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Pa v TeéxTO 10 1 1 Elaboragao de Referéncias Bibliograficas A sociedade funciona no bojo ce um ntimero infinddvel de discursos que se cruzam, se esbarram, se anulam, se complementam: dessa dinémica nascem os novos discursos, os quais ajudam a alterar os significados dos outros ¢ vdo alterando seus préprios significados (BACCEGA, 1995, p. 21). 1-Conceito e caracteristicas da NBR 6023:2002 A NBR 6023:2002 da ABNT, baseada nas normas ISO 690:1987 e ISO 690/2:1997, que substitui a norma anterior NBR 6023:1989, trata da normaliza- cio no Ambito da documentagio e das referéncias bibliogréficas. A propria norma especifica: ‘A Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Férum Nacional de Nor- malizaco. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comi- tés Brasileiros (ABNT/CB) e dos Crganismos de Normalizacao Setorial (ABTN/ ONS), sao elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros). Ainda que sujeitas a criticas e discordancias, so essas normas o parametro oficial obrigatdrio, no Brasil, para todos os envolvidos em atividades cientificas, técnicas ou académicas. Elas so internacionais, e estdio em vigor nos meios técni- cos, cientificos e académicos de todos cs paises do mundo e nao ha como ignord- las, mesmo discordando ou criticando as falhas existentes em sua elaboracio. [rex OF | a 11.4.3 Esquema com numeragao de pagina A) Elementos preliminares ou parte _pré-textual 1. Capa. . Folha de rosto sem numerago . Ficha catalogritica . |. Folha ou pagina de aprovacao... . Dedicatéria ‘Consideradas, mas nao numeradas . Resumo em lingua vernécula . Resumo em lingua estrangeira 2 3 4 5 6. Agradecimentos ... : 8 9. . Lista de quadros, tabelas, siglas e anexos .. 10. Sumario... B) Elementos textuais, corpo do trabalho ou parte textual 12, Introdugio, 13. Capitulos 14, Conclusdo 15, Sugestdes e/ou recomendagées ... Inicio da numeragdo em alga- rismos ardbicos em continuagdo as folhas anteriores, indo até 0 C) Elementos pés-textuais ou parte referencial | final do trabalho. ) sem numeragio 16. Referéncias .. 17. Glossrio 18. Anexos... 19, Capa final ecw RS SATS, T2EqUzAS ESTEVAN DOS. MANLAL De MérODOS € TONEY = wrrERor, RI: DE PESQUESA GENTAIA, 6 ED. REV. AVAL. € AMPL. ~ VE 05, R. aoe ImPEMS , 2009, p.286-267, Hh. 287 2/3 11.4.4 Disposig&o grafica de monografia at “LISTADE AN:X08. i APENDICES: __[senrmes LUSTADE QUADROS esuMO 150 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Medeiros 2 Regras de apresentagéo ABR 6023, de agosto de 2002: * fixa a ordem dos elementos das referéncias bibliogréficas; * estabelece convencGes para a transcrigéio e apresentacdo dos elemento das referéncias bibliogréficas. ‘ Areferéncia bibliogréfica pode aparecer: * inteiramente incluida no texto; * parte no texto, parte em nota de rodapé; * em nota de rodapé ou de fim ce texto; * em lista bibliogrdfica, sinalética ou analftica; * encabecando resumos ou recensdes. Se inteiramente inclufda no texto, a referéncia aparece entre parénteses, logo depois de uma transcricao direta ou indireta, ou logo apés a citacéo do nome dea um autor. Se redigida parte no texto e parte em nota de rodapé, deve aparecer’ | no texto o nome do autor e, no rodapé, o nome da obra e os elementos de im- prenta. Se composta no rodapé ou no final do capitulo, ou da parte, ou de todo o texto, aparece no texto um ntimero que remete ao texto da nota. Se composta em lista bibliogréfica, sinalética ou analitica, hd um numero que remete a uma lista numerada, com as indicagées referenciais bibliogréficas. Pode, ainda, aparecer impressa no infcio de um texto, como resumos e recensées, ou numa listagemi, ordenada alfabeticamente pelo sobrenozne, ao final de uma obra. S&o elementos essenciais de uma referéncia: * autor(es); * titulo e subtitulo (quando houver); * edicao; * local; * editora; * data da publicacao. Os elementos complementares nas referéncias a livros sfio: * ilustrador; * tradutor; * revisor; * adaptador; compilador; Elaborago de referéncias bibliogréficas 151 niimero de paginas; volume; ilustragdes; dimensées; série editorial ou colecao; notas (mimeografado, no prelo, nao publicado, titulo original); ISBN (International Standard Book Number); * indice, Nos trabalhos académicos, costumeiramente sio indicados apenas os elemen- tos essenciais; os documentos mais utilizados nas bibliografias desses trabalhos, de modo geral, so: * livro; capitulo de livro; dissertagio de mestrado; tese de doutorado; revista; artigo de jornal; * arquivos eletronicos; * filme de video. ‘Ao apresentar modelos para referenciar monografia no todo, a NBR 6023:2002 inclui livro e/ou folheto (manual, guia, catélogo, enciclopédia, di- cionario, entre outros). ‘Tratar todos esses documentos da mesria forma que monografias significa adotar o mesmo padrao de disposicao dos elzmentos referenciados. Os elementos essenciais para a referéncia desses documentos sao: * autor: SOBRENOME em maitisculas, virgula, Nome com as iniciais em maitisculas ou abreviadamente, apenas as iniciais, ponto: FEDERIGHI; Wanderley José. Direito tributdrio. 2. ed. Sdo Paulo: Atlas, 2002. titulo da obra: itdlico, grifado ou sublinhado, ponto. Quando ha subti- tulo, deve ser antecedido de dois-pontos, sem grifo. Considera-se grifo o emprego de qualquer tipo diferenciado: bold, itdlico, outro tipo de escrita: MAMEDE, Gladston. Direito do turismo: legislagio especifica aplicada. Sao Pau- lo: Atlas, 2001. 152 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Medeiros MAMEDE, Gladston. Direito do turismo: legislagéo especifica aplicada. Sia Paulo: Atlas, 2001. 3 MAMEDE, Gladston. Direito do turismo: legislagéo especifica aplicada, Sao. Paulo: Atlas, 2001. " edigdo: indica-se a edigdo a partir da segunda, em niimeros ardbicos,# sem ordinal e com a palavra edi¢do de forma abreviada: 2. ed.; FERRAZ JR., Tercio Sampaio. Introdugdo ao estudo do direito: técnica, decisao, dominacéo. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2001. : local da publicagdo: o nome da cidade nao pode ser abreviado. Caso:s existam cidades com o mesmo nome em Estados ou paises diferentes, anota-se o Estado ou pais, seguindo-se dois-pontos: ASSUA, Luis Jimenez. El criminalista. Buenos Aires: Tipografia Editora Argen- tina, 1950. BARBI, Celso Agricola. Do mandado de seguranga. Rio de Janeiro: Forense, «* 1984. ALVES, José Moreira. Direito romano. Rio de Janeiro: Borsoi, 1969. v. 1. editora: o nome da editora aparece apés os dois-pontos, sem a razio q social, parentescos etc. (Companhia, S.A., Ltda., Filhos & Irmios, Sons, Livraria, Papelaria etc.). Admite-se a abreviatura para algumas del FGV (Fundagio Getulio Vargas), Edusp (Editora da Universidade de Séo Paulo), Difel (Difusdo Européia do Livro): 4 Bolonha: [1 Mulino Buenos Aires: Depalma Curitiba: Jurud Goiania: AB Editora La Plata: Platense . Lisboa: Fundacao Calouste Gulbenkian’? . Lisboa: Minerva Londres: Stevens Mildo: Giuffré Napoles: Jovene Padua: Cedam Paris: PUF Porto Alegre: Sergio Antonio Fabr:s Editor Rio de Janeiro: Forense Rio de Janeiro: Forense Universitéria Hlaboragdo de referéncias bibliogréficas 153 Rio de Janeiro: J. Olympio e nao Editora José Olympio Ltda. Roma: Edizione Scientifiche Italiane Sao Paulo: Bushatsky So Paulo: Revista dos Tribunais ‘Turim: Editrice Torinese Turim: Utet Se falta local: FERRAJOLI, Luigi. Diritto e ragione: teoria del garantismo penale. (S.1.]: Later- za, 1990. (Observe que o $ € maitisculo.) Duas sao as editoras de um mesmo local: Sao Paulo: Revista dos Tribunais: Edusp Duas editoras, mas de locais diferentes: Sao Paulo: Atlas; Brasilia: UnB data: o ano da publicac&o deve ser grafado com algarismos ardbicos, sem ponto no milhar, antecedido ce virgula e seguido de ponto. Se for absolutamente impossivel identificar a data, anota-se a data aproximada entre colchetes: LUCON, Paulo Henrique dos Santos. Embargos execugiio. Sao Paulo: Saraiva, 1996, Data provavel: [20027] Data certa, mas nao indicada: [1973] Data aproximada: [ca. 1999] Década certa: [199-] Década provavel: [199-2] Século certo: [19--] Século provavel: [19-2] Observacées: - + na impossibilidade de encontrar informagées sobre o local e o editor da publicagio, ainda que seja no final do livro, na contracapa ou no pre- facio, emprega-se a notacdo s.l. (auséncia do local) e s.n, [sine nomine] (auséncia do editor); + alinhamento é feito pela margem esquerda, deixando-se um espaco ho- rizontal entre uma referéncia e outra: 154 Monografia no Curso de Direito * Henriques e Medeiros 3 Referéncia a monografias (livros, separatas, dissertagdes) Sao elementos imprescindiveis: autor, titulo da obra, edicdo, local, editor e ano de publicagio. MENDES, Gilmar Ferreira. Controle de constitucionalidade: aspectos juridicos e* 4 politicos. Sao Paulo: Saraiva, 1990. 3 MESSINEO, Francesco. Manuale di diritto civile e commerciale. Milao: Milano, 1958. 5 v. q subtitulo nao deve ser destacado (itdlico, bold, ou sublinha): COMPARATO, Fabio Konder. Direito pitblico: estudos e pareceres. Sao Paul Saraiva, 1996. 4 ntimero de volumes da obra deve ser indicado apés a data e 0 pont: final, com a palavra volume abreviada: 2 v.; néo confundir 2 v. (doi volumes) com v. 2 (volume 2); a indicagao de volume é feita com alga- rismos ardbicos: FALCAO, Alcino Pinto. Comentdrios @ constituigdo. Rio de Janeiro: Freitas Bas- ay tos, 190. v. 1. q VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil. S40 Paulo: Atlas, 2002. 7 v. quando hé dois ou trés autores, cs nomes sao separados pelo ponto-e- % virgula; se hé mais de trés autores, apés o primeiro é acrescentada a / expressdo latina et al. (e outros), sem destaque: CORREIA, Alexandre; SCIACIA, Gaetano. Manual de direito romano. 2. ed. S40 Paulo: Saraiva, 1953. INTRA, Antonio Carlos de Araujo; GRINOVER, Ada Pellegri Candido Rangel. Teoria geral do processo. 13. ed. So Paulo: DINAMARCO, alheiros, 1997. Com mais de trés autores: SILVA, Daniela Cértes et al. Questées comentadas de direito administrativo. 