @) Ajuste aos dados a reta de minimos quadrados de y em fungéo de x. b) Preveja o demonde para um preco igual a 27. 23. Uma empresa observou a quantidade mensal produzide de um produto (x) ¢ 0 corres- pondente custo (y) em milhares de reais. Os dados foram os seguintes: fe STORE UAI2Bb esate eesi6 cc|eani@ bebe 20ee |e 22 y | 145 | 165 | 18 [| 185 | 195 | 21 | 21s @) Obtenha a reta de minimos quadrados ajustada de y em funcdo de x aos dados. b) Qual 0 custo estimado para a produgdo de 24 unidades por més? 24. A tabela abaixo fornece a exportagdo de um produto (y), em milhdes de délares, em fungao ano (x) contado a partir de determinado ano do calendério: Ano (x) rf2{3 jas Exportagdes (0) | 80 [100 | 118 | 143 | 164 eng 179 | 205 a) Obtenha a reta de minimos quadrados de y em funcéo de x ajustada aos dados b) Preveja a exportacéo para o préximo ano. 11.4 Andlise dos Pontos de Fronteira Até agora, vimos como encontrar maximos e mfnimos de fungdes analisando apenas os pontos interiores a0 dominio (pois os teoremas dados $6 se aplicam a esses pontos). A anélise dos pontos de fronteira (quando existem) terd de ser feita sem 0 auxilio destes teoremas. Uma das formas usadas para abordar tais situagdes é por meio das curvas de nivel da fungio a ser otimizada. Os exemplos esclarecerdo esse tipo de abordagem. Exemplo 11.10, Consideremos a fungdo f dada por f(x, y) = 2x-+ y, definida no dominio D dado pelas inequagdes x20, y=0, x+y<7. WE captruco 11 — MAxiMos E MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 295 2) Em primeiro lugar, notemos que 0 conjunto D é constituido pela reuniao do triangulo da Figura 11.9 com sua parte interna. A fronteira do dominio é constituida dos lados AB, BCe AC. Figura 11.9: Dominio da fungdio do Exemplo 11.10. EE C10, 7) A(0, 0) 87, 0) ) A fungao f(x, y) = 2x + y admite como curvas de nivel o feixe de paralelas a reta 2x + y=0, pois qualquer curva de nivel c tem por equagao a reta 2x + ) wey c, que € paralela = 0 qualquer que seja c. de nivel. Seus graficos comparecem na Figura 11.10: e=]—-2e+ Notemos, nesse exemplo, que, quanto mais a reta se distancia da origem, maior é 0 valor dec. ¢) Como todos os pontos (x, y) da curva de nivel ¢ produzem um valor constante para (x; y), © ponto da curva de maior nivel que intercepta D é 0 ponto de maximo de f; no caso do exemplo em questio, tal ponto € B(7, 0). A curva de menor nivel que intercepta Dé ponto de minimo de f; no caso, tal ponto é A(O, 0) (Figura 11.11). 296 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS | Figura 11.11: O ponto B é de maximo eo A é de minimo, no Exemplo 11.10. d) O ponto (0, 0) € ponto de minimo absoluto e (7, 0) € ponto de maximo absoluto de f. e) Entre os pontos interiores a D, nao existem pontos de maximo ou minimo, pois as der- vadas parciais nunca se anulam (f, =2e f, = 1) E intuitiyo perceber, nesse exemplo, que os pontos de maximo e de minimo esto nos vértices do tridngulo. Assim, por simples inspegdo do valor de f nos pontos A, B e C, pode- riamos descobrir os pontos de maximo e mfnimo. De fato, F(x, y) = 2x+y, A(O, 0) > f(0, 0) =2-0+0=0, B10) > f7,0) =2-74+0=14, CO, 7) > f, 7) =2-0+7=7, €, portanto, A(0, 0) € 0 ponto de mfnimo e B(7, 0) é o ponto de maximo def. Exemplo L111. Consideremos a fungio dada por f(x, y) = x + y, definida no dominio D determinado pelas inequagdes x20, y20, 2+ y> 10, x+2y> 10 ‘W capfruro 11 — MAxtmos & MINIMOS PARA FUNGOES DE DUAS VARIAVEIS 297 2) O conjunto D é formado pelos pontos da regio indicada na Figura 11.12. Figura 11.12: Dominio da fungaio do Exemplo 11.11 ca@ Os pontos 4, B e C tém coordenadas (0, 10), (2. 2) € (10, 0) respectivamente; 0 ponto B € a intersecgao das retas 2x + y = 10ex+ 2y=10. Os pontos de fronteira do dominio so aqueles dos segmentos AB e BC, bem como os das semi-retas, AP e CQ. 4) A fungio f(x, y) =x + y admite como curvas de nivel o feixe de retas paralelas A reta x+y=0 Eis algumas curvas de nivel e seus respectivos gréficos (Figura 11.13): Figura 11.13: Curva de nivel da fungdio f(x, y) = x + y. 98 PARTE 3 — FUNGORS DE VARIAS VARIAVEIS a ©) O ponto de minimo de f é 0 ponto da curva de menor nivel que intercepta D. Assim, 0 ponto de minimo é 0 ponto a( . 10) (Figura 11.14). Figura 11.14: O ponto B é 0 ponto de minimo da funcao fix, y) = =x+ydo Exemplo 11.11. ce d) A fungdo f nao tem ponto de maximo em D, pois que intercepte D (Figura 11.15) 40 existe curva de maior nivel de f Figura: 11.15: Nao hé ponto de maximo. WM capfruto 11 — MAxiMos E MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 299 Byemplo 11.1 pelas inequagoes onsideremos a fungao dada por f(x, y) =x + y e dom{nio D determinado x20, y=0, x+y <3. 3) O conjunto D é constituido pela regido triangular da Figura 11.16. Os vértices do trian- gulo si A, 0), B(3, 0) e C(O, 3). Figura 11.16: Dominio da funcéio do Exemplo 11.12. A B b) A fungao dada admite como curvas de nivel o feixe de paralelas a reta x+y = 0 (Figura 11.17). ¢) Todos os pontos do segmento BC so pontos de maximo, pois a reta determinada por BC tem o mesmo coeficiente angular que o feixe de paralelas (1). O ponto de minimo de f €0 ponto A(0, 0) (Figura 11.18). Figura 11.17 Figura 11.18 os3 ck2 el 300 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS a SSSA 25. Determine os pontos de méximo e minimo (caso existam) das fungdes nos dominios indicados: o) fix,y)=3x+y, D={(x,y) € |x >0,y = 0,x+y <6} +3y, D={(,y) E R[x = 0,y 20, x4 2y <6} ~ D={(x,y) € R®|x>0,y = 0, x4 3y <5} Qx+5y, D={(y) ER |x 20, y20,x<6,y<5,x4y <8} +10y, D={(x,y) ER [x= 0,y = 0,x<5,y = 10, 2x+ y < 12} +20y, D= (ey ER|x=0.y=0,x+y < 10, 5x4 y < 30) D={(x,y) ER |x>2,y>0,x4+y <10, 5x4 y = 30} D= (x,y) € R'|x>0,y 20, x4 2y <8,x-y <4} i) fl,yaxty, D={(5y) € R'lix| = 2, ly] = 2) A} flay +2y, D={(x,y) ER’ |x=0,y =O, x+y = 5} k) fix, y) =x + 3y, D={(x, y) © R?|x = 0, y = 0, 3x4 y = 12) ) fay=2e+y, D={(,y) © Rx = 0,y = 0, 3x4 y > 12,4 3y > 12) m) f@y)=x+2y41, D={y) ER [x2 0,y20x+y< 1} A) flay) 26. Determine o ponto de maximo e de minimo da funcéo f(x, y) =x + y no dominio dado por D= (x,y) € R[x? + y? = 1) O dominio da fungéo é 0 circulo de centro na origem e raio 1 (Figura 11.19). As curvas de nivel da funcdo sao as retas do feixe de paralelas x + y=c (Figura 11.20). Portanto, os pontos de méximo e de minimo sdo os pontos de tangéncia de x+y=c com a circunferéncia x? 1 (Figura 11.21). Figura 11.19 - Figura 11.20 Figura 11.21 27. 28. CAPITULO 11 — MAXIMOS E MINIMOS PARA FUNGOES DE DUAS VARIAVEIS 301 Assim sendo, devemos impor que o sisterna de equacées xty dL 24s] (11.2) fenha solugao Gnica De (11.1) temos: y = ¢ — x. Substituindo em (11.2), teremos 2x? Dex 4 2 0 (11.3) Para que (11.3) tenha uma Unica raiz, seu discriminante (A) deve ser nulo. Assim A= 4c? — 8(c? - 1) = 4c? +8 =0 3 ¢= V2 uc = V2 E evidente que para c= V2 teremos um ponto de méximo e para c=~V2 teremos um ponto de minimo. Para ¢ = V2 a equagéo (11.3) fica igual a 2x2 - 2¥2r + 1 =0, cuja raiz 6 x = O valor de y € dado pela equacéo (11.1), isto 6: y= V2 - wz - a Portanto 0 ponto. N2 V2 de méximo 6 (32, 12) imo (se existirem) das funcdes abaixo, nos domi- sls Para ¢ = V2 concluimos de modo anélogo que o ponto de minimo é ( 3, 7 Determine os pontos de maximo e nios indicados: 9) fix yax-y, Da {(xy) ER |x24y? <4) b) fi, yaxty, d=[o.9 eR [y<4x>0,y>0} o) fa y)axty, d= layer y= Exe oyeo} d) fs y=Pty, D= (x,y) © R]x+y<5,x=0,y = 0) 2) fey=rty, D={ayER|x+y2 1} ) fay=—-P+y, D= (uy) ER |x>0y 20.44 y <1) Uma marcenaria produz mesas e cadeiras de um Unico modelo, utilizando dois insumos: trabalho © madeira. Para produzir uma mesa séo necessérios 10 homens-hora e para uma cadeira, 2 homens-hora. Cada mesa requer 10 unidades de madeira e cada cadeira, 5 unidades. Durante um periodo de tempo, a marcenaria dispde de 200 homens-hora e 260 unida- des de madeira. Se cada mesa é vendida por $ 200,00 e cada cadeira por $ 90,00, qual @ producdo que maximiza a receita de vendas naquele periodo? ——= PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS a fe Sejom x © némero de mesos e yo de cadeiras. A receita procurada vale R(x, ))= 200+ +90y. Queremos maximizar R(x, »). Resta saber qual o seu dominio. De acordo com o enun- ciado, as varidveis x e y devem satisfozer as seguintes restricées: 10x + 2y = 200 (id) 10x + Sy = 260 (11.5) £ dbvio também que, por serem quantidades, x e y devem ser ndo negativos, ou seja, (11.6) a7) Portanto, o dominio da fungao receita é o quadrilatero determinado pelas inequacées (11.4), .... (11.7), representado no Figura 11.22. Seus vértices séo 05 pontos A(0, 0), B(20, 0), C(16, 20) e D(O, 52). Figura 11.22 Retomando a funcao receita R(x, y) = 200x + 90y, observamos que: a) No interior do dominio nao existem pontos de maximo ou minimo, pois aR aR ox 100 #0 e ay =940 b) Na fronteira do dominio, o ponto de méximo pode ser pesquisado com 0 auxilio das curvas de nivel da fungao receita. Tais curvas sdo as retas do feixe de paralelas 200x + 90) cER E obvio que o ponto de méximo seré um dos vertices do quadrilétero ABCD (eventucl- mente poderia ser um lado, caso 0 coeficiente angular dos retas do feixe fosse igual oo desse lado). Assim sendo, calculamos o valor de R(x, ») em cada vértice. | CAPITULO 11 — MAXIMOS E MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS Temos: A(O, 0) + R(0, 0) =0 B(20, 0) — R(20, 0) = 4.000 C(16, 20) — R(16, 20) = 5.000 D(O, 52) + R(O, 52) = 4.680 303 Portanto, o ponto de maxima receita é 0 ponto C(16, 20), isto 6, a receita seré maxima se forem produzidos 16 mesas e 20 cadeiras 29. Resolva o exercicio anterior considerando que o preco de cade mesa seja $ 600,00 € 0 preco de cada cadeira, $ 90,00. 30. Uma pessoa precisa fazer um regime alimentar de modo a ter um suprimento de vita- minas (em unidades apropriadas) satisfazendo a tabela a seguir: Vitarina Quantidade minima por dia 1 50 i 20 u 30 Supondo que o suprimento de tais vitaminas seja fornecido pelos alimentos espinafre e came, a tabela a seguir fornece as quantidades de vitaminas por kg de cade alimento: Vitamina |} Vitaming Il} Vitomina ill Espinafre 100 200 50 Carne 200 40 150 Se 0 preco do kg de came e de espinafre forem, respectivamente, $ 3,00 e $0,80, qual @ dieta de minimo custo satisfazendo as necessidades de vitaminas desta pessoa? 31. Uma empresa de informatica produz dois modelos de impressoros, Ae B. O custo de produzir uma unidade de A € $ 300,00 e uma de B, $ 400,00. Devido a restricées de orcamento, @ empresa pode gastar por semana no méximo $ 12.000,00. A capacidade de méo-de-obra da empresa permite fabricar por semana, no méximo, 35 impressoras. Se cada unidade de A dé uma margem de contribuicéo de $ 60,00 e cada unidade de B dé uma margem de $70,00, qual a producéo semanal que moximiza a margem de contribuicgo? $2. Uma empresa produz dois produtos A e B em quantidades x e y. Toda producdo 6 vendida. Os custos unitérios de produgdo de A e B sdo $ 8,00 e $ 5,00, respectivamen- te, € 08 correspondentes precos de venda sdo $ 10,00 e $ 7.00. Os custos unitérios de transporte de A e B séo respectivamente $ 0,40 e $ 0,60. Se a empresa pretende arcar com um custo de produgdo mensal de no méximo $ 5.000,00, @ um custo de transporte mensal de no maximo $ 300,00, quais os valores de x e y que maximizam a margem de contribuicgo mensal? 304 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS 11.5 Maximos e Minimos Condicionados 0 dominio aos pontos (x, y) que satisfazem uma dada relagdo ®(x, y) = 0 e procurarmos, entre esses pontos, os pontos de méximo e de minimo, dizemos que estamos resolven- do um problema de maximo e minimo de f condicionados a restrigao (x, y) = 0 (Fi- Consideremos uma fungio f de duas varidveis, com dominio D. Se restringirmos gura 11.23). Figura 11.23: Maximo condicionado. onto de maximo de f condicionado & x,y) =0 E importante observarmos que 0 ponto de maximo (ou de mfnimo) condicionado nao coincide necessariamente com 0 ponto de m4ximo (ou de mfnimo) da fungio f definida emD. Exemiplo 11.13. Um exemplo de maximo condicionado € o seguinte problema: dada uma fungdo de produgiio P(x, y) = kx%y'-% com insumos de quantidades x e y, determinar a maxima produgao sabendo-se que a firma tem uma restrigdo de custo (a firma dispoe de uma quantia fixa c para o custo de produgdo). Assim sendo, se chamarmos de p; ¢ p2 08 Ppregos unitdrios dos insumos, teremos a seguinte restrigio Pix + pry =c, ouentio pix + pry Veremos a seguir dois métodos de resolugao de problemas de méximos ¢ minimos con- dicionados: o da substituigao e o dos multiplicadores de Lagrange. Método da Substituigo Tal método consiste em substituir x (ou y) obtido a partir da restrigdo (x, y) fungao f. Obtém-se, desta forma, uma fungdo de uma tinica varidvel, e o problema se reduz 8 determinagao de maximos e mfnimos de fungées de uma varidvel. WM cAPITULO 11 — MAXIMOS E MINIMOS PARA FUNGORS DE DUAS VARIAVEIS 305 Exemplo 11.14. Consideremos a fungao f(x, y) = x2 + y? e determinemos seus pontos de maximo ou minimo, sabendo-se que a fungdo esta sujeita a restrigdo x + y = 4. Temos: x+ysdoya4-x. Substituindo o valor de y em f(x, y), obtemos uma fungio apenas da varidvel x: f(x) =2 + (4-2? = 20? — 8x + 16, Os possiveis pontos de maximo ou de minimo sao obtidos igualando-se a zero a deriva- da f(x). Assim: f(s) =4x-8=05x=2, Como f"(x) = 4 > 0, segue-se que x = 2 € um ponto de minimo. Para obtermos 0 valor de y, basta substituirmos x por 2 na equagao da restriga 2+y 4=py=2. Portanto, a fungo f(x, y) = 32 + y que € (2, 2). ujeita a restrigao.x + y= 4, tem um ponto de minimo Método dos Multiplicadores de Lagrange A idéia intuitiva do método baseia-se no seguinte: suponhamos que a fungo f, sujeita & restrig&o (1x, y) = 0, tenha um ponto de maximo e que o grafico da restrigGo seja a curva da Figura 11.24 Figura 11.24: Grafico de ®(.x, y) = 0. Suponhamos também que as curvas de nivel de f tenham a forma das curvas da Figura 11.25. 