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Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das BEs

Agora que chegamos ao fim desta formação importa tecer alguns comentários em jeito
de happy end.
A BECRE como local de trabalho que é como qualquer outro deve ser susceptível de
avaliação com vista à sua melhoria e poder aferir-se o impacto das actividades aí
desenvolvidas no processo de ensino aprendizagem e através das evidências
apresentadas poder ser avaliado o impacto no sucesso educativo dos alunos.
Em função dos valores gastos nos últimos anos com o apetrechamento das
Bibliotecas, é ridículo colocar em dúvida a pertinência de uma auto-avaliação do
trabalho desenvolvido, mesmo que este modelo nos coloque sérias dúvidas e,
principalmente a quem, como eu, o vai aplicar pela primeira vez.
Quanto à questão da pertinência do modelo de avaliação, as formadoras foram claras
ao referir que o mesmo vai contribuir para que se caminhe no sentido da qualidade
e da melhoria e que vai permitir que a escola interiorize a biblioteca como
parceiro fundamental na aquisição de competências. Em suma a pertinência de um
modelo de avaliação na BE é essencial para que esta se integre no projecto da
Escola e possa divulgar as suas práticas de uma forma coerente e estruturada e a
sua importância nas várias actividades da escola.
Desde já uma coisa tenho a certeza, que é colocar em causa o trabalho que tenho
vindo a desenvolver nos últimos anos à frente da minha Biblioteca. Esta formação
vai-me fazer rever atitudes, comportamentos e formas de auto-avaliação que me
permitam mais facilmente conhecer os resultados. E a minha equipa já está a ser
sensibilizada para colaborar.
Percebo melhor agora que, como Professor Bibliotecário devo ser líder, criador de
empatia e ter espírito mobilizador, para tornar a BE num espaço reconhecido pelo
seu importante papel no processo de aprendizagem entre a comunidade educativa.
O novo modelo de Auto-avaliação a implementar, esmiuçado nesta “Acção de
Formação”, é mais um desafio que por certo nos irá fazer planificar melhor e
podermos extrair conhecimentos que orientem as acções futuras.
Através da auto-avaliação devem identificar-se os pontos fortes e fracos.
Só teremos a noção da necessidade dessa evolução submetendo a BE/CRE a um processo
de auto-avaliação.
Outro grande enfoque colocado pelas formadoras foi na necessidade de se medirem os
benefícios que os utilizadores retiram do uso dos serviços das BE e a sua
progressão na aprendizagem. De facto, “Hoje a avaliação centra-se essencialmente
no impacto qualitativo da biblioteca, isto é na aferição das modificações
positivas que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimentos dos
utilizadores”.
Em resumo deveremos ser capazes de Identificar desafios e problemas, recolher
evidências, interpretá-las; adaptarmo-nos e realizarmos as mudanças necessárias e
voltar a recolher evidências.
No final do ciclo saberem se o modelo foi bem aplicado, se serviu a nossa
comunidade educativa e se nos satisfez.
Até lá…
Licínio Borges

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