2. ed. Sao Paulo: Atlas, 2002. nome do autor de varias obras nao deve ser repetido, mas substituido na bibliografia por um traco equivalente a seis espagos, seguido de ponto: SILVA, Ovidio A. Baptista. Curso de processo civil. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1987. v. 1. . Jurisdigdo e execugdo na tradigéo romano-canénica. S40 Paulo: Revista dos Tribunais, 1996. Elaboragio de referencias bibliogréficas 155 So elementos complementares: organizador (ou coordenador), a descricio fisica do volume: ntimero de péginas ou numero de volumes, dimensées (em centimetros: largura e altura), série ou colegao, notas especiais, ntimero do ISBN (International Standard Book Number): 1. Apenas com os elementos imprescindiv a) Um autor DEMERCIAN, Pedro Henrique. A oralidade no processo penal brasileiro. S40 Paulo: Atlas, 1999. Notas: 1. Sobrenome em letras maitisculas, Virgula. N .. Nome do autor em caixa alta e baixa. Ponto. . Titulo da obra destacado (itdlico ou bold). Ponto. O titulo deve ser es- crito em caixa baixa, exceto a primeira letra da primeira palavra. Os lustadas, por exemplo. A Norma 20 apresenta excegdes para 0 uso de letras maitisculas. Numero da edigdo (a partir da segunda). Ponto. (Observar a abreviatura de 2*= 2.; a palavra edigdo também é abreviada). wo > « 5. Local. Dois-pontos. Editora. Virgula. Nao se usam pzlavras como Editora, S.A., Cia., Filho, Ltda., Sons, Publishing, The. Usa-se apenas o nome da editora. . Ano da publicacio. Ponto. » N b) Dois autores FABRETTI, Ldudio Camargo; FABRETTI, Diletfe Ramos. Direito tributdrio para os cursos de administragdo e ciéncias contdteis. S40 Paulo: Atlas, 2002. c) Trés autores CASAGRANDE NETO, Humberto; SOUZA, Lucy; ROSSI, Maria Cecilia. Abertura do capital de empresas no Brasil. 3. ed. Sao Paulo: Atlas, 2000. d) Quatro autores ou mais MAGALHAES, Antonio de Deus F et al. Pericia contdbil. 3. ed. Sao Paulo: Atlas, 2001. 156 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Mrdeiros e) Livro em 1* edicdo ASSUNGAO, Lutero Xavier. Principio: de direito na jurisprudéncia tributdria. Sio ; Paulo: Atlas, 2000, a f) Livro em 2* ou mais edigao ICHIHARA, Yoshiaki. Principios da legalidade tributdria na constituigéo de 1988. 2.” ed. Sao Paulo: Atlas, 1994. g) Livro com titulo e subtitulo CASSONE, Vittorio; CASSONE, Maria Eugenia Teixeira. Processo tributdrio: teoria e pratica. 3. ed. Sao Paulo: Atlas, 2002. h) Livro com mais de um volume TELES, Ney Moura. Direito penal. 2. ed. So Paulo: Atlas, 1998. 2 v. i) Citagdo de um livro especifico numa obra em varios volumes VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: direitos reais. 2. ed. Sdo Paulo: Atlas, 2002. v5. (O mimero do volume é grafado em algarismos ardbicos.) 2. Com os elementos complementares (coordenagio, organizacao ou diregio, traducdo, ntimero de paginas, dimensées fisicas do volume, ISBN): CHANLAT, Jean-Frangois (Coord.). 0 individuo na organizagdo: dimensées esque- cidas. 2. ed. Tradug&o de Arakcy Martins Rodrigues; Luciano dos Santos Gagno; Mauro Tapias Gomes; Ofélia de Lanna Sette Torres. Organizacao da edicao brasi- leira de Ofélia de Lanna Sette Térres. Séo‘Paulo: Atlas, 1993. 2 v., v. 1, 206 p., 17 x 24cm. ISBN 85.224.0964-1. Notas: 1. Onome do coordenador aparece na ordem indireta (proceder do mes- mo modo em caso de diretor, organizador). Abreviaturas como Coord., Org., Dir. nao sao pluralizadas, segundo a NBR 6023:2000. 2. Titulo em destaque. 3. O subtitulo aparece sem nenhum destaque. Ele é precedido de dois- pontos. Apés o subtitulo, colcca-se ponto. 4. Edigao. Blaboraco de referéncias bibliogréficas 157 5. Nome do tradutor na ordem direta. Nomes dos tradudores, se houver mais de um, separados por porito-e-virgula. 6. Local. Dois-pontos. 7. Editora, Virgula. 8. Ano da publicacao. Ponto. 9. Ntimero de volumes. Virgula. 10. Volume consultado. Virgula. 11, Numero total de paginas. Virgula. 12. Dimensées fisicas da obra em centimetros. Ponto. 13. Numero do ISBN. Ponto. (Esse numero é normalmente impresso na quarta-capa, na parte inferior, préximo ao dorso.) 3. Dissertagdio de mestrado e tese de dottorado CARVALHO FILHO, Milton Paulo de. Indenizagio por eqiiidade no novo Cédigo Ci- vil. 2002. 207 f. Dissertacdo (Mestraco em Direito) - Faculdade de Direito, Uni- versidade Mackenzie, Séo Paulo. MORAES, Alexandre de. Jurisdigéo constitucional e tribunais constitucionais: ga- rantia suprema da constituicao. 2000. 416 f. Tese (Doutorado em Direito) - Facul- dade de Direito, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo. “Notas: . Sobrenome em letras maitisculas. Virgula. . Prenomes. Ponto. . Titulo da tese ou dissertacdo era destaque. Ponto. 1 2. 3, 4, Ano estampado na publicagao. Ponto. 5. Numero de folhas (a palavra fo!ha é ‘abreviada no lugar de pdgina). 6. . Indicaciio de que se trata de dissertacao ou tese. Paréntese de abrir. In- formagio sobre a area da dissertacao ou tese. Paréntese de fechar. Trago (sem espaco antes e depois dele). Nome da faculdade. Virgula. Nome da Universidade. Virgula. 7. Local. Ponto. 4, Livro de série ou colegio NUNES, Benedito. Introducdo d filosofia da arte. 2. ed. Sao Paulo: Atica, 1989. 128 p., 14 x 21cm. (Fundamentos, 38.) ISBN 85-08-03249-8. 158 Monografia no Curso de Direito * Henriques e Medeiros Notas: Sobrenome do autor em letras maitisculas. Virgula. Prenomes do autor. Ponto. Titulo da obra em destaque. Ponto. Edigdo abreviada. Local. Dois-pontos. Editora. Virgula. Ano da publicagdo. Ponto. Numero total de paginas. Virgula. Dimensées fisicas do volume em centimetros. Ponto. 10. Nome da série ou colecdo entre parénteses. O ponto fica dentro dos parénteses. A palavra série ou colepao nao deve aparecer. 11, Ntimero do ISBN. Ponto. Pern avrene 5. Capitulo de um livro sem autoria especial LEVY:BRUHL, Henri. Os fatores da evolugao do direito. In: Sociologia do direito. 2. ed. So Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 79-85. (Nesse caso, é obrigatério citar o nimero das paginas compreendidas pelo texto citado.) 6. Capitulo de um livro com autoria especial RAMOS, Elival da Silva. Argiticéio de descumprimento de preceito fundamental: delineamento do instituto. In: TAVARES, André Ramos; ROTHENBURG, Walter Claudius. Argiiigdo de descumprimento de preceito fundamental: andlises 4 luz da Jei n° 9.882/99. Sao Paulo: Atlas, 2001. p. 109-127. (Nesse caso, ¢ obrigatério citar o nimero das paginas compreendidas pelo texto citado.) = Notas: 1, Sobrenome do autor do texto (fragmento, capitulo) citado. Virgula. 2. Prenome do autor do fragmento ou capitulo. Ponto. 3. Titulo do fragmento ou artigo, sem nenhum destaque. Ponto. 4. Aexpressio In: (sem destaque) precede o nome do autor da obra em que o artigo ou fragmento estd contido. 5, Prenome do autor da obra. Virgula. Elaboragéo de referéncias bibliogréficas 159 } Nome do autor da obra. Ponto. A Edigao. Ponto. . Local. Dois-pontos. Titulo da obra em destaque. Ponto. | een 10. Editora. Virgula. it 11. Ano da publicacao. Ponto. i 7. Citagio de anais SOERENSEN, B.; MORENO, A.; BOLOGNANI, H. Contribuigao para uso de imuno- i supressores como teste de determinacao da normalidade de animais de laboraté- : rio. In: CONGRESSO PAN-AMERICANO DE MEDICINA VETERINARIA E ZOOTEC- NIA, 8., 1977, Santo Domingo (Reptblica Dominicana). Anais... Santo Domingo, if 1977. p. 52-56. | Notas: Sobrenome. Virgula. 2. Prenome. Ponto. Como, no caso, os autores séio varios, seus nomes aparecem separados por ponto-e-virgula. 3. Titulo do trabalho, subtitulo (se houver) seguido da expressiio In: (sem destaque). Titulo do evento em versal. 5. Ntimero do evento (se houver). Observe como o ordinal aparece. Nao use algarismos romanos. Ano do evento. Virgula. Local de realizagao do evento. Ponto. Titulo do documento: anais, atas, t&pico temdtico, em destaque'e reti- céncias. 9. Local da publicagio do texto. Virgula. 10. Data da publicagio do texto. Ponto. 11. Paginas inicial e final da parte referenciada. | 8. Simpésios | MEIRELES, Fernando Batista. Mao-de-obra, ensino técnico e desenvolvimento so- | cial. In: SIMPOSIO SOBRE MAO-DE-OBRA, 1976, Sao Paulo. Anais... So Paulo: Secretaria do Trabalho e Administracéo, 1976. p. 20-36. 4160 Monografia no Curso de Direito + Henriques ¢ Medeiros BRAYNER, A. R. A.5! a objetos. In: SIMPOSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9. 1994, Sao Paulo. ‘Anais... S40 Paulo: USB 1994. p- 16-29. (Exemplo transcrito da NBR 6023:2000.) Notas: 1. 2. 9. 10. Data da publicacao do texto. Fonto. 11. Paginas inicial e final da parte referenciada. Ponto. 9. Entidades coletivas Obras de responsabilidade coletiva sao referenciadas iniciando-se pelo nome da entidade em versal: BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatério da diretoria-geral, 1984. Rio de Janei- ro, 1985. Se a entidade coletiva tiver denominagao genérica, seu nome é precedido pelo nome do érgéo superior: MEDEIROS, C. B. Ircorporacao do tempo em SGBD orientado Sobrenome. Virgula. Nome, Ponto. Como, no caso, 03 autores so varios, seus nomes apare- cem separados por ponto-e-virgula. Titulo do trabalho, subtitulo (se houver) seguido da expressao In: (sem destaque). Titulo do evento em versal. Virgula. Numero do evento (se houver). Observe como 0 ordinal aparece. Nao use algarismos romanos. Virgula. ‘Ano do evento. Virgula. Local de realizaco do evento. Ponto. ‘Tiulo do documento: anais, a:as, tdpico temdtico, em destaque e reti- céncias. Local da publicagao do texto. Dois-pontos se vier o nome do respons4- vel pela publicagdo, ou virgule se seguir apenas 0 ano da publicacao. BRASIL. Ministério da Fazenda. Servigo de Estatistica Econémica e Financeira. Relatério geral. Brasilia, 1994. 4 Referéncia a artigos de periddicos Gjornais e revistas) A Norma estabelece em 7.5: Inclui a colegdo como um todo, fasciculo ou niimero de revista, ntimero de jornal, caderno etc. na integra, e a matéria existente em um numero, volume ou fasciculo Elaboragdo de referéneias bibliogréficas. 