306 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS Figura 11.25: Curvas de nivel da fungdio f. E intuitivo admitirmos que, no ponto de maximo de f, sujeita a restrigdo ®(x, y) = 0, uma curva de nivel de fe ®(x, y) = 0 admitam uma tangente em comum (Figura 11.26), Figura 11.26: Uma curva de nivel de fe a restrigdio admi- tem uma fangente em comum. Assim, x ~ 2-8 ouainda ae oo ayy, ou seja, deve existit um niimero 2 tal que Ge Gg Ge Ge oy oy ox ox Ontimero A é chamado de multiplicador de Lagrange. E formalmente demonstradas no seguinte teorema: idéias intuitivas podem ser @ capfruLo 11 — MAXIMOS E MINIMOS PARA FUNGOES DE DUAS VARIAVEIS 307 Teorema 11.3 Seja fuma fungao com duas varidveis e (x, y) = 0 uma restrigdio. Se f(x, y) e P(x, y) admitirem derivadas parciais continuas € (xo, yo) for um ponto de maximo (ou de minimo) de f, interior a0 dominio, condicionado & restrig¢ao ®(x, y) = 0 e, ainda, se 2 Go, 90) #0 00 7 (0, Yo) ¥ 0, entdo existe um nimero A tal que a Lewy =r Woo Fpto yoda Go.) Demonstragao Suponhamos que i (x.y) #0 (0 caso Woy, yo) #06 andlogo). Pelo teorema da funcio implicita, ®(x, y) = 0 define uma fungao y = g(x) tal que (11.8) Por outro lado, a fungao F(x m0, Xp, €, portanto, F’(xo) = 0. Mas fC, g(x) tem um ponto interior de maximo ou de mini- ray Lie L. oy dx Portanto Pend = LC, 90) + LX ay, 39)- 59) = 0. ats) Substituindo (11.8) em (11.9), vem 2 59 a a Kon Yo) Lous, Yo) — LF x, Yo) ae =0, (11.10) ° “ ay @. Yo) ¢,chamando 2 (Xo. Yo) abil ~ (x Yo)s 308 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS al segue-se de (11.10) que of 5, to Yo) iE oeibeiee (1.2) 5 : a (0, Yo) De (11.11) € (11.12) concluimos que Leoww=a- 2 vow @ Leosw=2- 2 cor O método dos multiplicadores de Lagrange baseia-se neste teorema, ou seja, se (xy, Ja) for um ponto- de maximo ou de minimo de f condicionado a restrigo (x, y) = 0, entio (x, Yo) deve ser solugao do sistema de equagdes af _, a ae oe fe ob yt a (11.13) (x, y) = 0. Observacies. + Resolvendo-se 0 sistema de equagdes dado em (11.13), obteremos solugdes que serio possfveis pontos de maximo ou de minimo. Com o auxiio das curvas de nivel da fungéo f-em geral podemos saber se tal solugo é um ponto de maximo ou de minimo. vo ce amion cq 2 + O teorema nao se apica se 2B (4p, yo) = a Gn. * O teorema s6 se aplica a pontos interiores do dominio. Os pontos de fronteira devem ser analisados diretamente pelas curvas de nivel. * Freqitentemente, o sistema de equagSes em (11.13) aparece na forma OF ox OF. oy oF an 0, (11.14) em que F(x, y, A) = f(x,y) - A+ BC, y). Deixaremos a cargo do leitor a verificago da equivaléncia dos dois sistemas de equagoes. WE caPiruto 11 — MAxiMos & MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS 309 Exemplo 11.15. Seja f(x, y) = x? + y? uma fungao sujeita a restrigdo x + y - 4 = 0. Para determinarmos os pontos de méximo ou minimo pelo método dos multiplicadores de Lagrange, devemos proceder como segue: Fany, A=? +y?- A+ y—4) 2x-A=0 (1.15) 2y-A=0 (11.16) x+y-4=0. dL.i7) De (11.15) temos x= 4, de (11.16) temos y = 4. Substituindo esses valores em (1 1.17), obtemos a = Zt p40 s1a4, Substituindo esse valor em (11. 15) e (11.16), obtemos x =2e y= 2. Portanto (2, 2) € um possvel ponto de maximo ou de minimo, pois “e 2,2)=1#0. As curvas de nivel ¢ de f so circunferéncias con: \céntricas com 4g na origem e raios Ve(parac > 0),ea restri¢do @(x, y) =x + y— = 0 € uma reta (Figura 11.27). Figura 11.27: Curvas de nivel de fia) e restrigéo (b), do Exemplo 11.15, + 4 1 4 |_2 . [3 tb) Logo, o ponto (2, 2) é um ponto de minimo de f. jeito a restric&o dada (pois 0 ponto de tangéneia € © ponto da curva de menor nivel que intercepta a restrigo) (Figura 11.28). Figura 11.28: Ponto de minimo: nto de minimo de f do Exemplo 11.15. | de | 30 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS | a 33. Ache 0 ponto de méximo ou de minimo da cada funcdo a seguir, usando o método da subslituicéo e 0 dos multiplicadores de Lagrange a} fx y sujeita ox + 2y=6 b) fa, y)=x2+ svjeita a.x-+ 3y = 12 ¢) flx,y) sujeita ax-y=1 d) fix.y sujeitaax—y=1 sujeita ox-y=0 34, Ache 0 ponto de maximo ou de minimo de cade funcGo a seguir, usando o método que ulgar conveniente: 0) flay b) fly suieito o x2+y?-1=0 suieita ax + y?-2=0 sujeita a.x2 + y?-2x-1=0 d) fos y=x42y, — sujeita ast + y?—-2y—3 e) fou y=x43y, — sujeitaaxy=1 A) foxy sujeita a xy =2 9) fix y) sujeita o 2x + 4y—12=0 A) fy y)= sujeita ox+y=5 i) fa,yexty, sujeita a 2x? + y? 0 35. Seja P = 2x"y5 uma fungdo de produgéo com dois insumos de quantidades x e y. Se 0 precos unitérios dos insumos forem $ 1,00 e $ 2,00, qual a combinagdo de insumos que maximiza a produgdo se a firma quer arcar com um custo de $ 15,002 36. No exercicio anterior, mostre que, no ponto de méximo, a razdo entre as produtivida- des marginais dos insumos ¢ igual 4 razéo entre seus pregos. 37. Seja P = 2x) uma funcéo de producéo com dois insumos de quantidades x e y. Se 05 precos unitérios dos insumos forem $ 1,00 e $ 2,00, quais as quantidades dos insumos que minimizam o custo, sabendo-se que a firma deseja operar no nivel de produgo P = 502 38, Seja U(x), x) = x1 - 4 @ funcéo utilidade de um consumidor, em que x1 € x2 Sdo os quantidades consumidas de dois bens. Se os precos unitérios desses bens forem $ 1,00 e $ 2,00 e 0 consumidor estiver disposto a gastar $ 20,00 no consumo desses bens, quais as quantidades x, e x2 que moximizam sua utilidade? 39. O comportamento de um consumidor é tal que suc fungdo utilidade em relacéo a dois produtos A e B é U(qy, q2) = 41 3, €M Que qj & gz Sdo as quantidades consumidas de Ae B respectivamente, © prego unitério de A é $ 5,00, e o de B é $ 8,00. Sabendo-se que 0 consumidor deseja gastar $ 120,00 no consumo desses bens, quais os valores de 41 & 42 que maximizam sua utilidade? r AM cAPITULO 11 — MAXIMOS E MINIMOS PARA FUNCOES DE DUAS VARIAVEIS — 31T 40. Resolva o exercicio anterior considerando a fungGo utilidade U(qy, 2) = Vai dx precos unitérios de A e B iguais a $ 2,00 ¢ $ 4,00 e renda disponivel para consumo igual a $50,00. 41. Considere a funcdo utilidade de um consumidor U(x, y) = xy, em que xe y so as quan- tidades consumidas de dois bens. Se a linha de restricéo orgamentaria for 4x + y = 20: a) Quais os valores de x e y que maximizam a utilidade? b) Mostre que no ponto encontrado acima a razéo entre as utilidades marginais é a ee, em que p,=4 ep, 1), igual & razdo entre os precos (isto &, 42. Um consumidor tem uma funcéo utilidade dada por U(x, y) = In x+ 3 Iny, em que xe y sG0 as quantidades consumidas de dois produtos A e B. Obtenha os valores de xe y que maximizam sua utilidade, sabendo-se que a linha de restricao orgamentéria & x+2y=10. 43, Um consumidor consome péssegos e macés, sendo sua funcdo utilidades U(x, em que x 6 a quantidade de péssegos e y, a de mags consumidas. O prego unitdrio do péssego 6 $0,80 € o da macé é $ 1,00. Se o consumidor pretende gastar $ 6,00, quais ‘as quantidades x e y que maximizam sua utilidade? 44. Uma empresa produz apenas dois produtos A e B e sua produgdo é totalmente vendida @ $ 80,00 cada unidade de A e $ 60,00 cada unidade de B. A empresa opera segundo uma curva de transformacéo do produto, dada por x? + y? = 2.500, em que xe y indicam as quantidades produzidas de A e B respectivamente 0) Quais as quantidades x e y que maximizam a receita? b) Qual 0 valor dessa receita maxima? 45. Decomponha um numero positive k, na soma de dois némeros tais que a soma de seus quadrados seja minima. 46. Determine dois nimeros néo negatives, de soma igual a m, de mado que tenham produto méximo. Capitulo 12 Funcdes de Trés ou Mais Varidveis 12.1 Introdusao Asidéias e propriedades estudadas nos capitulos anteriores, em geral, permanecem vilidas se tivermos fungGes de trés ou mais varidveis. As demonstragdes dos teoremas também s80 andlogas. Seja D um subconjunto do R". Chamamos de fungao de D em R toda relagao que associa a cada elemento (x1, x3, 3, «... %,) pertencente a D um nico ntimero real, indicado por Pl, X2, Xyp «+++%))- O Conjunto D € chamado de dominio da fungdo © f(xy. X25 X34 ...4%,) é chamado de valor ou imagem da fungao. Exemplo 12.1, Seja D = R4 e fay, y, 2, 0 = + y? + 2 + 7. A fungado f associa a cada quédrupla ordenada de mimeros reais a soma de seus quadrados. Assim, fU,2,3,4)= P+ P43? +4 =30 SA, =1, 2, 0) = (C1)? + C1? + 2? + F Exemplo 12. Sejam x}, x € x; as quantidades fabricadas de trés produtos € C(x),.x9,.3) 0 custo de fabricagZo dessas quantidades, Suponhamos que Cx, 2, ¥5) = 100 + 2p + 2x9 + 3.5, Se a empresa fabricar, por exemplo, trés unidades do primeiro produto, uma do segundo © quatro do terceiro, 0 custo sera: C(3, 1,4) = 100 + 6+ 2+ 12 = 120. Obsery Quando nao for especificado o dominio de uma fungao, convenciona-se que o mesmoé © mais amplo subconjunto de R", de forma que as imagens da fungao sejam ntimeros reais Assim, por exemplo, dada a fungao f(x, y, 2 . convenciona-se que seu dominio é 0 conjunto D = {(x, y, z) © R87 F CAPITULO 12 — FUNGOES DE TRES OU MAIS VARIAVEIS 313 Sara rey 1. Considere a fungéo f(x, y, z) + Cujo dominio é D = {(x, y,z) € R3|z > 1}. Calcule: a) fl, 1,2) e) fC, 2,3) + FCI, 0,2) £0, 0,2) b) f(0,0, 3) 9 FELD f(, 1,3) _7 9 FAT ACL d) fla,a,a) 2, Dada a fungdo fix, y, z) = 2x + 3y +2, calcule. 9) fx Ax, y.2) ©) flr.y,z+ Az) 6) fluy+dy2) d) fle Ax, y+ Ay,24 Az) 3. Ache 0 dominio das funcées: o) fx, ett 4) fa, o) fay, ) fix, y, zt) =logix—y+z-1) 4. Represente graficamente os pontos (x, y, z) para os quais f(x, y dodo por fix, y, 2) = 8 —x-y—2z 2, sendo a funcéo 12.2 Limite e Continuidade Intuitivamente, 0 limite de f(x), x2, ..., %,) quando (x1, x, éontimero L (se existir) do qual se aproxima f(x}, x; made (yy X35 +0) Xyghe Sem Se tomar igual a (x, 5.X2,5 Indicamos da seguinte forma sees Aq)tende a (Xp X355 o-4 Xp) +54) quando (11,3, ...5 %,) $e aproxi- Bn) lim (X}, Xp, 0 C24. Aa, oy) = Gy ay, ag! iS Caso L seja igual a fx, Xap «ys dizemos que a fungao f € continuaem (x13, %q) xo contrério, dizemos que f'é descontinua naquele ponto. Os teoremas | e 2 do Capitulo 10 vistos para continuidade de fungGes de duas varidveis ‘eestendem para fungdes de trés ou mais varidveis. Assim, por exemplo, sdo continuas em twxdos os pontos do dominio as seguintes fungdes: (a) fy, 2) = 2? + y? 3g; (b) fx y, 2) (©) flx, @) FQ) z,)=Inx+y-z-1); Dee ee 314 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS 5. Dada a funcao f(x, y, 2) 6 continua em (0, 2, 3). =2r+3y44z, obtenha im f(x,y, 2) e verifique se ela 9.2102.) 6. Dada a fungao x+y + 3z, se (x, y, 2) # (1, 1,1) fosx.a=[6 se (uy = (LD verifique se ela é continua no ponto (1, 1, 1). 7. Dada a fungao ‘ —_ wa) Payee 0, se (x, y, verifique se ela é continua no ponto (0, 0, 0). 