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Alexandre A, Martins Rodrigues TEORIA DAS SUPERFICIES DE RIEMANN Com a colaboragao de Carlos B. Lyra Chaim S. Honig Nelo Allan oOmax Catunda Redigido por Elza Gomide 29 Coléquio Brasileiro de Matematica - Pogos de Caldas 1959. Publicagdo Financiada pelo Conselho Nacional de Pesquisas 1957-1958 PREFS o.LO. Estas notes sébre Superficies de Riemann tém por nico objeti vo, tornar esta teoria mais accessivel ac piblico matemético brasi- deiro. Apewar da importéncia da tooria, quer por ter sido’e ponto de partida de um amplo setor da matemAtica contempordénea, quer pelo préprio valor e profundidade dos resultados que aleanga, nao exigtié até h& pouco, mesmo em lingua estrangeira, um texto moderno gue ex~ Pasesse 0 contetide do cléssico livro de H.Weyl "Die Ide der — Rie~ mannschen Fluche", cuja primeira edigao data de 1913. durante a pre paragao destas notas a publicagao do livro de G. Springer, "Introduc tion to Riemannian Surfaces" (Addison-Wesley), veip suprir essa la- cuna. Nem por isso, ficou prejudicado o interesse, ou a utilidade dos notas que agora publicamos, pois julgamos que um mbdo seguro de im- Pulsionar o desenvolvimento da matemdtica no Brasil, 6 a publigagao an Lingua portuguesa o com ceracter aiditico, de textos. mateniticos a- vangados. . A énfase destas notas esta na teoria da suparficies de Rie- mann compactas ou o que é a meena coisa na teoria dus fungdes algé- bricas ¢ diferenciais abelianss em uma variével sobre o corpo comple Xo, Deixamos de lado a teoria que se desenvolveu recentemente stbre as superficies abertas. No capitulo que trata dos tecremas de exis téncia de fungées e diferenciais holomorfas contentamo-nos em enun- clar, sem denonstragao, o principio de Dirichlet expresso na Lingud- gem dos Espagos de Hilbert. A demonstragao pode ser encontrada nos livros jd citados de H. Weyl e G. Springer que faz uso de ‘técnigas — que n&o intervém no resto da teoria, podendo assim ser omitida num primeiro estudo das fungdes automorfas. © material para a publicagéo destas notas foi colhido durante um semindrio s6bre Superficies de Riemann, realizado sob minha dire- go no Departamento de Matendtica da Faculdade de Filosofia 4a Uni- versidade de Sdo Paulo em 1957 ¢ 1958. Esse seminério contou com a colaboragdo dos professores Carlos B. de Lyra, Chaim Htnige elo Allan que se encarregaram de expér o siaterial dos seguintes capitu- -Ir- loss Prof. Carlos Lyra ~ Espagos de recobrimento, Prof. Chaim. Ht- nig ~ Topologia das superficies compactas, Matriaes de Riemann, Teorema de Riemann-Roch e Corpo das fungdes meromorfas sébre uma superficie de Riemann compacta, Prof, Nelo Allen - Teoria da uni- formizagao, A redagdo, com excegdo do Gltino capitulo sébre Uniformizg eGo, esteve a carga da Profa. Elza Gomide e é sémente devido & ae @icagdo e competéncia com que a Profa. Gomide se desincumbiu des- ta espinhosa tarefa é que estas notes podem ser publicadas, 0 ca- pitulo sdbre Teoria da Uniformizagao foi redigido em colaboragao pelos Professores Omar Catunda e Nelo Allan. Alexandre A. Martins Rodrigues Pesquisador Associado do Conselho Nacional ae Pes- quisa Faculdade de Filosofia da Universidade de S.Paulo. Nota histérica. 4 teoria das superficies de Riemann teve a sua oxigen nos tra balhos de Riemann publicados entre 1851 @ 1865. A concepedo original de Riemann consistiu em tomar uma superficie que recobre uma parte do plano complexo com diversas folhas distintas como um possivel cam Po de dofinigio de uma fungiio onalitiea. ssa concepgdo foi grande- mente motivada palo estudo das fungdes elgétricas, isto 8, des fun- gdes definidas implicitamente por uma equagao P(x,y) = 0 onde Pé vm polinémic nas duas variéveis x @ y,e pelo estudo das inte- @rais abelionas que sao integrais da forna f R(x,y)dx x onde YX 6 um caminho no plano complexo, R(x,y) 6 une fungao racio= nal das varidveis x e y 6 y 6 uma fungao algébrica de x. Entre eseas integrais incluem-se como caso particular, entre outras que também aparecem na fisioa © na mecAnica, as integrais das fungSes ra cionais, as integrais eliticas e hiper-eliticas. Devido nio stmente a sue importdnoia matemética, mas também ds indmeres aplicagdes & eh sica e & mecdnica, as integrais abelianas constituiram um dos temas centrais nas investigagdes matemiticas do século passado. Apés os trabalhos de Abel, Jacobi e Weierstrass, coubo a Rie= mann apresentar pele primeira vez, na csua cléssica meméria "Theorie ‘der Abelschen Funktionen" uma exposigao global e sistemdtica da teo- ria das integrais abelienas. Riemann, abandonando a idéia de expric. nir as integrais abelianas, consideradas como fungdes do ponto final do caminho de integragao, por meio de transcendentes mais elementa- res, passou a estudar essas fungdes como novas transcendentes, tao importantes quanto as préprias transcendentes olementares. Wa cons- trugac das diferenciais abelianas fez uso constante do chamado prin- cfplo de Dirichlet e de métodos de natureze topolégica om contraste com os métodos mais algébricos de Weierstrass. Embora a demonstra- go do prinefpio de Ririchlet proposta por Riemann nao fosse cor-5 reta, os resultados que obteve foram logo a seguir redemonstrados” por G. Neumann com o uso de novos métodos. A demonstragao do prin- cipio de Dirichlet resistiu, acs esfargos de grande nimero de mate- mticos do século passado até que foi finalmente conseguida por Hil bert em principios déste século. Postos sébre base segura, consti- tuem os métodos de Riemann, na opinido de H. Weyl, o melhor modo de demonstracao dos teoremas de existéncia. Mais tarde a tecria das superficies de Riemann desenvolveu~ se em outra Airegao gragas aos trabalhos de Klein, Poincaré e KUbé que © completaram com a teoria da uniformizagao cujo problema funda mental 6 o seguinte: Dada a equacao algébrica P(x,y) = 0 determi- ner fungdes x(x), y(z) definidas e analiticas numa regido R do Plano complexo, tais que P(x(z),y(z)) = 0 para todo 2E&R e re- clprocamente se P(x,,y,) = 0 entao existe 2&R tal que x(2) = =x, © y(z) 2 y,. Em 1913, no seu livro cldssico "Die Idee der Riemannschen Flivhe", H.Weyl introduziu a nog&o de superficie de Riemann ccwpeei ‘0% 0. abstrata (ou seja a nogdo de variedade analitica complexa de dinen- 8éo 1) em contraposigio com as superficies consideradas por Riemann © ditas concretas, que sao apresentadas como recobrimento ramifica- do da esfera complexa. Dando um fundamento rigoroso aos resultados de natureza topolégica H.Weyl, em esséncia, apresentou a teoria das superficies compactas e a teoria da uniformizagdo como,elas sao co- nhecidas hoje. Recentemente muitos dos resultados de Riemann foram estendi~ dos para variedades ‘enaliticas de dimensio maior do que um, ~26 1. No que segue, indicaremos respectivamente por Re C a reta eo plano com plexo e por Do disco unitério , ps {sec Viale Definicdo 1, Chemsese variedade topologica a duas dimensdes. um eapago de Hausdorff V om que cada ponto tem uma vininhanga aberta ho- meonorfa a D, Observagdo: salvo mengdo expresea om contrério, por vizinhangs entenderenos sempre vizinhenga aberta, Exgmplos: 1) Plano real, 2) Qualquer conjunto aberto do plano. 3) Befera a duas dimensSes S = {(ay7,0) | 2ryPrn? = x} 4) Toro. 5) Cilindro, 6) Faixa de Mibius, 7) Plano projetivo real, Definicso 2, Seja V uma variedade topoldgica a duas dimensdos. V sord dite’ uma guperffeie de Riemann se para cada ponto p ¢V for dade uma classe A(p) de fungdes com valores complexos, que serio chamadas fungdos enaifticas (ou holomorfas) nesse ponto, com as seguintes proprie- dados: . ‘ 1) Se £€ A(p), £ 6 dofinida numa vieinhanga do p. 2)’ Existe @< A(p) © um vizinhanga W de p tal que a) % transforma W homoondrficamente em um aborto do planoy b) G (p} = 0 0) So qe HW, ont&o £€ Aly.) see somonte so oxisto uma vie Sinhanga W.c2 W na qual vale o desenvolvimento a a(q) = yal Zla) = Ba,) } aew, % chama-so um paramotro uniformizador om p, # claro quo so % 6 pardmotro wniformizador om p, onto 36 % ~ Bq.) & perinotro uniformizador om 94, So V é uma suporffoie. do Romann direnos tanbém que V possuc una getrutura de suporffeic de-Riomann ou uma ostrutura conformo, Dada uma suporffcie do Ricmam § ¢ um abertoUCS, uma fune gio f so dird anal{tica om U so for analftica om cada ponto do U, teto 6, £€A(p), F pew, Proposicio 1, Soja p um ponto do uma suporffeio de Riomann 3, % um parfmotro uniforatzador om p o %' uma fungio analftioa om p. @’ sord paramotro uniformizador om p so o somento so oxistir um visinhan= 2 W do p onde valo 0 dosenvolvimonto (1.4) ea) = y », Bla)" con b) #0, qeW ml Do fato, so %' 6 pardmotro uniformisador, con €€A(p) do~ vonos tor, numa viainhanga W do p 2 (1.2) Bid =) my ele)" =I (b, = 0 por sor %(p) =. B'(p) = 0). Ora, (1,1) 0 (142) implicam b, # 0, BL #0, Roclprocamonte, vamos prover quo so valo (1.1) com by #0, satisfaz a), b) oc) na dofinigho 1, Quanto a a) § claro pois so pusorms G(q) = 2, %'(q) = 4, @ corrospondéucia 24—» w dada por (1,1) ¢ (1,2) 6 um homeomorfisno numa viginhanga da origom. b) 6 dmodiate, _ Quanto a ¢), do (1.2) vom quo dado g,€ W, num vizinhanga Wy dog, contida om W, tomos quo (q) ~ & (q,) so oxprime como sério ao poténoias on @'(q) - 2 (q.). Como toda £ € A(g,) so oxprimo como série do poténeias on @~ G(q,), @ moswo valo para Oy quo satisfan portanto ¢), whe Eroposicfio 2, So & 6 um pardmotro uniformiandor on po f é una fungio anal{ties’ na origan tal quo £(0) = 0, £1(0) #0; onto £ 6 tanbén um pardnetro uniformigador om ps Reclprocanonto, so To t! séo pardmotros.uniformizadoros on p ontfo f= &'e Gm 4 umn fungio analftica na origon o tal quo £(0) = 0, 2(0) #0, . Do fate, a fungiio w= ¢() tord um doseavolvimonte om sée vio nas viginhangas da origom da forma we ) a, a con a, #0 St 11 Pondo £93 =%' o &(q) = = toronos onto, para q numa vininhanga oon venionte do p @@) = ) a, &(a)" wl © pela proposigao 1, @' 6 taubén parimetro uniformisador om p, Rociprocanonto, 0 % o %! ado pardamotros uniformidadores, oxisto wna visinhanga W do p tel que para q € W ves)” a, %(a)" con ay #0 n=] A fungio w = £(2) dada por =) n we) a# ne] ord una fungdo nag condigses oxigidas o toromos ato gt ~5- Qbservaciiot Dado p€ S, uma fungio analftica om p $ nocoa- sarianonto analfticn muna vizinhanga do p, Isto rosulta da proprio dade c) do paramotro uniformizador o do fato quo.sa % $ um paramos tro unifornizador on p, ontio %~ %(q) sord ‘porauotro uniformisas dor on q para q vizinho do pe : Soja agora S una suporffoio do Riotann o.UC S un abortos U 8 una varicdade topoldégica o ton una ostrutura do superffeio do Rionann Anduzida pola de S, dofinida da soguinte manoira: Dado p € U, uma fungiio f analf{tica om p so considorada coms” no fungio om $ ola for analftica om p, Tonos aqui um caso particular da soguinte situagdo: suponha~ mos dada una suporffeic de Rionann S!, una variodade topolégica 8 .0 wna aplicagdo cont{nua h do S on St que soja um homoonorfismo local (isto é, tal quo dado p < 8 0 considerado 0 ponto p! = h(p) € St, o- xiste uma vizinhanga V dep o una viginhanga W do p! tais quo h transforma V om V!. honcomdrficanento) . # possfvel ont&o dofinir do modo natural uma ostrutura do superffeic do Riomenn on S, Dado p€ 8, soja f wma fungéio dofinida nuna visinhanga W de p, Existo onto uma visinhanga VC W con a prow priodade que h induz un honconorfismo h* de V sobre uma viginhanga V' do p'. £ disso analftica oa p so fo h* for analftioa om. .p'. Dofinigho 3, Dadas duas superficics de Ricuann So St, um aplicagio h do S on S* dir-so-d analftica mun ponte p€S se para qual~ quer fungio f anal{tica on h(p), f° hb for analf{tica on p. Definig&o 4. Duas superfficics do Rienamn S e S! dizom-se ana- Uticamente oquivalontes se oxistir una aplicagao biunfyoce h de S om St tal qué ho h™ sojan analfticas, h disso tanbéa uma aplicagio con forme de $ en S!, 8 ovidente que h um homeouorfisno, ~6e Exomplos de suporf{cios de Riomann, : 1) Plano comploxo. As fungSes anal{ticas mim ponto p so as que podem ser desenvolvidas om série de potencias dé sp. 2) Um conjunto aberto do plano. . 3) Bsfera, Definimos estrutura de superf{cie de Riemann so~ «bre a esfera usando a projeglo estereogréfica, qie eplica homeomorfie camente uma visinhanga de um ponte p # p, da esfere mima vizinhanga da imagen ‘TT (p) = pt no plano, As fungdes anal{ticas om p. sao as com postas das fungdes analf{ticas om p! coma projegio Tf’, Para o polo. norte = p,, 1/s oT , que leva uma vizinhanga do polo muna viainhans ga da origom, é paramotro uniformizador. As fungdes analiticas no po~ lo norte so as compostas das fungdes ‘ que podem ser desenvolvidas em série do poténcias de 1/z com 7, # claro que a esfora nfo equivalente aos dois exemplos prece~ dontes, pois nao 6 sequor topologica~ mente equivalonte, De fate, a osfora é compacta, o plano e qualquor abor= to do plano nio, Podemos indagar sébre a oquivaléneia de um aborto.do. plano com o phano, Tomomos por oxomplo o disco D quo 6 topdélogicamonte o~ duivalontes ao plano, # imodiato quo analiticamonte nio sio oquivalon~ test do fate, suponhamos que oxistisso equivaléncia h:P->D, h soria wma fungio analf{tica om P com valores om D, logo limitadas ontio so~ via constanto, © nao uma aplicagéo biunfvoca do P sdbro D, Tomos pois agus um oxomplo do variodado topolégica quo edmitc maié do uma ostru= tura do suporffeio do Ricmann, Mais tardo domonstraromos que além das ostruturas ja defini~ das a osfora ¢ o plano nfo admitom ovtras ostruturas ednformes, “7. / 4) Toro, Dados dois mineros complexos vi, wy com 3 GR, consi- dcremos para cada par de inteiros (n,,n)) a transformagéo do plano T(ny yn») que leva o ponto # no ponto nw MpWy4 0 conjunto de todas as transfor- macdes 7(n,,n2), quando n),n» assumem todos of valores inteiros forma tim grupo H de transformagdes do plano, E' claro que tadaelenento de Hé wn homeomorfismo holomorfo do plano, Diremos que dois mineros complexos # 6 3 sao equivalentes por H se existe Té H tal que 1(z) = 2', Evidentemente, ®e 2! séo equivalentes ae e somente se existem inteiros RyyMy tais que gens Ay Wy HHpM, . Construamos no plano una rede de paralelogranos com lados Wy s¥ 6 Et fécil ver que um sistema de representantes das classes de equivaloncia segundo a relagio de equivaléncia QR definida acima 6 formado pelo intetior de um paralelogramo, mais o in- terior de dois lados que téem um vértice comm © 0 vértice comm, Segue que 0 espago quocien- te C/R & homeomorfo so egpago obtido identificands os lados opostos desse paralelogramo, isto é, a um toro T, Podemos ainda verificar facilmente que dado wm ponto p do plano existe ume visinhanga de p que nao contém pontos equivalentes distintos. De fato, pode-se sempre construir uma rede de paralologranos com 1ados Wy @ Ww, de modo que p seja interior a um paralelogramo. EntSo qualquer aber- ‘to W que contenha pe esteja contido no interior do paralelogramo satisfes a e588 condigho, A restrigéo a W da projegao 1 : C-»T 6 ent&o um homeomorfisno e W sobre um aberto Wie. T, Os transformados de W pelas transformagdes de H sto também apli- cados homeomorficamente sobre W' por [fT , Logo dado p'G 1, existe uma vi- zamhanga W' de p! tal que cada componente conexa de if ~(w') $ aplicada homeombrficamente sdbre W' pela projegdo TT . Além disso, dadas duas com ponentes conexas de W~1(W') existe uma transformagdo de H que 6 um ho- Be meomorfismo holomprfo de uma sobre a outra, Seja.f um Runge definida numa vizinhanga V' de p'G T. Podemos aupor WV, Soja gen (pt), Wa componente conexa de TT li) que contén g © w a rostrigio de fT 0 Wa. £ diz-se holomorfa em p' se £0 * tor holonorfa on Wf » A definigaio nfo depend de q porque dado ne € TT “(pt) existe um homeomorfismo holomorfo entre w ew. . Essa discussio se goneraliza para a seguinte | situagdo: Seja S uma superficie de Riemann e G o grupo de todos op homeomorfismes holomor— fos de S, Seja HCG um subgrupo de G, Dizenos que p),P2 s8o equivalentes por H se existe TEH tal que 1Mp,) = Poe H dinse to: se dado p € S existir sempre uma visinhanga de p que nfo contém pontes e~ quivalentes por Ho distintos. Neste case 0 espago quociente de 3 pela re~ lagdo de equivaléncia definida por H é uma variedade topoldgica S/H a duas dimensdes e sdbre ela pode-se definir de modo natural, repetindo o argumen- to usado no caso do toro, ume estrutura de superf{cie de Riemann, tal que a projegao 1: S—» S/H soja uma aplicagio holomorfa, IT estabelece uita cor~ regpondéncia biunfyoca entre as fungées meromorfas om § e invariantes por H (isto é, tats que £(p) = (Tp) para pe S, TEH) e as fmgdes moromorfas em S/E, ‘Uma fung&o meromorfa numa superffeie de Riemann 6 uma fungao ho~ lomorfa em téda a superffcie com excegdo de um conjunto de pontos onde a funglo admite polos, 5) Cilindro, 0 cilindro é outro exemplo particular da situagiio descrita acima, Dado um mimero complexo & # 0, 0 grupo das transformagoes Mm) : Tm) (2% 2+ mot , onde me 2"), § um grupo totalmente descon~ tfmo de transformagées holomorfas no plano. Dividindo o plano em faixas por retas paralelas que sejam trans~ formadas umas nas outras peles transformagoes T(m), vemos que um sistama (Upor Z indicarencs seupre o anel dos mineros inteiros relatives, “Fe de representantes das classes de equivalencia segundo o grupe depeqe trans formagSeu @ dado polo interior de wm faixa com usa linha dé eontérns, 0 quociente do plano pela relagio de equivalén- cia definida pelo grupo é o eilindro S obtido Adentificando dois bordos de uma faixa, Como © grupo das trangformagSes T(m) 2 totalmente descont{mo, pelo que fol exposto acims, o oie Lindro $ adnite ume estrutura de superfiete de Riemann tal que a projegdo 71: C-+S & uma aplicagio anaiftica, Deda uma superficie de Riewann nem seupre existe uma fimgio a= nalitica om téda a superficie, Entretanto, no eilindro 6 féeil ver que eo xistem fmgoes nessas condigdes, Basta considerar wm fungéio analitica om todo 0 plano, com perfodo & , por exemplo et" , Por projegho ele do~ fine uma fungSo em 8, que de acardo com nossa definigio 6 anal{tica em ca~ da ponto de S, any E féoil dononstrer, usando a fungio 8 que o eilindro S @ conformalmente equivalente ao plano menos um ponte, Regulta daqui que dois cilindres correspondentes a perfodos of © of! , distintos, sio con formalmente equivalentes, Construinos assim estruturas de superficie de Riemann em todos os exemplos dados de variedade topolégica de duas dimengées, exceto o pla+ no projetivo e a faixe de Mibius, Aparece a questéo: § sempre possfvel, de- finir uma estrutura de superf{eie de Riemann sobre uma variedade topolégi- ca a duas dimensdes? A resposta é nogativa, e o plano projetivo e a faixa de Mibius sio dois exemplos em contrério, conforme veremos a seguir, 2, Vamos agora introdusir numa superf{eie de Riemann $ conceitos que podem ger definidos intrinsecamente, isto 6, independentemente da es- eolha do parametro uniformizador, Zero de ordem k de uma fungio Seja f uma fungdo holomorfe num ponto p &S e % um parametro -b- unifornisador em p. Entao numa visinhangs de (2.1) f= a, =* =O Se o primeiro cosficiente nfo milo for a,, diremos que f tem um gero do ondomk om p, Esta definig&o ‘nZo depende da escolha de + se t 6 também um parametro uniformizador em p, terenos ) n bt (242) ft m0 © devemos mostrar que o primoiro cooficiente nao milo é b,. De fato, 2 : - 7 a (2.3) a= ot e, #0 rt e substituindo % om (2,1) por meio de (2,3) obteremos o desenvolvimento de f om série de poténcias de t, om que o primeiro termo é evidentemente aot, com ac #0. Su dades do uma funcdo Soja agora £ uma fungdo holomorfa numa vininhanga V de p com exce~ gao do panto p, e seja Z um parametro uniformizador em py Entao vale ao redor de p um desenvolvimento de Laurent 5 to (2.4) fs _ ae” T= 0 Temos trés casos possiveis: a) Existem infinitos térmos nio nulos com expoente negativo, Dizemos entao que f tem uma singularidade essencial em p. b) Existe somente um mimero finito de térmos com expoente nega~ tivo, Seja a, © primeiro deles: dizenos entio que f tem um polo de orden kemp c) Naéo existem termos com expoente negativo. Entio f pode ser ex- ~he ‘tendida a uma funcdo definida am téda a visinhanga Ve anal{tica inelusi~ vo amp. p & entdo singularidade renovivel e Sste caso nio apresente ime teresse, Demonstra-se facilmente que essas definigses sio interiantes om relagdo a vma midanga de parametro uniformizador, Verifiquenos por exemplo a dnvarianga da orden de um polo, Seja ent&o + outro parametro uniformizador. Teremos ze) a= yt + byt? +o, con b, #0 = . donde zx) p,tt = &. Y(t) sendo (P (0) #0 wl Entio (2.5) wel pari (t) = ye eget cone, #0 =0 Substituinds Ge =X om (2.4) vird que o primeiro térmo nio mio & 00%, o que prova a afimagio Curva diferonciavel de ordem k, Definicéo 5. Chama-se curva cont{nua mma superficie de Riemann 8 uma aplicegdo ¥ cont{ma do intervalo [0,1] en S, (0) o ¥(2) se di- ro extrenos da ourva. Dado p €8, suponhamod que a curva ¥ passe por p, dato 8, que para 9, € foi] , xy (s,) = pe seja G um paramotro uniformizador em p,& transforma une vizinhanga de p na superficie om uma visinhanga de (p)= = pt no plano, @ transform curva % mma curva ¥' no plano. Suponhamos que 3! nossa visinhanga de p! se escreva . x = x(s) y= y(s) -R- onde # varia mm entérno de 8, ¢ x © y ago as coordensdas no plano, Se x(s) © y(e) foren aiferonciéveis de classe OX (iste 6, se oxistir 0 for conti- mma a derivada de ordem k dessas fungdes) a curva J dis-se diferencigvel do orden k ou de classe CX, Esta nogéo nao depende do paramotro uniformizador 6 , pois a passagen de & a um outro parametro uniformigador + se faz por composigao de & com wna fungio amiftica. Fase Be Sons SEERA Sojam %. 1 e % @uas curvas do classe C+ que passam pelo, panto p, © um parametro ‘aniforat andor om ps G eva p om pt, By om a ° You Vy © 2ngulo de ty ° v, on pt 8 definido pelo Sagat das tan~ gentes, Soja 0 = modide do Angulo eg pt g)+ Defininos @ cono medida ‘do ange de $,¢ J, mv. A definigio de angulo nio depende de G, pols se t 6 outro pa~ rémotro, t ¢ GB! S uma transformagio analf{tica, e portanto proserva os ‘ane gulos. B essa medida de angulo derivada de uma métrica Riemanniana na superf{eie? A teoria da uniformigagéo responde pela afirmativa. 3. Prolonganento analf{tico Seja S uma guperffcie de Riemann e fj, f, duas fungbes defini- das o analfticas om abertos conexos Ry 0 Ry da superff{oie; dizemos que fy é prolongaitento anal{tico imediato de 1 80 REN RAB £, = £) mR, NR, Soja agora 1: 19S uma curva de S (sendo I= [0,2] } e soja f£ uma fungio definida numa vizinhanga do ponto inicial % (0). Suponhamos que a cada +€ I se possa associar uma fungdo f, definida 0 analitica m= ma vizinhanga do ponto ¥ (t) e satisfazendo & condigio que, dado +, € I, exista € tal que para todo t comt.-E X tal que ¥(0) = (af) @ %(1) = (et, f). * Definimos uma curva Y~ na esfera complexa projetendo a curva 8 por’h yo ose ayaa Um ponto ¥ (t) é um par (4,24). No caminho YX", considerenos no ponto a, a fungao f,, Dada a maneira como foi definida a topologia om X, ae fungdes f, satisfazom as condigdes do prolongamento anal{tico o f,=fef=t, Reckprocamente, se f definida numa vizinhanga de a, e f defini- da numa visinhenga de a!, sio prolongamento anal{tico uma da outra, existe Unefinigéo de couponente conexa por caminhos: dado um espago topoldgico Z, © un ponto p €7, chamanos componente conexa de po conjane to dos p! que poden ser unidos’a p por um caminho en 7. =16~ we caminho Y¥ rigando a @ af © ao longo désso caminho una fanfite (DP, do fungSes analfticas sstisfasendo as condigées do prolongamento ansiftico « telque Y,=fe Yat. A cada t€1, associemos o par (s"@®, ,)s terenos um caminho om X ligando (a,f) @ (a',f"). Seja agora R um aberto conexo da esfera e f uma fungio analf{ti~ on om R, Dado a€ R, seja S a componente conexa do ponto (a,f) em X, Chas amos So dom{nio de hotomorfiemo de f, f ovidente que nic depende da es~ oolhs dea ER, Bm S temos duas fungdes anal{ticas; um 6 2%, « outra, a fungeo f, definida da seguinte maneira: £,((arh)) = bla) f, 6 evidentenente uma fungdo analftion on 5. A regio R pode ser identificada a uma parte de S definindo um homeonorfismo anal{tico i de R om S i: R—>s que a a€R faz corresponder i(a) = (a,f) 4. 8 biunfvoce ¢ analf{tica, Identificando R com 4(R), resulte que as fungdes £, ef coincidem om Ry Isto é, f, restrita a R di f de 1 2) w=, Considerancs um ponto 2, €8, 2, #0, 5,4 Py 6 28 fungio f definida numa visinhanga de 2, ¢ igual ai nessa vizinhanga, Se~ ja S.o domfnio de holomorfia dessa fungéio} entdo, pela definigéo de donfe nio de holomorfia ss {@2| a€E, g amlftica ao redor de a, g prolongamento euii-} theo de f Ore, dado a EE, 2 0; oxiote ao rotor de a wae o un 8 fongto analftica que & prolongamento analfties do 2,: $0 timglo 4 definida a0 re- -ll- dor de a, pois esta fungéo pode ser prolongada analfticanente ao longo de qualquer caminho que nao passe pelo ponto 0, @ os prolonganentoa a0 longo de dois caminhos difererites com mesmo ponto final conduzem & mesma fungSo. Isto vale inclusive para p,. Portanto sdbre cada ponto da esfere #0 exis~ te um 86 ponte de 8, A projegio \: SE biunivoca, bicont{ma e anal{tica; logo S $ anal{ticamente equivalente esfera menos » ponto 0, Be or Qwes = & Soja 2,65, 2, #0, 2, £py + fo redor de 2, existen duas, © somente duas, fungSes wy Ce) e wale) que satisfasen & equagio, e tee tos wy (z) = = Wo(#), Tomenos um dolas, seja wy (2) e construamos o dom{nio de hojomorfia 8 de wy(z), Indiquenos con E a esfera menos 0 ponto 0 6 o ponto p,. Mostre~ mos que se a€ Eo ¥ é um caminho que liga %, 8 8, podemos prolongar w, (a) ao longo de ¥, Ora, isto é imediato, Para eada ponto do caminho tends dois ele- a mentos do fungio que datisfazem & equagao; D> suponhenos que se tenha feito.o prolonga~ 4-8) tonto de w,(2) 20 longo de ¥ desde 2, até 0 ponto a!, exclusive, tuna visinhan- ga de a! caem pontos para os quais o pro= Jenesnento foi feito, © basta considerar, dos dois elenoutos de fungio om ", aquéle que 6 prolongamento anal{tioo dos j4 conhecidos, Por outro lado, os dois elenentos de fungi en a podem ser obti— dos de w,(2) por prolongamento anal{tico ao redor de um ¢aminho convenien= te, Do fato, sojam £1, 4 £2, 8 duns fungSes definidas ao redor de a que satisfazom & equacho, f facil ver que foq Bode ser obtida de fy, por. pro~ Sopgamento analftico: basta que se tome wma caminho fechado passando por a © envolvendo a origem uma vez, Considerando a variago do argumento de 2. Vouos que se partirnos de a como valor f,, voltarenos con 0 valor ~f, = £245 inversanente, partindo de f,, obteremos f), como valor final, ora, 2 -Be- prolongando wy() ao longo de ua eaminho ¥ qualquer ligando =, 2 a chega~ Tomes @ uma fungio que eatisfas & oquagio, isto $, £), on fps “qualquer que seja a fungho obtida, para obter a outra basta acrescentar a ey uma curva fechada cotto acim, isto &, envolvendo a origem uma ves, Ent&o para cada 2 €B temos dois pontos de 8, (a,f,) € (a,£,). Sobre o ponto 0 por outro lado, no temos nenhum elemento de fun— glo que seja Prolonganento de wyls)e De fato, um tal elemento YP , se exis~ tiese, deveria satisfazer & equagao 7a) = para todo mma visinhanga da origem, Para # = 0, vem (0) = 0 Mas derivando a equagio acima obtemos 2 (2) P(x) = que deveria valer inclusive para 2 = 0, o que 6 absurdo, 0 mesmo vale para Pog # Assim S tem dois pontos que se projetam sobre eada ponto a © Ey nenhum ponto sdbre o ponto 0 ou sabre Pog t Daremos agora a construgéo geo~ métrica de uma superf{cie de Riemann anaifticamente equivalente a Ss Consideremos em E um caminho unindo os pontes 0 6 py por exele ploy a parte positiva do eixo real, e chamenos de R a regio obtida reti~ rando de E os pontos desse caminho. Tomenos #, € Re ao redor des, a fm sho w,(2), Verenos adiante (Teorena de mo- nodromia) que sendo R simplesmente onexa, e ¥,(2) podendo ser prolongeda ao longo de qualquer caminho contido sm R, dois prolongamentos ao longo de caminhos istintos com o mesmo ponto final conduzem & mesma fungio, Em outras pale vras, o prolongamento analftioo de w,(z) om R define uma fungio holomorfa onR, Numa outra esfera, fagemos o mesmo para a fungiio Walt)» Obtere- nos também uma fungio holomorfa em Ry -- Sdponhanos agora separados os dois bordos do corte feito ao lon- go do eixo real, Podenos prolongar as fungdes w,(2) @ vp(2) por contimida de aos dois bordes do corte. wz) Ro Walz) Peo Nos bordos Ae AY as fungos (2) 0 8 Wo(z) terdo sinais contrérios, andlogamente nos bordos Be Bt, Mas como cada fungéio 4 = troca de sinal quando se passa de um bor= do a outro do corte, no bordo A w,(s) tem 08 mesmos valores que w(x) no bordo B'; analogamente para Be A’, Identificarenos ent&o os bordos A e BY, Be A', obtendo assim uma superf{cie T homeomorfa & esfera me- nos 06 dois pontos 0 e p.: essa superfi~ cie é analfticamente equivalente ao doni- nio de holomorfia $ de w,(z). De fato, vamos definir uma aplicagéo 8s? que a cada par (a,f) € 5 faz corresponder um ponto de T, biunivocamente, Suponhamos que o ponte a pertenga a R; sobre a temos duas fungoos £1 © fy. Supomhamos que £, seja prolongamento de vy em Ry fp 0 prolongamen— to de wy. Por outro lado, om T temos dois pontos a' e a” correspondentesa @ A, um om cada parte, O par (a,f) seré levado om a! ou a", conforme f coin- cida com £, ou fp em a, . Consideremos agora b sobre o corte D: b vai em dois pontos, b! e bY, porqué os bordos do corte foram separados; em b! temos uma fungio gt, em bY uma fungio g”, obtidas por prolongamento por continuidade, Um par (byg) sobre b vai em bt ou b" conforme g coincida com gt ou g". Pode~se denohstrar que a aplicagao assim definida é um homeomor~ . fismo analftico, Portanto S é homeomorfacvd esfera menos dois pontos. Podemos dar ainda outra construgéo de superff{eie analiticamente equivalente a S, na qual a projegio de um ponto de 8 aparega mais claramen~ te, Nesta construgao consideramos 8 como recobrimento do plano em lugar da =2- esfera, No plano, unimos o ponte 0 com co pelo eixo real positivo, @ re~ A 40) tivamos essa semi-reta, Nesse plano, consi~ 0 "4° deranos 0 prolonganento de v,(2), Noutro plano fazemos 0 mesmo @ consideramos 0 prom al __ Wolo) longamento do Wala). ° B Hm seguida abrimos o talho nos dois planos e prolongamos as fungdes 20s bordos por continuidade, Consideramos agora os dois planos sobrepostos, identifi- cando os bordos A e Bt, e os bordos Be At, Obtemos um recobrimento do pla~ no com duas flhas que 8 analiticamente equivalente a S. Obese: Usamos repetidamente o termo ficacho, Podenos dar-Ihe um sentido preciso, observando que sempre que ele 4 usa~ do est4 em jogo uma relagio de equivaléngia, que pode nao ser enunciada explicitanente, Identificagao 6 sempre passagem a clas- ses de equivaléncia, 3) log 2, Dado 2 # 0, podemos achar w tal que e” = 2. Chamamos og # a qualquer valor de w satisfazendo a esta equagio; dois désses valo- res de w diferem sempre por um miltiplo inteiro de 24, Considerenos um ponto #, #0, 2, # Pj,» @ uma determinagéo qual~ quer de log #, definida ao redor de 2. Fixada essa determinagdo ‘determi- nenos seu domfnio de holomorfia, 0 prolongamento analftico ao longo de um caminho fechado que en~ volva a origem uma voz condus & determinaglo de partida + 2ti, conforme o sentido do percurso, Repetindo, podemos obter todas as outras determinagoes, Pode-se mostrar facilmente que nio se pode fazer o prolongamento anal{tico ao longo de caminhos que passem ou por 0 ow por pye Ent&o, 8 é um recobri~ mento dexpanommic[0} coli mimero infinite de folhas, Sébre cada ponto a do plano(excetuado o ponto 0) temos infinitos pontos de S, cada um deles sen— do o par formado com o ponto a e uma das determinagdes de log 2 nas vizi- mangas de a. . -a- # facil ver que S como superficie de Riemann § equivalente ao plano menos un ponto = basta considerar a aplicaglo definida por log 8. Generalinacdo do conceite de domfnio de hi fia Na definig&o do espago X poderfamos ter considerado a situagio mais geral em que f é uma aplicagdo holomorfa de uma visinhanga de a numa superficie de Riemann M qualquer. Seja Xy 0 conjunto formado pelos pares (a,f) onde £ uma aplicagao holomorfa de uma viginhanga de 2 em N, identi- ficando dois pares (a,f) e (a!,f) quando a=a’ e ff" numa vizinhanga de a. Pode-se introdusir em X,, wna topologia andloga aquela definida on X © defi~ nir em qualquer componente conexa S, de Xy as aplicagdes Age fg, corres- pondentes a Ae f,. A proposigo 6 vale para o espago Xy. (Note~se que & poss{vel definir prolongamento anal{tico, seja imediato, seja ao longo de um caminho, de uma aplicagao de uma vizinhanga de um ponte a de uma super~ ffeie de Riemann 3 em uma outra superf{eie de Riemann S! de maneira intei- ramente semelhante & dada para o caso de fungoes holomorfas), Consideremos en perticular o caso em que Mé a esfera de Riemann B; indicaremos por Sg © dom{nio de holomorfia de wa fungdo f em relagio ao plano, @ por Sy 6 dom{nio em relagéio & esfera, Une aplicagdo f de wma viminhanga de um ponto a em E ou leva a om um ponto finite ou em py. Se f(a) 6 finito, o par (a,f) pertence tanto a Sy como a S,, Se f(a) = py f pode ser considerada como definida mma vizinhanga do ponto a, excetuado o ponto a, com valores no plano, e tera um polo no ponto a, EntSo o par (a,f) pertence a Sp mas no a"S,. Isto &, Sq se obtém de Sy aerescentando um conjunto discret D de pontos, que ado 08 polos de £; existe uma imersio I: Sg—>S, om que o complementar de 8, 8 0 conjunto dos polos de £. Assim 4 tom como dom{nio de holonorfia ex relagéo ao plano a ea= fera menos o ponto 0. Sy seré a esfera tida. Da mesma forma, X pode ser congiderado como imerso om Xp, homeo~ mérfica 0 holomdrficamente, pois um par (e,£)< X pode também ser conside~ rado como pertencente a Xpe - 22 ~ G IZ ESPAGOS. OBR INENTO Exporemos og resultados principais sobre espagos de recobrimento, que pio nécessdrios para o estudo das superf{cies de Riemann, 0 assunto tratedo nes- te cap{tulo encontra-se, por exemplo, no Livro de Pontrjagin, Topological Groups. Ls Grupo fundamental, Definicio 6, Sejam f e g duas aplicagdes cont{mas de um espago topo~ égico X num espago topoldgico Y¥; diremos que £ 6 homotépica a gy fig ge existir uma aplicagdo cont{nua F:X x L->Y¥ (onde I representa o intervalo fo,a]), tal que 1) F(x,0) = £(x) 2) F(x,2) = g(x) Exemplo, Seja X= R", £ soja a aplicagio identica ¢ (Hyy e005%,) —> (Xqp 009%) tb g a aplicagéo constante BE (25 000y%y) —> (Oy vee 70) Entao P((xqy 00% q) ot) = ((dest)2yy 000, (1ot)x,) satisfaz as condigdes 1) e 2). a B des. motopia @jrler (4a) £2 eepe eet (aii) £2 g, g@% h—ofY h A primeira 6 ébvia; para a segunda, se F é a aplicagdo tal que F(x,0)= = £(x), F(x,1) = g(x), ent&o a aplicagao G(x,t) = F(x,1-t) & tal que G(x,0)=e(x), G(x,2) = £(x), Quanto a (444), se FL(x,t), Fo(x,t) so as aplicagéas tais que -23- Fy (x,0) = £(x) F4(z,0) = g(x) Fy (x,2) = g(x) Fo(x,2) = h(x) a Dungio elise) = Fy (x,2t) para oc th Foxtel) para $ > Xtal que F(t,,0) = o (4), Plty,1) = fB (4,), © que nessa homotopie os lados A,B do quadrado I > I, formados dos pon~ tos (0,t,), (1,%,) sejam levados no ponto ys A LB isto 8, para todo E, fixado, o caminho F(t, ,t,)= = Wg, (ty) portenga a F'(X,x,). Bntio 0 cami nho pode ser deformado no caminho 4B , man= tendo 0 ponto x, fixo, Dizemos neste caso que X e@ /> so homotépicos relati= vamente a (0,1): — Ax (rel.