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0 0 Fate wm ‘foto 196 thai monies PN eae ‘eta 204 Pa Coma . ar oa een reentry Frc en 30 Tg Gipats r De ie a rs e (ceguls ct etn ae Ter a it BN Tans mpafa 2 Copate inate 2.cromta ana 4 Spas Sais Te Hose aun coo Tete ri at tooo |g" [ligt de ie ey alo eek cans Cake Hata 34 (anlar a Rare ain Isis Stade =P ead (te omc fr 38-4080 | Stine Stet wt A estan ta Das we aro 2 mesa de Lye rar ena pig de song bis ‘hate een por is geo mas eroaions gras ave, ro Uma Tenrariva DE DerInicio bo Esraco ‘vando re etd mais preacupado com a geografia em si mesma como cinciaformalizada e pouco ou nada com aquilo que 6 ra realidade, seu objeto de estudo, on sea, oespagn,corre-sc 0 rand reco de cai no erro eondenado por Durkheim (1898, 1962, 10 aos socidlogos do seu tempo, o erro de trabalhar Dunmn 4 Groceart ou © Eseaco? © problema € aqui o da definicko do abjeto de cada disciplina ‘no universo do saber. No easo da geografia, chegarse a esse objetivo ‘apresenta um certo nimezo de riseos, mas nenhum é mais grave que (0 de confundig, nese exerccio tedrico © metodolégico, a eigncia ela ‘mesma € 0 seu objeto. ‘Quando, em 1925, De Martone se referia 20s lagor de nossa lisciplina com os demais ramos do saber, fzia,sobrctudo, alusio 3s ‘ages entre eas outrascincias © a geografia, ao invés de preacu [parse com as rclagdes entre o abjero da Reografia, que € 0 espao, © i i 3 ‘0: outros aspectosrangivet ou nfo da realidade social. Tal posigio conus, secemariaments, + ma fala interperagio. O que se uct onhecer, por intermédio das ciéncias particulars, so os diverson aspect da relidade que compete estudar globalmente. Bo corte ‘conhecimento dos diversos aspectos desatelidade que nos pert, 1 um dado momento da evolugdo do pentamento lence, defini tmelior cada aspect, puealelaments, oda realidad. Tal pperagio em si mesma, mulipicadors, porgue cada nova sintseobvida per ite, quilmente, um novo avango no trabalho analiico e vice-ver. Devgracadamente, porém, de todas a dscplinas soca a geografia {oi que mas se ateasou a defini do se abjetoc passou, mesmo, «8 gligenciar completamente esse problema ‘Um don gedgrafos mus illuentes dos Estados Unidos pelo vigor de sua vocagio come tesco, Hartshorne (1939, p. 374), anseverou ‘que “a geografiadeveria ser defini antes pelo seu meétoo proprio «particular de aproximagfo ode enfoque do que em termes dose objeto". 0 ysdgrafo francés Le Lannow fo mais lenge para ait ex ‘eqoricameme, que a geografia era unicamente “um ponto de visa “Tal forma de definir (ov alo defini) 0 campo de interese da ‘seografiaiflenciowo julgamento de nossa discplina por outros es _peilistas. Em 1969, o pe6log P Rat, exrevendo sobre a geoseai, dls oseuinte: “pode se diver que nic hi laos geogriicos, mas urna ‘maneca geogrticn de considera ead conjunto de ftos””. Masha ot ‘ie, como CR. Dryer, pensam em remos de distribute dis coisa sobre a face da terra mas também no seu content (ver Freemann, 1961, p. 7) ‘A multiplicitde de definigdes da geogeais et, assim, longe de indar o seu préprio desenvolvimento, F Lakermanm (1364), pot ‘cxemplo, pensa que ners conteido nem o métod sto coisas impor ‘anes e que a goograia se define plas quests que colocn(citado por Minshull, 1970, p. 11), Bess quests scram, pura o gegrafo ings ‘ad pe Mare 097,19 “Clements Markham (1905, p58), a sepuines; “Onde esd ito? Que ato? Quando sto a pasion?! Reproduzie wma lita de defines da geogratia€ sempre cansat voy talvezcontaproducente Se uma cincia s define por seu objeto, erm sempre a dfinigdo da dsciplina leva em cones este objeto, Este 4, parieularmente, 0 caso da geografi, ew prencupacae com o seu ‘objeto explito ~ 0 expago social ~ fl sempre detxada em segundo plano, Insistimos em qu ea falha¢ uma