12.3 Derivadas Parciais Seja f uma fungo definida num subconjunto D do R.A fungao derivada parcial de f em relaco a x; (ou simplesmente derivada de f em relagao a.x,) € a derivada de f em relagio a.x;, admitindo todas as outras varidveis como constantes. Indicamos a derivada parcial de fem relagio a x; por fi, ou 2. Exemplo 12.3. Se fx. y, 2 +y3 + 2x, entio fr=we2, fy Exemplo | he a CAPITULO 12 — FUNCOES DE TRES OU MAIS VARIAVEIS 315 Le Exercicios — 8. Calcule as derivadas parciais f,, f, e f, para as seguintes funcées: O) fx, y, 2) = 3x + Sy 62 e} SOx, y, 2) = 2x04 b) Sls, y, 2) = ay + Daz + Bye fx, ©) fla, y, 2) = 295 + yhS + 22025 @) fx d) fny.2 h) fax, 9. Calcule as derivadas parciais f,. f,. fe f; para as seguintes fungSes a) fix, 5) fa, o) fx y. 20 -2) 10. Considere a funcéo f(x, y. 3x4 dy +52, Colcule x Ley te ao Considere a fungdo de producdo P = 2x2y98205, oP oP . oP 2) Caleule as produtvidades morginois 3°, Se Sf oP. ap. b) Mostre que x ap +y 12, Dada a fungéio custo de producdo de quatro bens de quantidades x), x9.25 €.X4, C= 2x 449 +.44 + 3x4 + 100 ac determine os custos marginais 3 12.4 Fungées Diferencidveis — Diferencial de uma Funsao Seja f uma fungdo definida num subconjunto do R”, € seja (x},5 Xap. «++ Xp.) UM ponto de seu dominio. Seja Af a variagao sofrida por f(x, x: +++ %n) AO passarmos do ponto Uy X2yy oo» Ang) Para © PONto (x, AX, Xo, + Ary vy yy + AN) Dizemos que / é diferenciivel no ponto (tig, ayy os y,) SC AF puder ser escrita na forma of Ate Se Sly aan) ng) Axi Shy iy Ay, em que as fangtes A tém todas limites iguais a zero, quando (Ax,, Ax2,, .... Ax;,) tende a (0.0,. Caso fesja diferencidvel, a diferencial de f ¢ indicada por df e vale oF i=1 0x; df (gy age sees hg) “Ay 36 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS Prova-se, de maneira anéloga a vista para fungdes de duas varidveis, que f seré diferencidvel se suas derivadas parciais forem continuas. Exemplo 12.5. A fungdo f(a, y, 2) =x? + y? + 2? 6 diferencidvel em todos os pontos do R, pois of of - oF _ >. sao continuas. By 72% Gy =2Y © Gy =2e Ho continuas. A diferencial de f vale df= 2x Ax+ 2y- Ay +22 - Az. MS 13. Caleule o diferencial de cada fungéo abaixo num ponto genético. 0) fl, y, 2) = 2x4 3y #42 b) fi y.z)=2-y +z ) flay znaerrrere 14. Seja C a funcao custo de produgdo de trés bens de quantidades x, y e z: C= 1042+ yertay a) Caleule a diferencial do custo no ponto x= y= 10 e z= 20, para Axr=Ay 6) Calcule a diferencial do custo num ponto genérico (x, y, 2) para Ax Az = 0,05. <) Caleule a diferencial do custo num ponto genérico (x, y, 2) para Ax = Azsh. 15. Seja flx, y,2)=ax+ by +.cz-+d, Mosire que a diferencial de f é igual a Af, quaisquer que sejam os valores de Ax, Ay e Az 12.5 Fungo Composta — Regra da Cadeia Seja f uma fungao definida num subconjunto do R", diferencidvel num ponto Cp ay) «+s %yq) do seu dominio. Sejam as fungGes dadas por x;(1), x3(0),..., X,(t) diferencidveis em fp de modo que: ¥il00) = Xp 42 (0g) = kay. een ip (la) = age Entio a fungao F, composta de f com x), x2, .... X,, dada por F(t) = flr (), (0, x,(0) € tal que dF of dx, a WO= Day lo M9 Sag) GE Mt). b CAPITULO 12 — FUNCOES DE TRAS OU MAIS VARIAVEIS 317 Exemplo 12.6. Sejam f(x, y, 2) = 2x + 3y + dz, x(0) = 21, y(e) = 34-2 e alt A fungo composta de f com x, ye zé F(t) =2- (21) +3 -(3r-2)+4-(¢-4) = 17-22. (@) Caélculo de a diretamente: HF iy dt (b) Célculo de ae pela regra da cadeia: Portanto ar _ . - . i Tai (2) +3-(3)+4-(1)=17. LCL. 16. Obtenho a derivada £ sendo F a composta de f com x, y e z nos casos abaixo: 9) f(x,y, 2) = 3x4 4y— 62,4) = 24, WN =P e 2) =t-1 b) fle, yz) =x+ 2y +27, x(0) = sent, y(t) = cost, e (N=P od fydae = aN=P, =P e Ah=t-2 A) faxy.d=eyercxn=t wnat, e a= 12.6 Fungées Definidas Implicitamente O teorema das fungdes implicitas e a derivada de fung6es definidas implicitamente, vistos para fungGes de duas varidveis, também se estendem de modo andlogo para fungSes de n variveis; assim, seja (xp, X25 ee APs Keg ts ves Mn) uma fungo definida implicitamente pela equago fly, x9, -.. X,) = 0. Entio of Oh. Oy FEU 0 G-D, (G+ Dy vy ay af Ox; 318 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS a Exemplo 12.7, Seja z= h(x, z) definida implicitamente pela equagao x? + y az Ox % diretamente. oy (a) Calculo de Temos (b) Calculo de S © S pela formula da derivada das fungdes definidas implicitament So ax” ay Temos 17. Calcule =. sendo z a fungdo definida implicitamente por 2x3 — 4y? — 62 = 0. oy 18. Colcule de & sendo z a fungéo definida implicitamente por x2 +)? + 2-3=0 12.7 Funcgées Homogéneas — Teorema de Euler Seja f uma fungao de n varidveis x, x2, ..., x,. Dizemos que f € homogénea de graum a i 1 n eB se, para toda constante positiva A, tivermos SAR, Ary, 004 AK y) = AM fy ry os Kade Exemplo 12.8. A fungdo dada por f(x, y, 2) =22 + xy — 3yz € homogénea de grau 2, pois flAx, Ay, Az) = (Ax)? + (Ax)(Ay) — 3(Ay)(Az) = BO? + xy - 3yz) = B fle y. 2. a. CAPITULO 12 — FUNGOES DE TRES OU MAIS VARIAVEIS — 319 O Teorema de Euler, visto para fungdes homogéneas de duas varidveis, se estende para fungdes homogéneas de n varidveis. Isto , se f € homogénea de grau m, enti Fy F ve We Ggtt Gy te tie ge mf Xp MSU 19. Para as fungées @ seguir, indique as homogéneas e o respectivo grou de homogeneidade: o) flay dereyree b) fl, y, 2.) =2? + Pox tz ©) fy, 2) = 2? + 3y? + 62 ) flee, X25 29) = Depry + 3xyx5 + ApH 20. Dada a fungGo de produgdo P = 10x°?y%4z04; 4a) mostre que tal fungdo é homogénea de grav 1; ap. AP || ap. b} mosire que Pax. Sy. Sag SP 12.8 Derivadas Parciais de Segunda Ordem Seja fuma fungdo de m varidveis x1,.¥2, X55 +5 Xp © S€IAM fay fay fay «+ fe, SUas deri- vadas parciais. Se calcularmos as derivadas parciais de f,,, fi fay +» fa,» Obteremos as derivadas parciais de segunda ordem de f. Indicaremos por f,., a detivada de f,, em relagdo a... Exemplo 1 3yz, temos: By — 3z, 22, Dada a fungdo fxs, x2, ¥5,44) =X 14]%3 +X LLDXG + Lay +INGT4, Calcule fine, © figry 23. Dada a fungéo fix, x2, X35, 4) = 14 4X5 424 4.49 + xyrarsay, calcule fies fey See & 1 2 3 ‘4 ae 320 PARTE 3 — FUNCOES DE VARIAS VARIAVEIS | 12.9 Maximos e Minimos As idéias de maximo e minimo para fungdes de n varidveis sio semelhantes as que foram vistas para fungdes de duas variaveis. Seja f uma fungdo das variveis xj,.x3, 3, ....%y- Dizemos que 0 ponto PoC X59 %n.) do dominio € 0 ponto de maximo relativo de f (ou simplesmente ponto de maximo) se existir uma bola aberta de centro em Pye raio r, tal que, para todo ponto P(x), X3, -...%) do dominio situado no interior dessa bola, tivermos: FOE ap es hp) SA ig Kayy os My) Ao ntimero f(x}. 255 ---+%),) damos o nome de valor maximo de f- Analogamente, dizemos que 0 ponto P,(x),. x3, .... X,,) do dominio & ponto de minimo relativo de f (ou simplesmente ponto de minimo) se existir uma bola aberta de centro em Py € raio r, tal que, para todo ponto P(x,, x2, ....%,) do dominio situado no interior dessa bola, tivermos: FO y X25 os En) fry Hyp + Ao mimero f(x + %q,) damos © nome de valor minimo de f. Seja f uma fungao das variaveis x, x35 3, ...%y- Dizemos que 0 ponto Poy X99» X,,) do dominio € ponto de maximo global de f se, para todo ponto Plxy, 9, ..-. a.) do dominio, tivermos: in) Fs 2, Analogamente, dizemos que 0 ponto Po(y5 X35 «++» Xa) do dominio € ponto de mfnimo global de se, para todo ponto P(x, x3, ..., X,) do dominio, tivermos: 8p) Sf Aap oF) I, Hy woes Ku) > fy Xp, os Bn Teoremas semelhantes aos vistos em fungées a duas varidveis se verificam no caso den varidveis. feoresna 124 Seja f uma fungio das varidveis xy, x35 -..)Xyp © Se) Po(iy X3y)--» nq) UM Ponto interior ao dom{nio. Se Po for um ponto de maximo, ou de minimo, e se existirem as derivadas parciais ff, fi...» fo,» entdo Se Btgy agp ++» Xng) =O 1,2,...5m. Feorenna 12 Seja f uma fungdo de n varidveis x1, x9, x3, ..., %, continua, com derivadas parciais Continuas até segunda ordem. Seja Po(x1, X25 --.»%,,) um ponto do dominio tal que Su (Po) = 0 para i= 1,2, ....n. a CAPITULO 12 — FUNCOES DE TRES OU MAIS VARIAVEIS Seja o determinante Fexx(Po) Say Pod Feyz(Po Mey =| FPO SegalPod Feys,(Po) Figi(Po) — Sages(Pod Fagsf(Po) chamado Hessiano de f no ponto Po. Sejam ainda os determinantes Ao=1, AL= | fiyx\(Po)|> Aya| feesP0— fiyafPo|, 2 | fesr(Po) — feyrg(Po) Fayx(PO)— Fay(P0) — Fayx,(Pod As=| fegn(Po) —fexy(Po) — fagr(Po)|, Faysi(Po) — faye(Po)—Feyxs(Po) Fey(Po) — feyx,(Po) Seyx,(Po) P P ne fea 0) fix fel | «My. Fasi(Po) — Sages(Po) Fag(Po) Entao: + Se Ao, Ar, An, .... A, forem todos positivos, entdo Py é ponto de minimo de f. 321 + Se Ao, Aj, Ap, ..., dy forem alternadamente positivos e negativos, entio Po ponto de maximo de f. Exemplo 12.10, Sejaa fungao f(x, y, z)=2° + y? + z?. Os pontos criticos de f so as solugdes do sistema temos, 322 PARTE 3 — FUNGOES DE VARIAS VARIAVEIS a Ag=1, Ay =|2| = 2 2 =|? 2 As=|0 0; 02 Assim, 0 ponto (0, 0, 0) é ponto de minimo de f. Exemplo 12.11. Seja a fungao f(x, y, 2) = 2+ dy + 2z—5. Os pontos criticos def sio as solugdes‘do sistema =-2r=0 x=0 -2y+4=0=3 4 y=2=3 (0,2, 1) 60 tnico ponto critico. f=-22+2=0 [z=1 Sendo obtemos HO, 2, 1) = Ag=1, A= Logo, 0 ponto (0, 2, 1) é ponto de maximo de f. MS 24. Ache os possiveis pontos de maximo ou de minimo das fungées abaixo: a) fix,y,2)=--y-24+10 6) fos yz P+ 4x4 2y + 62-10 o) fay Paxy—x-y A) fix y, —ztay+6 e) fyyz0=P+yre24P +200 Parte 4 MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES Capitulo 13 @m Matrizes e Determinantes Capitulo 14 tm Sistemas de Equacdes Lineares Capitulo 13 Matrizes e Determinantes 13.1 Matrizes Em muitas situagSes, particularmente em Economia, as idéias envolvidas costumam ser expressas por uma ou mais equagdes. Quando tais.equagSes so numerosas, a representa com matrizes constitui uma forma adequada ¢ simples de representé-las e de resolvé-las. A teoria de matrizes foi introduzida em meados do século XIX, sendo 0 matemético inglés Arthur Cayley (1821-1895) um dos pioneiros neste estudo. Chamamos de matriz toda tabela de ntimeros dispostos em filas horizontais (ou linhas) ¢ verticais (ou colunas). Se a tabela tiver m linhas en colunas, dizemos que a matriz é retangular do tipo (ou de ordem) m x n (Ié-se m por n). As linhas so numeradas de cima para baixo e as colunas, da esquerda para a direita. Os elementos de uma matriz sio geral- mente representados entre colchetes, ¢ a indicagdo de uma matriz é feita por uma letra maitiscula do alfabeto. Exemplo 13.1 en 0 4. |€ matriz do tipo 2 x 3, =I —4 | é matriz do tipo 3 x 2, 6 B aon C=] 2 © |e matriz do tipo 2 x 2. 02 Os elementos de uma matriz costumam ser representados por meio de uma letra mints- cula do alfabeto afetada de dois indices: primeito indicando a linha, e o segundo, a coluna a qual pertence o elemento. =| 326 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a | AS riz | oe | ssim, na matriz emos: 64 0 Observagiio No lugar dos colchetes para a representagiio de uma matriz, podemos utilizar os parén- teses ou duas barras verticais de cada lado da tabela. Assim, so validas as representacées: 14 1 4 [; ‘] (; ‘) oe | Matriz Quadrada Chamamos de matriz quadrada toda matriz em que o ntimero de linhas é igual a0 miimero de colunas. Ao ntimero de linhas (ou de colunas) damos 0 nome de ordem da matriz. Por exemplo, uma matriz de ordem 3 pode ser indicada por 14 7 6 a1 ay a3 CTE 43) Ax 33 Em uma matriz quadrada, os elementos aj tais que i = j sio chamados elementos da diagonal principal. No exemplo citado, tais elementos so ay), a3. € 33. Os elementos aj; tais que i + j = n + 1 (em que n é a ordem da matriz) so chamados elementos da diagonal secundédria. No exemplo estudado, tais elementos s (Figura 13.1.) 13+ G22 © yy. Figura 13.1: Diagonal principal e secundé- tia de uma matriz. [: - diagonal secundéria | Matriz Nula E aquela em que os elementos sao todos nulos. Assim, a 07-0) 7 [° i 0 matriz mata ipo 2 3, 00 : ie q € matriz nula de ordem 2. a CAPITULO 13. MATRIZES.E DETERMINANTES 327. Igualdade de Matrizes Duas matrizes A e B do mesmo tipo so iguais quando seus elementos correspondentes (aqueles com 0 mesmo par ordenado de indices) so iguais. Isto é, se A e B sio do tipo mx n, entdo A=Bse,e86 se, a,, = by, Wr, Vs, em que a,, € um elemento genérico de A, ¢ b,, é um elemento genético de B. oe 3t] fi 3 2 3] °L9 27. Matriz Simétrica e Anti-Simétrica Exemplo 13.2 Chamamos de matriz simétrica aquela na qual os elementos dispostos simetricamente tm relagdo a diagonal principal so iguais. Isto é, A é uma matriz simétrica se ay = ay, Vi, Vj. Exemplo 13.3 6 2 10 Amatriz] 2 4 —7 | €simétrica. 