(0,1)) Tonos una relagio de oquivaléncia entre os Lagos, Docomponos F¥(x,x,) om classes de equivaléncia por essa relagdo e chamamos o conjunto quociente de T{ 1%,%,) « Se X€ FUt,x,), indicarenos por {a} @ classe de , Definirenos em 111(x,x,) tama composiggo, Sojan , 2 € Ux.) © formenos o carinho, que indicarenos por Ol «/3 dado por ~~ a (at) parao gt } 1 apie} f(@1) pared <4 ¢ Entéo definimos tah = (#4) & imediato verificar que 0 segundo membro néo dopende da escolha dos representan~ tos ol 0 8 dao classos {X},( A}, isto é, a0 ox aX! (rel.(0,2)) (% pi (rel. (0,1)) entao Op ett pi (x024(0,2)) Propriedades da composigao. 1) A composigao 6 associativa, (Fa) OF = («)-(-@)) Escolhendo um representante em cada classe, devemos mostrar que pe TX. B.9) (4b) fa .ary ] w= | Bl At~2) ¥ (aba) Die BIH Bie HEN ol (28) BO] -[ ea Y(4t~3) ERI O RHO In WIN In IRR chock ck ct ct ot WA IK DR Uma transformagio quo leva um no outro 6 a in- Glcada na figura, dada por 25+ it, 4 ttl 2 Ftgyty) = 4 AU Ps hc = [ Sbyatgn? tot2 i Baty ) TS 4d? 2) Bxiste elemento unidade x =4e} , onde & é a aplicagSo constante E(t) = x, para 0 R” definida por P(t pty) = (Clot) 44)4 ores ete) (ty) $ uma homotopia entre X @ o caminho idéntico t —> (0,0,..,,0), tE 1. 2) Podesse denonstrar que a esfera a duas dinensdes 6 simplesmente conexa: TT, (8",x,) = 0 3) Pode-se dononstrar que o grupo fundamental da circunferéncia 6 ine finite efelieo, isto 8, TK(S",x,) 6 isonorfo ao grupo aditivo dos inteiros 2. Intubtivamente, dois lagos com ponto inicial em x, so honotépicos se e 85 se @les dio o mesmo mimoro de voltas, contadas algsbricanonte, Se Xe ~ Se X for conexo por caminhos ¢ f4cil ver que dados dois pontos xe % 08 grupos fundamentaie ,(X,x,) © {T,(X,x;) sio dsouorfos, De fato, se ¥ @ um caminho indo de %y 8 Xz, a todo lago X € F'(X,x,) podemos fazer correspon~ dor um tego Y~KWYEFU,x,) © 6 soil verificar que por meio dose correspon déneia biunfvoca se obtém um isomorfisio entre os dois grupos. Sejam X e ¥ dois espagos, f uma aplicagdo continue de X em Y, Mostre~ mos que f indus uma aplicagdo ty Ty Xx.) —> TT y,) = £(x,), que 6 um homomorfisno, De fato, dado {u}< 11, (x,x,), a aplicagio f leva o caminho X mm ca~ minho fo@% em ¥ que é um lego emy,,. Ent&o definimos a aplicagéo {JET Hx.) —> t4({a}) = (ron} € T(Y,y,) & imediate que 6 um homomorfismo: t4(40c} (88) = #a((oc}) » tul{18)) Fo( .A) = (foK) , (£08) Valem as seguintes propriedades evidentes: 1) Se £ é uma aplicagio cont{mua de X om Y, g uma aplicagdo contfmua de ¥ em 2, se £(x,) = x, (yg) = 24, podemos definir as aplicagdes F421 (Lx,) D1 Coy,)s Bet Ty Cy,) —> Ty (2,8,), (go £)q! TH 4 (X,x,) > —> 111 (2,2) © vale onde y. pois (ge £). w= Bye fy 2) Se f © g sao aplicagoes continuas de X em Ye se rt ¢ (rolex,) entao fe = Bx 3) Se 1 a aplicagio idéntica de X sdbre X, entdo 1, 0 automorfise mo idéntico de TT 4(X,x,) Entéo 17 4(X,x,) 6 um invariante topoldgico, -B- 2a Recobrimento ‘Todos os espagos que consideraremos a seguir serdo espagos de Hausdorff, . . Definicfo 7. Um espaco X diswse localmente conexo por caminhos se pa~ ra cada x € X e cada vizinhanga U de x, existe uma vizinhanga V CU de x conexa por caminhos, Proposicao 7. Condigéo necessaria e suficiente para que X seja local- mente conexo por caminhos 6 que toda componente por caminhos de um aberto se~ ja aberto. A condigSo 8 suficiente, De fato, seja x X, U uma visinhanga de x. U contém um aberto A que contém x; a componente por caminhos de x em A seré uma vizinhanga aberta V de x conexa por gaminhos, portanto X 6 localmente conexo por caminhos, Reciprocamente, se X é localmente conexo por caminhos, seja A um aber~ to © B uma componente conexa por caminhos de A, Dado x € B, por hipotese existe uma viginhanga V de x contida em A e conexa por caminhos. Sendo conexa por caml~ ‘nhos, V esté contida na componente por caminhos B do x em A, logo B 8 um aberto, Se X é localmente conexo por caminhos, valem as propriedades: a) X 6 localmente conexo no sentido usual pois toda viginhanga de um ponto contém uma viainhanga conexa, b) Existem viginhangas conexas por caminhos arbitrariamente pequenas, De fato, pela propria definigao uma vizinhangs qualquer contém uma vizinhanga Jocalmente conexa por caminhos, c) Téda componente conexa 6 conexa por caminhos. De fato, seja A componente conexa de X, B uma componente conexa por caminhos de A; ent&o B é aberte em A, Suponhamos que houvesse outras componentes, seja C a unido delag, C seria aberto om A, e BU C = A, o que 6 absurdo, Entio BEA, : De ¢) segue que se X é localmente conexo por caminhos, e 6 conexo em sentido global, entao & conexo por caminhos em sentido global, - 2 Definicéo ~ Sejam X e X espago conexos, localmente conexos por caminhos, Una aplicagio cont{nua p de X sobre X 6 dita:un recobrimen- to se para cada x € X existe uma viginhanga aberta U de x tal que a res- trigdo de p a cada componente de pu) geja um homeomorfismo sobre U. X chama-se espago de recobrimento, X espago de base @ p pro- Jegéo, Toda vizinhanga U de x com a propriedade acima (isto 6, tel que se x ¢ p(x) @ U Sa componente de p70) que contén x ontio p a+ plica U homeomorficanente om U) chama-se vieinhanga admiss{vol do x. p 6 um homeomorfismo local: dado ¥€ X, soja x= p(k) o U uma vizinhanga admiss{vel aberta de x3 a componente do % om p74(U)’S uma vie ainhange aborts U de Xe a restrigio p|t um homeonorfisno de § sébre U. oma, A eplioagto pik-—>X 6 aborta. Isto 8, se A é aborto om nt, pla) 6 aborto om X, De fato, porhe~ nos p(A) =A, tomonos x¢ Ao ¥e A tal que p(x) = x3 soja U ung vied nhanga (aberta) do % tal que elt soja homoomorfismo, Entao tia hb a porto om Je sua imagem p(U4) seré também um aberto om p(t), Mas x€ p04) SA, dondo A 6 Aborto, Observagiio: A condigéo sdbro Xe 4 do aaron localnente cone~ x08 por caitinhos esté sonpre satisfoita om wha superficie do Riomann pois todo ponto possue wma visinhanga homeonorfa a D, Bxouplos 1) A aplicagio R—-> S' da reta roal sdbro 0 efreulo $1 dos ni~ moros comploxoe do médulo 1, dofinida por x—> 0”"!* § un rocobrimento, Do fato, fixenos un ponto om S*, por exemple o ponto 1: le & imagen dos aoe pa pontos 0, +1, + 2,... # ovidontomonto pose aS‘ sf{vel doterminar uma vizinhanga do ponto j 1€ 8! suficiontomento poquona para que sua imagem invorsa soja composta do viginhangas disjuntas dos pontos inteivos da rota, Para oada wma, a rostrigio da ax plicagio x -> 0! gord un homoomorfisno. . ~~ 43 2) a aplicagdo p:s!—» 5! aada por p(s) = 2 onde x $ um mime ro natural, Dado w= 0° € st, torems k mimoros 2 tats que a = wy is. to 8, k nimeros 2,€ S" que edo levados om ¥ por p, dados pelos argunon tos by + PP ceva. Uma vizinhanga de w tom por imagem ke Be inversa a unido das vizinhangas desros } W pontos 25, ¢ 6 somore possfvel dotormi= har uma vizinhanga suficiontcn2nte pox zy & 3 quena do w para que as componentes dos ~ 2, Nessa imagem inversa sojan digjuntas. Une tal vininhanga de w é onto adnissfvel, 3) Soja G um grupo topolégico satisfazondo he condigdos oxigi+ ¢as para ospagos do reeobrimonto, isto 6, conoxo o loealmonte concko por caninhos, Soja H um subgrupo disercto do G, o considoronos a rolagio do equivaléncia om G xvy so wit e H & onto so. docompés on classes do oquivaléneia, que aio classos h osquer~ da Hx rolativancnte a H, Soja G/H o Quocionte, com a topologia natural, G 8 ospago do rocobrimento do G/H, Do fato, 2 aplicagko piG —> O/H 8 uma aplicagio contfmia pola @oPinigho da topologia do G/if o aborta; Visto quo a rolagio "w" aborts on G, Para provar que oxistom viainhane gas admiss{vois para um ponto qualquer basta nostrar para o olomonto unix dado, . Soja 9 9 clomonto unidade de G; cono H 6 diseroto, oxisto uma Vizinhanga V do 0 quo néo conté: outros olonontos de Hy Tononos agora umn vizinhanga aborta © conoxa U do o tal quo UUEC V, Bntéo UI = p(t) 6 vininhanga adutss{vel da projogio do olomonto unidado on G/E, Do fato, pl) = WW ow hel me © baste vorificar quo hUNh'U = 8 para h# ht, Mas so nilo foss0, oxis« tirian x,x'€ U tais quo bx = hix! ‘ontao xb nnte a con Wh # 0; mas xx! € 0,UAC ¥, 0 quo vad contra a hipstoso do niio contor olonontos do H alén do o, Assim se tomarnos, por exeuplo, om R° o subgrupo H dos elonon- tos de coordenadas inteiras, sabenos que o espago quociente $0 toro & duas dimensdes T°, Entio pr Re > 7? é um rocobrimento, pois H é discreto. Proposicdo 8, Seja p: fsx um recobrimento, Y um @gpago oo~ nexo por caminhos, Sejam f,g¢ duae aplicagdes cont{mad de ¥ om X tais que 1) pef=pog 2) J ye ¥ tal que e(y,) = ely) Entdo as aplicagdes £0 g coincides om todo 0 espago ¥, Demonstracdo, Seja astyex | ay) = ey} © provomos quo A= Y, A é cortawento Pochado pois fo g allo cont{aues, eA #6 por 2), Se provarios que A é também aborto, como ¥ conexo os~ taré provade que A = Y. Tomomos ¥€ Ao soja U una vininhanga adnissfvel aberta ee pef(y) on X, Soja t a componente do p(t) que contin f(y) = gly)s aborta Jogo oxistom visinhangas Wy o Wy tais quo ry) aU al) cu A vininhanga W = Wy Wp do y catisfas a ossas duas inclusdes, , isto 0, £(W) > eou ~ 32» Entdo, dado 2€ W, touos f(z) = g(b), Do fate, pof = pog, ogo £(2) 0 g(e) tina noone projogio: posts) = = peels) on U, Mas £(2), g(a) € t 0 om te rostrigio do p 6 um homeonorfismo do # sébro uy, Jogo pontos do F quo tom a mosma Projgio coincidem, Segue-se pois que WS A, © A é aborto, 3, Levantamento de honotopias Teorene 1. Seja pt X—> X um recobrimento, © Y um ospago tor polégico, Seja f uma aplicagéo contfnua de ¥ em X, G wma aplicagéia cone tinua de Y*I em X tal que G(y,0) = po f(y) Ent&o existe uma aplicagdo continua F de ¥x I em X tal quo Fly,0) = f(y) e peF=G Isto 4, existe uma homotopia F de f que se projeta na homotopia G. Denonstracio. Soja y € ¥ fixado, e eonsiderenos o produto fy} «I, Para cada ponto (y,t)e{y}%I, podemos determinar ume vizinhan= g@ produto do uma vininhanga V, de y por uma vizinhanga Ry do t, sufi- oiontemente pequena para que sua imagom pola aplicagio continua G ester je contida numa vizinhanga admiesfvol U do espago X, Como {y}x I é comm pacto, pode ser coberto por um mimoro finito do teis vizinhangas: Vy* By, +.0,V,% Ba, sondo que a imagom do cada uma ostd contida numa vi~ ginhanga admisafvol de X AW, RY CU © podonos tomar os Ry con intorvalos consoon’tivos [ey vt cobrindo I, Chamonos de G, a rogtrigfo Go Ga VX Ry. Dado U,, 80 ty & wa compononto do p 0,) podonos dofinir um homconorfisno ; do a sobre Uj, invorso da rostrigio pt, + Tonando wee a) Or 05 eG, sord uma oplicagio contima Fy do Wyx Ry on X cuja projagio 6-G,. ~33- Escolhanos agora os %, do niodo conveniente, Como (y,0)€ Vy (Py 0 G(y,0) = Bet), f(y) vad on t, por p. Towonos ent3o para By & compo~ nente de p™ My) que contém f(y), Escolhida Us, Plea detornineta a ium gio FL= f° Gs ¢ Fy(a0) = £(2) para wel pois a projecdo de F,(2,0) 6 G(2,0) = pef(s), Tomenos agora para ay 8 componente de p"'(U,) que contéa Fy(y, ty) « A fungio Fy = P 5° & correspondents coincidird con F, nos por~ tos do Wy* {t,} on que aubas sho definidas, pois hesse conjunto 08 valo~ res de x © F, estéo om ta 4, @ se projotan on Gy (WX {ap = = Gp(Wyx {ia}) Defininos assin steessivenonte as fungdes Fy dofinidas on v= ainbangas W,XR,. Tonando agora W, = () W, cada Fy sod dofinida om Wx Ry o ala disso Fy_) 0 Fy coinciden on W oh a . Tomouos agora a eplicagio Fy do W, X T quo on cada trecho Wyk Ry coineids con a F, corrospondonto: obtén-a0 wma aplicagao cont{nua a Hy ut om X tal quo por =alu, XT 0 quo ¥(a,0) = £2) pera 2€U,, Fagondo isto para énde y£¥, & #481 vorificar quo so para dois pontos ¥, 0 Yp as visishenens Wyy © Wyo tam pontos corms, entiio Fry Fyp codneidom om (Wa) Wyo) x n Do fate, woe coineidon con £ om (W al Mya) «oh, @ basta usar a proposigso 8, Biahluonto, dofiniuos F: YxI—> X por Fut) = By (uy) so wey A aplicagéo F é contfara © ten as propricdados oxigidas. Qbservacdo, Um caminho A: I ->X pode ser interpretado como uma homotopia }* de uje aplicagio de um conjunto com um tinico elemento {a} em x, pondo D¥(a,t) = Qty para t€ 1, Seja entdo piX 74 wn recobrimento, \ um caminho de X Ae box ~ Bho © As @ aplicagio yt {0} > x tal que po )'(0) = \(0)s pelo teorema anterior iste um caminho Yrlsx tal que po I(t) = X(t), 0 X uni recobrinentos fizonos x, € X 0 Ze pH) como base do grupo fundanontal, on X eX respectivanente, A aplicagio | P induz, como vimos no pardgrafo anterior, uma aplicagio Py t © 6,2) — TH (xx,) dofinids por pd) = {eX} pare Me ty a,5) Promosiofo 2. py 8 um Ssonorfisno: do T,(%,8,) om Ty 0%,x,) Denonsteacho. py $ un homonorfisno, o devenos provar que o nix cleo de py 6 (85, J: Soja ontio {jem Gz, ) © suponhanos quo ei} = (6, tdo existe uma homotopia ontre pX &,, 5 isto 6, uma aplicagio 0 px({2}) = 1, isto 4, que G: Ix l—»x tal que G(t,0) = pa (+t) o G(t,1) = x ‘9? Mantondo x, fixo, Pelo teorena 1, existe entio una honotopia Pr xl X tal que po F= Ge F(t,0) = X(y). Seja Be parte do contérno de IXI dada por B= ({o}x 1) u(r x{a}) &({2} x7) Tenos (oe)(8) = (2) = x, portanto - = : F(Z) & px.) @ bono p(x.) & discreto © F(B) é conexo, F(B) se redum a um ponto, De F(0,0) = & (0) = Soy von F(Z) = &, @ @ homotopia F leva @ om Ege. %L Ex (ets (0,29), conte A} = 2, fo Exemplog . 1) Soja pt &'—> ", onde S & a circunterdneia |z| = 1, dado por p(z) = a, ik inteire #0, Tonos 1T(84) = 2, A un elemento nao T(S4) (camino com n voltas) corresponde por py o elemento Im, Isto 8 Pat Ny") > (51) 6 0 isomorfisne Z—> k,Z © 2, Toorena 2+ Sojg H= py Wy llgy%) CT, (Xx) eA = P(x) EntZo o recobrimento p: X—> X induz wma correspondoneia biuntvoca Den tre os elementos de A e as classes & diroita de (x) mdevlo H, Denonstracio, Tomonos # € A eum caminho X unindo o pont> bax se %, a %, Defininos . , BW) = ufpd] / Bsta definiglo no depende da escolha de & , pois se A outro caminhd unindo Za ¥, ontio Loe 1%) 0 (od Ab] = = {pt} pa} ex, (pZeufe A}. Portanto Bea > Mb )/a 6 bon definida, Soja Hy {2} uma classe & diroita en 1 (j2,)/H, Dado 0 caw minhé & em X com (0) = A(1) = x4 sabomos.que oxiste um caminho % on X que s9 projota en ae tal que A (0) = %. Sojak= X(1), tons p(X) = (p& (2) = X() = Xap & ep). Mas BU) = He pod} =H, fy} isto 6, oxiste ¥€ A levado om Hy {o} por 3: a aplicagio § é sobre B 6 biunfvoca, Do fato, sojan Sy, % © A tate que BCH) = pC). - 3 vow = oe oe x, Sojam 4, Op caminhos ligando %, a i 0 Sy rospoctivamente, ontio von, pola definigdo de p: . w= {pa} =H, (r%, isto é, existe héH tal que {pa} = nd y Ora H= py 5,8, }4 logo dado h@ H existe um lago J em & tal que he pa({%}) = ={p ye Temos ay . te %q] = pi} fo &, | fp. Gay} Seja entéo ot Ix I~» X a homotopia entre pay e wFax,), tal que Gy,0) = pagy). Polo teorema 1, existe wma homotopia F: TxI—~X tal que poF = Ge F(y,0) = X1(y). Soja Be F(yp1). Gono poP = G, tonos ” pA te), ogo pA Sun tage om xy ¢ Kade o™e,). Fox lado, B~ Yq 0 4a) = 5. Com p"\(x,) 8 aiscroto, () = & psTanea ph = FQ) : Bo) = R= 3 a (0) logo pela proposigio 8 fo 5h 2 coincidem @ Bay = % =3 5X 4(a) = Xa) = % Ent&o % = %, 0 quo prova que B é bimnfvoca, = %, 0 que prova que B ¢ Definisio 9. 0 nimoro de folhas adbre X (ou a miltiphcidade do % > X) 8 dofinide como o micro cardeal ao ete,) Como 8 também o {ndico do Hem tf 4(X4x,), S80 mimoro 6 ine dopondente de. #,. Exomplos 1) p: St—» st, (onde st $ 0 ofreuto |x| = 2) dado por ar a, k minoro natural, 4 um recobrimento com k folhas, Dado x,€X, © oscolhide %,¢4 = p"(x,), dofinimos pois a apli- cago py © o grupo H, Eacolhamos cgora om A wii outro ponto %, 0 sojam ~~ pi a aplicagéo do (8,2) en %4(X,2,) Anduaéda por po Bt a imagom do 1, (8,3) por py Eropostcfio 10, He H’ so subgrupos conjugados de My (yxe,) ee {hee {yp de um caminho uninds % a eh onde % 6 a projec Demonstracéo. Seja ¥ um caminho on X unindo &, a % 9 consi~ deremos 0 isomorfisno . . Qe Tye) > 1H) definido por {8} ett a,5,) > [FP eras) Dado agora he H, Sede X um ago en %, tal quo », l= he escolhamos um lago > om hy tal que | iB) =X, Entéo temos he = py {Psy Y= “ocd TAs} = py Ip a}. {p i Mas fet Gk), portento Als nie By © tenos . b= PH. (oF) sendo pJ um lago om %y (pola ag duas extremidades do 3 ge projetam om X4), independonte do he Tondo p 42% , toms Re oa al ig} -Un rocobrimonte p: X ->X diz-so regular so. H for normal. on AW 1(4,x,). Neste caso a proposigo diz que H.é indopendonto da oscolha do #E 4, Ora, dado um caninho ¥ om x,, {3} € H 20 0 Lovantamonto do 7 para %, for fochado, So H for normal, ontdo o lovamtamento de Y para qualquor outro ponto ¥,€A sord taxbém foshado. Soy a0 contraério. EH nio for normal, H soré distinto do un don sous conjugados HY, o qual corrospondo a un corto ZEA, Existiré ontiio co Ho nip a HB’, isto 4, cujo lovan~ un lago ¥ en %, euja olagso pert ~~ tamento en %, é fechado © em % nio. into, um recobrimento 6 regular se e somente se os caminhos Go X que recobren um cemigho fochado em X foren sempre ou todos fechadon ou nenhum fechado, 4, Transitividade de recobrimentos, Sejam p: yx 2 pi Sa» ¥ aois recobrimentos, # fécia ver que a aplicagio composta no é necessarianente wn recobrimento. De fe to, soja U admiss{vel para p e seja U una componente de e li); T nko 6 necessarianente pénisstvel para p!, Por outro lado, soja 7 admissivo) por pt, ent&o tin U) 6 admiss{vel por p, ¢ a componente VW T ae ma imagem inversa é te todas as componontos de p™ Lu), posstvel que a intorscogio de to« des as projegdes p(7 9) nfo a8 uma vidinhanga om X, Procuromos pois condigées para quo pe p! soja um recobrimonto, adnisofvel. por ‘p'. Mas se considerarmos somulténoamon= Lona, Soja p: I—->X um rocobrinonto, Se U $ wn aborts om X conexo por caminhos, tal quo pare todo xéU um lago & do U com-ponto base x homotépico om X h aplicagio constante E,, ontéo U 6 admisaf- vel para pe Benonstzaaiio. Soja U una componente de p"(u); basta provar que p|'T & ima aplicagio biuntvoca sbbre U, Suponhamos %, BE v fate que p(%) = p(X_) = x€U o soja a un caninho Ligando % a $53 p& § um Jago X on x 0 oxisto una’ hono~ topia G: IX I~> X quo lova @ om E ,, doixando o ponte x fixo, Polo toorena do lovantancato, oxiste una honotopia Frixt-»% tal quo pF = @ 0 quo F(0,0) = X(s), Soja (vor figura p. 34) Bs ({oja Tu (rafaj)u( (ajar - 39+ G leva B om x, logo F dove lovar ¥ om p(x), quo $ diseroto, Entdo F(Z) 60 roduz a wn ponto, pois F continua, Ora F(E) contén op pontos % (0) = % © & (2) = % Jogo #, = Spe Consideromos a inclustio: LU x ela induz uma aplicagdo yt T 7(Uyx) > 7 (Kx) Dizer que a viginhanga U satisfaz &s condigdes do lema significa dizer que i, 6 a aplicagdo trivial, que leva 1 (U,x) no elemento unddade 6, de 1 5(X,x), Um espago topoldgico X diz-se Jocalnente simplesnente conexo no_tedo so cada ponto U tal que i, é trivial, ” : Teoroma 3, Sejam p: X—> X e p'sk! —> X dois recobrimontos, Se X% localmente simplesmente nonexo no todo, entéo a aplicagio com uv 2 posta pop: X!—» X 6 um recobrimento, Demonstrecio, Seja UC X wma vizinhanga nas condigdes do loma, isto é, aborta, conexa por caminkos, tel que iy (U,x) — Cx) se~ Ja trivial, Pelo Lom, U é admissivel, Seja U wna compononte de p™(U), nostremos que U satisfas as mesmas condigdoa, De fato, cono p|U 6 wm howcoworfismo, 0 é aberta ¢ concxa » por caminhos, Por outro lado, formomos o seguinte diagrama do aplica~ goes induzidas entre os grupos 7, (0,2) —e_. 1,2) oly J Ps 1 (0x) ——Fa_> 1 2) g wg * Como p|U § um homeomorfismo, (p| U)y wa isomorfismo sobre; quanto a P Pyy ton mictoo {0}, 0 diagrana § commtativo, © @ imagen de T 0,2) por aa : . 44° (eB, 8 (of, togo tanbin pyo 2,(4(0,%)) = {o], © pote obsorve~ 40 ga sdbre o micleo ae, a(t (yx) = ={o}, Polo lena, U adnissfvel, o quo demonstra o teorena, 5. Levantamento de aplicagd Toorena 4. Soja p: X—>X um recobrinento, @ HEX, KE x com wl%,) ) = x, pontos de base, Soja ¥ espago conexo, oeatne: ate conexo por caminhos, @ seja £:.(Y¥) —> (Xx) wma aplicag&o continua, A condigao necosséria e suficionte para quo exis ta uma aplicagao continua (ty) = G8) tal que po f= £ 6 que (2.2) £4 Gy) S vy ACES ) Dowonstracio, A condigho é necesséria, pois se pol = f entéo pyo fy = fy 0 tems . #44170) = pe? Be(My(%9,)) — va H%,)) Reclprocamente, suponhanos (2,1) satisfeita, Se ¥ é localmen te conexo por caminhos e é conexo, Y 6 conexo por caminhos, Entéo dado yeX, tomomos um caminho X ligando y, a ys f(&) sord um caminho com ponto inieial x,, podeuos levantéelo a un caminho & oon ponto inioial By» Soja Ko ponto final de & , entio posos Hy) = 1) £ 4 indopendonte da escolha de x . De fato, soja A outro caninho Ligando y, ay, 0 camimho de ponto inioial #, qua eobre £(8), Aovenos mostrar que o ponto final do A $0 mosmo, Mas “XA7> 8 um Lago om yy Logo ap) = £()£(B)~ 8 um lago am x,4 Do (251) ven quo © caminho on %, quo recobrg ra dC)" & um Jago. ora, comp 0 eaninho on &, que rocabie 2X) $a, S880 lego podo sor oserito X ¥ + onde % rocatro £( B)7 o tan ponto inicial & o ponto final Sys nto ¥> cobre £( 8) o tom ponto inicial &, fa? 10g0 coincide com rp que vortanto ~ 42 a a (ou equivalentes) se existir um homeomorfismo h: % Ay tal que ph = pps Pron - vnentne ten EL aw oo revobrinentos tais que Pag Ty a5) = Pa Mr ua honsonertiano gy +(% 54) > (i,,i) tal que pps, osigéo 11. Se pyt (ty 3 ~> (K,x,) ° palin. art) oF Sa)» (2,x,) stdo existe Domonstraghe, Pelo coroldrio anterior, existe una aplicagéo & tal que Pog, = py 0 uma aplicagho got (Ka,i,)—>(X),5,) tel que PyBp = Poe Bntdo Py° (Bp? &) = (Dye Bde B = Poo ey = Py isto é, goo a 60 aplicagio idéntica de Xs andloganente, ge gy § a aplicagdo idéntica de Xge Bntdo 81 © Bp S80 homeonorfismos inversos um do outro, : Eroposicéo 12, Condigio nocessféria o euficionte para que pyt ty x Pot Es-> x Sejam equivalontes $ que dofinam subgrupos conjugados do 3%) « Dononstracdo. Suponhanos que os recobrinentos sejam equives eee, * 3 Xy—- £3 = + Sejam lentes ¢ soja h “ye Xa homeonor: ‘sno tal qua Py = Poh Seay By , 6 % Pontos bage en, 0, tais que pk = Peay seh Hyp 1 Oy Ry 0 Hy = Pox Ty Haag)» Tonos my, = Prghy © Pelt = pins Entdoy B= Bog My Chpyhky) § conjugado de H, (proposig&o 10), por outro lado, Hy coincide com Hy donde Hy o Hy so Gonjugados, Reclprocamente, seja . 1 mellem. (gh Be id = ep wow iw oom fa} €,(K,x,). Bacolhenos Xy om X © Xp om Xp rocobrinds, Soja -43< 41) = ¥ © H,(0) = &. Entéo Pyae™ 0G 75) = Poy T (Kop) ea egyivaléncia segue da proposigio anterior, 6. TrannfomacSes de recobrimento, Defintcio 21. Soja ps X-—>X um recobrimento. Chamanos trans- . we formagéo de recobrinento a um homeomorfismo Y do X sdbre X tel quo Pe =p Evidentomente as transformagdes de rocobrimonto formam un gm Po, que indicarcnos con a totaglo aCilx), Sojan x,€ Xo HR € ¥ com X, = p(Z,) pontos de base, Soja HS py, (K,%,), No normaligador de Hom 14(X,x,), isto 8, Ne feet Gx) gig’ x} Broposiodo 13, ati |x) ~ N/a Dononstractic. Un clenonto € G(x) tiea complotamente deter inado por seu valor para %,. Como p#(Z,) = plZ,), temos Uf (%,) € A= = pe). A corrospondéncia '/—> &{%,)' 6 ume aplicaglo biunfvooa 2 do G(%]X) om A. Gompondo com a aplicagio biunfvoca Fr AC> My (xx) At do teoroma 2, obtemos uma aplicagao biuntvoca Bs o(k|x)—> Ty s,x,)/8 dofinida da seguinte manoira: so @ é um caminho unindo Ra Y (%) entio BCP) =H px} Ora, tenos ptt Gi, 0) ={ rd}. a fod} pela proposigéo 10, e, por ser pf = py B= py Ch, YE) Entao us{pZ}oe. {oa} ~We © {p X}JEN, ogo a imagen de az | x) por §- osté contida om N/H, & facil verificar além disso que BA + o€k|x) —> w/a & um hononorfisno, De fato, se X liga Za Y(%), Xd! liga Z 0 YNGE,), onto Yk) liga YK) a YEE) © .H(X) rage % 2 4'p (%,) © tenos . BAC YY) = BAY RD = Hf .e y= fall y)} = =H, p&p} = xp at {pdt = BAC). BAC) Além disso, §\ & aplicagéo sobre N/H, pois dado {p&} , se ¥ 80 pom to final do levantamento de p% om gy @ trensformagio P corresponden~ te a & existe se {paje N pela proposigéo 11 © temos Bod (y) = Help X} Entio, §\ 6 um isomorfismo sdbre N/H, Gorolério, So pt K>x & regular, a(¥|1)% Ty (x,x,)/i, Ba particular, ao X § simplosmonto conoxo, o|x) TO). ‘7 Bxisténcia do rocobrimonto, ” . Definiofo 12, So X 6 simplesmonte conaxo, o recobrimento * piX—>X se diz rocobrimento univorsal, » De coroldrio do teorema 4 segue entéo que se X'—> X & qual~ quer outro recobrimento, existe um recobrimento p: X —> X', Da proposigéo 21 segue que dois recobrimentos universais sf0 equivalentes, Proposicho 14. Condigio necesséria para que X tenha um reco= ‘brimento universal 6 que seja localmente simplesmente conexo no todo. ws De Jo. Soja p: X—>X um recobrimento univorsal. Seja U adnissfvel para p, U uma componente do p"'(U) o considoremos 0 dia~ grama. . ~ 45 = ra ———te_.. 0) 1 cl | Piy 0) das tty(x) , onde 1, o i, sio indusidas peles inelusdes £: Bok 6 is USK, Como “. 2 xé _Biuplesmente conoxo, Ly = 0, Mas (p|it), 8 um dsombrfismo, 0 diagrax ma é combativo, logo iy = 0, 0 que prova o teorema. Se X & conexo e localmente conexo por caminhos, a condigio 6 também suficiente, precisamonte, vale o teoreme do existencia: Tooroma 5, Soja X conoxo, localmente conexo por caminhos @ lo~ calmonte simplesmente conoxo no todo, Seja H um subgrupo do Mh EQ) entio oxisto um rocobrimente p: Gx tal quo py f,(%,%,) = H com um %, convoniente, ‘Em particular, tomando H={0}, soguc do tcoroma que oxisto ‘wa recobrimonto univorsal, Domonstracdo, Soja P o conjunto dos caminhos em X oom om » Para. ad, fEP, dofinamos av soa(1) = AM ° fap? € Hs & una relagio do oquivaléncia on P, Indiquonos por £0 quocionto P/R, por % a classe do caminho constante §€ , Para ua caminho qualquor o a classe sork indlcada por [x] . Como fodos os caminhos do uma mos~ ma lasso tén o mosno ponto final podonos dofinir wa aplicacio pi X—eXx : dada por p([¢] ) = 4 (1), Bu particulary p(%,) = x6 2) Vamos introduzir en X uma topologia. Sejan p[x] = x e U uma vizinhanga de x, Indiquemos por (q ,U) 0 conjunto dos caminhos 4 «8 onde & & un caminho em U, © por [i, U) o conjunto das classes de o quivaléncia deterninadas. pelos clenentos de (,U), Provenos que aw a implica |x,U] = |e’, U]. De tato (a AM Am al“) = xa/"* ae modo ~ 46 - que gq! implica o&. wales © 08 elementos de (x,U): sio equiva~ lentes aos de (0',U), Ls Chamaremos os conjuntos [WU] de vizinhangas de |] . Temos: a) [x] € [x ,U] : é evidente ->) se fx'le(w,U] , existe una visinhanga de [y'] contida om {a , U]., De tate, a!ma.f onde f § um caninho om U, Se A! é am cam minho om U comegando no ponto final de 8, a's wap €(& 40) loge & 20] C[x,U] , 0 que prova b), Reclprocanonte tonos ovidontenonte vst] cfu] ogo fv’, uJ= (a, 0 c) Se fa, UW] © [a, Ut] sao das vizinhancas do [x] , como UA Ut é uma vizinhanga do x, [¥ , UN Uf visinhanga de [ol] . Mas fx, uonjc fx, uv] afy, o] Portanto os [a,U] forman un sictom fundamental de vieinhan gas. 2) Mostraremos agora que a topologia definida om % 8 do Haus~ dorff, Sojam fly [x al €X, distintos; Tonos dois casos a considerar: a) play # pla ali isto 4, « (1) # XQ(1), Bscothondo viei~ nhangas U, 0 Uy do X(1) e (1) rospoctivamonte, com Uy (\ Up = 4, toronos ovidontenonte 9] 9 % ay] =. . ») p[e a] = pla g] + Bscolhonon unin vieinhenga U do ponto fix nal dossos caminhos tal quo yt 140) = hm) 8 trivial, Afirmamos quo [a 4,0] A [%psU] = Bs Do fatoy supotthanos por absurdo ft] = [q Ay] =| 2 Aal com fb Ag ceminhos om U unindo X42) = XQ) 2 QC). jy BGI 8 um caninho fochado om U, Logo : “2 A, Ay Excaye Mee [eA = Pode Amplica {oy Ba AgAG len donde fh aste Ho [X,]= |X, | contra « hipstose, 3) p: X—>x S.contfnva, pois so U.é uma vieinhanga do p[x| = =& (1), ontio p({e ,u] you “47 - 4) X 8 conozo, Para provar isto, dononstraromos o aoguinte Lomas So & 6 um caminho qualquor do X, oxiste wm caminho Xs 1->Xx tal que p&=& © comegando mum ponte dado de p40. (0)). Para O<7 <1, definamos um caminho Xz em X por 2 (4) = (2 t).-Seja 8 um oaminho en X unindo x, a a (0) © definams & (2 )= [A ez]. toms { (0) = [Ax =[A], © p¥(G) = pL pre] = = (fag (1) = Kz (1) = (3), Entdo so X(T) tor contima, 60 cax minho procurado, Seja U uma vizinhanga de X (% 4), ontéo [ Xa, ,U] 8 una vininhanga de X(%,), Soja V um intorvalo aberto contendo Z, tal que W(V) CU, Pemos, pondo A y (t) =A(B + 1F -F,)) + K (%) = [eee] = [Brey Kee] portanto, se TEV, a2 _ é um caminho em U comegando en WeDo Keel Sea, ,0] logo & $ contfaua, | Agora provemos que X conexo por caminhos, Seja [x] € X, en- t&o & 6 um caminho em X comegando em Xq+ No lema, escolhanos para 0 caminho constante €, ¢ seja X o caminho que cobre « © comega om H € PN x (O)) 4 Bntio™A une #, a & (2) = [Ex.% g] =[%)]= LK] o que prova quo X é conexo por caminhon, 5) Existem vizinhangas adniss{veis, . Bm primeiro lugar, p: X—>X é aberta, porque so U é um visi~ nhanga do p[x] , entio p[x, 0] contém a compononte por caminhos de p(x} one osta é aberta, Soja onto UCX, aberta, conexa por caminhoa, tal quo ig (0) —> 11, () 6 trivial, Soja A= p"(u) © conpidorenos os conjun- tos x, U] onde [X]€ A, fetes conjuntos cobrom A o dois distintos 80 disjuntos pois se Lea] € Fear o]9 [X 5p 9] le, a] = [Xo y ° [eve] xa] " ontéo ~B- Wort] = (x o0] Além disso, cada {w wu] 8 conexa por caninhos, De fato, soja [x"] = =(x8] € [x,t] onde ’p & un caminho om U comogando om pid} , antic pew Jo Lema podonos cobrir # por wm caminho % am X comegando on [x] @ torminando om [x A] « Cow J (%) = [% An] €(w,u] ; B é um caninho on [x,t] riganao [x] 0 [x], 0 [a yt] & conexa por canintos. Entéo op [w,U] oom [WJ € A dio wma partiggo do A on que da~ da (X,] 8 uma componente, > p|(X yi] viumfvoca, do tato, sedan x |» [X,] @[, u] con p(X q] = p[X,]. Entio A VAS 0 AWA com Ay, fy cam minhos om U uningdo @(1)a a( = A211), 0 {v64 Ast yt} = = {exe 4} = {1} €H pois. 6, Az} é tochado, logo Ey (aye Entio Maks e fea =[# al . Como p é aborta « continua, sogue que p | [x,0] um homeor norfismo, 6) £6 tocalmente conexo por caninhos. Seguo da propricdado correspondente para X 6 da oxisténcia de vizinhangas para as quais a restriggo de p 6 um homeomorfismo, Entéo p: X—> x un recobrimento. Rota provar quo py M,(i,%,) = H. Soja o un caminho fechado em x, com {a}@H, Seje & wn rocobrimento do & comogando on ye Bow tio & termina en [x] = &, isto 6, § um lago on #,, donde py 4 (X,%,) 9H. Seja agora & un lago on %, © pX= a, Hntdo pela conbtragdo do caminho ae recobrimento en 4), & (1) = % = (x) donde an€,, « logo {apex © pally Ox) CE : logo 6,9, ~49~ Exomlos 1) pt R—» 1 é um recobrinento universal. 0 grupo fundamen tal do toro T° sor onto dsomorfo a0 gto tes iraneformagdes de recou brimento, Se o toro é determinedo pelos mimores complexos X 6 A, as ‘transformagSes quo preservam a projegao sio da forna zaatnk taf myn eZ Entio 0 grupo 1 ,(T*) 6 0 grupo aboliano livre gerade por dois elenen~ tos: (1°) = 202," &, Grupos que oneran de manoira totalmente descont{ma, Gondiderenos um espago ¥ o um grupo G de homoomerftsmos de Y. Dizemos que G opera sobre Y do mangira totalmente doseont{nua so para todo y € Y existe uma vizinhanga U do y tal que se gyg! € G, g # gt, one tao aU) gt (U) = 6, Entéo, se g# 0, sogue imodiatamonte que g nfo tom panto fixor ely) # y para todo 7 € ¥,. Bropodicdo 15, Se G opera om ¥ do manoira totalmente desconti- nua onto a projegio candnica p: Y—> ¥/G 6 um rocobrimento, Dononstracdo, 1) p 6 continua o aborta, pola dofinigio da to- pologia om ¥/G, . 