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oO fea P . 5 . ; 9 1GBes So Sama, ns im wrt meat Reso er 4 1ST trond — PATE GE — OIA principio dialégico pode ser definido Concorrente, antagonica de ins- 2 existéncia, ao funcionamento e ao desenvol- izado. feste novo modelo, que tem sua génese na pelo menos dois drgios, ¢ determinada tem por escopo no a dominagao de um asce e se desenvolve na unigo, que induz 105 de dircito, que respeitam e da mesma forma so respeitados. 70S AGENTES OU AUTORES IDEOLOGICOS RESPONSAVEIS PELA CONSTRUGAO DE UM NOVO MODELO DE RSOLUGHO DE CONFLTOS COLETIVOS D0 TRABALHO ada a questio da assegurados aos trabalhadores ¢ a toda a sociedade, Considerando que a c direitos sociais indisponiveis, albergados na Con: Feder demos dizer que, na seara do direito do truco dialégica envolve a concretizagio de al de 1988, po- ca, 08 auditores fiscai associagdes e os empregadores, reg0, 05 sindicatos, as dlescrente quanto ao atendimento de suas representar e atuar nas demanda: 4 MORN, copa inocu de pensament compo, Tad: Ela Usb, Pos Alege: Sn, 2006, plo 15 FREIRE, Palo, Ede como pritica ds era. Rode ara: Pe Tora, 199. p. 143 mentar a maquina nna construgio di ‘3 GENESE E DESEHVOLMIMENTO D0 CONCEITO DE CONSTRUGAO DIALOGICA DAS DECISOES JUDICIA'S 1ST 3 — tower 04 PTE. Como qualificadores do proc ‘eo em cotejo com os métodos outros, as mudar ma semelhante ao sucesso obtido pelas et privadas. a area judicial, que event processual penal, por meio do qual promotores procurador objetivo comum’ mo "parceiriza¢ao" consiste em nes ia da informagao, especialmente indo econdmico, utilizada no 4rea governament Para Renata Mesquita”, signi de projetos de informagao, que tém cor nna moderizagio de seus gias de ponta. ‘mas adequando-o para manejo na érbita do direito processual do ), especialmente no microssistema processual de Coletiva, passaremos a denomind-lo de *parcelrizagio inco dos Magistrados do Pod 10 Pblico do Trabalho para a consecucio 9 tiem, 148 10 MESGUITA, Fas. Ur por tofor eta or wn. Si Pal: Rev oma, Ano I, 2008, #3 plas Regionais nas sedes das capitais bras O fens politicos (Magi no da construgao dialégica de decisbes sm busca do interesse pi -4WATUREZA JURIDICA DO FEWOMENO DA CONSTRUGAO DIALOGICA DAS OECISES TRABALHISTAS Entendemos por natureza juridica de um i rias gerais do Di que Ihe so aplica Tarso Genro” rabalho do 10€ A previdéncia, dda mulher, até aquelas ‘As normas de direito privado se referem ao contrato in« ho e a todos os ajustes que se dao fora do Ambito protetivo & do trabalho, 0 que indica a sua dupla pblico ou de dit No entanto, a natureza normas que a di alos necess instituigao e do procedimento se reclamam mytuamente, uma vez que nao se inem, nem se concebem as iambém n3o ha antagonis- ‘mo das teorias da insttuigao e do procedimento da teoria da relagao processual. De fato, 0 pracedimento € a forma de encadeament {que se exteriorizam os poderes, Onus, des const relagdes processuais. Dé requerem reciprocamente, mesma realidade uni ‘que € 0 fendmeno ji a Natures ice a ako # do casa J Nigar, TT 2 eam beutinaets a= 078> Teena, 2 6; 58, ag. 2002. Os enna on: 28 Se 2008. 100 151025 — Homa Rangel Dinamarco? 5 en PTE SAL OTA, 101 StL — mT Para Antor fos ou autores ideologicos (Mi 1988, que estabelece processual de tutela tos, faculdades e os correspondentes dev ‘Através da relagdo juridica,o direito regula nto s6 ‘5 OBJETO MATERIAL DA CONSTRUGAO DIALOGICA DAS SOLUGOES COLETIVAS cconsequéncias, porém, de 2-5e necessiria a fixago de seu objeto anel da cadeia que 6 a io de um poder ou fo culdade, ou para o desencargo de um cde um dever, 0 que significa que é ro a consecugao do objetivo final do processo.** ‘Ainda segundo esses doutrinadores, “a teoria da relagdo process desenvolvida is homogéneos comprova essa assetiva, no sen fl Arie, GRINOVER, Ada Polen: OINAMARCO, Cnc Rang. ere er oo process. 23. e580 Paul, Wales, 20079. 300 302, cde muitas demandas individuais com a além de garanti a efetividade desses di ssma causa de ped mesmo diante da dispersio das Irae conan. 25 ALMEIDA, Gen Asap de Diet process oto tas, Sto Pal: Saana, 2003.. 