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Os Princfpios do Processo Administrativo rn Viton Pehain Fehivate Dowtrerdo em Oren co Estat pa Fale lots do USP ‘Sumixi: 1. Intodugée. U. Nogio ¢ fangdes dos principioe jucdicos. 1. Os peincipios jusficos do processo administrativo, IL. Principios consagradas na Constituiso Fe- Enete aumiisratn® Desens farses tance present elu, Mo eagotrenen @ ma oe ‘azonblisade» Ga propotonldade, ran ape. nas rare expo cous psa canettos Sconeegitnces Ambos 0 princi, bastante intr lai nado, apecar bo neonennee ao eons dos &avidade de AdmiistagsoPobc, gene: feamont condertda enfocspectiarioned ttvidadepocssaua, En Cag aactaticade ine oa acess Ag ‘Gilctagio PURGE Goose sor rcamort rapa) ae ces coreeto delim enero SS toie RI “ardeais es oasis Nae pee areca Ge Baer eel ieee Sian er poe & Admnnstrapao Publica um cever de ade TERE OST oT OTT, See aaa ee boa devstao er adapts te raldntos oon Io do Fespeto aos deveres de razoablidade (ropareionalidade, visto que elucidars detalha- bonis o caso coneoto ue onceleu a des, de forma que fornega eo controlador da atuacao administraliva ~ Judicdrio ou @ propria Adminis ‘sar a sitiagdo faion. A par dos o rformagBes cblecionados no processo ad- ‘ministrativ, umenta-se signifeetivamente oes- ppectro de incidéncia do controle, faciitando a ‘deniticagao de eventuais descumprimentos dos dovores de razoabildade e proporcionalidade.* © principio ca seguranga jurdica 6, inques- tionavelmente, um dos mais relevantes prineipios Juridica, els que esta dretamentsrelacionaco & propria finalicade da instituigao do dete. Sa- ‘gundo esse principio, os aos juridicas deve Sor tio estivei sive, mpedindo que Ineras intemosries do administrador publica So- 39, Celso Antonio Randeire de Melo, Cuse de Dito Adminstraive, 208 ef, So Pao, Malheros, 2006, p. 575 40, Sore «questo, arma Maria Paula Dalla Bucct “uma vez que se posta ater 8 mtivagio como daver gal eu ‘usnciaasureia amino dato, gana expago a poredaue de coscte des soe dsconaser, aon igi hain mls nu a es mas epeteg conte Se me sigue escrutieas a qualiicees juries da Dorepcetivac modctniaotesdacoreeates dn mv leragao™ undone fants Marine Cardovn, Jose Fontes Gckion e Marcia Watguiia fata dos Santon {Orpeh Camo se Dirote adimmitien Fannie cal Ti, Se Prt, Mtheivs, 2000, . 832. Yeleme-oos au da astingio spreaatada por Humberto Avis, segundo a qual yoruldos posers x0 definite coun "deveresosratals, sto como severe que satabelaceinavincuagho ane Jeteatee «epee der elagges ene ele in Teoria das Peincitas p81 9,94 S. 42. Cl Margi Juston Fb, Cwroo de Dralt Adminerave, So Pas, Saraiva, 2005, 9.217 jam capazes de alterar 0 que tenha restado rea- zado. Da mesma forma, o principio da seguran- {a lca tanbom impo dover Se pov Fado das aaa ene RATTAN Pag. ao parientes- do me weecieprevarens SErrUUas pace parcures © notes Go se Glo da Aarnnisvagdo Pies, Destarta, parece-nos evidente que, no rao. do Direito Processual Acministrativo,o principio ‘oa seguranga juridiea apresenta dots desdobra: _mentos bastante claros, quais sejam: I) 0 dever {de manutengao dos atos juridicos praticados 20 ‘amparo do direito e i) a previsibiidade das rela |G6es jurcioas e do modo pelo qual serdo realiza- as. ‘Quanto ao primeiro desdobramento, diver- ‘50s dispositvos da Lei n#9.784/09 expressamen- ‘contemplam, tal como se depreende do art ‘que limita o poder do administrador pibico % anviraios dos quale decoram efeos favo} res, beri como do pardgra- ue estabelece o dever de Gasos em que a apreciagio de Fecurso administrativo puder resultar em agrava- ‘mento da situagao do particular. Da mesma for- ‘a, quarto 20 segundo desdobramento, a pré- pia edieao da Loi n® 9.78490 constitu manifes- tage do principio da segurenga Juridica, pois procura estabelocer a prior as regras qua serao ‘aplicaveis ao desenvolvimento da aluagdo adr istrative, em respeito2o dever de previsiiidade, Finalmente, o principio do interesse pubico lmpde & Administragao Publica o dever de atuar ‘Sempre conforme exigido para a satlefagdo do ‘nteresse publica. A questo mais rolevante de- Corrente de roferdo principio refere-se exatamen- te & difculdado em defini o que, precisamente, 4, Vide nota de rodaps 28 \venha a ser interosse publica, em razo da exie- J {éncia do enorme gama de interesses coletives: dotados de legiimidade, Como advento da socie- dace prt, com dso tp ds HSE ‘Saonmas coro enue ioe pons or eh oats oe fariocur ra ceLieae plane oo fin do moaeve pica Ania parse sa dado a aptagso (so pana Go eres pubic, ate Sue a oodarmbe a tl pnts mote setlicds Sonamont epost pit coun Secu }do entendemos, a locueso do principio de inte- esse pica, cond noe 2° da Lei? 27247 deve" de tell te: iesse jamente definido, mas, sn, a a Administragso Publica, por meio sa "a6 Ca80 CON ac (ou este] preponderans (au signa ‘Sendo o processo administrativo o meio pela ‘qual o intoresse pblco a ser tutelado deve ser: ‘encontrado, a partir da citva e da menifestacéo. 4 todas as partes envolvidas, néo achamos ser pposs{vel entendimento diverso do sigiicado do principio do inieresse ptbico inscutpido na Le? 189.7849, Daf entendermos nao aver nonhum contito entre a plurwocidade da expressao inte reese pblco @ a realzagao do dever de atuagio ‘conform ao prinefpio do interesse putioo, i, Prinelpios Técitos Consagrados na: Consttuiglo @ na Lei n2 9.72489 Adiclonalmente aos prinefpios descttes no ‘pico anterior, enlendemos haverem a Const- ‘4 Sobre o toma, Vito Roain Schirato “Limitagies A porsblidade de anlage dor ats ednistratvec, in 2bA~ Boleim de DirettoAdrurrauve 9, Set 2007, S82 Pale, Eetoea NDI, Dp. 1049 es 45. esas respetto, observa Odete Medaun, "Auta concapie de homageaeidade do interesnepiblce segue.we uma | Stiuacao do Retorajevehiede: do ws ida tn nicidade Paefouse A coneem\a exstincls de malipliaeds 46 Ingoesses pabtcos A dowtina reuse wage roleese 9 pessbikaade We Movies ma princi Ho ixuesee ic, sobretude pela elnviade de todo dean de compares. in O Dic Adaurisuativo cm Fol, eds Sto Paul. feviss os Pibunase 2009, p00. Ainge sce fama, conkracor Hovsen de Aaede Manguee et egatapdo Exc eInvreses Pb, So Pai, Mele 2005.0 188 0 46.0 esse respnito alina Jon Deter Schnee“ proceso overs so uidos 8 Intereses plies 0 prvi paca Dondero Usa tesa vae mpacialnnate om canstelagsosprorssuats mlpaarendas# mcimetonss eat [quis ado cabo 3 admiinracho am stapelacimento uniatced donee, mass me otmiragde doe inreoes {etmaneta rain a petdeiermiauca tbe com Tela aoe pasticolatee in ete 997 (aadugeeerea S (yer autor. tuigdo Federale a Loin? 9.784/99, de forma téci- ta, previsto outros principio juricicos rlevantes, que Igualmente vinculardo a atividade da Admi- nistragdio Pablica na condugéo do proceso. De+ ve-se advert, contudo, que os principios que Ientticamos abaixo ndo consttuema totalidade do principios imaginéveis. No ha na doutrina ‘consenso acerca do rol de principios tactamen- ‘te.contemplados. Todavia, arelagdo de principios ‘que mencionamos abaixo parece-nos ser aquela mais evidente, mais claramente aferivel, a partir {da analise dos dispositves normativos regentes. ‘da matéria do processo administrativo, conforme passaremos a exper. © primeira principio tacito que vemos emer- gir da Let n? 9.78489 6 0 principio do formalisma ‘moderad, também denominado de principio do Informalismo, do procasso administativo,* con sagrado nos incs. Vill ¢ X do art. 28, bem comme no art. 22, todos da Lei n? 9:784/99. Segundo referido principio, 0s alos do processo adminis- trative ndo requerem forma especial, devendo ‘ser observadas apenas as formalidades essen- ciais & garantia dos dtettos dos administrados, “bom