das casas do wow stra fo campo tedrco-metadologico € tem responsabilidad pelo seu ‘solamento. Insistimos em que ao pode haver progrerso cietlico ‘sem meditacio + propésita da forma coo o diferentes aspectoe de realdade so etudados 3. ASA "A grains a doen, oe ds pa teioe tonne eta pics cmap pros cons es ‘Emme mel a hme De Manone“ rasta ds per Nt Aa im a hagas ‘nso me ‘noni Aa ue, Cos de {fa rvs Sr abs dn a frm macys eter re ‘Ste seaman werner a Ne Brg de eee ‘im Tati Carat Gan hae nF Ch “epee {ae eg Yee {ele ponte Ls Capa 7 “tq ciara pose ‘nde ats aapxadodc Nov oe oe ‘fader oma sneer Hs vs dn hse eine ar sp wcrc + neti’ i a uma ne ne in mh sno OE res as pa de acne a hon dt psn Sodom AS nan A sociedad, que deveser,Snalmente, + preocupagio fundamental de todo ¢ qualquer ramo do saber humane, & ma sociedad tal. ‘Cada citacia particular se ocupa de um dos seus aspects. O fata de sociedad ser global consagen o peincp da unidade da cgnca.O fata ‘ees realidade total, qué 6 sociedad, nose apresentar a cada um ‘de ny, ex cada momento e em cada lagu, eno album ou alguns dos ses aspectos, jsf existe de dciplinaspariclars so io desis opencipio da unidade da cic, apenssentroniea outro Principio fundamental, que € 0 da diviso do trabalho cienicn. Deacordo com P Fess, (1976, p. 11) uscd um he deci da acs. cone ic, ‘tiie seconde Ca cn pat oy rel ph ‘cer dtm i nie Cada en ne gear eipcn, anes tna ror A panini poses des bag ems uo ‘Sic fp parm gan uma pag cae oe Sect nl gs oe pss Popa Em sociologi cube a Sime! (1894, 1898), dente outros, ealiae um grande eforgo para delimitaeo objet, dandoth, asin, contr os diferentes daquelasoutas displinas humanas. Em eografia reocupagio com os pricipionc as lasiiagtis fer com que forse perdido de visto proprio come do qual deveria cewparse acini Fecentemente cada [io se trata, assim como esceeveu E. Durkheim (1900), de se querer dar lites muito pecson a uma ciéncia “porsue a pate de realdade que cla se prope extudac jamais €separadn das oust por uma delitago precisa. Na cealidade, cada coisa na natura ‘encontra-se uni com as outas de al manccs que a io pode ha ‘er solugio de continidade eer as diferentes ifacia em fomteicas muito precisas". Mas se mio se € capa de recoahecer © dino de uma ign, podese cae naquilo que Darks flava cm reli rosiologia © petigo de ver sua eners de ac entenderse ao infiixo (1900, 1953, 179). (© Promisn ma Avronosaa tous Cosconas AnaLnCas ‘A eativa autonomia de cada discipline #6 pode ser cacontrada enero do sistema de ciaciasenja coestncia € dada pela propria tunidade do objeto de extudo que é sociedad total. Mas, + cocten- ci de cada diciplina particular também exige a consrugio de um ‘sistema que Ie ej particular ou espeefc, formulado a parte do conhecimento previo da pacela de ealidade socal eonserada como ‘uma totalidade menor Bsa paola ou aspeto da vida social assim considerado vem sero objeto de cada dicplna particular. Sem essa tte, nem meamo exarlamos em condigdes de saber aquilo que ‘Stamos estudando e queremasconheoer melbor, Em nosso caso particular stsupdeo econhecimento de um objeto propri 20 estado peografico, ma iao ao bat. A identiicagao do ‘objeto seed de pours sguiayso se nao Formos eapazes de deBnirthe [a categoria fundamentain Sem nenhuma dvid, a cateporas sob tm dngulo puramente nocinal muda de egieagio com a hist ‘ia, mas clas tambéonconstitucm uma Bate Permanente, por isto ‘mesmo, us guia permanente para a teorizaeso, Se queremos aleangar bbons resultados nest exerci indispensivel, devemos centalizar rnosas pecocupastes em torna da categoria ~ empago ~eal qual cle s€apresenra, como um produto hstren. Sao os fatos referentes & tenes, ao funcionamento 8 evolugfe do cspago que nos teres em primeieo lug’. Ainterpretaio de espaco