2) So U aborta @ conoxa por caminhos on Y, satisfazondo & condigéo . eu gt) =f sog# et ontéo V = p(U) 6 adnissfvol om ¥/G, Do fato, V 6 uma vizinhanga 0 as com ponontos de p"“(V) sio as viminhangas @, g€ G quo ello disjuntas. Soja G(¥ | (¥/G)) o grupo das transfornagdos do rocobrinonto do p: Y—> ¥/G, Entado, ovidoutemento ac ar] (x/o)) = 506 © por outro lado, dado x € ¥/C, 80 y1,75 € px) existe g CG tal que Yq * @(y,) donde resulta G= e(y| (1/0), Bxomplo, Seja ¥ = 8", Go grupo {e,a} onde © 6 a transform go identica © a 8 transformeéio ant{poda a(Z) =. f um grupo que evidentemente opera de maneiva totalmente descontinua e S"/g = po onde P” 3 0 espago projetivo real an dimensSes. Como a esfera S* é sim plesmente conexa segue que ff (P") o grupo com dois elementos, Nesta exposigdo seguimos de perto as notas do Spanier, "Algebraic Topology". ~5l~ Gay IL 1, 0 teorena fundamental sdbre existéucia de recobrimento wos tra que se T é um espago topoldgico que adaite recobrimento uuiversal, © probloma de clagsificar os espagos de recobrimento de T so rodusz ao problem puramente algébrico de estudar os subgrupos de 1 (1). . Como exemplo vanos classificar os xecobrimentos do espago D obtido retirando do disco unitério D a origen: B= ~{o} Para cada inteiro.n 21 consideranos o recobrimento Pgt By-—> D onde D, 8 0 proprio espago 5 © py, é definids por Py(z) = 2” 8 fdcil vor que so trate do um rocobrimento com n folhas cujas trans formagdes de recobrimento sao Blea hls) = 0 7 x KS Oslysseyned isto é + . (0, |D)* 2/() Podemos agora obter um rocobrimonto simplesmente conoxo da Soguinte manoira: considoromos a regiéo D,, do plano dofinide por: I * esith oni D> { a= xtHy joax a} @ & aplicagio Pay (xtiy) = x.08F ——— do Dy, sobre D, Como os pontos que téom @ meme projegio que x + iy sio os da Sr- ~ 526 m xti(ytak), & tdci ver que Pa éun recobrimonto, e como 3, 6 simplesnente conexo, & um recobrimento universal, As transformagses de Teoobrtiento de p, so evidentenente ze 1— h(a) = hy (xtiy) = x + A(y + 2k) com k¢ 2, Logo vps at, | ez @ como 1 5(D) = aD, |D), 14 (D) & tambén dsomorto a Z, Soja agore pi D —>D un recobrimento qualquer de b, © vanos wostrar que isonorfo ou a pas 3 s>D ou a Py? bop para um certo intciro n, De fato, 50 pe (2) = 0, entdo, pela proposicio 1 , pr D—>D & equivalente a Pg + Caso contrario, 2) tord indice finito om 1T,(D), Seja n ésse {ndice, ontdo, cono Pye 1 4(3,) tom também {ndico n em 7,0) 2, soguo que Pr 1740) = 2a Oy ) Jogo p: D 3 8 Ssomorfo 9 pai i B, Portanto, a monos do isenor= fismos, pat b> Be Pat Ba-> B (n€ 2) s&o todos os rocobrimen- tos de Dy Soja entio,p: 3 go un qualquer rocobrimento com a folhas de D, © soja %: Da, um homeonorfieno tal que pie S = py Pow donos acrosocentar a D un ponto & e@ estender 3 « p de modo a obey tor aplicagdos %* 0 p# do ospago D assim obtido sébre DB, o D respec= ‘tivamonte (onde D, © D sho 0 disco unitério com a origoa) , de modo a satisfazor as soguintos condigdes: D B* : D-H, é um homoomorfism e Za) = 2) p*¥ i: B—s»dD 6 contfima o p*(x) = 0 Isto porqué o recobrimento P,? D> D pode sor estondido ac ponto 0 por continuidade, Pondo ontio *(&) = 0, 2 compondo & * com = 53 = @ extensio pt, obtemos p* e as condigses 1) e 2) estarao satisfeitas. Observenos agora que se D,, indiea o disco de centro na origem e@ raio r, © Do mosmo disco som a origon, as aplicagses f . tt Pat Bg 3, onde 3, = fatty Odxer} : * Pat hp Dp (ne 2, n>1) onde Pg (xtiy) = xe P,(s) = 2 sio recobrinentos de D, © todo tocobrimonto dob, § isonorfa a um désbes. A aplicagio py pode ser estendida & origem por continuidade, @ a extonsao serd indicada, como acima, por pi. 2. Soja agora S uma superficie de Riomann @ ): — E uma aplicagdo holomorfa de S na osfora do Riewann, quo 6 um homeamorfis~ mo local. Soja #,€ Ee U um vizinhanga de x, homeomorfa a D 0 tal que Lig) 4 5 soja ainda h: U > D wm homeonorfisno com h(2,) = 0. Considerenos uma componente conexa A de *(U) e suporhamos que nio exista em £ nenhum ponto que se projete em 2), mas qua so+ bre cada ponto 2 O=U-{#,} oxistam n pontos de A que se projetem on # pola aplicagéo A, A rostrigfo de \ a A, quo denotaremos tam pém con 2, dé ontéo um rocobrincnto, com n folhas, do U, Do fato, soja s€0 o sojam Py4+..)P, 08 pontos do A quo so projotan oa 2, Para cada Py tomemos wma vizinhenga Uc A do tal for~ wna quo as vizinhangas U, sojan duas a duss disjuntas o quo a rostri~ go de ) a U, soja um homoomorfisno, o considorauos a viainhanga ~ bho wef\ Qty Dado um ponto téW qualquer existe em cada U, um ponte Q; que se projeta em t; os pontos Q),.,.,0, sendo om minero de n dio todos oa pontos de t que se projetan em t, A imagem de W por 272 se decom poo poia em n partes disjuntas, cada wua contide om uma visinhanga U, © que mostra que W 6 uma, visinhanga admiss{vel, © portanto quo A: £6 & un recobrimonto de U com n folhas, Entdo bh, soré um rocobrimonto de B com n folhas, isomorfo portanto ao recobrimonto pat D,—> 5, Isto 8, oxiste um homeomorfis~ m0 % dof sdbro 8, tal quo po @ = hed, . Podemos agora acrescontar a A um ponjo X 0 ostendor @ a um homoomorfisme g* do A= Au {u} sdoreD, = Dv {0} tal quo Z*(x)=0, © da mosma forma ostonder \ a uma aplicagéo X do A sobro U pondo AML) = B56 Dofinimos agora uma ostrutura de suporf{cie do Ricmann om St= St {a} , dando pare isto’o conjunto das fungdes analfticas om cada ponto, Nun ponte portonconte a 3, 0 conjunto de fungdos anal{ticas _ sord mantido som altoragio, As fungdos anal{ticas om % sardo aquoe Jas que podom ser desonvolvidas om sério do potancias do a*, & ra~ eil vor quo dosso modo as condigdes da dofinigio do Suporffeie da Riomann ficam satisfoitas om S', _ Rosta mogtrar quo o conjunto do fungdos anal{tidas assim do~ finido om niio doponda do partioulgr homoomorfismo 2. Do fato, da~ do um outro homoomorfisms @t:—>D, tal quopso gt=hod, t% $ ovidontononte una transfornagio do rocobrinento Py! b> Dy logo é da forma 2a Tt s—> ayo * WCU ao & dada por ~ 55 Isto 6, todos 08 honeamorfismos %' sio da forna T° & , Mas Ty, pode ser estendido & origen e a extensio TY sord ainda um noneonorSisno anal{tico, Entio To &* serd un homeouordicno analftics da superfi~ cie de Riemann correspondente a A, 0 que mostra que a estrutura n&o dopende de T, % chama-se ponto de ramificagio de ordem nul de S', Podenos dar uma represontagio oxplfcita de A @ das fungdes analfticas om & , Basta tomar (para U um disco de raio re centro om Zp 0 para h o homeonorfisno ae U-> D,,dado por 8 —> m2. Sondo agora © jus honconor fino do A sobre “la tal que pao z shod, cono p, & dado por p,(t) = toronos “Medaaye t%e) para todo eho as fungdes anal{ticas om % sono dadas por desone volvimontos 2 wp) =) a, (ed y= 0 Soja agora £) uma fuagdo holomorfa numa rogi&o R da esfora do Ricnann, soja S sou domfnio do holomorfia rolativo a B (of,Cap.I, § 4)5 soja A:S > 8 8 projegio de $ em Ee f a extensio de f, ad, Dado 2, € B, suponhanos que oxista una visinhangs U de 2, nas condigses acima,. isto 8, tal que ~2(t) #f © que para ume componen= te conexa A de -YM0), onde b= 0~{,}, a restrigio de hal de um recobrinento de t com n folhas ez) ¢ (A), Gonsideremos ent&o para fo ponto xX, A fungéo f seré onto definida © holomorfa mma vizinhanga de & , logo tord em & ou uma.singularidado renovivel, ou um polo, ou um ponto singular essoncial, Se for um singularidado removivel ou um polo, acroscontamos Xa S, ~ 56 = Seja S' a superf{cie de Riemann obtida acrescentando a S to~ doa os pontos « definidos para cada 2, nessas condigdes @ nos quais f tem ou uma singularidade removivel ou um polo, S! chama-se a super~ fieie de Rienann de £,. 2, Recobrimonto ramificado. Darcnos agora. uma gonoralizagdo da nogo de recobrimonto, con sidorando apenas o caso de recobrimonto do varlodades de dimonsio 2, que nos intorcssa particularmonto, Dofinicio 13, Sojan S o 8 duas varicdades topolégicas do di~ monaio 20 p: $—>S um aplicagio contfma do $ sébre S tal quo, exoo~ ‘tuado um conjunto discreto T de pontos, todo ponte de $ ton wma vi ninhongs U com e propricdado quo cada compononte conoxa do Pp 0) 6 eplicads honoondrficanonto sdbre U por pj o so xe Ty Zep A) y cxisten vizinhangas Yo do ¥ 0 x rospootivanonto, honconorfas a D o tais que ¥ do Unico ponto do U quo so projota OM Xy ad passo quo para todo outzo ponto yeU oxtetom k pontos do U cuja imagen 8 y, sone do ko mosmo para todo yéU, y # x, Diromos onto quo S 6 um recobri- monto ramifieado do S, o % so dird ponto de romificagio do ordom Kobe Sola To conjunto dos pontog quo so projotan om 1’ oe S- f, $=S 0, ontéo a rostrigio do pa pt a8 $ ovidontomonto um rocobrimonte no. sontido usual, 0 mimoro do folbhb doste rocobrimonto serd por dofinigio o mimoro do folhhs do rocobrie monto ramificado, So T for vasio, rocafmes na dofinigiio do rocobrimonto usual, portanto tonos ofotivamonto uma gonoralisagiio dossa négio. Pronosicio 16, Soja 5 um rocobrimonto ramificado do S 0 supo~ nhomos S compacta, Entéo 8 § compacta so o somonto so o mimoro do fo~ Ihas do recobrimonto 6 finito, ~57 = Do fato, suponhomos o minoro do folhas finite. Como 3 3 variow dado topolégica, basta dononstrar quo todo conjunto infinite C do pone tos do § ton um ponto do acumulagio, Ora, o conjunto p(C) om $ sord, infinite, logo tom um ponto do acumiagio x, on S, © como po *G do tum corjunto Zinito do pontos do 8, un a0 nanos oa pontos do p™ Ma, ) soré ponto do acumulagio do C, Roclprocanonte, so S é compacta, o minoro do folhas 6 finito, Do fato, so nio foase, tomado o conjunto Infinito dos pontos % que Bo projotan min nosno ponte'x nao excopeional, dsso conjunto toria un ponto do acumlagao #3 ora &, ao projotaria taubén on x, 0 por outro lado qualquer vizinhanga de %, conteria pontos distintos de %, que se projetarian em x, 0 que 6 absurdo, Um recobrimento pt 8 -»S 6 um homeonorfismo local. Se $ for compacta, vale a recfproca: Propogicko 17, Sejan 8 o S$ duas variedades topoldgicas cone= xas de Gimonsio 2, © soja puma aplicagio cont{ma do 5 om S que 6 un. homoomorfismo local; so $ for compacta, p: S—*S & un recobrimon~ toy De fato, sojan Bay eeky 9 g8 pontos, on minore finite, quo so Brodetan mm ponto P do S, sojam ‘Uys seestly viginhengas disjuntas de Pyeng teie quo amt, (1 = 1,,..)n) a rostrigho do p soja um honoow norfisno, Vanos nostrar quo oxisto una visinhanga U do P tal quo todo 9 ponto do § quo se projota on U pertonco a T= aa] u, « Gago contra~ rio oxistiria una soquéncia do pontos Qj, < convordettte para Py tal quo sébro cade 2 Q; oxiste polo nonoa un ponte @ quo portonoo a 5-4, com no BS compacto, os pontos a toriam un ponto do acumilagio por tenconte a ésso conjunto, Pola continuidade do p: 3 Ss, ‘3 so pro~ jota on P, o quo 6 absurdo pois PAP, (1% Lysseyn)e Soguowso gue @ visinhanga, un py (iy) n Pallig). Op _(8,) ) 6 admissivel, ~ 5B Podonos dononstrar ainda um proposigio mis goral: Enonosiclo 18, Sejan 3 9 S duas variedades topoldgicas e pt SS um aplicagiio cont{ma que é um honeonorfismo | local salvo mua nimero finite de pontos de 8; se 8 for compacta, pt 8->S $ un recobrinento rani fieado. Esta proposigho segue facilménte da anterior, 4, Seja agora S a superf{eie de Rienam do uma * fungéo f,, definida numa regifo RCE, Existe enté una ‘fungao. £ definida em S que éo prolengenento analftico de £ ‘9? © do agora om diante, quando dissornos que S 6a auporffcie do Rionann do uma fungéio f, ontonderenos quo f & §4 0 prolonganento a tada a superffeio $ do olonento. de fung&o avo dou origom a S, dontlo, pola dofinigio do suporffeic do Ricmann, £6 moronorfa on S, Quorotos oxaminar particularmonte 0 caso on que 36 compacta, Tooroma 6, Soja S a suporf{eio-do Riomann do um fungio f, soja i: S— Ea projogéo do 8 na osfora, o uma fungio moromor= fa en 8. Suponhamos ainda que S seja compacta. Entdo existe um poli« nomio Q(x,y) irredutfvel tal que QC (p), A (p)) = 0 para todo p € 8,. ea menos de un fator constante 0 polindmio Q(x,y) & tnicos . Penonstragio, Provaremos om primeiro. lugar que a projegio Xs SoH 6 un recobrimento ramificado de Ey Ora, seja To conju to formado pelos pontos do raniticagio def. [6 finite sos 6 compacta o om S~I", a projegio \ gum homconor fimo local, logo, pela proposigto 18 tones um rocobrimento ramificado de \(S), basta provar quo \(S) = B, Mas (8) um aborto om B, pois 6 un homoomorfigmo local amS~ Ty, 0 sep é um ponto do ramificagéo de f oxiste sompro uma virinhanga do p quo 6 lovada numa visinhanga de A (p), Por outro la~ do \(S) 6 compacta, logo fochada, on E, Ents (8) = B, = 596 Pola proposigée 16 0 rocobiimonto \: S -» B ton um mitioro finito de folhas, seja n osse immero, Seja agora To Conjunto formado pelos pontos de Ts made 08 polos de Y e pelos pontos qué se projetam pela \ em Poy © seia, EE, sy¢ )(P), Tomenos una visinhanga admissfvol U a6 3, 8 con Sidoranos as flingses & aursses Py dofinidas om U de seguinte m~ neira: Dado um ponto #€U, totionos para cada um dos 4B pontos Pry ees, oS que se projotam om x uma vizinhanga on quo { soja holonorfa, Componds 17] 0 com a rostrigio do “W @ cada une dossas visinhangas, dofinines on Un dmgses YayeeeeeP aye . Sojam Tyy,e0+y Ty a8 n funcdos siudtricas clomontares dos= sag fungoes @ ponhams BEE XP) Dadas duas visinhangas admiss{veis U,V CB’, an Ue V estio . dofinidas respectivanento Payson Gay © Pays. oo Pays em UNV ovidentemente dada yy vai coincidir com uma P sy donde a6 fungdos sinétricas T yy ¢ Tyy coincidon, para i=1,,,.,n, Entdo tenos n fimghos Tyy.+4, 0, dofinidas 0 holomorfas om B= E- X(T), Com 0s pontos do \(I") sfo om minora finito,. silo singularidados isoladag das fungSes T, 6 portanto ou singularidados romovfvois ou polos, As fungdes 0 sfo pois moromorfas om toda a esfora, logo sao fungsos racionais; R, (2) = Be T= zG) sondo R,(2) © T,(s) polindmtos, Consideremos agora a seguinte fungio: (ue = Py) = Pp) ore) £ um polindmio om w cujos cooficientes sto os 7 (3), que sio fungdes racionais de 2, Soja a,(s) o minino miltiplo comum dos denominadores ~O~ 1, (2)5 entao : __lotyn) = (5D Uy) (vm G2) sole 2) 6 um polindmio en we 2 © temos evidentencnte PCR (p), A(p}) = 0 para todo p@S- I", Ona, a funcdo P()(p), A (p)) send mula om $ exceto num conjunto discreto de pontos, 6 idénticamente mia en S. Provamos pois que existe um polindmio P(w,z) tal que PC (p), A(p)) = 0 Ainda.mais, o grau do P on w é igual ao mimero de folhas do. reccbri« mento, 0 polinémio P(w,z) nao é necessariamonte irrodut{vel, Mas so touos wm polinomio P(w,z) o uma fungdo analftica (2) definida mame vininhanga V de um ponto 2, da esfora o tal que P(Y(z),2) = 0 Voev ontdo oxisto um fator irredut{vol do P que goza da mesma propriodade. Do fato, so P= Py...P, 5 a docomposigéo do P on fatoros primos, pa- ra cada # € V toranos P, (i) (2),2) = 0 para algum i; um dos Py so anu~ Jaré ont&o para infinitos pontos do V, logo so anularé idonticamonte nv, Existo pois um polinomio irrodut{vol, do grau B, Resta provar que ésse polindmio é tmico a menos de um fator constante, Demonstraremos entio: Broposic#io 19..Dados dois polindmios Q,(w,2) ¢ Qo(w,2) irre- dutfveis, se existe uma fungio @ (2) analf{tica mma visinhanga V de 3, € B tal que (P (2),2) = Qp( (s),2) = 0 para todo w € V entio Q, © Q, diforem por um fator constante: = oy o#0 ~@- Em outras palavras, um olomonto de fungio néo podo satisfasor a duas equagdes algébricas ossoncialmonte distintas, A dononstragéio se bascia no goguinte Loma 1. Dados dois polinémios P(x,y) © P'(x,y) primos entre si existe somente um mimero finite de valores X, para os quais P(x,,y) = 0 e P(x) = 0 tém uma rais comm, . Demonstago, Ordenemos P e P! segundo as potencias de y e Beja P(x) = ag) y+ ale) P+ + aL PH(xyy) = bya) y # Bg(x) P+ A, + AG) ¥ultiplicando se necessério P por uma poténcia de b,(x) podenos es~ erever Fy = g(x) P= a.Ph + Ry onie q, © Ry séo polindmios em x © y, eo grau do Ry omy 6 m Andlogamente podems oscrever Spe 05 Pt = aR + Ry ‘ dy Ry = apy * Ry © assim por diante, Como os graus dos R, om rolago a y vio docroscon do, chogaremos finalmonte a Bg) Reg = Moor Pea * Re onde Ry, & um polinomio sd om x} como Pe P! sio primos ontro si, Ry nfo podo ser idonticamente nulo. Pela construgdo, See polinomio Ry(x), dito rosultante de P © P!, pode ser roprosentado na forma (3.2) Ry (x) = p(xpy) P(x,y) + pt (xyy) Pt(x,y) a . = 62 = onde p e p! sao polinomios om x © y, Ora, so tivormos para X91 Ty dados Plxgp¥q) = PHxyy¥Q) = 0 de (3.1) segue R(x) = 0 © como isto 86 acontece para um miuero finito de valores Xqr 0 lene esté denonstrado, Voltenos & proposigio 195 sendo Q,(w,a) © Qp(u,x) trrodutl. veis, ou éles diferem por ua fator constante, ou sao primos entre al. Nesta segunda hipstese, o resultante R(n) nio 6 sdénticamente mo, Ora, se tivossemos (1p (2) ,2) = AoC (2) 42) = 0 para todo 2 € V viria R(z) = 0 para todo 3 V © que é absurdo, Entdo a proposigdo esta domonstrada, o que complote @ douonstragéo do teoroma 6, A fungZo ) do teorema 6 pode ser om particular a prépria fungfo f, pois esta 6 moromorfa em sua superficie de Riemann, Vemos assim que se @ auperficie de Riemann de uma fungao f & compacta, existe um polinémio irrodutiel Q(x,y) tal que Q(f(p), \(p)) = 0 para todo p € S om que fe A nao sejam infinitas, e Q 6 tnico a menos de um fator constante, 5. Domonstraremos agora a recfproca do teorsma 6, isto 6, que so f satisfaz a uma equagSo algébrica, sua suporficie de Riemann 6 compacta. Precisamonte, tomos: Teoroma 7. Seja P(w,2) um polinémio om we 2, irrodutivel, © suponhamos quo numa visinhanga V do un ponto 2, ostoja definido um elemento do fungdo w(z) tal que -63- P(w(z),2)=0 para todo 2€V Entdo:1) a superficie de Riemann § de W(z) 6 compacta; 2 se w,(z) 6 um elemento de funcéio definido numa vizinhanga vy de um outro ponto 2), @ tal que P(w,(2),2) = 0 para todo z€V, w,(z) poge ser obtido de w(z) por prolongamento analitico, Demonstrsgéo. Para provar 1) bastard demonstrar que a a aplicagdo A: S—>E 6 um recobrimento ramificado da esfera com numero finito de folhas. Usaremos na demonstragdo o tee rema das fungdes implicitas que enunciamos: Lema 2. Seja F(w,z) uma fungdo analitica em we z ao redor do ponto (9425) e suponhamos F(w 5925) =O B'(w, 125) #0 Ent&o existe uma e uma sé fungdo amalftica numa vizinhanga V de 2, tal que F(w(z2),2) = 0 para todo 2 eV e Wy = w(Z,) Uma demonstrag&o déste teorema encontra~se, por exem plo, no livro de Ahlfors "Complex Analysis", feita para o caso em que F é um polinémio, mas valida em geral. Dado agora o polinémio irredutivel P(w,z) mostremos que sé existe um numero finito de valores de z para os quais P(w,z) = 0 Pi(wsz) = 0 tém uma raiz w comum. De fato, Pi tem grau menor que P, logo, como P 6 irredutivel P e P! s&o primos entre si e o lema 1 se aplica. Zm outras palavras, existe sé um nimero finito de valores de z para os quais P(w,z) = 0 tem raiz miltipla em w, gue so os pontos onde a resultante R(z) de Pe Py se anula, Ponhanos P(w,2) = aj(z)w? + ay(aywe? +... + ag(z) e consideremos o conjunto T= (efu(#lR 2) o}u { a}a, (2) =o} ems Mostremos em primeiro lugar que w(z) pode ser prolonga da ao longo de qualquer caminho em HE ~J'. Para isto, obser vemos que para tedo # E ~j' existem n elementos de fungdo distintos wy (2), vaey Wy (2) definidos numa vizinhanga de Z e satisfazendo PCW, (z),2) = 0 (isl,+++,n) De fato, como Zf7", P(w,2) seré de grau n em we terd raizes distintas %,, ... , H,. Aplicando o teorema das fungdes im- plicitas (lema 2) a cada par (W552), resulta que existem n elementos de fungéo w,(z) satisfazendo 4 equagdo © definidos numa viginhanga de z. : Para mostrar que w(z) pode ser prolongado a qualquer ponto % @ E-f', tomemos um caminho ligando 2,8 % e contido em E-[. Seja ésse caminho dado pela aplicagdo § = J (t) de Tem E tal que ¥ (0) = Zor YQ) = 2, e seja t’ o extremo superior dos pontos téI tais que o prolongamento de w(z) deo 2, a X(t) seja possivel ao longo do caminho Y¥, & imedia to que o prolongamento estd definido em ¥(t'), e deve coin cidir com um dos elementos de fung&o definidos numa vizinhan ga de X(t!) © que satisfazem 4 equagdo. Se t'< 1, nessa vi- zinhanga cairiam pontos ye com t>t', para os quais pode- riamos entao prolongar w, o que esta em contradic&o com a definigdéo de t’. Entéo t' = 1 e podemos prolongar w(z) ao longo de todo o caminhoY¥. Fica também demonstrado que ca- da ponto de E-T'possue uma vizinhanga admissivel em relagdo a aplicagéo A: SE. ~-65- Vejamos agora o que acontece nos pontos deT'. Conside- Tefos em primeiro lugar ua ponto Z, tal que PCw,2,) = 0 te- nha raiz miltipla em w, isto 6, tal que R(z,) = 0, mas supo nhamos a,(z,) 40 e By f Por Como J! sé contém um ntimero finito de Pontos, existe u- ma vizinhanga V, homeomorfa a D, de z, que néo contém ne ~ nhum outro ponto deT', Seja entdo 2 EV, 2) # 2%, © conside— Teulos wi caminho fechado a em V partindo de 2, que ndo pas sa por 2, e que dA uma volta ao redor de z,*. Em 2) temos n elementos de fungio Wyye++yW, que satisfazen 4 equagdo P(w(z),2) = 0, Considereaos um @éles, seja W11 © faganos o prolonganento ao longo de a. Ao voltar a 2 obtereaos. un os elementos w,,...,w, © se continuarmos o prolongamento dando Voltas ao longo de a, como nfo temos sendo n elementos dis- tintos,ao fim de no ndximo n+l voltas ua dos Ww, ao menos te ré aparecido duas vézes, Ora & fécil ver que o priueiro ele uento que se repete é o w, de que partinos. De fato, supo ~ nhawos por absurdo que fosse un w, 4 Ww; 0 primeiro a se re- Petir, e consideremos os elewentos obtidos sucessivamente a 6 w, se repetir: Wy yee Wy yee gMy © por hipdétese w, n&o comparece entre as duas aparigdes de wy, A sequéncia acima astra que o prolongamento de Ww, de a” repetido um nimero suficiente de vézes nfo é tinico o que é absurdo, . Suponhanos ent&o que w, se repita pela primeira véz a0 fim de k voltas, Mostrareaos que se V é conexa, na superfi- ¥ Seja Do disco D menos a origen. Seja y’, a circunfe réncia X = reos2TTt., ¥ = rsen2]Tt, O4t <1; Direuos que u- wa curva Yea D ad n (n % 0) voltas ao redor da origea se ¥ for honotépica a yf {0 » De tato, seja ag lin - 2 ——— =f#0 zz, (2-25) Swponhamos por absurdo que (2-2 o) 'w(z) fosse ilinitada neg sa Sononente conexa, entéo existiria uia sucesszo Bi seeey ” 0 Nah ane raya) 4-2, segundo essa sucessdo, para todo Syl. Dividindi a e- guagéo PCw(2),2) = Opor (2-2,)"w%(2) vem a, ay note tivesse limite 0 para Bo 2 ae ee eo ry ry (2-2,) (a2, )7w (2-2,)"w @ fazendo 2 tender a 2, segundo a sucessdo 4z,} vea a, lin oe =0 B72, (2-2) © que & absurdo. ogo, Z, € no mdximo wa polo de ordea m pa ra w(z) e ent&o z€X(s). Suponhanos agora que se tenha ao mesuo teupo R(z)= = 0e a,(z,) = 0. Entad ua racioc{nio andlogo ao feito ea cada caso Separadanente mostra que: a) existe una vizinhan ga V de 2, tal que uma componente conexa qualquer A de (V) a4 ua recobrinento ranificado de V com niuero finito de fo has, que pode ser wniformizado pelas equagdes w= w(t) : sendo w(t) regular ea b; >) a origeu 6 no aéximo ua polo @e orden a de w(t), sendo a a multiplicidede da raiz 2, de a,(#). 0 Ultimo caso a considerar é o de py. Cowo nos casos anteriores pode-se mostrar que py, possue, una vizinhange V tal que qualquer componente conexa A de Xtv) a4 um recobri aentp raaificado de V com ua nawéro finito de folhas, que pode ser unifornizada por um par&metro t tal que aoe w= w(t) sendo w(t) regular numa vizinhanga da origem excluida @ ord gea. Provaremos que w(t) tem quando muito uu polo na origem. Sega k, 0 grau do polinouio a,(z) e seja ard (,-k,) para r21; Vauos mostrar ave te(t) & tiniteda na origea, Supomhamos que ndo fosse; oxistirie ent&o uma sucessdo tj, seeestysees—v@e tal que zea tavesse liaite 0 para t tendendo a 0 segundo {t,}. Entdo para l¢rgn . 1 lia ———- = 0 wet) ee CR KG) para t-»0 segundo a sucessdo {e,}- Mas se om a,(z)w tee tag(z) = 0 substituirmos 2 por t™, dividindo por w* podewos por na forua be b. > 2 2 wep ot mc te + ee - 0 tio gtly ohn onde b(t) = tr .a(e) s&o polonomos eu t. Nultiplican do por t™€0 © fazendo t tender a 0 segundo {t,} vea lia bo (t) = -69- isto é, tin 20%) 2-poo © que é absurdo, pois x, é 0 gradu de a, (2). Entdo p.,é no maximo ua polo de w(z) dtonde tembén RS € ACS). Mostramos assin que 1: SE é ua recobrimento da & fera téda e que & ua recobrimento ramificado cou nigero fi~, nito de folhas.S 6, pois, compacta, o que nos a4 a primeira parte do teorena, . Para demonstrar a segunda usauos a hipétese de ser P(w,2) irredutivel. 0 nimero de folhas do recobriuento é no wdxime n, pois todo prolongamento analitico de w(z) deve sa tisfazer 4 equag&o P(z,w(z)) = 0. Por outro lado, se o nitive ro de folhas de A: SB é u, o teorewa 6 a4 que una fungdo nerdaorfa sébre S, om particular a prépria w(2), deve satis fazer a uma equagdo irredutivel de gréu < a. Como a equagho irredutivel é inica, n¢n, d'onde n= a Seja entdo 2'¢ Hc )(z) um elemento de fungdo definido numa vizinhanga V de z' © tal que P(z,@,(z)) =0 para todo ze Sébre un ponto'zeV, 2/fleXisten n pontos,de. 8 que sé-projet tau "eu z,logo n elenentos distintos WyyseeyM, satisfazendo & equag&o e que sdo prolongamentos de w(z).) (2) necessdria mente coincide com um déles,o que termina a demonstragSo do teorena, - ~ Observagéo 1. Dada a equagdo P(z,w)=0 podemos conside- Tar w como varidvel independente, En correspondéncia obtemos una superficie de Riemann S,, de z como fungdo de w que é a- naliticanente equivalente 4 superficie de Riemann de w cono fungdo de z. ~ Observagdo 2, Vimos que se para um ponto 26E a equagdo P(2,,W)=0 tem raizes wiltiplas,existe uaa vizinhahga U de 2, tal que para cada componente conexa A deX'(u),A: AU 6 um recobriuento ranificado de U com nimero finito de folhas. Surge naturaluente a questdo de saber que relagdo existe en tre o ntimero de folhas do recobrimento e a uultiplicidade das raizes de Pla, yw). -70~ Seja entdo w, uma raiz de P(z,,w) = 0.de aultiplicidag de h, U uma vizinhanga conveniente de 2, ea EB e considere- mos a componente conexa A de \(U) que contém (ay ymy)> Mostremos que se Pi(z,,w,) # 0, entio o recobrimento ramificzdo : A->U tem exatamente h folhas. De fato,seja k o némero de folhas, entdo existe uma representagdo para~ métrica do recobeimento dada por z=2,+tk We 4 bt ted, Por outro lado, de Py (2g 1%) # 0 segue que podenos dg terminar waa fungao (e uma sd) z = 2(w) analftica numa vi-~ zinhanga de w,, satisfazendo 4 equagfo P(z(w),w) = 0 etal que 2(w,)'= z,.Da hipdtese que as derivadas de P com rela- ¢a0 a w até a ordem h-l s&0 nulas no ponto (251) & que Py ndo é nula no meso ponto, segue que a primeira deriva- da néo nula de 2(w) no ponto wy é também a h-ésima, Logo PQ deaos por 4h (1) Zeast ay (wy) tives ay f 0 Fazendo agora (@) z- 2, = podemos deterainar 0s coeficientes b da série ; » @) Wem = Ziv,t de modo a satisfazer (1). (2) © (3) podem ser consideradas como equagdes de ua recobrimento XL: A-—»U com h folhas, d'onde k = h. Note-se que em (3) by #0, portanto o desen- volvinento (3) é univocamente determinado, pois dado (3) dodemos tirar t como fungdo de w, t = t(w) e substituindo eu (2) obtemos uma fungdo 2 = 2(w) tal que 2,22 (mj) e€ que deve satisfazer a P(z(w),w) = 0. Como sé exisre una fungés nessas condigdes, o desenvolvingnto (3) é tnico. 0 caso Pj(z,,w,) = 0 exige uma andlise mais delicada; veja-se por exemplo E. Picard; Traité d'Analyse cap. XETT. capfruLo IV Topologia das Superffcies Compactas * Tntrodugio._Neste capitulo estudaremos um modo de exprimir al- gobricamente, por meio dos chamados grupos de homotopia e honologia, cer~ tas propriedades topolégicas das superf{cies compactas. Excuplos de tais propriedades sao a orientabilidade, o mimero minimo de cortes que se deve efetuar sdbre uma superficie compacta necessdrios para a transformagéo mum conjunto simplesmente conexo, ete... 0s métodos que usaremos Servirdio co- mo introdugdo & topologia algébrica. 4. Definigo 14. Simplexo euclidieno de n dimenstes 6 o menor corpo convexo que contém nt1 poatos ayy 24,--+) &, tals queos vetores By agrees a8 sede linearmente independentes. Indicamos 0 simple~ xo con a notagho (ayye++9 A.) ou © (ayyeeey Ay) OU ainda 6*(a, 5000) 8,)+ Exemplos: ponto, segmento, triangulo e tetraedro sao simplexos de dimensao 0, 1, 2, 3 respectivamente. tT) os, Un simplexo de dimension determina automaticanente ( ) sia plexos de dimensdo k que chamamos suas faces de dimensio kj @ Hide que nao contém os vertices a, Byres serd indicada por (2)s009 Ayseers ay, sso) O,)+ Os simplexos de dimensSo 0 chamam-se vertices, os de dimensao 1 erestas. Convencionaremos considerar o conjunto vazio como face de sin- plexo para formar de modo mais simples certas propriedades. . Definicgo 15. Num espago totpolégico dizemos que é dado un sim- plexo fopoldgico quando é dado um conjunto homeonorfo a um simplexo eucli- diano, juntamente com as imagens das faces dste pelo homeonorfismo. As imagens das faces chaman-se faces do simplexo topoldgico. Exemplos: um arco de curva, um disco com 3 pontos dados sobre a circunferéncia. Definigio 16. Decomposicho simplicial de um espago topoldgico, ou triangulagdd, 6 um conjunto de simplexos topoldgicos do espago com suas -72- faces, tal qe: 1) todo ponto do espago pertence a um ao menos dos sine plexos; 2) a intersdegdo de dois simplexos é uma face de cada um deles; 3) todo ponto tem uma vizinhanga que encontra apenas um nimero finito de simplexos. Dizemos que dois simplexos de uma decomposigao simplicial sao in- cidentes se sua face comm nao 6 o conjunte vazio. Exemplos: a) o perimetro de um triangulo b) a coroa circular com a triangulagéo dada na figura 1. hi c) qualquer conjunto. finito de pontos 4) um conjunto qualquer de faces de um simplexo, por Fy exemplo, o conjunto das arestas de um tetraedro ou © conjunto de suas faces. Figura 1 A condigao 2) exclue situagdes com as representadas nas figuras seguintes: rk & OO A condig&o 3) exclue por exemplo o caso seguinte: Definicio 17. Um espago. topoléwico é trianglgvel se admite uma decomposigao simplicial. Exemplo de espago que nao 6 triangulavel é 0 definide por y = sen 2, pra o) cortando em seguida segundo uma ge~ vatriz obtenos 4"). oe _9L_ 4 an) e) Observacao 1. Devido @ identificagdo as curvas abaixo sao cur- vas de Jordan fechadas respectivamente na coroa, na faixa de MUbius e no toro (figura 3). pw] EE 77-4 Figura 3 7 Observagso 2, 0 plano projetivo do qual retiramos um disco a~ berto 6 honeomorfo a uma faixa de Mobius, Podemos denonstrar isso cortan— do convenientepente o plano projetivo menos o disco e identificando também de modo conveniente as arestas iguais (figura 4). Jt ALS. £i\ \o/ Figura 4 - 15 = Exercicios. 1) Demonstrar que a figura 5) é uma decomposigSo simplicial da esfera. ‘Idem para faixa de MUbius, figura 5'). LN Figura 5 Figura 5' Y Porque as figuras seguintes no representam decomposigses sim- pliciais? (figura 6). SIN = Figura 6 2) Demonstrar que as seguintes triangulagdes do plano projeti- vo néo séo isomorfas (apesar de terem mesmo mmero de vortices, arestas e faces) (figura 7). D_S Denonstrar que os dois complexos simpliciais seguintes sao isomorfos "eign 8). (o plano projetivo do qual fol retirado o he~ xégono interno). Figura 8 4) Seja E um complexo simplicial. Demonstrar que as seguintes propriedades sdo equivalentes: a) [Bl é conexo . b) dados dois pontos x ey quaisquer de |E|, existe uma sequéncia finita de simplexos Ayres Ay tais me xe Ay, x eA, -% - e Ay & Ay,, sao incidentes. c) dados dois vértices a, b quaisquer de B, existe uma sequéncia finite de arestas Ays.++s A tais que a 6 vértice de Ay Vértice de A, © Ay, Ay, 940 incidentes (dizemos entdo que existe um caminho de arestes ligando ae b. @) no é possfvel decompor 0 complexo simplicial em dois conjuntos de simplexos sen faces comuns. 5) Seja E um complexo simplicial. Demonstrar que sdo equiva- lentes as seguintes condigées: , ' a) oespago |E| é compacto b) B so tem um nimero finito de simplexos. 6) Qualquer conjunto aberto do plano, ou mais geralmente do R”, pode ser triangulado. 7) Um espago de recobrimento de um espago triangulavel é trian- guldvel (lembrar que a reunido dos simplexos incidentes com um vértice da- do forma uma vizihanga simplesmente conexa do vértice)/ 2. Chamamos superficie a uma variedade topolégica a duas dimensées (cf. definigho 1, cap. I). superficie triangulada seré una superficie munida de uma decomposigao siriplicial. Definic&o 18. Dada uma superficie triangulada K chama-se ci- elo’a ua sequéncia A A,A pn + A nae onde os Ay Bao tri Angulps e os A, arestas, todos os AV eos A incidentes commesmo vér= tice, etal que Ay,, seja aresta de Ai @ Bua Digz-se que o ciclo @ fechado se Ay, = Teorena 8 Seja K uma superficie triangulada. Temos: 1) ca— da aresta ¢ face comm de dois e apenas dois triangulos; 2) ‘0 conjunto das arestas e triangulos incidentes com um vértice dado forma um ciclo fe- chado. Reciprocamente, um complexo simplicial de dimenso 2.emque estdo satisfeitas as condigdes. 1) e 2) 6 uma superficie triangulada. “77 - De fato, seja K uma superficie triangulada. Para verificar 1), basta observar que dada uma aresta, tomando sobre ela um ponto. interno, é- le terd uma vizinhanga homeomorfa ao diseo, donde conelufmos que a aresta incidente exatemente a dois triangulos. Por outro lado, dado um vérti— ce, 80 existe um nilmero finito de simplexos incidentes com Sle; partimos de uma aresta Aj, tomamos um tridngulo A, incidente a Aj, eassim su- cessivenente, formamos um ciclo Ay Aj Ayes» AnAng, que sera fechado, pois se A,,, # Aj, 0. vértice nfo teria vizinhanga homeomorfa a0 disco. Ainds mais, ndo pode haver mais de um ciclo fechado incidente aomesmovér— tice, camo no. caso representado na terceira das figuras abaixo, pois sendo tambén nao existiria uma vizinhanga homeomorfa ao disco. Portanto, a con- digdo 2) esta verificada. Reclprocamente, se as condigdes 1) e 2) sao satisfeitas, cada ponto tem uma vizinhanga homeomorfa ao disco, eco complexo simplicial de Gimensdo 2 6 entéo uma superficie triangulada. um problema aberto ha muito tempo o de dar uma caracterigagao andloga para triangulagdo de uma variedade de dimensao 3. Bxercfeios: 1) um segmento, o bordo de um triangulo, trés tri- @ngulos incidentes a wna aresta nio sao superficies. 2) Chamamos guperficie com bordo a um complexo simplicial de di- mensao 2 em que estao satisfeitas as condigdes: 1!) cada aresta é face de um ou dois triangulos; 2") o conjunto dos simplexos incidentes comum vér~ tide dado forma um ciclo (feckado ou nao). Exemplos: coroa circular tri- angulada, faixa de Mobius triangulada. I -~ Seja K um complexo simplicial de dimenséo 2; Sao e- quivalentes as seguintes condigdes: a) K é uma superficie com bordo = 78 = b) ‘todo ponto de |K| tem uma vizinhanga homeomorfa a um dis- co ou a um semi-disco, TT - Numa superffcie.com bordo K sao equivalentes as se- guintes condigdes: a) |x| -conexo b) dados dois pontos quaisquer x,y, existe uma cadeia de tri- Angulos Ayprod, teis qe xeAy veA, e Ay Bue 80 in- cidentes. 3. Simplexo euclidiano orientado. Um segmento (x,,x,) pode ser orientado de dois modos, de x, @ x, ‘ude x, a x,. Do mesmo modo um simplexo euclidiano de dimensio 2, de vértices Xg9%4rX__ pode ser orientade de dois modos: (25594 9%) ou (ays 2%q9%_) ou (yp 2% ) © orientagdo contréria. De modo geral: Definigdo 19. Dado um simplexo euclidiano de vértices x,,..-, X, Chamamos de orientagio do simplexo a cada wma das classes de permta- gao de seus vértices. Convencionamos indicar com -(x)5+++)%,) OU sees (9 x)! o simplexo (x, y%,) com a orientagdo contraria. Por- tanto = (%ysx4) = (49%) A um simplexo de dimensio 0 associamos dois s{nbolos orienta- - 4x, = x. dos, .