domo adequados para a certaza, a segu- ranga ¢ 0 respeite a referos direitos. Novamente recorrendo &s tices de Jans- Poter Schneider, é interessante mencionar que o principio de formaliemo moderado do procosso ‘administrative contemipla um certo confito entre a liberdade de formas © a garantia dos direttos dos acministrados, ¢ tal confito deverd eer dit ido a partir do exercicio de discrcicnariedade da Administragao Publica. Dastarte, canforme ‘expressamente contemplado no art. 2 da Lei n#® 9.78499, a liberdade de formas devers ser ob sservada até o limite em que no comprometa a observancia dos dvltos fundamentals dos ad- ‘minigtrados, havndo certa margem de dcericio- nariedade conferida 20 administrador piblico pa- +a definirroferido iit, 48,08, 0, p40 ota pot Oeta Meda ae ao prince, que nas paren 0 ose rte paneipo «usa completa auscac te format, ras. ‘gpronta da serene Usw do puoceso, cob ty pp. DIA. DDOUTRIA, PARECERES E ATUALIDADES 490 Adicionaimente, contemplarn a Constitugsio Federal, em sau citado nc. LXVINIdo art. 5%, 28 Loi n® 9.784/99, por exemplo, em seus arts. &, 6, pardgralo Unico, e 48, 0 princi ‘ainisirapdo, Releridos dispdsiives prevéemo.de~ ‘er de prazo razodvel de durapao dos processos Saramtenatnos, ce alate dos adrinetadss © ever da Adminisiracio de receber documentes, a ipborao a Adminstaplo Pistea Ga ob Pa ial@rias Gos prooessos, 1h ‘luiges em suas competéncias, rest Sie ise pancpoe dard Sos da Administragdo Publica eo oie a uma dec ‘980 dos administrados, devendo tal deciso ser Ccélere, legal (em sentido amp), juste imparcial © principio da boa adminisiracdo é, atual- ‘monte, UAT GOs Thais Carenfados Frinciplos ball adores da atuacéo de Administrago Pébiica, chegando @ constitur, em alguns cases ~ tal como ocorre no Brasil com relapaa ao dizeto & duragdo razodvel do proceso administrative — direito fundamental dos cidadaos. E 0 que prevé, nessa estelra, de forma expressa, 0 art 41 da Carta Européia de Diretos Fundamentals, que, com que pase nao ter forga de cireito primatio no Diteto europeu,* constitu de parame- trizagao da atuagao do todos os Estados-mem- brs, ‘of dveisos asses, oxprOSsa- tiene acatado pela jurisprudéncia européia co- ‘mo um principio auténome, @ no como mera decorréncia do principio da legaiidade. [Nosee eentido, afirma Sabino Cassese: “0 principio de uma boa ecministragéo, ‘do qual hd muito se debate se poderia ser ‘considarado um principio préprio e verda- doito ou 0 $0 constiuiria apenas om uma variante do principio da legalidade e que, como tal, dfcimente, era utiizado pela jus risprucencia comunitéria come Gnico motive de declaragio do logitimidade de um ato ‘comunitério, 6 agora expressamente astabe rae adoqnacs, om 49. Ch Ruaot Stein, Europorecht 6, Heiddbers, CR Mier, 2008, p. 2 L “440 BOA Bolaim do Ditty Adminstrator Abev2000 lecido no artigo 41 da Cartade Diceitos Fun- damentais da Uniao Européia(.)" estate, tal oo verifcado no Direto euro pou, o Dieito Procossual Administrative brasilel- fo contempla © princislo da boa administragao fem diversos dispostivos lagaise constitucionas, ‘consiitindo, a nosso ver, elemento de africa sala (om sono arp tuarso da Against ica nos procedimentos de CBnireie_ ©, conseaventemente, Teqitimands a ‘ecingao de atos acministrativos praicados com indbservancia do principio. vida a Leln® (Verravensechu,ergialmerte formulas Bee Jurigprudénia do Tibunal Constiucionalalemzo, OEE ver tas largamento contomplado ns Clversos ordenamentos juridicos. Segundo tat principio, dave-se sproteger 0 cidado, 20 do- {erminadas condigBes, em sua conianga ne o- Saldade ono standmentoa todos 08 requisites Serpette da Administragdo Pabica’* Valo dizer, Dradadao de boaté que tem direitos consi al ade do a aluagao dove ter sous Gras p groas da Nagaldades come sas por aquela. ‘Asmais ciara marifestacio de rlerido princt- pio que vemos no ordenamento juridco brasile- qo consta dos a casi? 9.78409, jprocasso adminisiralvo expressamen- te optou por assagurar aos administados @ ma~ rutengdo de seus dirltos advindos da atos ic fos cometides pela Administragao Publica, sola por meio do eetabalecimento de prazo para a Sedimentagdo da situagdo, impondo-se claro t+ 450. Come di Dinito Azumi mite ao podar de invalidar, ssja pela imposicao if do dover do convalidacso.