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O Modelo de Auto-
Análise e Comentário Crítico
avaliação das
Bibliotecas Escolares
Presença de referências das BE’ s
Nos Relatórios das Equipas de Avaliação
Metodologia de
Externa – IGE Operacionalização
(Conclusão)
Lídia Costa
13 de Dezembro de 2009
Escola/ Escola Secundária da Agrupamento de Escolas Escola Secundária Fernando Agrupamento de Escolas
Agrupamento Amadora Sophia de Mello Breyner Namora Cardoso Lopes
Anos
2006/2007 2007/2008 2007/2008 2008/2009
“… há falta de espaços para as “As Bibliotecas Escolares/Centro de
actuais necessidades de professores Recursos (BE/CRE) estão integradas
Caracterização e alunos, nomeadamente a nível do na Rede Nacional de Bibliotecas
centro de recursos…” Escolares.”
do
agrupamento “O denominador comum entre as
várias unidades educativas é o facto de
todas elas disporem de BE/CRE…”
1.1-Sucesso Académico
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“ O CRE põe ao dispor da
comunidade escolar um conjunto de
recursos que permite diversificar as
estratégias de apoio às
aprendizagens.”
2.4- Abrangência do currículo e 2.4- Abrangência do currículo 2.4- Abrangência do currículo e
valorização dos saberes e da e valorização dos saberes e da valorização dos saberes e da
aprendizagem aprendizagem aprendizagem
“…a Semana da Leitura, com a “ De modo a fomentar a aquisição “O Agrupamento tem valorizado as
participação de Pais/EE, dando assim de competências e o sucesso dos aprendizagens dos alunos e
resposta às necessidades e motivação alunos, a Escola implementa, ainda, estimulado o sucesso académico e
dos alunos.” diversas estratégias de melhoria, tais educativo através…Prémio de
como o Plano Nacional de Leitura…”
“… BE/CRE apetrechada pela Rede Leitura…”
Nacional de Bibliotecas Escolares que
oferece diversas possibilidades aos
alunos, tais como realizarem trabalhos
no âmbito da várias disciplinas e áreas
curriculares não disciplinares,
participarem em concursos
dinamizados pela biblioteca e
requisitarem livros. As bibliotecas do
agrupamento encontram-se bem
organizadas e constituem locais
aprazíveis e estimulantes para o fim a
que se destinam, embora nas EB1 a
gestão esteja aquém das
possibilidades, atendendo ao facto da
ocupação se limitar a um horário pré-
estabelecido ( uma hora semanal por
turma), que nem sempre é utilizada
pelos alunos”.
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3.3- Gestão dos recursos 3.3- Gestão dos recursos
materiais e financeiros materiais e financeiros
“… a Biblioteca/Centro de “A Biblioteca Escolar/Centro de
Recursos…insuficientes para as Recursos Educativos (BE/CRE)…
necessidades dos professores e
3 estão bem equipadas, constituindo-
alunos, necessitando todos estes
Organização e espaços de serem alargados para
se em pólos dinamizadores de
melhor responderem às inúmeras aprendizagens activas.”
Gestão Escolar
solicitações”
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4.4- Parcerias, protocolos e 4.4- Parcerias, protocolos e
projectos projectos
“Outras actividades mais dirigidas à “O Agrupamento aderiu ao
promoção da participação das famílias …Programa Rede de Bibliotecas
…”Semana da Leitura.” Escolares, ao Plano Nacional de
Leitura…”
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Capacidade de
Auto‐
regulação e
Melhoria da
Escola
Escolhi, para realizar a segunda parte da tarefa desta semana, quatro relatórios de avaliação externa
referentes a escolas/agrupamentos do Concelho da Amadora:
Escola Secundária da Amadora;
Escola Secundária Fernando Namora;
Agrupamento de escolas Sophia de Mello Breyner Andresen;
Agrupamento de escolas Cardoso Lopes.
Tendo por base as amostras escolhidas e sendo comum a todas o mesmo concelho, ou seja um contexto social
e regional semelhante, proponho‐me analisar as diferenças registadas ao longo dos três anos lectivos referenciados.