-x, © +x, = x, Orientecio indugide (por um simplexo de dimensdo n orientado 66 bre suas faces de dimenséo n-1): Dado um simplexo orientado (x,,x,,x2) Gle induz en suas 3 faces as orientagdes (x,sx,), (49%) © (Xp)x,) res— pectivamente. %, De modo geral, definimos: LN % Ea Dado um simplexo orientado (x,9x42+++5%,) a sua i-Gsima face de dimensio n-1 orientado @ (H1)* (ayy aeesgyne sty -9- # fScil ver que a definigdo independe das permutagdes numa mes— ma classe. As faces orientadas de (x94) por exemplo sto -x, @ X4° Definicéo 20. Superficie-orientével. Dizemos que uma superf{- cie é orientavel se é poss{vel orientar os triangulos de uma decomposigao simplicieal de tal maneira que os dois tiangulos adjacentes a cada aresta induzam nesta aresta orientagSes contrarias. Dizemos entdo que a orien- tag&o dos triangulos é coerente. A definigSo é independente da triangu- lag&o particular considerada. Gomplementos, Uma superficie com bordo se diz orientavel se va- Je 9 condigéio acima pam as arestas que séo face comum de dois triangulos. Chamamos seandasts 4 desorientadora de uma superficie (com ou sem bordo) a wma sequéncia Ay Ay 4) Ap--- Ay Ay: onde Ay & face commde A, , e Ap e tal que, bresto para Ay, as orientagées induzidas por dois tridngulos com arests comm nesta aresta sejam contrarias, © sébre Ay, as orientagdes induzidas coincidan. Bxerefeio: Denonstrar que wma superficie (com ou sem bordo) & no orlentével se e stmente se existe uma sequéncia desorientadora. Exen- plos de superffcie indo orientavel sio a faixa.de Yobius e o plano proje- tivo, - 4. Grupos de homologia De agora em diante consideraremos sempre complexos simpliciais compactos (isto 6, tais que so tém um mimero finito de simplexos, cf. e- xereizio 5, § 1). Chamamos p-cadeia de um complexo simplicial a uma combinagdoli- near formal a coeficientes inteiros de simplexos de dimensio p: : ye ea onde , indica 0 nimero dos simplexos de dimensfo p, e n€Z. Gon vencionamos que 1(-¢) = -n6 e que G+ (#6) =0. Indicamos com - oP(K,2) ou simplesmente 6°(K) 0 conjunto das p-cadelas. GP(K) tem estrutura de grupo. e = 80 ~ Definiggo 21. Operador bordo: Chamamos bordo. de um simplexo orientado.a soma de suas feces orientadas. Tndicando com /\ o operador que a um simplexo faz corresponder o Fespectivo bordo, tenos ' = DES PT Gay eesskyseerey) ino As (x, Ast=oa Para p-cadeias definimos o bordo por linearidade, pondo Ke &, A > ne? = ys nAGP ce al Teorem 9. AA P= 0 Basta demonstrar para um simplexo JP. ora: A Ae? = x Cyt AP &,, ia = y (1) { Si 6 PF Grete erase) + fee, qe Sy (alg PF (ak wpe } =o ie 2 4 a ~ Pols cada face CP meee aKiree oS ++98,) aparece duas yézes com si- nais contrarios. Definicdo 22. Ciclo é ma p-cadeia cujo bordo é mulo. Indicamos com 2°(K) 0 conjunto dos ciclos, isto é -1 2k) = AQ (0) = {eas = | # um sub-grupo do grupo C(K). Quando nfo houver possibilidade de confusio, esereverenos Z? em vez de P(x). -8e Seja ainda BP(K) = { Ak } isto é, 0 conjunto dos hordos de dimensio p. Dizemos que uma p-cadeia oP é homdloga a 0 (cP ~ 0) se cP BP (x); mais goralmente dizenos que cP ~ ct? se oP - oP BP (x), Do tecrema 4 segue que B°(K) é°um subgrupo de 2°(K) e por- tanto podemos definir o grupo BP(K) = aP(K)y BP(K) chamado p-ésimo grupo de homologia, Pode-se demonstrar que HP(«) @ um invariante topoldgico do es~ Pago K, isto é, de qualgue: priengule obi se s mo_grupo_H?. ‘Exemplos 1) Consideremos a coroa circular com a triangulagéo da figura 9, @ chamemos de u2 ® soma dos simplexos de dimensdo 2. modo que o Temos: G(A,B) + (B,C) + 6(G,A) ~ 6(a',BY) + F(BI,Ct) + 2 + 6 (0",a") pois. A (u") =.6(4,B) + 6(B,6) # O(G,4) — — 6 (A',BY) ~ 6(B1,6') = 6 (ct,A") ad . Figura 9 6 (A,B) + 6(B,C) + 6(a,4) 6 um ciclo mas nao um bordo. De fato, so tivéssemos uma cadeia de dimenséo 2, 0”, tal que AG = 6 (4,8) + 6(B,0) + 6 (6,4) entio em 0” deve aparecer o trigngulo 67(A,B,B'), assim como 67,001) ee 6 *(oya,ar). ~ 82 = Entdo Para desaparecer a. areata (A,B!) sanben 6 *(aBtyat) - deve aparecer em 0°, ben como 6(B,61,B1) © 6% (G,A',A) e€ 0 bordo de o? conteré tambén 6 (BY,A') + 6 (ACY) + 6 (0,B"). 2) Gonsideremos o triangulo ABC como interior. Temos: ¢ © (A,B) + 6(B,c).~ 6 (A,C) G (A,B) + 6(B,C) - G(4,c) ~ 0 4 6 6 (A,B) + G(B,C) + 6 (C,a) ~-0 iste 6, 6 (A,B) + ©(B,C) + (C,a) 6 um dorado, pois AT (ABC) = 5 (A,B) + 6(8,0) + 6(c,a) 3) Consideremos agora 36.0 perimetro do triangulo. Ent&o: Soo4 6 (A,B) + © (B,C) + (6,4) 6 um ciclo, mas néo é um bordo. 4 é Observagio. Se S é uma superffcie com- Pacta orientada, e se indicarmos com u~ a 2ucadeia formada pela soma dos simplexos de dimensio 2 coerentemente orientados, entéo /\ ws oO, pois pela hipdtese de orientagdo coerente cada lado aparece duas vézes com orientagdes induzidas opostes; notemos que w> nfo um bordo. pois nao existem cadeias nao triviais de dimensdo maior que 2. Ainda mais, se oo ém 2-ciclo, entio 0° =. nv, pols se um dado simplexo de dimensiio 2 aparece en O”n vézes, deduzimos sucessiva- nente que todos os outros aparecen tanbén n vézes, pera quo o berdo soja nulo. Portahto 2°(S)#Z © 3°(s) = (0), logo, H(s) az. # imediato que se S for uma superficie (compacta) nfo orienta— vel, entaéo #(s) = (0) e portanto H°(8) = (0). Isto nos mostra que o grupo H” determina se uma superffoie compacta 6 orientével ou néo. Bxeref{cio: Demonstrar que se S 8 uma superficie com bordo en- tio H(s) =.(0). Proposic&o 20. Se K é um complexo simplicial (finito) conexo, - 83 - entao H(K) AZ. Demonstragdo. Tomemos.um vértice x, qualquer; pelo. exereicio 4 do § 1, dado um outro vértice y qualquer existe uma j-cadela co’ tal que Acl=y-x,, isto %, yw yg. Portanto, qualquer 0-cadela - (que @ dbviamente O-ciclo) -é*equivalente a nx,) isto, 2°(K) % 2. Por outro lado, B°(K) =.(0). De fato, sejam Xypreeo%, 08 VER tices de K, ese Coan x, +o ty, definimos (6°) =. nj. & imodiato que se 0° @ um bordo, isto @, ce =Acl, entéo (0°) =.05 basta verificd-lo para f-oadeias da for— za 01 = 6 (x,y). Portanto se “nx, = A (c'), n=0, logo. BK) = (0). Observag&io.. Se K tem’ "p, componentes conexas entao H°(K) w 20, Isto é consequéncia particular do fato que se K @ soma topoldgica dos complexos K, © Ky, ent&o HP(k) 6 soma direta de P HP(K,) @ HP(K,). Resta pois calcular o primeiro grupo de homologia das superfi- cies compactas. Comecemos com o céloulo para a esfera e o toro a duas di-. mensées, a) Galcwlo de a'(s*). considerenos a triangulaglo da figura 10 ¢ seja ay = 6 (Hy%4) + Clap r%y) + F (xQ5%,) + # imediato que qualquer -ciclo *e < % homilogo a nu,$ por outro lado ay = AG (x,2% 45%) » Figura 10 jogo a '(s*) =. BY(s*) ¢ portanto u(s*) = (0). »b) CAleulo. de al(r’). Consideremos a triangulagéo da figura M1. = & = # f8ei1 ver que qualquer ‘-ciclo 6 homdlogo a na + mb, nn, néZ: basta Jembrar que ¢! sendo 1-ciclo, o nimero das arestas de o! que "che~ gam” a um vértice é igual ao das que "saem", & que podemos substituir e sucessivamente as arestas internas por a restas hondlogas até termos apenas ares- tas de aeb. Entdo 4 ae) 2 @a= #. Por outro lado seja 0” tel que : Figura 11 Ac? =-na + mb; entao se um. 2-simple- xo 6 aparece p véses en C2, raciocinio andlogo ao feito mm exemplo anterior, conclufinos que todos os outros 2-simplexos também aparecom p vézes, logo, se indicarmos com u” a. dona de todos os 2-simplexos coe- rentenente orientados, 0? = pu”, como ue =0, segue que m=n=0 jogo. B'(r*) = (0), © entéio a'(n®) = 2, Bxerefcio. P, Andicando o plano projetivo, demonstrar que al(P,)= 2/ (2). De modo geral, pode-se denonstrar que o i-ésimo grupo de homo- Jogi de um couplexo simplicial finito, £ é da forma 24 @ F om que F éum grupo finito e Py é chamado i-ésimo mimero de Betti de Ke Por exemplo, para o toro tems p,= 1, p,=2 Po=1- fis. ‘0 4 2 ses niimeros so Invariantes topolégicos pois os grupos de homologia o sao. 5. Dada uma triangulagao de uma superficie K,’ ou de modo mais geral uma diviséo da superficie em polfgonos, seja V o nimero dos verti- ces, A.o mmero das arestas, F-o mimero das faces. 0 niimero XK) = V-A+E chama-se caracteristica de Euler-Poincare da superficie. Exerefoios: 1) Verificar, para as superffcies de que foram da~ das triangulagdes diferentes, que a caracteristica de Buler-Poincaré 6 a mesma (éste fato sera demonstrado mais tarde). = 85 - 2) Verificar, para os complexos simpliciais eujos grupos de ho- mologia foram caleulados, que X(K) = p, - P, +P, (sera denonstrado mais tarde). . 6. Consideremos uma superficie orientavel, triangulada eos tri- Angulos coerentemente orientados (podenos também supd-la decomposta em po- ligonos e éstes orientados, isto ¢, dado um sentido de percurso de seus vértices; a definigdo de superffcie orientével ou ndo orientavel nio m- da quando se considerem polfgonos en lugar de triangulos). Tomemos no plano um conjunto de triangulos homeomorfos aos da su~ perffcie, © cuja forma mdamos eventualmente para permitira seguinte "co- lagem": ‘Tomamos um vértice da triangulagdo na superficie © consideramos © efclo formado pelos triangulos. incidentes com éle; colams num ciclo. senelhante os. tridngulos correspondentes do plano (mudando eventualmente ‘a sua forma). Ao ciclo assim obtido colamos sucessivamente os outros tri- angulos que ainda temos no. plano seguindo as incidéncias da triangulagio da superf{cie (é facil de ver que éste processo é possivel ajustando con- yenientemente a. forma dos triangulos). Terminando o processo de colagem teremos um grande poligono com um nimero par, 2i, de lados, corresponden— doa i arestas da triangulagéo da superficie, No grande polfgono assim obtido contamos una sé vez cada aresta ou vértice, ainda que aparega mais de uma vez. Com esta contagem é imediato que a caracteristica de Buler- Poincaré nfo muda nas operagSes que fazems sucessivamcnte. Basta ver que eBsas operagdes se reduzem a quatro operagoes elementares: 1) Criagio de um vértice: evidentemente X(k) ndo muda pois também A aumen— te de uma unidade 2) Supressfo de um vértice: Néo se al- tera. V- A, pols o vértice suprimi- do nfo é igual a nenhum outro, sendo uma vizinhanga déle. nao seria homeo- norfa ao.diseo. - 8 3) HCortet ou subdivisao bidimensional: Dp = Tp 4) "Golagem" ou consolidagdo bidimensional: _p => _ V7 Essas operagdes também nfo mdan o cardter de orientabilidade ou nao orientabilidade, que alias ja sabenos ser um invariante topolégico. Vamos demonstrar que os polfgonos planos obtidos a partir de su- perficies orientéveis podem ser reduzidos aos tipos: aa”! (esfera) att a7’ b. sees < apdya, by ape, DS by 4; (figura 12), onde aj» Dy indican arestas. 4 a Para as nao orientaveis. se pode.” Figura 12 denonstrar do mesmo modo que se pode reduzir o poligono & forma 1 A484 veer Oa, (Ligure 12") Para redugir uma sequéncia qual- . : 2 @ quer de arestas a estas féimas candnicas < ugamos as seguintes operdgdes: & T) permitagiio efclica das arestas Figura 12! TI) supress’o de um par xx’ (ou introdugdo) — ndo muda X(K), como se observou para a :operagdo 2) acima. I) Pxorx”!—> Pyrgy”' (as maidsculas indicam blocos quaisquer de arestas); aqui usamos as . operagdes 3) @ 4). TV). PxQRx —» PyRyQ’ usamos as operagdes de sub- divisio e consolidagao Ayn C3 novamente = 87 - Consideremos 0 caso orientavel: todos os lados aparecen duas véues com orientagdo contréria. Dizemos que dois pares x, x7! © y, y7! se separam e apare- cem na ordem xRySx”"ty7!, Podanos, sempre que apsrecen pares que se se- param, colocé~los no inicio da sequéncia, usando as operagoes acima: -1 Tr -1 4 ‘sy Pe yey SRQy, Pagyke ley! I ~lepo.-1 TIT - Hy SRQy] Px, ——> VyXQ A, ~ I 1 \y;'Panox, + xy xj'y7 "Pore Assim agrupamos os pares separados no inicio. Chamando Zo po~ 1igono podemos escrever onde Ke @ L nfo contém pares separados: 4 Ls xMx7 N onde. M, N néo contém pares separados; entio M= yTy' onde T também n&o tem pares separados, e assim sucessivamente; como o mimero de lados nos blocos 1, M, 7, etc. vai diminuindo, tenos certemente afinal um par 1 podemos suprimir az! ; depois yy7', ¢ assim sucessivamente, donde af'inal pet . . phyA D 4 za”! jumto; se tivermos por exemplo yzu”'y7 4 Ko ak= ape No caso orientével temos entéo, ou a forma aa™', caso da esfe- ra, ou esta segunda forma, No caso nio orientével, aparece pelo menos um par 2t; como an— tes, mostremos que pode ser. colocado no inicio: Iv Iv, x, 24 ete 2 ue pro EL ryQ™'k = yy? Chegamos assim @ forma B= kL - 8 = -onde K = ayajaoay «++ apa, e L nfo contem pares xx. Se 1. nfo contiver pares que se separam, re- petindo argumento- anterior vemos cque L desaparece; suporhamos, entao, que L contem pares que se separam, ‘Tomemos o iiltimo par em K, seja K= Kxx © seja entao : co = Wixe(PyQeR)y"'se"' SK RT Dy eet 's)a-tp, > outxRls sty (ag Phyae2,t Sax, (arigmtp-t day yeaa PR ae PO Tye oe Ray PRG 257 SORE eT oT gg PERT e assim obtemos afinal a terceira forma = apaytgay «= 85h Todas as mapprtletes compactas deram pois onigen a poligonos de uma das formas: aa”! (esfera), a,b,0;'b" «+. abjertbe!, ou aya. ++:8p8,+ Observenos que, exceto no daso da esfera, todos os vértioes do polfgono plano so iguais, como é facil verificar. Tndicando con S*, 1, eM, as suporffetos trianguladas cujo esquema plano seja respectivamente =1, as-l, aibyey ves ApPyAy Rp & 8124 ++ Syey Segue inediatanente as caracteristicas de Buler-Poincaré sao respectivamente: Ve%= 2-1412 2 Xp) = 1-2p+1= 2-2 XQ) = t-p+1 u 2-P © niimero p chama-se género ou génus da superficie. A superfi- cie esférica tem genus 0. Bxerefeios. 1) Uma esfera com p asas, isto 8, um toro comp bu- racos, tem genus ps. para demonstrar éste resultado basta calculara mudan-. - 89 - ga da caracteristica de Huler-Poincaré quando colamos uma asa (um toro) & superficie estérica. 2. Que superficie obtemos colando p faixas de MObius & super- ticie esférica? (a colagem é feita retirando um cfreulo da superficie es— férica-e colando em seguida no bordo resultante o bordo da faixa de MSbius; observemos que ambos sao circunferéncias). Observacao. Quando tivermos estabelecido a relagao entre o ge- nus de uma superficie e o seu primeiro mimero de Betti seguir-se-4 que o genus é um invariante topolégico. Ent&o segue, como rec{proca sos exer- efcios precedentes que uma superficie de genus p é uma esfera com p a- sas ou p faixas de Mobius, SO entdo ficard denonstrado que uma super— ficie de gems p e uma de genus q 4p nio podem ser homeonorfas. Géleulo dos grupos de honologis da esfera com p ssas Jé calewlamos o grupo H° de honologia das superficies conexas, @ mostramos que se reduz a (0). Também mostramos que o H° de uma su- perficie orientavel é Z, e o de uma néo orientavel é (0), Calculemsa gora o 12 grupo de homologia, . Considerencs em , a triangulagdo da figura 13 (fisemos a da figura para o caso’ p= 2, mas a demonstragdo 6 para p qualquer). Considerenos un ciclo ¢!, e mos- tremos que é homélogo a wn ciclo da for- may + nb; tet me, + nb, De fato, se C! contem uma ares-; ta interna, tomando um vértice interno de 64, como A\c'=0, pare cada a- resta que chega ao vértice ha uma que sai, e podenos substituir cada par de arestas pelo terceiro lado do triangulo, se elas Figura 13 pertencen a um mesmo triangulo, ou mais geralmente por uma cadeia de arestas homélogas que nio contem o vértice ! | | | | | - 90 - considerado. (Fig. 14). Com @sse processo, podemos substituir.tédas as a~ restas por lados externos, isto , teremos 4 see +. Orv may tabs Foes mya, tmp, xZ \ Suporhamos agora C1~ 0. Exis~ ~ Figura 4 te ent&o wma cadeia c* tal que gure 4 2 9 AC ema, + ond, + +a, + nb, Ora, se um trifingulo com Jado a, aparece m! yéues em 0”, um adjacente deve aparecer também m! vézes para que o bordo interno desaparega, e as- 2 4 = 95 an sin aj’ aparecoré também m! vones.no bordo de 07, logo m, logemente nj =m =n, =...=0, iste, ol =o, Entéo, se os coeficientes mj, D, de dois ciclos de dikensao 1 forem diferentes, ésses ciclos pertencen a classes de homologia distintas. Logo ANT) = 2O1@... © 2 =. 2? Gonclufmos. pois. que 0. 12 nimero de Betti de % é Py = 2B Quanto & esfera S*, ja mostramos que #'(S*) =.(0), portanto o 42 niimero de Betti de s* @ 0. 2-1 @ 2/ (2), portanto Pye PH 1. Dos resultados acima segue que o.gemis de uma superficie éumin- variante topoldgico. Considerando as expresses ja obtidas para P,P. 18 Pp © para a caracterfstica de Euler-Poincaré para superficies (cf. pg. 15), vem que tanto para s* como para T, eM, temos Po-Py+Pg= V-A+F= X(s). e portanto a caracteristica de Huler-Poincaré @ também um invarlante, e, ‘portante,a caracter{stica de Euler-Poinceré é também um invariante topo~ logico. Exerefcios. 1) Demonstrar que colando p asas ao plano proje- tivo obtenos Myon: | | * -91- 2) Demonstrar que colando p faixas de MObius ao plano projeti-_ vo obtemos My... 7. Talhos No plano e na esfera uma curva de Jordan fechada decompde sem— pre a superficie emduas partes. 0 mesmo porém no acontece no toro, por exemplo, onde um meridiano n&o decompoe. Dada wma superficie, chamamos de talho (retrosection em inglés e francés, rilckehrschnitt em alemio) wna curva de Jordan fechada (isto é, uma curva homeomorfa a um cirewlo) sébre a superficie e que nio a decom poe. . Observando a figura 15 venos que em T, P gonais fechadas sem pontos comms tais que a figure restante ainda seja co podemos tirar p poli- nexa, ow podemos tirar p pares de poligonais fechadas tais que cada par 86 tenha um ponto comm, 2 pares distintos nao tenham ponto comm, e que a figura restante ainda seja conexa; ou ainda, podemos tirar 2p poligo- nais que tém apenas um ponto em comm e tais que o conjunto restante ain- da seja conexo. a dy Sb Vamos demonstrar que ésse mimero de talhos 6 maximo, isto é, Teorema 10. 1, admite p, = 2p, © nio mais, talhos sem ares— tas comuns e tais que o complementar da reunido désses talhos ainda seja consxo. Semonstragio. Jé vimos que Tp admite p, talhos nas condi- g6es mencionadas. Para demonstrar que nao pode admitir talhos Kysery Kas satisfazendo a essas condigoes e com r>>p basta demonstrar que os ta- Thos kj,-.+,%, sho necessariamente homologicamente independentes, isto &, que - 92 - ~ mk, te tmk YO implica my, te =m = 0 w = ext De fato, se tems mk, + ».. +mk,~Y 0 entdo existe uma 2- wcadeia C* tal que 2 AO = mk; + vee + me, mm A\c? cada aresta 6; componente de kj aparece m, voz0s3 como ela 6 incidente a dois triangulos /A\' e /\". cada um contribui em certo nimero de vézes, seja, respectivamente, ny + mj. Portanto A’ comparece mi vézes em Ce como o complemen - ter de kV wo Uk, @ gonexo todos os outros triangulos também com— pareceréo my vézes em C*, como se verifica considerando os triangulos Amcidentes com /\! e assim sucessivamente; em particular também /\" e como a superficie é orientével, \" induz em 6, orientagdo contréria & induzida por /\' e portanto mj =- mj, iste é, mj, =0 como querfamos denonstrar. " , em com m = m+ Exerofeio Demonstrar que M, admite p=p, +1, ¢ nao mais, talhos nas condigdes acima. - 0000000 ~ M,Ohno 31-5019 S.Paulo. XR405 CAPI®ULO Diferenciais @ integreis sébre una superficie de Riemann. 1, Formas diferenciais lineares. A definigdo de formas diferenciais lineares, como depois a de for mas de 28 grau, seré dada sébre variedades a duas dimensdes com estrutura mais geral que a de superficie de Riemann, a estrutura do variedade diferen cidvel que definimos em seguida. Definicdo 23. Seja R uma variedade topolégica de dimenséo 2; su ponhamos que exista um recobrimento de R com conjuntos abertos e para ca~ da aberto U exista una fungao f£ que aplica U homeomorficamente num a~ berto do plano. Ainda mais, se Ue YV sao dois abertos quaisquer do reco brimento, com Unv é f, f e as fungdes correspondentes, f* 0 g* as restrigdes de £ e g a UNV, suponhamos que f*og* seja de classe CO ; digemos entao que R & ume variedade diferenciével de classe 0°. Dado o aberto U o a correspondente eplicagao f, por meio de f podemos introdugir coordenadas em U. Seja P um ponto no plano complexo e consideremos as fungoes x,(P) = abcissa do P e Xp(P) = ordeneda de P. Bn U estdo definidas ent&o es fungdes x,of e x,0f, que chanaremos coordenadas relativas & aplicagao f. Observemos que dados U e Y, com UNV # #, num ponte de UNV passamos das coordenadas relativas a f as coordenadas relativas 2 g por meio da transformagdo g*of, isto é, a mu danga de coordenadas 6 dada por uma fungdo de classe c™, Seja % uma fungao com valores complexos definide numa vini~ nhenga W de um ponto P€R, WCU onde U é um aberto do xrecobrimen— to aplicado no plano por f, e identifiquemos W com sua imagem por f. % pode ser expressa por meio das coordonadas x1, x, ¢ seré indicada ontao com (x,,xp), Diremos que % 6 diferencidvel de classe 0” se (x1 5x9) © for. Como a mdanga de coordenadas é feita por uma fungao de classe 0” 44 -xX- esta definigdo nao depende das coordenadas usadas para oxprimir % como fungao definida num aberto do plano. Considerenos agora 0 conjunto f % 4%, nmimeros complexos quaisquer Q : ( ) ex. = § (XM p Pot PER 2 ye Mp ePy 1 U vizinhanca coordenada de P 3 Dizemos que (045% a5P,U) wv (Bay Po Pa") - Se, indicende con x,x) as coordenadas de U, xj, xy coordenadas om U”, ‘tiveronos 1) pap x x « OX, » ox 2) eK ayo, 2 1 2 Bx * 2 Se x dx¥ oy Qxk Xe K 2,0 22 3) 2 1 xt Me BES sendo as derivades parciais calouladas em P. Este relagao é evidentenento reflexiva, simétrica (baste obser- var que o determinante do sistema linear que leva (e410) em (% 45%) é © jacobiano da transformagao de coordenadas) e trensitiva, logo é uma relagéo de equivaléncia en (). Chamarenos govetor a t6da classe de equivaléncia de ©) segun~ do esta relagao. Se P é o ponto pertencente acs elementos da classe, ai, remos que essa classe é um covetor om P. Consideremos © conjunto, que indicarehos com Dp, dos covetores en P; introdusiremos em D, uma estrutura de espago vetorial. Para is- to, observenos proliminarmente que fixeda ume visinhange coordenade U de P, em cada covetor en P podemos escolher um zepresentante na classe de equivaléncia que define ésse covetor, em que comparega a vizinhanga U. Sejam entao (2%1,%),P,0), (1,6,,P,U) representantes do dois covetores om P, A um mimero complexo. Defininos: (ys My sPaB) + (Bae @ ooPot) = (%, Fy + ayP,U) (0 44% p9Py0) = (2% ,AKQ,P,T). Et inediato verificar quo a classe do segundo membro nas duas igualdades nao depende dos representantes escolhidos, ¢ tenos entao estrutura de es~ pago vetorial en D,. Sejam x, e Xp coordenadas vélidas na vizinhenga U de P, e indiquenos com x, , 06 covetor cujo representante ‘8 (1,0,P,U), com &, p 0 covetor soprgeontado por (0,1,P,U). Da definigao da estrutura de espago vetorial resulta que s8o linearmente independentes, ¢ geram Dp, logo formam uma base. Dp pois um espago vetorial de diuensao 2 ¢ dado um covetor G em P, representado por (A,B,P,U) teremos Os om Ada) p + Bedxy p> . Definigdo 24. Se em cada PER for dado um covetor dizemos que em R estd definida uma forma diferenciel linear. Suponhamos dade uma forma diferencial G) na variedade Re se da PR; consideronos uma visinhanga coordenada U de P, sejam xy,x, coordenadas vélidas em U. fntao en P vale @ = kam p+ Bary. Ore, uma expressdo andloga vale para todo pontd de’ U; indican- do pois com dx,, dx, os covetores de base num ponto genérico de U, te- vemos para G) 4 expressao © = A dx, + B dx, valida em U, com A @ B fungoes definidas en U com valores comple- xs, Observemos que se tonarmos pata P uma outra viginhenga coordenada Y, com coordenadas x}, %5, (9 terd en V uma representagdo a oe ® = sexy + Bary $6 com outros coeficientes; mas como para todo PE UNT, (A,B,P,U) (2",3",P,7) representa o mesmo covetor, em UAT vale «Sx, dxf Aca yet? Oa al ’ (5.1) paw OS, xy 2 Be Entdo se A e, B foren diferencidveis de classe 0”, A” 0 B tame bém serdo e neste caso diremos que 6) § diferencidvel de classe C*. Ain da, se A e B foremreais, A” e 3B” também serao, © podenos dar a segninte definigaos Definicao 25. Une forma diferencial W em R diz-se real se pera todo P€R, numa vizinhenga coordenada U de P, com coordenadas %1,X_ tivernos ek ay +B ax co A 6 B reais. Definicao 26. Se 0) 6 uma forma diferencial linear s6bre R, representada localmente por OO =k ax, +B ax, chamamos forma conjugada de ) a forma ©) dada por Wo sk ax, +B xp Também por (5.1), & nao depende das coordenades locais x, Xp» depende sd de t) « Seja agora f wma fungao com valores complexos definida em R e diferenciavel de classe Cc”. Seja U uma vizinhanga coordenade, x,, XQ coordenadas em U. Em cada ponto de U podemos definir o covetor Se tomarmos outra viginhenga U", com coordenadas x), x, tere~ qe ~Be- nos também em cada ponto de U* © covetor Qf dr ag fig , Sf ex 1 * ox, 2 que coincide oom o primeiro em UAU, pela definigao da relacao de equi- velénoia no conjunto (©. A forma diferencial linear af assim definide em R chema~se diferencial da fungao f. Se f e g sao fungoes definidas em R diferenciéveis, e A, }} mimezos complexos © ZF indica a fungdo conjugada de f, temos a(A £ +18) 2 hate pag (5.2) a(fg) = g af + f ag 1 af = Of 2. Formas diferencieis linceres numa superficie de Riemann. Seja agora $ wma superficie de Riemann; S 6 entao uma varie dade diferencidvel de clesse ¢” e podemos considerar formas diferen- ciais lineares W sdbre 5S. Dado P €8, seje z vm parfmotro uniformigador definido numa vizinhange U de P. Se 2=x+iy ontao x, y serdo coprdenadas em U e podemos escrever localmente & aa de +d ay. Tambén se f 6 uma fungdo definida om 8, de clesso CG”, a diferencial de f se exprine localmente por Consideremos em particular a fungéo z = x + iy, e sua conjuge~ da =x- iy, Entéo ds = dx+ idy e di = dx -i.dy donde dz + dz az ~ a3 ae, ya 98 -¥- © portanto dz, 42 também formam uma base do espago vetorial gerado por axe ay, isto é, se w 6 uma forma diferenciel linear em S, podemos escrevar localmente OQ «A dz 4B az, Seja agore, f wma fungao holomorfa definida em 8 e considere mos 4 diferencial . bs at = Sfa, 5 Bf : ox oy Usendo a identidade de Cauchy-Riememn . 3 ae wi 2t,3£ oy bs podemog escrever (5.3) ace tarista. 22a + ey) «Bas Broposigao 21. Sejam z e 2* perdmetros uniformizadores em P ume forma diferencial linear em S, © sejam @ =A da + BE wood ae*s Baa* as representagces de G) reletivas aos parmetros ze 2%, Entdo de A=0 (resp. B= 0) segue s =0 (resp. BY = 0). ‘A demonstragao é trivial; de fato, de (503) e (5.2) vem a2 a an = 5, as donde wo <4 Sar +3 har isto 6, a az on = ass, Bea BS ag ag -49- Definigao 27. A forme 6) se diz de tipo (1,0) se 0 coefieion~ te de 4% om qualquer representagao local for rulo, e se diz de tipe (0,1) se for nulo o coeficiente de az. Proposiggo 22, Se £ 6 de classe c!, f & holomorfa se e sd- mente se af € de tipo (1,0). De fato -22 3s dz+ 42 | Sf az - ay ate 2a dtay. -2iasa, +h aeg afat_ ithe 2 (dt a z at = Blox tay ete Sx ti 2) ag © anulamento do coeficiente de d% 4 a condigao de wonogeneidade de Cau chy-Riemann. Se df &de tipc (0,1) entao F 6 holomorfa, Proposigae 23. Seja U) uma forma de tipo (1,0), isto , se s @ pardmetro unifermizador num ponto P€S, W = 4.dz nume viginhanga de P. Se 4 for uma fungao holomorfs de 2, entao sendo 2* um outro paré— metro uniformisador en P, e W = Ads" e nova representagto do Ww, a” gerd uma fungao holomorfa de 2. Demonstragao trivial, pois a” =a s.. 2 Definig&o 28. Uma forma aiferencial em uma superficie de Ris- mann §, de tipo (1,0), diz-se holomorfa num ponto P€S§ se em uma re~ Presentagéo local em P o coeficionte for uma fungao holomorfa, 3. Zeros @ pdlos de ume forma holomorfa. Seja W uma forma definida na superficie 8, holomorfa numa vizinhanga do ponto PES, e@ s = x+ iy um parnetro uniformisador om Poe G =A ds a representagdo local de 4 3 & 6 portanto uma fungao holomorfa. Se & tem um zero de ordem n om P dinemos que ) tem ze- ro de ordem n em P. E! claro que isto nao depende do parémotro uifor- misedor z, pois se s* & outro parémetro 400 az 4% ae ow = 4 & ag* a A dg © como &, #0, a tem tembém um zero de orden n om P. Seja agora ©) uma forma holomorfa em téda uma vizinhange V de um ponto P,.excetuado o préprio P, 2 um p.u. em P. Entao teremos uma representagao de 4) : W = A(z) dz vélida ao redor de “P, mas nao on P. Tr8s casos sao posstveis: 1) A pode ser estendida a P por continuidade. Digemos entao que a singularidade en P é removivel; () serd reguler em P, e éste ca Bo nao apresonta interésse. : 2) A tem um polo de ordem n em P; dizemos entao que W ten wm polo de ordem n om P. 3) A tem singularidade essencial, e disemos que a forma © tem em P uma singularidade essencial. E' claro que ume mudanga de peu. nao traz alteragao, pois as az" tem as mesmes propriedades que A. Definicdo 29. Chame-se forma diferencial meromorfa ou abelisna em S ume forma diferencial que 6 holomorfa em téda S$ .excetuado um con junto discreto de pontos em que tem polos. 4. Forma diferencial exterior de grau 2. Seja R uma variedade diferencidvel de dimensao 2 © considere~ mos 0 conjunto f % némero complexe 5 OQ. £(apu) frer 4 U vizinhenga coordenada de P J Bm () definimos uma relagao de equivaléncia: pomos dof (% 5 Pp Uy) eH (% p4Py9Vq) ge 1) P= Po 2) sendo X11Vy» TOSPe Xz,¥p, coordenadas vélides em U,, resp, (Xy179) . “1" 2 ao) * . Gonsideremos o quociente de C1 por esta relagao de equivalén— cia. A ume classe de equivaléncia em que aparega o ponto P chamaremos govetor de grau 2 em B. No conjunto dos covetores de 22 grau num ponto P iremos intro duzir una estrutura de espago vetorial. Fixeda uma viginhange coordenada U de P, é sempre possfvel tomar om cada covetor en P um representente em que aparega essa vizi~ nhangs U. Definimos entao soma dos covetores reprosentados por (%,,P,U), (%,P,0) como sendo @ classe (+ MosPsU)s (%1,P,0) + (%p5P,U) = (ey + KyyP,U).” Ainda, sendo um niimero oomplexo definimos . ‘(06 PU) = (2K P,U)e Com estas definigdes, damos ao conjunto dos covetores de 2% grau em P ume estrutura de espago vetorial. fsse espago tem dimensao 1; de fato seja U wma vizinhenga de P com coordenadas x,y, 0 covetor que indicamos por axAdy (produto exterior de dx e dy) definido por ax Ady = (1,P,0) gera todo 0 espago dos covetores de 2% grau em P, pois temos (O ,P,U) = % ax May, - 102 Observacao. Se fizermos em U a mudanga de coordenadas (xv) —9 (yx), temos 0 jacobiano ax, vox) 7 ot donde axAay = ~ ayANax. De modo geral se x,y © X,¥ 880 dois sistemas de coordenadas locais, vale axA ay = ey), axaay. a(x,Y) Definicho 3Q. Digenos que em R esté definida uma forme dife~ renciel de grau 2 se em cada ponto P& R 6 dado um covetor de grau 2. Seja ( uma forma diferencial de 28 grauem R, e@ PER. Em P temos = Dd axhay e esta representagao serf vélida nao s6 em P como em ume vizinhanga oo~ ordenada U+de P, A sendo entao uma funcao das coordenadas x,y em Uy com valores complexos. (Q serd dite diferencidvel de classe 0” se A o fort ste conceito nao depende das coordenadas x,y pois se passarmos pare coordenadas X,Y, 2% ira multiplicado pelo jacobiano que é diferenciavel de classe o%. Definicgzo 32. Sejan (,,, formas lineares em R, locelmente representadas por . OT = Ay dx, + By ay 2 = Apedx + Boedys ~ 193. Chamemos produto exterior W At, a forma de 2 greu dade por WIN®) = (A,Bp - &9By) dx Aay. E! imediato verificar que a definigao nao depende das coordena- des x,y equevale @,AW, 2-H Aw), En particular, a forma que anteriormente denotamos com ax Ady 4 0 produto extérior das formas lineares dx, dy e a nossa. notagao 6 co- erente. Definic&o 32. Seja to uma forma linear, representada numa vind nhenga coordenada U de um ponto PER por G) =a ax +b dy. Chama vemos diferenoial exterior du» da forma uw 4 forma de 2% grau defini~ da ocalmente por aw = ( de dr <= + 52) acd Sy typ) hay Verifica-se facilmente que a definig&o n&o depende do sistema de coordenadas locais. Definicas 33. Uma forma linear (0 digese fechada se dW = 0, Definigao 34. Uma forma linear ©) dig-se exata se existe uma fungdo diferencidvel definida em téda R e tal que df = Us. Temos sempre d(af) = 0 (como se verifice facilmente), isto 6, t6aa forma linear exata é fechada. 5+ Formas induzidas. Sejam R e R‘ duas variedades diferencidveis de dimensio 2 @ seja 0: R—>R! ume aplicagdo diferenciével de classe CO”. Seja PER, P! = O(P) ER, sejam x,y ooordenadas ao redor de P, x', y! coordena * das ao redor de P'. Aaplicagao define x',y' como fungdes de x,y de classe OC; x! = xt(x,y) © y! = yt(xpyx)s Suponhamos ‘agora dada en R! uma forme diferencial linear «) que a0 redor de P! se exprime por © =. ax! +b dy! © considerencs a forma diferencial em R, indicada por gra > que eo redor de P se ex 404 prime por Fo = ale Goa)v (9) (22 aes Re ay) + + x(eydatay)) (S24 ax 4 Bet ay) ox oy = Se By ae ede bey ay. Esta forma, cuga definigdo nao depende das coordenadas locais mas epenas de G) , como se verifica facilmente, chama~se forma induzida por o) pela aplicacao 9. Andlogamente, soja ©! uma forme diferencial de 22 grau em R, xepresentada localmente por . Q = X(xyy") axt Nay! 2 eseja 41 a forma de 2% grau em R definida localmente por GO = «(ara evtxy)) (Set det Bet By) acnay . . dx dy dy bx gO seré chanada forma indusida por 1 pela aplicagao ®. Define-se também a nogéo de variedade diferencidvel de dimensdo le de forma diferencial (40 grau 1) sébre uma variedade de dimensao 1 de maneira semelhante a que foi feita para variedades de dimensao 2. Se agora R @ uma variedade de dimensao 1, e ( uma aplica- ao diferenciaével de R na variedade R' de dimensdo 2, é possivel ain= a definir a forma indugida em R por uma forma diferencial linear em R'. Gonsideraremos o caso partiouler da reta, em que téda forme diferencial tem a representagao a(t) dt. Seja {P uma aplicagao diferencidvel de clas se ¢ do intervalo aberto (4,4) numa variedade R' de dimensao 2, que a um ponto t €(t,,t)) faz corresponder um ponto P! € Ri; sejam x, ¥ coordenadas em P', a eplicagao ‘P define pois as fungdes de classe os x= x(t), ys y(t). Dade uma forma diferencial linear W em RI vepresenteda localmente em P' por 405 -y- W =a dx td ay consideremos se forma definida ne rete por Gon (oer DH at. Esta forma, que ndo depende da escolha das cocrdenadas loéais x,y, cha- mange forma indusida de 4) pela p . 