10 7 9 Chamamos de matriz anti-simétrica aquela na qual siio nulos os elementos da diagonal Principal, € opostos os elementos dispostos simetricamente em relagao a ela. 0 5 6 A matriz| 5 0 10 | é anti-simétrica, -6 -10 0 Matriz Diagonal Chamamos de matriz diagonal toda matriz quadrada cujos elementos que nao perten- cem 4 diagonal principal valem zero. Isto é, uma matriz A é diagonal se ai, = 0 para i # j. Exemplo 13.5. Sao diagonais as matrizes 00 1 ofe[2 oh 0 3 CON 328 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES Matriz Identidade Chamamos de matriz.identidade toda matriz quadrada cujos elementos da diagonal prin- cipal valem 1 e os elementos restantes valem 0. Uma matriz identidade de ordem n é indicada re Esemipio 13.6. As matrizes identidade de ordem 2 e 3 so dadas por: 100 nel S]en= o 1 ol. 001 Transposta de uma Matriz Seja A uma matriz do tipo m x n. Chamamos de transposta de A, ¢ indicamos por A',a matriz cujas colunas sio ordenadamente iguais as linhas de A, isto 6, se aj; € um elemento genérico de A, ¢ b;; 6 um elemento genérico de B, entao bj; = aj Vi, Wj. Exemplo 13.7 234 2 A matriz transposta de A = éamatriz A'=| 37 5.79 48 Observemos que, se uma matriz A é simétrica, entao A = A‘. MSS —— 1. Escreva em forma de tabela a matriz do tipo 3 x 2 tal que ay = i+ j. 2. Escreva em forma de tabela a matriz A de ordem 4 tal que o Hat se isj U" 10, se i zy Escreva em forma de tabela a matriz A de ordem 4 tal que 1, se i>j ay=) 0, se i= j -l, se i|-6 6 6f Matriz Oposta Dada a matriz A do tipo m x ne elemento genérico aj, chamamos de matriz oposta de A (€ indicamos por ~A) a matriz. B do tipo m x ne elemento genérico b, tal que: ayy Vis Vj. Exemplo 13.8 i S 3 Exemplo 13.9, S triz A = | A matriz oposta de A é-A Propriedades da Adicdo de Matrizes Sejam A, B e C matrizes quaisquer de mesmo tipo m x n. Sao vilidas as seguintes propriedades: A,) Comutativa: A + B= B+A Ap) Associativa: (A + B)+C=A + (B+ C) A) Existéncia do elemento neutro: A + 0 = A (0 € a matriz nula do tipo m x n). Ag) Existéncia do elemento oposto: A + (A) = 0 (0 € a matriz nula do tipo m x n). As) (A + BY = Al + BY a, | 330 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a Subtraséo de Matrizes Dadas duas matrizes A e B do mesmo tipo, chamamos de diferenga entre A e B (e indi- camos por A — B) a soma da matriz A com a oposta de B. Isto é: A-B=A+(-B). Exemplo 13.10 [2 1 : )-[2 1],[-3 2-(2 3 5 -6] |-1 6] |5 -6 1 -6)°L 6 -12y Multiplicacéio-de Nomero por Matriz Dada a matriz A e 0 mimero a, o produto de a por A é a matriz que se obtém multipli- cando-se todos os elementos de A por a. Indicamos tal produto por a A. Multiplicacéo de Matrizes Sejam A e B matrizes do tipo m x p e p x n, respectivamente, com elementos genéricos iy. € by;. Chama-se produto de A por B (e indica-se por AB) a matriz. do tipo m x n cujo elemento genérico cj € dado por: Exemplo 13.11 C4j = iy « Dyj + Ag « Daj + a3 « By + 2. + Gp “Dy. Isto 6, 0 elemento da i-ésima linha e j-ésima coluna de AB é obtido multiplicando-se a linha i de A pela coluna j de B ordenadamente, elemento por elemento, somando-se 0s produtos em seguida (Figura 13.2). Figura 13.2: Mulliplicagéo da matriz A pela motriz B a a CAPITULO 13 — MATRIZES E DETERMINANTES 33] Exemplo 13.12. Sejam as matrizes A = [} 3] eB= [? | e calculemos o produto AB. 7] is) [ J O elemento c;; da matriz. AB € obtido multiplicando-se a 14 linha de A pela 18 coluna de B, como se segue (Figura 13.3), e somando-se os produtos obtidos. Primeiro, usamos a disposigio Figura 13.3: Multiplicagdo da matriz A por B do Exemplo 13.12, Procedendo de forma andloga com os outros elementos, obtemos: z 7 3% ee 5 25 42 10 404. _f 5 25 Portanto, B= a Al Observacies a) Notamos que, de acordo com a definigio, exigia-se que A fosse do tipo m x p e B do tipo PX n, ou seja, 0 produto AB sé é definido se o ntimero de colunas de A for igual ao nimero de linhas de B. Além disso, a matriz AB é do tipo m x n (Figura 13.4). 332 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES Figure: 13.4: Relagdo entre numero de linhas e colunas de A e B para AB ser definido. | a a Excmplo 13.13. Produto AB para matrizes A e B de diversos tipos: — AB mxn A a | 4B . 2x5 5x3 2x3 1x7 7x2 1x2 3x3 3x3 3x3 3x4 3x4 Nao existe b) A multiplicagao de matrizes nao goza da propriedade comutativa, isto é, nem sempre AB = BA. Isso pode ser comprovado pelo exemplo abaixo. Pcp 13.48.8e A=[2 Nea=[} 9], teremos: 3 2]°=lo 3 [4 3 a-[$ é] 21 aa-[ 3 i * portanto, AB # BA. Propriedades da Multiplicagdo de Matrizes Sejam A, Be C matrizes de tipos convenientes de modo que existam os produtos ¢ as somas indicados, Sao validas as seguintes propriedades: My) Associativa: (AB) - C= A - (BC). Mz) Distributiva pela esquerda: A - (B + C) = AB + AC. Ms) Distributiva pela direita: (B + C)- A = BA + CA. My) Se k € um ntimero, ento: (kA) - B= A - (kB) =k - (AB). Ms) Se A e B sio do tipo m x n, entdo: A - I, = Ae In B= Bem que I, € ly sio matrizes identidade de ordem me n. (A demonstragao dessa propriedade encontra-se nos exercicios a seguir.) Mg) (ABY = B' A’ CAPITULO 13 — MATRIZES E DETERMINANTES 333 MST 8. Dadas os matrizes 2 4 a 2 12 Az=|1 2|,B=|1 -3]ec=]1 0 3 0 41 1-2 calcule o) A+B d) A+B+C 9) 44 + 2B 43 b) B-c e) 2A+3B bh) 44-C ¢) 2A ) A-B-C i) C-2B-3A [1 O],,_[t 2 + oats cenetansAe[} Soon! 2] a) Obtenha: A’; BY; A + B; (A + BY’, A'+ BY, b) Verifique que (A + B)' = A'+ Bt a1 02 1 a-[} s}e-[8 iJece[ 0. obtenha o mairiz X tol que: 0) X-A=B b) X-A+C=0 Oo Wes+c 10. Dadas as matrizes v (a 11. Efetue as multiplicagées “fe 1 of 2a of 11 3] ali? 12. Obtenha a matriz X= [ab] tal que 0 -1]_ x[° Ve 0] 13. Obtenha a matriz X tal que 14, Obtenha o némero k tal que v of 3] 334 15. 16, 17. 18. 20. PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES © Calcule a e b sabendo-se que AB = 0 (matriz nula}, sendo Sejam as matrizes verifique que 0) Av h=A b) h-B=B 21 0 2 Ssjom os matizes a= 3 tJea-[2 6 a) Calcule A’, BY, AB, (AB)'e BIA! b) Verifique que (AB)' = BIA’. Mostre que, se A é uma matriz do tipo m x p, entéo A «1, =A. Seja a,; um elemento genérico de A, b um elemento genérico de J, € cy um elemento genérico de A - J, Temos: cy = aby, + andy + 1. + ayby +... + dipbyy by=1 se i=j by=0 se ix j segue-se que ¢y = a). Como 0 raciocinio vale para todo i e todo j, concluimos que A-lp=A Ip al -1 3] Calcule o) Ae 6) a ¢ ass d) A’ Seja a matriz A [2 Um investidor em um certo pais aplica seu dinheiro em 3 tipos de aplicacéo: a juros, em iméveis e em acdes. Haveré uma eleicdo. Se ganhar 0 partido I, o dinheiro a juros renderé 8% ao ano, os iméveis renderdo 20% ao ano, € as agées cairdo 15% ao ano. Se ganhar o partido II, 0 dinheiro a juros renderé 8% ao ano, os iméveis cairo 10% a0 ano, € as acées subirdo 12% a0 ano. Seja A a matriz 1,20 0,90 1,08 1,08 085 1,12 ‘em que cada elemento da 1# colune representa o montante de $ 1,00 aplicado em iméveis, a juros e em agées respectivamente se ganhar o partido I, e a 2* colune representa o montante de $ 1,00 aplicado em iméveis, a juros e em acées respectiva- mente se ganhar o partido II . CAPITULO 13 —MATRIZES E.DETERMINANTES 335 a) Se o investidor aplicar $ 5.000,00 em iméveis, $ 8.000,00 a juros e $ 15.000,00 em aces, qual seu montante caso ganhe o partido I? E se ganhar o partido Il? Resolva usando multiplicagéo de matrizes. 6) Se ele investir de acordo com matriz [0 28.000 0], em que o 1% elemento repre- senta 0 valor aplicado em iméveis, 0 28, 0 valor aplicado a juros, ¢ 0 3%, em acées, mostre que o montante independe de quem ganhar a eleigéo. ¢) Se ele tomar emprestado a juros (a taxa de 8% a0 ano) uma quantia X e aplicar metade em iméveis e metade em agées, ele conseguiré ter um ganho positive caso ganhe © partido I2 E se for o lI2 21. Resolva o exercicio anterior supondo que haja 3 partidos |, Ile Ill e a mairiz A seja dada por: 105 1,3 il A Ll At Al O8 115 11 ~ 2x 22. Escreva na forma matricial o sistema de equagées { Resolucdo Fazendo 23. Escreva na forma matricial os sistemas: a) {*+29 x—3y=5 xeyel b) 4 2x- Brty=0 13.3 Determinantes Os primeiros estudos sobre os determinantes tiveram origem na China e posteriormente no Japio, com os trabalhos do matematico japonés Seki Kowa (1642-1708). Tais estudos visavam elaborar processos de resolucdo de sistemas de equagées lineares; a teoria se con- solidou por volta do século XVII quando Cramer (Gabriel Cramer, matemético suico, 1704-1752) publicou um processo de resolugdo de sistemas de equagdes com 0 uso de determinantes, conhecido como Regra de Cramer. Hoje em dia, os determinantes so usa- dos em outras aplicagdes além da resolugao de sistemas de equagdes (vimos algumas nos capitulos anteriores). Todavia, a Regra de Cramer s6 é aplicada na pratica em sistemas com poucas equacées e inc6gnitas, j4 que para sistemas com grande miimero de equagdes ¢ de incdgnitas so usados métodos mais simples e répidos. 336 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES x Definicaio de Determinante — Casos Particulares Seja M uma matriz quadrada de ordem n. Chamamos de determinante de M (e indica- mos por det M) um niimero que podemos obter operando com os elementos da matriz M. Veremos inicialmente como obter tal nimero em matrizes de ordem 1, 2 ¢ 3, e em seguida daremos a definigao geral. a) Determinante de matriz de ordem 1: Seja M = [a,;]. Definimos determinante de M como sendo o préprio ntimero ayy, isto 6, det M= ay). Uma outra forma de indicarmos 0 determinante de uma matriz é escrevendo os elemen- tos de M entre duas barras verticais, uma de cada lado. Assim: det M =|ay)|= a, b) Determinante de matriz de ordem 2: Seja M= [au ae] uma matriz de ordem 2. Definimos o determinante de M da se- a, ay guinte forma: a 94 ay a detM Isto €, 0 determinante de uma matriz de ordem 2 € a diferenga entre © produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundéria. Exemplo 13.15 2 a) i 12-755; ‘ 6 b) 8 3|- 15-8) =-7. c) Determinante de matriz de ordem 3: Nesse caso, a definigao € extensa e dificil de ser memorizada; contudo, ela pode set facilitada por meio de uma regra prética conhecida como Regra de Sarrus (devida ao mate- mitico francés J. P. Sarrus, 1789-1861), que passaremos a descrever. i) Escrevemos a matriz e repetimos a direita as duas primeiras colunas (Figura 13.5): A Regra de Sarrus. CAPITULO 13 — MATRIZES B DETERMINANTES 337 Seguindo as setas da Figura 13.5, obtemos os termos precedidos do sinal +: Ayyd22033 + Ayya7343} + 1324039. ii) Seguindo as setas da Figura 13.6, obtemos os termos precedidos do sinal —: 413422431 ~ By A293 — Ayy4r1433- Figura 13.6: A Regra de Sarrus. Somando os termos precedidos do sinal + com os precedidos do sinal — obtemos 0 determinante de ordem 3. Exemplo 13.16 31 Calculemos o determinante | 2. 4-2 12 Temos: 24. Calcule os determinantes: 31 122 24 aly 1 d}2 41 e)|-1 2 3 113 35 2 5 2 10 os dj ]o -4 1 3025 338 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES s 25. Resolva as equacées 201 9) * 3 =6 Cle) 2 39 6 1. 2 b) x 7 8 |a16 d}i x 2{=0 a 9 Co-fator ov Complemento Algébrico Até agora, vimos qual a definigao de determinante para matrizes de ordem 1, 2 ¢ 3. Para podermos dar uma definigdo geral valida para matrizes de ordem n, vamos introduzit 0 conceito de co-fator ou complemento algébrico. Seja M uma matriz quadrada de ordem n (n > 2) € aj; um elemento dela, Chamamos de co-fator de a,j, ¢ indicamos por Aj; 0 produto de (-1)'*/ pelo determinante da matriz que se ‘obtém suprimindo-se a linha ie a coluna j de M. Exemplo 13.17, Seja a matriz M = [2 4 O co-fator de 5 (az) € igual a (-1)?*! vezeso vo a4 determinante da matriz M =| 2 _3 |. Isto ¢: 124! .|4| = Exemplo 13.18 214 Sejaa matriz M=| 3 2 7 |. Oco-fator de 4 (a39) é igual a(-1)3*? vezes o determinante 046 214 da matriz M=| 3 2. 7/|. Isto é: 4-6 AyD? 13 4) <1 4-12) Observemos que 0 co-fator de um elemento de uma matriz de ordem n é um determinanle de ordem (n~ 1), multiplicado por 1 ou—1 dependendo da soma dos indices do elemento se par ou impar. Definigdo de Determinante por Recorréncia Seja M uma matriz quadrada de ordem n. Definimos determinante de M (det M) da seguinte forma: a) Se M for de ordem 1, ou seja, M = [ay1], entdo der M = ay, b) Se M for de ordem n (n = 2), 0 determinante de M (det M) é a soma dos produtos dos elementos da 1* coluna pelos respectivos co-fatores. a CAPITULO 13 — MATRIZBS E DETERMINANTES 339 a Ay +e-Ay=a-(-l)?- |d| +e-C1) |b| =ad—be. Tal resultado coincide com a definigao particular dada anteriormente. Exemplo 13.19 Exemplo 13.20 axm by n|=a-Ay+b-Ay+c-Ay cz p yon|,|x m|yojam zp zp n ayp ~ azn ~ bxp + bem + cxn~ my ip + exn + bzm — my ~ azn — bxp. Tal resultado coincide com o obtido pela Regra de Sarrus. Exemplo 13.21 347 6 OT U3 Ay + O- Aa +0: Ag) +0 Ag =3-A\ 0 1 2 3 [23 Ant 0 Aa 40+ Ag) +0-Ag =3- Arr. 0149 Como Au segue-se que 347 011 012 7. Exemplo £3.22 121 4 2143 BG alal Ave2: Ane Aye Ag 432-5 14 3 211 2101 211 ee es 143 32-5 3.255 325 002 =20-2-(-2) +3 (-48)-4- (14) =-176. Observacées: a) A definigio dada chama-se por recorréncia, pois ela define precisamente 0 que é determinante de matriz de ordem 1 e, em seguida, por meio de co-fatores, define deter- minante de matriz de ordem n, em fungao de determinantes de matrizes de ordem (n - 1). = 40 PARTE. 