481-482 102 AST 6a om en. representacao ou pedido de_ de forma que, em caso positivo, re se procederé normalmente a instauragio de pro- para a devida investigagao € resolugao do conflito Portanto, as ses determinam a fenémeno da parce ‘CoNcLusdEs Logo apés a promulgagao da Ralph Waldo Emerson” afirmava: ico Americana, no final de 1890, essa le escreve as leis das cidades e das nagdes. [1 Seo governo é cruel, a vida do governante ndo esta salvo, Se impingides impostos muito elevados, 9 CF/1988) € 0 advento da promulgac 9s dispositivos legais passaram a con: Neste novo contexto social, ada uma nova etapa no mundo ST 35 — Naren PAE GE DOE, 105 104 1ST 135 —tenbi¢—ATECR— OA | que tem como nécleo £8,078/1990, aplicadas sut res poderes ao Magistrado no processo co- conducao do processo, como também na execucio do do Mini a vidual ow atomizada, mas, sobretudo, suas decisbes poderio res de pessoas, por meio da coisa lempo em que os procuradores do trabalho, dotados de instrumer processuais, entre eles, a a¢do civil piblica, e extraprocessuais, como o inqué- Fito civil e o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC para assegurar 0s direitos da cidadania, independent pelo recurso das cléusulas abertas di sm esse quadro na promocio dos di duais homogeneos. icas, especialmente nas situagdes envolvendo inte- ‘oda sociedade, em especial dos trabalhadores. 10 de Codigo Br de Processos Coletivos ja preconiza, ent mudangas subs- tanciais necessérias para a efetividade dos direitos sociais em sede de processo coletivo. Entre elas, podemos mencionar que jal deverdo dar espago a forma 0 do processo coletivo tos como competéncia fade, coisa julgada, conerdo,contingn 1 co de sentenca e indenizagdes por leséies, bem como os poderes do Ministério Pablico e ademos citar as matérias rec ‘nas Varas ou Tribunais do Traba. io de ages atomizadas, que poder: processo ou proced 1630 das Leis do (os processuais coletivos, 0 ireito processual ja que existe \¢30 dos arts. 769 ¢ 889 da Nao remanesce qualquer divida que a construcio dialdgica das dec se coloca ao lado e € dotada da mesma significanciaprética que outtos modelos (ou métodos alternativos de solugo dos conflitos moleculares, como a a gem, a mediacio, o dissidio coletvo e a negociagao coletva de trabalho. lacunas e compatibilidade, por autori 106 AST 5 — fore PE Epo (S195 to de tutela coletiva fundamentado direitos da cidadania, Em ‘meios extrajudiciais para pac por meio de um Term 4 tegai <0 das ileg rabalhadores e da sociedade, posto que estar se elevados para o Estado e para a so- como 6rgio agente ov custs legs na promogdo do interesse 10 de uma multidao de c 8. 5. homogeneos, a sociedade 8 de resolver 0s contltos acabam por inl on ‘05 € um novo direito processual do trabalho, postando-se 0 da consecucho e inclusive de implementagio dep ionado no apenas como consumidor do servigo ju tendo por objeto servigos constitucionais es ido, nos moldes do art. 22 da Lei n° 8,78/1990% " _ rojeto de Codigo Bras «1 80 obrigados a for incentiva a adogao do que competem Cleve, mediante aciéncia 28 leg 6. 1ragdo juridica e organica que {cio de suas fungdes, d : "Ant 7° Se, no exercicio 4 Carta Magna proporcionou a0 Ministério Piblico da Reese tanserirnaraate| ston’ eaet iit ‘por conseguinte, do Ministrio Piblico do Trabalho, atribui z 'ovas funcdes, com poderes ampliados ¢ total independéncia em ‘20 Poder Executivo, permitiy aos seus mem 10. desprovidas de bens Nesse novo quadro que se contextualizou nos tiltimos vint io Pa com a emergéncia de um Poder judicidrio forta io Pablico do Trabalho encontrou. cam para desenvolver sua missio constitucional, c¢ mais com 0 ativismo dos magistrados trabalhistas. aa rem a ae cea a fe eet ae ee eee 108 1115 — mo 214 PE ERA — TI, instrumentos processuais moleculares, o Mi do meio ambiente do trabalho, da ‘a regularizagao indo a quota legal balho em re contratagao de servidores por meio de Oscip (organizagdes da sociedade civil de interesse pi organizagdes sociais, assédio moral e sexual nas empresas, mulada, trabalho portudrio, greve, auséncia de registro em CTPS e ‘no pagamento de verbas rescisérias, FGTS, INSS, disseminacio de tas negras, quaisquer formas de discriminagao no acesso e peema- nnéncia no emprego, etc. Essa, portanto, a origem tematica do presente trabalho, até 0 mo. Trabalho, de molde a ca da realizagao da ju moleculares em que estes agentes pol KO! ho, por meio de seus membros, que detém expertise 2 tema processual de letiva, da maneira com que restaram alteradas su: sociedade que demandam sua atuaco, por meio da parceirizagao fo, dessa forma, como verdadeiros agentes de 1ue 0 objeto nuclear deste trabalho coaduna: t0 de Cédigo Brasileiro de Pro: 10 18 20 1ST 1 05 — nr PTE SEL — OTA ‘ceiro, de confianga das partes. Em termos praticos, 0 processo de construgao dialégic: de tutela coletiva, Acordo ou Con ‘omnes ou ultra partes, fazer. teresse dos trabathador instaurado, provoca uma limitagao no poder diretivo do emprega dor, que jf ndo mais poders