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CURITIBA
2007
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.....................................................................................................1
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................2
2 CONCEITO ......................................................................................................3
3 CADASTRO NO BRASIL.................................................................................6
3.1 HISTÓRIA.........................................................................................................6
5 CADASTRO RURAL......................................................................................37
7 REFERÊNCIAS ..............................................................................................49
GLOSSÁRIO............................................................................................................51
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
2 CONCEITO
3 CADASTRO NO BRASIL
3.1 HISTÓRIA
economia comercial, mudando a relação do proprietário com este bem. A terra, nessa
nova perspectiva, deveria transformar-se em uma valiosa mercadoria, capaz de gerar
lucro tanto por seu caráter específico quanto pela sua capacidade de produzir outros
bens.
Os principais problemas:
ü Base cartográfica (plantas cadastrais) desatualizada;
ü Base cartográfica sem geo-referência;
ü Falta de recursos humanos nas prefeituras (Engenheiro Cartógrafo,
Geógrafo, Arquiteto) para gerenciar as informações;
ü Imprecisão da posição física dos imóveis ou incerteza das linhas que os
configuram;
ü Falta de integração entre o registro e o cadastro físico;
ü Falta de investimento para levantamento e atualização cadastral.
Um dos grandes problemas da estrutura cadastral brasileira está na
necessidade de integração entre o registro e o cadastro físico, para apontar os
Proprietário
Lotes Leis
Parcelas Direitos
Ligação (matrícula)
Planta Cadastral
situado o imóvel;
ü a forma, as dimensões, a localização e outras características do imóvel;
ü a área construída, o valor unitário da construção e o estado de
conservação do imóvel, no caso de ser o mesmo edificado;
ü quaisquer outros dados informativos fornecidos pelo cadastro imobiliário
ou obtidos pelas repartições competentes.
Para efeitos deste imposto, o valor venal é a soma dos valores venais do
terreno e da construção.
No que diz respeito a terrenos pertencentes a União (terreno de marinha), são
importantes os seguintes conceitos:
ü Aforamento é o ato pelo qual a União atribui a terceiros o domínio útil de
imóvel de sua propriedade, obrigando-se este último (foreiro ou enfiteuta) ao
pagamento de pensão anual, denominada foro. A taxa cobrada
correspondente ao foro é 0,6% do valor do terreno;
ü Laudêmio é o valor pago pelo proprietário do domínio útil ao proprietário
do domínio direto (ou pleno) sempre que se realizar uma transação onerosa
do imóvel. Esta taxa corresponde a 5% do valor do terreno e das benfeitorias
existentes;
ü As terras de marinha correspondem à faixa de 33 metros a contar da linha
de preamar média do ano de 1831. Portanto, os terrenos da União são
identificados a partir da média das marés altas do ano de 1831, tomando
como referência o estado de situação da costa brasileira naquele ano (SPU,
2006).
Segundo a lei nº 1.876 de 1981, « ficam isentas de foros e taxas de ocupação,
referentes a imóveis de propriedade da União, as pessoas consideradas carentes,
assim entendidas aquelas cuja situação econômica não lhes permita pagar esses
encargos sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, bem como as empresas
públicas e as sociedades de economia mista, nas transferências destinadas à
realização de programas habitacionais »;
Atributos
Proprietário
Indicação Fiscal Atualização
Superfície
Uso
Benfeitorias
Valor
Inscrição Cadastral
Distrito Setor Quadra Lote Unidade
Unidade Municipal
Setor Planta Base
Número Planta de
Refêrencia Cadastral
Número do lote(testadas)
Unidade autônoma (uso)
públicos e urbanos existentes em cada fase de quadra (Figura 6). A figura 7 mostra o
modelo de um croqui de uma unidade imobiliária onde são atualizadas as dimensões
das construções e benfeitorias.
