Scribd Logo
Fazer o upload

Bem-vindo(a) ao Scribd!

  • A Moda e o Medo0001

    Enviado por

    julianarahe
    13 visualizações7 páginas
    A moda e o medo do contemporâneo - Pedro Erber

    Título original

    a moda e o medo0001

    Direitos autorais

    © © All Rights Reserved

    Formatos disponíveis

    PDF ou leia online no Scribd

    Você considera este documento útil?

    Este conteúdo é inapropriado?

    Denunciar este documento
    A moda e o medo do contemporâneo - Pedro Erber

    Direitos autorais:

    © All Rights Reserved
    Baixe no formato PDF ou leia online no Scribd
    Sinalizar o conteúdo como inadequado
    13 visualizações7 páginas

    A Moda e o Medo0001

    Enviado por

    julianarahe
    A moda e o medo do contemporâneo - Pedro Erber

    Direitos autorais:

    © All Rights Reserved
    Baixe no formato PDF ou leia online no Scribd
    Sinalizar o conteúdo como inadequado
    de 7
    oa Glare. Cara de al. 0 Po ‘Se ode ancl Jou Oyen 78 tat tae Zeé& Dini (ombeas co tran one): 1 "do imps i dean: Record 208 Info ros ila eo medo do contemporaneo Brier nemporineo est na moda, Sja no dito da lost, da irri, da teria politica ou, de modo anda mais ersten docs arte, nunca se dieu epubicou tanto sobre cone, lade: Como observa John Rachman (201), 2 perganta "0 gu & emporineo?” £"(.) hoe clacida repetidamete a loss ¢ daar ettiea politic”. 6), Nootano et apaent ale nemporanedade disfra uomesmo empoo seu aves iy, cngenhoss de aga do presente cura especie de medo do conten, co se express deforma sntomstca no debate tal No my Jenatva de era e ditanciamento do peste se presenta or empocaneidade seu significado fla ettlc epic ge ae agu ‘0 primeio problema ques ola necessramente aqua do contmporinen€ plaralidae (a consequat mbricyig saci ene eventos, endmenon et da qual sedi quests ler, 9 contempordneos uns dos outros. Mai ainda, denomina-se conten, neo aguilo que écontemperdneo de ns mesmo, 60 presen, we atual A situa se complica na media rn gue ets se tides no so inteiramente independents a Jo outro. A efile a especfiidade do contemporinen cme period i sua diferensa do maderno, por exempl acaba por esa ‘ecesarlamente na crescentecontempornidae transnac fendmeno decisvo do mundo atl ditlobizad 0 int sole o contemporinen ve perpassa hoje o dsc intl Tora da academia no exp a es difeuldade. Tampa condigo fundamental de que toda tomad de pos teria ‘oo conceito de conterporaneidae consist em am poi pollco que di espetaimeditamente su inte pana de A “reeus 3 cantemporanedade” a que me referia acim teadugao da expresso do antropslogo ae Johannes Fabian ental of cova. Em Tone andthe Other, publcado pla ping ‘em so, Fabian ofrece, miu ves, uma ds contigs mai tants reflex atual sabe a contemporaneidade. Cova da letras traduiria por cotanekade) & como Fabian den temporalidade consttutva do trabalho de campo, o tempo Pri Pesgulsaetogrfca, De modo mais marcado que em outas ‘iss humana’ 0 conhecimento antropegio se origina fd tnlmente na lnteragie no cont iret cont oor, Acontemp ade como corals nome, portant, temperalidade dese pessoal prolong, esa patilha do tempo ete o sito oj saber anteopoligica ‘Aida que funda em uma experéncla de partha do me tempo e esayo, de cntemporanedale com su objeto dee _scritaantopolgica consi seu objeto como prtencendo um tempo, distinto dagusle do sujeito do cohecaento. Ctando Fai és latoplogs preisunoscomtantement csi a com 60 fandamentat por mld iatinos dogmascamente qe 8 Palop repos cm peu tng enlende nego Froonged coo oto Mas segue part do a ‘es odo eta pega un dara gu con o Otro em mos de distinc espactletempoc ans oy 4) tg do otro como dstante no apenas no espa50, ha ontemporanidade se express na construco da dis la qs, segundo Fabian, se istaura no proceso de tans conhecenlo orale dalgico a0 meo eset, distinct que jer bjetvar 9 Out. De modo que alocronisno fm um prinado do vere do observa, na wansormacso do ebete de contempacd: nig consid come etna do tbalho de campo Imp, soca uate content, A ober ion © hs sean um experiment. E manda anu mace ie, 2 enor aimee permanence ‘Aisa images et coeds, cm Ui isn, «wd Ira vial do cacimeta (AMAR 989.67) toss, primeiramente, de um problema epstemalgiea. A ‘cotemporaidae de prodto, fame ¢ repr, (IA, 2005.16) and, sequsermos, €uma mdanga de sim deslocamento da sta original do conhecimentoeinogr’s cenrio deums ert cen nn eote x mismo ¢ otras e objeto do conhedimento. asi ind ~eequizofrnica mesmo ~ com 0 utr enquanto rode wm dilogo e objeto de estudo est inset eprescria, no Fabian, no prio metodo da antropologs. Caberia eno a0 antopdlogo, enguanto sujet dese cone so resales, ou carrega fur desaesuizofenia.Tomando um plo da Iertura,pode-e diner que & entre ona coisa aha evar a cabo o encago desu precio: seu reslado trigico na resto do pro corpo do antropdlogo & 0 que ns reat 0 ince de Remado Carvalho, Nove ma A nareatva do sido ne alia indigenaca“sviias evel trauma dessa psc ‘be eaquizoftenia que o aun britante da atropdioga Ruth Bene sequin isca irnico que, poucos anor aps 0 sido de Quai, tena sd a pripria Ruth Benedict que “reoleu" ete paradoxo inerete a Conhesinento anopolgic, ao simplesmente salar @ etapa da temporaneidade, produzindo um rato totalzante da cultural esa en jamals dbs os stad Unidos. Em Ocrisemo ea (ent, 2008), escrito anda dara a gues e publcado em Benedict (gu tve como informantes de sua pesquisa os tenos de ‘campo de concentraio para japoneses e descendents na costa ‘dos stad Unidos) desereve a soiticaso etic ea onc at ta ull japonesa como carseristicas esendsse atemporais {ruindo asm una representagio que alimentaria por dcadas os ito, es © mesmo pesquisa universtiia american sobre Tapio no ps-guerss, Solio diferente a ese lem é que nos ‘outro iste aluno do Departamento de Anteopelogla da Columb University, Gilerto Frere, cus arava da Ul excravio Basle lispens 4 cst caguzoténca entre 0 etndgeafo em dllogo com tuto © o cents dtancndo, posto gue um eouto se Wdentficam oes ma vor ena pena do merino de engeno ces, que c eperincia dena em mater etnogriio. Mais conlituossérlaso do nareador de Nove nots ~ ee ce oro do pio Bernardo Carvalho ~ com a emergénca do outro Indio no tempo eno espao ds clizahe. O areas, que val a ‘em bus de nformagies sobre oantopdlogo american ~inverten ‘ssi 0 prigro objeto do aa de camp -, 0 mesmo narador conver cm os indos do Xingu durante anna, por inte do afer, cones sua total acapcldade de aa com as vis etiiasdosindios cade suas inesantes demandas: ica ‘adeeteror que o leva finalmenteacortar tod vinculo com ag ‘ue tora orecaberam a alla (CARVALHO, 2003p. 978) 0 vento emblematico des eupcio do indo na cidade, Interrupeo repentina da sepurago ene 0 tempo da cvliagio & tempo dale, equente ma stuagsoambigu do intelectual ase rn romance ~ come intermedi cntreooelenteeaseha ~ é um iniorescrucas com ques antropologia se deonta natalia Para 0 seopdlogo Mare Aug (194) area de uma antopolgia do mundo Ie radical entre powos cultures: ‘somerset wm poco oc) Suma sho ocr de cle cla gue poemos mar onan do “esgic para certs poosarpto da eter Do meme modo, omen oe qe aparece 5 candies de na anropolga co ‘emporine (no seinem qi lg ete observa er elnatee et i iene Ga wrbee cede ctr = nda evs em poses Mente ds). A coterie Male no dere € tanstoemta do mu qo a impde (A wounre) (0 objeto da antropologlacontemporines no ms splesmente oo" ds socedadsprimitvas ino € pssvel dentin sua alte eum suposto no ocidentl de cotornos i impreios quanto pios limites da presumia anidade do ockente Mare Age ss alengio aes dedocamento do foo pesguita anropoigics, se Ucbraca agora sobre fenimenscuras negavcment contem ces do priprio sto da invesigaso: por exemplo no estado subcukuras ou das organza, f, portant, segundo de, aca do uma tansformagio do mundo~ a “lu ofescant" dacirculaso rl generlzada ~ que inp a tae de uma reviso tedica da jrensio de tempo em que se base a pic antropolyca. Poe Jado. veloidae da crcl caltrl ccondmis, migrate wna arth generalizad do emp "Poderos enn flr rm lenporaneidade, mas a dversidade do mundo se ecompeacada etal € 0 paradoxo de noso temp” (AUG 1994, p27). Poe ir, 90 proporcona is socedade dts ocdentas a expeiécia de 3s itrupo do exter, a que proceso de coloizaio ea ptca rica teboque~ submeteram por século as sociedades “prime a éyuca atu parece engendrar uma inesperada emp ete 0 rpalogoe seu objeto. Tiss curios ientficago & 0 que expr cert ver LA Strauss 0 comparar a ameac de desapareimento da cultura frances. sob nfagncia ds inigrcSo-magulmana a desparecimento ds tribos Sndigenas da Amavdnia pelo contto coma “eliza”: Com todo 0 Shuundo desta comparasi, analog tem o mérto de reer a cons “lnc sentuada de uma aneags de irrupo ou invasio do extern {que pea sobre boa pare do pensamento europe contempornea iho contri do