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Capacitação
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Algumas Publicações Tecnociência


Se você gosta de acompanhar os assuntos tecnológicos a Tecnociência possui uma publicação
ideal para você.

Atualmente são produzidos em PDF, exclusivo para assinantes os tópicos abaixo:

Capacitação Tecnológica

Uma publicação seqüencial abordando treinamento técnico nas áreas de


eletrônica, informática e gestão.

Tecnologia Passo a Passo

Uma série que trata de diversas montagens e configurações


onde orientado, passo a passo, o leitor poderá aplicar em sua
rotina profissional ou lazer.

Empreendimentos Tecnológicos.

Se você deseja abrir um negócio tecnológico como uma Lan House, provedor
de internet Wireless e qualquer outro empreendimento que envolva tecnologia.
Leia a publicação Empreendimento Tecnológico.

Eletrônica Básica

Uma série de treinamentos independentes, abordando diversas manutenções,


para o aperfeiçoamento profissional do técnico de manutenção.
02
Apresentação
Esta publicação é uma iniciativa da Comunidade Tecnociência em conjunto com o patrocínio de
diversas pessoas e empresas motivadas em auxiliar no custo do desenvolvimento deste material.

Cada fascículo aborda gradativamente questões técnicas para a formação profissional dos
interessados, permitindo um apoio na colocação profissional ou ainda servindo de reforço nos
cursos de graduação ou técnicos.

Com distribuição exclusiva para assinantes, o projeto pretende servir de modelo para entidades
de apoio social no treinamento técnico ou ainda como veículo de capacitação pela internet.

A Comunidade Tecnociência é um movimento cultural que busca a divulgação de informações


tecnológicas e a colaboração mútua entre os profissionais técnicos. Dentro da Comunidade
Tecnociência é possível encontrar uma vasta quantidade de projetos relacionados com o
desenvolvimento cultural e tecnológico social.

Entre estes projetos está a revista on-line, um ambiente onde os técnicos publicam suas
experiência e conhecimentos no intuito de compartilhar com os demais colegas. Também é
possível participar de fóruns, listas de discussão e comunidades sobre temas técnicos.

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Este material é publicado pelo grupo de estudo por e-mail da Tecnociência.
Se após a leitura você desejar continuar acompanhando estas publicações venha participar.

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Circuitos
03
Podemos chamar de circuito a trajetória que a corrente elétrica percorre. Normalmente um circuito
é composto por componentes eletrônicos interligados de forma a determinar o caminho da corrente
elétrica para obter um resultado especifico.

Para representar um circuito usamos desenhos, chamados de esquemas elétricos os desenhos são
fundamentais para a compreensão da eletronica e dos circuitos.

Um termo muito empregado para indicar que o circuito está ligado é a expressão circuito fechado.
Sempre que um circuito é fechado significa que o interruptor está permitindo a passagem de
corrente.

Quando o circuito está aberto significa que o interruptor não está ligado, e impede a passagem de
corrente.

Veja figura abaixo: Circuito aberto Circuito fechado

Na maioria dos circuitos práticos existem 5 elementos básicos que constituem um circuito
funcional, são estes elementos:

1 Uma fonte de força.


Energia da tomada ou bateria.

2 Componentes eletrônicos.
Resistor, transistores, etc...

3 Meio Condutor.
Fio ou trilhas que interligam os componentes.

4 Componente de controle.
Chave interruptora para abrir e fechar o circuito. (desligar e Ligar)

5 Componente de segurança.
Fusível
Existem três tipos de circuitos eletrônicos, são eles:
04
Circuito série:

No circuito em série a corrente elétrica possui apenas um único caminho de passagem.


Este é o circuito mais elementar da eletronica, todo o circuito por mais complexo que seja inicia
com os componentes em série.

Sabemos que em todo o circuito existe basicamente três ocorrências em andamento, corrente,
voltagem e resistência.

Uma das principais caracteristicas do circuito em série é o fato da corrente eletrica (amperagem)
Ser a mesma em todos os pontos do circuito.

Então, se aplicarmos um amperimetro em qualquer ponto do circuito verificaremos que a


amperagem será sempre a mesma.

Já a resistencia total de um circuito em série é calculada através da soma de todos os resistores do


circuito ou da resistencia oferecida pelos conpoentes.

Observe o circuito acima, sabemos que as lampadas transformam parte da resistencia oferecida
em luz. Vamos imaginar hipoteticamente um circuito de 40Volts com duas lampadas, uma
oferecendo resistencia de 5 ohms e a outra 15 ohms.

Para sabermos a corrente precisamos dividir a voltagem pela resistencia I = 40V / 20 Ohms
O resultado será 2 Ampere.

Em qualquer parte do circuito existe sempre 2 A. de corrente.


Veja outro exemplo semelhante abaixo:

resistor
2 amperes
5 ohms

40 volts resistor
5 ohms

2 amperes 10 ohms 2 amperes

resistor
Circuito Paralelo:
05
Ao contrario do circuito em série,
no circuito paralelo existe dois ou
Mais caminhos diferentes para a
passagem da corrente elétrica.

A principal caracteristica deste circuito está no fato da tensão ser a mesma em todos os
componentes, enquanto a corrente é distribuida entre os vários componentes.

No circuito paralelo a corrente divide-se entre os vários caminhos do circuito, de maneira que o
valor da corrente depende diretamente do valor da resistencia de cada ramal.

Nos ramais de alta resistencia a drenagem de corrente é menor se comparados com os ramais de
baixa resistencia.

Veja o circuito abaixo:

12 volts R1= 24 R2= 12 R3= 6


I1 = ? I2 = ? I3 = ?
E1 = 12 E2 = 12 E3 = 12

Para sabermos a corrente aplicada em cada um dos ramais devemos seguir a formula I=E/R.

Aplicando a formula teremos:

12 volts / 24 ohms = 0,5 Amperes


12 volts / 12 ohms = 1 Ampere
12 volts / 6 ohms = 2 Amperes

Na associação em paralelo a tensão é sempre a mesma e a corrente total é obtida com a soma dos
ramais, neste caso 0,5 + 1 + 3 Amperes = 3,5 Amperes.

O total da corrente neste circuito paralelo é de 3,5 Amperes.

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Alessandro de Oliveira Faria - Registro 23360 - ID Cabelo


06
Circuito serie-paralelo ou Misto:

O circuito misto é composto pelos circuitos serie e os circuitos paralelo, neste caso para calcular
a resistencia deste tipo de circuito transformamos o circuito em paralelo em um unico resistor.

Vamo pegar o circuito abaixo, colocar o circuito paralelo em evidencia e transforma o mesmo em
um unico resistor.
R1 = 3 ohms

R3 = 3 ohms
R2 = 6 ohms

20 volts

R4 = 5 ohms

R1 x R2 3X6 18
= = = 2 ohms
R1 +R2 3+6 9

Sabemos agora que os resistores no circuito em paralelo equivalem a um resistor de 2 ohms.

Podemos agora calcular a corrente deste circuito pois temos 3, 2 e 5 ohms em série.

Para calcular a resistencia total em um circuito em série somamos todos os resistores e neste caso
teremos 3+2+5 = 10 ohms.

Sabemdo a voltagem que é 20 v e calculando a resistencia que é 10 ohms podemos calcular a


corrente I = E/R

20 Volts / 10 Ohms = 2 Amperes.

Exercicio:
Calcule a tensão sobre os resistores R3, R4 e a tensão sobre o circuito paralelocomposto por R1 e
R2.

Lembre-se E = RxI

Comunidade Técnica
veja detalhes em
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07 Montando seu primeiro circuito

Ambiente de trabalho:
Para trabalhar com montagem eletrônica e reparação de equipamentos o técnico precisa de algumas
ferramentas, são elas:

1 - Ferro de solda:
O ferro de solda consiste em uma resistência elétrica que aquece uma ponta metálica por onde a
solda será derretida e prenderá os componentes eletrônicos. Existem vários modelos de ferros de
solda usados para diversas tarefas distintas.

Ao usar um ferro de solda o profissional deve estar atendo principalmente a potência de calor gerada,
um ferro muito quente pode danificar um componente eletrônico enquanto que uma temperatura
menor poderá não efetuar uma soldagem corretamente, ocasionando falhas no circuito. Os ferros
mais comuns usados em eletrônica ficam na faixa de 25 a 30 watts.

2 - Solda:
A solda é uma substância condutora que altera seu estado físico conforme sua temperatura, em
temperatura ambiente a solda é sólida, mas quando aquecida transforma-se em liquido pastosa. Sua
principal função é fixar os componentes eletrônicos permitindo condutividade elétrica.

3 - Sugador de solda:
O sugador é um equipamento cuja a função é retirar a solda através de sucção, permitindo a retirada
do componente eletrônico da placa de circuito impresso onde o mesmo é fixado (soldado).

3 - Alicate de corte:
O alicate de corte possui formato adequado para favorecer o corte das pontas dos componentes
antes da soldagem no circuito.

4 - Alicate de bico:
O alicate de bico permite dobrar e manusear as pontas dos conponentes eletrônicos, bem como
os fios e demais condutores sem danifica-los.

5 - Multímetro:
O multímetro é uma ferramenta usada para verificar os componentes eletrônicos e circuitos
através de medições de tensão, resistência, etc.

6 - Jogo de chaves:
Chaves de fenda e outros modelos são normalmente usados para abrir
equipamentos, permitindo o acesso ao circuito.

