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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:

metodologias de operacionalização (Parte I)

ACTIVIDADE

a) Domínio/Subdomínio escolhido:

• C.1. (Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento


Curricular)

b) Escolha Indicadores seleccionados no Domínio/Subdomínio C.1.

• Dentro do Domínio/Subdomínio C.1 escolhi os indicadores C.1.3 e C.1.5, o


primeiro, por me parecer um indicador de processo e o segundo que me
parece de Impacto/Outcome.

ANÁLISE

• Baseia-se em evidências relativamente fáceis de


quantificar, apontando para factores críticos de sucesso
que pressupõem uma BE dotada de recursos materiais e
humanos abrangentes e perspectivam um BE onde os
utilizadores gozam de um espaço de descontracção,
dentro dos valores da liberdade e do respeito e a BE surge
como um local onde é possível realizar diferentes tipos de
trabalho, quer individual, quer em grupo.
C.1.3 Apoio à
Indicador de processo

• Pressupõe uma BE capaz de dar resposta a uma utilização


utilização autónoma dos alunos, atendendo a solicitações de vária
autónoma e ordem. Esta utilização autónoma implica, por parte do
voluntária da BE utilizador o domínio de um conjunto de competências que
como espaço de os torne capazes de realizar sozinhos as suas tarefas. Na
lazer e livre ausência destas competências, cabe à BE dar resposta às
fruição dos necessidades apresentadas pelos alunos, o que exige uma
recursos. equipa da BE versátil e de competências abrangentes,
para assim poder corresponder às diferentes solicitações e
rentabilizar os diferentes recursos da BE. Recursos estes
que deverão ser adequados às tais necessidades já
referidas.
• A oferta da BE em matéria de recursos com uma vertente
lúdica e de fruição deve ser rica e variada e deve dispor
de um espaço adequado a diferentes utilizações e em
diferentes contextos.
• Medida potenciadora de resultados positivos, em matéria
de impacto da utilização da BE na aprendizagem dos
alunos.
• O espírito mais descontraído das AEC, adequa-se
perfeitamente ao espírito de uma utilização livre da BE, o
que fará desta um espaço propício a determinadas
actividades de complemento curricular.
• Os níveis de desempenho da BE relativamente a este
indicador serão mais ou menos elevados conforme o
envolvimento articulado entre a equipa de BE, dos
Indicador de Impacto/Outcome

docentes das AEC e dos responsáveis por estas


actividades.
C.1.5 Apoio às • Para que as AEC tenham lugar na BE é necessário que o
actividades de horário desta o permita, pelo que deverá ser
enriquecimento suficientemente alargado para que aí possam ter lugar
curricular (AEC), essas actividades, o que obrigará a um esforço acrescido
por parte da equipa da BE.
conciliando-as
• O envolvimento da equipa da BE nas AEC pode acontecer
com a utilização
a diferentes níveis:
livre da BE. - Pode ser apenas ao nível da planificação, em que o papel
da equipa da BE é o de orientação na escolha e
rentabilização dos recursos disponíveis.
- Pode ser ao nível da participação activa de elementos da
equipa da BE nas actividades, assegurando eles próprios
algumas dessas actividades, ou colaborando na realização
das mesmas.
• Em qualquer dos casos, a BE será uma mais-valia, se
dispuser de recursos adequados para as actividades de
complemento curricular que pretende apoiar, o quem
implica uma gestão atempada desses mesmos recursos,
podendo inclusive obrigar à revisão da política
documental para certas áreas, como são o Inglês e a
Educação Musical, por exemplo.
c) Plano de Avaliação

Numa primeira fase, tanto para um indicador como para outro, é necessário
definir o objecto de avaliação, ou seja, é necessário identificar claramente o que
se pretende avaliar, em função do Plano de Acção, do Plano de Actividades e do
projecto ou programa de intervenção realizado. Para tal, deverão ser
seleccionados os factores críticos de sucesso, para que a avaliação incida sobre
o trabalho realizado e não sobre algo que não se pretende avaliar.

C.1.3 Apoio à utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de


lazer e livre fruição dos recursos.

