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No sentido de perceber a estrutura o os conceitos implicados na construção do

modelo de Auto-avaliação das BEs e de entender os factores críticos de sucesso


inerentes à sua aplicação optei por seleccionar a Tarefa 2: “Faça uma análise crítica ao
Modelo de Auto-Avaliação das BEs, tendo em conta os Seguintes aspectos:

- O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados.


- Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares.
- Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.
- Integração/ Aplicação à realidade da escola.
- Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.

Antes de iniciar a análise que me propus fazer e tendo em conta que Todd Ross, ele
próprio, refere o Manifesto da Biblioteca Escolar da UNESCO, julgo pertinente referir alguns
aspectos desse manifesto que considero fundamentais e fulcrais pois, de certa forma, justificam
a pertinência da existência de um modelo de Auto-Avaliação para este novo modelo de BE
enquanto Instrumento Pedagógico.

“A Biblioteca Escolar proporciona informação e ideias fundamentais para sermos bem


sucedidos na sociedade actual, baseada na informação e no conhecimento. A Biblioteca
Escolar desenvolve nos alunos competências para a aprendizagem ao longo da vida e estimula
a imaginação, permitindo-lhes tornar-se cidadãos responsáveis.”

Por isso a BE tem como Missão “disponibilizar serviços de aprendizagem, livros e


recursos que permitam a todos os membros da comunidade escolar tornarem-se pensadores
críticos e utilizadores efectivos da informação em todos os suportes e meios de comunicação.
E a equipa da Biblioteca deve por isso apoiar a utilização de livros e outras fontes de
informação, desde obras de ficção a obras de referência, impressas ou electrónicas,
presenciais ou remotas no sentido de complementar e enriquecer os manuais escolares e os
materiais e metodologias de ensino”. Nesse sentido, a Biblioteca escolar deve incluir espaços e
equipamentos onde são recolhidos, tratados e disponibilizados todos os tipos de documentos
(qualquer que seja a sua natureza e suporte) que constituem recursos pedagógicos quer para
as actividades quotidianas de ensino, quer para actividades curriculares não lectivas, quer para
ocupação de tempos livres e de lazer. Ela deve ser por isso concebida como um verdadeiro
“centro de recursos educativos” ao dispor de alunos, de professores, em condições específicas,
de outros elementos da sociedade. Deve ainda constituir-se como um núcleo da organização
pedagógica da escola, vocacionado para as actividades culturais e para a informação,
constituindo um instrumento essencial do desenvolvimento do currículo escolar.

Refere-se ainda que, segundo o Manifesto da Unesco, os Objectivos da BE, parte


integrante do processo educativo, são essenciais ao desenvolvimento da literacia, das
competências de informação, do ensino-aprendizagem e da cultura ( “Apoiar e promover os

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objectivos educativos definidos de acordo com as finalidades e currículo da escola;
Proporcionar oportunidades de utilização e produção de informação que possibilitem a
aquisição de conhecimentos, a compreensão, o desenvolvimento da imaginação e o lazer;
Apoiar os alunos na aprendizagem e na prática de competências de avaliação e utilização da
informação, independentemente da natureza e do suporte, tendo em conta as formas de
comunicação no seio da comunidade; Trabalhar com alunos, professores, órgãos de gestão e
pais de modo a cumprir com a missão da escolas; Promover leitura, os recursos e serviços da
biblioteca escolar junto da comunidade escolar e fora dela; Desenvolver nos alunos
competências e hábitos de trabalho baseados na consulta, tratamento e produção de
informação, tais como seleccionar, analisar, criticar e utilizar documentos; desenvolver um
trabalho de pesquisa ou estudo, individualmente ou em grupo, a solicitação do professor ou da
sua própria iniciativa; produzir sínteses informativas em diferentes suportes; Estimular nos
alunos o prazer de ler e o interesse pela ciência, a arte e a cultura; Associar a leitura, os livros
e a frequência da biblioteca escolar à ocupação lúdica de tempos livres”). Todos estes
objectivos encontram-se referidos implícita ou explicitamente nos vários documentos referidos
para consulta.

