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Direito Tributário Curso Fraga prof Anderson F.

Azevedo

Leitura Obrigatória
 Constituição Federal 1988 – CF/88
 Lei 5172/66 – Código Tributário Nacional – CTN (lei complementar 118/02/2005).
 Decreto 70.235/72 – procedimento administrativo fiscal.
 Lei 4320/64 – Orçamento Público – lei complementar 101/2002 (lei de
responsabilidade fiscal)
 Lei 6830/80 – Execução Fiscal.

Art. 3º CTN – Tributo


É toda prestação pecuniária, compulsória em moeda ou em cujo valor possa nela ser
expressa, instituída em lei, que não constitua sanção de ato ilícito que seja cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Prestação é um cumprimento de uma obrigação.

Preceito
Jurídica = ESTADO
Sanção

Preceito = falta de lançamento = decadência


Obrigação Natural
(vínculo) Sanção = falta de execução do crédito tributário =
prescrição

Preceito
Moral = SOCIEDADE
Sanção

Art. 173 CTN – 5 anos – decadência – decorre da falta de lançamento

Art. 174 CTN – 5 anos – prescrição – decorre da falta de execução

A prestação para cumprimento da matéria tributária jurídica.


O tributo não é sanção de ato ilícito.
Obrigação Tributária – é uma sanção, mas o descumprimento de uma obrigação gera uma
sanção. Sanção Tributária existe de dois aspectos:
Mora
Civil
Sanção Penalizante
Tributária
Penal (sonegação) – crime

Obs.: Fontes do Direito Tributário – a legislação engloba as leis em caráter Formal e


Material, podendo ser fonte de direito tributário: CF/88; Emendas Constitucionais; Lei
Complementar; Lei Ordinária; Lei Delegada e Medida Provisória, como exemplos de lei
Formal.
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Também são fontes do Direito Tributário as leis Materiais ou seja normas de


conduta estabelecidas pelos órgãos da administração pública que tem por interesse a
regulamentação das normas criadas pelas leis formais. São elas: O Decreto; a Portaria: o
Ato Declaratório Normativo; a Instrução Normativa; a Resolução; a Carta Circular do
Banco Central; as Ordens de Serviço, etc.
Costumamos dizer que as fontes formais atendem a critério de integração das
normas jurídicas, onde observa-se o aspecto hierárquico entre as normas, o aspecto
temporal onde a norma mais recente revogam as norma mais antigas e o aspecto da
especificidade, a norma mais especifica é usada em detrimento de normas mais geral.
Dentro desses critérios observamos que de acordo com o princípio da Legalidade
Estrita Tributária a lei é um instrumento competente para criar obrigações tributarias em
seu sentido formal. E a lei material regulamenta, tornando possível à cobrança do tributo.

Tributo Ordinário – art. 97 CTN


• Impostos – lei complementar – art. 154, I CF/88

• Taxas – lei ordinária , art. 97 CTN

• Contribuição de Melhoria – lei ordinária, art. 97 CTN.

• Contribuições
 De Intervenção – lei ordinária, art. 97 CTN.
 De Fomento Social – lei complementar, art. 195, § 4ºCF/88

• Empréstimo Compulsório – lei complementar art. 148 CF/88

Jurisdição
• Nacional
• Local
 Federal
 Estadual
 Municipal
 Distrital

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Espécies de Tributos
Divisão Tripartite Divisão TetraPartite Divisão PentaPartite
Art. 5º CTN e art 145 CF/88
Impostos – art. 16 CTN. Impostos – art. 16 CTN Impostos – art. 16 CTN
Taxas – art. 77 CTN Taxas – art. 77 CTN Taxas – art. 77 CTN

Contribuição de Melhoria – art. 81 Contribuição de Melhoria – art. 81 Contribuição de Melhoria –


CTN CTN art. 81 CTN

Contribuições Contribuições
De Intervenção – art. 149 CF/88 De Intervenção – art. 149
De Fomento Social – art. 195 CF/88 CF/88
De Fomento Social – art. 195
CF/88
Empréstimo Compulsório – art.
148 CF/88

A) Impostos – podem ser cobrados independentemente de qualquer contra prestação


estatal ou específica. São considerados tributos não vinculados uma vez que
observam estritamente o princípio da capacidade contributiva que é auferida pelo
patrimônio, renda ou consumo do contribuinte. A constituição federal distribui a
competência para instituição e cobrança dos imposto, em caráter exclusivo, pelos
entes federativos, reservando a União federal a chamada competência residual
(somente ela pode criar através de lei complementar novos impostos).