6. Homologie singular. Consideremos no plano o tridngulo p\Pypy onde py = (050), Py = (1,0), py = (0,1). Ponhamos By = (p9PysPp) Oy = (259P)) 4, = Po @ oonsideremos as seguintes aplicagoes ef: Poy 2 es Py > Py ©: (292Py) —> (Py sP,), aplicagiio linear, levando Py em Py & Py em Py ep: (Po9P,) ——> (pyePy) aplicagdo linear, levando p, om Por Py OM Py 2 65% (Psy) ——> (pgsPy)s aplicagdo idéntioa. Definicae 35. Seja R uma variedade diferenciavel de dimensao 2, W uma vizinhanga aberta no plano, contendo b,. Chamamos g-simplexo singular diferenciével (q = 0, 1, 2) uma aplicagao : A ———> R que pode ser estendide a uma aplicagac diferenciével de W em BR. A ind sima face do simplexo 1 seré a aplicagao Tye Aya — > R aefinida por T, = 7 oog (a= 1, 2) © 4 portanto um simplexo singuler diferencié 406 ~~ vel de dimensao 1. Indicarenos con §,(R) 0 grupo abeliano livre gerado polos sim plexos de dimensio q, isto ¢, formado poles combinagdes lineares fornais finitas de q~simplexos com coeficientes inteiros (que chamaremos qr-ea~ deias). . Definimos ainda um homomorfismo . dat $,(8) > S.4(R) (a= 2, 2) de seguinte meneira: se T 6 um q-simplexo, pomos vv 3, Sql) =) (-a)'ay sendo 2 soma estendida a tédas as faces dos simplexos T, Dada agora om Sy ESR) |, 2) m ponoa % gle) =) a bQ(B,) Bese homomorfismo goza da propriedade . oq ar? (conf. demonstragao da propriedade do eperador bordo, cap. IV). Hm §)(R) consideramos agora dois eub-gruposs a) grapo dos ciclos ey(R) = jo € 8, (R) \ 340 = of . >) grupo dos bordos 3y(R) = {e € 8; (R) 3 2€S8,(R) talos dan}. ‘Temos 40o# -y- By(R) C 6 (R) pois se ¢€2,(R), ¢= 2,4 © entéo dye~ 3, d,440. © grupo quociente HL(R) = ¢)(R)/B,(R) shama~se 12 grupo de honologia singular diferenciével. As cadeias CEB, (R) sa ditas homélogas 2 0 (Cw). Essas definigdes foram dadas para uma veriedade diferenciavel qualquer, nao necessdriemente compacta. So a variedade R 6 triangulavel, demonstre-se que H,(k) coincide com o 18 grupo de homologia simplicial de R. Demonstra-se ainda facilmente que um homeomorfismo diferencié~ vel + R——+}R! indus um ieomorfismo de Hy(R) sSbre 4H, (Rt). De fato, sejam R e R! duas variedades diferencidveis, e (P+ R——3R' uma aplicagdo diferencidvel. {P Andaz entre os grupos de homologia um isomorfismo gs Bm) —> ele definido da seguinte maneira: dado um simplexo singular om R: i gm O;—yR fagamos corresponder 2 T o simplexo singular em R! dado por Bom ay — > Rr Essa correspondéncia entre simplexos podemos estender por linearidade a uma correspondéncia entre 8,(8) e 5,(R'). Temos trivialmente Poet) =d3Hor Logo © eve ©)(R) om C\(a'), 3By(R) em By(R') e por passdgem ao quociente obtemos uma aplicagac "+ a(R) —> A(R) 10¢ -«- que é um homomorfisno. Se agora “bs: Rt ——y R” & por sua vez uma aplicagao diforen cidvel de R! numa outra variedade R" de dimonsao 2, @ Yo ~s R—yRe 6 a aplicagao composta, 6 facil ver que vale 3 he (Yoo) = Yop se’ ¢g & 8 eplicagdo idéntica om R, Wp” 6 9 aplicagao identi oa em Hy(R); so (p um homeonorfismo diferedcidvel de R emR! tal que ( seja também um homeomorfismo diferenciével, entao -1 -1, (oP) = Ero ps saentidace we 1 (Goh)* a w oG* « identidade © os grupos Hy(R) e© 4H\(R') sao portanto isomorfos: duas variedades di ferenciéveis equivalentes tém grupos Bh isomorfos. ‘T+ Integracéo de formas diferenciais de 19 ¢ 28 graus. Seja R uma veriedade diferencidvel de dimensao 2, uma for, ma de grau 1 definida em R, e seja dado um complexo singular de dimensao 1 Sy: O, sR onde A, & 0 intervalo fechado [0,1] 6 GO ée restricgo de uma a plicagao diferenciével de uma vizinhanga désse intervalo na reta em Re A forna induside GS] serd une forme linear definida om My, logo representada por st ow = a(t) at Bntao pomos, por definigao 407 Seja agora () uma forma diferencial de grau 2, @ O, un sin plexo singular de dimensao 2 em Rs Sor A, —a> Rk onde 4, 6,0 tridngulo do vértices (0,0), (1,0), (0,1), % — sendo uma aplicagio suscetivel de sor ostendida a umd aplicagao diferenciavel de una visinhance de OD om RL & ‘forma indugida s} © definida en A, ‘tem a representagdo 3 ® = a(x,y) dxAay @ pomos,por definicao Joo ef sn ene 2 42 Em ambos os casos, a integral esté associada & aplicagao, nao a @ um conjunto de pontos de R, o, om, geral, a aplicagoes diferentes s6- bre um mesmo conjunto de poutos em-R corresponden integrais diferentes. Porém num caso importente, aquele em que impomos a condigao de Oy, res~ pect. Q,, sor um homeonorfisno, fixado o conjunto imagen em R de Ay, resp. A>, a integral fica completamente detemninada, a menos do sinal. ‘De fato, oonsideremos por exemplo o caso de suas dimensdes. Se- jam Sy © %) restrigdes de dois honeonorfismos distintos de una vi~ sinhenga de A, em R teis que G4) 2 A,) = &4(B5) @ mostremos que (5.5) w Se Ora, por (5.4) podemos definir uma aplicagao -1, Soc 4,— > A, que & um homoomorfismo diferencidvel, isto é, uma mudanga de coordenadass 40 Ww Chamando de x,y as coordenadas antigas, de x',y'! as novase de Jo jacobieno —(x)_ » terenos que, se a(x',y') OP = alxyy) ax Ady entao * S,O= a(x(x' yy) sy(x!,yt).J.dx A ay? @ como - J alxyy) axAay = | a(z(atyyt)sy(x'ay")) [ot axta ay 4%) w%, © @ afirmagdo segue imediatamente: no segundo membro de (5.5) vale o ai- nal+se 30, oginal - so JO. Peorema 11 (tecrema de Stokes). Seja GS uma forma diferencial de grau 1 definida em R e diferencidvel, ( um simplexo singuler de dimensao 2: Entao vale a igualdade Este teorema, em vista da definigao de integral num simplexo, é a tradugao do teorema de Stokes clésaico aplicado ao tridngulo A, 6 sou vordo. Se definirmos a integral de uma forma sObre uma cadeia — c =D u& fe “Lae Segue evidentemente que-o teorema de Stokes vale para cadeias, isto é, como sendo fr lo ~ f aw. voc ve 8. Teorema de Cauchy. Consideremos agora o caso de formas diferenciais sébro uma su- perficie de Riemann; do teorema de Stokes segue entao 0 Teorema 12 (te@rema de Cauchy). Seja S uma superficie de Rie mann, (3 uma forma diferencial holomorfa definida om S, e soja Of um verdo do dimensao 1, isto , F~ 0. mateo for De fato, se A éa cadia tal que c= BA Jo -[e- v A Mas se G 6 holomorfa, du) = 0, pois se localmente tivermos @> = 4(z) dz = a ax + i ay temos pelo teorema de Stekes segue aay = (- bey ax Ady = 0. © teorema de Cauchy esté entao demonstrado. WZ - 3 Et menos forte o enunciado seguinte: a integral de uma forma ho lomorfa ac Longo de um caminho homotépico a 0 6 nula. De fato, um ca- minho homotépico a 0 6 sempre homélogo a 0, mas nao reciprocamente. 9. Teorema da monodromia. Faremos uma demonstragao do tecrema da monodromia usando proces 808 da teoria dos espagos de recobrimento. Outra demonstragao, baseada na nogaéo de homotopia, pode sor vista em Ahlfors, Complex Analysis, pg. 218. Joma. Sejem Re R variedades de dimensao 2, p: R-———}R wna aplicagao continua que 6 em todo ponto de R um homeomorfismo local, Yi «dois caminhos em R homotépicos, com origem no ponto A e extremidade no ponto B, G(x,t) uma homotopia entre Y, ¢ wr ponhamos que fixado HER tal que p(A) =A, pera qualquer + oF L0> Yoo caminho %, + x——9G(x,t,) posse ser levantado o un caninho ¥, om i partindo to A; ent&o os caminhos ¥. e % tém o mesmo ponto final e Bao homotépicos. Observamos que nao se supde que ps R —5 R soja um recobri- mento, apenas que seja wn homepmorfismo local; pare recobrimentos a afir- magéo foi provada no Cap. III. Pare provar o lema, consideremos a aplicag: G IXI— sf dofinida da soguinte mancire: fixada to, leventemos o caminho Bet => xt) a partir do I. Para todo x ET, seja G&x,%,) 0 ponto do caminho le- vantado que se projeta om G(x,t,), Teremos, entao, para (x,t) € IXI ze) - He po G(x,t) = (x,t). Do fato de ser p um homeomorfismo local segue som dificuldade que se G(1,0) =H entao para todo t€I (i,t) = 3. 1 WS - x - De fato seja ty © extremo superior dos t GI para os quais ¥ Gelert], 6,6) = 5. Se t; #1, como sempre p(G(1,+)) = B concluiriamos que numa vizinhanga arbitréria de 5 existe sempre um ponto distinto de 3 com moama imagem por p, o que 6 absurdo, . Entdo om particular (1,1) = 5, isto 6, ¥, © J, tm mesmo ponto final, e a aplicagao G: IMI ——> R 6 evidentemonte uma honotopia entre §, e Yy- Teorema 13 (teorema da monodromie), Seja S wma superficie ae Riemann e f uma fungao holomorfa ao redor de um ponto PES que pode ser prolongada ao longo de qualquer caminho partindo de P. 0 prolongs mento ao longo de caminhos honotépicos com mesmo ponto final condusz ac moamo elemento final. Domonstragéo, Construamos o dominio de holomorfia S, de £ sdbre a superficie $1 8, = {(P,t5)} onde P€S e fp & uma fumgdo analitica numa visinhanga de P que po~ do ser obtida de £ por prolongamento analitico, 8, é uma superficie de Riemenn e temos a aplicagao A+ 8e—3s8 (2yfp) 2 P que é evidentemente um homeomorfismo local. Mas por hipdtese f pode sor prolongada ao longo de qualquer caminho de § partindo de P,, o que 6 © mesmo que dizer que qualquer caminho partindo de P, pode ser levante~ doa Sp. Pelo lema, caminhos homotépicos em $ so levantados a cami- nhos om Sp com mesno ponto final, om outras pelavras terminando no mes~ no prolongamento de £. © tocrema fica entao demonstrado. Observago. 1. Se S 6 simplesmente conexa, 0 teorema diz que o prolongamento eo longo de caminhos quaisquer com mesmo ponto inicial © final conduz ac mesmo elemento final. 3. 0 teorema deixa de sor verdadeiro se em ver de caminhos ho- notépicos considerarmos caminhos apenas homélogos. Bxemplo, Consideremos MAY - me - a superficie de Riemann constituida pelo plano do qual se retira o ponto (2,0) e nele os circulos, que indicamos por a e », do raio 1 e cen- tro nos pontos (1,0) e (-1,0), ambos percorridos em sentido positivo. Tomemos numa vizinhenga de orfgen a fungao dog L538 » com qualquer determinagac, fixa. Considerenos o seu prolongamento ao longo do caminho aba“ty-1, que 6 homdlogo a 0. BY fi cil verificar que voltamos a origem com valor diferente do inicial: aba» nao 6 pois-honotépica a 0. 3. Bete ‘teorema tom como corolério imediato o teorema de Cauchy enunciado sob forma homotépica. De fato, se @ 6 holomorfa em $,@ un ciclo de dimonsao 1, seja P, a origem do ciclo e. uw = a(z) az uma Pepresentagao local de G ao vedor de P,; a(z)az tem uma primitiva B(z) que pode ser prolongada ao longo ae @ qualquer que seja oe basta recobrir Cy por um nimero finito de vizinhenges onde vale um pa- rametro uniformigador; em cada uma tomamos uma primitiva, de modo que pri nitivas correspondentes a visinhangas com pontos eomuns coincidam na in- tersecgao, o que & possivel pois primitivas quadsquer aiferem por constan, tes. Chamando ainda de B(z) a primitive prolongada, a integral seré da da pela diferenga entre o valor final e o inicial de B(s) ao longo de G+ Mas segue do teorena que se c & honotdpico 8 0 voltamos a P, com © mesmo valor para B(s), logo ie =O. : Podemos ainda provar que a aplicagao 2s S,——3 S nas condi gSes do teorema de monodromia 6 um recobrimento. Isto resulta da seguinte proposigao Proposigho 24. Se ps H —-yR 6 um homeomorfismo local tal que qualquer caminho X em R pode ser levantado a um caminho ¥ on & com inicio em um qualquer ponte de & que se projete no ponto inicial de Ys ent&o p um recobrimento. De fato, seja QER, U uma vizinhanga de Q honsomorfa ao @iseo D. Seja G uma componente conexa de “b(u), GEG com p(G)mQ. US - 3 (observemos que nao podem existir dois pontos distintos G « @' proje- tando-se sébre o mesmo ponto Q, pois em tal caso um caminho aberto unin- do § ae @ se projetarie num caminho fechado de U, que seria homotépi eo a zero por ser U honeomorfa ao disco. Ora isto pelo lena § abour~ do). Seja T1U—SG definida de seguinte mancire: dado P EU, unanos Q 2 P por um caminho ¥ © levantenos Gsse capinho » un ca~ minko Y¥ com origom em & se B 6 © ponto final do ceminho, 'G(P) = 3, Pelo leme anterior, P nao depende de YX; 6 uma aplicagao continua e Gop 6a identidade em U. A restrigac de p a OF 6 pois um homec- norfismo de & sdbre U ec U 6 ume vizinhanga admigsivel. Concluimos entao que sob a hipdtese do teorema da monodromia, 6 Gominio de holomorfia S, da fungao £ 6 um recobrimento do espago base S. CAPITULO Vu. Orientagao. Integragdo sdbre simploxos orientados. Resfduos. 1. Orientacao, Definigdo 36. Um espago topolégico 1 se diz separdvel so ad~ mite uma base de abertos enumeraével, . Teoroma 14. Téda superficie de Riemann é separdvel. Demonstragao. of. Nevanlinna, Uniformisierung, pg. 145. Doefinicao 37. Um recobrimento aberto fou} “ae um espago topo- légino 1 diz-se localmente finito se todo ponto de @ possui uma vizi- nhenga ¥ tal que VNU, #6 sémente para um nimero finito de abertos By Definicdo 38. Dados dois reocbrinentos abertos {u,} © 4¥e] ao 7, {Vp} ate-so um vefinamento de {t,] se dado un Vy, oxiste un conjunto Ty que contéa Vo Teorema 15. Todo recobrinento aberto de uma variedade topolég, ca separével do dimenedo 2 admite um refinamento localmente finito. Demonstragao. of. Varicdedes diferenciéveis, Notas do Collogui-~ um de Pogos de Caldas, Apéndice. Proposigdo 25. Uma superficie de Riemann S$ admite um ‘“reco~ brimento aberto localmente finito {uy} constituido por abertos onde va~ le um paraémetro uniformizador. De fato, cada ponto de S$ tom uma vininhenga aberta, onde vale um per@uetro uniformigador. Esses vizinhanges formam um recobrimento a~ berto que pelo tecrema 15 admite um refinanento looalmente finito, pois que pelo teorema 14 S é separévol. Definigno 39. Se g & uma fungao com valores reais definida num espago topolégioo 7, chama-se suporte de g & aderéncia do conjun- to dos pontos de T emque g ¢é diferente de sero. MP -B- Teorema 16, Seja R wma veriedade diferenciével de dimensao 2, soperével, {¥, ly} ‘um recobrimento aberto localmente finito. Existem entao fungdes By tais quer 1) By & de classe os; OL ek sobre Rs 0 suporte de g, esta contido em tye 2) Lex al. Dizemos que as fungoes 8, formam uma partigao de unidede su~ + bordinada ao recobrimento iu}. Observe-se que para qualquer PER om xiste simente um nimero finito de fungdes g, que nao se anulan om P. Demonstragdo. of. Variedades Diferencidveis, Notas do Collogui- um do Pogos de Caldas, Apéndice. Definicdo 40. Uma variedade diferencidvel R de dimensao 2 diz-se orient&vel se existe em R uma forma exterior real continua deo grau 2 que néo se anula em nenhum ponto. Sondo R uma variedade orient&vel, indiquemos por @) o con~ junto de tddas as formas reais continuas de grau 2 que n&0 so anulam om R. Se 01,03, € ] torenos cortanonto ) *fW, com #4 0 om to~ dos og pontos de Re Definimos em §) uma relagac de equivalénoia pondo WwW se £> 0. Bxistem evidentemente sb duas classes de equivalénoia om ® segundo es~ ta relagao. Definigao 41. Una superficie orientével R diz-se orientada se a ela for associads uma das dues classes de equivalénoia definidas om ©. Definigdc 42. Seja R uma superficie diferenciével orientada. ‘Una forma 4 de grau 2 em R dis-se positiva num ponto P@R, se para @ > pertencendo 4 classe que dé a orientagac R tivermos 9 = £G) com f positivaem P. Meorema 17, Téda superficie de Riemann 6 orientével. Denonstragéo. Seja \U,} um recobrimento aberto de 8, local mente finito e formado por abertos onde vale um parfmetro uniformizador AG = - (proposigao 24), e considerenos uma perticao da unidade g aubordinada x 80 recobrimento {y,} . Soja t, Pou, om Uy © definamos em , a forma = ay nN ay Gono gy tem suporte eouttae on Fy » podenos definir on S$ a forma &,Wy » mule forma de U, . Considerenos entao a forma ao Om 7% @ 6 una forma diferencial definida om S e¢ vamos prover que wf om todo ponto de Ss, De fato, dado PES, P pertence @ un certo nimero, finito,de abertos de recobrimentos suponhanos que PEL AYN AE oy % % ° Ora, temoa em P ay, Aa He, A Fy, isto é, 4 = ay, com Entdo om P o valor de €) 8 dado por x k 2m = 109” oy, (Peay) al isl ecomo By, (P) 30 © uma ao nenos 6 estritanente positiva pois \ att -3%- xo By ty « 0 coeficients de W), & certamente nao nulo (estritamente positivo). Co~ mo G 6 diferente de zero em P, o teorema fica demonstrado. A forma G) que por construgao 6 tal que, dado PES, # pee en P, numa visinkanga de P tem-se GQ) =f daAdi= con f > 0,.define uma orientagao de S. Esta orientagao nao depende do recobrinento 4%} + Assim t6da superficie de Riemann.tem uma orienta - gao candnica. Pode-se demonstrar inversamente que a separabilidade e orienta- dilidade sdo condigdes suficientes, isto. é: T6da variedade diferencidvel Ge @imensdo 2 que seja separével ¢ orientével admite pelo menos uma es~ truture de superficie de Riemann. Completeremos éstes teoremas com resultados sébre a possibilida de de triangular uma superficie de Riemann, © dar a uma triangulagdo uma orientagao cosrente (of. Cap. III). Useremos 0 seguinte tecrema de Andliser Peorema 18. Consideremos no plano complex o triangulo A, ae vértices A, B, C eum aberto U ocontendo A>, e seja. f:U~9V um honeomorfismo diferencidvel, com jacobienc diferente de-sero, Suponhamos ainda que f aplice A, sébre si mesmo, @ leva vértices em vértices. Ent&o @ orientagao (f(A),£(3),f(¢)) de 4, coincide com a orientagao 2 (A,B,C) se e sdmente se o jacobiano de f for positive. Indiearenos de agora em diante con ~(\, sempre o simplexo eu- elideano de vértices A= (0,0), B= (1,0), C= (0,1), coma ariente~ gao (A,B,C). . Definiremos agora orientagao positiva de um simplexe topoldgi- eo de dimensao 2 sSbre uma superficie orientada R, definido como imégen ae A, por um homeomorfismo de U em R. antes convencionemos que um sistema de coordenades locais (x,y) 120 -~ ee en P se diré positive se dxAdy for uma forma positiva om P. 0 ho- moomorfisno de uma visinhange de P sébre um aberto do plano associado a um sistema de coordenadas positivo seré dito positives Definicdo 43. Seja R uma superficie diferenciavel orientada; um simplexo topolégico (of. cap. III) orientado Oo = (arBe C') diz-se o- rientado positivamente se para um homeomorfismo ai térenoiével ® positi vo, da visinhenga U de A, sdbre uma vieinhanca de ST queteva A, sobre G& -e vértices em vértices, a orientagdo (A',B',C') coincidir can worientagao (i (4), (3) (c)). ° Note-so que de acérdo com o teorema 17 esta definigao nao depen de do particular homeomorfismo positiva . Beorema 19. Seja R wma variedade diferencidvel trianguliével. Se R for orientével, dada uma orientagao de R ‘tOde triangulagao de R admite uma orientagao ccerente em que todos os triangulos sao orientados positivemente. Aste teorema diz essencialmente que se R é oriantdével como va riedade diferencidvel, entao R 6 tembém orientavel topoldgicamente (is— to 6, no sentido da definigao 20 do cap. III). Demonstragao. Observemos em primeiro lugar que.no plano real orientado pela forma dx/Ady podemos aplicar a definigao 43; um homeomor fismo positivo ser& simplesmente um homeomorfismo com jacobiano positive. Dado entao no plano um simplexo orientado (A,»4p,43), a 6le podemos as- sociar univecamente um niimero (Ay 142943) pondo +1 se (4,,4,,4;) esta orientado positivamente (1 Ay ys) = { yee Vale pois n(4jshyrh3) = = m(-(dy spy 45)); se f£ 3 um honeomorfismo de uma visinhange de (Ay shy sh) num outro aberto do plano, diferencidével e com jacobiano positivo, (Ay gedls) = n(£(My), fly) £45). “1 caso contrario. 427. - ed - Usamos ainda os seguintes tecremas (da topologia do plano): I. Sejam (Ay rgd) e (ay gry) dois simplexos topolégiccs ordentados do plano que sé tenham om comum o lado (AyjAp). Batac (Aj Ay ody) =- (Ay sAye44). II. Sejam (Ay rgsd3) e (Ay rAgedy) doid simplexos topolégioes e suponhamos que um deles esteja contido no outros Entao (Ay ry oils) = (Ay spy) AY ‘ A L/L , Be A A A 2 AL Podemos agora demonstrar o teorema, Seja R uma variedade di~ ferencidvel orientade, triengulada; suponhamos intcialmente que cada sim- plexo esteja contido numa vizinhanga coordenada, ¢ que para cada vizinhan ga o sistema de coordenadas seja.positivo para a orientagao fixads em R. Seja Gy = (P1,Po,P3) um simplexo da triangulagao, contido numa vizi- nhenga coordenada U, £ 0 homeomorfismo de U no plano, (Ay rps) a inigem de 7, por f (onde A, 6 a imégem de P,, eto.). ds duas ori- entagdes possiveis de Gp poden ser represontadas por £ (PysPy,P;) com €=21. kscolheremos para Sy a orientagdo dada por (943) é-= nia Byrd) 4 Assim cada simplexo da triangulagao fica orientado; devemos provar agora que esse oriontagao é coorente. Consideremos um qualquer 1-simplexo da triangulagdo, seja Gy = (P,P) © seja Op = (Py sPosP4) 90° eutro 2 simplexo incidente a S,. j tem uma orientagao determinada EMP Bas By)s ode, se (At,AS,4!) 6 a imagem de } pelo homeomorfismo f' da vis: LeAg Ay, 2 122 - 3 - shenga Ut que contén Gy, Be a(AL Ay yAy) As orientagdes indusidas por cada um dos 2-simplexos em (Py ,P 2) sao ree- pectivamente €(P,,P,) ¢ ee, sP,) © resta demonstrar que é = -é, Seja u" una vizinhanga coordenada contendo Gj. Suponhamos prinsiro que S, ¢ ©} estejam ambos contidos en U", Entdo o homeo- morfisno f" de U" no plano leva Gz © 5 om dois simplexos (ay ag ,ag) 2 (AL ag,. Ay) com apenas o lado (A¥,Ag) em comum, Como a transformagao das coordenadss en U pera as coortenadas en UY ten jaca bieno positive, pois ambos os sistemas sao positivos, vale (Ay rAgrds) = n(Ay 05,83), Andlogamente (Ay ,ag,84) = n(AZ ag ag). Be I resulta entdo n(t,,hp}As) = ~ n(Aj,A$,A)), isto é, E = wel. Se G, ¢ (©) nio estdo contidos em U", podenos fasor una subdivisac désses simplexos, de modo que (Py sPg) seja ledo comum a % rc es rs So: (Py sP ot) e p= (PysPo Fy), com Gz © Gs contides em U". Por IT, so (Aysty ls) 8 2 indgom do ‘3 pelo honeomorfismo £, © (Aj, Abd}) a imégen de >” por ft, t « n(4q s9s43) = (Ay ,ApsAs) = E (Oy ,Ag 07 Ye nay sah) = @ a denonstracdo acima mostra que n(d,,Aysd5) = -m(A4,A5,A}") logo e-- 6 Temos pois uma orientagac coerente dos simplexos da triangula- gao, Minds mais, como a imagem de £ (Py PpsPs) é E (Ay rtd) e 123 - w - nC (Ay, g)) “6 mA, rAd) = 2? = a as im&gens dos simplexos Cv, sao orientadas positivenente no plano, lo~ go os simplexos ( estao todos orientados positivamente. Para completar a demonstragao do teorema basta observar que da~ da uma triangulagao qualquer é sempre possivel dividir cada simplexo da triangulacio' em um nimero suficientemente grande de simplexos menores de modo que cada novo simplexo esteja contido numa vizinhenga coordenada. A nova triangulagao assim obtide admi- te uma orientagac coerente que, como se pode verificar sem grande dificul dade, induz uma orientagao ooerente na triangulacao original. Vale também a reofproca déste teorema: se R & uma variedade @iferenciavel triangulavel, e se R 6 orientaével topolégicamente, entao R é orientdvel como variedade diferenciavel: as definigdes 40 @ 20 coin- ciden portanto pare as variedades diferencidveis trianguldveis (demonstra gao cf. ) Georema 20. Téda variednde topolégica de dimensdo 2 separavel é trianguldvel. A denonstragao déste teorema foi dada por Redd (1925). Gorolério, Uma superficie de Riemann é triangulével. Este Gltimo resultedo pode ser também obtido como consequéncia de teoria da uniformizagao. Pelos teoremas 14, 19 e 20, uma superffcie de Biemann é orien- tével no sentido topolégico. Como consequéncia, resulta que sdbre o pla- no projetivo ou a faixe de MUbius nao se pode definir uma estrutura de su perficie de Riemann. . 2. Integrais sdbre simplexos orientedos. Quando definimos integral de uma forma +S sSbre um simplexo singular CG definido por um homeomorfisno 424 -3e - fs U--3R vimos que se f 6 um homeomorfismo diferencidvel de uma vizinhanga Uno plano do simplexo euclidieno A na variedade R, com jacobiano nao nulo, entao a integral | wo = [ fos . . . s Un a menos do sinal, nao d@epende do particular homeomorfismo f, e sim da i-~ magom £(A) CR, que 6 um simplexo topolégico em R. Observamos agora qe orientando o simplexo topolégico #(/\) a integral de uma forma estendi- aa a ésse simplexo (conjunto de pontos) orientado fica completamente de- terminada. Assim, suponhamos dada na superficie diferenciével R uma for- ma de grau 2, e um simplexo topolégico diferencidvel orientado v. = (A',B',C')s consideremos um honeomorfismo diferencidvel f de uma vi- sinhanga v do A, om R que leve £, om S e tal que (F(a) ,F(B),F(C)) 2 (4",BY,Ct) definam a mesma orientagao. Ponhanos x £09 = O(x,y).dxA ay. Entéo, por definigao, fo = { Gry) dx Nay vg Is A indeterminagéo do sinal desapareos pois se f, é outra apli- cacao nas mesmas coudigoes, temos BY = P (x(x, 594) 9(x, yy) Todx, A ayy, con jacobiano J positivo. Com a orientecso induzida no bordo, a integral de uma forma li~ near sdbre o bordo de um simplexo topolégico orientado fica também comple tament determinada. 425 3. Residue de ume forma Giferencial analitica. Seja S uma superficie de Riemann, P um ponto de S, G: uma forma analitica de tipo (1,0) com polo em U; U seja uma visinhanga de P onde vale o peu. 2 @ onde nao caom outros polos de W 3 ST um simplexo topolégico de dimensao 2, contido em U e orientado positivamen te (de acordo com a orientagao canénica de S), e de que > & ponto inte rior. Por definigao, o residuo de em P 6 i! Testy = ToT 1 Sag Do teorema de Cauchy segue que o res{duo nao depende do particular simple x0 topolégico G escolhido, Seje $' a imdgem por 2 do simplexo “S’. Bntao se G) =A(z)az i ws [ Ms) as Or “axt a integral no segundo membro sendo tonada sébre o bordo cr! orientado positivamente no plano. Mas entao . oe A(z) dz = resid, ACs) act logo resid,w = resid, A(a). Meorema 21, Se S é uma superficie de Riemann compacta e () una forma meromorfa sdbre S, entao a soma dos residuos de ©) 6 igual a mero. Demonstragao. Tomemos uma triangulegao de S em que cada tri- @ngulo esteja contido numa visinhanga coordenada, e em que nenhum polo caia sébre um lado; tomemos uma orientagao coerente da triengulagao em que cada triangulo seja orientado positivamente. Para cada tridmgulo Oj towemos a soma dos residuos de Ww nos polos que casmem G;, @ indiquomos por resid, W) essa soma. En~ j L26 tao mf ; & ) = ari Yo Petey . JS; 7 3 Mas o primeiro membro é nulo pois cada lado aparece duas vqzes com orien~ tages opositas © o teorema fica demonstrado. @eorema 22, Seja S wma superficie de Riemann compacta, © uma fungao meromorfa em S. A some Gas ordens dos zeros de p é igual & soma das ordens dos polos. Demonstracdo, Consideronos a forma Ww = aP/ip que é uma forma meromorfa em $, e uma triangulagao como no teorema anterior. Em onde Gy vale, chanando de Nog, & son dee ordene dos zeros de) on Gj, a PF a das ordens dos polos, 83 resid o,° . Xo, - Foy pois numa visinhanga coordenads podemos aplicer o teorema dg indicatris de Cauchy. Sonando para todos os (T; resulta o teorema. Se contarmos cada zero tantas vezes quantas representa sua mul~ tiplicidade, e fizermos o mesmo para os polos, diremos: o nimero de zeros 6 igual ao niimero de polos. ° Bete 6 a primeira restrigdo que aparece para que um conjunto de pontos associados a multiplicidades seJa o conjunto de zeros e polos de uma fungao meronorfa, Encontraremos meis tarde restrigces muito mais for tes. 7 Gorclério. ‘6 assume qualquer valor complexo o mesmo niimero de vezes (contando as multiplicidsdes). - De fato, para contar quentes raises tem 9 =o basta contar os geros de P-c, logo os polos de ‘f-c cujo nimero nao depende de ce ADE Podemos dar ao teorema 22 outra demonstracéo, encarando-o sob outro aspecto. Consideremos a aplicagao P —y (2) de S na esfe~ ra complexa H, Essa aplicagao :S— > EB define S$ como recobri-~ mento ramificado de E. Como num recobrimento ramificado o nfmero de fo- Ihas, fora dos pontos de ramificagao 6 o mesmo, cada ponto de EB 6 0 cor respondente de un mesmo ntimero on de pontos de 9, excluides os pontos sdbre os quais estao os pontos de ramificagac. Nestes porém, sabenos que @ soma das ordens dos pontos de ramificagdo, isto 6, a soma das multipli- eidades dog pontos, 6 ainda iguala n, Resulte assim o teorema com o co rolério, 4. Integracdo sébre yma variedade orientada. Seja R uma variedade diferenciével de dimenséo 2, orientada, Separdvel; (.) uma forma diferencial de grau 2 definida em R, com supor= te compacto K. Queremos definir f ws * R Pera isto, considerenos um recobrinento fu de R por viainhangas co ordenadas, localmente finite. 1) Suponhamos KU, . Tomamos entao um sistema de coomiane— das (x,y) vdlido om Uy © positivo, e definimos, se GS = A(x,y) dxAay e K' 6 imfgem de K no plano Rp K 2) Se o suporte de ©) nao esta contido numa viginhanga coordg neda, consideremos uma partigho g, da unidade subordinada ao recobri- mento {uy} + Entéo para cade “, g,0) tem suporte contido em w, e@ pomos . x (6.1) Feo - | A(x,y) axAay -%~ (6.2) Je “rh G0» Et f4cil ver que a definicao nao depende do recobrimento consi- aerado. De fato, no caso 1) basta observar que uma mudanga de coordena~ das com jacobiano positivo nao altera a integral no segundo membro de (6-1)3 no caso 2), soja {ug} un outro recobrimento, © "g, una parti edo da unigede subordinada e {U,} . Podenos considerar vy +2 =U n Us u seré também um recobrimento localmente finito, e as fungoes are Fxg 7 Fat be formam uma particao da unideade subordinada a éle, e vale - r f v; f i oe SR eo *« R YR pois y S49 7 Sx + DA mesma forma f ; yf f LL, Fue “Lh Weg L ee KOR aonde a afirmagac. ; Observe-se que a soma ~ J a, 6 finita pois se o suporte % K de G3 8 compacto, K & encontrado sé por nimero finito de abertos Ue a” ~ Se agora considerarnos uma forme C3, com suporte nao compacto, @ pusermos : Tl - i Bw Le Ug no segundo membro apsreceré uma soma infinita. Suponhamos que a forme Ww -#? seja positiva: ent&o, tédas as integrais no segundo membro sao positivas, e a soma infinita ou converge ou é infinita. Se convergir, dizemos que Jo? converge, e seu valor 6 essa soma. Caso contrario, poremos R {0 sO. Jr Pera () qualquer, definimos fw se WLO wore ¢ LO se Wo - fr se weo ae 4 . yo se WO tot e Ww" sao formas positivas © vale wd ewt a7. Definimos entao j ids {gt - veoYR 8a © segundo membro for determinedo (isto é, no miximo uma parcela infini, ta) CAPITULO vit Diferenciais abelianas nume superficie hiperelitica. 1. Diferenciais abelianas. Definicae 44. Seja S uma superficie de Riemann; uma forma dife rencial @© moromorfa em S$ se dird diferencial abeliana; se W for holv- marfe em todo ponto de -S, 4) se dird abeliena de primeire espacie; se for meromorfa com polos todos de residuo nulo, abeliana de segunda espécie; fi- nalmente, se tiver polos com residuo qualquer, de terceira espécie. Definigie 45. Se (, © W, sao duas formas meromorfas em S, podemos definir o quociente &,/@, = e pondo, numa vizinhanga de um ponto PES, se W, = Ay(z)dz e (8, = Ap(z)az 880 as representagées lo cais das formas om P, Pte) = Be 2 sera uma fungao meromorfa em S. Se S é a superficie de Riemann de uma fungao algébrica fe se Rt S—-¥B é a projegdo de S na esfera, pelo teorema 6 do capitule IV existe uma equagao irzedufivel (7.1) P(z,) = 0 univocamente determinada, satisfeita por A e f idénticamente em 8, isto 6, tal que P(\(p),f(p)) = 0 para todo p&S. Designaremos neste capitulo a projegao A por 2 e afungao f por w. Seja entdo 6) uma ferma representada por (7.2) WW = R(z,w)dz onde R ¢ uma fungao racional em z e w. &) & evidentemente uma dife- rencial abeliana em &,. Inversamente, téda diferencial abeliana se escre ve nessa forma. De fato, serd provado mais tarde que téda funcgao meromor faem S Se exprime como funcao racional de 2 e w; ora, se W é ume diferencial abeliana, ()/dz 6 uma fungao meromorfa em S e entao -Uie- W/az = R(z,w) com R racienal om 2 e w. 2. Caso hiperelitico. Mencionaremos neste pardgrafo, como no anterior, resultados gerais que serao provados posteriormente; nosso objetivo aqui é simplesmente cons~ truir algébricamente exemplos de diferenciais abelianas das trés espécies. Bstudaremos as diferenciais abelianes no caso particular em que @ equagao (7.1) é da forma (7.3) w 2 a(n) onde Q(z) 6 um polinémio sem zeros miltiplos. Se Q(z) tem grau 3 ou 4, dizemos que § é elitica; se o grau de Q(z) for > 4, diremos que S é hiperelitica. Prova~se que se o grau de Q(z) 6 k, 6 genus g de 8 é se k for par ad se k for impar (ef. por exemplo, Springer, Introduction to Riemann Surfaces, 10-6). Ainde mais, 6 possivel escolhor w e 2 de modo que o grau de Q(z) seja 2g +1. De fato, se Q(z) tiver grau k = 2g+2, podemos fazer uma mudange de varidvel em que uma raiz de Q(z), seja a, 6 levada em P.,3 desta por “1 5 = (a-a,) 2 substituir w por 5 By Ws fer VET Gao : (ayy+++a, sendo as raizes de Q{z))s 4 equacdo satisfeita por wv, e % seré da forma w= a(S) ~ 132 = 2,(5,) sendo um polinémio de gran k-1 = 2g+] sem zeros miltiplos. Con- sideremos pois o caso em que z e w satisfazem a uma equafao da forma Wm (520) +. C220 9,4) = (2) com os ¢, todos distintos. a) Diferenciais de 18 gapécie: provaremos que as diferenciais r Oo 2 282 "re Oyeee eed r° Ww sao holomorfas em todo ponte de S. Para isto, observemos que em cada pon to P,€S, que ndo seja polo de z ouraiz de Q(%) podemos tomar cono peu. T= 2-z4, com 2, = 2(P,), entao sera certamente regular numa vizinhanga de T= 0. Se 2(Po) = ej> pode- c®, Ente 2c.aT = de, logo mos escother 0 p.u. T de modo que 2-03 = i2ge Tea Vier) que 6 regular numa vizinhanga de = 0. Finalmente se 2(P,) = Fo, a, > 0, 2, =x, + ty, un p.u. num porto - 139 - O€S- fixado; seja EK, ¢ "disco" em S dde centro © definido por lad< a Bo © contérne de kK, K¥ 0 "aiseo" em S de centro 0 definide por aldo > & pois tomedo suficientenente pequeno para que {z| 3) Bly) ¢ +00. Essas fungoes admissiveis apresentam pois uma descontinuidede em cada ponto de Yor sendo 0 salto, isto é, a diferenga’entre o limite por pontos externos.a Y¥%, e o limite por pontos internos, igual ao valor da fangao nesse ponto. D(v) é neste caso definida come a soma das in- tegrais de Dirichlet de v estendidas a SK, ¢ ao interior de Ky. Vejamos como se apresenta o principio de Dirichlet com a lin- gadgem de espagos de Hilbert. . Seja ae © conjunto das fungoes f que sao i | a) de classe cl en SXoe as restrigdes de f ao interior de | By ¢ 8 S-K, podendo ser prolongadas diferenciavelmente em | una vizinhenga do, | | = 140 -. bd) tais que D(f) 2 +00. Provemos que ‘ 9! (8.6) yr kay te HW E! evidente que vjivg satisfaz a). Qaanto a b), temos lo~ calmente . * 44 Aly ay) > ey, (dn, 39 “WS ay / < ey ‘ei [G52 «2 ere Logo, se “D(vy) < +00, B(vy) < +00, também D(v,+¥9) x +00. }] ane Também vale ap! ‘ (8.7) veh as Awe Y Areal Inediato. 30° 6 pois por (6.6) © (8.7) um espago vetorial sSbre Re Ine troduzines en 42! um produto escalar A * (8.8) <%s%y) a av, Navy. 3 Proposicdo 50. se v,,v, € 12, a integral em (8.8) converge. De fato, tenos (8.9) 2€%,%)) = vy +> = Lyd - dvy%> © que prova ‘a proposicao. Escrevendo av, avy em coordenadas loceis, segue imediatamente que (8.8) define uma forme bilinear Binétrica, Ainga sais, (8.20) Krpyy = at) | - 1 - @ portanto = constante. YO; Ly wy} = 0 = 3 Definimos en 32 - uma relagdo de equivaléncia WV => vy- ' Chamemos de YY, 0 espago obtide de HH, identificando fangdes equiva lentes. 0 produto escalar induzido em XH, tem entdo a propricdade