O Professor Bibliotecário “ é o elemento responsável pelo planeamento e gestão da


BE. È apoiado por uma equipa tão adequada quanto possível, trabalhando em conjunto com
todos os membros da comunidade escolar e em ligação com Bibliotecas Públicas e outras”.
Aqui podemos desde já pensar nas competências do PB. Ainda mais que Manifesto afirma
ainda relativamente ao funcionamento e gestão que para garantir a eficácia e avaliação dos
serviços e necessário haver “ uma política de serviços da BE formulada de modo a definir
Objectivos, prioridades e serviços em articulação com o currículo escolar; a BE deve ser
organizada e gerida de acordo com padrões profissionais; os serviços devem ser acessíveis a
todos os, membros da comunidade escolar e funcionar no contexto da comunidade local; a BE
deve promover a cooperação com os professores, a direcção das escolas, as entidades
responsáveis, os pais, outros bibliotecários e profissionais da informação e as associações
locais”. Ora pergunto como evidenciar tudo isto se não existir qualquer registo ou avaliação do
que de facto é feito nas BEs?

Nesta perspectiva podemos de facto pensar no Modelo de Auto-Avaliação como um


instrumento pedagógico de melhoria contínua permitindo avaliar o trabalho da BE e o impacto
no funcionamento da escola e aprendizagem dos alunos. Ele vai permitir ainda detectar as
áreas de sucesso ou insucesso levando a investir mais nas segundas rentabilizando o trabalho
do PB.

A “imagem” ou “função da BE evoluiu ao longo dos tempos, mudou e assenta em


conceitos diferentes como a Noção de valor (experiência e benefícios que podemos retiras das
coisas como por exemplo: se é importante uma BE agradável e bem apetrechada deve se
associar a isso uma utilização consequente nos vários domínios que caracterizam a missão da
BE para produzir resultados que efectivem os objectivos da escola em que se insere); a Auto-
Avaliação que tem toda a pertinência se inserida num processo Pedagógico regulador que visa

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a melhoria continua da BE; apontar para áreas nucleares de trabalho das BEs que tem um
impacto positivo na escola e no ensino aprendizagem (a avaliação não é um fim mas sim um
meio de reflectir e originar mudança na prática),o quadro existente é de facto um instrumento
pedagógico de orientação das escolas e através da definição de factores críticos de sucesso
para as áreas chave ao funcionamento e sucesso das BEs e sugere acções de melhoria, mais
um aspecto pertinente que vem reforçar a necessidade de existência de um modelo de Auto-
Avaliação.

Esta nova missão da BE, a sua relação com as aprendizagens, com o desenvolvimento
curricular e com o sucesso educativo implica um novo conceito/contexto de aprendizagem com
o aluno como actor activo na construção do seu próprio conhecimento ( Wilson – “constructive
perspective learning which emphasizes meaningful, authentic activities that help the learner to
construct understanding and develop skills relevant to problem solving”; Hein – “learners
construct knowledge for themselves, each learner individually and socially constructs meaning
as her or she learns. There is no other king”; « The instructional iniciatives of school librerians
centring information literacy are about providing the best context and oportunities for people to
make the mosto f their lives as sensemaking, constructive, independent people. The provision
of information does not necessarily mean that our learners become informed. Information is the
input ; though this input, existing knowledge is transformed, and new knowledge-as
understanding meaning, new perspectives, interpretations, innovations-is the outcome.
Empwerment, connectivity, engagement, and interactivity define this actions and practices os
school library, and their outcome is knowledge construction : new meanings, new
understanding, new perspectives. This suggest a pedagogy that has knowledge construction
and inquiry learning at is heart, where through access to multiple sources and formates of
information tecnology, learners acquire the intellectual scaffolds to engage with multiple
perspectives, sources and formates of information to be able to construct their own
understanding so the role of school librerian goes beyond developing a range of information
literacy competencies, rather, it is significant responsability of making actionable all the
information and knowledge that school possesses or can access so that students can construct
their own understanding and develop their ideas in reach ways. It´s the reason why school
libraries exit. »). Implica também novas estrtégias de abordagem à realidade, ao conhecimento
que passam pelo questionamento continuo “Inquiry based learning”: “What differences do my
library and its learning initiatives make to student learning?” “What has my library and its
learning initiatives enabled my students to become? » « In essence, eviden-based practice is
about having the rich, diverse and convincing evidence that demonstrates that the library is vítal
part of the learning fabric of the school-that is integral, rather than peripheral.» Mais uma vez
está aqui inerente a pertinência do modelo de AA pois precisamos de registos de evidências
que mostrem tudo isto! Ainda mais que tomamos decisões e reformulamos objectivos e
planificações a partir dos resultados (Sucesso/insucesso do dia a dia pois aprendemos com a
experiência e os erros) “From actions to evidence - making decisions about the performance of
day-by-day role – Where day-by-day profissional work is directed towards demonstring the
tangible impact and outcomes of sound decision making and implementation of organizacional