ge afrmava Heidegges (2005) em meados don nos 960 na famosa conferéct"O fim da fost ea tarefa do pen aimens a siuagd contempornennio se deaaresuir em temas ‘i expansio do pensamento eda ica ackdentls sobre 2 tlle {do planca antes propria posibdade de tdentficacio de um certo tod de pensar e de um conknto de valores ~ rari, democracy Universalism ~ &histria do homer europeu que a épocs aus pe fm cheque A epoca contemporincs, 2 globalzag nio apenas como) ‘Endmeno econdmico, mas como pata de um mesmo tempo ‘escent contemporanizaa da dferenga, raz consigo 0 gre de “qustionamento da propia detidade istic cultural do cide SR descentralzaio do pode politico internacional a emergincla Cina, do Bras e de ouos ples até pouco consierados peri fo cenri econdmico munis apenas alguns dos sntomas ma flvios des reoganiacio polticn-econdmico-cultwral do. mt ‘contemprrinco "No caso da antropologls, o desao da contempoancide int ‘ica se na media em gue « pripeia demarcagio de su campo inwenigagao se funda ein uma cio temporalizada ene dls td da humankade moderna, A antopologa,enguanto clénla athrapes, parece init simplesmente 0 esto do ser human e tral No entanto 2 anropoogia moderna constitu, de inf omo conecimento do out, to, das sciedaes no acide fm aa especicidadee diversidade, 20 pass que o ser humano ado “unieral” etabelve como encarnacio da humana. ‘uo consis dominio dashumanidades, Como observ of Japon Osanna Nsitan! 2006) 0 esta das humanidades eng “conhecimento do pra sujto qu conhees”(P. 365), Le 0 reflex sobre o homer enganto humano e universal desem ‘m oposco implica &antopologa como estado do homem em thversidade clara. Neste process atolls moderna, Nathan, constui iereng ene o europe eo outro como df renga temporal O esabelccimento desta consign alocrtnica marca ni d propria moderna: 0 gue se cham moderna ue como com a decbert d di rege ¢ semen um perdi ma mina fa de ‘nscénca Euma consi ese poston come nr 0 me {emp em que hte 9 oto Hs ol hla de td die ‘Sn tle dees eporlSETAN, 206p. 345) Para antropologia,o deaf da contemporaneidae colo se, sim, no nivel de sua propria identdadeenguanto cll, a ico da Aisolugdo de seu campo de estado, Contd, €justrente ds nto polos que prov algunas das contribuigds mae sgiicatives para atl debte sobre contempovinea. Ea sua inrodugso x0 volume Antinomias dare eda cultura: modernidade, ps modenidade, con ‘emporeeidade,ohistorador, critica east astalano Terry Smith thega a afirmar que 3 teorzaio mai desenvolvida da conterporane- dade ques presen até hoje ade Mare Augé Segundo Sith, [a1 respontendo& ese do anropooga gerade ps deco [aug tra conjnamerie consi doo de oie eta skstadicipi aon dco desert eto ele pan 3 cue in dere ae ato den eto oo 0 Enquanto iso, 0 oposto deta coragem frente a0 contemporinco Aan habit o debate ata. E, no por acso, éjusamente no mbito| dhs humanidader como conhecimento do suelo human en tu ersaldade ais precsamente ma flsofia ou tora crt, que es ontemporaneidade se manifesta de fora mas as [Nada mais sintomatico dessa recuse deste temor contempors Aide que © mute comentado eno de Gioeio Agamben "O gic ‘contemporineo?™ Agamben es na moda, Nio & de etanhar que feat tena se tomado referencia obrigtra em qualquer discussie Sobre contemporineosjanaacademia no muse, ou. na mesa dob que no dela de surpeeender € ue justamente tum texto em se © flo recws ao contemporine se expres de formato evident io enconte mas resistencia rea no debate ta, supostament io ilo de contemporaeidde Rtomando a ctasso de Augé (994) "E somente hoje, sob ah (desert um pouco ofcate) de uma stuasio generlzada decir Jagio cultura, que podemos tomar consiéncia do qu sigiico pa ‘ertos pov irrupeo doexteio” (p73) Bob esa lar ascane irrompe 8 contemporaneidade. No entant, a0 volar os eos para presente, Agamben prefere ener a escurio, Como um Josep Maistre do culo XN, le ira de mane peremprs “conte rnc é ale que mantém fix o oar no seu tempo para nee per ber mio ashes aso excuro. Todos os tempos so, par quem del experiment contemporaneidade, obscura” (AGAMBIN, 2009.6 ‘Mas. xcur,assequa-nos Agamben, ndo€ simples privaio de tum esuro passvo nostgca. A percep do ecuro ~ a nero Solin mais moderna que nos arante ~¢ “eld da atv asf cel, um produto da noss rein em sum, conch Agamb ‘uma habilidade particular de “neutralize esque prvérn da ata descobrie sas teas” (AGAMBEN, 2009, p63). Verda

    Você também pode gostar