161. de periddico (artigos cientificos de rev stas, editoriais, matérias jornalisticas, se- Ges, reportagens etc.). Portanto: * colecao na totalidade; * fasciculo; + numero de revista; * volume de uma série; + mimero de jornal; * caderno; + matéria existente em um ntimerc; * volume ou fasciculo de periddicos; + artigos cientificos de revistas, editoriais, matérias jornalisticas, secdes, reportagens. 1. Coleco de revista IOB ~ INFORMAGOES OBJETIVAS. Textos Legais. S80 Paulo: IOB, 2000. Mensal. indice trimestral. REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939. Trimestral. ‘Absorveu Boletim Geogrdfico do IBGE. indice acumulado., 1939-1983. ISSN 0034-723X. (Este ultimo exemplo foi transcrito da NBR 6023:2002) 2. Artigo de revista institucional A Norma refere-se aos periédicos de instituigées. Nao se entende o uso de hifen depois do nome da revista, que a Norma traz no exemplo: MORHY, Lauro. A ciéncia no Brasil. UnB Revista-Revista da Universidade de Brasi- { lia, Brasilia, edic&io especial, jul. 2000 VIEIRA, Sandra Medeiros. Uma pequena histéria do livro. Ciéncia Hoje das Crian- cas: Revista de Divulgagéo Cientéfica pava Criangas-Revista da SBPC, Sao Paulo, ano 13, n° 104, jul. 2000. ISSN 0103-2054. 3. Artigo de revista ABRANCHES, Sérgio. Bravo Brasil. Veja, edicdo 1771, ano 35, n° 39, p. 114, 2 out. 2002. 162 Monografia no Curso de Direito + Henriques € Medeiros: NASCIMENTO, Gilberto. Clandestinos: do Brasil. IstoE, n° 1509, p. 48-49, 2 set. 1998. Artigo ndo assinado: PATERNIDADE: qual laboratério es:olher? Panorama da Justica, Sio Paulo, | TecJus, ano 3, n° 13, p. 12, ago./set. .998. (Observe que somente a primeira palavra é escrita em letras maitisculas.) 4, Artigo e/ou matéria de jornal ‘S4o elementos essenciais: autor(es) (se houver); titulo; subtitulo (se houver); titulo do jornal; Jocal de publicacio; data de publicacao; seciio; caderno ou parte do jornal; * paginagéo correspondente. ‘ALMEIDA, Maria Herminia Tavares de, A democracia sobreviveu. Folha de S. Pau- lo, Sao Paulo, 29 set. 2002, p. A3. PALLAZZO JR., José Truda. A lei dos crimes ambientais sob ameaca. Jornal da Tarde, Sao Paulo, 7 set. 1998, p. 2A. Artigo nao assinado: CNBB apéia ato contra realidade perversg, Folha de $. Paulo, Séo Paulo, 5 set. 1998. Caderno Brasil, p. 1-5. = 5, Artigo de revista publicado eletronicamente SOUZA, Ailton Elisdrio de. Penhora e avaliacao. Dataveni@, Campina Grande, ano 4, n® 33, jun. 2000. Disponivel era: . Acesso em: 31 jul. 2000. 6. Matéria de revista nao assinada, publicada eletronicamente PROCURADORES do caso Eduardo Jorge vo depor no Senado. Veja On-line, Si0 Paulo, 7 ago. 2000. Dispontvel em: «chttp://veja.com.br>. Acesso em: 12 ago. 2000. Elaboragio de referéncias bibliograficas 163 7. Matéria de jornal assinada, publicada eletronicamente BETING, Joelmir. Volta por cima. O Estado de S. Paulo, Séo Paulo, 9 mar. 2001. Dis- ponivel em: . Acesso em: 9 mar. 2001. 8, Matéria de jornal nao assinada, publicada eletronicamente DIRETOR diz que revista se baseou em tr’s fitas. O Estado de S. Paulo, S40 Paulo, 9 mar. 2001. Disponivel em: . Acesso em: 9 mar. 2001. As referencias de documentos eletrénicas seguem, em geral, o modelo de re- feréncias bibliogrdficas, acrescentando-se irformagées relativas & descricao fisica do meio ou suporte. Para as obras consultadas on line sao essenciais as informag6es sobre o en- dereco eletrénico, apresentado entre , precedido da expressao: “Dis- ponivel em:”, e a data de acesso ao documento, precedida da expressdo: “Acesso em:” Exemplos: MUELLER, S. P M. A pesquisa na fornacio do bibliotecdrio. Disponivel em: <. Acesso em: 9 ago. 2000. 5 Trabalhos apresentados em congressos Para referenciar trabalhos apresentados 2m congressos, siga 0 modelo exposto: FIGUEIREDO, Carlos. A linguagem racista no futebol brasileiro. In: IV CONGRES- SO BRASILEIRO DE HISTORIA DO ESPORTE, LAZER E EDUCAGAO FISICA. Rio de Janeiro, 1968. Dispontvel em: . Acesso em: 14 abr. 2000. a: 6 Legislagao ANBR 6023:2002 estabelece em 7.9.1 Compreende a Constituigao, as emendas constitucionais e os textos legais infra- constitucionais (lei complementar e ordindria, medida proviséria, decreto em to- das as suas formas, resolucdo do Senado Federal) e normas emanadas das enti- dades piiblicas e privadas (ato normativo, portaria, resolugio, ordem de servico, instrugdo normativa, comunicado, aviso, circular, deciséo administrativa, entre outros). 164 Monografia no Gurso de Direito * Henriques e Medeiros Sao elementos essenciais: * jurisdigdio ou cabecalho da entidade; * titulo; * numeracio; * data; * ementa; + dados de publicagao. 1. Constituigo Federal BRASIL. Constituigdo (1988). Constituigio da Repiiblica Federativa do Brasil. Orga- nizago de Alexandre de Moraes. 15. ed. S4o Paulo: Atlas, 2000. 2. Emenda Constitucional BRASIL. Constituicdo (1988). Emenda constitucional n® .... » de ... de swe de 199.... Dd nova redagio ao art. ... da Constituigao Federal, alterando e inserindo pardgrafos. So Paulo: Atlas, 2000. 3. Medida Proviséria BRASIL. Medida Proviséria n°. 4. Decreto BRASIL. Decreto n? 71.790, de 31 jan. 1993. Institui o Ano Nacional de Turismo e dé outras providéncias. 5. Cédigo BRASIL. Cédigo civil. Organizagio de Silvio de Salvo Venosa. Sao Paulo: Atlas, 1993. 6. Jurisprudéncia (decisées judiciais) BRASIL. Tribunal Regional Federal. Regido .... Apelagio civel n®....... Apelan- . Apelada: : Sao Paulo, 2001. So Paulo, Ve ney BE BRASIL. Suplemento do Tribunal Federal. Stimula n* administrativo restringir..... S40 Paulo: Atlas, 2001. Nao é admissivel por ato Elaboracdo de referéncias bibliogréficas, 165 7 Apresentacio geral de referéncias: bibliograficas ‘Anais de congresso SIMPOSIO BRASILEIRO DE REDES DE COMPUTADORES, 13., 1995, Belo Hori- zonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, 1995. SOUZA, L. S.; BORGES, A. L.; REZENCE, J. O. Influéncia da correcdo e do preparo Go solo sobre algumas propriedades quimicas do solo cultivado com bananeiras. In: REUNIAO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIGAO DE PLAN- TAS, 21., 1994, Petrolina. Anais... Petrolina: Embrapa, CPATSA, 1994. p. 3-4. (Exemplos da NBR 6023:2000.) ‘Ano da publicacio 1. O ano da publicagao é sempre indicado em algarismos ardbicos. Nao se usam pontos para separar as unidades. 1991 (e nao 1.991) 2. Se a data nao aparece na publicacao, coloca-se entre colchetes a data provavel: [19917] Ou aproximada: [ca. 1991] Autor e titulo repetidos 3. Se autor e titulo forem repetidos, mas diferirem as edigdes, usam-se dois tracos: PAZZAGLINI FILHO, Marino. Crimes de responsabilidade fiscal: atos de improbi- if dade administrativa por violacdo Ja LRE. Sao Paulo: Atlas, 2001. | 2. ed, So Paulo: Atlas, 2002. ' Autores repetidos 4, Em caso de autores repetidos, referencia-se ou em ordem alfabética do titulo da obra, ou por ordem cronolégica, a partir do mais recente (vai- se, portanto, do mais atual para o mais antigo): Ordem alfabética dos titulos: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 10. ed. S40 Paulo: | Atlas, 1998. iF | 166 Monografia no Curso de Direito + Henriques ¢ Medeiros « Discricionariedade administrativa na Constituigdo de 1988. 2. ed. Séo Paulo: Atlas, 2001. Parcerias na administragdo piiblica: concesséo, permissio, franquia, ierceirizagdo e outras formas. é. ed. Séo Paulo: Atlas, 2002. Ordem cronolégica de publicagao: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na administragdo piiblica: conces- sio, permissdo, franquia, terceirizacao e outras formas. 4. ed. Sdo Paulo: Atlas, 2002. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Discricionariedade administrativa na Consti- tuigdo de 1988. 2. ed. Sao Paulo: Atlas, 2001. . Direito administrativo. 10. ed. $0 Paulo: Atlas, 1998. Colegio 5. Coleges sao referenciadas apés o ano da publicagao: FAZZIO JUNIOR, Waldo. Fundamentos de direito administrativo. 2. ed. Sao Pau- lo: Atlas, 2002. (Fundamentos Juridicos.) Destaque Estabelece a NBR 6023:2002 em 6.5: recurso tipogréfico (negrito, grifo ou itélico) utilizado para destacar o elemento titulo deve ser uniforme em todas as referéncias de um mesmo documento. A Norma ocupa-se de estabelecer um padrio: 0 uso do negrito (bold) em uma referéncia deve ser repetido em todas as outras. Se se optar pelo itdlico, deve-se proceder da mesma forma em todas as referéncias. A sublinha é pouco utilizada, particularmente com a difusdo dos microcomputadores e do programa Word do Windows. Emprega-se o versal (todas as letras enacaixa alta) nos sobrenomes dos au- tores individuais, nos nomes das entidades coletivas, nos titulos de periédicos quando constitufrem a entrada da referéncia: SUSSEKIND, Flora. BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO. BRASIL. Ministério da Fazenda. REVISTA BRASILEIRA DE ESTATISTICA. ‘TRATADOS ECONOMICOS INTERNACIONAIS. Nas referéncias a parte de obra, a indicagdo da obra principal, precedida do “In”, segue a mesma norma: Elaboracdo de referencias bibliograficas 167 DALLARI, Dalmo de Abreu. Constituigio resistente. In: MORAES, Alexandre de (Coord.). Os 10 anos da Constituigao Federal. Sao Paulo: Atlas, 1999. p. 45-63. A letra maiuiscula ¢ utilizada na primeira letra de cada palavra dos titulos das séries e nos nomes das entidades coletivas e de editores. Exemplo: Ministério da Educagao ¢ Cultura. Colegdo Documentos Brasileiros. Fundagio Calouste Gulbenkian. 0 destaque (itdlico, ou bold) é utilizado nos titulos das obras e de periédicos quando nao iniciam a referéncia: POVOA, Liberato. Busca apreensdo: teoria, pratica, jurisprudéncia. 3. ed. So Paulo: Atlas, 1998. Nas palavras latinas e abreviaturas de dominio comum, é desnecessario 0 uso do itdlico em sua utilizacao: ac. ‘Apud ce cit. etal. et seq. ie. Tbidem Idem In oo Op. cit. passim qv Dimensao 6. Largura e altura sao referenciadas: 14x 21cm 16x 24cm 168 Monografia no Curso de Direito * Henriques e Mdeiros Dissertacdo de mestrado e tese de doutorado Edigao Entidades coletivas Estética do alinhamento Fonte dos elementos bibliograficos 7. Dissertagées e teses: so refererciadas conforme modelo a seguir: MUAKAD, Irene Batista. Prisdo albergue: a experiéncia paulista. 1979. 