PACI GUSTEO N
0003 Rua Ivaí PO= Ponto Origem
PO
20,10 20,00 40,3 Uso:
PACI GUSTEO
R= residencial ;
50,00
0007 Rua Parái
RT R C= comercial
T= Terreno Vago
50,00
T
PACI GUSTEO
S= Serviços
0006 Rua tibagi
50,10
T
50,10
C R
não considera o elipsóide, tomando a Terra como plana num raio de até 50 km. A NBR
14166 – Rede de Referência Cadastral Municipal (ANEXO 1) – fixa as normas para
implantação de uma Rede de Referência Cadastral considerando a terra plana, mas
alguns pontos desta rede de referência devem estar referenciados à rede geodésica. A
utilização de coordenadas obtidas com GPS em levantamentos topográficos faz com
que os produtos destes levantamentos possam ser relacionados ao Sistema Geodésico
Brasileiro ou ao Sistema Topográfico Local (ANEXO 2). Em geral, podem ser expressos
em coordenadas UTM (Universe Transverse de Mercator), no sistema local ou num
sistema arbitrário. Contudo, é sempre preferível que as plantas cadastrais estejam
atreladas ao sistema UTM de projeção, evitando, assim, transformações entre sistemas.
A Figura 10 mostra parte de uma planta cadastral na escala 1:5.000
(GEOMATICA, 2001), do Centro Politécnico da UFPR, referenciado ao sistema nacional
com coordenadas UTM. O mapa digital foi restituído através de fotografias aéreas
verticais.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
Planta Referência : SF-23-X-A-II-3-SE-C.
Figura 10: Sistema de articulação de planta 1:2.000 H5
4.2.3 Qualidade
As plantas cadastrais estão sujeitas às mais diversas fontes de erros, tais como
pontos de apoio (geodésia), restituição aerofotogramétrica sistema de projeção e de
desenho. A fonte de erro que tem mais influência na qualidade da carta cadastral é
aquela proveniente do levantamento topográfico ou geodésico. Considerando também
que a maior parte dos mapas cadastrais são oriundos de restituição aerofotogramétrica,
os erros inerentes à restituição e ao desenho final possuem um peso bastante
importante na qualidade da carta.
O decreto 89.817 estabelece parâmetros para que se avalie e produza uma
cartografia de qualidade compatível com a aplicação. No contexto cadastral, os erros
planimétricos e altimétricos devem ser os menores possíveis, para que não
comprometam o objetivo precípuo do posicionamento da propriedade. A Tabela 2
apresenta os erros mínimos toleráveis para as escalas cadastrais.
5 CADASTRO RURAL
De acordo com o Estatuto da Terra (Lei 4.504/64), define-se imóvel rural como
sendo “o prédio rústico, de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se
destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agro-industrial...”. Para a legislação
tributária, por outro lado, o imóvel é rural de acordo com a sua localização: se estiver
fora do perímetro urbano do município.
O Cadastro de Imóveis Rurais deve conter, portanto, todos os imóveis de
interesse das instituições participantes – INCRA, Receita Federal, IBAMA, SPU, etc.
Além disso, esse conceito deve estar bem definido também para os serviços notariais e
registrais, uma vez que são as informações sobre esses imóveis que serão enviados ao
INCRA, e sobre as quais serão feitas as exigências de geo-referenciamento previstas
pela Lei 10.267/01.
nacional específica que rege o registro dos imóveis rurais. A Lei nº 10.267/2001
(ANEXO 3) consiste num marco da organização territorial brasileira nas áreas rurais. Os
principais destaques são:
ü Organização do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR), reconhecendo
a necessidade de que esse Cadastro seja realizado com base em medições
geodésicas;
ü Estabelecimento de mecanismos que podem possibilitar o início de uma
efetiva integração entre Cadastro e Registro de Imóveis em áreas rurais.
De acordo com o INCRA (2002), toda a infra-estrutura cartográfica básica,
indispensável aos trabalhos de natureza fundiária, deverá ser obtida de dados
fundamentais do Sistema Cartográfico Nacional e seus desdobramentos, oriundos de
redes geodésicas fundamentais e/ou secundárias e em mapas em escala topográfica
que compõem os produtos finais do Sistema.
A inexistência de infra-estrutura cartográfica e geodésica na região dos
trabalhos implicará na determinação de coordenadas, altitudes e azimutes
preferencialmente por rastreamento de satélites geodésicos, com as convenientes
técnicas de processamento e redução ao geóide, de modo a atender as necessidades
de apoio geodésico do projeto. Nestes casos, é indispensável que as estações de
referência estejam situadas em pontos da cadeia fundamental do Sistema Geodésico
Brasileiro – SGB – ou em rede de pontos de ordem compatível, cujas coordenadas e
altitudes tenham sido preferencialmente fornecidas pelo IBGE.(INCRA, 2003).
geodésicos.