dispor, a seu live talante, dos bens e recursos da empresa, sem autoriza¢ao da presidéncia do Conselho de Gestéo Compartthada, 20, prestagao de cont nos principios da razoabil 0 carece ao Magistrado a possi- bilidade legal de especialmente nas controvérsias coletivas que observa e pouco ou nada pode fazer para soluciona- mT Ml proceso de consirugao di ‘como apresentada neste trabalho, nao se ido meramente académico ou de Nao obstante, isto € apenas o inicio de um longo caminho a ser erenciads, Prineipios Juridicos Fundamentais do Novo Cédigo de Processo Civil @ Sous Reflexos no Processo do Trabalho (0 PARADIGHA DO ESTADO DEMOCRATICO DE DIREITO E SUAS REPERCUSS exigem um novo com: , voltado para ‘A.CONSTITUCIONALIZAGAO DO PROCESSO © processo, no Estado De rio pode, a qualque BUENO, Caso Spina. Cursos ‘ul So Paul: Saana, 1, 2007, (CF, an. 58, XXXV; CDG, art ssl do taba, 12. wl. Sto Ful 2 AST 3 — Noob — AST SPE BOER STH —Rovob 4 — AST PECL — TRA 13 especiais pr ais seguem a mes. de controle ju rt. 2° do Pacto Int 1a coeréncia teleol ‘com determi previsto no a Soc 1cesso pode ser de- expressio de Cay “d Alberto Alvaro de C principios entre as fontes ¢ Constituigao Federal passaram a ost s do nosso sistema j a importancia de um novo conce de meras ma do Estado de 04.09.1942, de 1916, jé qu tamente, no Texto nento juridico bra °C (Decreto-Lei n? 4.657, jurisdigdes naci ‘mentais reconhecidos pela Constituicao Oacessoa a tese sustenta gerais s40 normas, 05 a ada, se fungao | normas, isto 6, af fem caso de ocessual possu seus pri Jos seus ramos, possui principios - Ds principios espec tao de acordo ego. Nessa 3 OLNEIRA, caro: Abert Aare da Do fama ro srcesto cl. So Fa; Sri, 2003, pssin, rato tras. 4 AST 35 —Rownta24— SATO EDL —DOTRRA AST m5 — Ne FUNGOES Dos PRINCIPIOS CONSTTUCIONAIS FUNDAMENTAS Do ponto de vista da dogn JAS GARANTIAS FUNDAMENTA! 16 135 —Noent4 SST ECL — PPRINCIPIOS FUNDAMENTANS DO PROCESSO .esso, também quais 0 si LHETEROINTEGRAGO DOS SISTEMAS PROCESSUAIS POR MEIO DOS PRINCIPIOS CONSTTUCIONAS E NFRACONSTTUCIONNIS De modo inovador, o ant. 6° do atenderd aos fins socials a que ela se dirige © as exigénclas do bem comum, ‘observando sempre os principios da dignidade da pessoa humana, da razoabi alidade, da impessoaliad da publicidade e da ¢YJUNOR, Neon. Pini de proceso Tens, 2000.0. 28, our 19 18 ovenb(44— ASU PECL ou PRINCIPIOS ESPECIFICOS DO PROCESSO CL, de que a instauracao de iva da parte, salvo excecdes ex jese da execugao de offcio no pracess 3s principios do novo CPC exercerdo Iho, seja pela nova dimens ge do art. 5%, LXXVIl segundo 0 qui imegral da les setores do processo civil, Sao Paulo e faculdades processuai (Bo de sangbes proc Assunto-Especial--Doutrina ash bilateral Aepercussties da Reforma CPC no Processo do Trabalho e quando se rento da prt Novo Cadigo de Processo Civil: Conciliagao e Mediagao no Processo do Trabalho IPE BARBOSA GARCIA 10 da rivera de Sio Pau, Dots 38, § 3°, do CPC). nda qu ccentros A composigao tribunal, observadas as, ‘cio podem real dores e mediadores. forma pac 2 ct ARCA, 1307) 2 11 — a2 — SHO PEC 10 de qualquer tipo de constrangimento ou intimidago sensuais que gerem be A conciliagao e a mediag30 pendéncia, da imparc vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade informada (ar ide. ‘A mediagao e a coneiliagao devem ser regidas con inclusive no que diz respeito & defi @ a live auto- “Jo das regras 30 ou de mediagdo nao é realizada rem, expressamente, desinteresse na composigl0 eca-se que, se hou da audiéncia deve ser manifestado por 10 ou do Estado, 8 advogados ou neio de 1ST 205 — mane uma € 0 infcio da segui No processo do tada pelo prop Assim, na es pds 0 prazo minimo de cit conforme se interpreta © entendimento de qui is também no ambito trabal a mais enfatizadas. Aisposicdes do novo CPC passam a ser aplic ‘a, no qual a conciliacao e 2 mediacdo so ai 3. LARCH, Gus Pipe Brox. Cus de dire recess do abate, 3 ed Rio Jn: Fre, Carta do Editor Eliane Beltramini al e de Con: HOBFOLHAMATIC ebs ) SAGE lrg ht Mi Pera RELACOES DE TRABAEHO PASSADO, PRESENTE E FUTURO DeRtee Or eae eras ne Ce oR Uae Pree eee ee on ee eee Parra rienr er hereon er ce PPPnOe eer runt er nee eo PPR peau eee ee ce RR BRT ne eee ee ee em eee eek en ace (eee ae Peachy Mee Deo fegiae.e-como Eom mais de 35ahG@BEagistério futuro do trabalho, anteven ‘do trés momentos 08 problemas que deverdo ser enfrenfados: bia, a discriminagdo, @ o surgimentes dos ery 4/RDT 20-12 + 81 de dezembro di SEER Materia de Capa Encerro esta exposi¢&o com um antigo texto de periédico ‘que circulou no Brasil