Você está na página 1de 4

Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

REFLEXÃO FINAL

Neste momento, parece-me pertinente fazer uma reflexão final e


pessoal sobre esta oficina de Formação. À partida, e de um modo muito
geral, utilizo dois adjectivos para a caracterizar: útil e exigente. Útil,
quanto aos objectivos propostos e conteúdos abordados que vieram ao
encontro, em larga medida, das necessidades sentidas no primeiro ano da
implementação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares.
Exigente, porque as tarefas propostas «exigiram» da nossa parte,
semanalmente, um tempo significativo de concentração, de leituras e de
reflexão, para que os trabalhos tivessem o mínimo de qualidade. Para
mim, esta tarefa tornava-se, ainda, mais complicada uma vez que não me
encontro a tempo inteiro na BE. Pelo disposto legalmente – a escola não
tem número suficiente de alunos – e por vontade própria, continuo a
leccionar Língua Portuguesa numa turma de 6.º ano, sou responsável pelo
Estudo Acompanhado e pela Formação Cívica, pois é a minha Direcção de
Turma. No entanto, posso afirmar que não estou nada arrependida por
acumular estas funções, pois é no trabalho com os alunos que eu me sinto
realizada. Gosto de preparar e de dar aulas, não aprecio os papéis que,
hoje em dia, somos «obrigados» a preencher, a enviar, a guardar… Por
isso, sou levada a concordar com alguns dos colegas que frequentaram
esta acção e que estão muito apreensivos com a nossa tarefa enquanto
professores bibliotecários. Na realidade, parecem-me muitos os
documentos, os inquéritos, as evidências… a que vamos ter de responder.
É claro que se tudo isso contribuir para o sucesso dos nossos alunos,
sentir-nos-emos recompensados, mas, à primeira vista, parece uma
sobrecarga de trabalho exageradamente burocrática.
Relativamente à acção propriamente dita, reportando-me ao ponto
de partida e ao ponto de chegada, sinto-me, agora, mais conhecedora do
modelo e (mais) preparada para o implementar, podendo assim concluir
que os objectivos propostos para esta acção foram globalmente atingidos.
Foi um momento de construção de mais e melhor conhecimento, que deu
respostas às minhas necessidades de formação.

A formanda: Fernanda Pinheiro Página 1


Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

Saliento como aspectos mais positivos da Formação, os


seguintes:
 A boa estruturação (alinhamento) das Sessões - A
metodologia utilizada, partindo de aspectos mais gerais,
atingindo, progressivamente aspectos mais concretos
contribuiu para que a realização das tarefas propostas
estivessem, devidamente enquadradas;
 A qualidade dos recursos disponibilizados - A bibliografia
proposta, os textos elaborados pelas formadoras foram bons
pontos de referência para o desenvolvimento das actividades
(embora os textos em inglês em fizessem sentir alguma
angústia);
 A pertinência das tarefas propostas - Na sua
generalidade, constituiram aliciantes desafios para a reflexão
sobre a temática da auto-avaliação das BEs e para a produção
de trabalhos que serão bons recursos a ver e a rever ao longo
da implementação do processo. As tarefas foram também um
incentivo ao rigor e à qualidade, estimulando-me a ultrapassar
as dificuldades, que por vezes surgiam, nomeadamente a
complexidade de algumas em função do tempo disponível
para as realizar;
 A aprendizagem colaborativa – A disponibilização dos
trabalhos de todos os formandos na Plataforma, contributos
interessantes e de qualidade, possibilitou-nos o contacto com
diferentes formas de fazer, que nos enriqueceram; foi também
importante saber que muitas das nossas inquietudes são
partilhadas pela maioria dos colegas;
 A interacção entre os formandos – Apesar de todos nos
queixarmos do pouco tempo disponível e algumas vezes até
passarmos esses “desabafos” para a plataforma, considero
que a atitude de todos foi sempre construtiva com
intervenções valorativas que nos incentivaram a continuar. Foi
muito bom poder trocar ideias e desabafos e conhecer melhor
o trabalho que cada um desenvolve.

A formanda: Fernanda Pinheiro Página 2


Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

 O aprofundamento das competências no âmbito da


formação online – Apesar de a formação online ter as suas
desvantagens, permitiu-me aprofundar conhecimentos sobre o
trabalho em plataforma Moodle, para além de permitir uma
maior flexibilização e rentabilização do tempo.

Como constrangimentos desta Oficina de Formação saliento:

 O ritmo intenso da formação – Uma formação de carácter


tão complexo não deveria ser feita em tão pouco tempo. Sei
que, devido à implementação do Modelo, era urgente esta
(in)Formação, mas foi muito desgastante conciliar a minha
participação nesta acção com as outras tarefas inerentes à
profissão docente. O meu tempo disponível não era
proporcional ao tempo necessário para a execução das
tarefas; tentei ultrapassar esta dificuldade gerindo melhor o
tempo e trabalhando a um ritmo muito intenso.

 A avaliação das sessões – Não desvalorizando a pertinência


da síntese de cada sessão, elaborada pelas formadoras,
parece-me que a avaliação deveria ser mais específica
relativamente aos aspectos positivos e negativos das tarefas
de cada formando. Reconheço que o número de participantes
não permitia uma avaliação individualizada, mas seria
importante ter um feedback mais preciso do trabalho que
desenvolvemos, dando-nos a oportunidade de melhorar o que
estava menos bem.

Em jeito de auto-avaliação...
• Participei em todas as sessões de formação;
• Realizei com empenho e seguindo as orientações dadas, todas
as tarefas propostas;
• Tentei fazer uma exploração adequada dos recursos
disponibilizados na plataforma, procedendo à leitura da

A formanda: Fernanda Pinheiro Página 3


Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

bibliografia obrigatória e efectuando pesquisas sobre os


assuntos em análise;
• Participei nos fóruns e acedi à plataforma de forma
continuada;
• Cumpri todos os prazos intermédios e finais definidos para as
actividades a realizar.
Penso que correspondi ao que me foi solicitado e o meu
trabalho é, ele próprio, a evidência das minhas aprendizagens.

Dezembro 2009

A formanda: Fernanda Pinheiro Página 4

Você também pode gostar