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Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

Comentário à análise crítica da


colega Maria Teresa André

Porque de uma maneira bastante clara me parece ter tocado nos


pontos essenciais deste modelo de auto-avaliação coincidindo com a
minha análise.

“Os resultados devem ser analisados no sentido de planear


o presente da biblioteca escolar, desenhando
colaborativamente as linhas de acção para o futuro.”

Assim, e começando pelo fim, parece-me que esta


frase sintetiza a verdadeira razão de ser da aplicação deste
modelo à biblioteca escolar.
Efectivamente, o modelo pretende mediante a análise
da situação presente, a partir das evidências comprovativas
da sua prática diária, apetrechando-a com instrumentos e
apresentando referenciais, apontar linhas de acção no
âmbito dos quatro domínios essenciais à sua actuação
abrindo o caminho para o futuro e instruindo os alunos no
sentido de “dar resposta aos desafios colocados pela
sociedade global e tornarem-se cidadãos mais
participativos e responsáveis.”
Apresenta-se, de facto, como um instrumento
pedagógico que “Vai permitir também identificar as áreas
de maior ou menor sucesso, onde se deverá investir mais,
de forma a atingir objectivos propostos.” Tais objectivos
concorrem para um único fim e esse fim é o sucesso escolar
dos alunos.
“Toda a comunidade escolar deve entender que a
avaliação é um instrumento de melhoria, um instrumento
pedagógico e orientador.”
“A escola deverá encará-la como uma necessidade,
uma vez que toda a comunidade irá beneficiar da análise e
reflexão.”
Compete aqui ao professor bibliotecário ser o mentor
deste processo, sensibilizando para a sua importância,

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levando à sua implementação, aplicando-o e avaliando os


resultados, numa perspectiva formativa e contínua,
necessitando indiscutivelmente de ter uma visão
estratégica suficientemente abrangente e clara,
necessitando de estreitar laços de colaboração não apenas
com a sua equipa, mas com todos os professores; há para
isso que saber mobilizar, “desenhar colaborativamente as
linhas de acção”.
Este modelo concorre assim no sentido da
transversalidade, da interacção, da convergência de
esforços e de actuações, no sentido de uma optimização
dos resultados.
Um outro propósito que subjaz à sua criação é
precisamente o do reconhecimento e valorização da missão
da biblioteca escolar enquanto contributo fundamental para
a construção das aprendizagens e do conhecimento. Só
perante a aferição do impacto das actuações é possível
alcançar-se uma verdadeira percepção desse valor.
Trata-se efectivamente de um modelo bastante
pertinente, facilitador e inovador porque traça não apenas
as metas mas apresenta soluções, sendo simultaneamente
um guia de acção.

Comentário elaborado
por:
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Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

Cristina Costa

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