180 f. Dissertagao (Mestrado em Direite Penal) — Faculdade de Direito, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo. Para citar teses, siga 0 modelo anterior, fazendo apenas uma peque- na adaptagao: onde esta escrito Mestrado em Direito Penal, substitua por Doutor em... 8. Aedigéo é sempre indicada em algarismos ardbicos. ed. Se hé acréscimos & ediggo ou a obra foi alterada por terceiros, ou se trata de uma edico especial, o procedimento é 0 seguinte: LEVENHAGEN, Antdnio José de Siouza. Do casamento do divércio. Edicao atuali- zada por Carlos Augusto de Barrcs Levenhagen. 11. ed. Sao Paulo: Atlas, 1999. 9. Entidades coletivas, como érzéos governamentais, empresas, congres- sos, devem ser referenciadas :om entrada pelo titulo. BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Bibliografia brasileira. Rio de Janeiro, v. 7, n® 1, p. 1-195, 1*trim. 1989. ISBN 0102-3144. 10. Anais séo referenciados como segue: CONFERENCIA INTERAMERICANA DE CONTABILIDADE, 15., 1983, Anais... Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Contadores — Tbracon, 1983. a 11. A segunda e as demais linhas da referéncia bibliogréfica devem ser alinhadas 4 primeira. Toda a bibliografia é alinhada a esquerda; nao hd recuo de nenhuma linha. 12. Os elementos constantes de referéncias bibliograficas devem ser trans- critos da folha de rosto (frontispicio), ou “outras fontes equivalentes”: COSTA, José ‘Augusto Fontow:a. Normas de direito internacional: aplicagio uniforme do direito uniforme. Sao Paulo: Atlas, 2000. Elaboragio de referéncias bibliograficas, 169 FERRAZ, Antonio Augusto de Camargo (Coord.). Ministério puiblico. 2. ed. Sao Paulo: Atlas, 1999. 2 v. SALVADOR, Anténio Raphael; SOUZA, Osni. Mandado de seguranca: doutrina ¢ jurisprudéncia. S40 Paulo: Atlas, 1998. Tlustragao 413, Sea obra é ilustrada e é importente a referéncia & ilustragao, indica-se, por exemplo, 300 p. il. Local e editora 14, 0 local da publicagio deve ser transcrito da obra tal como af figura. Havendo homénimos, acrescenta-se 0 Estado, o pais. Cambridge, Massachusetts. 15, $e nem o local, nem 0 nome do editor aparecem na publicagéo, so utilizadas as abreviaturas: Is 2 sn.) 16. Nao constando local da publ:cagao, indica-se entre colchetes [S.1.] (Sine loco). 17. Seo nome do editor nao aparece na publicagio, coloca-se entre colche- . tes [sn] (sine nomine). Nomes de editoras figuram tal como aparecem no frontispicio da obra, suprimindo-se os elementos que designam a hatureza juridica ou comercial (S.A., Ltda., Filhos, Editora, Editorial). J. Olympio (e nao Editora José Olympio) Nacional (e nao Editora Nacional) Brasiliense (e nao Editora Brasiliense) Saraiva (e nao Editora Saraiva) No caso de editoras com nome de cidades ou paises, coloca-se 0 nome editora: Editora do Brasil Porto Editora Coimbra Editora Editoras cujos nomes séo abreviados devem assim aparecer: EPU Difel Edusp FID PUF FGV 170 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Medeiros Duas editoras responsdveis por uma publicagéo so separadas por doi pontos: Atlas: Edusp, 2002. Edusp: Objetiva, 2002. Nomes de meses 18, Nomes de meses devem ser abreviados no idioma original da publi~ cacio. Nao se abreviam meses com apenas quatro letras, ou meno: Quando abrangem um periodo, séo separados por barra: jun./ago. ABREVIATURAS DE NOME DE MESES Alemdo: Jan. (Januar); Feb. (Februar); Marz (Marz); Apr. (April); Mai (Mai); Juni (Juni); Juli (Juli); Aug. (August); Sept. (September); Okt. (Ok- tober); Nov. (November); Dez. (Dezember). Espanhol: enero (enero); feb. (febrero); marzo (marzo); abr. (abril); mayo 4 (mayo); jun. Gunio); jul. (julio); agosto (agosto); sept. (septiem- % bre); oct. (octubre); nov. (noviembre); dic. (diciembre). 4 Francés; _janv. Ganvier); févr. (février); mars (mars); avril (avril); mai (mai); juin Guin); juil. Guillet); zodt (aod); sept. (septembre); oct. (octo- bre); nov. (novembre); dés. (décembre). Inglés: Jan. (January); Feb. (February); Mar. (March); Apr. (April); May (May); June (June); July (July); Aug. (August); Sept. (September); Oct. (October); Nov. (November); Dec. (December). Italiano: gen. (gennaio); febbr. (febbraio); mar. (marzo); apr. (aprile); mag, (maggio); giugno (giugno); luglio (luglio); ag. (agosto); sett. (settembre); ott. (ottobre); nov. (novembre); dez. (dicembre). Portugués: jan. (janeiro); fev. (fevereiro); mar. (margo); abr. (abril); maio (maio); jun. (junho); jul. Gulh®); ago. (agosto); set. (setémbro); out. (outubro); nov. (novembro); dez. (dezembro). Observagiio: Os nomes de meses em alzméo e em inglés sao grafados com inicial maitiscula. Nome de autor/autores 19. Os autores so referenciadas pelo ultimo sobrenome, seguido pelos prenomes. Exemplo: MORAES, Alexandre de SANTOS, Lufs dos Elaboragdo de referéncias bibliogréficas. 172. SCHILLER, Friedrich SILVA, Manoel da Se compostos, devem aparecer: CARVALHO NETO, Indcio de RODRIGUES JUNIOR, Otavio Luz" SIMAO FILHO, Adalberto MONTORO FILHO, André Franco VIEIRA SOBRINHO, José Dutra 20. Os nomes devem ser transcritcs como aparecem no texto referenciado. ASSIS, Machado de (e nao ASSIS, Joaquim Maria Machado de). 21. Até trés autores, todos devem ser referenciados completamente. Se ha mais de trés, apés 0 primeiro coloca-se a expressao et al. (e outros) em redondo (tipo normal). Entre um nome e outro, deve ser usado ponto- e-virgula: SOARES, Ailton; SOUZA, Otdvio Henrique Oliveira de; MORETTI, Roberto de Jesus. Legislacdo policial militar «notada. Séo Paulo: Atlas, 2000. Organizador/Coordenador/Diretor 22. Organizador: no caso de obra constituida de varios textos de diferen- tes autores, com indicacéo na folha de rosto (frontispicio) apenas do nome do organizador, ou coordenador, ou diretor, inicia-se a referén- cia pelo responsdvel da obra: PICARELLI, Marcia Flavia Santini; ARANHA, Marcio Torio (Org.). Politicas de patentes em satide humana. Sao Paulo: Atlas, 2001. MORAES, Alexandre de (Coord.). Os 10 anos da Constituigéo Federal: temas diversos, Sao Paulo: Atlas, 1999. Organizador, coordenador e diretor si Coord., Dir. breviados sempre no singulat: Org., Pontuagao 23. Para a NBR 6023:2002, “a pontuagao segue padrées internacionais e deve ser uniforme para todas as referéncias. As abreviaturas devem ser conforme a NBR 10522”. 1” O referenciador deve respeitar a forma de apresentacao de nomes e sobrenomes, transcrevendo-os ‘como aparecem no frontispicio do livro. Assim, escreverd JR. ou JUNIOR. Também deve transcrever com rigor s, z, letras dobradas, acentos. A Norma nao autoriza a uniformizacdo de prenomes, abreviando-os. 172 Monografia no Curso de Direito + Henriques ¢ Medeiros ‘Anorma segue padrées internacionais de pontuagéo, em lugar do sistema de pontuacao da Lingua Portuguesa. Ponto. Os varios elementos da re‘eréncia bibliografica (nome do autor, titulo da obra, notas tipogrdficas [imprenta], notas bibliogrficas e notas especiais) devem ser separados entre si por ponto: GALAEASSI, Maria Cristina. Medi:ina do trabalho: programa de controle médico de satide ocupacional (NR-7). 2. ed. So Paulo: Atlas, 1999. Ponto-e-virgula. Sinal de pontuagdo que serve para separar nomes de auto- res de uma obra e editoras de difererites localidades: BOCK, Ana Mercés Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdugao ao estudo de psicologia. 13. ed. Sao Paulo: Saraiva, 1999. HESSEN, Johannes. Teoria do conhecimento. Traducio de Anténio Correia. 7. ed. Coimbra: Arménio Amado; Sao Paulo: Martins Fontes, 1979. (Studium.) Dois-pontos. Sinal de pontuacdo que serve para separar titulo de subtitulo, local de editora e depois da expresso latina In: SILVA, Eduardo Araujo da. Agao penal piiblica: principio da oportunidade regrada. 2. ed. Sao Paulo: Atlas, 2000. DELLORE, Maria Beatriz Pennachi. Convencio dos direitos da crianga. In: ALMEI- DA, Guilherme Assis de; PERRONE-! ‘MOISES, Claudia (Coord.). Direito internacio- nal dos direitos humanos: instrumentos bdsicos. S40 Paulo: Atlas, 2002. Quando sao duas as editoras, elas so separadas por dois-pontos: CHARTIER, Roger. A aventura do ‘ivro: do leitor ao navegador. Sao Paulo: Impren- sa Oficial: Unesp, 1999. Virgula. Serve para separar sob:enome de nome, editora de data de publi- cagdo: MIRABETE, Julio Fabbrini. Cédigo penal interpretado. 2. ed. Sao Paulo: Ailas, 2001. Parénteses, A nota especial de série e colecdo tradicionalmente é apresenta- da entre parénteses: PAESANI, Liliana Minardi. Direito e informdtica: comercializagao e desenvolvimen- to internacional do software. 3. ecl. S40 Paulo: Atlas, 2001. (Temas Juridicos.) Hifen, As paginas iniciais e finais das partes referenciadas, assim como 0s li- mites de determinado perfodo da pu>licagio, séo separadas por hifen. Exemplo: p. 12-23. perfodo 1950-1968. Elaboragdo de referéncias bibliogréfices. 173 Barra transversal. A barra transversal é usada para separar nome de meses eas datas a que se refere a publicacao: jun./ago. So Paulo, Secretaria da Agricultura, 1999/2000. Colchetes. Os colchetes sao utilizados para indicar elementos que nao figu- ram na obra referenciada: ‘Sao Paulo: Atlas, [1958]. Titulo da obra 24. Se necessdrio, ao titulo séo acrescidos outros elementos identificado- tes da obra. 25. O titulo da obra deve ser referenciado conforme aparece na publicagao: PRICEWATERHOUSECOOPERS. Lei do software e seu regulamento: Lei n° 9.609, de 19-2-98. Sao Paulo: Atlas, 1999. Traducéio 26. Traducdo: o nome do tradutor figura apés o titulo da obra: PERELMAN, Chaim. Retéricas. Tradugao de Maria Ermantina Galvao G. Perei- ra. Sao Paulo: Martins Fontes, 1997. Volume 27. Publicacées com mais de um volume séo referenciadas indicando-se em algarismos ardbicos a quantidade de volumes seguida da abrevia- tura v.: Svs 8v MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de direifo penal. Sao Paulo: Atlas, 2002. 3 v. O miimero do volume consultado é indicado em algarismos ardbicos e € pre- cedido da abreviatura v.: Svs v3 ‘i t quantidade de volumes niimero do volume MIRABETE, Julio Fabbrini, Manucl de direito penal: parte geral. 18. ed. S40 Paulo: Atlas, 2002. v. 1. 28. Os ntimeros de pAgina sao precedidos da abreviatura p. 123-167. 