=o SS vy = 0 Gon relagdo d nétrica assim definida, 12 nom sempre é comple~ to; a Ginica condigde que falta para ser espaco de Hilbert. Chanemos agora de 72, 0 espago das fungden admissiveis com a mesma identificagao, ey © das fungoes sempre diferenciavéis, Tenos wocw, ah, c de Ainda mais, se ae €%,, ontio v-¥, € 10,5 inversamente, se ye Ry, entdo %E Ror Wye, € %,. Portanto 3, 8 © transladadé de we 9 POF uma funcao admissivel qualquer. = constante. Principio de Dirichlet. fxiste en #, un ponto u cija dig tancia a= \YD(u) a origem 6 minima . u é harm@niea em S- Xe Isto é, existe uma fungdo admis sivel u pare a qual a integral de Dirichlet 6 minima. Nao 6 surpreen- dente que u seja harmdnica om S-"Yo¢ de feto, lonbremos a apresen— » 4%, tagao cldssica: 6 dada uma regiéo RB no plano (x,y) limitade por uma curva de gordan ¢, ¢ una fungao ® con tiiue sébre we fungdes adnissiveis sio as fungées definidas em, de classe cl, que em © coinciden com 5 procuramos o minimo da in- tegral 2 27 f sf ae. 2 + ($=) | ax Nay J J [ 32 oy Suponhamos que exista uma fungdo f duas vones diferencidvel que ai o minimo. Entao da férauia de Huler-Lagrange do c&élculo das variagoes resulta imediatamente Ot=o isto é, f 6 harménica. Pars a demonstragéo do princ{pio de Dirichlet, cf. Herman Weyl, Die Idee der Riemamnschen Flichens Springer, Introduction to Riemann Surfaces. 5. Construgdo de diferencieis harafnicas. Agora podemos resolver sem mais a questao da existéncia de fun- g6es © formas diforenciais haraénicas on téda $ execto em certos pon- tos onde apresentam singularidades. A Proposicao 28 nos permitiré on— tao passar das diferoncieis harménicas pare as diferenciais abelianas e finalmente, por integragdo, para fungdes meromorfas em Ss. a) Assia, provemos que fixado ¢ € 5S, existe uma funcdo, harmé- nica en $-0, que em 0 se comporta como RO/2,): basta aplicar o principio de Dirichlet tomando $ x, x, = + a ye ae Xt y5 ae Esta fungdo $, definida numa vizinhenca de Ky, tem as propriedades exigides, e em 0 se comporta como RQ/2,)- Pelo principio de Di- richlet, existe uma funclo u harménica em’ S- Yor com salto > ’8bre Yo: A fungdo U definida por } 2 oem sx, ad O. kb en x, serd entfo.haridnica em $-0, com a singularidade do tipo desejado em 0. - 43 - A diferencial aU em consequéncia, 6 ume giferencial hermd- nica em $-0, que em 0 se comporta cono W,(-dz/z2), Ainda mais, se ({ é um caminho fechado em § (ciclo singuler diferenciével) que nao passa por P, vale [= =0 x pois a. 6 uma diferencial exata. Podemos provar agora que se S e compacta, as propriedades de Us i) harménica em $-0, com singuleridade daca por’ R(az/2?); ii) ter integral nula em qualquer caminho fechado sébre S$ que nao passe por 0, determinam aU .univocamente. De fate, se 6) 6 outra diferencial com ag mesmas proprieda~ des, (> -dU' é ume diferenciel harménice en t0da $, com integral nu- ia sébre qualquer caninho fechado, portanto adnitindo uma primitiva bem definida em $ por Qa #(a) -f o> -ay &% £(Q) devendo ser haruénica em téda $, 6 constente, o que prova a e~ firmagdo: = au. we Fotemos repetir o raciocinio numa situagdo um pouco mais gerel: fixado PES, se 2 6 um piu. em P queremos eed una fun G0 harménica ea S-P que cm P se comporte como RQu™ + Para isto tomamos, se z= x + iy = roi) a cos nD or cos nf b = sae ye cos np r °. sendo a segunda porcota acrescentada para anular a derivada normal ae sébre [2{ = rplicando ° " wrinetpto de Dirichlet con esta fungdo $ » resul ta uma fungdo u com salto 4 sobre X,, = lag - a oem S-K, Pu on Ky a . poten, satisfaz as condigces. A diferencial aU.) 8 uma gfersiat harménica em SP, gue em P se comporta cone (R (“2-82 ml) 4ndlogamente, tomando sen n sen n o- “ee = . constraimes una fungao Ut np queen P se couporta’ como See =Q(-iz™) e cuja diferencial wr inde) By comportia como (R (ABS2) wal) : As diforencinis MW, p ¢ yp tém ainda a propriedade que, se ¢@ um caminho fedhedo que nao passa por P, ys 6 harmonica em S-P @ om P se , J Wipe [ae = 0. ot cg Inversamente, as singularidades de aU,» © aU, © esta dltima pro- priedade detorminem univocamente estas Seerencieie se_S_ for compac~ 4a; demonstragéo como no caso anterior. c) Fixado P€S, seja 2 um psu. om P, tal que se possa con siderar um disco K ée centro P correspondente a {el gl. Tomemos on K dois pontos P, @ Pp, distintos de P, suponhamos que Py cor vesponde a0 valor 2,, Py ao valor 2, do p.u. Queremos construir una fungdo Uyp hern@nica exceto om P; e Fy, quo em XK se comporte oo mo on & 208 Tp + log 4} onde ry = [ane], rp = [ze5|- Consideremos os pontos Pi, Fy correspondentes respectivamen- te aos valores 1% e 1/8, ao p.u., soja ri = {z-1/a,, rhe = |2-1/%,| © tomemos » fungac > = Fa{cree ¥1 ~ log rp) + (log ry - log =} @ segunda parcels sendo acrescontade para que o tenha derivade nor- mal nula sdbre o contérno x de K. Se tomarmos um isco K um pou co maior que K, mas de modo a nde incluir Pj e PL, entdo © sera regular.e harmonica en ‘%* exceto nos pontos BP, e Py. Polo princi pio de Dirichlet existe entao a fungso U, p satisfazendo 2s condigdes “desojadas: baste tomar a funcao u harménica em S-¥, e com salto O ao longo de % que dio minimo da integral de Dirichlet, o tomar wu oem S-K % ud em x f } 1,27 4 i Mais gerclmonte, sejam agore P, & dois pontos distintos quaisquer da superficie de Riemann, seja (& uma curve sdbre § ligan do ésses dois pontos, Podomos cobrir por visinhangas coordenadas © em seguida tomar pontos em nimerce finito PosrssoF,, sébre K ae modo que cada par P;4,P, (ponto P= Py, @=P,) pertenga a wna viginhen ga coordenada. Construimos em seguida as fungoes Veia,g (4e2,+-.,2) cor- respondentes aos pares de pontos como acima e tohamos (8.12) Ug tag teet Uayn As singularidades nos pontos intermedidrios Poy+++sPy_) Se cancelam na soma (8.12). De fato, no ponto Pos Uz se comporta como an 2 Blegt ak i me 18 [zz] © Yes come Fp ae 08 P.U, was vizinhangas corrospondentes acs pares PisPy © Pos Ps respectivanente. Ora ~ onde 2 ¢- 2! designam sel wel 8| el Tema, ar nag) ET - 146 ~ 4 primeira parcela é evidentemente regular em Pp» @ segunda também pois BZ 6 Zlez} sendo ambos p.u. om Py, seu quociente é regular e nao nnio. Assim construimos uma fungao com singularidades nos pontos P, Q:dados arbitrériamente em S e sdmente nesses pontos, . A Gerencial aU, g ¢ uma diferencicl hermtnica om t6aa S sxeetuades 05 pontos P,Q o que em P se comporta cowo (sat Pontos; nem dos p.u. cscolhidos em P e @, depende sdnente de >? e a 7 4) Com as mesmas notagdes do caso c), consideremos a fungao onde Pp = aralenzs), (Py~ ane(a-zy). ndo 6 univoca om K, mes se tirarnos de X uma curva G ligando P, © P) © contida en XK, podemos tonar no resto do EK ue ma determinagio nica. Em particular, \Y serd univoca ea x*-K ¢ harmnica. Se tomarmos agora : OL, - 9) + OR - eb} . ~ ' ~ onde Py = are(z - 1/31), P= axe(z - 1/2,), torenos que ten derivada riormal nula no contérno de K e bodemos determinar uma vi-~ ainhenga do anel ©*K ne quel > harnénica. . Felo principio éo Pi let existe uma fungao u harménica exceto no cont dino ¥ se K, com saito igual ao valor de © nosse contérno, Wao podemos, cono antes, definir uma fangao univoca utd=v em K pois @ nde é bem definida, was a diferoncial ae $ é univoca, e a forma dada por ~ ov, = ¢ yp =f x - MT - 6 "una forma harmonica em t0da S excetuados® Py Py, que em P, se ids widz gonporta cone R(5 (any) £88 Fe ome RG (em) Ainda mais, se O{ 6 um caminho fechado que nao encontra o ca~ minho @, vale { ey, = 0 o pois em S-G, @U,> tem uma primitiva bem definida. Por outro. lado, como @ sofre una variago igual a +1 quendo so atratessa ¢, podemos dizer que se & corta * uma vez, entao [ Wyy=tie “ vo Podemos ainda como no caso anterior, tomar mais geralnente dois pontos P a Q de S ligados por uma curve Q{ e definir uma diferencial com singularidades sé em Pe Q, harménica no resto de St vasta dividir em arcos parciais por meio dos pontos Py5.++yPy_y sendo P, 1, P; contidos numa viginhanga coordenada, e formar as di- feronciais aU; _ ,. Fazendo a soma, desaparecen as singularidades nos pontos intermédidrios, Precisaremos mais tarde da seguinte proposigdo: Proposigao 31, Sejam PF e Q dois pontos de S, & um caminho ligande ésses dois pontos, aU, a diferencial correspondente @ O pela Gltima construgdo, e seja &@ uma diferencial fechada em 8. Entao Jayne = fe & x Demonstragao. Consideremos om primeiro lngar o caso em “que os dois pontos, que indicaremos com 1,2, estejan contidos num disco X dado por |2| <1. Tomenos ainda um disco K', dado por felgaga de modo que 1,2@K' e um caminho unindc 1 e 20 contido em x! Bm, K'- § 6 ddis pontes P, = HX(ty), Bp X (4g), dizemos que Py) precede Py se ty < ty. Definicdo 54. Suponhamos dado sébre a superficie V um reco- brimento por abcrtos conexos, tais que a interseegdo de dois doles seja * ainda conexa (p.cx., se V est& triangulada, o recobrinento pelas es- trelas em volta de cada vértice). Duas curvas X e X* sébre ¥ se dizem vizinhes se existem pontos PyysssyF,y sObre KX, LP Pe sdtre X* tdis que ~ 152 ~ ®) Py» X(0), P= (1), Fy precede P,,) para todo todo iel,...ny FL =Ox%(0), Pean(1), P¥ 4, Brecede * je Pijy Para todo iel,...,n. b) Para todo i, 1 €i< n-l existe um aberto do recobrimen- to que contén os. sroos de oxtremidaées PpoPy,, sobre X , © PLP, sobre KX". De maneira semelhante define~se poligonais vizinharas. Demonstra~se que duas curvas vizinhas com mesma origem e ex- tremidade sdo sempre homotépicas. Admitiremos sen demonstragac o seguinte teorema? Beorema 23. Se % e X' so poligonais fechadas viginhas va- le s(a'5) = 5(% +@) qualquer que seja a poligonal fechade B- orolério. Se 6 uma curva fechada, orientada, @ uma po- ligonal, %" e y%" poligonais fochadas vizinhas do OX s(t.) = = s(t", 3). Definicao 55. Dadas duas curvas fechadas, orientadas, X e seda O(* uma poligonel vizinha de X , (uma poligonal viei- mha de , que nfo tenham lado coman; direnos que o nimero de inter- secgdes de X eé : 8( 5{b) = so", 8). ' Pelo corolario anterior, s(x oe) nao depende das poligo~ mais X , @ escolhidas. . Propriedades do nimero de intersecgdes. 1) 9(%1@) = -8( 8.4) -2) se Ko, s(K,B)-0 VO 3) se x wv ots 8(¢ 58) = s(',@) ¥ A) se ow x ta," olq 5 Q) = a(o's@) a(a', B). A propriedade 3) significa que o nimero de ‘interseegoes ‘de duas curvas s6 depende da classe de homologia a que portence cada.uma, logo é uma fungao definiéa nas classes de homologia, com valores inteiros. De- monstra-se fAcilmente quo dada uma classe de howologia singular existe Sempre uma curva que pertence a essa classe, portento o mimero de inter- Secgao define ude forma bilinear antisinétrica no grupo de homologia sin- ~ 153 - gular. . Seja pois V uma superficie compacta, triangulada, seja Vyrre+s Yq ma dase do 12 grupo de honologia Singular Hy(¥). Sejan %&+ @ caminhos abertos quaisquer, KY te aK 6 we my, Hee +n: Ponhanos 835 = 9 Yar YD Entao s(x »@) = > as8,5 . and 4 , Seja agora Yura uma outra base de caminhos, {ori amatriz da mudenga de bese Me ae Y) Obey p que é uma matriz de inteiros, nao singular, com inversa também de intei, ros, logo det Moc, 5M etl isto é, eel é unimodular, Gonsideromos a matriz antisinétrica S= legs. ~ . . Em relagdo @ base Saree ¥y) a matriz da forma s(¢ 2@) send ida = etal eaglh = Mex asH act {fo4 lf = det Heasit ~ 154 - & um inveriante. : Verifica-se facilmente que, se tomarmos uma base de retrosec— By sPyy +98, (p = b/2 = genus) no sentido dado no fim do cep. Iv (ver figura 15), isto é, em que cada par aj, d; tom um ponto goes comum, elementos de pares distintos nao tém ponto comum, a matriz § toma a forma HO 2 0 oO... on ia 0 0 0... off : it saffo-o0 0 2 or 110 0 -1 0 or . it uf © entao act $= 1. Do fato de ser det S= 1 segue que dada uma base Vareees Yn @ ntimeros inteiros Cyseeesc, existe um caminho % tal que 8(O X53) = De fato, se Kw Ds Ya Sree =o sistema de equagdes lineares em x ven "pr1+19%, 00m eoeficientes intetros determinante 1, quo tem una solugao, tnica, constituida de inteiros, A classe de homologia de 6 pois univocamente determinada pelas condigées 8(X,Y¥,) =e, ialyeyhe = 5+ © espago vetorial Sas diferenciais harmOnicas em t6da S. Podemos egora completar o estudo do caso a) no-§3, en que de~ finimos, dado am caminho fechado % sGbre S, una. diferencial harméni, 155 - ea dJ associada, sem ssingularidades en § e tal que se uma curva fechada @& atravessa q uma vez, entao | wm ati a * Podemos agora afirmar, mais precisamente, que se 6 atravessa of da direita para a esquerds, a integral vale +1, pois entao U,, sofre um aeréscimo +1, caso contrério, a integral vale -1. Resulta que se 2 ¢ um caminho fechado, ¢ @) uma poligonal vizinha Ge @ , entao oe : e . (tomainos esta poligonal auxiliar para conternar o cso em que @ — tenham infinitos pontos de intersecgao). Quanto 4 dependéncia entre ay, e & , podemos enunciars se S 4 uma superficie compacta, DY se Kw, ayy = a, 2) se Keno, ay, = 0 ° n ; « a 3) se x G+y¥ au yt Uy . A primeira propriedade diz que nac sé dY nao depende dos Pontos de o usados para sua construg&o, como depende ‘apenas da clas. Se¢ de homologia de Y. De fato, se Koby fo, = f ay = a(ot,8) = a(x, 6) e 4 r [% = s(o.¥) = 0(8,¥) = | au, ‘ x qualquer que. seja X-+ 48 integrais sendo iguais para qualquer ciclo, € § sendo compacta, wy, = dq. » e Andlogamente se verifica as demais prog iedades. Supomes agora que S seja compacta e soja Foreee Yop uma. base do 12 grupo de homologia. “A cada Mi corresponde uma diferen~ cial harménica que indicamos com guy: w,5 v, aS = 156 = Besas diferenciais 4U,,...,dU, tém as seguintes propricdades: 2p 1) sd linearmente ingependentes sobre ceorpo real. De fato, suponkanos >» Aga, : 0. Integrando sébre Yy_ vem > AG a = 2, de | Wy = 8X5 Xd = Say Se segue Do amie =O Cees eee429) logo d= += Ag, 70 pois det lea! #0. 2) dades os némeros reais fia +> lap arbitpérics existe uma combinagdo linear das aw, . = BB dey que tem pefiodgo by veletivamente a Xe (k=1,...,2p). De fato, [o oD aa m= 5> AP ie T “ast = e@ © sistema Dasic * Ye determing Ayers Apps Bxiste pois uma forma harménica con;geriodos dados. Alen dis- So, essa forna é Gnica. De fato, se Gs é outra forma harménica com iguais ‘perfodos, Wo2 We wt ° tem os perfodos nulos, sua primitiva é uma fungdo bem definida om 8 e@ harménica em téda 8, loge constante e 4, = 0. :Resulte entio finalmonte que téda forma harménica em S$ é combinagio Linear com coeficientes reais de Uy 44-3 4A, De fato, dada a forma G} podemos determinar seus perfodos: fea "Hi Ke Lye Ore, existe uma combinagao ~ dos qw,, seja 57 A48U, , com ésses pe~ riodos 6pola unicidade provada, ® = AgaU, As formas GU,,+..,dUp,, formam pois uma base para o espago ve- torial das diferenciais harm@nicas em téda $ sébro © corpo real. 6. Formas abclianag sdbre uma superficie de.Ricmann compacta. Dada uma forma aU harnénica em S menos num conjunto ae Pontos isolados, a forma aU+idU* 6 uma forma meromorfa em § (of. proposicao 28). Assin as formas harnénicas que constraimos nos dado as formas abelianas sébre $. : a) Formas abelianas do 18 espécie.” A uma diferoncial sem sin- i gularidades, isto 6, hemdnica on téda S, corresponde uma forma holo- morfa em todo ponte de S, portanto de 18 espécie. Bn particular, se Ss formas dU,,+++,dU,, formam uma base para as diferendiais harnéni- 4 = 158 '- ¥ eas em t8da 8, as diferonciais holomorfas « cco Dy = Uy + i ay Ko ly... ,2p s&o tonbén linearnente. independentes sdbre © corpo real, © t6aa dife~ vencial absliana de 18 espécie 6 combinagho linear de Wy rors py com cosficientes reais. Resulta pois que as diferenciais abelianss de 18 ospécie sébre uma superficie de Riemann compacta de genus p formam um espago vetorial ae dimensio 2p‘ s8bre o corpo real, portan- to Ge dinons@o p sébre o corpo complexo. Observenos ainda que do fato de uma forma harmértica em S ser univocamente determinada Por seus perfodos, segue que uma forma de 18 espécie fica untvocaments detersinada quando se conhece a parte real de seus pertodos, pois isto caracteriza Rw) e wo * Rw) + IR(wy. >) Formas abelianas $2 28 espécic. Dado Pe S, exiate (ca~ 80s a), b) do §4) uma diferencial aU, p harmOnica es S-P, que em P se comporta como @ (=282), n> 2, o’una diferencial aU, p harming ca também'en SeP que em P se conporta como Rae, As aiferen 2 eiais abelianay * Oe Uy pet wp “ = aut = at, +t aut, 80 pois holonorfas em S-P, @ em P se comportam respectivamente co- mo -nde/a™l @ anaa/e™), tan pois em F um polo de ordem 3.2, con reeiduo zero, isto 6, sdo diferenciais de 28 ospicie. Tom ainda @ propriedade que se & 6 um caminho fechado que no passa por p to. [0,2 - @[ 4,» =0 % ‘x °.eete Propricdade, juntamente con a singularidade em P, caracteriza completamente essas diforenciais, ~ 159 - ¢) Pormas abelianas ge 38 espSoie. Dados dois pontos quais— quer, Pe Q, Ge S pelo caso c) do $4 existe uma diferencial ap, que 6 harménica exceto em P e Q, © gue em P se conmporta como (-d2/21tz), em Q como Ql(dz/2w2'), sendo ze um piu. em P, 2! um peu. em Q. A diferencial * p,q 7 Mpg tH AUT y 6 pois holomorfa em téda 8, excetuados os pontos P e @ onde tom polos simples, com as singulari@ades ~d2/2u2, aa'/2its' respecti- Vanente, portanto com residuo’ ~1 em P, +1 om Q. Bf pois uma diferencial de 3% eapécie. Esté provado portanto existéneia de formas abelianas das t#es cspécies, kinda mais, as diferenciais de 18 espécie estio dae determinadas: téda diferencial de 18 espécie 6 combinago linear com cceficientes reais de diferenciais Oyreery Gy onde cada 0 oor= responde a uma classe de honologia de caminhos de S$. Fodemos der também resultados sdbre o conjunto des diferon- edais de 28 e 38 espéciess Sejam dades em §. os pontos PyseeesP, arbitrérios, em ca- @a ponto P, uma parte meromorfa AG) a) ah) 25 tt ee HL) ae isl, z zi aed Sendo os A niimeros comploxos quaisquer com Dia® 20 t Frovaremos que existe une forma abeliana que om cada Py tem ea singu- : jaridade dada © @ regular nos denais pontos de S. am cutras palavras, ‘ pode-se dar arbitrdriamente partes ncroncrfas on um zine ro finito de Pontos, desde que a sona dos residuos seja nula, 2 constrair uma forna Beronorfa que tem singularidades nesses pontos fixados, con a parte me- Tonorfa dada, smente nesses pontos. Ainda mais, essa forma Berd ex- Presse cono combinagdo linear das formas jd construidas, - 160 De fatoy dado Py podemos construir uma forma que em P, tem © comportamento dado por como combinagao linear de UR eae 0 mesmo podemos fa~ ver com cada Ps, © indicaremos estas formas por QO Tomemos em seguida um ponto © qualquer, diferente dos Py e Hguenos 0 a Py,...,P, por caminhos. Considerenos as aiferen. elais de 38 espécie Ww e formemos OsPS (4) Q - ) Anr Bo,p, i que é regular em 0 por ser > ah) = 0 © tom em Py,...4P, 08 i residuos desejados. 4 diferencial we V+ e+, satisfaz ds condicdes dada, Et imediato por outro lado que duas diferonciais com as nes- mas singularidades diforen por uma forma de 18 espécie. Obtemos pois t6cas as formas que tém as singularidades dadas somando a 3 t6das as diferenciais abelianas de 18 espécie. Ainda mais, dadas partes me- Tonorfas arbitrdriamente em um nimero finito de pontos de S e 2p nimeros reais exiete uma © uma sS diferencia} abeliana que tem preci- sanente essas partes meromorfas e ésses nimoros reais como parte real dos pericdos. Bssay diferencial pote ser obtida cono conbinagao 1i- near des diferenciais obtidas ema), b) ¢ ce). tha “APfrULO IX MATRIZES DE RIEMANN Estudaremos aqui os perfodos das diferenciais abelianas sébre uw ma superffcie de Riemann compacta Vp de genus p. Vimos j& que uma diferencial de 12 espécte fica completamente determinada ‘quando se conhecem os seus perfodos, mais até, quando se conhecen as partes veais de seus perfodos. Porém éstes perfodos nio ‘podem ser dados ar bitrariamente. Alem disso, dada YD podem~se. construir certas matri+ zeS reais ou complexas associadas as bases de diferenciais holomor- fas cujas Propriedades serao tambén Pesquisadas. il. As diferenciais harmonicas p92 Bay associadas aos 'Tyr0+4 Top de uma base de H,(V,,) 34 associamos a matriz inteira ndo singular antisimétrica S=Isgy com det. S=1 em que ~ Bey = 8(%y %) =| av, % Tomando agora I, 4 vird > pondo Aow B= formanos a matrig Be tegd. Propriedades de T: 1) 1 é simétrica. De fato, da proposigdo 31, pg. 137 results De fato, ge os . 2. : soe meagan x aya ye 0, Aa : - “papte Com Ayy sony Aap reais quaisquer, vom Mas” = P dx + Q dy é real, logo . BAR = (p25 02) axaayro | PAS 30 <= pe0 logo : VAs reads ed ty a s%e>0 ‘AL = = = AL = Ta ee tee op 7 0 “Pinainent’” construimos ainda mais uma matriz observando que ©, J sendo una forma holonorfa, - * Pas faye =e também é holonorfa logo - G1, 0065 ap tem a propriedade yae resulta imediatamente de (9-1) por ii wy oy. Ainda mais .0go - va ainda » fby donde segue mais uma’ propriedade as matrizes Se Ts: (ra)? = 2g Lf] 2. No espago vetorial H das diferenciais Finalmente, vale Bestar. harmonicas reais sdbre a‘superffeie de Riemann coupasta V pedenos distingulr os seguintes ° ak entess a) uo endomorfismo I; aU-——>'av Sg subgrupo disereto [“(ae rang 2p, tal que Bl; b)-um que tém perfodos inteiros; o) uma forma bilinear > wa, av.) . . “ff, avaav, - \ . ~ 5 i - Esta Forma y se tomiarmos uma-base aUys oees QW, de H define uma | uatriz 5, por 1 B= I dau, v5) » ainda uma matriz | = \ Hau, au Nos Consideremos a situagde um ponto de vista Paranente algéorico: Seja EB um espago vetorial de dinensio 2p sévre Ry [oc Eum subgru © dlscreto de rang maximo 2p) I um endoorfismo' de E satisfazendo 22, Qe a 5 Chamamos forma de Riemann de E relativanente a I” una forma bi- Inear real com as seguintes propriedades: 1) Alternada isto é, de rang wdvino) das formas A 2). (iy Ty) = > Gey) 3) (x, k)>0-se x #0 4) > (Lx Pe a. Dada + determinamos a matriz $ de +, isto é; - 8= IP Oy Ap ‘onde a yreees gy 8 é uma base ‘de ct sébre Z (ogo de E ‘sdure R). béo endonorfisne Ir definen ainda ‘a a matriz - Leb Ay aye “As propriedades de ¢ sdo entdo equivalentes as seguintes proprie dades de Se 7: . 1) 86 antisinétrica 7 ° S41) 06 simétrica ~ . Pus '444) 1 é definida positiva “4v) 8.6 inteira Voltemos ao espacgo H; considerando também o espago HOH das aife | reneiais harménicas complexas « A forma $ esta definida tambem em f, le goza das propriedades 1), 2), 4) e | I I 34 (2, Tz)>0. se 2#0. Aqui existe uma base de Fe val que “( 166 ~~ e . we ista tomar uma base de retros. seegoes By p06 5a, pidpree vy e as corres i indentes aiferenciais. av, peed, 9 AUT, Foon gd,’ | ay . Ento, se xeHe se . 9 os perfodos de-x, ven x= (au, -2,ay). . Ee Ey ay Roganente y. se yefle AD By sao os perfedos de y, tox : * owe x (agen, - Bau,» oe Gay) = zB CyB} ~ BAT) Le-6 (au, av, . % (aU, 4 a, = > (aU, 2, $ (au, “ey = 0 se iA gj. 3. Releccss biliness Tembrango que uma form’ we H é holomorfa se e someon te se wt " - dw vem que se w e wt sso holomorfas $ @, wt) = eja ~3X7~ > . ' te ae - Oe (sao Bs ap 2.0. : que 6a prineine retecko de Rienann. ! De fato, - ; } (wot) = Wwe at*) = $(-ta,=t0) = = $(w, 0"). “0s perfodos de duas formas holomorfas ; qnaisquer esto pois li- gados pela relagao - (96242 wo Lot Se ” é holomorfa « com porfodos bys By wF 0, de \ “0c Ww, o*) = $15) = 4 (0,0) i ‘segue Soe - | (9-3) ON FE Gy By By Ay2 0 que é a segunda relacdo bilinear de Riemann. Uma consequéncia particular de (9.3) é que uma forma holoworfa néo 4a@énticamente nula nao pode ter nulos todos os A-perfodos ou te dos os B-perfodos. ‘Também nao pode ter perfodos todos reais. Estas séo condigdes necessarias sébre os perfodos. Nao sao su ficientes: Haupt (Ein Satz ber Abelsche Integrale 1. Gattung, Mathe - Zeit. vol. 6 (1920)). demonstrou que se p>1, isto 6, se V nao é wm toro, no pode haver.en V vma.diferencial .holomorfa s6 com dois pe= _ rfodos ndo nulos} provou ainda que as condigdes (9.2) e (9-3) @ mais esta sao suficientes para que exista uma supertfeie de Riemann para a quel os nimeros Ay, B, sao perfodos de uma diferencial holomorfa. | i 4e Base candnica das iferenciais de 18 es pete. 0 espacgo a das formas holomorfas tendo dimensao real 2p tem ai ens& complexa p. ‘Tomemos entao uma base complexa By reeerh, de B, el Wed A natriz A ten rang p ‘pois se, indicando com Ry os vetores de consideremos as matrizes A= o y inha de AS tivermos . ~ . ty Ape atdo a forma * - oe : ode, ¥ . / 2 spd todos os A~perfodos ‘nulos, logo W= 00 que implica t).= ctr = t, = 0 pods as’ %, formam uma base. Existe pois uma trans~ semagao Tinead em Ee que leva a base Pyres b numa base weitta Pos dita canSnica, para a gia oN to é, para a qual a matriz Aé a matrid unitéria. Ainda para a ba canéniga a matriz B temas seguintes .propriedades: . 1) Bé simétrica De fato, da 1% relagZo de Riemann (9.2) segue igs MY) = Beg ~ Boye = 0 . 169 -3i)~ 2) B tem parte inagindria definida positiva. De, fato, se we DA zgue de (9.3) } @e*) = 4 2 Byym Bagg) 9g ye? 0 i 2. (By. By.) Ajay 0 2 é negativa. Mas entdo, no caso pre urge a segunda questéo, e éste é um problema nado resolvido (Cf. Gers ‘enhaber,; On a theorem of Haupt and Wirtinger, Proc. Am, Hath. Soc. ‘ol. 4 (1953), 2. 3). is &. Diferenciais normalizadas e nor Definicao 63. Una diferencial abeliana (iz-se novmali oS 470 \ 2 han jos os seus A-periodes forem nulos. A téda diferencial abeliana w podemos associar uma (e uma sd) ‘oriia normalizada w!, que tem as mesmas singularidades. Basta pax va isto, se AyresssAy forem os A-perfodos de w, 6 Pyyeeee Py uma Pp vase candnica das diferenciais holomorfas, tomar . owe ws Say. | perinio d =n ofa, Uma diferericial. de 34. espécie diz-se normal se normal izada ; tem apenas duas singularidades » Pre Pz; e en Py se omporta como G2/z%5 em Pz, como ~a2z/z. ‘ A aiferencial normal com singularidades en Py e Po sera indicada om P, Pye : _ Oe . pronosted 42. da aiferoncial abeliana se decompde na soma @ uma diferencial de 1% espécie, mais uma normalizada de 22 espécie, ais uma soma de diferenciais normais de 3% espécie. Demonstracho. Seja w uma diferencial abeliana, Prowse oP, os'seus | 01084 C1 +++9¢, os resfauos correspondentes.” Seja Pj # Py) (1 = Lys+.9r) @ consideremos as diferenciais normais ©p) P,* Entdo, is omo, SJ ey = 9 a diferencial x 21 é regular em P,e a oy Py Py uma diferencial de segunda espécie. Se agora Ayreeeady sao os A~ verfodos desta diferencial, . wo eye p> SA Pe wt 4 me ~22T~ 6. “Relacio bilinear para diferenc’ os Proposic&o 43. Se w é uma diferencial meromorfa, Py seces polos de w,e 2% um caminho qualquer tal que Py RL (Y= lyseest)s entao cE —~-l n aU, Awe We ari res. - v, ot a eee. Pp ~ dpe . ““Demonstragdo. Consideremos a superffeie represen volfgono fundamental 1 (cf. cap. V), indiguenos por #'o0 interior de (Hy. a ‘pelo seu r+ Tomemos em 7 a) para p> 0 bastante pequenoy: 0 nialor-gonfnio Tp. ° % a Sn en: jal que a distancia do contorno de Tp ao contorno de 7 seja pj; b) Hreulos K)1 Ky com centro nas extremidades de 8, contérnos 6); C2, taio “p3. c) efreulos Ky (= 1)...5r) com centro ei 11, rato p. . ~ to Ry x contorno . P Tomemos em Ky um primitiva qualquer f de @, e prolonguemos ao longo de 2. Ent&o (cf. demonstragdo da proposi¢do 41) . i aU, Aw = |; aUyAW = Lin f aU, Aw = Vp t PO ftp -Ky-K,-UK! pt a f.au, ~ > uel. e7S fe “ Gy ade Vp uma prinitiva ae QV, definida om F~2. “Como na demonstra = in -[ £.du, “[f f.du, +f Pp om, 1, c 2 Ro da proposigéo 41 vem aUAw = £(P,) = £(P,) = U,o = - i [ ye tC 2) ~ £(P,) po = [. Le [- a P : » ' - - 2ri- SY: res, -(u, w) ee Sm oN mo querfamos demonstrar. A proposiga 43 vale, por combinag&o linear} para formas 1 hg morfas (em lugar de aUy). Se ° | . ED (au, - Bav, ) tao - . wAw = ow - 2nd resp (£4) (Ayby-Byag) . . \ : que f, ¢ umd priiitiva de ‘©, no-interior do polfgono fundamental | que é simplesmente conexe. Como £,© € una fungdo meromorfa em'r, m an - . XN Lo. , 1 Lf Ne : j wWAw, =D, (ApRY m-Bylhy I . fe: es v, . So, Jer P ! FN . . . ‘8 (ef. demonstragdo da 12 relagdo de Riemann) BO : . ree ~~ iD = ani a resp (£1) -j fo or A primitiva U, a, 8° aU, estd aefinida em # = V, ~ - “Uay - Ubss andlogamente para ty = (A,U, - BU, ) = iby La, a) Caso de diferenctais de 3% esngoie. «>. Seja, na relagao (9.1), w uma diferencial de 38 especie, que indicaremos por 33 suponhamos que essa diferencial so tenha pdlos sinples, fut eosPyy com os resfduos Creer aeys e@ sejam Ajreees Apo BurseeoBy os seus perfodos. Tomemos um ponto Py no poifgono T, UH nanos Py aos P, por *eaminhos Ly + De (9.4) vem, visto que fy é regular, . , a Gel-raD = art = resp, (£1 5) © ard XB ot (Py) _Subtreinde no 2 membro art a £4(Py de, que 6 nula pois 3) oF i 0, ven _ . et ‘ Xr C4yBy ~ ByAy) = ard ET 0 (24 (P,) = £4(PQ)) ou seja mo, _ (9.6) NSD CyBy = BAD) = art Se, f @. ly De (9.5) podemos tirar ainda certas relagées em casos particy lares. Suponhamos por exemplo o; normalizadas, isto éy Age 0 (4 * Flyoweyp) @ soja @, uma diferencial %, de uma base canénica das | WY ~22a- \ferenciais holomorfas, para a qual portanto Ay FI, A #k, De (9 2) vem pois i a Se ainda mais particularmente tomarmos dois pontos Pe Qe para 3 0 para a diferencial normal @pq vird J Tp . iL ono [tel bef \ | Tomemos agora uma diferencial de 3% espécie qualquer 5. Sapo~ amos a supert fete triangulada de modo: que nenhun polo de Os. caia ore uma arestay e nenhum trigngulo contenha mais de um polo. Seja um caminho de arestas fechado sdbre S: podemos-escrever ' D#O% Ry HO, => Orsay +k i 8 OF ‘itp le 9 ~ 0, isto é, fo : coe - [ose ny [ e5 = am Say msg, uy \ % .. 295 ‘ - \ iguemos com ny (2 = Lyeee9r) of coeficientes my; relativds aos oe J contém um polo Py de Xz» com ey o resfauo nhesse polo. Temog we ' 3% ark xy mi cy % outro lado, onde finalmente yesulta a iritegral sébre my expressa por meio dos erfodos efelicos Ay By € polares cy, de w, BI) + art S my s 2 Gay * gap 2 Be Se tomarmos mais geralnente uma -curva C fechada, que nao passe elos polos de 32 podemos cercar cada polo por um efreulo que nao neontre Ce no complementar déstes efreulos considerar um caminho ~ le arestas 9%, homotépico a C. Como neste complementar 85 é regu- x . ar Mele - Sean L . | - dD)” Caso de aifererictais de 2% cadets. Seja w, uma forma com un sé polo P,3 seja zum p.u, om P, © su~ yonhanos que a parte meromorfa de &, em Py seja az/2™ (ny 2); sejam \be By os perfodes efclicos de w,} seja por outro lado w, uma for- aa holomorfa com perfodos Ay, By & coma representagao - #) = bey Fey auma vizinhanga de Ps seja como antes fy uma primitiva de w 1 no pom ifgono fundamental r. De (9.1) vem XS (By - Bap) = and Psp (41 © 1 “BRO~ ¢. . ee er 1 3 Cn. onde . 97) Eazy oat) = ara “Bs En particular, se @, é normalizada e se oF Pe vird 9.8) . art Ste & ° = w,= Be 2 nel . . . x fais particularmente, se ©, = aya? lo0 . S. : Be an (te Je ois 9, (P,) = ood. a \ : . . Pow -3e- capfruno x TEOREMA, DE _RIZMANN-ROCH Construimos ji, em certos casos, diferenciais e fungdes com sin~ gularidades dadas; determinamos também a dimensdo do espago das di- ferenciais holomorfas. 0 teorema de Riemann-Roch nos dard agora uma relagdo entre a dimensSo de um espago de fungées e a de um espago ae diferenciais, fungdes e diferenciais satisfazendo a condigdes dadas sébre ordens de polos ou zeros em determinados pontos, relacdo esta que tem consequéncias extremamente importantes. Entre estas, figu- ram resultados sébre a existéncia de diferenciais.e fungdes com ze- i \ . ros e polos dados, que serao enunciados néste capftulo. Em vista da importaneia do teorema de Riemann-Roch damos aqui a demonstragdo com pleta, embora seja bastante longa e ndo essencial para a compreensao dos resultados. 1. Divisores. Definicdo 65. Sejam Pys +++. P, pontos distintos quaisquer de uma superf{cie de Riemann $ compacta, de genus py myo++» ym, nimeros intedros quaisquer. 0 sfmbolo —— my” m, = pl e : D= Py eee P, seré chamado aivisoh sobre S. O conjunto D de todos os divisores D com uma operag&o defini- da de modo evidente para um par qualquer de divisores (somando os ex poentes) é um grupo abeliano. A operagdo sera notada aditivamente: Definimos ainda uma ordem entre os divisores pondo, com a nota- ao acima, . . D> Ds — mprny (41 = lyeeeor) aa Pi lar, DYC-se todos-os-expoentes so - ¥0.— Dada uma fungdo f meromorfa,em Se PeS, indicaremos com Up(f) ) se f for nula em Py a ordem do zero; b) se P for um polo, a ordem © pole com sinal -3 ¢) sé f ¢ regular e nfo nula, Up(f) = 0. Para aa o fungao identicamente nula, pomos U,(0) = +o VP. Andlogamente defininos Up) se w é una diferencial meromorfa. Definicdo 66. se f $ uma funcdo meronorfa em 8} chamamos aivi~ or (f) def em $ ao divisor Co ' : . Uf) ~ (ys Sl op PY’, . -- -Pes . nalogamente, se w é diferencial meromorfa / Loos U,() a ! : . @) = So pP : : . Pes . ~ Im outras palavras, sk PyyeeesP,, Sdo 08 polos de £, myy+++m, as wrdens respectivas, ¢ Qy avon rQ, os zeros, com ordens Ny ,+++N. en~ ido Y ~ni -m, n. n, = 1 Poot s (£) = Pym eee PL Qa” eee Q fo f ¢ constante, nao nula:. (¢) = 0. * / : chama-se grau total do divisor. Para.o divisor (f) de uma fung ‘sempre O: | (eonsequéncia do teorema 26): elais meromorfas “quaisquer . poe “ace acto) pois “w/e, é uma fungdo meromorfay Démostraremosadiante: gue | a((w)) = 2p = 2.. / / | Os divisores de fungdes (excluida a fungdo nula) serdo chanades @ivisores principais. Formam evidéntemente um subgrupo de D, © pox | . | | aomos formar as classes de O segundo ésse subgrupo; que chamaremos classes de divisores. 