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Fabio Raphael G Fabeni

De: "Fabio Raphael G Fabeni" <fabiofabeni@gmail.com>


Para: "ADVOCATUM" <advocatum76.news@blogger.com>
Enviada em: quinta-feira, 20 de agosto de 2009 11:45
Assunto: Fw: CPMF

São Paulo, quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PMDB e PT apoiam criação de


nova CPMF
Bancada do PMDB fecha posição após reunião
com o ministro Temporão pela criação de
contribuição específica para a saúde

Alíquota DA CSS seria de 0,1%; gasto com gripe


suína é usado para justificar nova contribuição, em
momento de queda na arrecadação

MARIA CLARA CABRAL


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Num momento em que a arrecadação de tributos


federais está em queda, o PMDB, maior partido do
Congresso e principal aliado do governo, decidiu
apoiar a recriação DA CPMF, batizada agora de CSS
(Contribuição Social para a Saúde). Em reunião com o
ministro José Gomes Temporão (Saúde), ontem, no
Congresso, toda a bancada peemedebista fechou
questão favorável ao término DA votação do projeto
que regulamenta a emenda constitucional 29,
destinando mais recursos para a saúde e que ao
mesmo tempo cria a CSS, com alíquota de 0,1%.
No ano passado, o governo chegou a votar o texto
base do projeto, mas, correndo o risco de derrota,
decidiu deixar o último destaque, apresentado pelo
DEM -que suprime o artigo que estabelece a base de
cálculo DA contribuição-, para depois. Agora, o
discurso oficial do PMDB é que a saúde precisa de
mais recursos devido à gripe suína. O compromisso do
partido, que conta com o apoio também do PT, é votar
a proposta no máximo até setembro na Câmara. Caso
passe, o texto ainda segue para votação no Senado.
Foi lá que foi barrada, no final de 2007, a prorrogação

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DA CPMF, cuja alíquota de 0,38% deixou de ser


cobrada em 1º de Janeiro do ano passado.
"Desta vez vamos aprovar porque o quadro DA saúde
piora. Essa é a última alternativa para salvar o SUS.
Temos muita necessidade, ainda mais com OS gastos
excepcionais com a gripe. Se o presidente Lula não
acordar, a saúde será o maior desgaste desta gestão",
afirmou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS),
coordenador DA Frente Parlamentar DA Saúde.
A oposição é contra a recriação. Caso a CPMF volte,
eles ameaçam ir à Justiça, alegando ser
inconstitucional criar um novo imposto dessa forma,
por meio de projeto de lei -a antiga contribuição foi
criada e prorrogada por meio de emenda à
Constituição.

Alíquota menor
Caso venha a ser aprovado, o novo tributo, com
alíquota de 0,1% sobre as movimentações financeiras,
seria integralmente repassado para a saúde. Com
esse argumento, procura-se vencer a natural
resistência dos parlamentares em aprovar um novo
tributo a menos de um ano das eleições.
Dados do ministério mostram que toda a
regulamentação DA emenda 29 destinará à área mais
R$ 15 bilhões por ano, o equivalente a pelo menos um
quarto do orçamento atual DA pasta.
Desse montante, R$ 10 bilhões viriam DA União por
meio DA CSS. Os R$ 5 bilhões restantes viriam dos
cofres estaduais, já que a regulamentação DA emenda
dirá o que pode e o que não pode ser considerado
gasto em saúde.
A Constituição estabelece que OS Estados devem
gastar 12% do seu orçamento na área, mas,
atualmente, muitos Estados contabilizam como
investimento em saúde despesas com planos de
saúde do funcionalismo e assistência social, por
exemplo. De acordo com análise do Ministério DA
Saúde, 18 Estados usaram expedientes como esse em
2006.
O orçamento atual DA pasta é de R$ 54 bilhões, um
aumento de 9,5% sobre OS R$ 49,3 bilhões do ano
passado.
Receita em queda
Na primeira tentativa de recriar a CPMF, no primeiro
semestre do ano passado, a base governista perdeu o
argumento DA necessidade de recursos para a saúde
-afinal, mesmo sem a contribuição, a arrecadação
federal batia recordes mensais sucessivos. Desde o
agravamento DA crise econômica global, em
setembro, porém, a receita passou a cair.
A receita esperada com a CSS é pequena diante do
impacto DA recessão nas contas públicas: o
Orçamento deste ano, que originalmente contava com
R$ 805 bilhões, já sofreu uma redução na Casa dos
R$ 60 bilhões. Dados prestes a serem divulgados pela
Receita Federal indicam nova queda na arrecadação

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tributária federal no mês de julho.

Colaborou ANGELA PINHO, DA Sucursal de Brasília

Fonte: Folha de S.Paulo

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