Horrvel! O osso Frontal em fogo Ia talvez morrer, Disse. Olhou-se no espelho. Era to moo, Ah! certamente no podia ser! Levantou-se. E eis que viu, antes do almoo, Na mo dos aougueiros, a escorrer Fita rubra de sangue muito grosso, A carne que ele havia de comer! No inferno da viso alucinada, Viu montanhas de sangue enchendo a estrada, Viu vsceras vermelhas pelo cho E amou, com um berro brbaro de gozo, O monocromatismo monstruoso Daquela universal vermelhido! Ao Luar Quando, noite, o Infinito se levanta A luz do luar, pelos caminhos quedos Minha tctil intensidade tanta Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos! Quebro a custdia dos sentidos tredos E a minha mo, dona, por fim, de quanta Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos, Todas as coisas ntimas suplanta! Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado, Nos paroxismos da hiperestesia, O Infinitsimo e o Indeterminado Transponho ousadamente o tomo rude E, transmudado em rutilncia fria, Encho o Espao com a minha plenitude