86 Dj-o-D,-portencem &. mesma 2 isto é, =| se Dy =D, + (f) egerevends Dy Em particular . Dvo <=> D=(f). j Dadas duas diferenciais mefomorfas Wy 9 Wo temos sempre , 180 toes ~a30- @) ~ (,). Vale DvD, ===> a(D)) = a(D,) nao reciprocamente, é claro. ‘ 2. Definamos agora para um divisor D qualquer L(D) = { fungdes f meromorfas em S$ | (£2) % v} . ¥ imediato verificar que L(D) é um espago vetorial sobre C. Po~ os ‘ dim 1(D) = r(D). _- Definimos ainda . o QW) = { diferenciais meromorfas w | (#) > D} . ambém um espago vetorial complexo e poremos . : © dim Q(D) = 40D) 8 trivial que D{>D, => MDIELD,), 2D) C 2D,). Proposicdo 44. Os espagos L(D) e Q(D) sd dependem da classe do isor, isto é, nf BO pe LO.) DD, => . ie \ [Q@ )) # aD,)« De fato,seja 4 Dy =D, + Ch) onsideremos a aplicagdo feLD,) ——» fhe LOD;), # evidentemente un isomorfisno sdbre pois a) ¢ biunfvoca: fone o=>re pe é sébre, pois” se ge LDP E/he L@, y “hewe. (Dy) & um isonorfismo entre “os Adis espa < .Proposicdo 45. .Se .w:A:0,.e-D é,um-divisor qualquer, SS 40D) = (0 - A aplicagao 7 go scnis ‘ 7 € Q(D) ——> Dy & wn isonorfisms de. QCD)’ sdbFé L(D=@))." “De “Fato, so (r) > D, vale Gi) = Dy oO (B).= (r) » (@) = Gr) =D + D = (w)2D = (w) Logo (w/w) €L(D-W)). Que a aplicagdo ¢ piunfvoca sébre ¢ imediato: <> Tr = 0 : £6. LID-(@)) ==> fwe2(D). Toorema..de Riewann-Roch. Se'S é uma superff{oie de Riemann coupae ta de genus pe se D é um divisor qualquer. sébre 3, vale a relagdo x(-D) = a(D) +12) +2-p. afi \ n. _ pep? ... pm ny20) J = 1, veey te Dizer que f | | HK = Lyeeegm “SN f= 2y..eym tn. Indiquemos por V, 0 espago vetorial formado por estas matrizes que provém de- uma fungZo fe L(-D). A aplicagdo de L(-D) sobre Vp) defi~ nida acima é um homomorfismo: de fato, se _ coor || entao ee LP PL, Por outro lado, se ~ £—-> | ol entao f nao tem singularidades, isto é, f é constante. 0 micleo do homomorfismo & pois o sub-espago de L(~D), de dimens&o 1, constitul | do pelas fungdes constantes, e | : r(-D) = dim Vy +1. Seja agora dada a matriz tof e consideremos a diferencial . " mn nt (do.2) ; o= S75 oO) wd , kel, j=2 Se | o0)] € Vy existe uma fungdo f que corresponde a Joc? 2e o difere de df por uma forma de 18-espécie, que tem os mesmos perio dos que o . Reciprocamente, se o tem perfodos iguais aos de uma for ma de 12 espécie Y, entéo o ~ % é exata, o- 9 = df com fe L(-D) 18. ¢ portanto jo} & Vp. Resumindo co tem perfodos iguais aos de uma diferen Ii OO] 6 y, > { eial de 1% espécie. Cj) Por outro lado, como as diferenciais w,’” sao normalizadas, is— é, tém os A-perfodos todos nulos, o também os tem; e uma dife~ neial de 12 espécie que tenha os mesmos perfodos que o sera idén camente nula: Y= 0, Mas entdo também os B-perfodos de o sao m syora, se alt) indica 0 perfodo sébre by (L = Ly+++yP) de wl) mos fk) no 7 * das" consideragées precedentes segue es) a Se Gs ) - [ef kos Be ol) BE = 0 (hs Lae) 2 Reclprocanente 3 se 0.3) s xs oo) Bld) = 0 Q= LyeseaD “ Kel 552 diferencial o dada por (10.2) tem todos os perfodos nulos, logo é ata: o = df e fe.1-D) 1ogo [of Np © temos . myth [et] e yee SYST of) a3) = 0 Be Lycee kel j=2 m Bn (10.3) temos p equagdes em 3S, mn, = d(D) incdgnitas ep to- ~ k= » como limitagao imediata temos dim Vp 2d(D) - pe (10.4) : r(-D) > a(D)=p4+1 que é chamada designaldade de Rionann. (Com esta desigualdade pode= mos p.ex. provar a existéncia de fungdes meromorfas n&o constantes: se tomarmos p+1 pontos e D=P,...P,4,, r(-D) serd a dimensdo do es- pago das fungdes com polo de ordem <1 em Pye J=1ys0e spel © de (10.4) vem r(-D)> 2, logo maior do que a dimensdo 1 do espago das constan= tes). ‘ Consideremos agora a matriz do sistema (10.3): 3{2) 3{3} .., aD p(2?- 96) gemth) (2) af}. Bay eee BoE ae (2) 3(3) Crt) (2) (3) Cay) [xa] - Bye aye Bie Baye 39) soe Baya eee (2) (3) Myth) (2) “4(3) (ryt) Bip B35 eee ° Bl Bap Bap Bo yp woe Se p é a caracterfstica desta matriz existen exatamente > a(D) = - s0lugdes linearmente independentes da (10.3) e (10.5) r(-D) = d(D) ~ pti, Tomemos uma base canénica Py recor das diferenciais de 1% es~ pécte. Seja 2 4° (a¥ afk) ae Bt ane vs dae © desenvolvimento ae om Pye De (9 8) ven afk) wd) = art see © & matriz alk) Shs | del . (3) ~36 stica p, logo exis ‘em P-p vetores peeeoey) linearmente independentes tais & também uma matriz de caracter f (ey que P = eae (10.6) Dlg wht) 2g 9 FF rere nytt a KE Lyseym fas existe uma correspondéneia biunfvoca entre o S vetores (oyreeese,) satisfazendo (10.6) © as direrenciais ae 18 espécie ais que So ‘ /@2p 8 : 2 fato, (10.6) acarreta que tem em Foun zero de ordem >» m (ks ! \ ~ 5 Lyesegm)s e reclprocamente , esta condigado acarreta (10.6). Em outras palavras, o nimero de diferenciat, 8 linearmente indepen ntes com divisor > p ° iD) =p -» nde, por (10.5), “r(-D) = a(D) + 1D) = ped que demonstra o teorema no-easo de D ser um divisor positivo, Tiremos jé uma conseqténcia 4 smann~Roch. Vimos que o grau total\ao divisor associado € o mesmo qualquer que seja w. a uma diferencial Provaremos agora que 42) a((w)) = 2p - 2, : (8% an 7 ‘$e -p = 0, isto é, no caso da esfera, é imediato. De fato a apli ‘eagao r Ats—7E recobrimento de uma félha, tem um zero e um polo, ambos de 12 ordem, logo dA nao tem zeros e tem um polo de 2% ordem: a((aa)) = -2. Suponhamos entdo p>0, © seja Pyr.++2 Pp “yma base das diferenci~ ais de 12 espécie. Como estas diferenciais n&o tém polos» * (91) > 0 e pelo caso demonstrado, (29.8) * r(-))) = 1) + a((P,.) + 1 - Pe Ora, se we 2C(P1)), W/Py é uma fungdo meromorfa sem polos, lo~ BO w= cy, com ¢ constante 5 isto 6 ACP) = Provaremos agora que / r(~(P))) = Para isto, mostraremos que fa ee % (10.9) \ a formam uma base de L(~(P,)). De fato, estas fungdes pertencem a 1(-(,)) s80 linearmente independentes pols as P, formam uma pase das diferenciais holomorfas. Por outro lado, se fe M(-(,))s fy, 6 45° ferencial holomorfa logo t= Loy Py = Oy i fed “ae: ytao esta provado que r(-(,)) = pe de (10.8) .egue a((P,)) = 2p ~ 2 pb)! Caso de divisor qualquer. Seja agora D um divisor qualquer. Valem as seguintes relagoes om w uma diferencial arbitraria: 4(D) = r(D_- Ww)) (proposigao 45) 10,10)" : a(-D) =~ aw) . : a(D ~ @)) = a@) ~ a(@)) is duas ‘iLtimas sendo imediatas. Bato 10. uw) ‘rn(-D) = a0) +i) +1L-p = - <> r(-D) + F al-D) = r@ = @)) + # a(@D-@)) \ ois por (10.10) e (10.7) r(d-@)) + a -(@)) = 1(D) + Fa) teoke Agora, a segunda relagdd em (10.11) é simétrica em ‘D e-@) =D Logo uo . ~ (10.11) <=> 2(-C)-R)) = at(w)-D) + i((w)-D) +1l-p- Isto 6, se 0 teorema vale para D vale para (©) -D e reeiproca~ nente, e o-teorema fica demonstrado para D tal’ que (@) -D~ D> 0 87 ~239- pelo caso a). Resta ent&o o caso em que D+D. (10.12) VD? 0, Vw (@) -D4D, Provaremos que (10.12) acarreta em primeiro lugar (10.13) 4(D) = r(-D) =0. De fato r(-D) # 0 ==> D~D\> 0 | pois se existe fe L(-D), entéo D, = (f)+D é positivo e equivalente ad. . também se i(D) # 0 de 1(D) =r(D~(@)) segue anSlogamente (@) -D~D,> 0 em contradig&o com (10.12). Portanto vale (10.13) e a correspondente (10.14) 4((w) =D) = r(D- w)) = 0. Para demonstrar o teorema de:-Riemann-Roch ‘no caso (10.12) deve= mos mostrar que entdo a(D) = p-1. ‘Primeiro mostremos que r(-D) = 0 => a(p) 0) ponhanios n. n. “sol s P20 D” = Q” «+e QF 20 conde D = D* ~ D7, Temos a(D) = a(D*) ~ a(D") e pela desigualdade dé Riemann . Se (10.15) r(-D*)pa(D*) - p #1 =a) + a(n") ~ pea. Suponhamos d(D)>p. De (10.18) vem ‘ r-D")> a") #Lam te ta the As fungdes fe u(p* =D ”). devem “ser / fungées holumorfas em Q; Cis = 1,.+.58) eujo desenvolvinento em Q, deve ter todos os n, primeiros térmos nulos. Por outro lado se geL(-D*), g'é regular nos pontos ~ Qyrs6+99, que ndo pertencem a D*, Bm 1(-p*) existem pela desigualda de acima, pelo menos d(D~) + 1 vetores linearmente independentes , e podemos impor a(D7) condigdes; podemos impor que em Q; os n, primei~ ros térmos do desenvolvimento se anulem: obtemos assim uma, fungao que’ pertence a L(D™ ~ D*) = *I(-D) 0 que ¢ absurdo pois “r(~D) =.0.~ -EntSo a(D)< p. Como também x(D-@)) = 0, isto°dmplica pelo meg mo motivo ~ wy - Ne - ‘ ~a() = D) D. 2) a(D) > 2p-2 = r(-D) = a(D) +1 -p. De fato, i(D) = r(D-(w)) = r(-(@) -D)). Mas a((w) - D) = "= a((w)) ~ a(D) < 0 logo por 1), r(D~(w)) = 4(D) = 0. “Também aqui o teorema dé a dimens&o de um espago, o espago das fungdes cujo divisor é » -D. " 3) Uma diferencial holomorfa tem 2p-2 zeros. # imediato pois a((?)) = 2p -2e Y ndo tem polos. 4) Wo existe P tal que tédas as diferenciais de 1% espécie. i se anulem em P. ae | De fato, no.caso da esfera nado existem diferenciais de 12 espé- ele. Se p>0O, suponhamos (Pd = 0 para as diferenciais de uma base! “45 1y...sp. TomandoD =P, Q(D) ser& todo o espaco das diferen- clais holonorfas ,\Logo i(D) = pe r(-D) = Ze como r(0) =2 existirt: fungao com polo simples apenas em P o que & absurdo. Com efeito, ta! fungao teria também um sé zero, e ainda, tomaria cada valor uma vez) S seria ent&o recobrimento da esfera com uma félha, 0 que contradiz | p>o. i 5) avo — | fz ~Bg2- r(-D).< a(D) se p>0 fe r(-D) = a(D) +1 se p=0. De fato, se p>0, como nao existe ponto em que se anulem tddas diferenciais de 1% espécie, D>O implica i(D)< p logo r(-D) fungGes £1 ,<+.f, tals que, se pi, é a ordem do polo de fy om tenha > v ePnk > By? fy > “> By 30 : “ wy . : Pyoeeeky formando uma base de L-D}. dda fungao fe L(-D), isto é, téda fungdo com polo em Py de orden < 2p-L, e regular no resto,é combinagdo linear destas fungdes, logo tem polo de uma destas ordens Hy+ Bxistem entao, entre 0 © 2pe1, outros p ntimeros, Pyrees Pp o< PLS Po < eee < Pp < 2px1 que nao s& ordem de polo em P para nenhuma fungSo com polo sé em P, Ea geraly Py 5.0, Pp soos niimeros 1, 2 e+e) De Os pontos em que isto ndo acontece chanan-se Rontos de Weierstrass. Isto é, Definicio 68. Chama-se ponto de Weierstrass de uma supertfeie de Riemann de genus p a um’ ponto P tal que existe uma fungZo com po= Lo‘em P de ordem menor ou igual a p, e sem outros polos, Numa superffeie de genus 1 n&o existem pontos de Welerstrass, \ Se p > 2, existem sempre pontos de Wctorstrass © s& em minero finito, Mais precisamente (cf, Behnke u. somir "thoorie dex Analytischen | Punitionen Einer Xomplexen Veranderlichen", Pes 549 © seg.) se n in~ ica o ntimero de pontos de Weierstrass, vale . 2 : | (10.18) 2p+2 én < (p=) plpti) \ 2 mais . * ~ (10.19) “BS 2p+2 <=> § ¢ niperetftioa. Algumas observagdes de interesse podem ser feitas aqui: a) Numa supertfeic hipersiftica os pontos ae ramificagdo sao »8 pontos de Weierstrass. “ ‘ . . . : u's no recobrimento.da esfera com no méximo p félhas, Basta tomar ‘uma | 45 woh ~BAB~ v3 : . Uma superf{eie hiperelftica ag um recobrinento de duas ‘eéthas da esfera; por (10.16) o genus é p se existem 2p+2 pontos de amit, cagao. Ela pode ser realizada tomando dois exemplares do plano * ‘com, Plexo; sdbre cada um tomamos os pontos By reeerZonaps fazemos talhos unindo 2, @ 22) 2, @.Z, etc. e@ unimos os planos por ésses talhos de modo que se cruzem. . Os. pontos de ramificagéo sendo duplos, num ponto %, (astyiees 2pt2) temos um pardnetro uniformizador dado por t@ = 2 = 24, logo a fungao — tem un polo duplo em Zys Como 2¢p se a superficie Zed, é hiperetf{tica, o ponto ay é ae Welerstrass. (ye Lyeees2p)e os . Com poténedas de ay obtemos fungdes com polo de, ordem' par qualquer. As lacunas py, "sO og nimerod 143)... ,2ped5 ») téaa superff{ete de Riemann de genus p>1 pode ser dada con fungdo com polo de ordem ¢ p num ponto de Welerstrass, sem outros -| . . | polos. i ¢) enese um exemplo de superffoie néo hiperelftica de genus | Pp >3 tonando um recobrimentc da esfera com trés fSlhas 6 pre pontos. de ramificagdo ZyrseerZp49 de ordem 2. Por (10.16) a superffeie ten de fato genus py -Nos pontes-de-ramificagdo gy temos um pews, & dade ef tem polo de ordem 3¢ p é aye é panto de, Wederstrass. As lacunas nao 5&0 1,354.2, logo a surertfote y nao é por 2-2, = 8, logo niperelftdcas existem outros pontos de Wederstrass. 6. Zeorema de Abel al 0 problema que consideramos agora é 0 de saber quando, dado so: ‘bre S un divisor’ =n ~ =a? aoe we Py eee Po hing y ny >0) existe uma fungao eujo divisor ¢ exatamente D, em cutras palavrag ? (dados sobre $ Pontos Ny sooo all, ? PyaeeeaPy saber e se existe uma fug g40 com zeros nos ‘pontos Ny (1 = '1ys..9), poles 08 vontos P y Oss F Lyseey8), sendo as ordens dos zeros @ polos também prefixedas, e sem outros zeros. ou’ polos, Sabemos~ qué: “ama conditedo necessdia é que genus ° 20, Vale entao ca coréma, de ‘Abel, que nos contentamos, em e~ Le 7 : : } nunclar sem ® dencnstraséo, De, : | ” Peo: rena se. bel. Dados sdbie una a supert fore Ge Elenann compacta -) 3 de genus P os Pontos Ny . ity» a condigds necess, dria e suliciente para que en oa 2 Byres 208 niinerog Pos. sitives | Oy. Samy oa i sista uma fungao £ con zero em aM de-orden meta >» polo em | 5 ae orden a j: DD Sim ‘Sm. x ; 2), ‘Betstan bantnhos Wreves os convententes Conde» n= > my = ny ) con orfgen num ‘ponto Nya extremidade num Py de modo que salquer que sejaa difedencial holomorfa sdbre $ se tenha : [oer nsf ec o « AH mM i 7. Classificacdo as Se vy 2 un toro, a © wa fator constante existe uma so eL ferencial holomorfa sbra Vy+ Seja ent&o g essa diferenclal A ¢ B os perfodos de . Os valores de uma primitive de Y num ponto dado correspondendo & integragdo de Y sdbre caminhos diversos com extre~ midade nesse ponto diferem entre si por expressdes da forma mA +nB, myn € Z. Como A/B n&o pode ser real pela 18 relagdo de Riemann, és ses valores fornan no plano somplexo uma rede em que a malha é an ba ralelograno. Dots péntos diferentes, Pe Qy, ao toro’ Vy nao podem corresponder a um mesmo ponto da rede: de fato, em tal caso, a integral de Y ao longo ge um certo caminho entre P 2 Q se- ria nula, @ pelo teorema de Abel ee xistiria uaa fungdo £ definida sox fe. seria un recobr inanto de mia fdlha, isto é, um honeomorfismo analiti co do toro (de genus 1) sSbre a esfera (de genus 0) o que é absurdo. A pontos distintos @o toro correspondem portanto pontos disti @o plane pore aplicagdo. Identifieando no plano pontos By? 2p tals aue : = a, + mA + nB myn é Z@ i 1 zy 38g. ‘obtemos uma superficte de Riemann compacta, Va» com uma aplicagao * ae gt Vy, jem que a imagem de Vi devendo ser aberta e fechada em vy coincide ec vy. Ve vy 8&0 pois conformemente equivalentes e Vy pode ser repre sentado por Vy. j Dois toros. vy e Va s0 conformemente equivaientes se e somente se O08 seus representantes ¥, eV, 0 forem. Ora a condigio para istd | é que V, ¥, se jam senelhantes,, isto é, que. se 4, B cdo cr fo= | dos de V,, A‘, Bt os de V5, se tenha : : A+ BB . Biz OA+ 6B At n 2 que equivale, .pondo A/B = C AV/Ble tha UCB |= 6 com * YTB [> 8 Je fato, se vy e Vy = boa. s&o semelhantes, so evidentemente conformenen~ %@ equivalentes. Inversamente, suponhamos que exista’um homeomorfis to analftico . . % Yy—>Vp \ Consideremos dois exemplares.do plano complexo, 7 & 1; tomemos mm a rede correspondente aAyBe om rt a rede correspondente a AN 31, Tomemos uma malha’ qualquer em 7 e fagamos corresponder uma ma— sha qualquer em 7!: 0 homeomorfismo %@ nos dé uma correspondéncia er ‘re Os pontos de uma e os de outra. Tomando agora um ponto z qualque em, existe um fy na malha fixada e um sé se tomarmos a malha sé con 49 ~ag- lois segmentos consecutivos do contérno; tal que 25 2, + mA + pB myneZ. Az, corresponde 2} no plano 7! pela correspondéncia acima, e entdo fazemos corresponder a z 0 ponto z'e m! dado por zis $+ matt nBte Obtemos uma aplicagao de 7 em rt que tem.inverso pois Wo teme que é evidentemente uma homeomorfismo analftico que leva uma réde na outra, logo tem a forma 5 z't=azt+b e Vy e Vz sa0 semelhantes. Podemos entdo dizer que e cada & complexo tal qe VF 0 cor~ responde um toro V com A/B = %} se : art O48 tos 1¢6 - BF = EL | | | | | © toro, correspondente a y! é conformemente equivalente a Ve recipro | camente. na tes ~260- capfouno xr - CORPO Das runcéus MEROMORFAS SOBRE UMA . SUPERP fore DR RIEMANN: COMPACTA 1. No capftule V demonstramog que se S é uma superffeic de Riemann compacta, z uma fungao meromorfa nao constante em Se wo Bt. Soe E -— Bey wn recobrinento ramificado con n fOlhas se Ww é uma outra gungdo me~ romorfa qualquer, entdo existe um polinémio irredut{yel oraz); uni+ co a menos de um fator constante e “tal” que ‘ o » QP), AP) =o V Pes (teorema 9). No corpo da denonstragdo vimos ainda que o grau de @ em w é no maximo igual a ny Podemos precisar ainda mais éste resultado; observando que se existir Boe E tal que’ se PyreeeoPy sao os pontos que se projetam em 252 a fungdo w toma valores diferentes nesses pontos entao o grau do} polindmio irredutivel Q é éxatamente n. if imediato pois entdo .. Qtr ay) + 0 tem n raizes distintas * ws Provaremos agora Tedrema 28. Dado 2, € S tal que existen n pontos distintos PyaseesP, que se projetam em z, por 2, entdo existe uma fungdo w | “que assume valores distintos em PyoveesPy- Domonstracdo. Para cada Py (4 = 1,...4n) existe uma diferencial | | oIT e2gl- Dy que tem polo. em Pao ndo tem outros polos, e em va se comporta co- mo az/(a-2,)", Entdo toma o, ‘valor. c, em_P,, € basta tomar os ¢, todos distintos. ° par de fungdes Zw se dig entao > Bar Sepa. ‘2, Gorpo das funcdes meromorfas. hte Se indicarmos por K o"corpo-de tédas as fungées meromorfas sébre uma superficie de Riemann compacta $, por z a projegdo z: S——>E, recobrimento ramificado conn fdlhas, temos evidentenente ~ - ws Cz) © K fe 0 teorema 9 ja nos mostrava que esta extensdo ¢ finita, isto é, que K é um corpo de fungées aigebricas numa varidvel e que o grau da ex~ | tensiio é no maximo igual an, pois todo elemento de K satisfaz a uma | equagao com coeficientes em C(z) de grau (2yw) —> Q(wyz) —> 8). Teoréma 30. S$ é conformemente equivalents a S,. Demonstracso. A Pe S associamos o seguinte par: a projeco + = 2(P) e°0 germe de fungao analftica definido por w nesse ponto: 5 P—+»(2,f). ista'é uma aplicagdo dé S$ em 8,-que 6 biunfvoca. De futo, se (P1) # 2(P,) os primeiros elemenic: dos pares correspondentes a Py Pz sdo diferentes, Se 2{P,)= 2(P,), os germes 42 fungdo sao dis~ iintos pela proposigdo 2 Ainda mais, um parametro uniformizador Tr-2(PYI2/P co transfor~ ‘a num parametro uniformizador em S,- Temos pois uma aplicagdo bin~ ifvoca conforme de $ em S, que @ sdbre pois a imagen de S é aberta e compacta Logo coinedag com Sy. As superffcies de Riemann compactas definidas abstratamente podam ois sempre ser definidas por meio de uma equagao algébrica. ~295~ 4 ~racionalmente lentes. Definiedo 69. Seja S uma superf{cte de Riemann compacta, (121.1) . Flayw) = 0 a equagdo irredutivel de 8. Seja 81 uma outra superffeie de Rie~ mann compacta, . (11.2) G(zyw) = sua equacdo irredutfvel. Se existir uma transformagéo racional (11.3) 2 = kaw), W = W(z,w) cuja inversa . (21.4) ~ 2 2a), w 5 wlE iu) . seja também racional (transformagao pisraetonal ) e tal que Flag) = G(2(25w), W2yw)) direnos que Se S| sao bizracionalmente equivalentes. 0s corpos de funySes meromorfas das duias supertictes séo e~ Clayw) & ClZ5w). Teorema 31. Duas superffoies de Riemann sao conformemente @ quivalentes quando e sémente quando 880 bi-racionalmente equiva- lentes. \ Demonstracéo. Suponhamos S e 8 conformemente equivalentes , videntemente isomorfos- - — - | { seja | oe s—> Ss) um jhomeomorfismo analftico entre Se S)- Seja z,w um par separante | ~206- eos Z bo ay kos « : Q w po wy 2 par 2*, w* serd taudém um par separante, por ser . um homedhorf is ~ : } '» logo a transformagdo ot = Ry(zsw) wt = Rann bi-racional, pois 2*, w* geram também o corpo de fungdes meromorfas S. Mas, se ‘ Fy(zys wy) = 0 a equagad de Sy» a equagao Fla sw) = Fy(RyCayw), Ra(aiw)) =O * 2 equagdo de S, logo S e 8, so bi-racionalmente equivalentes. 4 vecfproca demonstra-se sem dificuldade. Vv CAPITULO XII. Soerte an unttopmtsacio, Intreduede. Bnunciaso do secreme # meincinals comscante- © primeiro objetivo déste capttuto & demonstrar 6 teorema da uniferniaagdo: Heorema 1. Téde superficie de Riemann sinplesnents conexa § Sonfermenente equivalente ou 8 psfere Je Rienann S, ou ag plano gon Blexo, ou se interlor do girculo unitéric. Hote teorena resolve o problema da uniformigagie daa fungdes elgébricas: "Dada uma equagdo algébrica P(xyy) = 0, detprminsr una representagao paremétrica, por meio de fungses x= a(2) @ yo y(s) definidas 6 meremorfas am ums regiao G, do pleno complexo, tata que P(x 5595) = 0, de, e sdmente se existir Zz, @ onde se tenha ayex(a,) © y¥o=y(s,)". Mostrencs como se resolve Gate problema, admitings © teorama citado acina, sian. Seja F a superficie de Riemann de P(x,y) «0,6 Fo seu Fecobrimento universal.. Em F goto definidas duas fungdes weronor= fes x(p) © y(p), taia que se P19) = 0, éxiste Po F, para e qual x, xP) Yo = ¥(p,)+ Mas entao existenen F es fungoes 3(3) 6 ¥(B) tain que se p= (3) designa o recobrinento, temos E(B) = x(p) 3B) = y(p). Se o tecrema é Nerdadeiro, sendo T # homeomorfismo analities ¢—¥3, pondo XwxXoT 0 Ya FoT, ode temos duas fungces meronorfas X(a) e Y¥(x) tais que qrendo y deg. ereve G, 0 ponto (X(z),¥(z)) percorre tidas as olugSes da equagio P(X,¥) = 0. , Do teorema da uniformizagao também se pode dedugir o teores ma de Riemann sébre a representagao conforme (Riemann mapping theoren) das regices sinpleamente conexas: "Téda regiao R do plano, cimples~ mente conexa, que nao 6 o plano toto, 6 ansliticanente equivalente a0 interior do efreulo unitério". De fato, R ‘no pode ser equivalente & esfera, pois R nao 6 compacta. Logo, se provarmos que R nso pode ser equivalents 20 = 207 - Plano complexo, o teorema'de Riemann fica demonstrado, Como R nao € 0 plano todo, exietem pele menos dois pontos do contérno, a ¢ by ® entao,a fungao as w*Vae escolhida uma determinagao inicial, pode ser prolongada a téda a re- giao R, © palo teorema de monodronia transforma esta, biunivgcamente, em outra regiao Ry. Se & 6 ponte interne de Ry, & claro que -X 6 pono externo, e entao a funcho t = 1/(w+X) transforma Ry emu Ma regio limitada R, do plano t. Se R fosse eduivalente ao ple ne cemploxo, existiria uma fungio analitica nesse plano, con valores om Ry» 8 qual seria una fungao inteira nao constante ¢ limitada, 0 que 6 absurdo, Concluc-ss que R & equivalente ao elroulo. 2. Repregentagao de uma superficie de Rigmann simplesnente ggnexa na esfera. ' Para demonstrar o teorena da unifornizegdo, vamos construir sdbre a superficie de Riemann simplesmente conexa F, uma fungio helo morfa T =U + 4V, que realiza uma representagao conforme biunivoca entre F e uma regizo da esfera, que pode ser eu a esfera inteira, ou a esfera menos um ponto, ou e esfera menos um arco de cfroulo. Com uaa ulterior transformagdo, obteremos a representagie a que se refere © tecrema, : Tomemos uz ponto 0 €F; seja % 0 pardmetro uniformizedor en 0+ Pelo principio de Dirichlet, existe.em F uma funcio harnénd, oa Us, qué se comporta como Re(1/s) numa vizinhanga de 0, é regu+ lar en F~ 40} © goza das seguintes propriedadss: 1) Qualquer que seja 0 "ciroulo x, de centro. o (imdgen do cireulo [(z| 0, 0 que contradiz a Propriedade 2) da fungdo W. Para sim~ plificar, pedemos supér V, «0, Tonemes. dues fungdea ‘reais defini- as no campo real: (x) 6 p(x), continuas ¢ continuamente dife- Fonciaveis, tais qua se tenha ih(0) = (0) = 0, Pah wp ag mitadas om valer abseluto por um nimero N > 0 © tais ainde que pa- ra x40 ae tenha (x) @ (x) > 0 (por exonplo, pedenos +0 mer P(x) arcte xe p(x) = x°/(14x")). soja ainda X(p) a fungdo caracterietica de A {igual a lem 4, a 0 fora de A}. Po nhanes Wp) = Cue). (VP). X(p). Bata fungdo 6 continuamente diferencidvel ea F ¢ nula em K. Usendo as condigdes de Cauchy-Riemann pera U @ V, Obtem-so pa va PEA e sendo w= x+ iy um pardmetro unifermisador em p, Gh Ade {fee yon]? « + (e@yo]? (G52. Ba4 2) a dy du, gre, poy GB? + a4 x). De (1), segue-se D(w) < au*.D,(u) < co © de (TZ), seguer se que ao menos em uma viginhanga ‘U" de P temes D. (U,W) > Oo, e sendo D(U,W) > Dy (TVW), Begue~se D(U,W) > 0, come queriamos demons, trer, : Hema 2. T 6 pardmetro uniformizador em cada ponto p #oO de F. (Note-se que em 0, um parémetro uniformizador ¢ 1/t), Baste demonstrer que em F - 0} temos sempre az(p) £0, © que quer dizer que, lecalmente, T 6 um homeonorfiane analitico en ‘tro uma visinhanga de p @ um disco do plano. Com efeite, se em un ponto p, fosse d&= 0, ent&o, sendo © o pardmetro uniformizador = 210 - em Por Pondo t= U(p,), terfanos THe ota oH ee la tayo. ry com F >1l © a, 40, Podemos supdr r= 2, 0 que nao prejudicé a generelidade de demonstragao. Uma vizinhanga de p_, homeonorfa a Is| U,e positive para V) 0, o que é absurdo. ato Frova o lema. 7213 - Lema 6. A cerrespondéycia T = Tp) é diunivoca. Denonstragae: Esta biunivocidade 6 evidente se « ponto p esté sdbre uma curva W(V,) fechada. Suponhames que sébre uma curva F(V,) aberta existam dois pontes pt ¢ p" taia que (pt) = =T(pM) =U, + iv,. Ora, para VAM, F(V) 6 fechada, loge ©8 pontos que correspondem a TU, + iV coincidem, Fazen« ao V->V,5 temos entdo, pela continuidade,.e sende T pard- metro local, |p! = pM, come quee riamoa demonstrar. Resuminde, vemos que qualquer superficie de Riemann sinples- nente conexa é conformemente equivalente a uma regigo ¢ da esfera S, podendo-se distinguir trés casos: 1) T6ia9 as cirvas F(Vv) sao fechadas, isto 6, G & téda Seafera S. Diz-se entao que a superficie F 6 de tipe elitico. 2) Existe ume curva aberta F(V,) cem um dnico ponto ut, exeluido, Fazendo ainda a trensformagao + = Ve ~T,), 0 ponto ex~ eluido vai para o infinito, e a superficie dada é equivalente go plano comphexe. A superficie diz-se de tipo parabdlico. 3) Existe uma curva aberta RY Q)y que corresponde a im cfr culo V=V, menos um arco (U',U"), Com uma homotetia, podenos trang formar 8sse arco no intervalo (-1,1) do eixe real. Entao, a equacae Tc. He + » faa cerrosponder d esfera menos ésse intervalo, duas regides, uma exte rior, outra interior ao cireulo unitério. Escolhendo a segunda deters minagho de t (|t{ <1), concluimos que neste caso, a superficie de Riemann é conformemente equivalente ao interior do cfrculo unitério, Diz-se ontdo que ela é de tipo hiperdSlico. Isto completa a demonstragdéo do tecrema de uniformizagao ex nunciado no W. 1. ~ 21g > De agora em dianto, chamarenos @ uma das regides - esfera, Plano ou interior do efreulo unitaric - e indtcaremos com % a fun- go que ostabelece em cada um dos casos o homeomorfismo analitico en- tre a superficie de Riemann F e a regifo G. Tal fungdo chama-se fungdo uniforniganto. 3. Limites de determiriacde da funche uniformigante. Vamos ver agora de quantas maneiras é possfvel aplicar os superficie de Riemann simplesmente conexa F sdébre a regizo Gs note~ Se que polo racico{nio desenvolyide no N.1, na demonstragao do teorema do Riemann, os trés tipes de regives G sido essencialmente distintos, iste é,nonhum pede ser conformemente equivalente a outro. Sejam entao T_@ G duas fungdes uniformizantes que aplicam F em uma mesma re ido G3 entao, co7) 6 um honeomorfiemo analitico de ¢ em of nes, ma, Vamos demonstrar o Teoreme 2. Os homaomerfismos analiticos a! «= f(x) de G om si moana sao fungdes Lineares (fungdes homogréficas). Domenstracdo: Caso 1) ¢ «5 = esfera complexe. Se f dei~ xa 0 infinito fixo (pole simples) e se £(0) * b, entao basta notar que a fungéo (f(z) - b)/z & analitica om téda a esfera, lego 6 cons~ tante e f(2) = az+b, Se o infinito nao ¢ Ponto fixo, pondo o # = 27), tazonce prévienente a transformagio 2 —} 2 = 1/(z-0), 0 temos s' = an" +b= 2.4%. Verifica-se fdcilmente que esta é a transformagao henogréfica mais geral. Caso 2) G=P = plano complexo. Vamos Prevar que o infini- to sé pede ser um polo simples. Com efeito, sendo £ uniform, o ine finito é certamente ponte singular isolado; nao pode ser removivel, pois f£ ndo pode ser analftica e limitada om téda a eafera, © nao Pom de ser panto singular essencial, peis teria que assumir, fora de quale quer ciroulo, valeres arbitrdriemente préximos de qualquer niimero came Plexo, o que 6 incompativel com o homeomorfismo. Alim disto, 0 polo é de primeira erdem, do contrério a corvespendnoia nao seria biunivoca. = 215 ~ Assim, caimos no caso particular do caso 1), iste é, a correspondén- cia é dada pele fungae linear inteira: z' = az+b, com fal 4 0. Caso 3) G* C= interior do clroulo unitario ({s{ £1). Neste caso, o raciocinio se baseia no lema de Schwartz: "Se f(a) é analitica em 0, nula na origeme satiofaz em ¢ a condigao {#(2)| £2, ontdo para todo 2 € c, temos também lela) < 121, e se & igualdade vale num ponto, valera an todos os pontos,.¢ {2(2)/2| 6 constante", Domonstracso: De fato, na hipétese feita, f(2)/s anali ca em C, e pare (z{ < — <1, esta fungdo assume o paximo médulo na cirounferéncia, © portanto, |2(s)/s|<1/e. sdndo P arbitra riamente préximo de 1, deduz-se, para todo 2 € C, {£(a)/2] < 25 mas so a igueldade vale num ponto interno, pelo principio do maximo. nédulo © primoiro mombro § constante, logo igual a um nimaxo complex Xo de médulo 1, No caso de um homeomorfismo analitico 2—32' ae C en mesmo, com conservacao da orfgem, temos pois {2/2| 2, mas pela, mesma razio temos (z/2'| ¢ 1, lego vale a igualdade, isto é, 2! « = f(z) = az, com fal =1. Se.e origem no se conserva e. se rl(0) b (jbl <1), entdo fazemos préviemonte a ‘trans formegao a> 2" = (s-b)/(B-1), que leva b & origem e conserva 4 cirounfe- véncia [2[ = 1. A correspondéncia 2 —y 2', ork entdo da forma zt eaz", com jal= 1. Podemos ainda por a= -u/K e @ = -Kd, Gonde se deduz que o homeomorfiemo neste caso & z-b_ wa+8 GK e- 1 Rese com [| < (x1, que é = transformagdo linear mais geral que conser~ va o interior do cfreulo unitirio. Isto completa a denonstragéo do teorema. Conclug-se que em todos os casos, a fungdo unifornizante T .é determinada a menos de uma transforimgao linear. - 216 - 4. Glaseificagso dee superficies de Riomann. Seja_F uma superficie ge Riemann, # 0 seu recobrimento universal (simpleamente eonexo) o f{ o grupo das transformagdes de recobrimento ae ¥, isto &, © grupo des transformagoes que levan cada ponte § om outro ponto §' que tema mesma indgom cn F. JA vinos que cada trensformagio ae of doterminada por um par’ (5,p'), e que portanto,nenhuma transformagio de [) tom ponto fixe, salvo a tx dentidnde. Sabemos também que F 6 equivalente a f/f. _ Ore, sendo ¥ homeomorfa a uma regifo G, ao grupo { cor vesponde un grapo [ do transformgies de @ em si mesme,-e F também conformemente equivalente a G/{', Conhecendc as formas pose siveis de G, podomos ontdo claseificar as. superficies de Riomam cs- tudando todos os possiveis grupos [7. g& vimos que tédes us trans~ formagSes aéste grupo sao lincares, isto &, séo da forma ts amp nt = Seb com ad - be fo” . Fodenos normalizar esses transformagées, impondo a candigao ad = be = 1, para o gue basta naltiplicar os quatro parfmetros a, b, ¢y 4 ‘por um nimero tal que A? = (adebe)"4; devemos também i- dontificar a transformagao t com a qua se obtem mudando © sinal das quatro parametros simulténeamente.. Posto isto, introduzimos uma toro logia no erae das transformagées lineares, dizendo quo uma transfor- magao = (aya + b, Mey o4d 1) tende 4 transformagéo t, se tiver mos ao mesmo tempo a, 3 a, % 7b, oy eo, 4, “Dd. Deste de finigdo segue-se imediatanente aue-se +, mote 8, > 8," entéo ty%, > te 2 ot > +3; © para qualquer ponto a” terenos ue fy tz. E' fécil verificar que esta condicdo é equivalente 4 an- terior (basta, alids, que os transfermados de trés Pontos distintos a esfere convirjam para pontos distintos). . . Vamoe der ainda uma definiclo: Dig-se que um grupo = atue de maneire descontinua em uma variedade V, quando para cada pen, to x de V, 0 conjunto a, dos pontos de V equivalentes a x - ar om relagie a’ Pr nao tem nenbum ponte de acumlagao em Y. EB! claro que ogrupe f*, 6 Portanto também o grupo [ atuam, respectivemen em # e em G, de maneira totalmente descontinua. Chemaremes a variedade G/\? de forma normal da *upsuperf{ cfe de Riemann F. Vamos classificar essas superficies nos dole pri- neiros casos: Casv 1) F=S (caso elitico). Como qualquer transforma- g@o tem ao menos um ponto fixo, o grupo [ se reduz & identidade, @ F 6 isomerfaa s. Caso 2) BaP (caso Parabélice). Neste caso, as transfor magdes lineares sm ponto fixo edo da forma a! = [B+ by isto é, so translagdes do plano complexo. Aqui temos trés tipos de grupos: a) ( =e}; a superficie de Riemann é homeomorfa ao plang, cemplexo, >) T6dds as translagdes sao paralelas entre ai. Dado entao un pento qualquer 2), existe um ponto equivalente a disténcia minima, 25 = 2, + G3} prova-se entao ficilmente que [’ é'o grupo das trans lagios” a! = a4 n@,, com n inteiro. A superficie de Riemann é isg morfa a um cilindro (Cap. I, pes 8, ex. 5), © pela projegdo de Merca- tor se vé que é equivalente 4 esfera menos os dois polos 0 e infinito. ¢) Existem duas translagdes nfo paralelas. Entao existe cer, tamente um subgrupo de forma anterior, mas existem também pontos equi- valentes a z, fora da reta que passa por 2, © 6 paralela ao yeter Gs seja 2, + Wy um désses pontos que esté a distancia minima do pegmento que une 2, @ z+ Wy, Demonstra-se entao que [ 6 0 gry po das translagées da forna gle z+ mud, + nbd, (m e n inteiroa, W,/ 0, imaginério). Neste caso, a aupertiote do Riemann é homeomor= faa um toro (Cap. I, pg. 7, ex. 4), © 6 uma superficie compacta, de genus 1. 5s Ciassisicagie gas superficies de Riemann nd gaso hiperbé- iico. Geometria nao eguelideana, Vamos estudar o caso 3), interpretando a regido G = C como Plano nde euclideano, é o grupo { como grupo de movimento rigidos - 218 ~ _ désse plano. Para classificar aé superffcies de Riemann bastaré en- +80 estudar os grupos de movinentos son ponte fixo, que atuam de ma neira totalmente descontinua em ¢. Chamarenos de “pontes" aos pontos da 0, de “retas", ou aos didmetros de. ¢ ou aca arcos de efreulos internos a ¢ @ ortogonais @ sua fronteira ({s{ = 1). 