Aplicando a Solda:
Efetuar uma solda corretamente é fundamental para o bom funcionamento de um circuito, esta é
uma tarefa que exige um pouco de prática e conhecimento. Verifique as regras abaixo:

1º) A escolha da potência e a ponta do ferro.

A potência do ferro a ser utilizado deve levar em conta o tipo de material que vamos
soldar, segue-se como via de regra utilizar-se ferro entre 10 e 25 Watts para componentes SMD
de dois terminais.
Potências entre 25Watts e 30Watts sã o mais utilizadas para componentes como transistores,
resistores de média potência, capacitores, circuitos integrados e assim por diante. Potências entre
40 Watts e 80 Watts sã o mais indicadas para solda de grandes peças ou grandes áreas de
dissipação de calor como fios e cabos de grandes diâmetros, a medida que aumenta a área que
dissipa o calor quando fazemos a solda, maior será sua potência.
A escolha da ponta para efetuar a soldagem é muito importante pois não adianta utilizarmos uma
08 ponta muito fina com um ferro de potência muito alta. A ponta do ferro deve ser escolhida de
acordo com a potência usada.

2º) A importância da limpeza.


São diversas as substâncias que podem dificultar a soldagem, mas quando pegamos resistores,
transistores e demais componentes eletrônicos, devemos fazer uma boa limpeza em seus terminais
para podermos eliminar as oxidações e resíduos e a melhor forma de fazer isto é lixar os terminais
para retirar a camada superficial de possiveis residuos. Em seguida, soldar.

3º) Estanhamento da ponta do ferro.


Outro fator importante, é o preparo da ponta do ferro quando começamos a utilizá-lo, para que ele se
torne um instrumento de uso agradável é necessário que estanhemos corretamente a ponta do ferro,
para isso, faça o seguinte procedimento:

Encoste um pedaço de estanho (solda) enquanto o ferro esta sendo aquecido e vá passando ao redor
de sua ponta. Faça desta forma até que o ferro tenha calor suficiente para derreter o estanho, este é o
ponto ideal. Procure ir derretendo o estanho em toda a sua extensão, não deixando gotejar, desta
forma a ponta estará estanhada.

Procure manter o ferro com a ponta sempre limpa para evitar que a sujeira acumulada provoque
curto circuito através de rastro de solda na passagem de um ponto para outro ou grandes depósitos de
fluxo que está dentro do estanho. Isso deve ser feito com uma esponja vegetal umedecida com água,
na qual passamos a ponta do ferro para limpeza, antes de fazermos a solda.

Montando o circuito:
A primeira coisa que precisamos para montar nosso circuito é verificar se estamos com todos os
componentes que compõem nosso projeto.

O segundo passo é desenhar o circuito.

Para desenhar circuitos é importante conhecer a representação gráfica de cada componente


eletrônico. Teremos uma aula especialmente sobre este assunto em breve.
Depois de desenhar o circuito e adquirir todos os componentes relevantes para a montagem
poderemos iniciar nosso projeto. Em uma montagem, também é importante a confecção da placa
onde será fixado os componentes eletrônicos, no decorrer do treinamento iremos aprender a
confeccionar nossas próprias placas impressas.

Como o objetivo da aula de hoje é treinar a soldagem e o manuseio do ferro de solda, não iremos
abordar a confecção da placa de circuito impresso. Por isso, iremos passar diretamente para a
soldagem dos componentes, um no outro, sem o uso da placa impressa. Isso será feito interpretando
o desenho e soldando os componentes.

Inicialmente vamos montar um circuito bem simples para controlar a luminosidade de um LED.

Neste caso vamos precisar de uma fonte de energia, fio condutor, resistor variável e LED.

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Alessandro de Freitas A. Ribeiro - Registro 27456 - ID alessfrei


Variação de luminosidade - Circuito 1
09
Em nosso primeiro circuito temos um resistor variável, uma pilha e um
LED. Se você já possui o simulador Edson instalado, monte este
circuito nele antes de monta-lo fisicamente. Como a energia da pilha
circula obrigatóriamente pelo resistor variável, sempre que
modificarmos a resistência, o LED irá receber maior ou menor tensão e
com isso irá brilhar ou diminuir sua luz.
Embora esta seja uma montagem muito simples, se você está montando
pela primeira vez este circuito, não se preocupe se ele não funcionar.
Mas não desista, peça ajuda pelo fórum.
Inicie a montagem estanhando a ponta dos componentes para que a
solda tenha uma boa
Aderência. Depois, solde um componente no outro. Inicie pelo suporte para as pilhas e
solde o resistor veriável e o LED conectando um no outro até obter o circuito semelhante ao desenho
acima

Depois de completada a montagem, coloque as pilhas no suporte e veja se o LED vai brilhar,
movimente o resistor variável de uma extremidade a outra para observar em qual posição desliga o
LED. Se o LED não funcionar, então retire as pilhas e verifique novamente o circuito. Se tudo der
certo, passe para a montagem do circuito 2. Não avance para a próxima montagem sem primeiro
obter sucesso nesta. Caso você queira treinar um pouco antes de iniciar as montagens, é
aconselhável pegar o circuito de equipamentos condenados e retirar seus componentes para treinar o
uso do ferro de solda. Retire e solde novamente os componentes para adquirir prática.

Provador de continuidade - Circuito 2:


Esta ferramenta é bastante simples, mas muito útil por não oferecer riscos ao componente a ser
testado, devido sua baixa corrente de prova. A continuidade será indicada por um led (qualquer
cor), acoplado a um transistor BC547, com uma alimentação que pode ficar entre três e seis
volts. Como ferramenta portátil, poderá ser montado em uma caixa pequena com alimentação
através de duas pilhas de 1,5 volts.
Sempre que houver continuidade o led ira acender, ideal para testar a resistência de certos
condutores e componentes eletrônicos.

Circuito:

Relação de materiais:
1 pç transistor BC547 ou equivalente tipo NPN de uso geral.
1 pç resistor de 10 K ohms com 1/8w(R2)
1 pç resistor de 330 ohms com 1/8w(R1)
1 pç ponta de prova na cor preta.
1 pç ponta de prova na cor vermelha.
1 pç suporte para duas ou quatro pilhas.
1 pç led comum de qualquer cor.
1 interruptor comum (opcional)(S1)
O circuito citado acima, NÃO pode ser usado em equipamentos que possuam corrente, ele serve
apenas para testar componentes isoladamente. A importância da montagem esta no primeiro
contato com as técnicas de soldagem e no exercício para a prática de montagens.

Importante:

1 - Ao usar ferramentas evite o acesso de crianças.


2 - Muito cuidado com o uso do ferro de soldar.
3 - A solda quando derretida é tóxica, evite contato prolongado.
4 - Procure sempre soldar em local bem ventilado evitando a inalação.
10 Lógica de Boole

A Lógica de Boole ou Algebra Booleana é um conceito matemático que trabalha com sistemas
Dicotômicos. Chamamos de Dicotômicos as ocorrências que representam apenas dois estados
que se excluem mutuamente.
Branco e preto, dia e noite, sim e não. Estas são ocorrências Dicotômicas.

Entender a Lógica Boolena vai permitir que o leitor possa se familiarizar com o raciocínio
binário onde é aplicado 0 e 1 para representar uma ocorrência Dicotômica.

A lógica booleana é usada na eletrônica digital e nos computadores.

Vamos imaginar o funcionamento de um interruptor no circuito eletrônico. Sabemos que os


interruptores são dicotômicos, eles possuem apenas dois estados. Ou o interruptor está aberto
impedindo a passagem da corrente elétrica ou ele está fechado, permitindo a passagem de
corrente. Basicamente os processadores são compostos por milhares de interruptores
eletrônicos.

Quando adicionamos mais de um interruptor no circuito, podemos colocar eles em série, paralelo
ou misto. Na lógica de boole é possível representar matematicamente um circuito em série
através da multiplicação e quando for circuito em paralelo usamos a soma.

Para aplicar o conceito binário vamos usar “0” sempre que não existir a passagem de corrente e
“1” quando existir passagem de corrente.
Um interruptor aberto não permite a passagem da corrente então seu estado é “0”.
O interruptor fechado permite a passagem de corrente, seu estado é “1”.

Veja imagem abaixo:

Se adicionarmos dois interruptores em paralelo no circuito, teremos a expressão interruptor “A”


somando ao Interruptor “B”. (A+B).

Se adicionarmos dois interruptores em série no circuito, teremos a expressão interruptor “A”


multiplicando pelo Interruptor “B”. (AxB) ou (A.B)
11 Tabela verdade.

A tabela verdade é o calculo que efetuamos para demonstrar todas as possibilidades que podem
surgir no circuito. Vamos pegar o circuito paralelo com dois interruptores e criar a tabela
verdade para ele.

Se os dois interruptores estiverem abertos não existirá corrente elétrica e podemos representar da
seguinte forma. A=0 + B=0 o resultado será 0 (0+0 =0)
Interruptora “a” aberto e interruptor “b” fechado A=0 + B=1 resultado será 1 (0+1=1)
Interruptor “a” fechado e interruptor “b” aberto A=1 + B=0 resultado será 1 (1+0=1)
Interruptor “a” aberto e interruptor “b” aberto A=1 + B=1 resultado será 1 (1+1=1)

Nossa tabela verdade para circuito em PARALELO com dois interruptores é:


0+0=0
0+1=1
1+0=1
1+1=1

Em um circuito em SÉRIE com dois interruptores a tabela verdade é:


0.0=0
0.1=0
1.0=0
1.1=1

Observe que através da tabela verdade é possível prever como o circuito irá se comportar.

