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AUTENTICA E
VERDADEIRA
A resposta de Jesus deu ensejo a que Jesus ensinasse acerca da verdadeira espiritualidade.
No livro de Marcos 7 - 1 a 20 encontramos uma maravilhosa confrontação de Jesus que nos ajuda a
extrair princípios e ensinamentos que possibilita a distinguir uma verdadeira espiritualidade.
Em primeiro lugar, eles pensavam que por observar esses ritos eram melhores que os outros.
Eles tinham um alto conceito de si mesmos. Eles eram jactanciosos e se julgavam mais santos, mais
puros, mais dignos que as demais pessoas.
Em segundo lugar, eles estavam enganados quanto à natureza do pecado. A santidade é uma
questão de afeição interna e não de ações externas. Eles pensavam que eram santos por praticarem
ritos externos de purificação. O contraste entre os fariseus e escribas e os discípulos de Cristo não
era apenas entre a lei e os ritos, entre a verdade de Deus e a tradição dos homens, mas uma
divergência profunda sobre a doutrina do pecado e da santidade.
Este conflito não é periférico, mas toca o âmago da verdadeira espiritualidade. ‘Ainda hoje,
muitos segmentos evangélicos coam mosquito e engolem camelo’. Os escribas e fariseus em nome
de uma espiritualidade sadia negligenciaram o mandamento de Deus (7.8), jeitosamente rejeitaram o
preceito de Deus (7.9) e invalidaram a Palavra de Deus (7.13).
William Barclay diz que a palavra hypokrites tem uma história interessante e reveladora.
Começa significando simplesmente uma contestação; para significar logo aquele que contesta num
diálogo ou um ator teatral, e finalmente significa alguém cuja vida é uma atuação sem nenhuma
sinceridade. O hipócrita é o homem que esconde, ou tenta esconder suas intenções reais por trás de
uma máscara de virtude simulada.
O hipócrita é aquele que fala uma coisa e sente outra. Há um abismo entre suas palavras e
seus sentimentos, um hiato entre suas ações e seu coração, uma esquizofrenia entre seu mundo
interior e o exterior.
William Hendriksen diz que um hipócrita é um enganador, fraudulento, impostor, uma serpente
sobre a relva, e um lobo em pele de cordeiro. Ele finge ser o que, na verdade, não é.
Em primeiro lugar, o culto deles era em vão (7.7). Jesus responde aos escribas e fariseus
citando para eles a lei e os profetas, ou seja, Isaías 29.13 e Êxodo 20.12. A autoridade não está nos
escritos dos rabinos, mas na Palavra de Deus. O culto só é verdadeiro quando é regido pela verdade
de Deus e pala sinceridade de coração. Palavras bonitas sem verdade no íntimo desagradam a
Deus. É uma grande tragédia que pessoas religiosas, ignorantemente, praticam sua religião e se
tornam ainda piores.
O grande pilar da ortodoxia evangélica é a verdade de que a Palavra de Deus é nossa única
regra de fé e prática. Esse marco tem sido removido ainda hoje. Preceitos de homens têm sido
colocados no lugar da bendita Palavra de Deus.
O PRECEITO - v. 14-16
Em primeiro lugar, Jesus refuta a idéia de que o homem é produto do meio. O mal não vem de
fora, mas de dentro. O mal não está no ambiente, mas no coração. Jean Jacques Rousseau estava
equivocado ao ensinar que o homem é bom por natureza. Jesus de Nazaré, o maior de todos os
mestres, revela a maldade inerente do ser humano.
Em segundo lugar, Jesus reprova a idéia de que o ritualismo externo pode nos tornar
agradáveis aos olhos de Deus. Lavar as mãos ou purificar utensílios não nos torna limpos aos olhos
de Deus. Ele não atenta para a aparência, mas vê o coração. Ele busca verdade no íntimo.
Em vez de ser um prisioneiro do legalismo farisaico, Jesus exorta a multidão a ter uma
espiritualidade governada pelo entendimento da verdade de Deus. Jesus dá uma grande ênfase à
necessidade de ouvir e compreender. Não podemos seguir interpretações enganosas, antes
devemos inclinar nossos ouvidos à Palavra de Deus.
EXPLICAÇÃO - v. 17-23
1. A verdadeira pureza tem a ver com o coração e não com o estômago - v. 18-20. Jesus está
acabando com a paranóia da religião legalista das listas intermináveis do ‘pode e não pode’. Jesus
está declarando puros todos os alimentos. Não podemos considerar impuro o que Deus tornou puro
(At 10.15). O alimento desce ao estômago, mas o pecado sobe ao coração. O alimento que
comemos é digerido e evacuado, mas o pecado permanece no coração, produzindo contaminação e
morte.