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goals and objectives evidence of the impact of the librarian´s instructianal iniciatives on student
learning outcomes.”

A própria modificação global das estruturas sociais – TIC, o desenvolvimento de redes,


os novos ambientes de disponibilização de informação, de trabalho e construção do
conhecimento implicam o conhecimento de novas literacias e uma aprendizagem contínua ao
longo da vida com uma actualização constante de procedimentos e como verificar a adequação
dos mesmos se estes não foram avaliados? Como verificar se as nossas decisões foram
correctas e adequadas se não procurarmos evidências do seu sucesso/insucesso? Reforçamos
mais uma vez a pertinência da existência do Modelo de AA como instrumento pedagógico de
melhoria na prática do PB e no trabalho desenvolvido na BE. Há de facto uma necessidade de
gerir a mudança buscando evidências que mostrem claramente o impacto da actuação da BE
na Escola e quais os factores críticos ao seu desenvolvimento. A perspectiva deve ser sempre
de melhoria na prestação de serviços e da qualidade da BE. Para isso deve haver uma prática
sistemática de recolha de evidências associadas ao trabalho diário para encontrar a informação
acerca do que há para melhorar tudo para poder reforçar a diferença que a BE faz na escola e
o impacto que tem nas aprendizagens. Mais uma vez é de salientar que o importante não é a
existência de um recurso mas do impacto que esse recurso tem e no que ele traz de bom para
a escola e para o processo de ensino/ aprendizagem. O Modelo de AA permite estabelecer a
relação entre os processos e o impacto ou valor que originam, ele permite de facto identificar
problemas, recolher evidências, avaliar e interpretar as mesmas e procurar retirar lições que
orientem futuras acções e delineiem caminhos a seguir. A pesquisa centra-se no impacto e não
no recurso. A avaliação visa a qualidade da BE e pretende verificar/procurar as modificações
positivas que a utilização/funcionamento da BE tem nas atitudes, valores e conhecimentos dos
utilizadores. Prende ver não a eficiência mas sim a eficácia dos serviços prestados. Toda a
Organização estrutural e funcional do Modelo de AA em vários domínios(4) e subdomínios
associados as diversas áreas a trabalhar pela BE na sua gestão/organização visam verificar o
sucesso da missão da BE pois permite verificar como se está a concretizar o trabalho da BE,
para isso contribuem também o conjunto dos indicadores aos quais são apontados possíveis
instrumentos para recolha de evidências e exemplos de acções para melhoria. Qualquer
processo de avaliação de ser visto como um meio e não um fim como se encontra referido no
Modelo de AA, ele deve visar uma constante melhoria ao nível do desempenho. O sucesso do
modelo depende disso mesmo, da forma como é encarado! Ele Integra-se e aplica-se a
realidade escolar, os exemplos de acções para a melhoria e os próprios factores de sucesso
apontam pistas importantes, mas em cada caso será a recolha de evidências que ajudará cada
BE a identificar o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu desempenho, a
avaliação deve levar a um novo plano de desenvolvimento pois possibilita verificar pontos
fortes e fracos, orienta o estabelecimento de objectivos e prioridades numa perspectiva realista
face a BE e ao contexto onde se insere. Quando já se trabalhou num sistema de gestão de
qualidade, a observação, avaliação, objectivos mensuráveis e recolhas de evidências em
função de indicadores são prática corrente para avaliar um processo e a acção do gestor desse
mesmo processo assim como os resultados que os serviços desse processo produziram.