Interruptores de três posições.

Além do interruptor simples de duas posições, “ligado e desligado” existe o interruptor de três
posições. Veja figura abaixo:

Observe o leitor que obrigatoriamente ao permitir a passagem de corrente para um circuito o


outro estará desligado. No exemplo acima para ligar a lampada da direita a lampada da esquerta
estará apagada e vice-versa. Matematicamente representamos esta situação marcando a letra que
_
representa negação ou inversão.
Exemplo.
A Ou A’ Esta representação indica valor oposto ao “A” sem marca.
12
No circuito abaixo é possível observar que os dois interruptores estarão sempre em oposição.
Quando um estiver aberto o outro estará fechado e vice-versa. Isso ocorre devido ao fato do
primeiro interruptor estar marcado com a característica de inversão ou negação.

Sempre que ocorrer a marcação na parte superior da letra, dizemos que ela esta inversa ou
negada. Então se A=0, A'=1 e se A=1 então A'=0 o “A, negado” ou “A, inverso” será sempre o
oposto do seu par. O mesmo se aplica a qualquer outra letra do alfabeto.

Interpretando circuitos:

Já observamos como funciona matematicamente a representação da lógica de Boole em circuitos


série e paralelo. Estamos pronto para interpretar as equações na formação do circuito.

Sabemos que um circuito em série é calculado através da multiplicação de suas variáveis ou


interruptores e os circuitos em paralelo somam-se. Também observamos que existem
interruptores especiais que possuem uma situação onde ocorre a inversão de valores.
Ao permitir a passagem por um determinado circuito outro obrigatoriamente ficará desligado.

Vamos interpretar o circuito abaixo:

É importante lembrar que todas as variáveis ou interruptores que estão em paralelo somam-se e
os demais casos iremos multiplicar. Nosso circuito acima possui a seguinte formulação
matemática. (a+b).z +(x.k)

ATENÇÃO:
Antes de olhar a próxima página, pegue papel e caneta e tente representar matematicamente o
circuito abaixo:
13
A formulação do circuito da página anterior é: (P+T).(V+R)+(S+Q)

Veja o circuito abaixo:

= (X+D’).(D+X’)

Exercício:

1 - Desenhe o circuito conforme sua representação matemática:

1.1) d+p+q+x+z
1.2) q.(y+x)
1.3) (p+z).(p+z’+r)
1.4) a.[s’.(s+r)+r.s] +(q+a’).(r.s’+s)

2 - Represente matematicamente os três circuitos abaixo:


14 Lógica de programação
Desenvolver um software não é uma tarefa difícil depois que o programado entende os fundamentos
da computação. Basicamente todas as linguagens são compostas de uma rotina similar de
implementação, mudando apenas os termos (sintaxe) dos comandos empregados. Existe então um
raciocínio por trás do desenvolvimento de softwares. Este raciocínio é empregado independente da
linguagem de programação que o profissional esteja usando.
Ao conhecer detalhadamente a lógica por trás do processo de desenvolvimento dos softwares o
profissional programa em qualquer ferramenta precisando apenas se ambientar com os detalhes
específicos da linguagem usada.
Por este motivo a Lógica de programação é uma ferramenta indispensável e um pré-requisito para
quem deseja aprender a desenvolver softwares computacionais.

Algoritmo

Todo o desenvolvimento de um software se baseia em uma lógica de instruções chamada de


algoritmos. Em outras palavras, um algoritmo é basicamente uma seqüência de instruções com um
determinado objetivo.

Imagine que você vai sair de casa para ir ao supermercado, esta simples tarefa exige uma seqüência
de instruções ou um algoritmo, veja:

1 Pegar chave da porta


2 Abrir porta
3 Fechar porta
4 Ir para o supermercado.

Imagine o que vai ocorrer se trocarmos a seqüência dos comandos conforme abaixo:

1 Fechar a porta
2 Abrir a porta
3 Pegar a chave
4 Ir ao supermercado

Se você observar com atenção ira notar que a porta ficou aberta enquanto você está no
supermercado, esta não é uma boa idéia.
Observe que para um algoritmo funcionar corretamente é importante que ele seja ordenado de forma
coerente com o objetivo, uma seqüência de instruções fora de ordem pode causar uma série de
transtornos.
Um programa de computador é um algoritmo escrito em uma linguagem computacional.

Linguagem de programação
Chamamos de linguagem de programação a forma como os algoritmos podem ser escritos. Existem
várias linguagens de programação como Delphi, Pascal, C, Basic e assim por diante. Cada
linguagem possui suas particularidades sempre respeitando a lógica de programação.
É através das ferramentas da linguagem de programação que inserimos o algoritmo (seqüência de
instruções) para o computador executar.
15 Português estruturado
Uma forma bem didática para absorver a lógica de programação consiste no uso de algoritmos em
língua portuguesa para que o aluno consiga fixar a lógica do desenvolvimento de softwares.
Depois de fixar esta lógica, fica muito fácil programar em qualquer linguagem. Por este motivo
iremos neste primeiro contato com a lógica de programação trabalhar com o português estruturado.

Criando seu primeiro programa em português estruturado


A melhor maneira de aprender sobre lógica de programação é programando. Por este motivo vamos
misturar aula pratica com teoria e criar um ambiente mais interativo para o aprendizado da
programação de softwares.
Os softwares se dividem conforme sua forma de execução, basicamente existem duas formas de
funcionamento do software, a primeira é a compilação e a segunda é a interpretação.
Os softwares que funcionam baseados em interpretadores, atualmente são aqueles da internet.
Quando você abre o seu browser e navega em uma pagina da internet o que ocorre é que o browser
interpreta a informação e mostra para o usuário as imagens e informações conforme o algoritmo é
interpretado.
Os softwares compilados são aqueles que rodam na sua máquina e normalmente possuem a extensão
.EXE no windows, como o install.exe e diversos outros.
O software é escrito em um editor especifico para a linguagem e depois que está pronto é compilado
para ser distribuído.
Neste nosso primeiro contato vamos usar um editor para a linguagem do português estruturado e ao
invés de compilar o editor vai interpretar as orientações do algoritmo que você escrever.
Baixe o Interpretador IPE através da seção de downloads do seu curso, instale a ferramenta e passe
para a próxima aula onde vamos iniciar nosso primeiro algoritmo.

Manipulando o IPE.
Após baixar e instalar o Interpretador do Português Estruturado IPE o aluno deve tentar executar a
ferramenta. Pode ocorrer do atalho não fixar o endereço do aplicativo, neste caso o aluno deverá
entrar na pasta arquivo de programas achar o diretório IPE e criar um atalho do executável “ipe.exe”
para o desktop.
Agora que o aplicativo está instalado execute o atalho para abrirmos o editor de programação que é
semelhante à tela a baixo:
16
Assim que o aplicativo é aberto o editor vai iniciar com as expressões “Algoritmo” e
”FimAlgoritmo”. Todos os comandos devem ser inseridos entre estas Expressões.

Vamos criar um algoritmo em português estruturado que calcula a média entre três números.
Escreva o código abaixo e clique no botão play conforme imagem:

Algoritmo Media
Escreva( "Digite tres numeros" )
Leia( n1, n2, n3 )
med = (n1 + n2 + n3) / 3
Escreva( "Media = ", med )
FimAlgoritmo

No algoritmo acima as palavras em negrito são expressões da linguagem português estruturado,


vamos dar uma olhada no significado destas expressões.

Algoritmo - Marca o inicio do código, é seguido pelo nome do programa.

Escreva - Sempre que for necessário mostrar na tela alguma informação é usada esta expressão.

Leia - Usamos o comando leia para inserir alguma informação dentro do algoritmo. O comando
leia vai pedir ao usuário que insira uma informação que será passada para uma variável.

FimAlgoritmo - indica para o interpretador dos comandos que o algoritmo chegou ao seu final.

As informações dentro dos parênteses ou que não estão em negrito são criadas pelo usuário
enquanto os comandos em negrito são determinados pelo interpretador e não podem ser
modificados. Basicamente um algoritmo funciona através de um determinado comando seguido
de uma informação.
17
Observe que no algoritmo escrito anteriormente o comando ESCREVA é seguido pela informação
“DIGITE TRES NUMEROS”.

O comando Leia é seguido pela informação variável n1,n2,n3. vamos estudar as variáveis mais
adiante.

Neste primeiro contato com o editor de programas em portugues estruturado o importante é o


aluno exceutar o programa para ter uma noção do funcionamemento do editor. Pode parecer um
pouco confuso neste primeiro momento as informações estudadas até aqui.

Não se preocupe, na medida em que o estudante for se avançando as aulas tudo será esclarecido.

Abra o seu editor IPE e execute o algoritmo comentado observando o funcionamento do


aplicativo e o resultado do algoritmo.

Nas proximas páginas vamos entrar no universo da lógica de programação.

Desenvolvendo algoritmos
Os algoritmos são descritos em uma linguagem chamada pseudocódigo. Este nome é uma alusão
à posterior implementação em uma linguagem de programação, ou seja, quando formos
programar em uma linguagem, por exemplo Pascal, estaremos gerando código em Pascal.
Por isso os algoritmos são independentes das linguagens de programação.

O algoritmo deve ser fácil de se interpretar e fácil de codificar. Ou seja, ele deve ser o
intermediário entre a linguagem falada e a linguagem de programação.