174 Monografia no Curso de Direlto + Henriques e Medeiros 8 Ordenacio das referéncias As referéncias podem ser ordenadas alfabeticamente pelo sobrenome de en-. trada ou numericamente, pela ordem de citagéo no texto. 8.1 Sistema alfabético 1. As referéncias devem ser reunidas ao final de uma parte, de um capitulo’ e de toda a obra, em uma tinica ordem alfabética. O sobrenome utiliza- do no interior da obra é o que deve figurar na lista de referéncias. H4 um espaco interlinear maior entre uma referéncia e outra. Exemplo: 4 COSTA, Hélio Rubens Batista Ribeiro; RIBEIRO, José Hordcio Halfeld Rezende; ” DINAMARCO, Pedro da Silva (Coord.). Linhas mestras do processo civil. Sao #8 Paulo: Atlas, 2004. 4 FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de direitos do consumidor. 7. ed. Sao.“ Paulo: Atlas, 2004. 4 lo: Atlas, 2003. v. 1. Autores de varias obras: a referéncia sucessiva de varias obras, na mesma pdgina, pode ser substituida por um traco equivalente a seis espacos e ponto. Exemplo: FABRETTI, Laudio Camargo. Cédigo tributdrio nacional comentado. 5. ed. Si0 Paulo: Atlas, 2005. . Prdtica tributdria da micro, pequena e média empresa. 5. ed. So Paulo: Atlas, 2003. ; FABRETTI, Dilene Rarnos. Direito tributdrio para os cursos de adminis- itragdo e ciéncias contdbeis. 3. ed. Séo Paulo: Atlas, 2004. 2. No exemplo apresentado, na segunda referéncia o autor da obra é 0 mesmo da primeira e, portanto, basta colocar um tfaco de seis toques e ponto. Na tercei- ra referéncia, a obra é de dois autores: Laudio Camargo Fabretti e Dilene Ramos Fabretti e, portanto, apenas o primeiro nome é substituido por um trago de seis toques e ponto-e-virgula. 3. Se autor e obra forem os rmesmos, mas apenas divergirem as edigées, referencia-se: MEDEIROS, Joao Bosco. Redagdo cientifica: a pritica de fichamentos, resumos, resenhas. 5. ed. Sao Paulo: Atlas, 2003. : . 6. ed, Sao Paulo: Atlas, 2004. [texto % | Aewniwyes, ANTONV-O , MEDEZROS, gor BOSCO, 1awo Gad PA 70 1 Lomo ELABIRAR & MmaBdine PE Wn 1 ATLAS, M)_WyR5O_DE Dik tovehysio pe curso (Tec). 6. &D, SA0 7A 1008, P. 199-936 , 949-978. 9 Citagdes Diretas e Indiretas: Sistemas de Chamada Nao se pode partir para a lzitura com a intengdo fixa de acatar ou refutar 0 autor ou o texto lido. Isto se faz no “caminhar”. Uma atitude yerdadeiramente critica é aquela em que o leitor toma posigéo perante 0 texto e ndo o refuta ou adota assistemdtica e aprioristicamente (INACIO FILHO, 2003, p. 17). 1 Introdugéo Este capitulo expée os elementos dos trabalhos académicos, as monografias. Entre elas, citam-se a tese de doutorado, a dissertacéo de mestrado, o trabalho de conclusao de curso (TCC). Para a realizacdo de um trabalho académico, além do conhecimento da me- todologia cientifica e de técnicas de pesquisa e redagao, é necessario considerar as normas da Associagiio Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Entre elas, so- bressaem-se: . + ANBR 10520:2002 - “Informagdo e documentacao ~ Citagdes em docu- mentos — Apresentacdo.” Essa norma é apresentada neste capitulo. * ANBR 14724:2005 - “Informacdo e documentacao - Trabalhos acadé- micos — Apresentacao”. Essa iorma é vista no Capitulo 8. * ANBR 6023:2002 - “Informagao e documentacdo ~ Referéncias ~ Elabo- ragéo”, Essa norma, que trata das referéncias bibliograficas e estabelece regras para compé-las, é vista pormenorizadamente no Capitulo 11. Portanto, um trabalho cientifico exige tanto aspectos metodoldgicos, quan- to técnicos. Neste capitulo, expdem-se aspectos técnicos que proporcionam a 120 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Nedeiros elaboragio e apresentagio do texto segundo normas exigidas pela comunidades académica. ‘Um trabalho cientifico que dispensasse uma apresentacdo rigorosa em cons formidade com as regras da ABNT, ainca que substancioso, poderia causar estraz nheza A banca examinadora e 4 comuni| idade académica, e conquistar certa rejeig do. Uma apresentacao adequada, em geral, constitui-se em zelo e respeito po aqueles que sio destinatarios do trabalho. Favorece também a criagdo do efeito de rigor, de objetividade, de interesse pela pesquisa e pelo conhecimento cientific o. Trabalhos que seguem normas estabelecidas e reconhecidas pela comunidade académica alcangam credibilidade. : Repita-se: a pesquisa cientifica no se resume a uma apresentacao rigorosaj mas esta pode ajudar na consecugao dos objetivos do pesquisador. Evidente- mente, outras questdes sao relevantes numa pesquisa, como 0 método utili zado, as hipéteses de trabalho, a problematizacao, as solucdes encontradas, a# capacidade de redacao do autor. Por isso, as técnicas de apresentagao do texto ; do se constituem em foco principal da pesquisa, 0 que seria uma atitude de’ leigo, mas sio valiosas. 4 2 Citagées diretas e indiretas rodapé. 0 termo citagao vincula-se ao verbo latino citare, freqitentativo de ciere cujo ; sentido é pér em movimento, chamar ¢: si, invocar. Citar tem, consoante Ernout e Meillet (1951, p. 214), conotagao juridica com. o sentido de chamar d justiga e, posteriormente, invocar o testemunho de alguém: dai, citar, mencionar. Essa conotacdo juridica primitiva explica por que a citagao ¢ moda no dis- | curso juridico a ponto de se transformar em usus fori. Nas 40 paginas iniciais de { Magalhes Noronha (1969) ha 18 citagdes; em Washington de Barros Monteiro (1967a), no mesmo ntimero de paginas, ejgontram-se 20 citagGes, ¢ assim vai com outros autores. _ Em sendo assim, nada a opor-se a que 0 formando em Direito faca uso d citagdo em sua monografia. No caso, importante é que a citacao seja pertinente, necessdria e substanciosa, concorrendo para corroborar a pretensdo do exposto. ; A citacdo nao é um mal, nem mesmo um mal necessario. © que se poderia evitar é a praxe de autores mais antigos — renomados 4 que sejam — de ajuntar ao nome do citando um adjetivo de cardter laudatério 4 como preclaro (preclaro Alofsio de Carvalho Filho), eminente (eminente Hélio. Tornaghi) etc. ; HA de se evitar, outrossim, a citacao cuja finalidade é o mero afago da vaida- de de algum examinador na esperanca de obter-lhe a benevoléncia. Citagdes diretas e indiretas: sistemas de chamada 121 praxe é, entre os autores, 0 uso de certas formas de citac&o que podem ser aproveitadas pelos autores da monografia. Sirvam de exemplos: como diz; como es- clarece; como adverte Fulano; é desse entendimento Fulano; segundo, consoante Fula- fo, de acordo com Fulano; esta é a opinido de Fulano; para Fulano...; dispde 0 Cédigo; reconhece Fulano que...; tal é o ensinamento de Fulano; Fulano estima que... etc. Pode-se falar nos seguintes tipos de citaca + Citagio direta: trata-se da citagao de primeira mao, colhida do autor cujo livro esté em maos. Em principio, a citagaio deve ser direta, exposta em um pardgrafo (até quatro linhas), deve vir entre aspas e com indica- cao da fonte seja em rodapé, seja pelo sistema autor/data. ‘Afirma Nunes (1997, p. 3) que “a monografia j4 vem sendo exigida hd muitos anos nas melhores escolas de direito, como método de pesquisa € meio de avaliacéio” (NUNES, 1997, p. 3). + Citagdo indireta: como se percebe, a citagao é de segunda mao; tira-se de um autor por intermédio de outro autor; identifica-se a citagao in- direta pelo uso da preposicéo latina apud (em, citado por). Essa forma de citagdo é corrente e absolutamente valida; naturalmente, deverd ser aspeada. Afirmava mesmo Savigny que os cédigos sio fossilizagGes do direito, consti- tuem algo de morto, que impede o desenvolvimento ulterior... (Apud MON- TEIRO, 1967a, p. 48). Evite-se, no entanto, citar apud quando a obra nao ¢ rara, ou facil- mente encontravel. Imagine-se, por exemplo, citar Mirabete, consultan- do terceiros... * Citagdo literal (ipsis litteris, litteratim): trata-se da citagio ao pé da letra, a saber, literalmente, fielmente, exatamente como esta no texto, mesmo com eventuais erros. Caso haja algum erro, colocar-se-4 imediatamente apés ele 0 ad- vérbio latino sic (assim, assim: mesmo) entre parénteses ou itdlico. O mesmo sic usa-se, também, para sinalizar estranheza, contradigao, ina- dequacéo, ou mesmo ironia. Em trabalho de cardter cientifico sério nao tem lugar a ironia e, destarte, ndo se recomenda 0 uso do sic, em tal caso. | De igual modo, emprega-se o sic com referéncia a equivocos em textos de decisdes judiciais e normas juridicas, como bem lembra Nunes (1997, p. 82). Como exemplo, leia-se 0 art. 244, pargrafo tinico do Cédigo Penal: ‘Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide (sic), de qual- quer modo, inclusive por abandono injustificado do emprego ou funséio, 0 pagamento de pensdo alimenticia judicialmente. Henriques e Mdeiros 122 Monografia no Curso de Direito * * Citagéo parafraseada: j4 se comentou que a pardfrase é a transcrica do pensamento, da idéia original do autor de determinado texto con vocabulério proprio, fraseado proprio, enfim, estilo préprio. Considera-se a paréfrase como tipo de citacao indireta. * Citagéio condensada: outra forma de citagio indireta consiste no res mo, na sintese do que se consultou sem se alterar a idéia do autor, semi apresentar juizos de valor ou comentarios de ordem pessoal. + Citagao de normas jurfdicas: como toda e qualquer citagéo, pode-se fazé-la de forma literal (praxe mais comum) ou por paréfrase (uso me- nos comum). Em caso de citaqao literal, ela pode ser precedida da ex- presstio latina in verbis (nas pelavras, com as palavras). Exemplo: O art. 2° da Lei n° 10.610, de 20 de dezembro de 2002, disciplina | in verbis: ‘Art. 2°A participagio de estrangeircs ou de brasileiros naturalizados hd menos de dez anos no capital social de empresas jornalisticas ¢ de radiodifusdo ndo poderd | ital total e do capital votante dessas empresas ¢ so- exceder a trinta por cento do cap mente se dard de forma indireta, por intermédio de pessoa juridica constitu(da sob as / leis brasileiras e que tenha sede no Puts. Notas: _ emse tratando de norma juridica conhecida, cita-se a expresso identifi- cadora e a sigla corresponden:e: Cédigo Civil (CC), Cédigo de Processo. | Penal (CPP), Cédigo Processual Civil (CPC) etc.; nao é necessério, pois, © informar o ntimero da lei que ‘he deu eficdcia. Nas demais vezes em que tais cédigos sf citados, basta o uso da sigla. 