Disciplina: Histria do Desenvolvimento Capitalista

Docente: Victor Pelaez

Discente: Andr Pressendo Mendes
Texto: Captulo 6 Compreender a trama. In: Como se escreve a histria; Foucault revoluciona a
histria. 4 ed. - Braslia: Editora Universidade de Braslia, 1998. 285 p.
Autor: Paul Veyne

FICHA DE LEITURA
O autor comea a exposio afirmando que a histria no se contenta em to
somente ser uma narrativa documentada, mas, ela deve explicar um fato histrico dotado de
sentido. Ou seja, trata-se de uma narrao organizada em uma trama compreensvel. Ele
argumenta que no se trata da explicao objetivada pelas cincias, que atribuem um fato a
uma teoria ou princpio. Mas, a explicao familiar entende a histria no como um jargo
ou uma lista cronolgica. Assim, a explicao histrica nunca cientfica, mas, uma
compreenso da ao humana e suas motivaes. Afinal, ela no pode deduzir e prever,
mas, apenas resumir as causas, os episdios da trama.
Segundo o autor, o historiador busca compreender o acaso (ou causas superficiais),
as causas (dados objetivos) e a liberdade (a deliberao). Ele nega a relao
determinista/materialista,

baseada

na

relao

estabelecida

por

Karl

Marx,

entre

infraestrutura e superestrutura. Ele afirma que enquanto houver homens, no haver fins
sem meios materiais e o acaso existir apenas pela ao humana.
Adiante, entra-se no estudo das concepes da histria onde descreve-se o
materialismo de Marx, reiterando-se que os homens so produtos das condies objetivas
estabelecidas e que h uma questo central a ser resolvida: como compreender a relao
dialtica entre infraestrutura e superestrutura? Ele argumenta que esse um falso problema
e que os homens so tomados por aes dotadas de certa racionalidade. Por outro lado, ele
distinguiu o acaso das causas profundas. As segundas, conforme a intuio inferiria, dizem
respeito a causas difceis de serem percebidas, as que resumem a toda a trama. No
entanto, as causas no so variveis de uma equao. Afinal, no se pode ter certeza de
que elas tenham relao direta com o fato percebido. Nesse ponto, ele coloca o acaso como
algo improvvel e aleatrio.
Por fim, o autor argumenta que a histria no somente tomada por causas
profundas. A realidade no racional e a as grandes linhas da histria no so didticas. A
histria cheia de possibilidades frustradas e de acontecimentos que no ocorreram. Ele
finaliza dizendo que o mrito do historiador no ser profundo, mas, ver a histria com
simplicidade.