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Matéria de Capa} Esse PASSADO, PRESE A ae itee ee. ee aR RRC RM ae cee Gon ree eC fren eet Oe oy Bd Perea eet ature ee ute ou a od Cree eu oe te Pea em ee mule ee eee ee al rere eae eM ee acta eeu ne a ce eee ae Cun) ee Cee Srtiincrpotelete alociartratancotresmomertoe os problemas que deverto ser enertados, come aainoto as relagoes de trabalho bia, a discrminago, e o surgimento dos emoregos verdes. ‘4/RDT 20-12+ 81 de dezembro de 2014 Bite i xP OsIG%O Com um antigo texto de periddico Fasilem meados do século XX e que retrata, ‘cruel perspectiva da atualidade. ‘consideraces, vejamos esses trés momentos © PASSADO eram 0s escravos, Na fortaleza de Masada, 060 ‘cometeram suicidio coletiva para nao serem zados pelas legides romanas que invadiram a Judeia. a, Atenas possuia 200 mil habitantes: Tivres, inclu- 20 mil metecos, e mais de 300 mil escravos. Os 40. nents lies decicavamse & contemplagao, poltica, estudos, e nesse rol estavam os grandes filésofos que deram a drecdo do mundo oidontal Avangamos, mas com auséncia de protegio legal ao tre: nador. A economia crescia lentamente, Predominava 0 ‘trabalho escravo, inclusive no Brasil e fata conhecmmento tsspecialzado. A mio de obra escrava toi aboldaformalmente, pela Lein® €.283, de maio de 1886, mae a atvidede de expo: ago do trabalho humano continuou, continua e continuars, [Beets cen ‘As mudangas introduzides com arevolugdoinduetial foram reprosentadas pela méquina a vapor e pela modemizacdo doe sears, e Adam Smith angqu aa bases dainovacto da oconomia, com 0 80u A riqueza das Nagdes, de 1776. Paalelamente, cori. a pregagao de uma ala iberdede, com uma igualdade imeal e o ancnco do liberalismo da Revolucao Francesa. CConstatada a desigualdede, surgiu uma logislagdotutelar rigorosa, © Ledo Xilllangou as bases da Dovtrina Social da grea representaa pola Encikoa Rerum Novarum As flvicas, or eva vez, sofreram grandes mudancas em suas inhae de producdo, alterando, por coolio, a realidede socioecondmica do mundo do trabalho. Taylor pregou a administragéo cientfica do trabalho, toma x lvro de 181 1, ond ge pretendia a eficiancia operaco- nal. Ero inicio do século XX eo taylorsmo estava em moda. Em seguida, Henry Ford propes a acionalzagdo e maxim a0 do trabalho, com produgo em massa em sua abrica de carros em Detroit A partide 1914, aumentowse a producdo, baratearam se custos, resceram os estequee de bens produc dios, mas ndo existiam melhorias na protegao dos empregads © fordismo deu lugar, em 2007, 20 toyotiamo de Taichi Ohno. Criado nos Estados Unidos, esse sistema adotou o just time, ou 82, produzir apenas 0 necessdrio, na quantidede no momento necesstioe evtandoestoqios, promorendo a formagao dos empregados, que reciprocamente se fscalzavam, ‘Eoue modelo oriental de produgdio cedeu lugar a0 5 indiano Emti Chavanm introduzia na Volvo sueca, vismo, que 0 indi wutomagao, com a participagdo dos nindo informatizagdo e at ando de cursos Hs na linha de produedo, partici inbehecieres ‘em de conhecimento, comprometidos froquentes de reciclag roondimento. oue0 oes rand do trabalho no qual vamos até bem P Este 60 mu ismo,fordismo,toyotisme, ao dos mos (yore ferdsna e feMPO, I er sneicdo estamos enfrentando O PRESENTE © que devemos registrar neste instante no mundo do trabalho? Muitas coisas a oriticar ¢ algumas a sauder, Mais aquelas que estas. A legislagto trababhista esta obsoleta, 0 que néo ¢ novi- dade. Nao 6 86 a brasileira, mas a de oraticamente todos 08 Palses do mundo, que ainda nao se adaptaram as modernas tecnologias e ao avango das novas formas de trabalho. Nem ‘© método de ensino conseguimos admitir que ndo ¢ mais 0 mesmo: esta ai a educagao a distancia, sobre a qual muitos ‘sabem apenas de ouvir dizer. Emais: as leis est2o, na maicra, superadas, contemplando uma protege excossive, © esse ‘eragero dosestimula a criagao de mais empregos, Além disso, a obra legislativa 6 quantitatvamente exa- gerade e qualtatvamente indigente. No Brasil, exster leis Pra regular inimeras atvidades, inclusive as absolutamente desnecessitias. Sou radicalmente contraio, por exemple, a profiesdo de flanelinha, criada legalmente em 1975, 6 que ‘representa uma invasio indovida ao dieito de propredade de uso do espaco publica, sem