3 _-as normas sujeitas a alteragées constantes, como é 0 caso da Lei do In- quilinato, devem ser citadas com maior precisao; dir-se-A entdo:, "Lei do Inquilinato vigente”, ou “Lei do Inquilinato em vigéncia” ou mesmo “Lei do Inquilinato (Lei n® 8.248 dz 18-10-1991)”. + Citagdo de decisdes judiciais: vale o mesmo que foi dito sobre a citagao de normas juridicas. * Citagio de textos em lingua estrangeira: nao é corrente a citagao de § textos em Iingua estrangeira na drea juridica e em outra érea qualquer. No Curso de direito processual penal, de Magalhaes Noronha (3. ed., 1969, com 546 paginas) hé oito textos estrangeiros curtos: cinco em es- panhol; dois em italiano e um em inglés com traducio entre parénteses, nas primeiras 200 paginas. Na Filosofia do direito, de Miguel Reale ~ 0 }— Citagbes diretas e inditetas: sistemas de chamada 123 mesmo ntimero de paginas -, encontram-se duas citagdes em francés com a traduco. Em uma monografia juridica de formandos em Direito, ndo se vé razio para a citagao de textos em lingua estrangeira; proibi¢ao, porém, nao hd. Que se faca a citacdo com a devida traducao entre parénteses; ao final, entre parénteses, coloca-se Tradugiio do Autor. + Citagdo de brocardos, expressdes e termos latinos: em monografia juridica, nao ha por que vetar a citaco de elementos latinos. Eles fazem parte do vocabuldrio juridico e nele foram inseridos e conservados desde tempos longinquos e Ihe dac um sabor peculiar. O autor da monografia deve conhecé-los e cabe-Ihe us4-los no momento oportuno. Os brocardos e expresses latinos, nao ha traduzi-los; deve-se ficar atento quanto ao sentido a fim de ndo misturar latim e portugués: data vénia, ou data yenia; h4beas-corpus ou habeas corpus; fac-simile ou fac simile; vade-mécum ou vade mecum, e assim por diante. Vem a propésito uma palavra a respeito dos objetivos das citagdes que sao, em sintese, os seguintes, consoante Ferreira Sobrinho (1997, p. 80): + Prestar informacées: considera-se essa a finalidade precipua da cita- 40: 90% por cento das citajdes tém como escopo informar, sejam elas diretas, sejam indiretas. Divergem juristas, fildsofos « socidlogos quanto ao modo de conceituar o direi- to (MONTEIRO, 1967a, p. 2). Eo Estado 0 titular do direito de punir (NORONHA, 1969, p. 3). * Confirmar opiniao apresentada: consiste, de certa forma, em usar 0 argumento ex auctoritate para a defesa de determinada tese ou opiniao com citacéo confirmatéoria 01 comprobatéria. Numerosos, alids, so os cutores que comungam dessa opinido. Entre nés sufragam-na luzeiros do mundo juttdico, como Jodo Mendes, Manuel Carlos de Figueiredo Ferraz, Vicente de PV Azevedo, Helio Tornaghi e outros (NORONHA, 1969, p. 6). + Contrariar uma afirmago: do confronto de idéias é que nasce, muita vez, a clareza. Dai que pode ser interessante a citaco de teses ou auto- res em pdlos opostos ao que se defende na monografia. Combate Laurent vivamente todas essas distingdes, dizendo que isso é escolds- tica, a ser banida da ciéncic do direito, que é ciéncia da vida e nao ciéncia das abstragées (MONTEIRO, 1967a, p. 205). HA formas e nexos de coesio que caracterizam citacao a favor e citacao con- tra. Como exemplo: 124 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Medeiros Citagao a favor ‘Também Kelsen... Igualmente Santo Tomés... Jé era esse o entendimento de... fa tese sustentada por... Comungam com a afirmagio... Sufragam a mesma opiniao... A mesma idéia filia-se. Oportuno é, ademais, falar sobre a extensao das citagdes e, de infcio, cumpre dizer que nao ha determinagées taxativas a esse respeito. O uso estabelece uma média de cinco linhas para citag6es simples e mais de cinco linhas para citagdes doutrindrias mais complexas. 2.1 Notas bibliogrdficas Notas bibliograficas sao elementos imprescindiveis a uma monografia. Auto- res de textos académicos, técnicos, cientificos necessitam apoiar suas afirmaqées ou conclusées em outros autores; por isso, fazem citacées diretas e indiretas, sem- pre acompanhadas ou de uma nota cle rodapé, ou de notas de final de capitulo ou de todo o texto, ou de notas que vén sinteticamente expostas no prdprio texto. 0 uso da citagio direta prevalece nos casos em que é necessdrio ampliar a credibilidade do que se est expondo; se néo citagéio indireta. Além disso, um trabalho cientif colcha de retalhos, composta de citagdes desencontradas, de pontos de vista que se contradizem. Espera-se de um autor capé elacionar idéias e chegar a novas conclusdes. Reduzir uma monografia a citagies infindaveis é, muitas vezes, sinal de falta de séncia de dominio do assunto. Entre tanto,.pa dé embasamento técnico ou cientifico & exposigao e pode-se afirmar que uma mo- nografia sem referéncias bibliograficas (notas de pouco interesse para a comunidede académica. Evidentemente, hé uma forma tle trabalho cientifico em que a contribuigéo pessoal prevalece sobre a forma rigi- dda da monografia e, por isso, o autcr dispensa as notas: trata-se do ensaio. Observar: a citagéo direta deve ser 0] sidera que o conceito de testemunha nio oferece diivida, a citagdo deve ser evitada, porque nada acrescenta; o conceito j4 & de dominio pacifico ¢ Sobre ele nao pairam dificuldades de entendimento. Também deve-se evitar 4 omissao de palavras (indicada por reticéncia entre parénteses) se 0 texto eliminado nao é grande. Citagao contra Outros, porém... Enquanto para... Asseguram outros... Para terceira corrente... Ja Fulano tem outra opiniao... Combate Clévis esse ponto... Acreditamos, porém,... for este 0 caso, a preferéncia é pela fico nao pode reduzir-se a uma acidade reflexiva, criatividade para amadurecimento das idéias, de au- casos em que a citacao se justifica e bibliogrdficas) é um trabalho pobre, portuna e necessaria. Se se con- Gitagdes diretas ¢ indiretas: sistemas de chamada 125 A norma estabelece que os nomes cevem ser iniciados pelo tiltimo sobreno- me e nao se ocupa do nome pelo qual 0 autor é conhecido. Portanto, ainda que alguns autores da area do Direito sejam conhecidos pelos dois uiltimos nomes, ou que o nome de familia de origem espanhola e outros paises nao seja exatamente 6 iiltimo, como ocorre no Brasil (Sousa. Joao Batista de), a regra estabelece que se inicie a referencia bibliografica pelo tiltimo nome, abrindo excecao apenas pata 0s casos em que ao nome de familia se juntam expresses como Filho, Neto, Minior, Sobrinho. Nesses casos, a referéncia inicia-se pela composicaio: SANTOS FILHO, Anténio dos. SILVA NETO, Jodo da. OLIVEIRA JUNIOR, Adamastor de (ou OLIVEIRA JR., Adamastor de). FERREIRA SOBRINHO, Carlos. 3 ANBR 10520:2002 ANBR 10520:2002 trata das citacoes, do sistema de chamada, de notas de rodapé. 3.1 Definigéo de citagdo e caracteristicas Define-se citagdo como mengéo, no texto, de uma informagéo extrafda de ou- tra fonte. A citagao pode ser direta ou indireta. A direta constitui-se na transcri- cdo de texto de outro autor. A indireta consiste numa parafrase do texto do autor Snsultado, ou seja, texto baseado na obra do autor consultado. A citacao pode ser ainda de outra citacao. Nesse caso, embora no se tenha tido acesso a obra de tim autor, transcrevem-se suas idéias, consultando no o livro original, mas uma citagdo em texto de terceiros. Portanto, citagdo direta ou indireta de um texto em que no se teve acesso ao original. Esse tipo de citacéo & representado pela expressao latina apud. Recomenda-se que séu uso se restrinja a textos raros. Por exemplo, um pesquisador ndo deve citar um artigo do Cédigo Civil consultando um comentarista do Cédigo. Deve buscar o proprio Cédigo. De igual forma, um autor renomado da doutrina deve ser pesquisado em seus prOprios escritos no em terceiros. Um pesquisador que citasse Julio Fabbrini Mirabete transcrevendo seus textos de outros penalistas que néo o préprio Mirabete cometeria um erro primario: o de revelar pobreza em sua pesquisa. 1 & possivel, no entanto, que o orientador da monografia académica faga questo do uso dos nomes pelo qual o autor da area de Direito ¢ conhecido. Orientando ¢ orientador devem chegar a um acordo sobre o procedimento a adotar, 126 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Medeiros A NBR 10520:2002 define ainda notas de referéncia, que s4o notas que indicam fontes consultadas ou remetem « outras partes da obra onde o assunto é tratado, As notas de rodapé, por sua vez, sfio constitufdas por observagoes ou ror, tradutor ou editor. Igualmente, notas. complementos ao texto feitos pelo aut explicativas sao notas usadas para comer térios, esclarecimentos que no podem ser incluidos no texto. As citagdes podem aparecer no texto ou em notas de rodapé. 