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O Modelo de Auto-Avaliação das BE: metodologias de

operacionalização (parte 1)

Sub-domínio: A. 2 – Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital

A escolha deste sub-domínio para ser avaliado no 1º ano de aplicação do modelo,


prende-se com o facto de ser o domínio onde se tem feito um trabalho menos
consistente, com resultados muito incipientes, sendo necessário alterar práticas e
promover o trabalho cooperativo. Assim, vão ser desenvolvidas algumas acções neste
âmbito e pretende-se ver o impacto das mesmas, reflectir sobre os resultados e propor
alterações para o próximo ano. Considera-se que este processo de avaliação vai
certamente despertar a atenção de mais professores para o trabalho da biblioteca, o que
poderá conduzir a uma maior colaboração dos mesmos.
Ao iniciarmos a avaliação no domínio que consideramos mais fraco, pretendemos
perceber o que podemos fazer para melhorar, e ir fazendo a avaliação e os ajustes
necessários ao longo dos quatro anos, em que se aplica o MAA da BE, sendo assim
possível desenvolver um trabalho consistente e analisar o seu impacto no processo
ensino aprendizagem.
Dentro deste domínio seleccionámos os indicadores 2.2.- Promoção do ensino em
contexto de competências de informação da escola. e 2.4. – Impacto da BE nas
competências tecnológicas, digitais e de informação dos alunos na escola.
O primeiro permite avaliar o processo, ou seja, a forma como se desenvolve o trabalho
da BE e o 2º permite verificar o impacto que esse trabalho tem sobre os seus
utilizadores.

Indicador 2.2 - Promoção do ensino em contexto de competências de informação


da escola.
O indicador 2.2. aponta sobretudo para o trabalho cooperativo entre a BE, as várias
estruturas de coordenação educativa e os professores, com o objectivo de organizar e
implementar um plano de acção que desenvolva as competências de informação
consideradas necessárias, pela escola, em cada ciclo de escolaridade.
Aspecto fundamental na nossa sociedade, dita de informação, e na qual é necessário o
domínio das tecnologias de informação. O trabalho com os alunos neste âmbito é pois
fundamental, para que fiquem com as ferramentas necessárias para desenvolverem os
trabalhos das várias disciplinas e para conseguirem desenvolver a sua autonomia.
Para se conseguir atingir este objectivo é necessário que estas competências sejam
desenvolvidas no trabalho das várias disciplinas e organizado um plano para a literacia
de informação inserido no Projecto Educativo, no Projecto Curricular e nos PCT.
As áreas não curriculares, nomeadamente o Estudo Acompanhado e a Área de projecto
devem ser utilizadas para o ensino e treino das competências de informação,
consideradas essenciais, para cada nível de ensino.
O que se pretende é desenvolver um plano, com acções concertadas entre professores,
equipa da biblioteca e equipa do Plano tecnológico para que os alunos consigam
desenvolver as competências fundamentais no domínio das tecnologias.
Para facilitar o desenvolvimento destas competências é necessário promover formação
para professores e alunos e criar alguns instrumentos que facilitem a utilização desses
recursos, como um modelo de pesquisa de informação para ser utilizado por toda a
escola e outros materiais de apoio ao trabalho de exploração dos recursos de
informação.
Este indicador é de extrema importância para o desenvolvimento das competências das
TIC, para alunos e professores e também para a promoção de um trabalho articulado
entre as várias disciplinas e estruturas pedagógicas. A BE, tem neste âmbito um papel
fundamental de ligação entre essas estruturas e de apoio na construção e aplicação dos
instrumentos e da implementação das actividades.
Assim, a avaliação deste domínio é fundamental para se adequarem as práticas, de
forma a contribuírem para a melhoria das aprendizagens dos alunos, conduzindo ao
aumento do sucesso educativo. Essa situação reflecte-se também na elaboração dos
planos de acção que devem ser feitos para um período de três ou quatro anos, para
permitir ver os progressos conseguidos.