Características:
ü base Cartográfica: cartas planialtimétricas (1:10.000 e 1:5.000);
ü levantamento Cadastral (levantamento em campo);
ü esclarecimento da situação legal dos Imóveis;
ü produção da documentação para Regularização Fundiária (Titulação).
Indicação
Vegetação; Fiscal;
Drenagem; Registro;
Topografia, Uso;
Solos, Situação Legal;
Declividade; Zoneamento;
Etc Imóvel;
Valor venal
Infra-estrutura ,
etc
Integração
PLANTA CADASTRAL
SGB
1o Ø Cartográfico : Aerofogrametria,
dado Geodésia (GPS),
Ø Atributos: BCI
Ø Pessoal treinado
Recursos em geoprocessamento
2o Humanos
Software Ø Programas e
o Aplicativos
3
7 REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 10.267, de 28 de agosto de 2001. Altera dispositivos das Leis nos 4.947,
de 6 de abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de dezembro de
1973, 6.739, de 5 de dezembro de 1979, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá
outras providências.
GLOSSÁRIO
Inscrição Cadastral: dígitos compostos por numero do distrito, setor, quadra, lote e
unidade.
Lote: é uma divisão interna da quadra que define uma única propriedade imobiliária.
ANEXO 1
NBR 14.166: REDE DE REFERÊNCIA CADASTRAL MUNICIPAL
50 km
O 50 km
50 km √
Vertical
c = (Rm + ht ) / Rm , (1)
onde:
c é o fator de elevação;
ht é a altitude ortométrica média do terreno em metros;
Rm é o raio médio.
ANEXO 2
APLICAÇÃO DO SENSORIAMENTO REMOTO NO CADASTRO
ANEXO 3
A LEI 10.267/2001 E SUA REGULAMENTAÇÃO
art. 8º A”.
As emendas acrescentadas tratam dos imóveis públicos, e evitam os processos
de retificação judicial referentes a esses imóveis. A Lei 10.267, no entanto, trata de
todos os imóveis rurais, e o problema persiste nos casos de imóveis particulares.
O SUB-GRUPO DE GEO-REFERENCIAMENTO
levantamentos.
ü Outra questão de extrema importância, que não pode ser esquecida, é a
provável necessidade de retificação judicial. Deve-se tentar evitar essa situação, que
pode comprometer a aplicação da lei, e até mesmo levar o país a uma situação de mais
ilegalidade, quando o proprietário preferir não registrar o seu imóvel a enfrentar um
processo judicial de retificação. Instrumentos como a retificação administrativa, com a
anuência dos confrontantes devem ser pensados para contornar esse problema. Uma
proposta nesse aspecto deve ser encaminhada por profissionais do registro imobiliário.
A proposta apresentada acima, com suas justificativas, foi analisada no sub-
grupo de georreferenciamento, e decidiu-se propor ao Grupo de Trabalho a inclusão, no
texto do decreto, da exigência de uma precisão posicional de 50cm ou melhor, sem
mais detalhamento técnico, que poderia ser feito através de ato normativo. Uma outra
proposta importante do sub-grupo foi que o INCRA realizasse o credenciamento dos
profissionais aptos a realizarem os levantamentos, após consulta aos conselhos
profissionais sobre as atribuições necessárias.
No texto final do Decreto, encaminhado à Presidência da República, essas
propostas foram desconsideradas, alegando-se incompatibilidade jurídica com o texto
da Lei originária, e a precisão posicional ficou novamente para ser regulamentada em
ato normativo do INCRA, tendo havido um compromisso do INCRA de que seria
mantido o valor proposto pela Comissão. Quanto à proposta de credenciamento dos
profissionais, esta não foi incorporada ao texto do Decreto.