Para escrever um algoritmo precisamos descrever a seqüência de instruções, de maneira


simples e objetiva. Para isso utilizaremos algumas técnicas:

- Usar somente um verbo por frase


- Imaginar que você está desenvolvendo um algoritmo para pessoas que não trabalham
com informática
- Usar frases curtas e simples
- Ser objetivo
- Procurar usar palavras que não tenham sentido dúbio

No capítulo anterior vimos que ALGORITMO é uma seqüência lógica de instruções que
podem ser executadas.
É importante ressaltar que qualquer tarefa que siga determinado padrão pode ser descrita
Por um algoritmo, como por exemplo: Calcular a média de três números.

Entretanto ao montar um algoritmo, precisamos primeiro dividir o problema apresentado


em três fases fundamentais.

ENTRADA: São os dados de entrada do algoritmo.

PROCESSAMENTO: São os procedimentos utilizados para chegar ao resultado final.

SAÍDA: São os dados já processados.


18 Exemplo de Algoritmo
Imagine o seguinte problema: Calcular a média final dos alunos do curso de lógica. Os alunos
realizarão três provas: P1, P2, P3. Onde a média final é conseguida através da soma de todas as notas
das provas e depois dividindo por três.

Para montar o algoritmo proposto, faremos três perguntas:

a) Quais são os dados de entrada?


R: Os dados de entrada são nota 1,nota 2 e nota 3.

b) Qual será o processamento a ser utilizado?


R: O procedimento será somar todos os dados de entrada e dividi-los por 3 (três).

c) Quais serão os dados de saída?


R: O dado de saída será a média final.

Veja o Algoritmo:

Leia a nota da prova1


Leia a nota de prova2
Leia a nota de prova3
Some todas as notas e divida o resultado por 3
Escreva o resultado da divisão.

Veja o algoritmo em portugues estruturado:

Leia( n1, n2, n3 )


med = (n1 + n2 + n3) / 3
Escreva( "Media = ", med )

A variável “med ” vai receber o resultado do cálculo após o sinal de igual (=).

Diagrama de Bloco
O diagrama de blocos é uma forma padronizada e eficaz para representar os passos lógicos de
um determinado processamento.
Com o diagrama podemos definir uma seqüência de símbolos, com significado bem definido,
portanto, sua principal função é a de facilitar a visualização dos passos de um processamento.

Existem diversos símbolos em um diagrama de bloco. No decorrer do treinamento observaremos


os mais utilizados.
19 Veja no quadro abaixo alguns dos símbolos que iremos utilizar:

Veja na imagem ao lado o algoritmo que calcula a


média de três notas desenvolvido na forma de
diagrama em bloco.
20 Entendendo as variáveis, constantes e tipos de dados
Variáveis e constantes são os elementos básicos que um programa manipula. Uma variável é
um espaço reservado na memória do computador para armazenar um tipo de dado determinado.
Variáveis devem receber nomes para poderem ser referenciadas e modificadas quando
necessário. Um programa deve conter declarações que especificam de que tipo são as variáveis
que ele utilizará e as vezes um valor inicial. Tipos podem ser por exemplo: inteiros, reais,
caracteres, etc. As expressões combinam variáveis e constantes para calcular novos valores.
Podemos afirmar que aVariável é a representação simbólica dos elementos de um certo conjunto.
Cada variável corresponde a uma posição de memória, cujo conteúdo pode se alterado ao longo
do tempo durante a execução de um programa. Embora uma variável possa assumir diferentes
valores, ela só pode armazenar um valor a cada instante.
Quando preenchemos um formulário onde é pedido o nome e a idade, podemos dizer que o
campo “Nome” e “Idade” são variáveis. Observe que cada pessoa responde a estes campos com
informações diferentes.
O nome pode ser José, João, Batista e assim por diante. O mesmo ocorre com a idade que pode
ser 10, 20, 37 anos, etc.
Normalmente todo formulário ou ficha cadastral é repleto de campos com solicitação de dados
como RG, endereço, estado, situação civil, etc. todos estes campos podemos considerar dados
variáveis.
Em nosso primeiro algoritmo usamos as variáveis n1,n2 e n3 para receber os números e a
variável “med” para receber o resultado da soma das notas dividida por 3.

Constante:
Constante é um determinado valor fixo que não se modifica ao longo do tempo, durante a
execução de um programa. Conforme o seu tipo, a constante é classificada como sendo
numérica, lógica e literal.

Exemplo de constantes:
Em nosso algoritmo dividimos as variaveis n1,n2 e n3 pelo numero 3.
Observe que o numero três não muda quando o programa é executado, dizemos então que o
numero 3 é uma constante.

Tipos de Variáveis
As variáveis e as constantes podem ser basicamente de quatro tipos: Numéricas, caracteres,
Alfanuméricas ou lógicas.

Numéricas: Específicas para armazenamento de números, que posteriormente poderão ser


utilizados para cálculos. Podem ser ainda classificadas como Inteiras ou Reais.

As variáveis do tipo inteiro são para armazenamento de números inteiros e as Reais são para o
armazenamento de números que possuam casas decimais.

Caracteres: Específicas para armazenamento de conjunto de caracteres que não


contenham números (literais). Ex: nomes.

Alfanuméricas: Específicas para dados que contenham letras e/ou números. Pode em
determinados momentos conter somente dados numéricos ou somente literais. Se usado somente
para armazenamento de números, não poderá ser utilizada para operações matemáticas.

Lógicas: Armazenam somente dados lógicos que podem ser Verdadeiro ou Falso.

As variáveis só podem armazenar valores de um mesmo tipo, de maneira que também são
classificadas como sendo numéricas, lógicas e literais.
21 Operadores
Os operadores são meios no qual decrementamos, incrementamos, comparamos e avaliamos dados
dentro do computador. Temos três tipos de operadores:

- Operadores Aritméticos
- Operadores Relacionais
- Operadores Lógicos

Operadores Aritméticos:

Os operadores aritméticos servem para obter resultados numéricos.


Os símbolos para os operadores aritméticos são:

Adição +
Subtração -
Multiplicação *
Divisão /
Exponenciação **

As Operações Aritméticas trabalham respeitando a hierarquia matemática, os calcúlos são feitos


conforme ordem abaixo:

1 º ( ) Parênteses
2 º Exponenciação
3 º Multiplicação, divisão (o que aparecer primeiro)
4 º + ou (o que aparecer primeiro)

Operadores Relacionais:
Os operadores relacionais são utilizados para comparar String de caracteres e números.
Estes operadores sempre retornam valores lógicos (verdadeiro ou falso/ True ou False)
Para estabelecer prioridades sobre qual operação executar primeiro, utilize parênteses.

Os operadores relacionais são:

Igual a =
Diferente de <> ou #
Maior que >
Menor que <
Maior ou igual a >=
Menor ou igual a <=

Operadores Lógicos:
Os operadores lógicos servem para combinar resultados de expressões, avaliando se o
resultado final é verdadeiro ou falso.
Os operadores lógicos são:

E- representado pelo ingles AND é verdadeiro se todas as condições forem verdadeiras.


OU - representado pelo ingles OR é verdadeiro se pelo menos uma condição for verdadeira.
NÃO - representado pelo ingles NOT inverte o valor da expressão ou condição, se verdadeiro
inverte para falsa e vice-versa.

Operações Lógicas são utilizadas quando se torna necessário tomar decisões em um algoritmo.
Todas as decisões ocorrem através dos operadores lógicos e os comandos de decisão .
22
20 É muito importante compreender o funcionamento dos operadores. Os algoritmos dependem
diretamente de operadores para pleno funcionamento.

Para sabermos se um estudante passou ou não com média satisfatória usaremos um algoritmo que
compare qual a média adequada. Veja um exemplo:

Se média for maior ou igual a 7.0 então estuante é aprovado se não estudante é reprovado.

Em portugues estruturado teremos:

Se (med >= 7)
entao
escreva("Estudante Aprovado")
senao
escreva("Estudante Reprovado")
Fimse

Nosso programa completo usando os operadores pode ser desenvolvido através do algoritomo
abaixo, para testar escreva e execute o algoritmo no IPE.

Algoritmo Media

Escreva( "Digite tres numeros" )


Leia( n1, n2, n3 )
med = (n1 + n2 + n3) / 3
Escreva( "Media = ", med )

Se (med >= 7)
entao
escreva("Estudante Aprovado")
senao
escreva("Estudante Reprovado")
Fimse

FimAlgoritmo
23 Entendendo os comandos de repetição e decisão
Os comandos de decisão ou desvio fazem parte das técnicas que conduzem a estruturas de
programas que não são totalmente em sequencia. Com as instruções de
SALTO ou DESVIO é possivel fazer com que o programa proceda de uma maneira ou outra, de
acordo com as decisões lógicas tomadas em função dos dados ou resultados anteriores. As estruturas
de decisão mais usadas são: “Se Então”, “Se então Senão” e “Caso Selecione”.

SE ENTÃO

A estrutura de decisão SE normalmente vem acompanhada de um comando, ou seja, se determinada


condição for satisfeita pelo comando SE então é executado determinado comando.
Imagine um algoritmo que o aluno somente estará aprovado se a média for maior ou igual a 7.0, veja
no exemplo abaixo:.
SE MEDIA >= 7 ENTÃO ALUNO APROVADO

SE ENTÃO SENÃO

A estrutura de decisão “SE/ENTÃO/SENÃO”, funciona exatamente como a estrutura “SE”, com


apenas uma diferença, em “SE” somente podemos executar comandos caso a condição verdadeira,
diferente de “SE/SENÃO” pois sempre um comando será executado independente da condição, ou
seja, caso a condição seja “verdadeira” o comando da condição será executado, caso contrário o
comando da condição “falsa” será executado.

