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Ao sabor do vento

(16 de Abril de 2014)



Vento do Norte,
Vento do sul.
Seguem a sorte,
Encontram a morte.
Vivem a vida
Sendo alma ferida.

No sabe de onde vem.
No sabe para onde ir,
Quer algo inconstante,
Sente a saciedade saciante.
Nem sequer vive,
Apenas se vai, ou esvai!

aquele querer talvez no querer,
Como Cames, aquele sentir sem sentir.
Por vezes sabe o que sente,
Outras, apenas acha que mente,
Sem saber decidir,
Continua por a a ir.

Projeto em projeto,
Degrau em degrau.
Parece slido,
Ento, Ups!, l escorregou.
E vai, novamente, ao sabor do vento
E l volta cabea aquele pensamento.

Ser que sim?
Ser que no?
Tanta coisa a perguntar,
Qual a soluo?

Queria j saber.
Queria j ter sentido
A beleza da vida
Com rotinas,
No perdido!

Mas de que valeria o percurso
Sem algumas pedras no caminho.
Talvez assim eu pegue nelas,
E as arrime a um vidro sem sentido
Para que a brisa passe,
Onde antes era proibido.
E se a brisa, sem saber onde vai, l chega.
Tambm um dia eu chegarei!
Talvez no saber a certeza
Seja a minha esperteza,
De todo e mais me entregarei.

Porque de trabalho que a vida feita,
Dizem os saberes ancestrais.
Que posso eu dizer ou fazer?
Tenho que me aplicar cada vez mais.

Ser o vento do Norte e do Sul,
Do Este e do Oeste.
Encaminhar-me para todo o lado,
Sem sequer saber o resultado.

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