* 4 Finalmente, 6 necessério mencionar que ©. principio da protogo de confanca legitima é uma g Gecorténela do principio da seguranca juridica, ‘mas com ele nfo se conhunds,uma vez que apip- j da conflanca leafiima nio se efore apené oe [mas TaMBm 60 ae Saloral da STuacao 8 sei estabilzada como assar do tompo, Sad necessarios, para a apie | ‘nap da protegao da confianga le- Giira, 0c slemorioe otto da exter, co Sno Te en Gv Go Sa, 62> isuscgausnce cosa parcpopioracoe Agee oa Vagal, ‘Outro principio interessante a ser menciona-' do 6 0 principio da igualdade ce armas (Watfen- § i, também deserwolvido pela doutrina 4 processuel alomé,® mas que encanta, ra Cons huigao Federal e na Loi n® 9.724/99, clara con * Relerdo principio impde necessaria, Igualdade de instrumentos para o uso.no proces $0 entre Administracdo Publica ¢ partculares, Ge forma que nao licto & Administragso vale ‘Se do instruments no colocados & clsposigSo des particulares. Consitul uma decorréncia dos: prineiplos da igualdade, da moraiidade e da in- essoalidade, mas deles se dlstingue em razBo {do sua maior especiticdede. ‘Segundo entendomcs, © principio da igual dade do armas se manifesta « partir da vedagao {a obtencio de provas por melos cites (ine. LV do art. 5! da OF) ea parti da gavantia 20s admi- ‘etrados de acasso 20s autos @ a todos os de- sar coors coricbos recess asta los to ch La 2.78, ene utes dispositives ‘Também aparece de forma impifcita no of donamento brasileiro 0 principio de ofciaicede, strtive, ol 6~Distto Ammziaistative Europeo, Mito, ut, 2005, 39 (eadugbo noes) or, Hlewcn amndous Wail ¢ Andes Deckee Studienkommentar VwGO VAVIG, Munique, CH. Beck, 2005, p- 680 radusio aos ipevenos onctent aay! ue epusnmetnoeeeonendsenta acre da posstbidade edugie do stage 9 Jere ager contenstoge a 4 te Se a a aa ae tT po oO force me a Teta ps eae {8 Coo ben ama Jens Toter Schntes Serger ur» sto dn desualdade a acomparstliede de ‘proces admiaisuatv, cl ob i, p. 54 ‘que, segundo aponta Odele Medauar, "express 2 atifbuigdo da Administragdo de tomar todas 2s Providéncias necessarias 20 teémite continuo para 80 chegar, sem delongas, & decisto final" Vale dizer, em decorréncia do principia da oficia Fidade, 0 proceso, uma vez iniciado, deve ser ‘conduzido pela Adminstragao Publica alé a sua ‘concluszo, ndo condo liste & Administragdo de: ar de decidir. Ao coniréio do processe civil, que pode ser encerrado por vontade das partes, © processo administratvo, uma vez instaurado, om ‘ospoito ao principio da oficalidade, deve seguir ‘até sua concluséo defintva,* na forma da lel O principio da oftctalidade, segundo enten- demos, pove ser deproondido da trenunoabi dade de competéncia, contemplada no art. 11 da {ein 8.76499, bom come da obrigacio de de- cle a Adminisragao, prevista no ar. da mes- ‘ma oO fundamento de nosso entendmento 6 2 obrigagdo quo a ei impoo & Administagéo de () exercer as competéncias legaimenie etibut das i) decid os casos razdos a svaaprecia- 80, tendo sempre em visa que o procosso ad Ininitativo 6 tran da conpeténcia mn ato concreto (deisi0) (Outro principio digno de meng 6 0 princt- Pio da verdade mater, segundo 0 qual 0 érga0 ‘em que tramita 0 processo deve ajustar ua con- uta para o alcance da verdade material, © no apenas da verdade formal, constanta des alega- 9628 € provas juntadas pelas partes.” Desta for- a, no processo administrativo, 30 contrio do {que ocarte no processo civil 0 convencimento da, ‘Administragdo no deve cingir-se ao que restou ‘exposto na proceso, mas deverd estender-se a todos os dados @ informagées disponiveis que lover & formagdo da verdede material, ncluindo a possiblidade de prascindirdo que tena alega- do © administrado. Qualquer decistio da Aden 56. 