Veja exemplo abaixo::

SE MÉDIA >= 5.0 ENTÃO


ALUNO APROVADO
SENÃO
ALUNO REPROVADO

CASO SELECIONE

A estrutura de decisão CASO/SELECIONE é utilizada para testar, na condição, uma única


expressão, que produz um resultado, ou, então, o valor de uma variável, em que está armazenado um
determinado conteúdo. Compara-se, então, o resultado obtido no
teste com os valores fornecidos em cada cláusula “Caso”.

No exemplo do diagrama de blocos abaixo, é recebida uma variável “Op” e testado seu conteúdo,
caso uma das condições seja satisfeita, é atribuído para a variável Titulo a String “Opção X”, caso
contrário é atribuído a string “Opção Errada”.

http://tecnociencia.inf.br
24 Comandos de Repetição
Utilizamos os comandos de repetição quando desejamos que um determinado conjunto de
instruções ou comandos sejam executados um número definido ou indefinido de vezes, ou enquanto
um determinado estado de coisas prevalecer ou até que seja alcançado.

Veja abaixo alguns modelos de comandos de repetição:

- Enquanto x, processar
- Até que x, processar ...
- Processar ..., Enquanto x
- Processar ..., Até que x
- Para ... Até ... Seguinte

Enquanto x, Processar
Neste caso, o bloco de operações será executado enquanto a condição x for
verdadeira. O teste da condição será sempre realizado antes de qualquer operação.
Enquanto a condição for verdadeira o processo se repete. Podemos utilizar essa estrutura
para trabalharmos com contadores.

Até que x, processar ...


Neste caso, o bloco de operações será executado até que a condição seja
satisfeita, ou seja, somente executará os comandos enquanto a condição for falsa.

Processar ..., Enquanto x


Neste caso primeiro são executados os comandos, e somente depois é
realizado o teste da condição. Se a condição for verdadeira, os comandos são
executados novamente, caso seja falso é encerrado o comando DO.

Processar ..., Até que x


Neste caso, executa-se primeiro o bloco de operações e somente depois é realizado o
teste de condição. Se a condição for verdadeira, o fluxo do programa continua normalmente. Caso
contrário é processado novamente os comandos antes do teste da condição.
25 Princípios e Fases da Concepção de Negócio e Migração de Valor

Ciclo de vida de produtos e serviços:

O fato dos produtos e serviços passarem por ciclos de crescimento à obsolescência é amplamente
reconhecido. Isto porque eles seguem a curva de ciclo de vida conforme mostra a figura a seguir.
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

Curva do Ciclo de Vida

Estabilidade
Saturação Obsolescência
VALOR

Crescimento Declínio

CRIAÇÃO MORTE

TEMPO

Após a criação, correm duas linhas, a horizontal de tempo e a vertical de valor, a qual representa a
quantidade de vendas ou de faturamento. Os produtos ou serviços possuem uma fase de
crescimento, que pode ser maior ou menor, conforme a aceitação dos mesmos no mercado e a
capacidade comercial da Empresa. Não importando se o crescimento foi grande ou pequeno ocorre
um marco que identifica a saturação, a qual é identificada pelo fim da velocidade de crescimento.
Quando o tempo passa e o valor para de crescer ou fica em oscilação é alcançada a fase de
estabilidade. Esta fase de estabilidade pode ser de curta duração ou se prolongar por um período
longo de tempo. Durante o século XX este período do ciclo de vida, que no início era longo, por
diversas décadas, passou a diminuir para poucos anos. Neste início de século XXI este período tem
ficado mais reduzido, exigindo que as Empresas fiquem atentas e tenham que evoluir em poucos
anos.
Esta estabilidade termina quando ocorre a obsolescência do produto ou serviço. Neste ponto inicia a
fase de declínio de valor, isto é passa o tempo e a quantidades e/ou valores de venda vão diminuindo.
O declínio termina com a morte do produto ou serviço, caracterizada pela retirada do mesmo do
mercado. Muitas Empresas não querem aceitar esta morte, prolongando o declínio mesmo com
prejuízos, o que ocasiona, muitas vezes, também a morte da Empresa.
Existem diversas causas para identificar cada fase deste ciclo, mas o que deve ser ressaltado que isto
ocorre sempre, não importando o tamanho e setor de atuação da Empresa.

EXEMPLO: O ciclo de vida do FUSCA:


O FUSCA, Carocha, Basouro ou Volkswagen Sedan foi o primeiro modelo fabricado pela
companhia alemã Volkswagen. Foi o carro mais vendido no mundo, ultrapassando em 1972 o
recorde do Ford modelo T. O último modelo do Fusca foi produzido no México em 2003.
26 História:
· A partir de 1950, o FUSCA começou a ser vendido no Brasil. O carro vinha desmontado
da Alemanha;
· Em 1959 o FUSCA passou a ser oficialmente produzido no país;
· Em 1984 o FUSCA perdeu para o Chevrolet Monza o primeiro lugar de vendas no Brasil.
· Em 1986 a Volkswagen desistiu de fabricá-lo, alegando que era um modelo muito
obsoleto, apesar do carrinho ser o 2° carro mais vendido daquela época, atrás apenas do
Chevrolet Monza e de ter fôlego o suficiente para permanecer mais uns bons anos no mercado. O
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

fato real é que a Volkswagen queria abrir espaço para a Família composta por GOL, Parati e
Voyage;
· Em 1993, por sugestão do então presidente Itamar Franco a empresa voltou a fabricar o
modelo;
· Em 1996, a empresa deixou de produzir novamente o carro, com uma série especial
denominada Série Ouro.

A figura a seguir coloca este breve histórico no curdo do ciclo de vida.

Curva do Ciclo de Vida do FUSCA no BRASIL

Estabilidade
Saturação Obsolescência
VALOR

Declínio
Crescimento
MORTE:
Retirada do
mercado
CRIAÇÃO Ciclo Natural - MERCADO Ciclo Forçado

1950 1960 1970 1980 1984 1866 1993 1996

Observações:
· A Volkswagen retirou o FUSCA do mercado quando ele iniciou o declínio;
· A Volkswagen tinha produtos para ocupar o 1o lugar de vendas, o GOL, previsão que
realmente ocorreu;
· A tentativa do Presidente Itamar, mesmo sendo uma determinação de governo, não
mudou o ciclo. De 1993 a 1996 não ocorreu nova fase de crescimento de vendas.

Pense, analise este caso. Faça novos exemplos! Sugestão:


· Faça o ciclo do Chevrolet Monza que retirou do FUSCA o 1o lugar de vendas.
· Faça o ciclo do automóvel GOL da Volkswagen.
· Busque um exemplo do seu setor de atividade.
Observação: Trabalhe sempre com dados reais, levantes estatísticas documentais ou da internet.

IMPORTANTÍSSIMO!

Bil Gates, da Microsoft, o homem mais rico do mundo torna seus produtos obsoletos antes que
os concorrentes o façam, mas lança sempre o substituto.Ele não faz isto porque é rico e grande,
mas se tornou rico e grande porque faz isto desde os primeiros produtos da Microsoft, quando
ela era pequena.
27 Ciclo de vida das empresas
Como o fato dos produtos e serviços passarem por ciclos de crescimento à obsolescência, como
mostrado até aqui, além de ser amplamente reconhecido não gera dúvidas, o problema que
normalmente não é reconhecido é que as concepções de negócio (“business designs”) também
passam por ciclos e chegam a obsolescência.

As prioridades dos Clientes – questões que são mais importantes para eles que o produto e o
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

serviço oferecido, a forma de aquisição e preços, dentre outros pontos – tem uma tendência
natural de mudar enquanto que as concepções de negócio – forma de fazer o negócio, tendem a
permanecer fixas, pois “no passado deu certo”!

Quando o mecanismo que associa a concepção do negócio da empresa com a estrutura das
prioridades o Cliente se desfazem, inicia a Migração de Valor, isto é, o valor do negócio e a
lucratividade migram para outro concorrente no mercado.
Desta forma ocorre a transferência de riqueza de uma
Empresa para outra.

Assim, A CURVA DO CICLO DE VIDA mostrada


anteriormente também vale para as Empresas. Para ilustrar
segue o histórico resumido da VARIG e, após, é mostrada a
curva da VARIG.