em meados do século XX e que retrata, perfeitmente, a cruel perspectiva da atualidade. Postas essas consideraces, vejamos esses és momentos do mundo do trabalho. © PASSADO. No inicio, eram os escravos. Na fortaleza de Masada, 960 judeus zelotes cometeram suicidio coletivo para nao serem secravizados pelas legiées romanas que invadiram a Judeia, Na Grécia, Atenas possuia 200 mil habitantes livres, inclu- sive 08 20 mil metecos, e mais de 300 mil escravos. Os 40 mil totalmente livres dedicavam-se & contemplacao, politica, indstica, estudos, e nesse rol estavam os grandes fildsotos {gregos que deram a direcdo do mundo ocidental Avancamos, mas com auséncia de protegdo legal ao tra- balhador. A economia crescia lentamente, Predominava 0 ‘trabalho escravo, inclusive no Brasil faltava conhecimento ‘especializado. A mo de obra escrava fol abolida, formalmente, pela Lei n* 8.383, de maio de 1888, mas a atwvidade de explo~ rag do trabalho humano continuou, continua e continuard, ssaberse | até quando. ‘As mudancas introduzidas com a revolugto industrial foram representadas pela maquina a vapor e pela modernizacao dos teares, e Adam Smith langou as bases da inovagao da economia, com o seu A riqueza das Nacées, de 176. Paralelamente, cortiaa pregagio de uma falsa liberdade, com uma igualdade irveal @ 0 aniincio do liberalismo da Revolugio Francesa, Constataca a desigualdade, surgiu uma legislagao tutelar Figorosa, e Leso XIll langou as bases da Doutrina Social da Igreja representada pela Enciclica Rerum Novarum. As fébricas, por sua vez, sofreram grandes mudancas em suas linhas de ‘produgdo, alterando, por coralario, a realidade socioecondmica do mundo do trabalho. Taylor pregou a administragao cientifica do trabalho, tema de seu livro de 191 1, onde se pretendia a eficiéncia operacio nal, Eta 0 inicio do século XX e o taylorismo estava em moda ‘Em sequida, Henry Ford propos a racionalizagao e a maxim zaga0 do trabalho, com producdo em massa em sua fabrica de ccarros em Detroit. A partirde 1914, aumentourse a produc, baratearam-se custos, cresceram os estoques de bens produzi dos, mas néo existiam melhorias na protecao dos empregados. fordismo deu lugar, em 2007, ao toyotismo de Taichi (Ohno. Criado nos Estados Unidos, esse sistema adotou o just in time, ou seja, produzir apenas o necessério, na quantidade eno momento necessarios, evitando estoques, promovendo a formagao dos empregados, que reciprocamente se fiscalizavarn, buscando qualidade no produto para atender 20 gosto do cliente Esse modelo oriental de produgao cedeu lugar 20 vol- visme, que o indiano Emti Chavanm introduzia na Volvo sueca, Unindo informatizagao e automago, com a participagao dos trabalhadores na linha de produedo, participando de cursos frequentes de reciclagem de conhecimento, comprometidos com 0 empreendimento, Este ¢ 0 mundo do trabalho no qual viamos até bem pouco tempo, um mundo dos ismos (taylorismo, fordismo, tayotismo, volvismo) e cuja transigao estamos entrentando © PRESENTE © que devemos registrar neste instante no mundo do trabalho? Muitas coisas a crticar e algumas a saudar. Mais aquelas que estas. ‘A legislagao trabalhista esta obsoleta, o que no é novi- dade. Nao é 84 a brasileira, mas a de praticamente todos os paises do mundo, que ainda nao se adaptaram as modernas tecnologias e ao avanco das novas formas de trabalho. Nem ‘0 método de ensino conseguimos admitir que nao € mais © ‘mesmo: esté ai a educacao a distancia, sobre a qual muitos sabem apenas de ouvir dizer. E mais: as leis esto, na maioria, superadas, contemplando uma protegdo excessiva, e esse exagero desestimula a criagéo de mais empregos. ‘Alem disso, a obra legislativa é quantitativamente exa- ‘gerada e qualitatvamente indigente. No Brasil, exstem leis para regular intimeras atividades, inclusve as absolutamente esnecessarias. Sou radicalmente contrario, por exemplo, & profissao de flanelinha, criada legalmente em 1975, e que representa uma invasio indevida ao direito de propriedade © de uso do espaco pilblico, sem qualquer licitacao, para ficar fem apenas um exemplo. E porque existem muitas leis, ha precariedade da fiscalizac&o e factidade de descumprimento do exagero legisiativo. De outro lado, nao temos garantia real de emnprego no Brasil, porque nao ha vontade politica de editar a lei complementar exigida pelo art. 7% inciso I, da Constituigao de 1988, e, em ‘compensagéo, temos um Fundo de Garantia do Tempo de ‘Servigo, eriado em momento obscuro da vida nacional, que indo garante nam tempo, nem servigo, o que gera o stress funcional pelo temor de