A1) Impostos Federais:


1) Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza – IR, IRPF, IRPJ, IRRF
2) Imposto sobre Produto Industrializados – IPI
3) Imposto Territorial Rural – ITR
4) Imposto sobre Operações Financeira e de Crédito – IOF
5) Imposto de Importação – II
6) Imposto de Exportação – IE
7) Imposto sobre Grande Fortunas – IGF
Obs.: Depende de regulamentação por lei complementar.
8) Imposto Extraordinário de Guerra – IGF
Obs.: Incide motivado pela guerra ou sua eminência, dependendo de
regulamentação por lei ordinária, que pode ser cobrado no mesmo exercício
fiscal de sua criação e que pode ser um adicional em impostos já existentes.

A2) Impostos Estaduais:


9) Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços de telecomunicação e
transporte intermunicipais e interestaduais – ICMS
Obs.: A eletricidade é um bem móvel.
10) Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotivo – IPVA
11) Imposto sobre a Transmissão de Bens e Direitos – ITD

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Obs.: Incide na Transmissão causa mortis sobre todos os bens do inventário e


na alienação gratuita (adoção) de bens e direitos.

A3) Impostos Municipais:


12) Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana – IPTU
Obs.: Vide art 32 a 34 CTN
13) Imposto sobre Serviços de qualquer natureza – ISS
Obs.: Vide listagem anexa a lei complementar nº 116/2003.
14) Imposto sobre transmissão de bens imóveis – ITBI
Obs.: Incide na alienação onerosa de bens imóveis inter vivos.
Qual o imposto que você adquire?
Ser for de doação – ITD, se for de compra ITBI.

3) TAXA – Art. 77 CTN – pode ser cobrados pela União, Estado, Município, DF em razão
do exercício regular do poder de polícia ou pela prestação de disponibilização de serviço
público específico e divisível prestado pelo poder público.

As taxas diferentemente dos impostos são completamente vinculado a uma contra


prestação por parte do poder público. Decorre do poder de Império (limitações na
liberdade econômica). Exemplo Alvarás – espécie de base.
Todas podem cobrar taxa desde que realizem os serviços.
Respeita-se a atribuição dos entes federativos = todos podem cobrar = competência
funcional.
Competência para fiscalizar o meio Ambiente: todos entes federativos competência
comum (IBAMA, FEEMA e SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE).

4) CONTIBUIÇÕES DE MELHORIAS – pode ser cobrada pela União, Estado, Município,


DF, em razão de obra pública que gere valorização imobiliária. A cobrança será limitada
pelo custo total da obra em termos gerais e pela valorização efetiva do imóvel em termos
individuais.
Pelo princípio da Isonomia tributário, o município, por exemplo, não pode cobrar tal
contribuição dos moradores de uma rua que foi asfaltada, uma vez que as outras ruas do
centro do município não tiveram a contribuição de melhoria.
De acordo com CF/88 podem ser cobradas as seguintes contribuições sociais:
a) De Intervenção (art. 149 CF/88)
a.1) Contribuição de Intervenção de Econômica
1) Adicional a sob o frete para renovação da Marinha Mercante – ASFRMM
2) Fundo para Universalização dos Sistemas de Telecomunicação – FUST
3) Fundo Nacional para Desenvolvimento das Telecomunicações – FUNTEL
4) Contribuição de intervenção no Domino Econômico nas Áreas de Petróleo e de
Áudio Visual – CIDE
5) Contribuição sobre Iluminação Pública – CIP ou cosip

a.2) Contribuição de Intervenção Profissional


1) Contribuição Sindical

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2) Contribuições dos Órgãos de regulamentação Profissional – OAB, CREA, CRECI

a.3) Contribuição de intervenção Sócio Econômica


1) Contribuições ao Sistema “S” – SESI, SENAI, SENAT, SENAC, SEBRAE, SESC.

b) Contribuição Social de Fomento Social – Art. 194 e 195 CF/88

b.1) Contribuições para Fomento Direto.


