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Após leitura de várias (muitas, mas não todas por falta de tempo, o que lamento porque
aprendo muito) propostas de workshop, voltei ao “O Bicho Avaliação no Reino da Terra do
Faz-de-Conta”. O título é de tal modo apelativo que presumo que ninguém terá resistido à
sua leitura, o que provou ser por si só uma estratégia eficaz. Mas diga-se que o texto
produzido não gorou as expectativas e só produz um texto daqueles quem consegue aliar
criatividade (E disse Arthur Koestler que “A criatividade é um tipo de processo de
aprendizagem em que o professor e o aluno se encontram no mesmo indivíduo” ) ao
conhecimento daquilo sobre que fala e fantasia.
A afirmação de que “A função ideal de uma biblioteca seria a de fazer com que as pessoas
lessem” (Eco, 1994) mantém-se válida mas outros desafios se colocam às equipas BE e,
nomeadamente aos “fiéis súbditos da Rainha Bué Especial… umas pessoas, também elas,
muito especiais, pois tinham de ter muitas qualidades para ocuparem estes cargos tão
importantes no Reino” , se partilharmos a convicção de que “… las Bibliotecas deberán
darse cuenta de que, más allá de las tecnologías y de los procesos, son los conocimientos y
el saber de su personal, cada vez más preparados, los que aportan el valor añadido a la
organización” (Di Domenico, 2005).
A ideia de uma escola “portal para o mundo” interroga-nos sobre o papel da BE na formação
do aluno-cidadão que, mais do que aceder à abundante informação, saiba avaliá-la,
apropriar-se dela ou rejeitá-la, assumindo-se como construtor do seu próprio
conhecimento.
Constrangimentos ao sucesso deste workshop? Deste ou de outro, serão sobretudo a
passividade, a dificuldade de alguns professores se posicionarem com co-responsáveis pelo
êxito da BE, a dificuldade de darem resposta a tantas solicitações, a tentação fácil de
“deixar a BE para o PB”.