- 1927 - Fundação da Sociedade Anônyma Empreza de Viação Aérea Rio-Grandense - no


Estado do Rio Grande do Sul. Foi a primeira empresa de transporte aéreo, criada no Brasil e uma
das primeiras do mundo.
- 1930 - A expansão em todo o território do Rio Grande do Sul;
- 1941 - Otto Ernst Meyer, fundador, entrega a Presidência à Ruben Berta;
- 1942 - Primeira Linha internacional, ligando Porto alegre à Montevidéu;
- 1945 - Criação da Fundação dos Funcionários da Varig, que em 1966 passou a chamar-se
Fundação Ruben Berta;
- 1946 - Novas linhas para Rio de Janeiro com escalas em Florianópolis, Curitiba e São
Paulo;
- 1952 - Compra da empresa Aero-Geral e expansão para o Norte do Brasil;
- 1955 - Início da grande Expansão com o estabelecimento da Linha para Nova York;
- 1961 - Já como empresa internacional, além das linhas para todo o Brasil teve para
Miami, Caracas, Lima, Bogotá, México, Los Angeles e Tóquio. Competindo com a então
poderosa PAN AM, a VARIG saiu-se muito bem, com um serviço imbatível para a época.
- Década de 60 - A crise e o estímulo do governo federal às fusões de empresas reduziram
esse número para quatro grandes empresas comerciais (VARIG, VASP, TransBrasil e Cruzeiro);
- 1965 - Assumiu as linhas da Panair para a Europa (Lisboa, Madrid, Paris, Londres,
Frankfurt, Milão e Roma).
- 1970 - Mudança da razão social para "VARIG" S.A.
- 1975 - Compra do controle acionário da Empresa aérea Cruzeiro do Sul;
- 1976 - Criação da Rio-sul, para operar no Sistema Integrado de Transporte Aéreo
Regional;
- 1990 Abertura do mercado da aviação nas rotas internacionais e a Varig começa a
apresentar prejuízo em seu balanço financeiro;
- 1991 A Varig ampliou a sua frota com novas aeronaves da Boeing. Começa a Guerra do
Golfo, causando alta do preço do petróleo e recessão no setor de aviação. Ao fim de quatro anos,
a indústria acumularia prejuízos de cerca de US$ 20,4 bilhões;
- 1993 Varig inicia processo de reestruturação;
- 1997 - Ingresso na “Star Alliance”;
- 1998 - Suspensão das operações nas Cidades de Bangkok, Hongkong e Amsterdan;
- 1999 Crise cambial impacta negativamente os resultados da empresa. A TAM, além de se
transformar na principal concorrente da VARIG no mercado doméstico ao longo da década de
90, inicia suas operações para o exterior;
28 1999 - Suspensão das operações nas Cidades de Johanesburg, Washington, Orlando, Zurich,
Oporto e Atlanta.
- 1999 - Ações de reestruturação adotadas para adequá-la ao dimensionamento do mercado,
permitiram à empresa reduzir custos e alavancar a receita nas linhas domésticas e internacionais,
para um melhor desempenho no segundo semestre deste ano;
- 2000 - Os acionistas da VARIG, em Assembléia Geral Extraordinária na sede da Empresa
em Porto Alegre, aprovaram mais um passo da reestruturação parcial das empresas do grupo;
- 2001 A GOL entra no mercado de aviação doméstico, acirrando a concorrência. Com os
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

atentados de 11 de Setembro, que geraram para a indústria da aviação prejuízos de US$ 11,9
bilhões, as dívidas da Varig aumentaram;
- 2001 - A TRANSBRASIL paralisou suas atividades;
- 2003 Varig e TAM assinam um memorando de intenções para se unirem e começam a
compartilhar vôos. Uma cogitada fusão, no entanto, não acontece;
- 2003 Varig perde a liderança do mercado doméstico para a TAM;
- 2005 Pedido à Justiça para que seja iniciado o processo de recuperação judicial,
mecanismo que substituiu a concordata, de acordo com o que prevê a nova lei de falências;
- 2006 Início do ano: Venda da Varig Log e da VEM. Grupo TAP e a VOLO Brasil
assumem a VEM e a Varig Log. A Justiça de Nova York prorroga liminar favorável à Varig, que
impediu a tomada de aviões por empresas de leasing dos EUA.
- 2006 - (20/07) A VarigLog, única empresa a participar do leilão de venda da Varig, levou
a companhia aérea por US$ 24 milhões, o equivalente a R$ 52,3 milhões. A ex-subsidiária de
transportes de carga entrou no leilão como Aéreo Transportes Aéreos S/A.

Curva do Ciclo de Vida da VARIG

Estabilidade
Saturação Obsolescência
VALOR

Crescimento Declínio

CRIAÇÃO MORTE

놀927 1930 1940 1960 1990 2000 2006

Atualmente, a VARIG foi dividida ao meio e uma parte ainda transporta passageiros e cargas.
Após a longa agonia, mostrada anteriormente, na qual muitos apaixonados pela Empresa e pelo
que ela representava para o Rio Grande do Sul, seu berço, e depois para o Brasil, fizeram todas a
manobras possíveis e protelatórias, teve um desfecho traumático. Os funcionários, Clientes e
credores ainda têm seqüelas a resolver.

A divisão nas duas partes teve o leilão da parte boa conforme mostrado anteriormente. A parte
ruim ficou com a dívida de R$ 8 bilhões. Resumidamente:
- Foram demitidos 5,5 mil funcionários dos 9,5 que a VARIG original tinha;
- Continuaram a voar 17 dos 100 aviões;
- A fundação dos funcionários quebrou;
- Sobreviveu a marca VARIG desgastada por tudo o que aconteceu.

Lembre-se: Quando mais sucesso um negócio alcançou, maior a dificuldade de mudança.


29
Como conceber um negócio lucrativo

As idéias de novo negócio com capacidade de crescimento e lucro não nascem prontas. Quando
surge a idéia, por mais criativa que seja, está em sua forma bruta, devendo ser lapidada como
uma jóia. Esta lapidação é um processo de desenvolvimento da idéia até sua forma final. Este
processo é chamado de “Concepção do Negócio”, que leva em conta as questões técnicas, de
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

produção, operacionais, administrativas e, principalmente, as prioridades e experiências dos


Clientes.

Esta concepção permite os empreendedores ou executivos de uma Empresa existente que visa
alterar seu modelo de negócio, gerenciar o processo de configuração do seu negócio existente ou
novo. Desta forma, tanto o Plano de Negócio que elaborado a partir da Concepção do Negócio,
assim como a própria implementação do negócio tem uma probabilidade muito maior de
sucesso.

Uma Concepção do Negócio envolve a totalidade das questões de como a Empresa:


Seleciona seus Clientes;
Define e diferencia suas ofertas;
Define as tarefas que realizará e as que ela terceirizará;
Configura seus recursos;
Entra no mercado;
Cria utilidade para os Clientes;
Captura e distribui lucros.

A definição de uma concepção exige que se façam escolhas estratégias sobre diversas questões
críticas da forma de fazer negócios.

Execução e velocidade continuam sendo importantes, mas nenhuma das duas é adequada
isoladamente e sempre, pois as regras mudam. Os dirigentes da empresas devem estar atentos e
precisam aprender as novas regras do jogo. É preciso responder novas perguntas, como:
Velocidade: rumo a quê?
Onde poderei gerar lucros?
De que novas competências essenciais eu necessito?
Em que preciso ser bom?
Que atitudes é preciso tomar para capturar o próximo ciclo de crescimento de valor?
Que série de jogadas preciso fazer para conquistar e manter o crescimento do valor?

Veja o setor de Empresas aéreas no Brasil em 2004 em termos de receita e lucros na tabela a
seguir. Vale observar que a diferença da GOL em termos de lucro comparada com as outras
Empresas e a média nacional.
30 Panorama da aviação comercial brasileira em 2004

EMPRESAS Receitas c/vôo Despesas c/vôo Lucros


(Em mil R$) (Em mil R$) %
Gol 1.953.673 1.482.629 32%
TAM 4.100.024 3.933.824 4%
Grupo VARIG 7.917.955 7.732.510 2%
VASP 765.291 1.033.193 -26%
TOTAL BRASIL 15.497.114 14.998.357 3%
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

A GOL Linhas Aéreas é empresa low cost low fare (baixo custo, baixa tarifa) do Brasil e
pertence ao Grupo Áurea. A empresa possui seus moldes na empresa norte-americana Jet Blue,
que visa o mercado de quem viaja a negócios mas deseja qualidade e preço baixo. Tudo isso é
possível por causa das reduções dos custos. Terceirizou tudo, do atendimento em terra à
manutenção.
Estas questões resumem a mudança do Poder do Cliente e a nova Concepção do Negócio do
transporte aéreo. De janeiro a abril de 2005 a GOL transportou, segundo dados do DAC,
3.149.505 passageiros, se tornando a segunda maior transportadora doméstica, atrás da TAM, e
superando inclusive a VARIG.
À medida que as prioridades dos clientes mudam. Atividades, habilidades e concepções do
negócio que antes foram recompensados desaparecem na irrelevância econômica. A VARIG
lutou e acabou sendo derrotada porque não mudou, quis ficar com aquilo que deu certo entre os
anos 1960 a 1990.

Superioridade no sentido de atender às prioridades do cliente possibilita a geração de lucros. A


primeira tarefa da alta gerência é entender a direção e a velocidade da Migração do Valor em seu
setor e responder as perguntas:
- Onde, em meu setor, eu poderei gerar lucros?
- Como isto está mudando?
- O que está impulsionando as mudanças?
- O que minha Empresa deve fazer a este respeito?

No caso do transporte aéreo a migração de valor foi no sentido de sair valor da Empresas
tradicionais para as empresas com a filosofia da GOL, já citadas anteriormente.
Por trás dessas perguntas está uma questão ainda mais fundamental:
Qual é o padrão da mudança no que os clientes, precisam, desejam, estavam dispostos a pagar, e
que concepções do negócio respondem de forma mais eficaz a esse padrão em mudança?

As forças externas têm impacto sobre as necessidades do Cliente, a economia e os processos


decisórios. O que surge disto são as prioridades do Cliente.