3.1.1 Regras gerais de apresentagdo das citagées diretas e indiretas As citagbes, sejam diretas, sejam indiretas, exigem cuidados elementares com relacdo a elaboracao da referéncia & fonte. A falta de rigor com relacdo a esse por- menor pode levar um trabalho & frustragio, a alcangar resultado negativo, ainda que criterioso com relacdo a pesquisa cientifica propriamente dita. Para evitar a repeticao de notas, utiliza-se modernamente uma técnica que compreende so- brenome do autor citado no texto e apenas a indicagéo de ano, abreviatura da palavra pdgina e 0 ntimero de paginas, entre parénteses. Por meio dessas infor- magées, 0 leitor, recorrendo as referéncias (bibliografia), obtém as informagées bibliogréficas completas, como nome do autor, titulo da obra, edicao, local, ano de publicacdo. Nesse caso, ha economia de tempo de elaboragao do trabalho, de papel, bem como se evitam erros, porque a citagao completa aparece apenas uma vez, ao final do trabalho. “ Diga-se, inicialmente, que a transcric&o deve ser rigorosa. Nao se deve inven- tar nada, nem alterar a pontuagao, nem trocar palavras, nem omitir informagdes que distorcam o pensamento original. Um pesquisador descuidado em suas cita- ges nao consegue bom éxito ao final de seu trabalho. Para indicar a fonte de suas citagdes, pode-se utilizar do sistema autor-data, ou sistema numérico. Nas citagdes em que se utiliza o sistema autor-data, as entradas sao feitas pelo sobrenome do autor, pelo nome da instffuicao responsével ou até mesmo pelo titulo inclufdo na sentenca. Essas informagées, graficamente, sao apresen- tadas de forma diferente. Se o sobrenome do autor, ou nome da instituigdo res- ponsvel, ou titulo, estiverem fora dos parénteses, deverd ser escrito com letras tnaitisculas e mintisculas, mas, se estiver dentro dos parénteses, deverd ser escrito com letras maitisculas. Exemplo: 0 Direito Constitucional, como ciéncia juridica que é, tem por objeto o estudo da constituigao do Estado, afirma Dantes (2005). ‘Aqui, a citagio & A obra do autor, sem especificar nenhuma pagina. No exem- plo seguinte, ha a indicagdo precisa da pagina do livro onde aparece a idéia do autor referenciado: itacBes diretas ¢ indiretas: sistemas de chamada 127 Afirma Dantas (2005, p. 85) que a pessoa que perdeu a nacionalidade brasileira por ato voluntério pode recuperé-la cesde que a pleiteie; nesse caso, perde a outra hacionalidade, em virtude da comunicagao que o governo brasileiro faz 4 embai- xada do pafs que havia realizado a naturalizagio do nacional 1 Na citaco direta, devem ser espe: cificados no texto o volume (se houver) € a pagina da fonte consultada. Estas informacées devem seguir a data, separadas por virgula e precedidas pela abreviatura do termo que as caracteriza (w, p.). Nas indicacdes de citagGes indiretas, a indicacao das paginas consultadas é opcional. ‘Aciéncia do Direito est em constante defasagem em relagao a sociedade. A vida é rica em situagées peculiares ¢ a lei nao as consegue prever totalmente, Nas hip6- teses de auséncia da lei diante de determinada relagiio, ocorre 0 que se denomina Lacunas da Lei (NICOLAU, 2005, p. 12). Se se tratar de uma fonte com mais de um volume, juntamente com 0 so- brenome, devem ser especificados: ano da publicacdo do texto, volume, tomo, pagina. A forma é a seguinte: (SOBRENOME, 2006, v. 2, p. 78-79) “seco” (MIRABETE, 2003, v. 1, p. 101). Mirabete (2004, p. 101) afirma: “........” Martins (2004, p. 117-119) demonstra que “ “eases” (MARTINS, 2004, p. 191). A Secretaria de Educacio (2004, p. 7), em 30-6-2004, determina... G » (SECRETARIA DA EDUCAGAO, 2004, p. 7) ee ” (EXPERIENCIAS JURIDICAS, 2004, p. 313). Em “Experiéncias Juridicas” (2004, p. 115), Observar como é grafado diferentemente o sobrenome do autor citado, a pontuacio utilizada (virgulas), 0 ano, a abreviatura de volume, o niimero de volume em algarismo arabico, a abreviatura de pagina e o ntimero da pagina em que se encontra o texto original. Com relacé¢ ao numero de volume, nao importa se a obra consultada traz o volume em algarismo romano. O volume é escrito em algarismo arabico. Também com relactio ao mimero de pagina, esclarece-se que 0 ntimeros, mesmo que idénticos, devem ser repetidos: p. 120-121 (e no 120-1) p. 205-206 (e nao 205-6) 2 As citagdes diretas de até trés linhas devem ser contidas por aspas duplas. {As aspas simples servem para indicar citagdo no interior de citagéio. Exemplo: ‘Afirma Nicolau (2008, p. 12) que, “nos primérdios, a ‘justica’ era realizada pelos préprios cidadiios, em exercfcio da qutotutela”, 128 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Mecieiros 3 As citagdes diretas com mais de trés linhas devem ser destacadas com @ recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e ” sem aspas. Exemplo: ' # erro comum iniciar o estudo de Direito Civil com a leitura bem ea andlise direta Cos artigos do Cédigo Civil. Isso equivale <4" ___, a tentar conhecer uma localidade sem ao menos saber em que hemisfério ou continente se encontra, nem qual o idio- ma é ali praticado (NICOLAU, 2005). Para Alvaro Villaga Azevedo (2002, p. 259), “o casamento de fato nfo deve surgir ex abrupto, mas apés 0 amadurecirzento convivencial”. Afirma Alvaro Villaga Azevedo (2002, p. 269) No casamento de fato, os conviventes sentem-se casados, como esposos, porque so casados, tal como 0 casamento da common law, que existe hoje em 14 Estados america- <4 _, nos, [...] 0 da Escicia e 0 casamento de fato ou clandesti- no admitido pelas Ordenagées Filipinas, até o advento do aludido Decreto n? 181, de 1890, que instituiu, entre nés, ‘o casamento civil. 4 Supressées, interpolacées, comentérios devem ser indicados entre col- chétes e reticéncias [...]. Destaques so indicados com sublinha ou bold (negri- to) ou itdlico, e informa-se ao leitor que se trata de um destaque que nao consta do original. Exemplos: ‘Tendo em vista o cardter piiblico do Direito Processual do Trabalho, a lei é a sua principal fonte. A Constitui¢do Federal est no topo das fontes imediatas e contém normas e prinefpios gerais do processo [...]. No Ambito infraconstitucional, diver- sas leis tratam do processo do trabalho, como, por exemplo: (a) a Consolidacao das Leis do Trabalho; [...] (d) a Lei n® 6.830/80; (¢) a Lei n® 7.701/88, entre ou- tras (ROMAR, 2005, p. 3-4). Deliberado o aumento de capital da sociedade limitada, os s6cios tém 30 dias para manifestar sua preferéncia na participagdo do aumento (FAZZIO JUNIOR, 2003, p. 166, grifo nosso). 5 Se a informacao provém de palestras, debates, comunicagées, indica-se entre parénteses a informacdo verbal, mencionando-se as informagées dispont- veis em nota de rodapé. Exemplo: Variadas partes do Cédigo Civil de 2002 apresentam tratamento diferenciado na exposigao da lei, provavelmente por obra de sucessivas revises ou de revisores diferentes das diferentes partes (infcrmagao verbal).' CitagSes diretas ¢ indiretas: sistemas de chamada 129 No rodapé 7 Afirmacdo do Prof. Fulano de Tal em aula inaugural na Faculdade de Direito X, em Sao Paulo, em fevereiro de 2006. 6 Trabalhos citados que ainda rao conheceram publicagéo devem ser assim referenciados: No texto: O mais solene dos atos é 0 casamento (em fase de elaboracao).? No rodapé: 1 Dos fatos juridicos, de autoria de Fulano de Tal, a ser editado pela Editora X, 2006. 7 Para destacar trechos de uma citagio, faz-se a transcrigao com 0 desta- que, indicando ao final: grifo nosso entre parénteses, ou grifo do autor, se 0 des- taque ja fizer parte da obra consultada Exemplos: O perito tem o dever de cumprir 0 oficio que the foi conferido no prazo designado pelo juz. Pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legitimo, ou pode fer recusado pelas partes por impedimento ou suspeicéo (CPC, 423) (ROMAR, 2008, p. 132, grifo nosso). Se o destaque for do autor: ‘A inspegdo judicial & uma diligéncis. processual realizada pelo juiz, de oficio ou a requerimento da parte, com o intuiro de esclarecer fatos que interessem a solucdo do litigio, mediante uma verificagao direta em pessoas ou coisas (ROMAR, 2005, p. 133, grifo do autor). 8 Se a citacdo incluir texto traduzido pelo autor, deve-se incluir, depois da chamada da citacdo, a expresso tradugiio nossa, entre parénteses. Exemplo: Giuseppe Ferri afirma: “Todavia, nfo sendo na sociedade de pessoas um drgdo de assembléia, nao é preciso uma deliberagio formal, mas é suficiente que a deter- minaco corresponda a vontade da maior parte dos sécios” (FERRI, 1971, v. 10, p. 230-231, tradugao nossa). 9 Sistema de chamada. As citacies devem ser indicadas no texto por meio de um sistema autor-data, ou por um sistema numérico. 9.1 Nao se devem misturar sistemas. Se se inicia com o sistema autor-data, deve-se seguir até o fim com esse sistema. Da mesma forma, se se utilizar o siste~ ma numérico, deve-se seguir com ele até o fim do trabalho. Por exemplo: supo- nha-se que o sistema escolhido é 0 de autor-data e que de repente se introduza no texto algo como: 130 Monografia no Curso de Direito * Henriques e W edeiros (OLIVEIRA, op. cit.), (OLIVEIRA, idem, ibidem). Essas formas sao rejeitadas pela norma da ABNT. 9.1.1 Se o nome do autor ou instituigdo responsdvel estiver incluido na sen- tenga, indicam-se a data e a pagina ent:e parénteses: Conforme Teles (2002, p. 117), ... Segundo Oliveira (2006, p. 72), .. Citagdo de obra de um autor: Segundo Fazzio Jtinior (2003, p. 17), “qualquer posicionamento em sede de so- ciedade empreséria passa, necessariamente, pela consideracao da autonomia da vontade e da liberdade de contratar, predominantemente direito privado”. 4 Segundo Waldo Fazio Jtinior (2003. p. 17), “qualquer posicionamento em sede de «J sociedade empresdria passa, necessariamente, pela consideragao da autonomia da vontade e da liberdade de contratar, predominantemente direito privado”. Segundo W. Fazio Jtinior (2003, p. 17), “qualquer posicionamento em sede de sociedade empresaria passa, necesseriamente, pela consideracao da autonomia da vontade e da liberdade de contratar, predominantemente direito privado”. Enecessario manter a uniformidace: se utilizar 0 nome completo, é preciso continuar com esse padrao em todo o texto; se optar por alguns nomes abreviados, niio serao admitidas variacdes, ou seja, ora nome inteiro, ora nome abreviado. Na sentenca, 0 nome do autor citado pode aparecer por extenso, ou alguns deles abreviados, ou apenas 0 sobrenome. Segundo Azevedo (2004, p. 30), “os contratos de casamento babilénicos. Segundo Alvaro V. Azevedo (2004, p. 30), “os contratos de casamento babildni- ane Segundo Alvaro Villaga Azevedo (2004, p30), “os contratos de casamento babi- Iénicos...” Entre parénteses, no entanto, é normal o uso apenas do sobrenome e todo escrito em letras maitisculas: Os contratos de casamento babildnicos eram realizados em razio de acordo entre 6 futuro marido ou seus pais e os pais da futura esposa, com a entrega de uma soma em dinheiro, chamada tirhat, que marcava o inicio de uma primeira fase da realizagio matrimonial (AZEVEDO, 2004, p. 30). No meio jurfdico, écomum o uso do nome pelo qual o autor é mais conheci- do. Entao ficaria: Citagbes diretas e indiretas: sistemas de chamada 131. 