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a Assim, sabendo-se calcular determinantes de matrizes de ordem 1, podem-se calcular determinantes de matrizes de ordem 2; sabendo-se calcular determinantes de matrizes de ordem 2, podem-se calcular determinantes de matrizes de ordem 3, ¢ assim por diante. b) Notemos que, no determinante do Exemplo 13.22, 0 célculo foi trabalhoso em virtude de nGo existirem zeros na 12 coluna da matriz. Tal trabalho pode ser atenuado com o impor- tante teorema que veremos a seguir. feorema 13.1 (Laplace, Pierre-Simon, matemuitice francés, 1749-1827) O determinante de uma matriz de ordem n (n > 2) € igual a soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos respectivos co-fatores. Exemplo 13.23, Para calcularmos o determinante aoan aoa sooF podemos escolher a 3* linha para o desenvolvimento (é a que tem mais zeros). De acordo com 0 Teorema de Laplace, o valor do determinante € 241 6 4 0]=2-(26)=52. 667 Portanto, s6 tivemos de calcular um co-fator em vez de quatro se us: | 2 10 27. Calcule os co-fatores de todos os elementos da matriz i 5 2+ As dssemos a definigio. Sac 3 26. Calcule os co-fatores Ap; e Asp da matriz : 1 ana wore o 28. Calcule os determinantes: 212 1 2:0:0:0 30301 |! 90 0 gf 100 elliot 2 | 3°30 4 713 420 42 i 2 4-12 -4 2166 311-1 3.132 21 0 2 0401 0.213). 0 yo 212 Misa a 1 oO 131 03 4 1 Capitulo 14 Sistemas de Equacdes Lineares 14.1 Definicdo e Resolugao Consideremos um produto cuja equagdo de demanda em certo mercado seja p + 2x = 110: suponhamos que a equacao de oferta seja p — x = 20, Cada uma dessas equagdes é represen- ‘ada por uma reta. O ponto de equilfbrio de mercado é © ponto de intersecedo dessas retas € dado pela solugao do sistema formado pelas duas equagées, isto é: p+2x=110 p-x=20. Observemos que cada uma dessas equagdes é caracterizada por ter cada termo uma ‘inica inedgnita elevada a expoente um, ¢ 0 segundo membro é um termo numérico. Equa- gdes com essas caracteristicas costumam aparecer em diversas aplicagdes na area de Economia e Administracdo. Dessa forma, passaremos a estudar, neste item, os sistemas de equagdes com as referidas caracteristicas. Equaséo Linear Chamamos de equacio linear nas incégnitas x), x2, ..., x, toda equaco do tipo GX] + gX + 1. + Ogky = em que dy, dp, ..., dy $40 nimeros quaisquer chamados coeficientes e b é um ntimero cha- mado termo independente. Sistema Linear E um conjunto de equacdes lineares nas mesmas incégnitas. Exemplo 14.1 x+2y43c=14 x-2y+2 3x4 dy- éum sistema linear de trés equacdes com trés incégnitas, 342 PARTE ¢ — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a Exemplo 14.2 x+2y4z=0 3x-y+z=0 € um sistema linear de duas equagdes com trés incégnitas. Exemplo 14.3 x+ 2y=3 x-y=0 5x + 6y 6 um sistema linear de trés equacdes com duas incégnitas. Chamamos de sistema linear homogéneo aquele cujos termos independentes sdo todos nulos. E 0 caso do sistema do Exemplo 14.2. Solucéo de um Sistema Linear Chamamos de solugao de um sistema linear toda seqiiéneia de nlimeros (04, Of, «... 0h) que, colocados respectivamente nos lugares de x,, x3, .... X,. fazem com que todas as equa- des fiquem sentengas verdadeiras (isto é, igualdades numéricas). Exemplo t4.4 No sistema 0 par ordenado (5, 2) é solugao, pois 5 +2=7 € sentenga verdadeira e 5-2 =3 € sentenga verdadeira. Porém o par ordenado (3, 4) nao € solugao, pois 3+4=76 sentenga verdadeira e 3-453 Oo sentenga falsa, Classificagéo de um Sistema Linear Dado um sistema linear, se ele tiver pelo menos uma solugao, diremos que é possivel; caso contrério, diremos que é impossivel (ou que sua 10 incompativeis). Se o sistema for possivel e tiver uma s6 solugdo, chamaremos 0 sistema de determinado, Se o sistema for possivel e tiver mais de uma solugdo, chamaremos o sistema de indeterminado a CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUACOES LINEARES. 343 Em resumo: — Determinado Ponty ae Sistema —<—— ~~ Impossivel Indeterminado Exemplo 14.5, O sistema [xty=10 {2-6 € posstvel e determinado, pois s6 admite a solugao (7, 3). Exemplo 14.6. O sistema x-y=0 2x-2y=0 Epossivel e indeterminado, pois admite as solucdes (0, 0), (6, 6), (-10,-10), ( 4) em que or é um nimero qualquer. Exemplo 14.7. O sistema xty=l xty=2 €claramente imposs{vel, pois nao € possivel encontrarmos dois ntimeros cuja soma seja | € 2.ao mesmo tempo. Exemplo 14.8. O sistema x+2y=6 O-x+0-y=I é impossivel, pois a dltima equacdo nunca ¢ satisfeita. Obsery, Todo sistema linear homogéneo é possivel, pois admite sempre a solugao nula (F040); Exemplo 14.9. O sistema homogéneo f2x+3y+52=0 [e+ 6y-2=0 admite a solugao (0, 0, 0). 344 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a Regra de Cramer Consideremos 0 sistema linear de duas equagdes e duas incdgnitas xe y: ax+by=m cx+dy=n. ‘Vamos resolver esse sistema pelo método da adi¢o; multiplicamos a 1 equagdo por de a 28 por (~b). Obteremos: adx + bdy = md ~bex ~ bdy =—bn. Somando membro a membro essas equacées, temos x(ad — be) = md — bn. md — bn Supondo ad ~ be # 0, teremos x = - Levando esse valor de x na 14 equacio, an~me obteremos para y 0 valor y= SE— We, Lembrando a definigdo de determinante de ordem 2, podemos escrever que mb | am n_d| con ab ab ed cd Assim, observamos que: * o denominador das frages é o determinante da matriz dos coeficientes , simbo- ab cd licamente indicado por D; + o numerador da fragdo do valor de x é o determinante da matriz dos coeficientes substi- tuindo-se a coluna dos coeficientes de x pela coluna dos termos independentes. Esse determinante é indicado por D,. Assim: mb D.= nd D, = 2 em que D ¥ 0; prema + o numerador da fragao do valor de y é 0 determinante da matriz dos coeficientes substi tuindo-se a coluna dos coeficientes de y pela coluna dos termos independentes. Esse determinante é indicado por D,. Assim: 2 emaque D 0 O resultado que vimos é, na verdade, uma propriedade geral, e é conhecida como Regra de Cramer (em homenagem ao matemético sui¢o Gabriel Cramer, 1704-1752 ). Tal regra est estabelecida no seguinte teorema: a CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUAGOES LINEARES 345 Teorema 14.1 (Cramer) Consideremos um sistema linear de n equages com n incégnitas e seja D 0 determinante da matriz dos coeficientes. Se D # 0, entdo o sistema serd determinado, e 0 valor de cada incégnita é dado por uma fragao que tem D no denominador e, no numerador, 0 determinante da matriz dos coeficientes, substituindo-se a coluna dos coeficientes dessa incégnita pela coluna dos termos independentes do sistema. Sejao sistema _ {rss Axe ytz Temos 112 D=|1 2 1]=-4 #0. Portanto o sistema é determinado. Além disso: 211 91 82 dj4 ia 192 181 271 19 1 2 8|=-12 rr 7 Portanto: ye Pr m4, D 47>" Dy _ 8 _ Ye = Ig a -12 =4 Conseqtientemente, a solugao (nica) do sistema é (1, 2, 3). 346 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES. a MSY 1. Resolva os sistemas a seguir pela Regra de Cramer: x+y 4236 9 feoytaca Qe-yez=l xty+z=6 d) x4 2y43z=10 x+4y492=8 2. Para que valores de m o sistema abaixo é determinado? {ioimeeca x+my+z Wxtyer=3 Sistemas Escalonados ‘A Regra de Cramer, embora simples na resolugdo de sistemas de duas equacdes com duas incégnitas ou trés equagdes com trés incégnitas, no é recomendavel a sistemas maio- res, dada a complexidade dos célculos envolvidos (por exemplo, um sistema de quatro equa- Ses com quatro incégnitas demandaria o célculo de cinco determinantes de ordem quatro). O método do escalonamento, que veremos a seguir, é operacionalmente mais simples ¢ é mais facil de ser programado em computadores. O método do escalonamento foi desenvolvido pelo matemético alemao Carl Friedrich Gauss (1777-1855) e posteriormente foi aperfeigoado por Wilhem Jordan (1842-1899). Consideremos um sistema linear em que, em cada equago, hd pelo menos um coefi- ciente nao nulo. Diremos que o sistema esté na forma escalonada (ou é escalonado) se 0 niimero de coeficientes nulos antes do primeiro coeficiente no nulo aumenta de equagao para equacio. Exemplo 14.10. O sistema linear (sets esta na forma escalonada. Exemplo 14.11. O sistema linear dx-y+z-t+w=6 z+2t-w=0 tewel esti na forma escalonada. as CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUACOES LINEARES 347 Exemplo 14.12. O sistema linear x+2y-2=10 4y +52=6 y-z=0 nao esté na forma escalonada. Ha dois tipos de sistemas escalonados a considerar; vejamos quais sio e como se resolvem. Primeiro tipo — o numero de equagées é igual ao de incdgnitas Nesse caso, o sistema é determinado e cada incégnita € obtida resolvendo-se o sistema “de baixo para cima”. Exemplo 14.13. Vamos resolver o sistema escalonado abaixo: + da 38 equacao obtemos z = 2; * substituindo z= 2 na 2* equagdo, obtemos 3y — 2 = 1, ou seja, ) * substituindo z = 2 e y= I na 14 equagdo, obtemos x + 2 +2 =4, resultando x Portanto, a solugdo (nica) do sistema é (0, 1, 2). Segundo tipo — o ntimero de equacdes € menor que o de incégnitas Nesse caso, pegamos as incégnitas que ndo aparecem no comeco de nenhuma equagao (chamadas varidveis livres) e as transpomos para 0 2° membro. Em seguida, para cada varidvel livre atribuimos um valor arbitrério e resolvemos o sistema nas incégnitas do 12 membro. O fato de atribuirmos valores arbitrérios a algumas das incégnitas faz com que 0 sistema tenha uma infinidade de solugées, sendo, portanto, indeterminado. Exemplo 14.14. Vamos resolver o sistema linear abaixo: A varidivel livre é z (nao aparece no comeco de nenhuma equagio). Transpondo z para o 22 membro, teremos: = 348 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a + da 28 equacio, temos y= 2 + a% * substituindo y = 2+ orna 14 equagao, obtemos x 2— a= 4— a, ou seja, x= 6. Portanto, as solugdes do sistema so as triplas ordenadas (6, 2 + 0, ) em que oé um niimero qualquer. Ei algumas solugdes: a=1— (6, 3, 1), a=0— 6, 2,0), a=-6— (6, -4, -6). Escalonamento de um Sistema Dados dois sistemas S, e S>, diremos que so equivalentes se tiverem as mesmas solu- des. Assim, so equivalentes os sistemas: pois siio ambos determinados (uma vez que o determinante D da matriz dos coeficientes ¢ diferente de zero) e admitem como solugao o par ordenado (- 4 3), J4 que sistemas equivalentes tém 0 mesmo conjunto solugio, 0 que faremos é transfor. mar um sistema linear qualquer num outro equivalente, porém na forma escalonada; isso porque sistemas escalonados sao ficeis de resolver. Precisamos entdo saber que recursos usar para transformar um sistema S num outro equivalente S' na forma escalonada. Tais recursos s&0 os teoremas que veremos a seguir teorema 14.2 Multiplicando-se os membros de uma equagdo qualquer de um sistema Spor um mimero k # 0, obteremos um sistema S’ equivalente a S. Feorema 14.3 Substituindo-se uma equacao de um sistema S pela soma membro a membro dela com outra, obteremos um novo sistema S’ equivalente a S. Para escalonarmos um sistema, teremos de seguir alguns passos, todos eles baseados nos Teoremas 14.2 e 14.3 a CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUACOES LINEARES 349 * Primeiro passo: anular os coeficientes da 1¢ incégnita, da 2" equacio em diante. * Segundo passo: deixar de lado a 14 equagao ¢ repetir o primeiro passo com os coeficientes da proxima incégnita que tenha coeficiente diferente de zero, nas equagdes remanescentes. primeiras equacées e repetir o primeiro passo com que tenha coeficiente diferente de zero, nas equagdes + Terceiro passo: deixar de lado as dua 0s coeficientes da préxima incégni remanescentes. Os proximos passos sdo andlogos e devem ser seguidos até que o sistema fique escalonado. Exemplo 14.15. Vamos escalonar 0 seguinte sistema: xt2y+c=9 2x+y-2=3 3x—y-2 Temos: x+2y+ x (2) + 3x-y-2: Substituimos a 2# equagao pela soma dela com a primeira multiplicada por -2: Substitufmos a 34 equagao pela soma dela com a primeira multiplicada por ~3: xe2yez ~3y—32=-15 +—x (-) ~Ty-52=-31. Multiplicamos a 24 equagdo por — 5 : x4 2ye2 yee ~Ty-5z x (7) 31 «I+ Substituimos a 34 equago pela soma dela com a segunda multiplicada por 7: O sistema esta escalonado. Como 0 ntimero de equagdes € igual ao de incégnitas, ele € possfvel e determinado. | 350 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a Exempto 14.16 xtyera4 Vamos escalonar o sistema 4 3x + 4y + 2z —3y+7z Temos 3x4 4y + 2z= 10«——_y 2Qx~ 3y + 7z = 18. | x+yeza4 x (3) Substituimos a 2# equacdo pela soma dela com a 1* multiplicada por ~3: xtytza4 2x- ays +7: Substituimos a 34 equagdo pela soma dela com a 14 multiplicada por -2: x (-2) + Como a titima equacio satisfeita para quaisquer valores de x, y e z, ela pode ser suprimida do sistema, Assim, obtemos o seguinte sistema escalonado, em que o niimero de equagées € menor que o de incégnitas e, portanto, indeterminado: frezezz4 yozs-2. Exemplo 14.17 Qe-y+dz= Vamos escalonar o sistema } 2x + Ty + 3z l6y - 2 Temos Qe-y+4es-l xCD 2x4 Ty +32=0 «——_l+ l6y - 22 =3 a CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUAGOES LINEARES 35] Substituimos a 2 equacdo pela soma dela com a 1* multiplicada por -1: 8y-z=1 x(-2) l6y ~ 22 =3 -——_1 4 Substituimos a 3% equacdo pela soma dela com a 2# multiplicada por -2: Como a tiltima equagio nao € satisfeita para nenhum valor de x, ye z, conclufmos que o sistema impossivel. Observacies i) Se, durante o escalonamento, ocorrer uma equagdo do tipo 0 +x; + 0-434... 