FORÇAS EXTERNAS CLIENTE CLIENTE


Custos
Prioridades
Tecnologia 1-
2-
Infra-estrutura 3-
Poder
Regulamentações Necessidades

Ofertas da
Economia
Concorrência
Processo decisório

Agora, vale destacar que, em termos de companhias aéreas, estes conceitos de valor como
empresa low cost low fare (baixo custo, baixa tarifa) são válidos em 2006. Daqui a alguns anos
esta concepção de negócios pode mudar.
31 Como as empresas crescem com lucro

A maioria das estratégias de crescimento lucrativo é construída com base na diferenciação que se
baseia em oferecer:

Aos Clientes algo que eles valorizam;


O que os concorrentes não têm.
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

A questão é que a maioria das Empresas, ao procurar se diferenciar concentra seus esforços
somente em seus produtos ou serviços. Entretanto, na realidade, uma Empresa possui a
oportunidade de se diferenciar em cada ponto de contato com seus Clientes, desde o momento
em que os Clientes percebem que precisam de um produto ou serviço até o momento em que não
o desejam mais e decidem realizar o descarte dele.
Certo é que se as Empresas abrirem seu pensamento criativo para a experiência integral de seus
Clientes com um produto ou serviço, ao longo de toda a cadeia de consumo, poderão descobrir
oportunidades para posicionar suas ofertas de maneira que elas, tanto quanto seus concorrentes,
jamais teriam achado possíveis.
A maneira de diferenciar uma Empresa é um tipo de inovação, a incremental ou sustentada,
baseada em diferenciações pequenas, mas de resultado. Esta abordagem pode ajudar as Empresa
a identificar constantemente novos pontos de diferenciação bem-sucedidos. Ela está baseada em
duas partes, que são:
Mapeamento da cadeia de consumo: captura experiência total do Cliente com um produto ou
serviço;
Análise da experiência do seu Cliente: mostra aos empreendedores e executivos como um
“brainstorming” dirigido em cada etapa da cadeia de consumo pode dar margem a numerosas
maneiras de diferenciar até mesmo o produto ou serviço mais trivial.

A figura a seguir mostra como ocorre este crescimento com lucratividade com base na curva do
ciclo de vida da Empresa.
Curvas do Ciclo de Vida com CRESCIMENTO
Estabilidade n
Saturação n

Crescimento n

Estabilidade 2
Saturação 2
VALOR

Crescimento 2

Estabilidade 1
Saturação 1 Obsolescência 1

Declínio 1
Crescimento 1

CRIAÇÃO Morte 1

TEMPO

As curvas de cor laranja mostram como as Empresas crescem, empreendendo uma nova curva de
crescimento após a outra. Com isto são evitadas as fases de obsolescência, declínio e morte. Na
figura anterior a curva 1 é abandonada, sendo seguida pela curva 2 e assim sucessivamente ao
longo do tempo, pois quando não houver nova curva, a seqüência leva a morte, isto é fim da
Empresa.
32 Alternativas para o ciclo de crescimento
A figura que segue mostra diversas alternativas de troca de curva para crescimento, as quais são:

(A) A nova curva de crescimento é iniciada assim que ocorre a saturação da curva anterior;
(B) A nova curva de crescimento é iniciada numa fase intermediária da estabilidade, chegando
ao mesmo valor que a opção (A), somente que algum tempo depois. Com a alternativa (A) o
dinheiro entra antes na Empresa;
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

(C) A nova curva de crescimento é iniciada assim que inicia a obsolescência. Neste ponto o
valor alcançado é inferior aqueles das curvas (A) e (B), ressaltando que a quantidade de declínio
da curva significa a quantidade a menos de dinheiro que entra na Empresa;
(D) A nova curva de crescimento começa quando o declínio já é avançado trazendo consigo uma
quantidade maior de perdas assim como uma dificuldade maior de retomada do crescimento, mas
ainda possível;
(E) A nova curva de crescimento é iniciada ou tentada numa fase avançada de declínio, onde
geralmente não é mais possível crescer, somente prolongar a agonia, conforme mostrado no caso
da VARIG;
(F) Melhor se dar por derrotado porque o prejuízo é menor do que tentar reagir à derrota. Veja,
apesar do valor ser igual ao da criação, se não for menor no caso de haverem dívidas, a cultura
que fez a Empresa chegar até este ponto é o maior passivo da mesma. Corra, aja rápido enquanto
puder, quanto mais demorar, maiores vão ser as perdas;

Curvas do Ciclo de Vida com alternativas de CRESCIMENTO

(A) (B)
Saturação A ( C)

Crescimento A
(D)
VALOR

Estabilidade 1
Saturação 1

Crescimento 1 (E)

CRIAÇÃO
(F)
TEMPO

Agora, na figura seguinte, é mostrado como fez a Volkswagen no caso do FUSCA, quando em
1986 retirou o mesmo do mercado, abrindo espaço para a Família composta por GOL, Parati e
Voyage. Esta realidade exemplificada no gráfico permite as considerações a seguir:
33
- Mesmo com a força da presidência da república, veja a diferença entre a curva verde do
automóvel GOL e a curva laranja do relançamento do FUSCA!
- COMPROVE! Faça as curvas de valores do FUSCA e do GOL entre 1993 e 1996;
- Porque será que a Volkswagen é uma Empresa saudável em fins de 2006 e a VARIG já foi
leiloada?
- Como e porque seguir exemplos reais que deram certo?
- Como e porque não seguir exemplos reais que deram errado?
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

Estas análise e considerações devem ser feitas racionalmente, pois assim é que se raciocina em
termos Empresariais. As emoções e sentimentos devem ficar nas questões pessoais como futebol
e demais relacionamentos íntimos. Quem trata a Empresa com estes sentimentos e emoções
aumenta muito o risco de entrar aceleradamente numa curva de declínio, rumo ao passo seguinte,
conforme mostra a figura.

Curva do Ciclo de Vida do GOL

Curva do Ciclo de Vida do FUSCA no BRASIL


Estabilidade
Saturação Obsolescência
VALOR

Declínio
Crescimento
MORTE:
Retirada do
mercado
CRIAÇÃO Ciclo Natural - MERCADO Ciclo Forçado

1950 1960 1970 1980 1984 1866 1993 1996

A repetição da fase de crescimento


A fase de crescimento, compreendida entre a criação e a saturação, deve ocorrer de forma
repetida.
Conforme já citado, a chamada vida útil de uma concepção de negócio bem-sucedida está
ficando cada vez mais curta. Isto é medido pelo tempo da fase de estabilidade até a
obsolescência, que em meados do século passado era de 30 anos ou mais, tem ficado reduzida a
um intervalor de 3 a 5 anos, neste início de século XXI.
Esta repetição é o que as Empresas líderes seguem para alcançar e se manterem em crescimento,
formando os ciclos de crescimento.
Muitas Empresas completam esta fase uma única vez, ficam satisfeitas com o sucesso e seguem
trabalhando somente para manter a estabilidade na execução do seu modelo negócio atual. Desta
forma o único objetivo é tornar-se melhor naquilo que já é feito na concepção de negócio
vigente, sem busca de entendimento e satisfação das prioridades dos Clientes, que
freqüentemente estão mudando.
No entanto, toda concepção de negócio bem sucedida, não importando quão bem executada seja,
acaba sendo vencida por uma nova concepção mais adequada às prioridades dos Clientes.
A Empresa corre o risco de não repetir a fase quando os empreendedores e/ou altos executivos
estão satisfeitos com o “status quo” atual. Eles acham culpados, que não sejam eles próprios,
podendo ser fatores fortuitos, reclamações do governo, da situação mundial ou então de outras
pessoas a quem pode ser atribuída alguma responsabilidade. Ainda mais, de preferência alguém
ou alguma coisa que não possa contestar a culpa recebida.
34 CUIDADO!
A história dos negócios está repleta de relatos sobre empreendedores que “tropeçaram” em uma
grande idéia, a qual se tornou a pedra fundamental de uma Empresa de sucesso. Assim
permaneceu enquanto não houve alteração nas prioridades dos Clientes em relação aquele
negócio. Quando ocorreram alterações, a Empresa deixa de existir, morrendo junto com o ciclo
do produto.

Uma concepção de crescimento contínuo e lucrativo está fundamentada na repetição da fase, na


Autor: Jair Strack - ID: Jairs

constante de auto-análise e “reinvenção” do próprio negócio.

Esta fase muda, principalmente porque:


- O tempo de duração da vida útil, não só dos produtos e serviços, mas também da própria
forma de fazer negócios estão ficando mais reduzidos comandados pela evolução dos Clientes;
- A concepção é copiada pelos concorrentes em pouco tempo;
- Existem inovações que trazem novos conceitos que substituem os antigos.

Exemplos de Empresas que usam estes conceitos para se manterem líderes neste início de
século:
- MUNDIAIS:
HP, 3M, Motorola, GE e Gillette;
- LOCAIS - Brasil:
TAM, CLUBES DE FUTEBOL a partir de 2000 até 2007 (São Paulo e Internacional de Porto
Alegre), Gerdau, Lojas Colombo, Casas Bahia, Grupo Pão de Açúcar.

Ao longo do tempo verifica-se que longos períodos de estabilidade dão origem a grupos de
interesse corporativista que baixam a eficiência e o dinamismo das Empresas.

A concepção de negócio lucrativo exige uma liderança atuante e eficaz para equilibrar a
necessidade de obtenção de resultado a cada momento atual e, ao mesmo tempo, a preparação de
mudanças futuras.

Num momento inicial a mudança desestabiliza a Empresa. No entanto, certa dose de


instabilidade funciona como um remédio, mesmo que seja amargo, de que as Empresas precisam
para trabalhar com práticas flexíveis de previsão e adaptação, sendo que desta forma pode se
adequar às mudanças dos Clientes refletidas no mercado.