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Assim, como gestora do processo biblioteca que já fui, a avaliação e recolha de evidências
permitiu-me por exemplo verificar uma melhoria relativamente à frequência da BE pelos alunos
do Ensino secundário. Ou ainda de verificar que o recurso as novas tecnologias de informação/
Internet para trabalhos de pesquisa invalidava o uso de outros recursos como obras de
referência ou manuais escolares para trabalhos mais técnicos. Para isso tive de fazer um
levantamento de dados, analisá-los, abrir acções de melhoria sempre na perspectiva de
solucionar o problema detectado. Este também é um dos papéis fundamentais do professor
bibliotecário, aferir o porquê do insucesso e tentar solucionar com medidas/acções
diversificadas. Isso também se verifica ao nível do sistema de avaliação de desempenho dos
professores para quem, como eu, já entrou nele. Este deve ser visto numa perspectiva de
formação continuada e de melhoria. Se assim fizermos só podemos tirar proveito destes
processos mesmo quando inerentes ao processo de avaliação podem surgir alguns
constrangimentos como por exemplo medidas ou acções que só venham a ter resultados
visíveis a médio/longo prazo, dificilmente se pode verificar de imediato mudanças ao nível de
atitudes, valores ou até competências nos utilizadores da BE do “dia para a noite”! O impacto
na aprendizagem dos alunos também dificilmente poderá ser visível de imediato embora com
certas iniciativas como o PNL com leitura autónoma ou orientada na sala de aulas, a promoção
da leitura seja cada vez mais evidente e associada ao Projecto Curricular de Escola
intensificando cada vez mais o papel fundamental da BE na promoção da leitura e
indirectamente ou não na melhoria das aprendizagens quanto ao desempenho ao nível do
Português. Mais uma vez teremos de recolher evidências do impacto da BE,
sucesso/insucesso e reajustar ou não procedimentos. Assim como em qualquer sistema de
gestão de qualidade pretende-se através das auditorias detectar problemas e implementar
acções de melhoria no sentido de resolver os mesmos e melhorar a eficácia de um serviço
também o Modelo de AA das BE pretende dotar as escolas e as BE de um instrumento que
permite a melhoria continua da qualidade, a busca de uma perspectiva de inovação; a BE deve
ser capaz de aprender crescer através da recolha sistemática de evidências de uma auto-
avaliação sistemática.

Voltando agora à organização estrutural e funcional do modelo baseada nas BEs


Inglesas e ajustadas as nossas e ao nosso sistema de ensino, a organização em 4 domínios
cruciais ao desenvolvimento/qualidade da BE e num conjunto de indicadores sobre os quais
assenta o trabalho da BE. Segundo consta, procurou-se que a estruturação fosse fácil de
entender pelos órgãos de gestão da escola e assim que permitisse que a BE fosse vista por
eles como um instrumento de melhoria ao nível do processo de ensino aprendizagem. Vejo
aqui um constrangimento, os órgãos de gestão têm formação para perceber/conhecer este
modelo de AA e reconhecer o seu valor? Não haverá casos em que o PB é avaliado pelo
GRBE relativamente aos domínios do Modelo e depois sendo também docente entra no
sistema de avaliação de desempenho da escola onde num dos domínios avaliados entra a BE,
não será isto uma repetição de tarefas e por isso um desdobrar de trabalho?

A BE, e isto está inerente ao Manifesto da UNESCO deve ser um espaço equipado
com um conjunto significativo de recursos e de equipamentos e se esses recursos e

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equipamentos forem obsoletos ou demasiado aquém das necessidades dos alunos? E quando
os alunos querem recorrer a Internet e está frequentemente não funciona? O PB pode verificar
o problema mas a sua resolução estará ao seu alcance? Mesmo dando provas que a BE é um
recurso fundamental/essencial no desenvolver no Projecto Curricular de escola nem sempre os
seus pedidos, sobretudo os que implicam finanças, são atendidos! A BE também é e deve ser
um espaço formativo e de aprendizagem - intrinsecamente relacionado com a escola, com o
processo de ensino/aprendizagem, com a leitura e as diferentes literacias e já foi demonstrado
anteriormente em várias ocasiões ao longo desta análise.