0b. at, 7100 535. Juan Carlos Cassague, ob. cl. p.672 DOUTRINA, PARECERESE ATUALIDADES 441 nistragdo Pablica que no se tenha ajustado 20s ‘atos materialmente verdadolros estara, por con soguito, viiada.* eros, no ja menclonsido inc. LVI do art. 5* da Constiuigao Federal, que veda a utilzecao de provas obtidas por meio ilicito, bern como na liberdade de consituigéo de provas contorpla- {da na Len? 9.784/98, os fundamentos legals do principio da verdade material, visto que 6 facu- tado & Administracdo constitu as provas cons! deradas necessdrias ae alcance da verdade ma- terial Finalmente, 0 dhiimo dos prinipios tacita- ‘ments considerados na logisiagao brasiloira que ‘enxorgamos 6 o principio de instrumentalicade, devorrente doart. #2da Lei r'9.784/88, segundo o ‘qualo processorada mats 6 doque um instuemento ‘para 0 adequatio funcionamento da atuagao da ‘Administracdo Piéblica e melhor cumprimento de ‘suas finalidades, em respelto aos direitos funda ‘mentais dos administrados, garantinco-os. Como ‘muito bem atirma Jens-Peter Schnoider: *o processo administrative possuinesta pers- pectiva uma fungéo de servi, I. que sua con dugdo no éum fimem simesma, mas serve ‘das obrigagies materials da a eaeale op ootanes mates WV. cONCLUSAO Procuramos, no presents estudo, identiicar €@ sistematizar os principio juricices aplicaveis & atvidade administratva, com enfoque especial para seus efeitos sobre a atividade processual ‘da Administragao Pablca. A finalidade essencial ‘de nosso empreencimento toi a de localzar, no ‘ordenamenta jurdico brasisiro, a sede do cada ‘um dos principias identiicadas, para, entée, pro- ccurar dar aigum significado juridico a eles, de 56.Ct.Baciane Benvenai, "Funzioneasiminsavs, procedinento, provers" In Rist Tested Dirty bbc, Tisjanimar 105% pp ibe 57. Juan Carios Cassagne, ob. p67 5CL Again ovale, ob it p. BEAL 50, CL Odete medavae A Procestuetiade it, p91 60.08, ct, p 340 (radusto nose) 42_ Bon, nn da Deo Adminstato~ Abai7008 formna que apresentasse aiguma conttbuigdo & sua aplicagao aos casos concretos, ‘No alual ordenamento, cada vez mais princl- Pial6gieo, a dentticagao dos principiosinvocdveis ede seus respectivos contetides jurdicos mos- tra:se, a nosso ver, tema de grande relevancia, is que, como dissemos, 0s principios sao nor mas juridicas de aplicago subsidiaria, que fun- cionam como elementos de conformarso das ‘ograsjuridicas, impondo acs que se sujetam a clas propriamente obrigacées."" Em particular, no campo do processo adii- nisttativo, a misso toma-se ainda mais relovan- tz, posto que sera por meio do processo adimi istrative que serdo realizados 08 direitos dos ‘edministrados e, em uma Acministragio Publica serviente dos interesses da coletividade, como a hodierna, a identticagzo do contetidojurtaico das formas regentes de sua atuagao afigura-se es- sencial & correta reaiizagao dos ditehtcs dos ci- adios. BIBLIOGRAEIA AVILA, Humberto. Teoria dos Prineiplos, SA0 = Paulo, Matheitos, 2003. BENVENUTI, Feliciano. “Funzione amminis- tratva, procedimento, proceso’ n Avista Times- trale di Dirito Pubbico, janie. 1952. BOTELHO, José Manuel Santos, ESTEVES, ‘Américo Pires © PINHO, José Candido. Codigo ‘de Procedimento Adiministrativo Anotado © Co- ‘mentado, 4* od,, Coimbra, Aimedina, 2000. BUCCI, Maria Paula Dalla. Direito Adinis- trativo @ Polltcas Péblcas, 1" ed., 2 ti, S0 Paulo, Saraiva, 2006. 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