O CONTEÚDO DO CNIR
O conteúdo do CNIR consiste dos elementos que devem compor a base
comum de informações sobre os imóveis rurais, que será compartilhada através do
banco de dados cadastrais. Por se tratar de um Cadastro único, esse conteúdo deverá
ser definido de acordo com o levantamento das necessidades das instituições
produtoras e usuárias das informações, a fim de que todos se beneficiem da
Antes da Lei 10.267/2001, a identificação dos imóveis para fins de Registro era
realizada através de uma descrição literal, uma vez que não havia exigência de
medições. Isso acarretou identificações imprecisas, com indefinições dos limites, além
de superposições de áreas. Com a Lei 10.267, uma nova sistemática foi estabelecida
na identificação dos imóveis rurais. Agora, essa identificação tem por base a medição
do imóvel com suporte geodésico. Caso seja estabelecida uma padronização de
procedimentos técnicos, assim como uma efetiva aplicação desses procedimentos, num
futuro próximo os imóveis rurais do Brasil poderão ser identificados de forma
inequívoca. Como conseqüência, os benefícios dessa nova realidade podem ser
traduzidos em segurança aos detentores dos imóveis, assim como numa maior
eficiência no gerenciamento territorial.
A Lei 10.267 / 2001 e o seu Decreto de regulamentação definem as diretrizes
gerais para a identificação dos imóveis rurais com base em medições geodésicas. No
entanto, para uma efetiva implementação, os aspectos discutidos em seguida devem
ser estabelecidos em atos normativos posteriores.
ü Memorial descritivo.O memorial descritivo deve caracterizar-se como um
documento técnico das medições e descrição dos imóveis, e deve ser
composto de duas partes. A primeira deve conter a memória técnica das
medições, o que incluem todos os originais dos levantamentos, tais como as
observações realizadas, croquis, cálculos, etc. A segunda parte deve conter
a descrição do imóvel, o que inclui as coordenadas com as respectivas
exatidões posicionais de todos os vértices definidores dos limites dos
imóveis rurais, referenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro. Deve conter
também os seguintes elementos, determinados a partir das coordenadas
citadas: área do imóvel, distâncias lineares e orientação geográfica (azimute
verdadeiro) entre vértices consecutivos, definidores do imóvel.
ü Qualificação profissional. Os levantamentos necessários para a adequada
identificação dos imóveis rurais como exige a Lei 10.267/2001, devem ser
executados por profissionais qualificados em medições cadastrais. Um
importante estudo sobre o perfil técnico desse profissional foi realizado por
Pinto (2001).
ü Um dos aspectos mais importantes que a Lei 10.267/2001 incorpora é a
exigência da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Esse
documento, no entanto, não representa uma garantia para a qualidade dos
levantamentos. Essa qualidade somente será obtida com uma padronização
dos procedimentos técnicos de medição, qualificação profissional, e
fiscalização. Uma alternativa viável seria estabelecer um sistema de
credenciamento de profissionais para a execução desses levantamentos.
ü As coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis
rurais devem ser expressas em termos de coordenadas geodésicas
(latitude e longitude) vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro. A
ordem de grandeza dessas coordenadas deve ser compatível com a
exatidão posicional do levantamento.
ü Precisão posicional. Na Lei 10.267/2001, a exigida precisão posicional
para as coordenadas dos vértices definidores dos limites do imóvel deve ser
definida de forma a não comprometer as necessidades de identificação
inequívoca dos imóveis. Devem ser consideradas precisões posicionais
absolutas (em relação ao sistema de referência) e relativas (em relação aos
pontos do levantamento). A partir daí é que se devem estabelecer os
métodos de levantamento, o nível de densificação da rede de referência e
os critérios de qualidade das observações (precisão das medidas) de modo
a obter as coordenadas com uma precisão posicional que atenda às
especificações. O nível de qualificação do profissional responsável pelo
levantamento também depende da precisão posicional especificada.
A definição de um valor ou de valores para a precisão posicional implica em
estabelecer a qualidade geométrica na identificação do imóvel. De uma maneira geral,
para atender as necessidades dos diversos usuários, os levantamentos cadastrais
devem fornecer valores de coordenadas dos pontos limites dos imóveis de forma
PROCESSO DE RETIFICAÇÃO
ANEXO 4
MEMORIAL DESCRITIVO
IMÓVEL: CHÁCARA
PROPRIETÁRIO: URBANO TELMA
MUNICÍPIO: AGUDOS DO SUL U.F: PARANÁ
MATRICULA: CODIGO INCRA:
ÁREA (ha): 10,79675 PERÍMETRO(m): 1681,9694
ANEXO 5
GEOINFORMAÇÃO E PLANEJAMENTO URBANO