De facto o modelo de AA é pertinente porque indica o caminho, a metodologia,


a operacionalização para uma melhoria continuada da qualidade, isso exige que a
organização/escola/BE/PB estejam preparados para a aprendizagem continua pois implica uma
mudança contínua e espíritos abertos a mudança. Aqui poderá existir algum constrangimento
pois pressupõe a motivação dos elementos envolvidos bem como uma liderança forte do
professor coordenador que deverá mobilizar a escola e os seus elementos para a necessidade
de implementação do processo avaliativo, mas a mente humana e a sua resistência a mudança
pode ser algo difícil de trabalhar! Aqui já se destacam duas competências necessárias ao PB, a
capacidade de ser leader e de ter uma boa metodologia de sensibilização (A mobilização da
equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/ avaliar o impacto e o valor da BE na escola
que serve; Jornadas formativas para a equipa e para outros na escola. Definição precisa de
conceitos e processos. Realização de um processo de formação/ acção. A comunicação
constante com o órgão directivo, justificando a necessidade e o valor da implementação do
processo de avaliação. A apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico.
Aproximação/ diálogo com departamentos e professores. Criação e difusão de informação/
calendarização sobre o processo e sobre o contributo de cada um no processo). Falando ainda
em competências do PB, ele deve, segundo Einsenberg Miller, possuir as seguintes: ser um
comunicador efectivo no seio da instituição; ser proactivo; saber exercer influência junto de
professores e do órgão directivo; ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da
comunidade educativa; ser observador e investigativo; ser capaz de ver o todo - “the big
picture”; saber estabelecer prioridades; realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à
realidade; ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola; saber gerir recursos no
sentido lato do termo; ser promotor dos serviços e dos recursos; ser tutor, professor e um
avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens; saber gerir
e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola; saber trabalhar com departamentos e
colegas. (“ensure that students lear essencial information skills”; “partner with teachers to
provide meaningful learning oportunities”; ensure that School librerians are central players in
our schools”. Segundo ele a nossa função é levar todos os elementos da comunidade
educativa a perceber a importância vital da BE no processo de Ensino/Aprendizagem e apagar
a visão negativa do passado! E para isso é preciso segundo ele: A- Articulate a Vision and
Agenda (teacher partner, programa da BE em articulação com Curriculo, colaborar com alunos
e outros membros da comunidade escolar para saber das necessidades para o processo de
ensino/aprendizagem, ser um information specialist e um program administrator), ter

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competências no uso da informação e das tecnologias de informação, habilidade de
desenvolver conhecimento, ter visão, ter capacidade de liderança, ser capaz de planificar,
executar e avaliar o programa regularmente em todos níveis/domínios; B- Be Strategic (tornar o
papel da BE central no currículo é uma questão de atitude, atitudes positivas trazem resultados
positivos, é preciso paixão, entusiasmo, optimismo e energia mesmo face às mudanças
constantes e às dificuldades financeiras, devemos procurar oportunidades e Tirar proveito
delas - eu direi que Entrar na RBE e aderir ao PNL são duas grandes oportunidades,
permitiram aumentar colecções, melhorar organização da BE, adquirir formação, divulgar plano
de actividades da BE em Pedagógico bem como Regulamento/regimento da Biblioteca fazendo
assim parte do plano anual de actividades da escola e do regulamento interno da escola
respectivamente e por isso mesmo do projecto educativo da escola! A flexibilidade também é
fundamental visto que os próprios programas escolares estão em constante mudança assim
como as prioridades da escola mudam de ano para ano – devemos ter um papel activo nessas
mudanças e decisões….); C- Communicate continuously (os órgão de gestão devem ser
informados regularmente das acções da BE que de ter um programa/planificação/plano de
acção activo e empenhado para evidenciar a importância da sua função na escola e conseguir
assim o apoio de toda a comunidade educativa para poder fazer mais e melhor, deve por isso
ser feito registos informativos de toda a acção desenvolvida e seus efeitos e divulgar por
exemplo através de planificações, planos de acção, evidências/auto-avaliação, informações,
avisos, reuniões/pedagógicos/Actas e plataforma Moodle). Segundo M.B. Einsenberg devemos:
be active and engaged (an information literacy teacher, reading advocate, chief information
officer) e think strategically and politically.

Vou finalizar esta análise com uma frase deste mesmo autor que considero muito pertinente:

“ Wherever you are, and to whomever you speak, make sure you communicate the visiono f the
21st-century teacher-librarian ».

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