0-4 = (com b # 0), entéo o sistema sera impossivel (€ 0 caso do Exemplo 14.17). ii) Se, durante o escalonamento, ocorrer uma equagio do tipo 0.x, + 0-4) +... 40x, =0, entdo essa equacdo poderé ser suprimida do sistema (é 0 caso do Exemplo 14.16). iii) Como os célculos no processo de escalonamento sio feitos apenas com os coeficientes € termos independentes, é comum adotar-se uma disposicio matricial em que as primei- ras colunas so formadas pelos coeficientes e a tiltima pelos termos independentes. Assim, no Exemplo 14.15 poderiamos proceder como segue: 1 2 1 9 2 1-1 3h; 3 -1 2 -4 substitufmos a 2# linha pela soma dela com a 1* multiplicada por -2: 1 2 1 9 0 3 -3 -15 3-1 2 -4 substituimos a 3# linha pela soma dela com a 1* multiplicada por -3: 12 1 9 OF 2-15); 0-7 5 -31 multiplicamos a 24 equag3o por — 4 : 121 9 a Shs i | ———— 352 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a substituimos a 3# linha pela soma dela com a 2* multiplicada por 7: 1219 o11 5); 0024 a ultima matriz corresponde ao sistema escalonado: xt2ytz=9 ytr=5 2z=4. iv) No caso do exemplo anterior, é comum fazermos com que 0 sistema escalonado fique com uma tinica inc6gnita por equagao, aplicando-se o mesmo procedimento utilizado | no escalonamento. Assim, retomando o Exemplo 14.15 na forma matricial ¢ escalonado, teremos: 1219 | e634 multiplicamos a 3* linha por # __ 011.5]; amie substituimos a 28 linha pela soma dela com a 38 multiplicada por —1: |. 010 34; 0012 substitufmos a 12 linha pela soma dela com a 3¢ multiplicada por ~1: 1207 010 3]; 0012 substitufmos a 1# linha pela soma dela com a 2 multiplicada por ~2: 1001 0103 0012 Portanto, 0 sistema do Exemplo 14.15 é equivalente a x = y cuja solugdo (1, 3, 2) é imediata. a CAP{TULO 14 — SISTEMAS DE EQUACOES LINBARES 353 MS 3. Resolva os seguintes sistemas g) [xtytitrow=5 rf i+w=0 Xtyozothw e) zttow t+ 2w=0 3x~4ytz=2 T= 10y ~ 32 x-2y4 d) } dey x+3y—2z 5. Num pafs a renda nacional é dada pelas relacées macroeconémicas por meio das equacées IS-LM (IS: Investment-Saving e LM: Liquidity Money) C=40+0,¥-7) 15 -20r =4+0,1¥-10r 10 =T=10 em que: ¥ a renda nacional, C é 0 consumo, 1 é 0 investimento, r é a taxa de juros, My 6c demanda por moeda, M, é @ oferta de moeda, G é 0 gasto governamental, e 760 imposto arrecadado. Obtenha os valores de Ye r de equilibrio, isto 6, aqueles valores que satisfazem as equacées: ¥=C+1+G Mu=M, 354 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS. LINEARES a 14.2 Matriz Inversa E freqiiente, em modelos quantitativos, encontrarmos equagdes em que a incdgnita é uma matriz X, como: X=CX+D, A'AX =A'B, em que A, B, Ce D sao matrizes conhecidas Em problemas dessa natureza, a mattiz X pode ser obtida com a utilizacaio de matrizes inversas, que passaremos a definir. Dada uma matriz A de ordem n, com determinante diferente de zero, prova-se que existe € Gnica a matriz B tal que AB = BA = 1, A matriz B damos o nome de inversa de A ¢ a indicamos por A~! Exemplo 14.18. matriz A = Fi i | tem inversa pois det A =-2 4 0. A inversa de A 6 A~ (17 [pois 2 oO). fi2 oj_fi o elt lite lle 1] ; 1 -llie -11Flo 1 af 9.2 =[1 9 ataclio alli SleLo 4 Exemplo 14.19. matriz A =| &| nao tem inversa, pois, se chamarmos de B a matiz [2 | , teremos soaeld SHE STeE*s% *3e[5 9] vane Observemos que, neste exemplo, der A = 0. Calculo da Matriz Inversa pela Definigio Exemplo 14.20. Seja A = i ak Como det A = 1 # 0, existe a inversa de A. Seja i_fa 6 ata[@ Ol. Entio [5 ale al-[o th CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUACOES LINEARES 355 Es bed} _[) el Sa+3e 5b+3d!)°~ lo 1 ee 1 lead 5a + 3c =0 [eae 5b+3d=1 portanto, a | 3 al : [Fe 2 Podemos observar que 0s dois sistemas que foram resolvidos tém os mesmos coeficien- tes, e os termos independentes do primeiro so dados pela primeira coluna da matriz identi- dade, e os termos independentes do segundo sistema, pela segunda coluna da matriz iden- tidade. Assim, os dois sistemas poderiam ser resolvidos simultaneamente. A matriz a ser escalonada seria: eels 0) eterees a ceouie: 22 All ° | culo escalonamento é dado a seguir: multiplicamos a 1 linha por 1/2: [! 12} 12 ): 5 3:0 17 substituimos a 2* linha pela soma dela com a 1 multiplicada por -5: i: 12} 1/2 9): 0 12;-52 11° multiplicamos a 28 linha por 2: [! 12: U2 9; Oo 1i-s 2) substituimos a 1* linha pela soma dela com a 28 multiplicada por —1/2: [ 1 oig ] Oris 2s O proceso termina quando as primeiras colunas so as colunas da matriz identidade. A matriz inversa é dada pelas colunas seguintes da matriz escalonada. Assim: [3 oI = 356 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES a Observemos que os sistemas escalonados sao: a+0-c=3 O-ate 5 b+0-d=-1 = lees = {hr Notemos que, no célculo da inversa do exemplo dado, s6 impusemos que A - B verificarmos se BA Na realidade, isto € desnecessério, pois, se existe a matri A+ B=1), entao B= A“. De fato, A-B=h=A'(A-B)=A Mb) = (A-A)-B=A1 > h- B=A1 > Bad, Calculo da Matriz Inversa Usando Co-fatores Seja A uma matriz quadrada com determinante diferente de zero. Chamemos de cof (A) a matriz cujos elementos siio os co-fatores correspondentes dos elementos de A. Prova-se que 1 eye lee 1 A oP) [cof (A). A demonstragiio dessa propriedade pode ser encontrada em Iezzi e Hazzan (1978) Pid Calculemos a matriz inversade A=] 1 2 3 | usando a matriz de co-fatores. eee Temos: detA=2 =cp!2 3 4u=cr|) 3 11 Ag = (-1)3 aac) } 1 ay=co|} 5 _~casf ll 3 4n=ci|} 3 An= (lt a CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUAGOES LINEARES 357 I “ys ys} | Ap=cry'| | An =v) | Ags = (16 t 6 -6 2 Portanto, cof (A) =|-5 8 -3 |e conseqiientemente 12 1 6-5 1 3-5/2 12 -6 8 -2/=|3 4 -1 23 41 1-3/2 1/2. 1 aot i. ~ 2 Nao nos deteremos no calculo de inversa de matrizes de ordem superior a 3, uma vez que nas aplicagées tais célculos so, em geral, feitos por calculadoras ou computadores, dado o grande ntimero de operagdes envolvidas. Soon ae 6. Calcule o inversa das seguintes matrizes: 1 11 a ae{ a on[s 5 : 0 ae] 2-1 4 200 oa-[5 2] e) A=|0 1 0 3 00 3. 100 J a-[? 9] A) af} a0 45 6 I ; Je sate -_[ ta 7 Mosre que, sea =[* 2 Je aer #0, eno0.4 7 dea iE ‘] 8. Use 0 resultado do exercicio anterior para calcular a inversa dos motrizes: vee z] wa[3 = 358 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES. a 9. Num pais @ renda nacional é dada pelas equacées IS-LM (IS: Invesiment-Saving e LM: Liquidity Money) C=40+0,2(Y-7) T=15-20r Mg=4+0,1¥-10r M, = 10 G=T=10 em que: Y é.0 renda nacional , C é 0 consumo, I & 0 investimento, r é a taxa de juros, My a demanda por moeda, M, é a oferia de moeda, G é 0 gasto governamental, e 70 imposto arrecadado. Obtenha os valores de ¥ e r de equilibrio, isto 6, aqueles valores que satisfozem as equacées: 7 Y=C+I+G My=M, Resolva 0 exercicio expressando 0 sistema na forma matricial e encontre os valores de ¥ er usando mairiz inversa Aplicaséo: 0 Modelo do Insumo-Produto A aplicagéo que veremos é um exemplo importante de como mattizes inversas fazem parte da formulagao de modelos econémicos. Consideremos uma economia em que sejam produzidos n produtos que podem ter dois destinos: ou serem aplicados no consumo intermedidrio de fabricagao desses produtos, ou ento servirem para consumo final de mercado. Admitamos ainda que cada produto seja fabricado em proporgées fixas de quantidade de mao-de-obra e do consumo intermediario de outros produtos. Indiquemos por aj a quantidade do i-ésimo produto utilizado na fabricagao de uma unidade do j-ésimo produto. Indiquemos por x),.x3, ..., %, a8 quantidades totais produzidas dos produtos 1, 2, ..., 1 € por bj, bs, .... By as demandas finais dos produtos. Assim sendo, podemos escrever: MLE XH AyD Ay He Hay Ny td} a Ay + gy XQ Ho + ay Ky + By Int Xy + Any XQ + 6. + Any * Xp + Dye O sistema de equacdes pode ser escrito na forma matricial X=A-X+B, em que an ay 43. ain by Aq|@ a2 ay an | pbs An, Gn Any Ana... Ann Dn v a CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUAGOES LINEARES 359 Dessa forma, um problema que pode ser resolvido é o seguinte: dadas as matrizes A (chamada matriz. dos coeficientes técnicos) e B (chamada matriz das demandas finais de mercado), obter a matriz X (chamada matriz das quantidades produzidas) para atender is demandas intermediérias e finais dos produtos. Assim sendo, tomemos a equacao matricial X=A-X+B € vamos resolvé-la em relago a X. Temos X-A-X=B, (I-A) X=B, X=(I-A)"-B. A matriz (J - A) é chamada matriz, de Leontief (em homenagem ao economista russo, tadicado nos Estados Unidos desde 1931, Vassili Leontief, 1906-1989, que introduziu esse modelo e ganhou, em 1973, o Prémio Nobel em Economia). Exemplo 14.22. Consideremos uma economia com dois setores. Os coeficientes técnicos e as demandas finais de mercado s&o dadas pela tabela a seguir: Consume infermedisrio para | Consumo intermediério para | co, Setor | fabricar uma unidade no fabricar uma unidade Frl setor 1 no setor 2 1 0,2 06 50 2 04 02 80 Assim, para fabricar uma unidade do produto 1 so necessérias 0,2 unidade do produto 1 0,4 unidade do produto 2; para fabricar uma unidade do produto 2 sao necessérias 0,6 unidade do produto 1 e 0,2 unidade do produto 2. Portanto, as matrizes dos coeficientes técnicos e do consumo final sao, respectivamente, -. | osl04 o2le=[20| Assim, I-A [‘ 9-12 ee]=[_o8 oe 0 104 02)>|-04 08 _ = gt, [28 06) [2 13] ("= sa loa osl=li 2} Portanto, a matriz X das produgées € x-[? 13).[39 -[28 “Li 2] L8o}*L2i0} 360 PARTE 4 — MATRIZES DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES Ou seja, devem ser produzidas 220 unidades do produto 1 e 210 unidades do produto 2, assim discriminadas: Produto | Consumo intermediario no setor 1 = 0,2 - (220) = 44 Consumo intermediario no setor 2 = 0,6 - (210) = 126 Consumo final = 3 Total 220 Produto 2 Consumo intermediério no setor 1 = Consumo jntermediario no setor 2 4 (220) = 88 .2-(210) = 42 Consumo final 80 Total 210 = LULU 10. Dada a matriz de coeficientes técnicos para dois setores A = [ all ea matriz de consumo final B = [7]. obtenha os quantidades a serem produzidas para aten- der s demandas intermedidrias e final de mercado. 11. Resolva 0 exercicio anterior, supondo que a demanda final seja B = [ | 0 02 O1 12. Dada a matriz de coeficientes técnicos para trés setores A = [os Ol 0 iF a matriz 0.3 08 0 100 de consumo final B = [2"] obtenha as quantidades a serem produzidas para atender 100. ‘as demandas intermedidrias e final de mercado. 200 13. Resolva o exercicio anterior, supondo que a matriz de demanda final seja B -[3| 500. 14. Uma economia esté dividida em dois setores: agricultura e manufotura, A matriz de G3 OT] eo moti de demande final ¢ B= [1%] a) Qual @ produgéo de cada setor necesséria paro atender as demandas finois ¢ intermedidrias? b) Se a demande final de manufaturados cair para 180 (mantendo-se em 100 a de agi- cultura) e se para produzir uma unidade do produto agricola séo necessdrios 1.000 homens-hora, qual o desemprego {em relacao & situacéo de item a) na agriculture? coeficientes técnicos 6 A -[ : CAPITULO 14 — SISTEMAS DE EQUAGOES LINEARES 361 Aplicago: a Reta de Minimos Quadrados por Meio de Matrizes Vimos no Capitulo 11 como resolver o seguinte problema: dado um conjunto de pontos no plano cartesiano (x), y), (Xo. Yo) «+; (gs Jos achar a reta de equacdo § = ax; + b que minimiza a soma dos quadrados dos desvios, em que cada desvio é dado por y,— (ax; + b). Se usarmos a seguinte notac&io matricial leet x=|1 %] ¢ a-[*]. a Yn 1 Xp, pode-se provar que a matriz dos coeficientes da reta de minimos quadrados A satisfaz a equago matricial (X'- X) - A = X'- ¥. Resolvendo essa equago obtemos A=(X'-Xyt-X! desde que a matriz X' - X admita inversa. Exemple 14.23. Consideremos os pontos (1, 7), (2, 8), (3, 10), (4, 9) e (5, 11). As matrizes Xe ¥sio dadas por Ubwne Assim “1. yrye 1,1 -0,3 45 |_| 63 Mee SA [ees 13) [3] Dessa forma, b = 6,3 e a = 0,9 ¢ a reta de minimos quadrados é $ = 0,9x + 6,3. Apéndice A Notas Suplementares sobre Limites A.l Vi Considere o ntimero real a. Dizemos que o intervalo aberto Ja—€, a + €[, em que €€ um mimero real positive, é uma vizinhanga de ponto a, ¢ a indicamos por V,(a). Indicamos também por V,{a} 0 intervalo Ja ~ €, a + £[ menos 0 ponto a, isto é: Ve{a} = V.