1) Contribuição Provisória sob Movimentação Financeira – CPMF
2) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
3) Programa de Integração Social – PIS
4) Programa de Amparo ao Servido Público – PASEP
5) Contribuição para Financiamento e Assistência Social – COFINS
6) Salário Educação (SE)

b.2) Contribuições Sociais de Características Trabalhista


1) Fundo de Garantia por Tempo de serviço – FGTS
2) Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS
3) Seguro por Acidente de Trabalho – SAT

Observações:
1) As contribuições de intervenção são a princípio de competência da União Federal,
salvo a CIP, cuja competência e dos municípios. Podem ser criadas através de lei
ordinária e atendem aos Princípios da Anterioridade e da Noventena.
2) As contribuições de fomento sociais também são a princípio de competência
federal. São criadas através da lei complementar e atendem ao princípio
Nonagesimal.
3) As contribuições sociais de caráter previdenciário podem ser criadas também por
Estados e Municípios, quanto aos seus funcionários e servidores para a criação de
fundo ou instituo de pensão.

Ex.: Previ do município do Rio de Janeiro; o Estado do Rio de Janeiro tem o


Instituto Rio Previdência e o IPRJ.

5) EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO – pode ser cobrado exclusivamente pela União,


mediante lei complementar, em caráter transitório e não definitivo, em razão de:
a) Calamidade Pública e Guerra Externa;
b) Investimento de relevante interesse nacional.

Obs.: Nos casos de urgência, indicados na calamidade pública e guerra externa não são
aplicadas os princípios da Anterioridade e da Noventena. (Art. 148, I, II CF/88).

Princípios Constitucionais Tributários:


1) Princípio da Legalidade:
Exceções: IPI, IOF, II, IE.
2) Princípio da Anterioridade – estabelece que a lei tributária terá eficácia plena no
ano fiscal seguinte a que tiver sido publicada com fim de instituir ou majorar

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tributos. São exceções: IPI, IOF, II, IE, IEG, Empréstimo Compulsório, nas hipóteses
de calamidade pública e de guerra externa e as contribuições sociais de fomento
social.
3) Princípio da Noventena – estabelece uma Vacatio Legis de 90 dias entre a data da
publicação da lei que instituiu ou majora tributo e sua eficácia plena. São exceções:
IR, IOF, II, IE, IEG, Empréstimo Compulsório, nas hipóteses de calamidade pública
e de guerra externa, nas contribuições sociais de fomento social e a base de cálculo
do IPTU e do IPVA.
4) Princípio Nonagesimal – é aplicado exclusivamente às contribuições sociais de
fomento social que determina também uma Vacatio Legis de 90 dias entre a data da
publicação da lei que instituiu ou aumentar contribuição social e sua eficácia plena.
A diferença entre esse princípio e o princípio da Noventena, é que o princípio da
Noventena é aplicado em paralelo ao da Anterioridade, e já no princípio
Nonagesimal a contribuição criada ou majorada poderá ser sobrada no mesmo
exercício fiscal ao da publicação da lei.
5) Princípio da Irretroatividade da Lei Tributária. São exceções: Art. 106 CTN

a) Quando a lei for explicitamente interpretativa (vide lei complementar 118/2005)


b) Nos atos irão definitivamente julgadas, quando a lei cominar penalidade menos
severa ou deixar de considerar o ato praticado como inflação a lei (aplicação do
Princípio da Lei Menos Severa do Direito Penal).
6) Princípio do Não Confisco – estabelece que é vedada a cobrança ilegal de tributos.
O ato de confiscar necessariamente envolve a figura da Fazenda e não deve ser
confundido com outro instituto do Direito que têm efeito prático de transferir
compulsoriamente o patrimônio do particular para o poder público, tais como:
a) Desapropriação – interesse público, obrigatório de indenizar, valor de
mercado, afetação pública.
b) Expropriação (art. 243 CF/88) – é plena da perda do patrimônio =/= de
confisco.
c) Pena de Rendimento, apreensão e abandono (senão for regularizado em 90 dias)
(crime de contrabando e descaminho)

7) Princípio da Imunidade – de acordo com a CRFB/88 é proibido cobrar impostos nas


seguintes hipóteses:
a) Entre o sentes federativos (imunidade recíproca);
b) Templos de qualquer culto;
c) Partidos Políticos e suas Fundações, Sindicato dos Trabalhadores e Entidades
Filantrópicas.
d) Livros, Jornais, Periódicos e o Papel destinado a sua impressão.
A imunidade é de fato uma ordem do legislador constituinte ao legislador ordinário,
para que este não cobre imposto nas situações descritas na própria Constituição.
Neste sentido alguns doutrinadores, admitem que os institutos da imunidade também
sejam aplicados às taxas, como é o caso das proibições do art. 5º CRFB/88, referente às
taxas judiciais na hipótese de falta de condições econômica (gratuidade de justiça),

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Habeas Corpus, Ação civil Pública e taxa e Emolumentos para emissão de certidão de
óbito e nascimento, nos casos de comprovada a necessidade.