0 "€ngulo de duas retas que se corten't serd o Gngulo das tangentes a asses arcos, no ponto de encontro. A ne 940 de “ponto situade entre dois pontos de uma reta” se define obrba- mente. Das propriedades das transfornmagies lineares se deduz que as _ transformagoes que conservam C, conservam os angulos, conservam o sistema das retes de ¢ ea relagdo de orden scima definida. Por os ta razdo, essas transformagdes ee denominam "movinentos rigidos do plano no euciideano", Dados quatro pontos 2, 2,, 25, 25. da esfera complexa, cha maremos razéo dupla, ou razdo anarménica dSsses pontos (nesta ordem) ao nimero (a2 42 a) pre Bi. 3 1 3 Facilmente se verifica que temos (2424 529925) = = (21 5242552) = (2gs%552)2)) = (522592 14), donde se deduz que qua tro pontos quaisquer dao rorigem em geral a 41/4 = 6 razdes duplag. Consideremos a transfsrnagao Ts Ble (2424 929525 ds “que é uma transformagdo linear, que leva os Pontos 21, 25) a5, res~ Pectivamente, nos pontos 1, 0,00; esta condicdo determina univoca- mente uma transformacdo linoary se § é otra transformagdo linear qualquer, 737+ deva os pontos Sm, Sap, Sz, em 1) 0,00, logo temos iddaticamente ts }(sz) = (Sa, 1829821825) = M2) = (3425525925), 0 que mostra gue a razio dupla de quatro pontos 6 invariant pare qualquer transformagéo linear. : Voltemos a considerar C como plano nao euclideano (nee.), “sh 219 = cade o mimero complexe 2 = x + iy, assin como suas componentes reais sdo chamadas "coordenadas cartesianas" do ponte 2.. Sejam yp By dois pontes de c, 2; © 24 os pontos em que a “eta” que passa Por 3 @ 2) encontra a fronteira de ¢. Bxiste um movimento ri- Sido que leva esta "reta" om un aidmetro qualquer, levando por exen- * plo 23» 2s Z, nos pontos -1,%,1 (-1< « €2), respectivamen— te, e@ em um ponto de coordenada real @ (a < @ <1). Segue- se que a razao dupla (3) 929943524) = (%,@,-2,2) 8 um ntimero real Pesitivo, lego © seu logaritmo é real. - Chamaremos “distancia (2) 2p) © valor absoluto désse logaritmo; éste numero 6 invariante Para qualquer movimento rigido e pode-se denonstrar que tem tédas as Propriedades da disténcia na geonetria plana (cf. Springer ~ Intro- duction to Riemann surfaces, Pe. 234). Sébre cada "reta", podem-se distinguir dois sentidos de percurso, ¢ assim definir sdbre a "reta" % 221 temando como origem 29,2 abcisss de 2), come sendo o mimero real 108(2) 529123524), que é positivo se a, esta entre 2 @ 2,4, negativo se estd entre 25 © 2). qualquer trensformago de ¢ en si mesmo que conserve as *distdncias" é uma representagao conforme ai, rota ou inversa, © no primeiro caso, 6 uma transformagdo linear; isto &, um movimento rigido do pleno n.e, Também se verifioa que a topolg gia definida por essa "disténaia" coincide coms topologia usual aa regiao oO. Uma transformagaéo linear T: 3t « f(z) pode também ser in- terprotada como definindo uma mudanga de coordenadas cartesianas aos pontos p de Cc. se [” € 0 grupo de transformagées de C om ei mesmo, que correspende a um grupo de recobrimento, entao o grupo Le oftet pode ser interpretado seja como grapo conjugadé de [ , isto é, como grupo de movimentos rigidos congruentes a [’, seja como grupo {° oxpresso om coordenadas 2'. Definicée, Chaman-se translacdes nio euclideanas ca movi- mentos rigidos de ¢ sem ponto fixo. Podemos entao enuneiar o seguin $6 Seorena, que resolve o problema que nos ocupa, no caso 3)+ ~ 220 ~ Teerema 3 - Dada wos superficie de Riemann F, euje recobri- mento universal é de tipo hiperbélico, e fixada a fungao uniforni— zante, a essa superficie corresponde um ben determinado grupo de translag6es do plano nee. Duas superficies 880 conformemente equi- valentes se os grupos correspondentes sao congruentes. Inversanen te, a cada grupo [ de translacdes que atua om G de maneira to talmente descontinua, corresponds uma superficie de Riemann G/f . 6. Propriedades dos gtnpos de movimentos rigidos n.e, Seja [ um grupo topolégico ae transformagGes de uma va Tiedade V em si mesma. Dado um subgrupa (° ae © » vamos con siderar para cada x € V, a classe 2, dos pontos equivalentes a x por I. podemos distinguir trés conceitos que tém grande importamcia para o que se segue (0 primeiro j4 fol introduziae no ne 4)s : 2) O grupo [" atua em V de mancira totalmente descon~ Himua, se para cada x€V 0 conjunto =, no tem ponto de a+ cumulagao em Vv. b) O grupo [ ¢ deseontinuo, se para cada xE€V 6 con junto Fé aiscreto, i.e, se cada ponto x de ¥ tem uma vi zinkanga que nd contém nenhum outro ponto equivalente a x. c) O grupo ( néo contém trans formacSes" inf initesinais, se a identidade nao é ponto de acumulagzo de i em PY Vamos entao demonstrar o seguinte eorema 4. Para os grupos de movinentos rigidos do plano + ©, as con@igdes a), b), c) acima sao equivalentes, Domonstraghes; A implicagao a) 5») é evidente. b) im plica c), pois se existem ‘transformagées infinitesimais, existe u- ma sucessao 1%, de transformages de (", nao idénticas, que tendem para a identidede. 0 conjunto dos pontos fixos dessas trang formagées é certamente enumerdvel, logo existe em ¢ um ponto By que nao é ponto fixo de nenhuma 8,» donde se deduz que 3, 6 pone to de acumulagao dos pontos equivalentes 5,25» contrariamente & hi pétese b). Vamos — provar que c) implica a). Com efeito, se um cenjunto 5), tem um ponto de aoumulagdo z,, entdo existe nes- ~ 221 - Se conjunto uma sucessio {z,} de pontos distintos, que converge a %« Seja 5, @ transformagao de [ que leva Bom zy. Con sideremos os movimentos rigidos zea, te ster, cada t, leva 2, & origem, logo a transformagao Be = ti sate re ® origen e é portanto da forma ot = a2, com a =e F, Ora, da sucessdo }e,} (0 <0, < 27) podonos tirar uma sub-sucessao que converge a um niimero 0, e gue cor- Fesponde & uma sub-sucessao ot que converge a wr amy of, logo a sub-sucessao correspondente das transformacces -1 sos toa Tate converge a s = t gt @ portanto atone converge & identidade, © que contraria ai hipétese c). 7+ Dominios fundamentai Dado um grupo [ de movimentos rigidos do pleno n.e. cha- .Barenos de dominio fundamental de { a um conjunto BCC que ‘tem as seguintes propriedade 1) B & fechado e possi pontos interiores. 2) U s(B) +c. set 3) Se 2€0(3) \t(3), para ste, sft, entdo 2 pertence 4 fronteira de s(B) e de +(B). ° Et claro que se um grupo contém transformacoes infinitesi- mais, nao podem existir dominios fundamentais, pois neste caso as ~ 222 + as condigdes 1) e 3) so incompativeis. Vamos, porém, demonstrar o soguinite Teorema §- Se [ é um grupo descontinao de translagies om ©, cada ponto 2, determina um dominio fundamental, que o con +ém internamente. Demonstracao: Consideremos o conjunto ay >» que como sabe nos nao’ tem ponto de acumulagdo em C, e seja = : ey, ~ Vat. Chamenos Bo conjunto dos pontos 2 tais que a(. 1) é as, 2). Sendo a fungao a continua, @ claro que os pontos que satisfesen a esta condigao com 6 sinal <, como o ponte x,, si0 pontos interio res @ 3B, a0 passo que os que satisfasom & igualdede sao pontos da fronteira. Ponhanos B, = s(B) e a, a(2,)s como es disténcies silo invariantes, terenos tanbén By ofa, (zoey) < Mae, ~ 45), donde se deduz que a condigao 3) esta satisfeita. Qualquer ponto Z€C estd “no conjunto B,, desde que 3, seja um ponto de a a disténcia n.e, minina de 2; isto demonstra a condigao 2). 0 Vemos que cada jg & também um dominic fundamental. Teorema 6. Q dominio fundamental B 6 um poligono convex (na geometria n.e.), cujos vértices nao tém ponte de scumulagao or om C, e cujos lados pertencem ds mediatrizes de certos ségmentos ayy Demonstracdo: Com efeito, seje P, 0 semi~plano definide por Alar, ) d(z,2,). Sua fronteira é a mediatriz 8, do seg- mento 25@,, para cujos pontos vale o sinal de igueldade. ‘Temos, entdo, evidentemente, B= (| P,, @ como cada semi~plano 6 um con sep Junto convexo, B 6 convexo. Cone 2, no tem ponte de acumla- gas en C, 0 conjunto dos seus pontos que satisfazem & condigao a(2,.2,) €R 6 finito, e cone 08 pontes da mediatria g, estao a uma distancia. de 2 > F(ey2, )» Segue-se que sé um nimero fink to dessas "retas” cortan. © ciroulo de centro 2, e raio R/2. Lo~ ~ 223 ~ 80, 08 vértices de B eontidos nesse cirevlo sao também em nimero finito, ¢.q.a. ° 0 dominio fundamentel B seré denominade dagui por diante, poligono normal. iste Poligono goza das seguintes propriedades: a) Nenhuma transformagao de [" pode deixar fixo um lado do poligono, a nao ser # identidade. Pois se um lado ab fosse transformado em si mesme por uma translagéo 5 ¢ 0, terfamos on s(a) ae s(b) = b, a s(a)-d 6 8(b) = 9, e neste caso, o Ponto médio de ab seria fixo para 6. Nos dois casos cheganos a um absurdo, peis a translagao s nado tem ponto fixo. b) Os lados de B se correspondem dois a dois, ¢ a trans— lagdo que leva um lado no seu correspondente é dnica. Com efeite, omiedo ab de B pertence a uma modiatriz g,, lego a trensfor- magio “1, que leva By om B, leva o lado ab de B, em un on tro lado ed de By Esta trensformagio 8 Gnica, peis se duas transformagses 3 e t levam ab em cd, et conserva o lade ab, ¢ pela propriedsde a) temos ste, ou tas. ¢) Deis Indos correapondentes tém o mesmo comprimente 6 980 percorridos om sentido contrério,no perimetro de B. Pois +8 @as as transformagées de {7 sao isonétricas e conformes diretas, 10g0, se aby percorrido de a para b deixa B a esquerda, e se ¢=s(a) e a = ab), entao ed deixa B a direita, pois a sua esquerda esta B,. : 4) Cada lado. tem um Gnico correspendente. Pois se ab fosse levado em cd pela translagao s e em ctd! pela trans- lagdo t, entao cd. seria levado em ctd' pela translagao ot. Mas neste caso, cd e c'd! seriam lados correspondentes percor ridos no mesmo sentido (contrério ao de ab), o que é absurdo. e) Dois lados correspondentes nao podem ser consecutivos. Pois devendo ser percorridos em sentido contrério, o vérbice ce-~ mum seria fixo, f) 0 grupo L 6 gerado peles transformagoes. que levan cada lado de B no seu correspondente. Com efeito, seja sel ® 2, 92. Podemos ligar 2, a z, por um caminho XY que ‘ | ~ 224 - nao passa por nenhum vértice, pois éstes formam um conjunto sem pon to de acumulagdo em C. Sejam B= By Byy Boreees a , = Bs? 8, * 2) 08 poligonos normais ancontrades sucessivamente por ¥. Dois poligonos sucessivos By) eB tia us ae come aie A translagio 9[0 8; leva, em By 0 aso 8] Ay ne lado spy Aj. Seja ainda 8, 0 translagio que leva o lado ab, correspondente de A, em Aj. Temos entze, sea, 2 s,(974s,) © que demonstra a proposicag. Observemos que a construgac anterior esté determinada 2 me~ nos de um movimento rigidos pois se ¢om um tal movimento T leva- mos z, a 23, @ poligono Bt = TB pode sex obtide pelo nesno preceseo, a partir do grupo PEt", que & congruentoa [. Outra consequéncie dessa construgao é que cada ponto om possi uma vizinhancga cujas imigens pelo grupo sao disjuntas, pois eada imigem est4 dentro do poligono wormal construido sdbre um pon to equivalente a z,. Das propriedades anteriores, deduz~se a construgao da super ficie de Riemann no caso hiperbélico, expresea pelo Teorema 7. Para obter uma superficie de Riemann na forma normal, no caso hiperbélico, basta identificar os-lados correspon- dentes de um poligono normal do grupo de recobrimento dessa super ficie. . Definigdo: Chamaremos de ciclo de vértices de 3B, a um con junto méximal de vértices désse poligono, equivalentes entre si por [', Como &sses pontos vao corresponder a um mesmo ponto de F e como a representagao de ¢ em C/{ é-conforme, a soma dos Angulos nos vértices de um mesmo ciclo 6 sempre 21T. Cada ciclo ~ 225 - 86 possi um niimero finito de vértices, pois a transformacao que leva um vértice a em outro, a’, do mesmo ciclo, leva B em um dos poligonos que inciden em 2a’, e ésses polignos 640 em mimero finite. 8. Driangulacdo das superficies de Riemann. Teorema 8. Téda superficie de Riemann pode ser triangulada. Demonstracaos Esta possibilidade jd foi demonstrade para a esfera 2 0 toro (cf. Cap. IV, pag. 83 e 84). 0 planoe o cilindro, que so superficies nao compactes, admitem as triangulagées indica- das na figura abaizo. LA) L441 A VAVAVAVAYA mPa Para as superficies correspondentes ao caso hiperbdlico, te mos dois casos a distinguir: a) © poligono B & limitado. Liguemos todos os vértices a0 ponto interno 2). Esta triangulacao de B nao fornece uma tri engulagao da superficies de Riemann F, pois dois trian gulos podem ter em comum o vér, tice 2, @ 0 lado oposto, pro veniente de lados corresponden tes. Podemos porém decompér eada tringulo como indica a figura, ligando os meics c 0 @ dos segmentos 238 e @ 6 e@ ligando ainda Gases pontos aca pontos e e f, que dividen o lado ab em trés partes iguais. Re ~ 226 - petindo. @sse processo em todos os outros triangulos, mesmo depois @a identificagao dos lados porrespondentes, obtemos uma triangula- go da superficie de Riemann. b) 0 peligono B ‘nado é limitado. Note-se primeiramente que, em consequéncia do caso anterior, como o.grupo [ estende a ‘twiangulagdo do poligono limitedo B a todo 6 plono nee. 6, vemos que €8te é trianguldvel. Seja entao A nma trieangulagao de ¢. Dado um trigngule A, ae O, A, {XB é um poligono de némero ti nito de lados, pois a, é lami tago @ convexo. Seja Pyoum ponte interior a ésge poligono, liguemo-lo aos vértices déute. Com ésse Processo pode acontecer que sébre doie lados correspondentes de B as intersecgdes con os tridngulos oO; no coincidan; neste caso, superpémos as divisces désses lados, ligando sempre cada ponto de - divisae aos pontes interiores Py dom poligonos que incigem nesse Ponto. Sendo necessérib, repetimos nos trigngulos obtidos a decen posigad indicada no caso anterior. Assim, ebtemos uma triangulagao de B que fornece, pele projegso a o/f, uma triangulagio de su- perficie de Riemann F. 9+ Suferficies de Riemann compactas. Como a superficie de Riemann F 6 obtida de um poligono nor mal B identificando os seus lados dois a dois, 6 claro que F compacta se B & compacto, e reciprocamente. Ora, B & parte de un conjunto aberto 0, e 6 seré compacto se fér fechado no plano i complexo, e portanto contido em um cireuio concéntrico ao cireule unitario e de raio menor que 1, Daf decorre que o nfmaro de vér- tices de B 6 finito e igual ao nfmero de Indes. Como éstes slo. agrupados dois a dois, sse niimero de lados é par: 2. Seja Ko nimero de ciclos; entao, a soma dos angulos internos'de BO é 2h 201K. Vamos demonstrar 0 Teorema 9. Se F é de génus p e seo poligono normal B de B tem 21 lados e K ciclos, entdo tenos @p-2=eL-K-1, ~ 227 - Deponstracao: Considerenos a triangulagas de B feita no N.8. Como a cada lado correspondem § tridngulos, tenos em P, ‘T= 5.2L tridngulos. 0 nimero de arestas interiores (2 B é 6.2L, as do contérno, 3.2L, mas com a identificacao dos lados cor Fespondentés, elas se reduszem @ metade, logo tenos ao todo A = = (124 3)L = 15L asrestasem F. 0 némero de vértices interiores a B é 1+2h; no contérno temos 2.2L vértices que sdo internos fos lados de By e¢ que na identificagao se redusem a 2b, e 2 vértices de B, que na identificacdo se redusom a K. 0 nimero ae vértices em F & pois, Vel+4Lb4+K. A ceracteristica de Bu- ler-Poinca?é nos 44 portento, 2-QpeT-At Vell -15b+is4btK=K-Lel, como queriamos demonstrar. Definicao. Chama-sé conteudo nee. de um tridngule de angu- tos interes X%, 6, YX, ondmero TT-K- @- YX. Se um polf- gono B 6 decomposto em triangulos, chamasse conteudo de B a 89 ma dos conteudos dos triangulos componentes, §' facil vér, como no caso do excesso esférico, que essa definigdo é independente da decomposicao. Vamos dedusir duas consequéncias do teorema 9: Gorolario 1+ 0 conteudo do poligono hormal B de superfi+ ele dF de genus p 6 J = 471(p-1). Basta noter gue tanto o nimero de tridngulos como os valores des angulos se conservam quando se passa do poligono B a superfi-~ cie F, e que nesta, a cada vértice da triangulagad correspondem an galos cuja soma. 21T. 0 conteudo de B é portanto, J= TW - 20V = lOWL -27(1 - 4L-K) = = 27 (b= 1x) = 2r(2p - 2) Gorolério 2: Entre os nimeros Le p subdsiste a desigual dade 26 <12p ~ 6. Basta notar que cada ciclo consta no minimo de trés vértices, logo, 3K < 2L. Segue-se do tecrema 8, 6p -6 = 3L - 3K + 3D L-3, ~ 228 ~ donde se dedus a desigualdnde, Notemos ainda que no caso hiperbélico o nimero de lados nao pode ser 4, pois para um quedrildtero sé poderia haver um iinico ci clo, @ a soma dos angulos internos teria que ser 27, 0 que & ab- sardo, pois na geometria n.e. essa-soma é certamente ‘menor. Tambén nao pode sor 6, pois para L= 3, 0 teorema 9 daria K= 4 - 2p, 0 que & impossivel, pois towos certamente p32, ja que a esfera (p= 0) e0 toro (p= 1). estado exeluidos. 10. FungSes meromorfas sObre uma superficie de Riemann. Seja F uma superffcie de Riemame ¢ a regido da esfera complexe analiticamente homeomorfa ao seu recobriment universal. Uma funcao ‘P(p) moromorfe om F, induz em G uma funglo mexo- morfa f(z), que tem #5 mesmos valores em pontos que se projetam no mesme ponto -p de F. Isto quer.diser que a fungao f 6 ine variante pelo grupo [’, equivalente ao grupo de recobrimento, is to 6, para todo elemento sé e todo 2 €G, temos f(sz) = = f(z), Inversamente, se @ é uma regiao da esfera complexa sébre 2 qual atu o grupo descontinuo {" de transformagdes sem ponto fixe em G, entao téda fungdo meromorfa em G, invariante relati- vamente a [", a4 origem a uma fung&o meromorfa em G/{'. Vamos provar 9, existéncia de teis fungdes f(z), que sao chamadas fun- goes autonorfas relativas acs grupos de recobrimento, Nos casos elitico e parabélico, as fungdes automorfas sho conhecidas: se G 6a esfera, [‘ = jo} © temos apenas as fun- gSes racionais. Se @ 6 o plano, temos fungées meromorfas (ef. N.4), que no caso b) sao simplesmente periddicas, e no caso'c), da Plamente peridédicae, isto é, fungdes elitices. Consideremos o caso hiperbélico:. @ = C. Mo caso de um gra po [° finito (0 que osté excluido no caso hiperbélico), seria £8 cil constrair uma fungio automorfa, pois bastaria tomar ama fungho meromorfa H(z) © considerar a soma f(z) = > H(az), estendida a tédas as tiansformagces s &@ {’. Mes no caso de grupos infini- 229 = tos surge o problema da convergéneia; contornaremos a dificuldade introdusindo para cada grupo {" fungdes que gonerelizam as fun— goes teta de Jacobi, por meio das quais, como é sabido, se podem construir as fungoes eliticas. Definicao: Chami-se funcio teta relativa ao grupo de reco- brimento {", uma fungSo @(z), moromorfa em ¢, que satisfaz & condigao ° (sz) = (cz + a)?" @(z) para cada s€{" tal que ss = (az + b)/(cz ¥ a). Notemos agora que.o grupo |’ & descontinuo, @ portanto enumerdvel, e-que © ¢ inveriante, logo as transformgoes de podem ser escritas sob a fornd 2+ dy Ba? a, Sat ay = aye = (m=0,1,2,000)y m com Maan ~ BA, = 2 emaque supomos s, = 0, identidade, isto dé, a,=1, b, = 0. Ex- eluido éste caso, temos sempre by #0, do contraério, a origem ria ponto fixo. Podemos entao enunciar o Beorema 10: Se H(z) 6 uma fungao meromorfa em C @ li~ mitada numa coréa 9< {zl <1 entio para todo inteiro m 22 pode-se definir uma funcao teta relativa ao grupo {? = taf pe- la série ote) = > ta, 5 yen (Se — (x4 ae Para demonstrar éste tecrema, vames estabelecer alguns le- mas. Loma 1. A sucesso {b,} nao tom ponto limite 0. Do con- tfario, haveria uma subsucessao fsogs con b,— 0, © portanto = 230 = lag| 2. e 2 sucessao dos pontos 3, (0) teria e origem como pon to de acumulagao, o que nao é possivel. Lema 2. Dado um conjumto compacto K interno a C, se pa- racada n pomos az,|* sur fae 2eK int |e 2 ee me sex 1a * entdo a sucesido Mm, & limitada, ci.e., existe 1 > 0, tol que HM, ¢ Im. . Bemonstragao: Do lema anteriar, segue-se que existe um ni~ mero tO tal que para n>O temos |v|¢r. De dedusinos aes a\ epee @ por outro lado, sendo K compacto, temos ur [ol = &cie w notands que . aw! gee (Ge + a) obtemes 4 My les Baz + ‘| - B, “lint [Bye + Spl que 6 independente de n. Tema 3. A série (5,2 + &,)"* converge uniformenente em qualquer compacte contido em C. Demonstragho: Basta demonstrar essa convergéncia uniforme em uma vizinhanca fechada de um ponte 2, arbitrério de C. Pe- demos escolher essa vizinhanga {J de tal modo que os conjuntes s,(U) sejam disjuntos dois a deis. Noténos entéo que jax,/ds|? ~ 21 - 4 0 jacobiano' da transformagao 5,1 © que portanto, temos, sendo zextiyy apex tty, sect 0 « [Pee f 3,(U) esendo J, a drea de U, combinsndo com o loma 2, tenos TpE Myo S tage & Ws donde se deduz gI-4 (B+ aI < SEIS como J, 4 cortamente oonvergente, pois ¢ una soma de dress de'dominios dis juntos contidos no dominio limitado C, fica demons- trado o lema 3, Segue-se déste resultado que o térmo goral dessa séric ten- da a zero uniformemente, e que portanto, para m 2 2, a série Sos + 8 6 também uniformenente convergente. Mostremos agora que a fungéo @(2) definida acima satisfac @scoondigdes que definem a:ma fungdo teta. Seja K um compacto contido em C, que nao contenha nenhum polo de H(z) nem pontos squivalentes ésses pelos, Podemos construir viginhancas aésses polos de tal maneire que K ndo contenha também enhum ponto equi~ valente a um ponto dessas vizinhangas, Entao, para 2 &K, 3,2 eth sempre no conjunto ¢! que se obtem de 0, retirando as vied nhenges dos polos de H. Ora, como H(z) 8 limitada num conjuntto § S laf C1, tomos entdo, para 2@K ec para qualquer ae fy {B(s,2)[ € M, © @ séric acima é majorada pela série uniformenente convergente ~ 326 uD (eye + a). Sendo K arbitrdrio, a série dada representa portante una fungao Reromorfa em 0, Além disto, temos, pondo Bay = 8, 9,85 e(2,) = Do Hoste) qa - 7 dz, = 2 RCage GEO* GE « (ys « B® ota), na pois © produto 5, f, para nw 0,2 Onimero m chama-se péso da fungdo tete. E' evidente que SC quociente de duas rfungdes teta de meene paso, relatives ao nes- mo grupo; é uma fung&o automorfa, que ad origem a uma funcéo mero- norfa sébre a superficie de Riemann off. percorre tédas as transformag’ de grupo 11. Recordagho de algumas propriedndes des transformacses lingares. Sabemos que na esfera de Riemann, tédn ‘transformagao line~ ar née idéntica’ s: 3! = (aned)/(oz+d) (ad bc = 1) tem avis Pontos fixos distintos ou coincidentes, que sao raises da equagde ce + (aa)e = b= 0. Se existem deis pontes fixos distintos, 2) .@ 255 pondo te (za, )/(a25), e the (stony /(et~a5), @ correspondéncia +> +t! conserva o sero © 0 infinito, logo é da forma t! « kt, donde (x # 0) = 233 = que € a forma canénica da transfornagao s. 0 mimero k chama~se médulo da transformagzo, e esta conserva dois sistemas de cireples: 1) 08 que passam por s, e 53 2) os circulos ortogonais acs pri metios. Na esfera +t, ésses sistemas correspondem a meridiands e paralelos, respectivamente. Ussas transformagoes se clagsificem se gundo o médulo ks a) k_xeals na esfera +, sdo conservados os meriianos; na esfera 2, 0s circulos do prineiro sistema sao conservadog, enquanto 0s do Segundo sistema se deslocam, afastando-se de um dos pentos fi xos e aproximando~se do outro. A transformagao chama-se entAo hi~ perbddlica. — b) [k} = 1; na esferd +, temos um rotagao em terne do eixe 000; na esfera 2, sao consorvades os circulos do segundo sig tema, enquento os a0 primeiro girem en torno dos pontos fixos. 4 ‘transformagao chama-se elitica. O @ngulo © = arg(k) que faz ‘um eiroule com o seu correspondente num ponte fixo, chama-se dngulo de rotagdo da transformagao elitica. c) Jk| 42, k inagindrio; no plano t, temos uma rotagao acompanhada de uma dilatagao, e evidentemente nenhum circule pode ser invariante. A transformagao chama-se loxodrémica. Wote-se que se k= -1, a transformagdo é ao mesmo tempo hi+ perbélica ¢ elitica, e todos os efrcnlos dos dois’ sistemas so con~ servados. A eada ponto.diferente de 2, e 2, corresponde a se- ~ 254 = gunda intersecgao dos cfroulos dos dois sistemas que passam por 6~ le. Segue-se daqui n° = 6, isto &, 08 una involugao; recipro= camente, se 5 -é una involugho, diferente da identidade, 8 é certanente elitica, com Angulo de rotegao TT. Quando ha um 86 ponto fixo Bo a transformagao tel/(a-s,) ) leva aste ponto ao infinito; no plano +, temos uma translagao t! = t+ L, ea tranéformagio pode ser escrita também aqui se distingue um primeiro sistema de cirailos que sic in variantes, pois correspondem as retas do plano +t, paralelas a0 ve- Yor 1, © 0 segunio sistema, de circalos ortogonais aos anteriores, todos €sses circulos passando por Zo . E! facil vér que para que uma poténcia inteira de uma trans- formagao seja a identiéade, 8 preciso que essa transformagéo seja elitica, com Angulo de rotagdo comensurdvel com 277. J& vimos que uma transformagao linear que conserva o efrou- lo unitéric é da forma s: weet - t8 = 1) beta © se pusermos am X + ix’, tomos x? +o? - Inf? a. Os pone i ~ 23§ - tes fixos des, raises aa equagdo tz + (d-a)z - b = 0, sao dados por 1 ant (asa)? 9 _ ix t oe 2 2b on Tal transformagao sera portento, a) hiperbélica, para fol > 1, com dois pontos fixos 21,2, no circulo unitério; b) elf tica, para lo} <1, com um ponto fixe z, interior ¢ outro, os exterior a ésse circulos c) parabélica, para « = 5, com um pon- to fixo anico, 2, = ic'/B, ne circulo unitario. wos casoa a) ¢ >), @ valor do médulo acha-se.notando que a =00, corresponde z! = a/B. Temos entao, natin x a a a - Bap ox Yo? -t @ daqui se deduzs x +P = 4q7 - 2. wo caso c), a transformgio te U(a-a,) leva a reta Oz, & reta que passa pela origem e por “Vey, © portanto leva o circulo unitario a uma reta normal a esta, logo L 6 da forma iD/ay com \ real; a fepma candnice da trensformagao é pois, - 2 ia wey ih, Br hy 2 . Vamos ainda estudaro caso das transformagtes permutdveis. Beorena 11. Duas transformagdes lineares s e t sao per- mutaveis (st = ts) sdmenté nos seguintes casos: _ 1) 8 ou t 6a identidade. 2) s © + sao nao parabélicas e tém os mesmos pontos fixos. | 3) 8 e@ t sao eliticas e hiperbélicas (de médulo ~1) e os seus quatro pontos fixcs estado sébre um mesmo circulo. nl 4) 8 © + 8&0 parabSlicas com o mesmo ponto fixo. 1 ~ 236 = Demonstracdo: 0 caso 2) é evidente, Seja 2). um ponto fi xo de 5: s(s,) =a), De st= ts, segue-se set” *st, © portanto, temos sucessivamente: 2 a, ay a3 2 ou ay t(z)) = My, @ que quer dizer que ¢ jeva um ponto fixo de 8 omum ponto fixo de s. Se s tem dois pontos fixos, ou t conserva cada um deles e temos o caso 2), ou @s permita, ¢ neste caso 2) © 3» sao pontos fixos de +t”, além dos pontos fixos de %, donde t? = 0; 0s pontos 2) © 2) so oquivalentes pela trang formagae t, logo estio no mesmo circulo do primeiro sistema desta transformagéo, Como a relagao entre s e + 6 recfproca, tencs também s* = e, 0 portanto vale a condigéo 3). Se s tem um tnico Ponto fixo, @ste 4 ponto fixo também de t, e 6 tinico, pela recipro cidade, logo vale o caso 4). Voltemos agora a linguégem geométrica no plano nee, C. As transformag6es hiperbélicas que conservam Ssse plano sao tranale~ gies ne. Uma tal transtagdo deixa uma inica reta invariante, . que no plano complexo 6 um arco de ciroulo do primeiro sistema, ortogo~ nal no ciroulo unitério, ligando os dois "pontos do infinite" 4, ¢ y+ Uma traneformacao elitica é uma "rotagao" do plano n.e. em tor no do ponto fixe interior a Cc. Una transformagao parabélica chama se "retagio limite", e corresponde a um deslocamento de todo o pla~ ne, conservando um Unico "ponto do infinito” 2, ({a,[= 1). Entéo, do toorena anterior deduz-se o : Corolérie: Se s 6 uma translagéo do plano ne, C et @ um movimento rigido qualquer désse plano, @ e ¢ diferentes da identidade, sé poderemos ter st = ts nos dois casos seguintes: A) 5 © + hiperbélicas com os mesmos pontos Nixes, isto 4, translacdes ne. com a meoma rete invariante. B) 8 -@ t parabélicas com mesmo ponte fixo, isto é@, rota goes limites com mesmo ponto fixo infinito. Demonstragso: Basta notar que no caso 2) do teorena, os pon ' | i | | i | | 237 = tes fixos de 3 estdo'no cireule |z{ * 1, que é invariante, logo 8 nao @ loxodrémicas @ que 0 caso 3) esté excluido, porque una transformagao olitica e hiperbélicn leva o interier do cfreulo 6 ae extorier. 22. Homeomorfismos analiticos sdbre ums superficie de Rie Una superficie de Riemann F pode admitir .honeomorfisnos angliticos sdbre si mesma. fistes hemeomorfienos formam evidentenen te um grupo, que chamaromos H. Vamos porém provax que, excluidos sete casos, o grupo H 6 sempre descontinuo. Os quatre primeiros vases corresponden as superficies de recobrimento de tipo elitico ou parabdlico, e saor 1) a esfera; 2) o plano, ou eafera menos un ponto; 3) o cilindro, eu esfera menos dois pontos; 4) o toro, que 6 a superficie de Riemann compacta de genua 1, Tédae eseas super~ ficies admitem, evidentemente, grupos continuos de honeozorfismos analiticos sébre si mesmas. Além destas, temos 5) 0 disco, ou interiar do circulo unitd Tio, cujos honeonorfismos analiticos formam o grupo'dos movimentos rigidos n.e. Denonstraremos mis adiante que ca:Seseaconsos deve~ mes acrescentar: 6) 0 anel circular, ou sona esférica; 7) 6 disco menes um ponto. Censiderenos a superficie de Riemann ¥, com racobrimento universal de tipo hiperbélico representdvel sdbre o disco 0. Toorema 12, 0 grupo H de hemeomorfienos analiticos de F & isonorfo a "/{', ode [" 6 0 grupo dos movimentos rigides de © permutéaveis com {, Dem ons tragiot Seja 2) =P © recobrinento de C sébre Fe c/{y tenes entéo, 97 2p) 2, que 6 0 conjunto de pén~ tos de © equivalentes a s por ['. A todo elemento h EH, po de-se fazer correspender uma transformacao + de C om si mesmo, que leva um conjunto XZ, o um conjunto 2,,, © portanto um pon- to equivalente ass an ponto equivalente a 2!, Segue-se que se sé€{', tet conserva onda sistema 5), e portanto esté ~ 238 - (, isto s, [t= +L. Reciprocamente, se t 6 permutivel com L, projetando a transformacao t a c/f = F, obtemos um homeomor fismo analitico em #.. Tais transformagées * forman evidentenen- te um grupo {"', que contém ( como subgrupo invariante; tenos pois, H=M/P. B' claro que se {” 6 descontinuo, E também o 8, © rect- Procamente, pois qualquer visinhanca suficientemente pequena de um ponto 2€C be projeta biunivocamente sdbre uma viginhanga de P= f(z). \ : Suponhamos entao que H, e portanto {", contenhe transfor- mages infinitesimnis, isto é, que ("' contenha uma sucessio tts que converge 4 identidade e. Seja s ume transformagao qualquer ge ('; senao tat, € D, tevenos também ot etet € D, e por =e, 2 como ( nao contén transforma outro lado, lim st etet a n ‘n goes. infinitesimais, segue-se que a partir de umcerto n, temos etetot, =e, ou st, = t,s. Pelo corolério do toorema 11, ve. mos que s 6 ou uma translagao ou uma rotagdo limite com os mes— mos pontos fixos que te pera nn. Pasa putra s'¢ {', vale © mesmo resultado para n 284, © tomando n > max(nornt), vemos que se s', e portanto tédas as transformagées de [', sdo do mesmo tipo e tém os mesmos pontos fixos. Temos pois sémente dois casos a considerar: 2) 6 um grupo ae translagdes nie. de C, com pontos A- xés a, 2, .sdbre o circulo unitario. Podemos supér que ésees Pontos sejam ti, Entdo, a transformagho we leg + <2 = 2ivarctg 2 jeva o disco ¢ na faixe Pir -1/2 < Im(w) < 1/2, sSbre a qual atua um grupo descontinuo [", do translagées paralelas ao eixe real. Este grupo sé pode constar de transformagées do tipo w! = =w+nds, com (> 0 e n inteiro; o quociente P/D, que 6 homeonorfo 4 superficie de Riemann, se obtem identificando os le~ = 239 = dos que passam por O e G , de um reténgulo construido sdbre es~ sa faize. Pondo ainda w= e?Ti"/ tomos o anel circular ae centro na origem compreendido entre os circulos de raios 2 1 athe eth. © que correspinde ao caso 6) da relagéo acima. tt) se [ 6 um grupo de rotagdes limites, com ponto £ixo Zo» podemos supér que sse ponto fixo seja 1, A transformagao we W(z-i) leva o circulo unitério no semi-plano PY + In(w) > > 2, sdbre o qual atua o grupo {') de translegdes paralelas a0 eixo real. 0s elementos de [', sao portanto da forma w! = sw+n@, com W real, 0 a superficie de Riemann P"/[',, homeo morfa a ¢/{', pode-se obter de semi-faixa definida por ta(w)> 3, O 2 6 finito. Demonstragaot Para qualquer ponto p€ F, 0 conjunto xy des pontos equivalentes por H 6 discreto, e portanto finito, pois F @ compacta. Se H -fosse infinito, -ao menos um désses conjun- tos seria infinito, e essa contradigao demonstra o teorema. i. 2. 3 As 5e 6 Te 8 a. ~ 241 - Reoria da Uniformisagao. Introdugeo, Enuneiade ao teorema ¢ principais consequén- cies Representagao de una superficie de Riemann sinplesmente conexa na esfe: Limitea de determinagao da funcao uniformizante. Classificagao das superficies de Riemam. Classificag#o'das superficies de Riemann no caso hiperbé= lico. Geometria ndo euclideana. Prepriedades dos grupos de movimentoe rigidos n.e.. Doninies fundementais, Triengulagao das superficies de Riemann. Superficies de Riemann compactas. . INDICE. Capitulo X. Introdugdo. Superficies de Riemann Gapituo II. Eopagos de recobrimento .....sseeceseeees oO. 1, Pefinigdo de superficie de Riemann .. 2. Introaugaa. Zeros e singularidades de fungées sSbre uma superficie de Riemann ...,. 3. Prolongamento analitico . 4+ Construgio do dominio de holomorfia de una f FUNGHO we eeeececerseeeeesscereessecnere il 2. 3 4 5s Gapitulo III. Gapftulo Iv. Le 2. 3. 4. Grupo fundamental Reoobrimento seeseeeebeseee Levantamento ae honotopias Transitividade de recobrimentos .. Levantamento ae aplicagses ... Transformagées de recobrimento - Existéncia de recobrimento ....... Grupos que operam de maneira totalmente - descontinua ...sessrerecerevevecsces, Bxtensdo da nogdo de recobrimento Ponto de ramificagao ... Recobrimento ramificado Peoremas fundamentais sSbre superficies de Riemann compactas sesseccesecsseneees Popologia das superficies compactas . 1. Simplexos euclidianos. Decomposigao simpli~ cial. ExemploS ssvececovsecsccscussene 2. Superficie. Superficie triangulada . 3. Simplexo euclidiano orientado +... 4. Grupos de homologia ....ssareee 5+ Caracteristica de Euler~Poincaré ...sseseceee 6. Poligono fundamental. Genus de uma super= a ficie Talhos severe 58 n a 84 85 92 -m42- . Pe. Gapituld ¥. Diferenciais e integrais sdbre uma superficie .., 91 } de Riemann .. +3 1. Formes diferenciais linéares ...eseesseeeeseeees 93 2. Formas diferenciais lineares numa superficie Ge Riemann seveserccesssecenvesceee 97 3. Zeros e polos de uma forma holomorfa..sss.+s+0+ 99 4. Forma diferencial exterior de grau 2 «+.seeeee+ 100 5+ Formas induzidas vases 103 6. Honologia singular . steeeeeeevens 105 7. Integragao de formas diferenciais de 18 e 28 graus seveseereseee LOB 8. Peorema de Cauchy « an ny 9. Tearema de monOGromia .+-sseeeeeeeveeeeseseenve LIZ Capitulo VI. Orientagdo. Integragao sdbre simplexos orienta- dos. Residuos be eeeeeeten 116 1. Orientagao .... pees setescenseeovens HE 2. Integrais sébre simplexos orientados ..... 123 3. Residuos de uma forma diferenctal analitica.... 125 4. Integracdo sébre uma variedade orientada ...... 127 Gapitulo VII, Diferenciais abelianas

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