ficar desompregado. Outra caracteristica deste mundo atual do trabalho é a caréncia de emprego regular, sendo induvidoso o crescimento alarmante da economia informal, com imensos camelédromos no mundo todo, paralelamente ao aumento da marginalidade, dos bols6es de miséra, das megalopoles desprotegidas © abandonadas nas suas periferias, com o surgimento da metro: polizagao da pobreza de que falou Viviane Forrester *, Por igual, 2 mobilidade de pessoas e de mao de obra, ‘que aummenta o numero de migrantes. Nos tempos de hoje, as pessoas nascem em um lugar e morrem em outro longinquo daquele, ¢ enfrentamos fendmenos novos e desconhecidos: deslocalizagao, desterritorializagao, refugiados climaticos. Nesse rastro, aumenta a criminalidade, agravamse os pro blemas de epidemias e endemias, cresce a marginalidade, ampliase © trafico de drogas e de pessoas (especialmente mulheres e criangas). Os fluxos migratérios so um grave problema politico em todo Planeta e no existe uma politica pablica interacional sobre migragdes, como observado por Sylvie Mazzella®. As Flipinas, lembra Zigmunt Bauman, tentaram exportar parte de seus habitantes para equibrar seu orgamento, ¢ Estados Unidos e Japao adotam leis de imigracao para dar ‘emprego a estrangeiros por uma ninharia’, Sao verdadeiras diésporas étnicas que enfrenta o mundo e cuja tendéncia & de ampliagso. ‘Quando escreveu A terceira onda, A. Toffler identificou 08 se's principios que dominam as organizacOes produtivas atuais. Destaco dois: primeiro, a padronizagao dos produtos, 31 de dezembro de 2014 + RDT 20-12/5 Matéria de Capa Metrtniersnt nace “© que fazer para entrentar o futuro no mundo do trabalho? Confesso-Ihes que estamos diante de uma grande incégnita. E induvidoso admitir que © teletrabaiho ira aumentar e, com ele e com as modernidades da informatica, teremos um acréscimo assustador das chamadas les6es de efeito repetitivo, as LER, especialmente sobre os polegares dos mais jovens.” ‘com a midia se encarregando de provocar a mesma vontade de ter 0s mesmos produtos, bastante ver o vai e vem da moda rigorosamente igual em todo mundo; segundo, a maximizac&o de efciéncia e produtividade, significando produzit mais ¢ ‘em menos tempo, ¢ observando que o que sai das fabricas do deve ficar em estoque, devendo ser imediatamente con sumido. Com isso, passamos a viver um dilema que abordei, ‘anos attas, em palestras que proferi no Brasil: queremos ter tudo © que ha de mais modemo, ainda que no tenhamos recursos para obter. (© que pretendo reiterar aqui 6 a sede incontrolavel das pessoas de quererem sempre ter o langamento da moda, especialmente eletronicos, porque, todos sabem, ninguém hoje compra um telefone porque precisa, mas porque quer xbir para 0 colega, para 0 amigo, para o vizinho e mostrar ‘que tem 0 melhor. Afinal. 98 néo puder fazer selfie @ coitada da invencio de Graham Bel! é inservvel. 2's mundo que mude, embora existam coisas que no se stern pouso mporta o lugar em que estejamos: a ansie~ dace na espere da bagagem nas esteiras dos aeroportos; ‘istenciemento fisico das pessoas e sua aproximagao virtual, ‘Srute des conversas por Facebook ou Whatsapp;0 tempo que ‘9 homem gasta para fazer a barba e a mulher, para fazer sua maquiagem: 0 tal de selfie para postar na internet, colocando ‘2 prvacidade como questo de menor importancia. ‘Surgiu 0 gattismo, de Bill Gattes, dono da Microsoft. E, agora, estamos iniciando um novo tipo de trabalho, que se realiza a distancia, o teletrabalho, o trabalho virtual, que € 0 nosso futuro. ‘As questOes internacionais se complicam e os conflitos ‘se agravam. No Oriente, inocentes mortem por conta de um pedaco de deserto sem agua, enquanto misseis atravessam 0 Céu, lado e outro, apenas para matar, Na Europa, disputas por pedacos estrategicos de terra fazem compatriotas se matarem ‘@ matarem outros tantos inocentes. Na Africa, no apenas 0s virus estao dizmando a populagdo, mas as tribos se matam indiscriminadamente. Na América, a realidade geral da inse- {uranga publica e da pobreza crescente proporciona um dos mais altos indices de mortalidade do Planeta. E 0 trabalho? O trabalho parece que 0s lideres do mundo desejam que se desenvolva em torno dessas atividades no minimo cruéis. Saindo da triste realidade dos confitos armados (ou desar- mados ~ 0 das vitimas), constatamos que, hoje, a globalizacso igualou todos e continuard assim, mais iguais a cada instante, (O mundo ¢ igual e seré mais igual: mesmos filmes, mesma Coca -Cola, mesmo MeDonala'’s, mesmo Explorer, mesmo Google, mesmo Windows, mesmo iPad, mesmo Lego, mesma