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Da análise da grelha ressaltam as seguintes evidências:
¾ Apesar da BE da Escola Secundária da Amadora estar integrada na RBE é apenas referida na
caracterização da escola e como tendo necessidade de ser intervencionada. Parece‐me
manifestamente redutor para uma escola que promove critérios de excelência e o sucesso académico
dos seus alunos (conforme é referido no relatório da IGE).
As BE’s do Agrupamento Sophia de Mello Breyner, todas integradas na RBE, são referidas na
caracterização da escola como um denominador comum entre todos os estabelecimentos do
agrupamento.
¾ Relativamente aos resultados, apenas as BE’s dos agrupamentos Sophia de Mello Breyner e Cardoso
Lopes se encontram referenciadas e valorizadas como tendo impacto positivo nas aprendizagens. Nas
restantes escolas não há qualquer referência às actividades desenvolvidas pelas BE ’s e o seu impacto
na aprendizagem dos alunos.
¾ Quanto à prestação do serviço educativo, nos agrupamentos Sophia de Mello Breyner e Cardoso
Lopes, e na Secundária Fernando Namora, encontram‐se referências às actividades do PNL e a
concursos de leitura e começa a vislumbrar‐se alguma articulação entre o trabalho desenvolvido pela
BE e outras estruturas de orientação educativa, nomeadamente, os serviços especializados de apoio
educativo. É também em ambas as escolas/agrupamentos valorizada a perspectiva da BE como uma
oferta educativa, capaz de fomentar atitudes positivas e estimular nos alunos a valorização do
conhecimento e da aprendizagem contínua, através de competências de leitura, das literacias de
informação e das TIC.
¾ No que diz respeito à organização e gestão escolar, a referência fica‐se pelos aspectos ligados à
gestão dos recursos materiais e financeiros na Escola Secundária da Amadora, já no que respeita ao
Agrupamento Cardoso Lopes considera‐se muito positivamente a BE considerando‐se esta estrutura
dinamizadora das aprendizagens.
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¾ Relativamente à liderança, as referências fazem‐se ao nível da motivação e empenho, apreciada pelos
encarregados de educação e da abertura à inovação ou a actividades dirigidas à promoção da leitura.
¾ Finalmente, nenhum relatório menciona as BE’s na capacidade de auto‐regulação e de melhoria, o
que pode ser compreensível se tivermos em conta que, a auto‐avaliação da BE com um modelo
estruturado apenas se iniciou, a nível experimental, no ano lectivo anterior. No entanto, certamente
todos os coordenadores das BE’s faziam os seus relatórios de avaliação, com análises estatísticas mais
ou menos detalhadas e apresentavam‐nos ao Conselho Pedagógico, pelo que poderiam ser
contempladas neste item.
Apesar de, ao longo dos anos lectivos em análise, as referências dos relatórios da IGE relativamente às BE’s ser mais
efectiva, é ainda pouco consistente. Numa época em que se reconhece cada vez mais o impacto da BE na promoção
do sucesso educativo, no ensino e na aprendizagem, estas constatações parecem ainda não ter paralelo nos
relatórios de avaliação externa.
Duas questões se devem colocar:
‐A Inspecção‐Geral de Educação não considera ainda a BE como um recurso indispensável da escola/agrupamento,
os relatórios contêm referências muito vagas ao trabalho desenvolvido, não se perspectivando a biblioteca como
uma mais‐valia ou como um ponto forte. Neste aspecto a única excepção é o relatório do Agrupamento Cardoso
Lopes onde a BE/CRE é considerada como um ponto forte.
‐As referências existentes nos relatórios prendem mais com o modo como cada escola/agrupamento define as suas
prioridades e promove e valoriza as suas BE’s.
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Assim, parece‐me evidente a necessidade da implementação da auto‐avaliação para que a biblioteca possa ter
outra visibilidade fazendo valer o impacto que pode ter no sucesso dos alunos e na construção do conhecimento ao
longo da vida. Este processo caminhará a par com a necessidade de uma liderança efectiva do professor
bibliotecário, da sua capacidade de comunicação e de mostrar através de evidências (evidence based practice) a
importância da biblioteca. E ainda a necessidade de intervenção junto do órgão de gestão na alteração dos
documentos de orientação educativa nomeadamente, o Projecto Educativo, o Projecto Curricular de
escola/agrupamento e o Regulamento Interno.
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