Eu tenho uma pequena sombra que vive dentro de mim,
E o que ela pode ou no fazer cabe a mim dizer sim.
Ela muito parecida comigo, como o meu holograma; E eu a vejo pular ante mim, quando pulo na cama. Uma coisa engraada o modo como ela gosta de crescerNem um pouco como uma criana, que espera o tempo lhe tecer; Pois as vezes ela vai longe, como uma bola arremessada, Noutras vezes, fica to pequena, que no lhe sobra quase nada. Ela no aprendeu a ter noo de como as crianas brincam, E s consegue me fazer de tolo das maneiras que se implicam. Ela fica to prxima de minhas costas, uma covarde, sim; uma vergonha se grudar numa bab, como essa sombra gruda em mim! Uma manh, muito cedo, antes de o sol nascer, Acordei pra ver orvalho nas flores do alvorecer; Mas minha pequena sombra, como uma notria preguiosa, Ficou em casa, atrs de mim, dormindo toda dengosa.