pizza, mesmo sushi. E 6 mundo do consumo tratado por Zigmunt Baumant, no qual, na visto de De Masi, dois idiomas deve predominar: o inglés e o espanhoF. G/RDT 20-12 31 de dezembro de 2014 © FUTURO ‘Tentei demonstrar como foi e como & 0 mundo do trabalho. agora, a pergunta é: 0 que fazer para enfrentar o futuro nese ‘mesmo mundo de trabalho? Confesso-Ihes que estamos diante de uma grande incognita E induvidoso admitir que o teletrabalho iré aumentar ©, com ele e com as modernidades da informatica, teremos umm ‘acréscimo assustador das chamadas lesdes de efeitorepetitivo, as LER, especialmente sobre os polegares dos mais jovens. \Vao se ampliar 08 problemas de xenofobia, com 0 cres: cimento dos flutos migratorios, especialmente nos paises desenvolvidos. Para minimizar esses problemas, medidas tém sido tomadas desde a Conferéncia do Cairo e, na Europa, 0 melhor exemplo fica por conta do Acordo de Schengen, de +1985, que traca uma politica de abertura das fronteiras e livre circulagao de pessoas entre os paises europeus, abrangendo ppraticamente todos os integrantes da Unido Europeia. Mas & pouco para os sinais de fumaga do que vém por ai e muito ainda tera que ser feito. Sem contar com o multicuturalismo, {que transforma alguns paises em verdadeiro mosaico cultural, tal a multiplicidade de culturas que 0 processo migratorio enseja. E ai surge 0 grave problema da identidade cultural Essas questdes mexerdo com o mundo do trabalho, ‘Demais disso, volta-se a pensar seriamente em inoremen tar empregos formais e em promover a redugao da economia, informal, hoje dominante, como acentuei, Fala'se em fortalecer 08 sindicatos, mediante a substituigo do legislado pelo nego- ciado, em um lamentavel retrocesso promovido por tendéncias ‘neoliberais condenaveis. Existe, porém, grande tendéncia ase retomar ao individualismo, com aumento crescente das taxas, de desfiiagdo e de nao fliagao a sindicatos, fazendo com que ‘essas entidades, sem divida importantissimas, enfraquecam: “80. E, mais e pior, 0 aumento dos postos de trabalho gerara um movimento de flexibilzagao de direitos trabalhistas e de teviséo do conceito de duragao dos contratos, proliferando 108 ajustes a tempo parcial. O mais preocupante ¢ a tendéncie a desregulamentaco, que podera deixar o trabalhador em posigdo francamente desfavoravel no embate como patronato Futuramente, os chamados empregos verdes encaminham -se para proporcionar um novo rumo ao mundo do trabalho, ¢ omega a surgir outra mentalidade e igualmente outras pre0 cupagies: proteger 0 ecossistema, a biodiversidade, mediant« ‘2 adogao de formas para reduzir 0 consumo de energia, Gt minerais nao renovaveis, de agua, evitando a contaminagac (0 uso adequado desses recursos ou a substituigao dele por outros que realizem o mesmo papel com menos dano ambientais, com menos danos para as geragoes futuras. ‘Aninguém é dado esquacer que existem 1.300 milhoe de pobres, com salério/dia de US$ 2,00, o que represent Matéria de Capa “A solucdo dos contflitos interpessoais nao € mais 0 recurso a0 Judiciario. Embora seja necesséria a ampliacdo concreta da competéncia, no Brasil, da Justica do Trabalho, é induvidoso que se busca a conciliaco, a mediacao e arbitragem, mecanismos extrajudiciais, para resolver as divergéncias. Esse 0 futuro do acesso a Justic¢a preconizado por Cappelletti.” mais de 43% da forga mundial de trabalho; 190 milhoes de pessoas estilo desempregadas; e, nos anos vindouros, mais de 500 milhdes de jovens buscardo empregos, e talvez no ‘98 encontrom, Procura-se combater a desigualdade ¢ a discriminagao. ‘Amoda ¢ nao discriminar nada, e, 0 que ¢ muito bom, ha uma tendéncia a eliminar focos especificos de discriminagao: ‘mulher, negro e menor. Futuramente, a tendéncia sera proxima da tedrica igualdade absoluta, mas, e ai o x da questéo, as diferencas de classes sociais nao devem desaparecer. Os sseres humanos, na lembranga de Norberto Bobbio, “s4o iguais diante da mone porque todos so mortais, mas séo desiguais diante do modo de morrer porque cada um morre de modo particular, diferente de todos os demais”. ‘Avangama biotecnologia ea bioética, e por meio de técricas ‘eprocessos especificas, pode-se criar e modificar organismos -vvos utiizando outros ou partes de outros (bactérias, proteinas tc.), @, assim, vo surgindo vacinas sinteticas, hormdnios attficiais, fungos fermentados. Paralolamente, fala-se em clo- ‘nagem, inclusive humana, ¢ a engenharia genética muda o ser shumano conforme as preferéncias de cada qual, e muito mais vai ser modificado. Isso deve ser enfrentado vivamente amanha. Inevitaveimente, caminha-se para os servicos solidarios de benemeréncia, de assisténcia aos desvelidos e necessitados, voluntiria e gratuitamente, nos moldes de instituigdes como Médicos Sem Fronteiras, O ensino mudou e mudara mais ainda, Ensina’se a distan- ia, ea tecnologia da informagao passa a ser indispensavel na Vida de todos e em qualquer ramo de atvidade, sem excecdo aiguma, Do técnico mais especializado, que cuida, por exemplo, de proceso judicial eletronico, 20 caixa de supermercado, que precisa acionar mecanismos para leitura de cédigo de barras @ outras complicacdes da informatica, ‘A soluco dos confitos interpessoais nfo é mais o recurso. 