A BE definiu um horário de funcionamento a pensar numa utilização livre e


permanente por parte dos alunos, então será necessário saber se o horário de
funcionamento da BE está a corresponder às necessidades dos alunos. Esta
informação poderá obter-se através da aplicação de um questionário aos
utentes da BE, e através das estatísticas de utilização da BE em situação livre.

A utilização livre da BE pressupõe a existência de espaços bem identificados,


seja para leitura informal, seja para trabalho individual ou de grupo, seja ainda
para utilização dos restantes recursos da BE, como são os audiovisuais e os
meios informáticos.

Para avaliar os níveis de desempenho dos alunos e as suas competências como


utilizadores livres e autónomos podem fazer-se observações, tal como as
referidas na Grelha de Observação (O5) do Modelo de Auto-Avaliação das BEs.

C.1.5 Apoio às actividades de enriquecimento curricular (AEC),


conciliando-as com a utilização livre da BE.

Para avaliação deste indicador, o registo das avaliações os níveis obtidos pelos
alunos nos finais de período lectivo serviriam como dados da avaliação, dados
esses que seriam confrontados com os registos do número de utilizações da BE
em AEC, com os registos das reuniões e contactos entre a equipa da BE e os
responsáveis das AEC e os docentes destas actividades.

PLANO DE AVALIAÇÃO

Domínio C.1. (Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento


/ Curricular)
Subdomí
nio
Indicado C.1.3 Apoio à utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer
r e livre fruição dos recursos.

Metodolo Objecto de Estudo Instrumentos/ Intervenien Calendariz


gia Evidências tes ação
Os alunos beneficiam Horário da BE. Equipa da
de acesso livre e BE.
permanente à BE. Direcção.

Os alunos adquirem Grelha de Equipa da


Avaliação de carácter quantitativo e qualitativo

hábitos de utilização Observação BE.


livre da BE, cultivando (Modelo O5).
um clima de liberdade,
respeito e
descontracção.
Ao longo do
Os alunos dispõem de Questionário. Alunos. ano lectivo.1
condições favoráveis à Grelha de Equipa da
utilização individual e Observação BE.
em pequenos grupos. (Modelo O5).

Os alunos desfrutam Questionário. Alunos.


de uma boa colecção Avaliação das Equipa da BE
na área da literatura colecções Departament
infantil/juvenil, dos documentais. os.
jogos educativos, da
música e dos filmes de
ficção.
1
Os Questionários deverão ser aplicados no final do ano lectivo, ou de um período a que
corresponda a avaliação que se pretende.

Para os registos nas Grelhas de Observação deve ser definido um período de observação. Por
exemplo: uma vez por mês, a cada quinze dias…
Domínio C.1. (Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento
/ Curricular)
Subdomí
nio
Indicado C.1.5 Apoio às actividades de enriquecimento curricular (AEC), conciliando-
r as com a utilização livre da BE.

Metodolo Objecto de Estudo Instrumentos/ Intervenientes Calendariz


gia Evidências ação
A BE planeia com os Plano de Equipa da BE.
Avaliação de carácter quantitativo e qualitativo

Ao longo do ano lectivo


responsáveis, a Actividades da Direcção.
realização de AEC, BE. Responsáveis das
sempre que estas Registos das AEC.
têm lugar no espaço reuniões/contacto Docentes das
da BE ou têm por s. AEC.
base a utilização
dos seus recursos.

A BE participa Estatísticas de Equipa da BE.


activamente nas utilização da BE Docentes das
AEC, organizadas em AEC. AEC.
pela escola ou Registos das
outras entidades, reuniões/contacto
assegurando as s.
actividades de que
são responsáveis ou
apoiando os outros
docentes na sua
concretização.

A ocupação e Horário da BE. Equipa da BE.


utilização dos Grelha de Docentes das
recursos da BE são Observação. AEC.
rentabilizadas em Estatísticas de
horário extra- utilização da BE
lectivo, quer em em AEC.
actividades livres,
Registos das
quer em AEC.
reuniões/contacto
s.
Referências Bibliográficas

- Guia da Sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


metodologias de operacionalização (Parte I).

- Texto da Sessão.

- Basic Guide To Program Evaluation.


Orlando Rodrigues

Novembro de 2009

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