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TEORIA E REALIDADE: REFLEXES SOBRE CONFLITOS NA

ESCOLA PBLICA CONTEMPORNEA

Gabriel Holliver gabriel.holliver@aluno.puc-rio.br PUC-Rio


Tatiana Arajo tati.araujo@ig.com.br PUC-Rio
O tema do pertencimento pode ser contemplado a partir de observao
participante numa complexa rede de poder envolvendo alunos, professores,
funcionrios e sociedade civil organizada ao em torno, ou melhor, seus vizinhos.
A rdio escolar pensada e operada pelos alunos para construo de novas
subjetividades no recreio restringida pelos vizinhos, que negam e combatem sua
musicalidade. Os mesmos que restringem o acesso ao mercado local (Zona Sul),
ora impedindo a entrada dos estudantes, ora os vigiando a todo tempo quando
permitem sua entrada. Espantoso seria descobrir, que num surto de acaso aqueles
que criticam a moral musical dos estudantes, e os discriminam como potenciais
delinquentes, so flagrados fazendo uso indevido da energia da escola.
Operando a partir de uma estrutura rgida, tanto arquitetnica, quanto
normativa, a escola condiciona seus alunos a um comportamento que os distanciam
de suas subjetividades, dificultando a construo de possveis novas identidades. Os
alunos por sua vez, carregados de energias, inovaes, e conhecimentos outros
adquiridos fora do conhecimento escolar, produzidos muitas vezes no territrio
virtual, ou nas relaes sociais fsicas anseiam para que sejam ouvidos em suas
potencialidades, e que a escola dialogue com sua realidade emprica. A falta de
pertencimento ao lugar expe a dialtica da cidade partida onde operam dois
mundos distintos dentro do mesmo espao, desta forma no conseguem dirimir suas
diferenas.

Palavras-chave: indisciplina, poder, conhecimentos, conflitos

Bibliografia:
FOUCAULT, Michael. Vigiar e Punir: nascimento da priso. Rj: Editora Vozes,
1987.
SANTOS, Boaventura de Sousa. O Frum Social Mundial e a Sociologia das
Ausncias. In: SANTOS, Boaventura de Sousa. O Frum Social Mundial: Manual
de Uso.Madison: http://www.ces.uc.pt/bss/documentos/fsm.pdf, 2004. p. 12-23.
Ventura, Zuenir. Cidade Partida. So Paulo, Companhia das Letras, 1994.

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