A previsão significa encontrar a nova concepção de valor emergente, não apenas a melhoria e o
refinamento do modelo atual. Enquanto a primeira nova concepção significa crescer em saltos,
tanto pequenos como grandes, enquanto que a segunda opção melhoria e refinamento, implica
em crescimento contínuo, com maiores ou menores avanços, representados pela inclinação da
curva de estabilidade do gráfico. Vale relembrar que não importa a forma de crescimento
contínuo, pois uma nova concepção acrescenta mais em menos tempo. A figura ilustra as duas
formas de crescimento.

Crescimento contínuo pode ter melhorias constantes na sua forma de execução em busca da
excelência. Muitas Empresas conseguem isto. A VARIG, por exemplo, era excelente e conforme
consta no histórico anteriormente citado, em 1961 “Competindo com a então poderosa PAN AM,
a VARIG saiu-se muito bem, com um serviço imbatível para a época”. Vale lembrar a resistência
em mudar de ambas a Empresas, a luta que a VARIG empreendeu para sobreviver buscando
muitos meios, mas não o da mudança da concepção do negócio. Ambas VARIG e PAN AM não
existem mais. Após ser leiloada em 2006 a VARIG, com novo proprietário está mudança a
concepção de negócio.

As diversas formas de crescimento contínuo representadas pelas curvas A, B, C e D por mais


esforço e investimentos acabam sendo ultrapassadas pelas novas concepções, através da criação
de novas curvas de valor, conforme mostradas em laranja. Mesmo prolongando a estabilidade e
imprimindo crescimento à mesma, a obsolescência acaba se impondo e o declínio acontece.
35 Vale destacar que:
- Entre novas concepções, a curva de estabilidade pode apresentar crescimento de valor,
obtendo-se desta forma o melhor das duas formas de crescimento, característico das Empresas
vencedoras de alto crescimento;
- O tamanho de cada crescimento, representado por nova curva de crescimento
normalmente apresenta acréscimo de valor diferente uma das outras, sendo que até pequenos
crescimentos são obtidos em muitos casos, mas isto não impede que o ciclo seja continuado e
novas concepções sejam realizadas.
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

CRESCIMENTO: NOVA CONCEPÇÃO x CONTÍNIO


Estabilidade n
Saturação n

NOVAS CONCEPÇÕES 1,2,...n Crescimento n

CRIAÇÃO n Estabilidade 2
Saturação 2
VALOR

Crescimento 2

CRIAÇÃO 2 Estabilidade 1
Saturação 1 Obsolescência 1

Crescimento 1 Declínio 1

CRIAÇÃO 1 Morte 1
TEMPO

CRESCIMENTO CONTÍNUO D
VALOR

Saturação 1 B
A
Crescimento 1

CRIAÇÃO 1
TEMPO

A adaptação, por seu lado, juntamente com a previsão anteriormente tratada, conduzida de forma
rápida e eficaz gera produtos ou serviços, estrutura organizacional e modelos de negócios
ajustados às prioridades do mercado.
Vale, por fim destacar, que as maiores barreiras de crescimento lucrativo estão dentro da própria
Empresa. Paradoxalmente, as Empresas que se tornaram muito boas em algum aspecto tendem a
resistir mais as mudanças que aquelas que não chegaram a um alto grau de excelência.
Normalmente os que mais resistem são os empreendedores ou executivos da alta direção ou
entorno dela. A superação dessa resistência natural é o maior desafio. Lembre-se do caso
VARIG.

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Jair Strack - Registro 21255 - ID jairs


36 Como manter o foco no lucro
A característica comum as Empresas que operam na zona de lucratividade ao longo do tempo é
seguir o padrão de comportamento de mudar a sua concepção de negócio freqüentemente,
mantendo o ciclo de crescimento lucrativo, conforme o item anterior.

Esta mudança de concepção deve ocorrer um ou dois anos antes de se tornar de tornar uma
necessidade econômica para a Empresa ou exigência do mercado. Desta forma, a mudança pode
Autor: Jair Strack - ID: Jairs

ser planejada e realizada antes que os concorrentes, permitindo que a Empresa tome ou
permaneça na liderança.

Algum tempo depois a concepção é copiada ou surge uma equivalente que interfere na
lucratividade obtida até então. Neste momento está chegando a hora de proceder a uma mudança
para uma nova concepção.

Outra característica importante destas Empresas é a inversão do raciocínio convencional sobre a


participação no mercado, pois elas normalmente abrem mão da questão de aumento de a
participação no mercado é o melhor caminho para garantir a lucratividade.

A filosofia dos empreendedores e executivos das Empresas líderes segue uma lógica diferente,
na qual o processo de planejamento começa por saber onde estão as oportunidades de lucro no
seu setor de atividades e como conceber um modelo de negócio para aproveitá-las.

Observe bem! A diferença está em que o processo de planejamento não inicia pela tentativa de
aumentar a participação no mercado. Isto vale para as grandes Empresas como para as pequenas.
Muitas vezes o novo jogo dos negócios tem sido desorientador para os empreendedores e líderes
porque é diferente do existente anteriormente. Constitui-se de um conjunto novo e
fundamentalmente diferente de pressupostos sobre o que é importante, conforme o quadro
seguinte.

A mentalidade vigente na Empresa precisa se concentrar e focar em atender onde está o valor de um setor
atualmente e onde estará no futuro.

Exemplos:
Coca-Cola: A atividade principal (venda em supermercados) fica no ponto de equilíbrio, sem lucro nem
prejuízo, sendo que os lucros são buscados em outras áreas ao longo da cadeia de valor.

Setor de informática e eletrônicos: Criar e manter liderança de um a dois anos sobre a concorrência;

DELL: Domínio da logística e cadeia de suprimento para oferecer produto de customização em massa e
qualidade no serviço (pós-venda e garantia). Recentemente incluiu outros produtos acessórios ao
microcomputador no processo.

GE: Obtenção de lucratividade através de acessórios, serviços e financiamento já que a margem dos
equipamentos produzidos é pequena:
Um caso a lembrar é que a GE aproveitou a questão de fabricar turbinas de aviação para entrar no mercado de
manutenção de aeronaves como serviço terceirizado com abrangência mundial, reduzindo os custos para as
Companhias Aéreas.
37 As novas regras do jogo
Certo é que as regras de negócio mudaram muito e continuarão a mudar significativamente no
futuro com velocidade ainda maior.

Você lembra de Empresas como a VARIG (enquanto propriedade da Fundação Ruben Berta),
MESBLA, HERMES MACEDO, Casa MASSON (Porto Alegre), MAPPIN (São Paulo).
Certas verdades deixaram de existir sendo substituídas por outras que exigem uma nova forma
de pensar e agir. Isto caracteriza a uma nova regra para um determinado setor. Estas novas regras
são trazidas pela inovação e superam as existentes, mesmo que quando estas são executadas com
excelência.

Qual a nova forma de pensar? Esta nova forma de pensar deve ser buscada no mercado, nas
prioridades dos Clientes, através do estabelecimento de novas formas ou curvas de valor
reconhecidas por estes Clientes. Esta é a regra básica que não pode ser esquecida pelos
empreendedores ou executivos líderes.

Esta nova filosofia de pensar e agir traz um trabalho contínuo, pois quando existem várias
concepções de negócio para obtenção de lucratividade em constante mudança, constitui-se um
ambiente mais difícil de controlar e compreender. As variáveis a registrar, acompanhar e analisar
revelam cenários mais amplos e que exigem mais dedicação do que a simples conquista de maior
participação no mercado.

Acrescente-se a isto a necessidade de conhecer os Clientes neste cenário requer muito mais
trabalho, pois existem vários tipos de Clientes heterogêneos os quais estão mudando o tempo
todo.

Todo este processo contínuo traz enormes vantagens competitivas e recompensas para quem o
pratica. Estas Empresas são bastante lucrativas e apresentam a vantagem de estar à frente da
concorrência, pois realizam as mudanças antes em seu setor, estabelecendo as regras de negócio.
É importante destacar que antes de década de 1990 era mais difícil a inovação dos modelos de
negócio. Atualmente, nesta primeira década do século XXI a criatividade a agilidade na
concepção de negócio é e se tornará no futuro muito mais importante para a sobrevivência e
crescimento das Empresas.

Ao serem analisadas as concepções de negócios criadas recentemente, percebe-se que cada uma
delas possui características específicas em cada setor ou ramo de atividade.
Quando à vanguarda é ameaçada pela cópia, inovação ou pelos novos entrantes, as Empresas
líderes criam uma nova concepção de negócio para a próxima evolução. Desta forma fica
estabelecida uma nova regra de negócio em que a Empresa que a estabeleceu possui um tempo
de exclusividade para conquistar os Clientes mais importantes e lucrativos do setor, aqueles que
proporcionam um influxo de lucros maior.

Isto vale para as Empresas líderes mundiais como a Coca-Cola, a Disney e o Mc Donalds como
para as Empresas de bairro como as padarias e lojas de confecções. Mesmo estes pequenos
empreendimentos que “dão certo” possuem estes princípios, ainda que de forma intuitiva.

A padaria da quadra do bairro onde moro apresenta os seguintes diferenciais:


· Pão de qualidade diferenciada;
· Atendimento rápido;
· Tenho certeza que compro só o pão que necessito.

Por estas questões ela tem uma clientela constante e fiel.

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