Antes do fato econômico Depois do Fato


econômico ou seja já
existe o credito tributário
Imunidade Isenção Remissão Anistia
Nasce e norma Lei Ordinária Lei Ordinária Lei Ordinária
constitucional.
Proibição da incidência Fato gerador Perdão Total ou Parcial Perdão Total ou Parcial
ao Fato Gerador (não  Obrigação Principal
pode haver cobrança de – dinheiro
Imposto nesta situação.  Obrigação
Ex. Igreja Acessória
 Fazer
 Não fazer
Ex.: IPTU
Valor Histórico e Penalidade
também a Penalidade Exclusivamente

8) Princípio da Não Cumulatividade – estabelece par ao ICMS e o IPI que não deve
haver cobrança de forma cumulativa desses impostos ao longo da cadeia de
produção e distribuição cabendo ao consumidor final o encargo financeiro total.
IPI – ICMS não cumulatividade.

9) Principio da Seletividade - é um sub princípio da Equidade onde se estabelece que


quanto maior o interesse social sobre o produto maior deve ser a alíquota e vice-
versa.

Obrigação Tributária:
I) Natureza
 Principal – dinheiro
 Acessória
o Fazer
o Não fazer
Art. 113 CTN.

II) Elementos:
1) Sujeito Ativo (impõem obrigação) – Entes Federativos conforme competência
constitucional.

2) Sujeito Passivo – sobre a obrigação e imposto


 Direta – contribuinte – aquele que realiza o Fato Gerador, responsável direto sob
comprimento da obrigação tributária.
 Indireta – responsável
o Sucessão
 Pessoa Física – morreu/ desapareceu
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 Pessoa Jurídica – Incorporação

o Solidariedade
 Direta / Objetiva – presunção legal não há culpa
 Indireta / Subjetiva – há culpa
Hierarquia no pagamento do Sindico da Massa Falida
– União – INSS
– Estado – ICMS
– Município – ISS
o Substituição para frente e para trás – art. 150, § 7º CRFB/88
Ex.: A = Fabrica; B = Grande Distribuidor; C = Pequeno Distribuidor; D = Varejista; E =
Bebum.

3) Causa (lei determina) – razão da existência da obrigação


4) Objeto – Fato Gerador

III) Fato Gerador – pode ser observado em dois aspectos:


1) Primeiro refere-se à criação de hipótese genérica e abstrata, por parte do legislador,
competente, que venha criar uma hipótese de incidência tributária lato sensu.
2) Fato Gerador Stricto Sensu – é a ocorrência material da hipótese prevista em lei. De
fato ou quando o contribuinte prática aquilo anteriormente estabelecido na lei
tributária.
O fato Gerador pode ser:
a) Simples ou Direto – ocorre em uma só operação. Ex. ICMS
b) Continuado – repete-se a cada novo exercício fiscal. Ex. IPTU e IPVA.
c) Periódico – a cada novo exercício fiscal deve ser observada a ocorrência ou não do
Fato Gerador. Ex. IR

Lançamento Tributário e Credito Tributário


Uma vez ocorrido o fato gerador materialmente surge para o Estado o crédito tributário
que deve ser formalmente reconhecido através do seu Lançamento a fim de constituir um
instrumento formal de cobrança (art. 142 e 144 CTN).
O Lançamento é um ato administrativo que atende os princípios do art. 37 CRFB/88, e
também os princípios da obrigatoriedade e da vinculação.
O lançamento deve identificar o sujeito passivo da obrigação tributária, descrever o Fato
gerador, estabelecer a base de cálculo, o tributo devido, a alíquota aplicável e penalidade
se necessária.

O lançamento pode ser:


a) Simples, Direito ou De Ofício – a administração pública fica responsável pelo
recolhimento do tributo por ela mesmo lançado. Ex. IPVA e IPTU.

b) Misto ou por Declaração – o contribuinte fica obrigado a prestar informações a fazenda


pública de forma a possibilitar o lançamento. Ex.: Declaração de ITR.
Obs.: Ex Tunc tem natureza declaratória.
Lançamento – ato administrativo que gera a OT.