Indicador 2.4 - Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de


informação dos alunos na escola
Este indicador está interligado com o indicador 2.2, pois permite avaliar o impacto que
o trabalho desenvolvido a nível das competências de informação teve nas
aprendizagens dos alunos. Pretende-se averiguar se os alunos conseguem utilizar
ferramentas na área das TIC, pesquisar em diferentes suportes, proceder ao tratamento
da informação, organizar a sua comunicação e avaliar o trabalho realizado.
As competências no domínio das novas tecnologias devem apresentar progressos de ano
para ano, acompanhado o nível etário e ciclo de escolaridade dos alunos.
Os alunos devem também conhecer e reflectir sobre os problemas éticos ligados ao
acesso e utilização da informação e das novas tecnologias.
A sucesso deste indicador depende de trabalho colaborativo entre as várias estruturas
pedagógicas da escola, com a criação de uma política de ensino baseada no
desenvolvimento das competências tecnológicas, digitais e de informação, tal como foi
explicado no indicador 2.2.

Esquema do Plano de avaliação

Indicador Tipos de Intervenientes Recolha de Calendarização


evidências evidências
2.2 Análise de Equipa de PEE; PC; PCT; Abril, Maio e
documentação biblioteca Plano de Junho
Actividades da
BE; Registos de
contactos/reuniões;
Registos de
actividades;
Materiais de apoio
produzidos
2.4. Observação e Alunos : 3 Grelhas de 1ª - Janeiro; 2º -
análise de turmas de 7º ano Observação de início de Junho
recursos e de utilização da BE
actividades (01;02)
2.4. Observação e Alunos : 3
análise de turmas de 7º ano Trabalhos Junho
recursos e de escolares dos
actividades alunos (T1)
2.4. Consultas a Professores: 5 Questionários 1ª quinzena de
Professores professores de (QD1) Maio
cada
Departamento,
sendo 1 de cada
disciplina
2.4. Consultas a Alunos: 1 turma Questionários 1ª quinzena de
alunos de 7º ano; 1 de (QA1) Maio
8º; 1 de 9º; 1 de
CEF; 1 de 10º
de Curso
Profissional; 1 de
10º do Curso
Tecnológico; 1
de 11º de
Humanidades e 1
de 12º de
Ciências e
Tecnologias
2.4. Dados Equipa da BE Taxa de utilização
quantitativos de equipamentos; Junho
referentes ao Frequência com
funcionamento que são realizadas
da BE actividades de
literacia de
informação na BE

Observações:
- a amostra é constituída por 25% dos alunos e dos professores, num universo de
cerca de 620 alunos e 80 professores;
- a amostra dos alunos inclui uma turma de cada ano e tipo de curso;
- as grelhas de observação e a análise dos trabalhos escolares são referentes às três
turmas do 7º ano, porque se vão desenvolver algumas acções na área das
competências de informação com estes alunos e pretende-se averiguar o seu
impacto no trabalho destes alunos;
- a aplicação das grelhas de observação é feita em dois momentos para se poder
verificar se houve ou não evolução, no trabalho dos alunos;

Análise dos resultados

O tratamento dos dados será feito pela equipa da biblioteca, com a colaboração de
outros professores, e deverá ocorrer em Junho e início de Julho. Segue-se a análise dos
resultados , definição do plano de melhoria e elaboração do relatório final. Este
trabalho é da responsabilidade da equipa da biblioteca e do Conselho Pedagógico e
deverá estar concluído no final de Julho.

Bibliografia

Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002). “Basic Guide To Program Evaluation”.
School Library Journal . Acedido em 23 de Novembro de 2009. Disponível em:
http.//forumbibliotecas.rbe.minedu.pt/course/view.php?id=79

RBE (2009). “Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar.” Acedido em 23 de


Novembro de 2009. Disponível em:
http.//forumbibliotecas.rbe.minedu.pt/course/view.php?id=79

Texto da sessão

Marcolina Guerra

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