0s contratos de casamento babil6nicos eram realizados em razdo de acordo entre 6 futuro marido ou seus pais ¢ os pais da futura esposa, com a entrega de uma soma em dinheiro, chamada tirhatu, que marcava o infcio de uma primeira fase da realizagéo matrimonial (VILLAGA, 2004, p. 30). Varios textos de um mesmo autor: Fazzio Junior (2002, 2003) afirma... a .” (FAZZIO JUNIOR, 2002, 2003). Nesse caso, como se pode verificar, a referéncia é a toda a obra, mas pode também ser a uma pagina especifica: Fazzio Junior (2002, p. 19; 2003, p. 101)... ‘A ordem das obras citadas deve ser da mais antiga para a mais atual. 9.1.2 Se hé mais de um autor com o mesmo sobrenome, sio utilizados os prenomes ou abreviatura deles. Por exemplo: ‘A incompeténcia relativa do jufzo deprecado nao pode servir de fundamento para devolver-se a carta sem cumprimento (DINAMARCO, P S. In: MARCATO, 2004, p. 535). ‘Afirma-se que a aciio resciséria serve como fator de equilibrio, pois dé oportunida- de & parte, tal qual os recursos, de se insurgir contra as decisdes visando ao apri- moramento destas e a eliminagdo quase exauriente das injustigas (DINAMARCO, M.C. A, 2004, p. 32). (OLIVEIRA, A., 2006) (OLIVEIRA, N., 2006) Se houver coincidéncia de abreviatura de nomes, usa-se: (SILVA, José, 2006) (SILVA, Joao, 1999) 9.1.3 Citages de diferentes documentos de um mesmo autor, publica- dos num mesmo ano. Nesse caso, so usadas letras mintisculas apés a data e sem espacejamento: ... afirma Mirabete (2003a, p. 199). ... afirma Mirabete (2003b, p. 207) .” (SOARES, 2004a) .” (SOARES, 2004b) Henriques e Meceiros 132 Monografia no Curso de Direito * 9.1.4 Citagdes indiretas de diferentes documentos de um mesmo autor (ou seja: virios autores com a mesma idéia), publicados em anos diferentes e men- cionados simultaneamente, tém as datas separadas por virgula: (OLIVEIRA, 2002, 2006) (SANTOS; OLIVEIRA; PESSOA, 2001, 2002, 2003) (QUEIROS; NEGRAO, 2003) Sousa (2002, p. 99), Alves ¢ Oliveira (2003, p. 53) e Silva (2004, p. 66) enten- dem que... E necessério manter a ordem do mais antigo para o mais atual. 9.1.5 Citacdes indiretas de diversos documentos de varios autores, menci nados simultaneamente, devem aparecer separadas por ponto-e-virgula, em or- dem alfabética. Exemplo: (OLIVEIRA, 2002; PEREIRA, 1989; SILVA, 2001) 10 Sistema numérico. As citagdes devem ter numeracao tinica € consecu- tiva, em algarismos ardbicos, para todo 0 capitulo ou parte. A ABNT nao admite a numeracao por pagina. Nesse sistema, remete-se a uma lista de referéncia ao final do trabalho, do capitulo ou parte, ra ordem em que aparecem no texto. 10.1 O sistema numérico ndo deve ser usado quando hd notas de rodapé. ‘As hotas remetem a uma lista de referéncias apresentadas ao final do texto. Exemplo: ‘Afirma Gil que “nem sempre fica clara a distingao entre a pesquisa bibliogrdfica e a documental”.® Na lista de referéncias, aparecera: 5 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetas de pesquisa. 4. ed. Sao Paulo; Atlas, 2002. p. 46. A indicagéo da numerago é apresentada entre parénteses, alinhada ao texto, ‘ou elevada como se fosse um numero expoente, apés a pontuacao. Exemplos: >a Afirma Martins que “ Afirma Martins que “... ‘Ao final do capitulo, ou da parte, ou de toda a obra, devem ser feitas as refe- réncias, com SOBRENOME DO AUTOR, [virgula] Nome. [ponto]. Titulo da obra. [em itélico e ponto]. Local: [dois-pontes], Editora, [virgula] ano da publicacao. {[ponto}. abreviatura de pagina [p.] e nlimero da pagina. [ponto]. Exemplos: Citagées diretas e indiretas: sistemas de chamada 133 2 BITTAR, Eduardo C. B.; ALMEDDA, Guilherme Assis de. Curso de filosofia do di- reito. So Paulo: Atlas, 2004. p. 53. 22 GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito de dguas: disciplina juridica das Aguas doces. 2. ed. Sao Paulo: Atlas, 2003. p. 99. No segundo exemplo, aparece o subtitulo, que deve ser precedido de dois- pontos e ser escrito em fonte normal, sem destaque. Depois do subtitulo, aparece a edicdo de forma abreviada. 11 Sistema autor-data. Nesse sistema a indicacao da fonte é feita: a) pelo sobrenome do autor, ou nome de entidade responsdvel até o pri- meiro sinal de pontuacdo, seguido da data de publicagao do documento e da pagina da citagéo direta, separados por virgula entre parénteses. Exemplos: No texto: 0 direito de retirada nas sociedades limitadas encontra-se atualmente previsto no art. 1.077 do novo Cédigo Civil (FONSECA, 2005, p. 24). Na lista de referéncias: FONSECA, Priscila M. B Corréa cla. Dissolugao parcial, retirada e exclusdo de sécio no novo Cédigo Civil. 3. ed. Séo Faulo: Atlas, 2005. Citagdo de fonte de dois autores: (BITTAR; ALMEIDA, 2004, p. 23) Fora dos parénteses: Como afirmam Bittar e Almeida (2004, p. 23), ... Se houver coincidéncia de autores cont o mesmo sobrenome e data, acrescen- tam-se as iniciais de seus prenomes. Se as letras iniciais dos prenomes coincidi- rem, escrevem-se 0s prenomes por extenso: (DINAMARCO, P S., 2004, p. 536). | (DINAMARCO, M. C. A., 2004, p. 32). (DINAMARCO, C. R., 1986, p. 33). (SILVA, J., 2004, p. 21). (SILVA, M., 2004, p. 57). j (SOUSA, José, 2004). (SOUSA, Joao, 2004). 134 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Medeiros Citagdo de fonte com trés autores: (ELIACHEVITH; NOLDE; TAGER, 130, p. 45) Fora dos parénteses: Como afirmam Eliachevith, Nolde € Tager (1930, p. 45), ... Citagaio de fonte com mais de trés autores: (CUNHA et al., 1980, p. 55). Os nomes seriam: L. Veiga da Cunha, A. Santos Gongalves, V, Alves Figueira € Mario Lino, autores de A gestdo da deua: principios e sua aplicagdo em Portugal, publicado pela Fundacao Calouste Gulbenkian. Fora dos parénteses: Informam Cunha et al. (1980, p. 55 Nesse tipo de citacéo com mais de um autor é sempre preciso muito cuidado com a concordancia verbal (informam e nao informa, porque 0 sujeito é compos- to: ha mais de um autor). Uma entidade pode constituir-se em autora: “ ” (FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO, 2004, p. 21). os (SECRETARIA DE NEGOCIOS JURIDICOS DA PREFEITURA DO MUNI- {PIO DE SAO PAULO, 1992, p. 21). b) No caso de obras sem indicagao de autoria ou responsabilidade, usam-se a primeira palavra do titulo seguida de reticéncias, data de publicagio e pagina da citacfio. Exemplo: No texto: Todas essas regras deverdio ser observadas no caso de recuperagiio da empresa (ANTEPROJETO..., 2006, p. 33). Na lista de referéncias: ANTEPROJETO de lei. Conjunto de leis, Brasilia, DE, n. 11, p. 33, mar. 2006. ©) Se o titulo se inicia por artigo definido ou indefinido, este deve ser in- cluido na indicagao da fonte. Exemplo: No texto: Nao era para tanto, segundo o senador Fulano de Tal (As discuss6es..., 2006, p. 7). Na lista de referéncias: | CCitagées diretas e indiretas: sistemas de chamada 135 | | | AS DISCUSSOES legislativas. Folha de S. Paulo, Sao Paulo, p. 7, 5 maio 2006. 12 Notas de rodapé. Além das notas referenciais, podem ser necessarios co- mnentarios e explicitagdes. Nesse caso, so indicadas as notas de rodapé, mesmo que o sistema utilizado seja o de autor-data. Para a NBR 10520:2002, “deve-se utilizar o sistema autor-data para as citacdes no texto e o numérico para as notas explicativas”. Exemplos de notas explicativas: 18Veja-se quadro ilustrativo em Neves (2006). 2° Esse mesmo argumento é usado por Romar (2005). 12.1 Nas notas de referéncia, os ntimeros sao grafados em algarismo aré- bico e a numeracdo € tinica e consecutiva para capitulo ou parte. Nao se inicia a numeracdo a cada pagina. 12.1.1 A primeira citacdo de uma obra deve apresentar todos os elementos | essenciais de uma nota bibliografica: sobrenome e nome do autor, titulo da obra, edicao, local, editora, ano, pagina. 12.1.2 As citagdes subseqitentes de uma mesma obra devem ser referencia- das de forma abreviada: a) Idem = mesmo autor - Id. © DIPIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 17. ed. Sao Paulo: Atlas, 2004. p. 42 2 Idem, 2002, p. 21. Na nota 12, aparece apenas 0 ano da publicagao de outro livro da autora citada na nota 11. A referéncia completa do segundo livro 6 é apresentada em nota anterior, por exemplo, na nota 9. *° DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parceria na administragdo piiblica. 4. ed. S20 Paulo: Atlas, 2002. p. 125. b) Ibidem = na mesma obra - Ivid. 16 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 17. ed. Sao Paulo: Atlas, 1 2004. p. 57. ¥ Ibidem, p. 72. ©) Op. cit. = opus citatum (obra citada) 55 CAMPOS, Dejalma de. Direito financeiro e orgamentdrio. 2. ed. Sao Paulo: Atlas, 2001. p. 47. 136 Monografia no Curso de Direito + Henriques e Medeiros 56 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo, 17. ed. Sao Paulo: Atlas, 7 2004. p. 57. 57 CAMPOS, Dejalma de. Op. cit., p. 77. 0 uso de op. cit. estd condicionado ao aparecimento seqiiencialmente de 4 autores diferentes. Se na nota 56, por exemplo, a referéncia fosse a Dejalma de ” Campos, deveria ser usada a expresso ibidem e nao op. cit. d) Passim — aqui e ali, em diversas passagens 3 OLIVEIRA, 2006, passim. e) Loco citato — no lugar citado — loc. cit. 11 OLIVEIRA, 2006, p. 21-22. 2 OLIVEIRA, loc. cit. f) Confira, confronte - Cf. 38 Cf. OLIVEIRA, 2006. g) Sequentia — seguinte ou que se segue — et seq. 23 OLIVEIRA, 2003, p. 44 et seq. 12.1.3 As expresses latinas s4o utilizadas apenas em notas de rodapé, ex- ceto a expresso apud, que é utilizada também no texto. As expresses latinas nao recebem nenhum destaque. Exemplo: Uso de apud no texto: Conforme Fulano de Tal (1999, p. 75 apud OLIVEIRA, 2006, p. 131). Uso de apud no rodapé: 29 OLIVEIRA, 1999 apud SILVA, 2002, p. 11-13. 12.1.4 As expressées das alineas a, b, c af podem ser usadas apenas na mes- ma pagina da citagdo a que se referem. 13 Notas explicativas. A numeracéo das notas explicativas é feita em alga- rismos ardbicos, tinica para cada capitulo ou parte. Nao se admite a numeragao por pagina. No texto: O uso de normas técnicas é essencial na realizacao de trabalhos técnico-cientificos e académicos.* No rodapé: 5 Vejam-se argumentos favordveis ao uso da norma em Silva (2005, p. 207).

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