(a) — {a}. inhancas e Limites Sejam a e b ntimeros reais e f uma fungdo definida em A C R. Dizemos que lim f(x) = b quando, dado ¢ > Oreal qualquer, existe uma vizinhanga Vs(a} contida em A, tal que para todo x € Vp{a} se tenha |/(x) -b | < €. Isso € equivalente a dizer que, dada uma vizinhanga arbitré- ria V,(b) de b, existe uma vizinhanga Vs(a} C A, tal que f(x) € Vz(b) para todo x V3{a}. Note que: [fa)-b| 0, existem vizinhangas V, {a} e V{a} tais que Lfie) - By] < ei » para. x € Vi{a} [lo —b < 5 parax € Va(a). Portanto [AiG +0) ~ y+ by =ILA@)— B+ LAG)~Pall $ LAG —bil+ [Adal < E+ E 2. Figura A.3: Fungdo continua 4 direita. Entio, f é continua a direita nos pontos 0, 1 e 2. Como f nao é continua a esquerda em 0, Le 2, dizemos que f é descontinua a esquerda nesses pontos. 366 CALCULO — FUNGOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS a Teorema A.6 a) Suponha que f seja continua no ponto 6, com lim g(x) = b. Entéo Jim fle@1=FO). b) Se f for continua em b, ¢ g for continua em a, com g(a) = b, entdo flg(x)] € continua em a. A.3 Limites Infinitos Dizemos que lim, f(x) = ©, se, dado A > 0, existe um niimero &> 0, tal que f(x) >A para todo x € V5(a), Analogamente definimos: lim | f(x) =-o, lim f(x) =00 lim f(x) =~2e Dizemos que: Jim fia) = 0 se fla") = f(a) =~ lim f(x) =-= se flat) = fla) =-@. Como exemplo, se fx) = 4 entdo f(0-) =—2 € f(0*) = © (Figura A.4(a)). Se fixy= 4, entao /(0-) = /(0") = =. Logo, lim, flx) = © (Figura A.4(b)). Figura A.4: Limites infinitos. x) fix / b) fen) = We? a) fay = Ux Definigdes apropriadas podem ser dadas para: lim f@)=b elim fQ)=b. i Apéndice B Notas Suplementares sobre Derivadas | | B.1 FungGo Composta Seja f a fungio composta de g eh, isto é: Sa) = h{g@], (B.1) | Para.x € AC R, Para demonstrarmos a frmula da derivada da fungao composta, vejamos | antes o seguinte lema. | Lema BI Suponha que a fungi f, de A em R, seja tal que exista f'(x). Entdo existe uma funcdo E, de Rem R, continua na origem, com E(0) = 0 e tal que: Ao + h) ~ f(x) = [F Go) + ED) h (B.2) | para todo h de modo que fy + h) esteja definido, Demonstragaio Definimos E por meio de fo+ )-f00) _ FI ee FX, se h#0 0, seh =0. Entdo E satisfaz (B.2) para h nas condigées do lema. Como f(a) = Jim, fot 4 = £00) segue-se que Jim, EC) = 0 = £(0), o que implica continuidade de E na origem. 368 CALCULO — FUNGOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS a feorema B.1 (Derivada da fungae composta) Suponha que f, g eh sejam como em (B.1), com g’(x) ¢ h'(u) finitos e u = g(x). Entdo F(x) existe e é dada por f') =h'u)- g'(x). Demonstr Temos que f(x + h) = hlg(x + h)}, logo: Af = f(x + h) ~ fx) = h[g(x + h)] — Algo]. Como w= g(x), g(x +h) =u + Au, temos que Af = h(u + Av) ~ h(u). Pelo Lema B.1 (com Au = h), vem que: Af= hu + Au) h(u) = ['(u) + E(Aw)] « Au Portanto, a = [h'(w) + B(AW)]- ma . Quando h tende a 0, lim £(Au) = 0, pois E € continua na origem e Aw tende a 0 quando A tende a 0, pois existe a derivada w’ = g'(x). Portanto, lim, AL =f sh - wl =hu)- g(x) B.2 Fungdo Inversa Vamos demonstrar 0 teorema sobre derivada da fungdo inversa, visto no Capitulo 5. Suponhamos que f seja crescente e derivavel no intervalo / = ]a, b[. Seja Ja imagem de T por meio da funcao f € yo = fx) para a < x9 yo. . APENDICE B — NOTAS SUPLEMENTARES SOBRE DERIVADAS — 369 B.3 Teoremas sobre Funcées Derivaveis Vamos demonstrar aqui alguns teoremas relacionados ao Capitulo 6. Teorema B.2 Seja f uma fungao definida e derivavel num intervalo aberto Ja, b[. Se c for um ponto desse intervalo que seja ponto de maximo ou de minimo, entdo f'(c) = 0. Demonstracao Suponhamos que c seja um ponto de maximo (Figura B.1). Figura B.1: Maximo de f em x = c. yy a ac+hecthb x (h'<0,h>0) Entdo f(c + h) < f(c), para todo h tal que (c + h) € Ja, bl. Como c € Ja, bl, existe | Ig > O tal que (c +h) E Ja, bf para todo h com |h| < ho. Logo temos: | | i | | i | £E*W-fO 20, c0 0 para x € Ja, bl, 0 grifico de f 6 cOncavo para cima em [a, b]; b) Se f"(x) <0 para x € Ja, bl, o grafico de f é céncavo para baixo em (a, b]. Demonstracao Vejamos 0 caso (a). O caso (b) tem demonstragao andloga. Sejac € Ja, b[; a equacao da reta tangente ao grafico de f por c é dada na Figura B.4 Figura B.4: llustragéio do teorema 5. A equagio dessa reta é y = f(c) + '(C) - (x ~). Precisamos provar que | f0) = fle) +f -(-0). (B.3) para todo x € [a, b] Se x=c = flx) = f(c), a relacio (B.3) € valida. Se x > c, pelo teorema de valor médio, existe um ponto d € Jc, x[ tal que LO=L0 - F(a), ne ou seja, £9) - fle) = fd) (x= 0). (B.4) Como f"(x) > 0 para todo.x € Ja, bI, f’ € crescente em Ja, b[. Logo, parax > c vem que f(d) > (©) do que decorre Sd) (~~ 0) > fle) (= 0). (B.S) De (B.4) ¢ (B.5) vem que LO) flo) > fF) (x- 0), que € a relagao (B.3) que querfamos demonstrar. A mesma coisa vale para x 0, ¢ € ponto de minimo e, se f"(c) < 0, c é ponto de maximo de f. BIBLIOGRAFIA ALLEN, R. G. D. Andlise matemdtica para economistas. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1960. v. 1 e 2. ANTON, H. Calculus with analytic geometry. 5. ed. New York: John Wiley & Sons, 1995. ANTONY, M.; BIGGS, N. Mathematics for economics and finance. Cambridge: University Press, 1996. ARYA, J. C; LARDNER, R. W. Mathematical analysis for business, economics, and life and social sciences. 4. ed. New Jersey: Prentice Hall, 1993. BARNETT, R. A.; ZIEGLER, M. R.; BYLEEN, E. K. Calculus for business, economics, life sciences, and social science. 8. ed. New Jersey: Prentice Hall, 1999, BOULOS, P.; ABUD, Z. I. Caleulo diferencial e integral. Sto Paulo: Makron Books, 2000. v.1e2. BRADLEY, T.; PATTON, P. Essential mathematics for economics and business. West Sussex: John Wiley & Sons, 1998. 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U 18, ef o} (51 bof) Bef oe) ———__o—+ b) ———___—____+ 9 ——+—____#+ d) —e______4.> ) 2 2 eo) _____e + f) + 9) ———o—_0___> o) -x>3 d) x>8 oux<-8 e) x>9 oux<5 A) x<-1 ow x> 78 16,16 18. 9) $8.00 ») $13.00 o) $41.80 (y=8 paro x= 10 + Mx—10) para 10x < 20 (y= 18+ 14-20) poro x= 20 19, Six) = 2000 + SOx 20. A=x-Q0-») 22. Sao fungdes: a, ¢. dif isjul 23. 0) R A) 1021 b) R-(2} g} Heh o} R-(0,3} h) Bol od} (0, f ) Bef 12, ) ol 7) 2 i i RESPOSTAS 379 24. Crescente: [-1, 4], -1, 61 Decrescente: {-4, -1], (6. 71 Pontos de maximo: -4.e 6 Pontos de minimo: ~7,-1e7 © 2 6 50 ° ® d) @ 56 27,9) —2_}? @ ) Qe 30405 @ e-4 @ 33 37. 38. 39. 40, 41 44, 45, 46. 47 CALCULO — FUNCOES DE UMA E VARIAS VARIAYEIS a A 52, 20% _| te 53. Demonstragao. 7 54. m, ate ro Tem, 6) 55. p=-0.2"+30 = 56. 10.000 57. P. 0,20} ~T < 80 ~20 500 unidedes 59. p=300+05-x 900 unidades 60. a) demando d) demondo 2} 500 unidodes <) 75% 5) oferta @) oferta ‘b) 400 unidades 7 ofena) a) L=2x-30000 6) LL = 1,4x-21000 $1. 9): $15.00 &) $4250 62. a) $2,00 od 650 ton ¢ p = 3; 807,7 unidades 6) 600 ton =e ote ad 63. 0) $1400 J) $1200 : b) 25 unidades 4.182, 9) 227.3 unidades c} $8,500.00 6 b) $ 11,00 d) 64,7% 65. 20 unidedes o) $200.00 8) 3007 66. 0} p=60~2x; p=10~2x; p= 80~2r. 2) Desloco-se paralelamente pare cima $27.50 uy : " se b) p=39405« 500 unidades Ue . 68. o) $70.00 ) $162.00 Néeo é vontajose i sasad 2 horas 69. $5800 100km 70. 0) $40,00 b) $43.38 a) Ca220002 dae b) $9.200,00 Sugestéo: foga, por exemplo, p= 100 na fungao ofer- 1a; o valor de x serd 160. Portanto, no nove C= 6.000 + 60 curva de oferta, teremos p = 110 (10% a mois) © x= 160. 325,00 Obtenho, de modo enéloge, out ponto do curva de oferta e ache o equacdo da a) p=125¢ b) 25% rato de oferto, 42.86% 7%. a) $40.00 b) $ 46,67 a RESPOSTAS 36] 72. o) | be 73, 0) $ 1.400,00 ) 10anos, 8) $.600,00 74, 0) $6.000,00 6) $3.500,00 75. $18,333.33 9 9 16.000 6 7 » 89 72. 1 enos ' 78. 0) C=800+0,8y 8) S=-800+ 029 7 79. 0) S=O4y b) $1.250,00 9) 4 80. 0} C=800+0,65y —_&) $ 1.000,00 : 81. $00.00 ! 82. $ 750,00 r 83. $ 60,00 88.0) ©1062 = tao Ponto de minimo: x= 1.5 Conjunto-imagem: {-0,25, sf 85. C=0,6y + 2.000 by eomuael 49 Ponto de minimo: x=2.5 Conjunto-imager: [-2,25, jd £3 @ 40 Fonto de méximo: x=3,5 a Conjunto-imagem: |=», 0.25) dj 29 @ 3 Ponto de maximo: x= 1,5 Conjunto-imagem: }-e, 2,25] 382 89, 91 e) b) id 8 d) b) d e) o} CALCULO — FUNGOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS e2 @ 20 Ponto de méximo: x=0 Conjunto-imagem: J-e, 4] e@ |} © Ponto de minimo: x= 1 Conjunto-imagem: (0, = @ Ponto de minimo: x= 1/2 Corunsimagen[22, x es o Se Ponto de minimo: x=0 Conjunto-imagem: [-5, =f ® Ponto de minimo: x=0 Conjunto imagem: [3, =f ® 9 © Ponto de minimo: x=0 Conjunto-imagem: [0, ef eo @ Conjunto-imagem: R oe 9 © Conjunto-imagem: R y>OparalS yOpaex<2ov23 y20porax=3 y>Oparax<-1 ov03 yOpara-24 Qour 2) (© R06) (ve R|x<-4ou-1 9 m6 yy 49 : b) BI 9) 12s &) 8/27 a5 at 4) 18 ) 32 4 9 jet im) 918 es 123. o) as xy a4 bY 2) Mah) a ox 92 dts ra 124, a} 2 ) 28284 4g) 1.0188 bs ) 14,6969) 1.8286 ) L721 25119 125. a) 16 03 e) 025 +6 d) 128 126. @) 8.867 8) 16.990 1 127. 3.53% a 29. 128. 281% 140 129. 765,77 bilhoes de dolores 130. 0) y= 20.000(1,029" on 20.000 === .—=-_* 131. 25.598 habitantes 132. 2.488,32 unidodes ee E VARIAS VARIAVEIS a ©} $ 110.613,62 by 150,000 | a) $8.874,11 yy | 20.000 es °} 6.561 dv 6.561 4) $243) 6318 ve ©) 50 mil délares bo) v 50 2,60% V = 4.000 (0,866 9) $25.000 b) 17.000. (0,9)? parax = 2 LY . | > 1 b= Der Im(f) = 10, -9f Ami f) = 10, of D=R Imtf)= 11, D=R Im(f) = 12, i RESPOSTAS 385 e) i 143. 0) 0.78 248, b) 090 g) 0,70 ©) 108 h) 170 q 2 4) 1.38 ) -0.70 e) 130 i 2 D=R D=R 44 db) xe 1s If) = 10, of e) x= 167 ) x=-087 148. 4) 3.4650 b) 2.5779 ce} 7,8074 o) 14882 Dak 146. @} 11,3863 <) 0.4241 Intf)= 14, b} gaia d) 0.1329 147. 23,5 anos oproximadamente 148. 22,5 anos 149, 22,7 anos aproximadamente 150. 4,3 onos oproximademente Im(f) =10, ef 151. 3,1 anos aproximadamente m) 152. 15 anos 1 153. ) d D=R — ~ In(f) = 10, =f ' = 10,1 = Del 2 Im(f=R Im(f=R 4 d) D=k Inf) =. u 1 M41. o) 3 a j2 y2 ja j) 12 ga 9g - 06 D= 10, a0 hy 2 06 In(fy=R 2. a) 1.7324) 0.4055 m) 2.8074 154 4) 08451 -h) 5.4931) 1.2789 J 20864 |) 0,5306 0) 0,5681 dj 18391 j) -0,2231 ©) 34340 k) f 19459) -0,6162 386. CALCULO — FUNCOES DE UMA 155. a) (xE Rix > 3} b) (ee Rlx <2} c) (WER|x<1oux>3) d) (x Rix <-2oux> 2) e) (§ERIO 04-9-L wn, 1 8 ale Lig zat Sfxety? Gita) aa 6) fay=3x- G24 It 7. o) fxy=x" Qein +2) 6) poo= 2+ [ina +1) + % DFO)= T+? 23. 24 25, 26. 27. od) FQ) 14-57 Demonstragéo. 0) y~25= 10-5) b) y44=-30-1) dy d) (Ina)-d 0 8 9-8 Demonstracéo. 0) le b) 0.06 $525 $64 $24 1,666.67 $400 50,00 0} 0,92" 5x+20 6) $17.50 ) $60.00 0) 0245 b) $600 ) $7.00 $ 100,00 o) -8x4+500 —-b) $420.00) $340.00 2-4x 15,000 w+307 28. a- 29. 9) b) RESPOSTAS 389 2bx Cong) = 2 } Cyglt) = 6? = 20x + 30 nr) a os F 2 & 3 Ce) = 1 A) CX) =942~ 108+ 20 4 20 155 hs poo t “Tt = > 30, ) 6) a a) Receita marginal: Ryy(t) = 10 Receito médio: Ryg(t) = 10 Rg Re 10 6 Receita marginal: Rug(*) Receita médio: Rye(x) = 6 Rog Rre ‘ Receita marginal Ral t) = —4x + 600 Receita médio Rye) = 2 + 600 150 Receita marginal: Reyg(t) = 20 + 1.000 Receita média: 300 Reyes) = 10x + 1.000 390 31 32, 33. 35 36. 38. 39. 40, a 42, 43, 44, 45. 46. 47, 0} 07 b) 03 0) 02y°5 b) 0,025 ¢) 097s o) 03y05 b) 0.0375 <) 0.9625 0) 25/8 b) 25/9 ©) 100 b} 50 0} 2501-6 b) 244; 119; 77.3; 44; 19 1 an qi 3W58 3a o) x < 20/3 oy 250-050) q b) 4: 1,5; 0,67; 0.25 €0. <) infinito 2) 0,0909 b) 0.85%. 0) 06% b) 1.2% od 3% 2.088 Capitulo 1} Crescente em R b) Decrescente em R [ Crescente em: 13/2; eof ¢) 4 Decrescente em: }-, 3/21 Ponto de minimo: x= 3/2 Decrescente em: 10, eof Crescente em: |=, Of J) Ponto de méximo: x =0 Decrescente em: Je, 2 Ponto de minimo: x =2 Crescente em: 12, ef e CALCULO — FUNGOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS 48. 49, 50. 5 52 53. 54, 55, 87. elosticidade iguel a a Demonstracéo. Demonstracéo. re) b) pray=et o£") ) £3) = ~c08 x ar) Indien 0.4167 inx=-D-4o- Ips toiy Inv=(@-D-F P+ FI) cos. $) ao ay b) 0 i Jo do Crescente em: Jee, 3[ ou H4, of Decrescente em: ]3, 4[ 9) Ponto de méximo: Ponto de minimo: Crescente em: }-s2, If ov 12, ef Decrescente em: J1, 2f a) Ponto de méximo: Ponto de minimo: x = Crescente em: |-2, 2f Decrescente em: J-=2, -21 Ay ou 2, Ponto de méximo: Ponto de minimo: x = -2 Crescente em: 10, 81 Decrescente em: }~e, OL i ov IB. Ponto de méximo Ponto de minimo: x = J) Crescente em R K} Decrescente em R Crescente em: J0, -[ Y) 4 Decrescente em: }=22, Of Ponto de minimo: x= 0 Ceescente em: 1, 0f 09 J Decrescente om: [== 11 a ou 101i Ponto de minimo: Ponto de maximo: x=0 1) Decrescente em: Js, Of ov 10, ef 0} Decrescente em: }-9», 2{ ou J2, =f 1p) Decrescente em: J-=, 3f ov 13, of Croscente em: |e», Of 4g) 4 Decrescente em: 10, ={ Ponto de maximo: x =0 Crescente em: |-1, If Decrescente em: } a ov Ih Ponto de minimo: Ponto de méximo: rtcoe oe ood & pe Decrescente em: s} x=52 p=20 p=2l = 4,65 oproximadamente p=8 0} $2 b) 48, Méximo relative: x =5 Minimos relatives: Maximo absoluto: ‘Minimo absoluto: x= 0 RESPOSTAS 391 Méximo relative: x= 3 Minimos relotivos: x=Oex=4 Méximo absoluto: néo existe Minimo obsoluto: x= 0 Demonstracéo. Demonstracéo. o) 12,16 b) Demonstragio. ©) Crab b) Decrescente para x <5 e crescente para x > 5; x=5 6 ponto de minimo, 0- 10x47 1 4430 b) Decrescente pare x < 6 @ crescente pora x > 6; x =6 € ponto de minimo. ©) Cu Demonstracéo. ) Demonstracéo. bj $567 8) Cue(2) = 0,104 3 + 4000 b) x= 200 } x= 180 d) x= 200 $860 22, 23. 