20 Judiciario, Embora seja necessaria a ampliago concreta da ‘competéncia, no Brasil, da Justica do Trabalho, ¢ induvidoso que ‘se busca a conciliagdo, a mediacao e arbitragem, mecanismos extrajudiciais, para resolver as divergéncias. Esse 0 futuro do acesso a Justiga preconizado por Cappelieti® Nao podemos esquecer os 10 valores emergentes da socie- dade posindustrial, propostos por De Masi: 1. ntelectuaizacao do homem, que precisa usar a intoligéncia, ter criatividade e ver em constante preparacao cultural; 2. Confianga indispen sével & convivéncia social; 8. Etica que deve presidir todas as relagbes; 4. Estética, envolvendo design o prazer estetico; 5. Subjetividade representade pela digrnidace individual; 6. Emogo com a recuperacso dos sentimentos; 7. Androgenia porque os homens também paseam a so preccupar com 0 corpo, a vida doméstica, as emocdes, iguais 48 mulheres; 8. Virtualidade, quando. sem a presenga fisica, o mundo de hoje .©0 de amanha mais ainda aproximam os distantes ¢ afastam 08 préximos; 9. Desestruturacao do trabalho e lazer, com redugio de espaco e surgindo os telecentros, amplagao de local de lazer com mais parques e pragas, alem de incentivo ao lazer virtual, © estdo ai as redes sociais;e, 10. Qualidade de vida, com mais conforto, mais faciidade de transporte, ‘mais sade, mais seguranca, mais educacéo, coisas que, em ‘algune paises, ainda nao é possivel? Tudo, porém, parece gitar em torno de uma vida vital Comega'se a estudar a info-ética ¢ caminha:se para ciber- -cultura, O espanol Javier Echeverria concebeu uma cidade telematica que chamou de Telepols'®. Os robds industrais parecer substituindo o homem e surge um estranho info- -excluido. E assim o que se avizitha, com as cidades-mundo ligadas 2 tudo menos a ela mesma, em um mundo extremamente con sumista, onde compramos por comprar, para mera satistagao do ego e nao por necessidade concreta Nessas condig6es, tudo indica que, futuramente, 0 tra batho humano sera reduzido em termos de esforgo fisico. As energias ficardo para as academias de gindstica e 0s centros de atletismo, porque as escadas edo rolantes, os televisores possuem controle remoto, 0s carros tém ignigdo eletrnica Tudo serd cada vez mais com menos esforgo fsico. Amaquina conduzindo o homem. © trabalho ser praticamente mental «virtual, O homem deverd usar sua inteligéncia e seu cones ccimento para retornar, 0b outro vés, 20 écio do Jardim de ‘Academus, na Grécia de Platao. Afinal, na lembranca de De Masi, *o trabalho 6 uma profesto, o dcio ¢ uma arte", nao no sentide de preguiga do homem, mas do seu poder cracor, inventivo, iti, sem pressdo e sem cobrancas, mas gerando bens e ullidades para todos. Usar 0 tempo para atividades lidicas onde se pensa e se cra, onde se repousa e se projeta, onde se renova e se recupera Pengo que assim sera o mundo do trabalo que vai vir, © que ale néo se demore demeis, porcue, como dia Cazuza “Eu vejo 0 futuro repeti 0 passaco Eu vejo um museu de grandes novidades © tempo nio para Nao para, no, ndo para? A VOLTA: 0 ABRIDOR DE LATAS Em 2007, proferi palestra no 47° Congresso Brasiciro de Direito do Trabalho, promovido, anualme Tr ‘no Centro de Convengtes Rebougas, em Sao Pau'o. Li um texto, etirado do fundo do meu bad de coisas paseades, para demonstrar que 0 artigo publicado em 1944, na r Cigarra, que circuiou no Bracil, estava atualissimo. 