esta nese ou Se fncionainent © sua volugio depend de come fagamos antes a correta defini desu ea ‘egociasanalicas, ema ual esariamos impossibitades de deem bar todo através de um proceso de anise, pura econstrlo depois através de um proceso de sntese Sem iso, io sera mesmo possivel Petar em trabalho inerdicplinan porque no teriamos o« mos para ‘ecomhecer, em nda ocasio,qunis as outasdsiplinasciensfias que 2 Aegean pode enw nt nda om ya He ee in ‘itm eee, rs ep en aaapda fate cpm prs pu ee on 178 8 & poem virem nosso aie tare nos uma colaborago. Que tipo de SolabasSo pode cada una dela nos ofrecer? Que uso pxemos fazer ‘de cos cosinamentas? Em outaspalaras, nfo si tos a ciéncias particulars nem tod una enc particular que entra como cm ponent da nerdscplnaridae prin a cada outa cnc ‘Come a ralidade € uma toraidade em permanente movimento ‘emodang, a ba das dsipins que patcpam da claborasso de ‘om enfoqucintrdisiplinae ett sempre mudanida. Bes x far tnt por e1abe bjetivas como por motivo igados 40 jlgamento do pet ‘guido. tists das eaxdes por que a ciéncias que colaborum pa ‘construgio dem método interdtiplina ets sempre madando vaste damosagui apenas alguns dos seus elementos como: a) 0 progress centico, responsivel de um lado, pela cago de novas discipline, de out, pela evoloio das ji exiemes 6) 2 posigao loss idcoligiea, do pengisador que vi guiaehe ox mecaniamnos de escola: «propia visio do objeto de sus dxplina fa por cada esquiador;¢} © momento histrco que Ihe suger atribuic Ihe aioe fou menor énase a tal ou qual agpecto se bem que confiaedemasiad mente nos aypectoscopiunturas em detrmenco do aspect etratul ‘constitu um grande nso, isco de deformar a realidad cuj imagem se desea reproduziccorrtamente, 'Ndo poi, df estabelcer se uma rlagio~ qu € ea ~ entre 1 imerdiscplinaridade e« epistemologa propria a cada cfncia. A sristemologa ¢ um tflexiofilosfica particular #eade domo do saber. Emora no sea imutvel, ela fanciona como uma espécie de _rendarme, deal forma que 0 wo de ingredients de crigent matiplas ‘lo confundeo especial the permite mantersedentra do Ambito desu pris hiss sono signifi, Forma alguma, que obeto| de cada dscipina parsiulaseja algo de gio, incapaz de evolire de ‘moda O grande mito de uma ieedisiplinaridade bem etendida que, 20 mesmo tempo que ela diipina 9 trabalho incor a ex ‘nei particulary, est aempee«abriche novos ceminhos gracas 20 Plata de rendne como oma conto pare que un mercado de ‘ato diferencia se marten, Deseo, rpag ote papel fundamental na eruturagso socal, peo fato de que ce colabo- fou na reprodugio das rlagées sociis. Dai porque Calabi e India 18) afiemam que “a organizagio de territrio nko € apenas vel, mas, até certo ponto, wm dado de priprio proceso ‘spialias ‘ ‘© exame da conjuntua espacial, ej na cidade Sea em outea fr ‘slo qualquer do espace teal, nos permis chepar ds mesmar conch: ‘Ses. © papel ative doespago na evalua social inopfve, Podemion at repets com Paul Viel (1974, p. 30): “quando se considers om ‘procesos ccondmicos «soca, oexpaga 6m realidad, uma dimen sto dos mecanismos de tansformagto, da pritia dos grupos tor ‘de suas selagOes cle contin a produ reprodui, transformar os ‘modos de produsio. O espago é assim, ua dimensio ativa no devie ds socieades Por tudo iso eromos 0 dirito de afrmar que oexpaco spe de ‘um papel prio, bem especfio, exclusive, nema mutacdo? ‘Sea cada transformagio no conjunto das eelagies socials cxpaso _acompanhass as mudangas que conlicem as otras esrurues soci ‘eae adaptasc imediaeamente As sas necesades de funcionamento ‘ptinnon, le nio teria senio wm papel passvo, Mas aquela ier Alinsimica de que o espago édotado Ie aszeguts, antes do mai, a ten dencia a reproduzir a esteutura global qu Ihe den ovigera a0 eso ‘tempo em que se impbe a essa eprodugio social como uma mediagso {ndispensvel que s vezes aera © objetivo nici ou Ihe imprizne ua ‘orienagio particular’ © pape especifico do expaco como extrutuca da sociedad vem, nue outrasasces, defato de que as formas geogifias so drives, or isso mesmo, plas énicar que eas encarname as quis do corpo, {sto pela ua propria exstnca, ela se vestem de wna finaidade que 2% ‘At semi ydedt nis b a te dev ie Siete ste nari urea cadets weenie Sienna eae hang rginariarenteligada, em repr, 20 modo de produc precedente sa atum de seus momentos. Assim mesmo, 0 espago come forma no deme ag, um papel antasmaprico, pit vaio 0 io periodicamentesevivfcados pelo movimento social ce diverse das formas em geal que elas se metamorfoseiam em formas quando o conto muda ou quando muda a falidade es hava dado orig. Com forma espacial, a questo €dife- "Pode se adicionar lie uma ours forma nova, pode-se adapta, 130 impose dest esubsiut-la completamente, Mas neste cso to seré mais mesa forma, ha formas cspaciais sa resstentes 8 mudanga socal © wma das ses dso est em que ela lo tambéra ou antes de rade matéria. O itridio é também existent i madangas. Segundo G. Lukes F125) “osntema jurdico se impoe tos acontecimentosparti- id vida social sempre como ago determinado, de exatamente portant, coma um sistema imével"- Mas suas formas, em- ra congeladay, a slo nem materials, nem fixas, como as formas esa por oto lado, i jamais um produto tering, ern i anak ‘ona dc un clement sem importa xo 0 7 As for pac ciadas por una peng os herdadas das procalene, Jeno crate gular o fate de que como forma mater, Siapoce de urna sutonomin de comporcaenta, mas cla utonomia dexter hes negra natal ogl, car de eo em lah com nour Gdo da vi scl av amis sed wm oso ome: propriedaes de uma cis. Tepes er Citar dees ome ero td on em Din 5 9 ema te cana Mette (970 15 ain dew ps een de ‘nade dds epee ma ony ee ee ‘Dicaeatlct pram cocntr sate cnkors wens border ‘ito at oma” F ropriedades; estas so, anes do mais, suas relagBes com as outras ‘ois |] mas segurament a propria coisa [..] av a propriedade de provocir ese ou aquele feito em uma outra coisa e dec exteriorcay, ‘assay tlagdes, de uma mance original ‘© espaso, sobretudo em noxsoe dias aparece como wma unidade saciga eso 6 base de sua eapecificidade como mereadora. Ele sur, fe, cntio, como uma mercadoria dotada de indivsibidade, pots ao ‘nfraesteuturas, por sua propria nature, no slo descontinuss ‘A proptnit das vas férease das grandes construgbes, Marx ‘ia no capitloinéito de O Capita edict francesa, 116) gee eas ‘se apresentam como uma mereadoria nica, pois na acitam dived ‘mética". Em ourraspalavcar, nenhurma medida pode ser validamenne aplicada a uns qualquer de suas feages.Da mean forma que, dents 4o espace urbano tral, no se pode avalar isoladamente uma rsa asfaltada, uma outra encascalhada ¢ uma outta arériainteiramente demos: fer, 06 serum ftor, significa que se objeto 040 de um proceso, A palavea proceso & em si mesma, um Outro para 6 tempo que pass ELSTON cates tees end emerge Seder (Tecmo cea (arch, 6h & “serutura soil como as demaisinstncas da sociedade,o epage Aisa, também, de um certo némero de carsetctticas parcel, «que fazem dele algo diferente no conjunto das inxtincas soca, Segundo Henti Lefebvre (1974, pp. 88-89), ‘sry ci no us ig nr 8 stg pdt gle em xpos selec scons produ, ecompren trie ncs eee a social easegurs ‘suroncmia (elativa) de seu préprio deseavolvimemo e, de secre {ado ajuda a reconhecer em um momento dado a cxpecfeidade de sey _eépria exinfnciahstrca. Eexatamentea iso que Kusmin (1924, 9, 73) chamou de “logics especifica da coisa especifia” “Teresina Parte _ OR UMA GEOGRAFIA CRITICA

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