qualquer liitacdo, cara ficar ‘em apenas um exemplo. E porque existem muita loi, ha precariedade da scalizagao o faciidade de descumorimento do exagero legislative, Do outro lado, no ternos gaantia real de omprogono Brasil, porque nao ha vontade politica de editar lei complementar ‘xigida polo ar. 7°, nciso |, da Consttuigao de 1988, 0, om ompensacao, temos um Fundo de Garantia do Tempo de Serviga, eriado em momento obscure da vida nacional, que "0 garante nem tempo, nom servigo, o que gera c sess funcional pelo temor de fear desempregado, uta caracterstica deste mundo atval do trabalho ¢ a caréncia de emprego regular, sondo individoso 0 crescimento ‘alarmante da economia informal, com imensos camelidromos ‘no mundo todo, paralelamente ao aumento da marginalidade, dos bolades de miséria, das megaldpoles desprotegicas abandonadas nas suas petifria, com o surgimento da motro- pollzagdo da pobreza de que falou Viviane Forrester * Fr igual, a mobiidade de pessoes e de mao de obra, «que aumenta o ndmero de migrantes. Nos tempos de hojo, a3 ‘pessoas nascem em um lugar e morrem em outro longinguo aquele, ¢enfrentarnos fendmenos novos ¢ desconhecidos deslocalzagto, desterrtorializacdo, refugiados climaticos, Nesse rastro, aumenta a cximinalidade, agravam-se 08 pro- blemas de epidemias e endomias, cresce a marginalidade, ~ampla-se 0 trfico de drogas ¢ de pessoas (especialmente mulheres e criangas). Os fuxos migratoros so um grave problema poitico em todo Planeta ¢ réo existe uma poliica publica internacional sobre migragBes, como observado por ‘Syvie Mazzela’.As Flpinas, lembra Zigmunt Bauman, entaram cexportar parte de seus habitantes para equilrar seu orcamento, Estados Unidos ¢ Japo adotam les de imigragao para dar femprego a estrangeios por uma ninharia', Sdo verdadeiras diasporas étricas que enirenta 0 mundo e cuja tendéncia & aga. © Ee ors cin ok A ai «0 seis principios que dominam as organizagSes produtvas atuais, Destaco dois: primeiro, a padrorizago dos produtos, com a midia se encarregando de provocar a mesma vontade de_wr a= meses produlos, bastante vero vale ver da mod igorosamente igual em todo mundo; segundo, amaximizagao do ofcitncia oprocuivdads, sgrfeando necart nes ¢ em menos tempo, @ observando que o que sai das fabricas no deve ficar em estoque, devendo ser imediatamente con: sumido. Com isso, passamos a viver um diloma que abordei, ‘nos alrde, em palestras que proferi no Brasil: queremos ter tudo © que ha de mais moderno, ainda que no tenhamos recursos para obter. © que pretendo reiterar aqui é a sede incontrolivel das pessoas de quererem sempre ter o langamento da moda, especialmente eletrénicos, porque, todos saber, ninguém hoje compra um telefone porque precisa, mas porque quer exbir para o'colega, para o amigo, para o vzinho e mostrar que temo melhor. Afinal. se ndo pudier‘azer salo @ cotada <2 Svexcio de Graham Boll é inservivel ude, embora existam coisas que ndo se SIS= rous0 Mporta © lugar em que estejamoe: a ansie: ace ra sapere de bagager nas esters dos aeroportos; 0 ‘isterciemem fisioo das pessoas e sue aproximacao virtual, — Jornal Tabahisia Consuoe v.12 p. 410, 2011 2 V.FORRESTER, Viiane. Horr econdmico. Tad. Alvaro Lorencin, Sto Pavi, Ed, Unesp, 1907 3 MAZZELLA, Syvie. Socilagie des migrations, Pars, Presses Universitaires, 2014, p37, 4 BAUMAN, Zygmunt. A cultura do mundo liquide mederno, Trad, Carlos Aerto Medlos. Rio de Janeo, Zaher, 2018, p. 4, 5. {dem, Giobalizacio: as consequércias humanas. Rio de Jareito, Zahar, 1909, p. 88 passim 6 7 a ° DE MASI, Domenico. © futuro do wabalho, Tad. Yadyr A. Figueiredo, Ro de Janeiro, José Oympio, 1988, 9.193. BOBBIO, Norberto, Dirsite ¢ asquerda Trad. Marco Aurdo Nogueira. Sto Paulo, Ed, Unesp, 1995, p. 104. \V. CAPPELLETT, Mauro & GARTH, Bryant. Acosco 8 justia. Trad, Elon Gracie Northles Perto Alegre, S.A. abi, 1988, | ) DE MASI, D. O futuro do vabatho ct, p. 205-7. 10. idem, p. 214 passin. 1 Idem. © 6c! erative, tad. Loa Mandi, 2. od, Rio de Janeiro, Sextante, 2000, p. 316. ro he } sronaenon Desai HancO FIND Same 5 Thin mens agaRaraS PRGA Raa emo a a aoa ano esa Bole aro Mabon Prox aor Pn rr Se Le a i ncnson Lov Anrep Compara Gea nanan B/RDT 20-12 + 31 de dezembro de 2014

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