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Art. 142 CTN – Natureza Jurídica Constitutiva.


Art. 144 CTN - Natureza Jurídica Declaratória (ex tunc).

O STJ diz que o lançamento constitui um instrumento formal de cobrança declarando a


ocorrência do Fato Gerador. (Natureza constitutiva, em regra)

c) Lançamento por Homologação: o contribuinte fica obrigado a recolher


antecipadamente o tributo por ele mesmo calculado. Ex. ICMS e IPI
Obs.: A Fazenda Pública tem prazo decadencial de 5 anos paras lançar o tributo e
prazo prescricional de outros 5 anos para executar seu crédito. (art. 173 e 174 CTN

Formas de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário – art. 151 CTN


a) Moratória – postergação da data do vencimento: concedido pelo Poder Público
b) Depósito Integral do Montante Devido – faz cessar juros e multas. Se não for
procedente o CT o contribuinte retira o dinheiro corrigido pela taxa Selic.
c) Impugnação em Processo Administrativo – auto de infração em 30 dias para
impugnação. Nessa impugnação toda defesa deve ser esgotada (ex. pedido de perícia).
Se a decisão for favorável: vai para recurso no Conselho de Contribuintes por
referendo – obrigatoriamente. Se for improcedente cabe recurso ordinário pelo
contribuinte ao conselho. É necessário o depósito de 30% do valor exigido. Recurso de
divergência quando há divergência entre as turmas do conselho.
d) Liminar – Concedida em Mandado de Segurança – não basta ingressar com o Mandado
de Segurança, tem que ser concedida a liminar.
e) Liminares em outros processos cautelares ou tutelas antecipadas - Lei Complementar
104 2001.
f) Parcelamento da Divida – quando devidamente pago

Um ação declaratória pode ser proposta nestes casos, no entanto o CT não será suspenso,
pois não haverá o depósito.

Formas de Extinção do Credito Tributário – art. 156 CTN


a) Pagamento
b) Compensação – créditos de mesma natureza ou arrecadados no mesmo Órgão,
desde que autorizado por lei.
c) Transação – na área tributária não existe. Pressupõe acordo de liberação de
obrigações das partes.
d) Remissão – perdão – verbo remitir
e) Prescrição e Decadência – a decadência ocorre antes de haver o crédito, por isso não
pode extinguir o que não existe.
f) Conversão de depósito em venda - pagamento
g) Pagamento antecipado e a homologação do lançamento
h) Consignação em pagamento – se tem dívida a quem pagar o tributo, ou não
considera correto o valor cobrado. Obrigatoriamente judicial
i) Decisão administrativa irreformável - é o processo de impugnação referendado
pelo conselho.
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j) Decisão Judicial transitada em julgado


k) Da ação em pagamento em bens imóveis.

Formas de Exclusão do Credito Tributário – art. 175 CTN


a) Isenção – ocorre o FG fica impedido de cobrar o pagamento, mas pode ser cobrado
a OT acessória.
b) Anistia –afeta exclusivamente a penalidade. Tributos histórico – as multas não são
penalidades.

Administração Fazendária
Uma vez que o CT na tinha sido extinto ou excluído ou que ainda não esteja
suspenso nos termos do art. 151 CTN, devemos considerá-lo bom para cobrança, que deve
ser precedida de sua inscrição no Cartório da Divida Ativa. Neste momento. Teremos um
título executivo extrajudicial com características de certeza, liquidez e exigibilidade.
A inscrição do CT no Cartório da Divida Ativa suspende a contagem da prescrição
por até 180 dias ou até o momento da distribuição da ação de execução fiscal.
Materialmente a petição inicial da ação de execução fiscal é a certidão extraída no
Cartório da Divida Ativa que comprova a inscrição do crédito, que uma vez despachada e
deferida pelo juiz, interrompe a contagem do prazo prescricional, nos termos da lei
6830/80.
O contribuinte-devedor, uma vez que tenha recebido a citação, tem prazo de 5 dias
a contar do recebimento para pagar ou nomear bens penhora. Uma vez o contribuinte
notificado da penhora, tem prazo de 30 dias para apresentação de embargos a execução.

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