31 de dezembro 9 2014 # ROT 20-12/7 Matéria de Capa "= ‘Agora, em 2014, fe vo 70 anos de sua publicagso org nal_o conto O abridor de fatas, que conta um fato desenrolado fo longo de nada menos que 982.5 anos, esté incrivelmente ‘atualizado e relata o seguinte: Cuando esta historia se inciajé se passaram quinhentos ‘anos, tal a lentid8o com que ela é narrada. Estdo sentadas & ona de uma estrada tes tartarugas ovens, com 800 anos cada trauma tataruga velha com 1.200 anos, @ uma tataruga bem sequerina ainda, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas eetdo eentadas,dzia eu. Ediia-o muito bom pos elas esto eontadas reso, Vite e oto anos depois do comego desta historia @ tartaruga mais velha abriv a boca © disse: nue tal se fizéssemos alguma coisa para quabrar @ mono tonia desta vida? » pormidavel ~ disse a tartaruguinha mais nova 12 anos depois — vamos fazer um piqueriaue? Vinte cinco anos depois, as tartarugas se deciram arealizar o piquenique. Quarenta anos depos, tendo comerado algumas Gezenas de latas de eardinhas ¢ varias dizias do refigerantes, las partram, Otenta anos depois, chegaram a um lugar mais ‘ou menos aconselhavel para um piquenigue. ran — digee a tartaruguinha, 8 anos depois ~ excelente este! ‘Sete ance depois, odes as tartarugas tram concordado, Quince anos se passaram e, Jarente, elas inham arrumado ‘sara 0 convescote, Mas, sito, trés anos depois, elas arn que faltava o abridor de latas para as sarcinhas. Diseutivam e, ao fim de inte anos, chegaram a conclusao de ‘que a tartaruge menor devia i buscar 0 abridor de lata. vr zota ber! concordou a tararuguinhatés anos depois mas a6 vou se voces prometerem que néo tocam em nada enquanto eu nfo vor. ois anos depois, es tartarugas concorderam imediatament® que nto tocariam em nada, nem no pac, nem nos docas. E a tartaruguina party Passaram-ne 50 anos ea tartaruga nao apareceu, As ovtras continuavam esperando. Mais 17 anos e nada, Mais 8 anos trad ainda. Afinal, uma das tartarugas murmurou Ela esté demorando muito, Varios comer alguma coisa ‘enquanto ela nao vern? ‘As outras ndo concordaram, rapidamente, dois anos depois. E esperaram mais 17 anos. Ai, outratertaruga disse: estou com muita fome, Vamos comer 6 um pedacinho de doce que ela nem notars ‘As outras tartarugas hesitaram um pouco, mas, 15 anos ‘dopois,acharam que deviam esperar pela out. E 98 passou thats um século nessa espera. Anal, atartaruga mais velha no pode mesmo e disse Ora, vamos comer mesmo 86 uns docinhos enquanto la nfo ver. ‘Como um raio, a tartarugas cairam sobre 08 doces Seis meses depois justamente quando iam morder 0 doce, ouvram re panutno no mato detras delag 2 tataruguinha mais joven apareceu: nn) = murmurou ela ~ eu sabia, eu sabia que vores ro cumpriam 0 prometido e, por isso, fquel escondida atras da arvore, Agora eu ndo vou mais buscar 0 ebrdor. Pronto! Fim fot aes depo ‘Acredito que tenham compreendido a mensagem do autor Precisamos, continuamos a precisar, urgentemente, de um “abridor de latas, o aparelho magico a que me referi em 2007 © Gque ainda néo apareceu para preparar o Brasil os brasieios ara enfrentar este primeiro século deste miénio, Se continuar Pdemora, o século terminara, o milénio terminarde amudanga ‘ao ira acontecer ‘hos jovens, & geracdo que esta surgindo e as que vidos incumbe a tarefa de dar novos rumos ao mundo do trabalho, tendo, sempre, como ponto de chegada — que é mais impor tante que 0 de partida ~, 0 respeito ao ser humano © & Sus dignidade. 3 reito, comemorativo dos 40 anos de criagao do Curso Excerto de palestra proferida por acesiao do Somindrio Nacional e x burete da Universidade da Amazbnia (UNAMA), em Belém (PA), di. 19.08.18 + aaa ce toma. antororment, in O trabalho intelectual na era da nformacso, Reve Forum Tabalhista, v. 1, p. 79°93, pon, Jornal Tabahista Consul. 29, p-8-10, 2012; Tb = Jorma Trabalhista Coneulox, v. 17, 410, 2011 DE MASI, D. O futuro do trabalho cit, p. 205-7 10 Idem, p. 214 passim. ae GRRESTER, Vviane. Horror econdmico. Trad, Aro Lorencin S60 Paulo, Ee Unes NAZZELLA,Syvie Socologie des migrations. Par, Presses Universitaires, 2514 37 TASMAN, Zygmunt A cultura do mundo Iquide modern. Trad. Carle Albono Mecoree Rio de Janeiro, Zahar, 2013, p. 40. aM baleagdo. as concequéncis humanas Rio de Jancro, Zaha, 1999, p. OB passlt DE MASI, Domenico. 0 futuro do trabalho. Trad. Yady A. Figueiredo, Rio 0 Janeiro, Jose Olympio, 1999, p. 193. OE WaIO, Norberto, Drea e esquerd. Trad. Marco Auréko Noguera Sto Pavle Et Unesp, 1995, p. 104. ae CLLETH, Mayro& GARTH, Bryant. Acesso a juste, Trad. Elon Grace Nowe Porto Alegre, S. A. Fabris, 1986. 1997, see evo cvavo, Trad. Léa Mara 2. ed, Rio de Jeno, Sertant, 2000, p- 916. BAW sraicre ce Orosoirtencinal B/RDT 20-12 +31 de dezembro de 2014 PTY] ceoncenow DE SOUSA FRANCO FILHO é Deserbagscor Se Trabalho de carrera SEO M OE cr Det oa Unversiade de St Ps, Dao, Hons Cnt Pus Die rteracieral eo Tababc emacs oO ra ar rina oD do, Tanah otes, de Sood “nora Regional do Tabaho da 8 Regide, Doster em De ora crcsocaone do Cant pla Cooperarone Givi inemaziorale

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