24, 26 27. 28, 0). Cpe = 32 = 20x + 400 © Cg = 33? 408 + 400 b) Demonstracdo. $38.63 6) p=-0,005r +20 b) p=10 p=736 Demonstracéo. 2) 49,6 mil habitontes b) Demonstracée. ¢)_ 50 mil hobitantes Demonstragéo, 392 29. 30, 31 32 CALCULO — FUNCOES DE 3 unidades de Ae 6 de B. i= 12% 00 ano 0) 72,34% em A © 27,66% em B b) 9.94% @) Céncava para cima em: & b} Céncava para baixo em: R. Céncova pora cima: J3, =f Céncova para boixo ern: Je, 3f (= de inflexdo: x= 3 ‘Céncove para cima em: |=, 4{ d} 4 Céncaxg pore baixo em: 14, cof Ponto de inflexdo: x =4 ‘Céncava pora cima em: Je, -8/3f @) } Concave para baixo em: |-8/3, =f Ponto de inflexéo: x= -8/3 Céncova para cima em: J=eo, If ov Beef Céncave para baixo em: JI, 3[ Pontos de inflexdo: x= 1 ou re3 gy { Concave para cima em: 10, =f © UCéncava para baixo em: |=, Of UL ou Ih fy) 4 Céncava pore beixo em: |=1, 1 Pontos de inflexéo: x Céncave poro cima em: ]1, eel Céncava poro baixo em: }~-22, If [ ! t ra UMA E VARIAS VARIAVEIS 34. 360) C(t) 6r+10 B) Cyt) = P= 3410 a 370) by) d 38.2) Ponto de minimo: b) Ponto de méximo: x ° (pome deminios 6 ° (ome de no: r=? ° rome de iin: f) Ponto de minimo: 3930 m por 30m 40,50 € 50 Are h ec Vax 4225m por 25m 43. 445m por 10m 455,66 m por 2,83m 46 Demonstracéo. 47 base e altura iguais a 2,15 m(V10) 482,71 m por 136m 49. base deve se’ jal a 48cm, 500) 13 519) x= 520) x=3 53Demonstracéo. 5433 61x=25 628) $70,00 63) $ 510,00 649) x=16 6532 6610 garrafos 670) R=30x—-Sxinx b) x=e 682.63 69 860,00 702} $ 300,00 7 Demonstracéo. 72.Demonstrocéo. 73Exercicio resolvido. RESPOSTAS — 393 b) Demonstragao, 6) Demonstragéo, b) Demonstracéo. b) $90.00 b) $ 511,00 1b) Demonstracao. ch Demonstrocéo. b) 234,17 pedir: $ 4.000,00 74, manter: $ 1.000,00 ) 2.000 ‘otal: $ 5.000,00 pedir: § 1.333,33 manter: $ 3.000,00 6.000 Liotel: $ 4.333,33 [ manter: $ 4,000.00 8.000 4 pedir: $ 1.000,00 total: $ 5.000,00 b) 4.000 75 Demonstracéo. 76 Demonstrocéo. 394 CALCULO — FUNGOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS Capitulo 7 uN g) Sinix| +e b) + 6in|x| +e i) -cosx sen xtc n) x-3inlx|-2 46 o) arctgx+ p} eee a) Ber 1) 00s x Demonstragéo Demonsiragéo. Demonstragéo Bxercicio resolvido. 1s) = 0052 + 5+ 500 Ctx) = 2x +200 o} Clix) =2e ~ 37 + 20x + 400 b) 135, 0} (x)= x83 + 308+ 400 a) 38 2 RQ) =50r~ = a) = 50-3 o} Rx) = 208 o) R(x) = 100x o) L(x) =3x~ 100 b) 10013, Cx) = 0.04x2 + 4x + 26 21 22 23, 24 25, 26 27. 28. Pu) ce se 0) ¢ b) Sey o) 15 9) 45 b) 12 +h) 20/3 o) -225 032 d) 83 Dea. ) ae P ay J 0 =125 =S ) ) 6 )o qt » & 3 3 8 D4 oj n2 3 dj 4in2 k) 6 2) 83 ») 6 4s mm) 813 al 4 a) 83 o} V4 b) 9/2 Exercicio resolvido. o) 3 by $ 342.000.000,00 $113.569.219,00 $ 243.456,000,00 29. o) x=5 e p=10 B25 od) 125 30, 0) x=2 e p=19 b)2 ¢) 1603 31, 0) x=10 © p=20 50) 4003 32. o) Hinds axle 9) 3 IB +e b} An|5-x| +e Infina| +e i) 1+ Inay2 4 ) aw, 3 4) #) ee &) Lares tee ) ay Ge ety ) inQ2 +3)+¢ RESPOSTAS 395 Zalinpe-ifec o + Finie-1] d) are inh 21] 18 pice alee pote gi laead sales 37, Demonstraéo. 38. Demonstragéo. 39. Demonstagdo. 40, Demonstragao. 41, Demonstragéo 42. y=10-e® 33. 20 In (5 + x) - 13 au it tom 45. y WO eae | TM 38) Bn beg 46. 0) 5. 0) Snax hivee b) -x-cosx+senx+e 5) c) xsenx+cosxee A) -e rt cd e) eP-2re Dec a) ante 1 e) ou y=S04e- 61 9 (mah )es g) ~Sen.zeosx Lec 47. y= 80-80 — 48. y=342e7— 36, 0) mn] S=2l 5 49. y= VERS IRD #) ntl ye Ise J (e+ Di? 2 Capitulo 8 1. a} b) ¢ 24 2 2 4 a 396 CALCULO — FUNCOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS a) za ree 5 » yeder " Ny, hy ic ! Wwe l 1 NI? @ + 1 4 a 5 2, Exercicio resolvido 3, 4 5, FL pa 6 3 8, Exercicio resolvido, 75: 150 35| 30 av dF a? a h) 17. 18. | 20, 21 2. RESPOSTAS 397 av Vie gv wo o) VIS b) Vid Jd 0 fa); (f) 1); (b); (d); (e) (0); (6); e) o) (yer |, ») 0 d e) (ERLE +2 =9) 9 (&)ER|y=3) h) [am eRly= i, | 398 CALCULO — FUNGOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS a Capitulo 9 Lag3 4 2 93 | 7. 0) 180 b) 100 ) 8 4 y 1 23 h ) ) & 3 P aay | Q-l As 9 ey | z y 24+ dy) | 2 y | 2 io 8. 0) B 6) 2 d 2 3 9. Wile 0. a=2 | 11, o) 64 ¢) Demenstrago. A | 2. m= 100. 2-74 3. k= 888 4, L= 2x4 dy~1100, 15. 1,5)? - 2ey + 197x + 200y 6 reo 16. Brercicio resolvido b) 14.000 17. a} @+y?=9.000 e x=Oy20 ¢ y b} 2+ y? = 9.000 © x20,y20 $0 18. o} (i. ER |x+y-2=0) y 2 oo 6. 0) Rex, y) = 100 + 300y 2 x Gd 5) (YER |y>e) oy 1 40 Tm ) (ER [x4 y-240) vy A) (ey ER 2+)? = 16) yh e) (a9) ER lx—y>0) yh be 9) (2 y) E Ray > 0) x b) (Gy) ER |x—y-2>0) a 19. 9) (@y ER[y> 2) RESPOSTAS 399 400 CALCULO — FUNCOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS T end Os pontos de cada curva possuem as combinabes de. @ y que fornecem o mesmo grau de satisfacéo. 22. y 23. 24. a REspostas 401 25. Demonsiraao. oe ae; 9) 27. Citeunferéncias ou arcos de circunferéncia com cen hy tro no ponte (a,b). 28. 18. E continua. 29. Nao é continua 2 30. Neo 6 continua 2 10% 31, N&o é continua 32, Néo & continua 1: 0) 6 12 2. 6) 16 3. 8) {i= l0y'+ lay 4Gxy +2) oo OD) fraete ax S,= G+ 2y; 10) p= 4 1) f=3"-In3 1 mes 39 he bae—aoy hts Fee 430) =10 ° 7] 7 a2 —ayy tex 14) f= \ : ee wietererte gehere 18) fr=-2)? sens ‘ 16) 39) few 1) xe? = 3°) 40 Ra 1 h= 7 Z ony eQr+ 3y-2) 4.0) 900) 945} 300d) 300 19) f= SCs Qe+3y) 5. Demenstrag6o any 2 f= oF 6. dea ay 19. 20, 2 22, 23, 24 25. 26. J 20 0) Gat b) A diminvigéo de uma unidade no prego da man: teiga (mantido © de mergarina}. 6) Diminuir eth uma unidade o prego de A (manten- do o de B). «) 26 " O a b) Diminuir em uma unidade o prego de | (manten- doo de I) b) positives d) negatives 9) substitutos c) substitutos bj complementares a) 100+%)~2x, <) 98195 b) 20044) -2e o} ey b) dyex ) 406% o m Gates ae 6 a) 5.33 yg per sorarcty 9 Toners ay 9) 03: goes } 038 ON apmae= ) To0=6r+ df= 0.14 f= 004 fat Exotomente: 0.0301; df= 0,03 Exotomente: 0.2805; df= 0.28 Demonstragéo. a} 30) 200) 14000 dj -60 CALCULO — FUNCOES DE UMA BE VARIAS VARIAVEIS 28, 30, 32 33 34 35. 36 38. 4) 6x8: Ax ay 8) Hart OS» ay Bete | Borde ). 2 sen (2 + ya) Ax~ 3yp Sem (2x + 8) = Ay ) 2g sen yg Ax-+ x- 608 yy AY fe) Diy eM Axe days et Ay ©) he (9+ Ly) 9} 22 €)h(-2x—2y + 300) ° reol: 3,95525 nm' ‘oproximado: 3,9 mm? ‘Aumenta de duas unidades monetérios o} 12149 d) (14 612). oF 47-1 b) 3eost—2sentcost ) -8-9—7-r8 a 0) 2.2182 b) 9.24.82 0) VU=HOS7 — c) 2ell2 8) 1=56h 2 wz 25 leg eres ol b) 3m do 10 2 oy 8) -16 )-= 40. Exercicio resolvido, A. ob y-99=- BB egy) 8) y-2=0 dynes 42. 0} grav! hy grout 6) grou 2 4) grav 08 «grou 2 A) grow 1.2 e) rou 0 43. 6) 3(2)"e 32) » (SPP) ©). 1.200 pora o trabalho e 1.200 para o capital ae (Yt 2 aaan(3f <) 2400@ € 2.400(1- a) 45. 0) 8.000 litros b) $2,00 ¢) $32,00 46. Osolério seré reduzido para $ 1,82 por homem-hora. 47. Permaneceré igual a $ 2,00 por homem-hora. 48. A produgdo aumentaré por 9.680 litros por dia eo salério por homem-hora passaré a $ 242 49. Demonstracao. 50. 51 53. 54. 55. 56, 57. 58. 59. 60. 61 RESPOSTAS 403 9) grav 1 b) grav 1 Sox fy Sa fry a 0 0 ° 0 0 1 1 o ee ° 0 2 ond ? yi ys 2) 1S My LS Cay95 1,5Gy)9S 1,50 08y 5 ) -senx o 0 -2eosy es 2ey rye Demonstracéo. 42+) 189 b) eat) —— g) 8x20 64 703 70 40 40 125 303 Capitulo 11 d)n6o existern H(% 2) 0,0) J @0) Demonstragao. Demonstracéo. Demonstracéo. Demonstragéo. sak oR 9) (1,1), ponto de méximo. » (2. |, Ponto de minimo, J ©,0), ponto de sela, d) 10 existe ponto ertico, @) (8-2), € R, so pontos de minimo. #) ©,0), ponto de minime, 9) (1, ponto de méximo, (1,5) (3, 1), ponto de selo. (3, 5), ponto de minimo, 19 (0.-3) pore de mbxino (10, 3) ponto de sela. i) G0 existem pontos erticos, J) Q, Dy ponte de minimo, C1, D, ponto de selo. 4) ©,0), ponto de sele, 1) G0) ov (0, y) ov x E Ry E R sao pontos de 404 90 18 7 eg yak RB © P33 & x=20 y=l6 18. 19. 20. 2 22, 23, 24 25. 6} x= 1.375, y= 1,062.50 ¢ L= 8.236875 b) p=3.250 © p= 4.750 Pia 16, pr= 1643 100 140 is eee =2 o) x= 108 e y= 8/3 6) 399 = 340, ¢=280 Lucto maximo: 76.000 0) L=-2x2- 2,5y?— day + 97x + 100 b) x=2125 @ y=3 0) p=25 © p.=50 Sugestdo: fozendo p, em (): 41 = 403 — 13 p com (I x2 = 45 —1/2.p Somando membro a membro e chamando x, +x; de &,teremos @ equocdo de demonda: x= 475 _3P o) 7 = 140; py = 190 b) 5208 yorh533 9x -0,3 9) y=10,75x-5 b) 70,25 a) y= 143-4,6x b) 18.8 o) y=95 +0.5625x 6) 23 o) y= 58,5714 + 20,6786x b) 224 4} (0,0) ponto de minime e (6, 0) de méximo. b) (0,0) 6 ponto de minimo e (0, 3) de méximo, od (0. Se € ponto de minimo e (5, 0) de maximo. J) (0,0) 6 ponto de minimo @ (3, 5) de méximo, 2) (0,0) 6 ponto de minimo @ (1, 10) de méximo. {) (0,0) 6 ponto de minimo e (0, 10) de méximo. 9) (2, 0) € ponto de minimo e (5, 5) 6 ponto de CALCULO — FUNGOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS 26. 27, 28. 29. 30. ai 32. 33. 34 1) 4436 aro de minim o( 4 + $} de mario. 1) (2,-2)€ ponto de minimo e (2,2) de méximo. 4) (5,0) € ponto de minimo. KJ (4,0) € ponto de minimo. 1) G,3) 6 ponto de minimo. ‘m} (0,0) € ponto de minimo e (0, 1) de méximo, Exercicio resolvido. 0) (V2, V2): ponto de minimo. (V2, -V2): ponto de méximo. 1b) no existem, <) (, 1) ponto de minimo. Nao existe ponto de méximo, 4d) ©.0)& ponte de minimo, (0, 5) e (5, 0) sd0 pon- tos de méximo. €) (12; 1/2) € ponto de minimo. Nao existe ponto de méximo. 1) (1,0) @ ponto de minimo e (0, 1) é ponto de méximo. Brercicio resolvido 20 mesos e nenhuma cadeira 0.6 kg de espinatre 20 unidades de A e 15 de B 142,86 de Be 535,71 de A a(S 1S @ @ - 4) ponto de minimo, 4) nGo existe ponto de méximo nem de minimo. 2 72), ponto de inino &) (£8), ponto de minimo. 4) pont de minim. 2) (32. 2) ponte de meine o(- minimo, 1b) C1, 1) 6 ponte de minimo e (1, -1) de méximo, (1- EF sromedoninnoo(i fE-f3) 6 ponto de méximo. vl 2 @ (-2 2s 15) = #5) & ponto de minimo es. S285) < é ponto de maximo. 2) (13.2) ¢ ponte de minimo e (3. ~ Be ponto de méximo. 36, 37, 38. 1) Néo possui. ponto de minimo. ponto de minimo, 3 z ai E. |), pono de maximo e (- | ponte de minim x=152 © y= 15H Demonstragao. £23536 @ y= 17,68 n=l ex, 39. 40. 41 42. 43, 44 45, 46. q=8e q=10 G2 125 © q=625 o) x=25 ¢ y=10 b) Demonstracéo. xa25e b) $5.000,00 RESPOSTAS 405 Cada némero deve valer k/2 Coda numero deve valer m2. Capitulo 12 a) 2 bo ) 10 g) V2-1 d) Va-1 0) e+ 3y 424 2Ar b) 2x4 3y +24 3ay ch 2ea Bye 22+ 2eAz + Ae d) 2+ 3y +24 2Ar4 3Ay4 Dede + Ac? o} (Gy) E Bl #3) o) J (Gy ER ety 0} AD (Gay. €Rx—y 42-1 > 0) 8 o) =3 he b) fr=2y422 he ) f= 0,Sx- 5 4 22025 sys o- x4y o-F 64-07. yp 69.907. 4 8209 «yA 6 9) f= 3a + 29-4 32° (x + 2y + 327° (x4 2y + 32 20,50. y05. 8 20;5u5 9 05, 205 Sa 0S. gs b) fe=4- (e+ yz? L f fi FletyenDPe: (ee ye-9-y 4 (et yen? 406 CALCULO — FUNCOES DE UMA E VARIAS VARIAVEIS a 15. Demonstragao. ote 16. o) 8 ) MP2 Rs ee 1) A 5) cost—2sen s+ 41° d) ~arS— 8? fi 2 vee fi b) grav 2 d) grav 2 fini fy= faa 2Ax+ 3Ay + 4e DeAx - 2yy + 22d 24. a} (0,0,0), ponto de maximo. oo [Ax — Ay + 21Ar + 2zAz) b} (2, 1,3), ponto de maximo. ¢} (0,0, 0), ponto de méximo. 14. of 24 fo24 7 b) 0.35 + 01+ Oly ) {a Fe q} Ponto de minimo. cc) Sha xh+ yh €) (0,0, 0,0), ponto de minimo. 5 1000 67 a >fo100 79 ([2 $] | 24 as 9010 _ coor ies 4 ] . - oli ye agla14 0 tl L202 0 000 Exercicio resolvido. dh A DA Dh od 65,-4) d) (3,145) men o) 4.4) 6) 13.4) ) G+2-z2), zqualquer. d) G—ynz+ 20s y5 21, ), ¥ zw quaisquer. ce) 2—yi 3s 25 w), », w quoisquer. 20. 21 22, 26. RESPosTaS 407 2} $27,390.00 & $29,940,00 b) Demonstragéo. Noo ©) $26,050.00, $ 32.550,00 e $30,800.00 b) Demonstragée. $6 conseguird um gonho posilivo, caso ganhe 0 portido tl Exercicio resolvido, “ed Ays=-47 ree e) -5 6) 0.3.2) 2) Impossive (S£2; 32,2), zqualaver. 9) (ARE Fie} equal e) 2-29; 9). y qualquer. f) Impossivel 408 CALCULO — FUNCOES DE 7 1 0 0 ))238 1B oo 9 5/18 116. red 14] a} o -sr2| 0 il Demonstragio, UMA E VARIAS VARIAVEIS fs -8 u) ale 2 9. y=IS © r=15% 10. 190 © 240 11, 195 e 320 12. 211, 339 © 434 13, 420, $67 © 1.078 14, g) 714 e S71 bj 50.000 homens-hora, CALCULO RC Ce Nn CT RM: Me ee moat: tele trd CMC ee elt Maa itso) Wwww.saraivauni.com.br OO saraivauni

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