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CRIAR: Espelhando o gênio

artístico de Jesus
LEIA No primeiro dia da semana, bem cedo, as mulheres foram ao
túmulo, levando as especiarias que haviam preparado, e
viram que a pedra tinha sido afastada da entrada. Quando
entraram no túmulo, não encontraram o corpo do Senhor
Jesus. (Lucas 24.1-3)

💡 Leia “6. CRIAR: Espelhando o gênio artístico de Jesus”, nas páginas


175 a 203 de “Reflita: Tornando-se você mesmo ao espelhar a maior
pessoa da história”.

RECAPITULE
Jesus é não somente intelectual, emotivo, santo, amoroso e gracioso; ele também é
criativo como ninguém. Sua imaginação criou nebulosas espaciais, joaninhas e o sabor
dos grãos de café. Ele passou a maior parte de sua vida como artesão. Seu ministério
público foi marcado por vívidas parábolas que permanecem em nossa imaginação por
milênios. Jesus não veio apenas para redimir corpos e almas mortas, mas também
nossas imaginações mortas.
Em sua ressurreição, vemos três formas como ele abala nossa criatividade para a vida.
Primeiro, Jesus não ressuscitou como um fantasma. O túmulo estava vazio porque sua
ressurreição foi corporal. Ao fazer coisas no mundo material com cuidado e
criatividade, nossas ações capturam a verdade de que a matéria importa.
Segundo, Jesus ressurge como uma forma de arte em protesto contra tudo que é
tortuoso e mau na era presente. Sua ressurreição nos lança para fora do desespero e
nos dá um vislumbre esperançoso da era de justiça e alegria que virá. Nossas ações

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criativas deveriam estar alinhadas com essa esperança, protestando contra o
desespero e chamando pessoas para a esperança do reino que Jesus inaugurou.
Terceiro, Jesus mostrou suas cicatrizes aos discípulos. Ele expressou a esperança da
ressurreição no contexto das feridas profundas da era presente. Nosso trabalho criativo
não deveria ser adocicado demais ou sentimental. Para ser verdadeiramente redentivo,
ele deve lidar honestamente com o estado do mundo.

REFLITA
Pense nas questões abaixo para estudo pessoal ou discussão em grupo:

1. Francis Schaeffer lamentou o fato de que a maioria de nós não parece entender
que as artes também devem estar sob o senhorio de Cristo. Por que razões você
acha que tantos de nós falhamos em conectar Cristo a nossos desejos criativos?

2. Esse capítulo esboçou uma teologia bíblica da arte: como nos deparamos com o
Deus da Escritura descrito como um gênio criativo, como esse Deus nos criou para
sermos criativos, como essa criatividade marcou a vida de Cristo, entre outros
temas. O que, no capítulo, chamou mais sua atenção e alargou sua visão sobre o
modo como a criatividade se encaixa na vida cristã?

3. O capítulo defendeu que Jesus nasceu, morreu e ressuscitou porque se importa


com a matéria. Liste três maneiras como você pode viver à luz dessa realidade.

4. Abraham Kuyper disse que a arte tem a tarefa mística de nos lembrar da beleza
que foi perdida, e de antecipar seu futuro brilho, habilitando-nos a descobrir nessa
vida um pano de fundo mais glorioso. Como podemos fazer nossa vida diária
apontar para a beleza original e para a beleza vindoura dos novos céus e terra?

5. Vimos que sem a brutal e trágica morte de Cristo, não haveria a bela e triunfante
ressurreição de Cristo. De modo semelhante, nossas ações criativas podem se
tornar frágeis e sentimentais, se não levarmos a sério as fragilidades do mundo. De
que formas podemos levar o estado do mundo a sério para que aumentemos a
beleza presente nele?

ARREPENDA-SE
Escreva formas como você está refletindo o gênio artístico de Jesus. Em seguida, liste
como você não está refletindo Cristo na sua vida criativa. Ore com o salmista: “Sonda-
me, ó Deus, e conhece o meu coração! Prova-me e conhece os meus pensamentos!

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Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139.23-
24). Pergunte-se: estou refletindo a criatividade de Jesus, mostrando a importância da
matéria, protestando contra o mal do presente século, e inspirando alegria e esperança
na era por vir?

RITMOS
Escolha duas ou mais sugestões para ajudar a refletir melhor o gênio artístico de
Jesus:

1. Faça algo com cuidado e criatividade, que capture a verdade do túmulo vazio: uma
canção, um quadro, uma história, uma refeição, ou outra coisa qualquer.

2. Dê uma volta e observe o mundo que Jesus criou e sustenta. Ore e peça a Deus
ajuda para apreciar sua criatividade conforme você a encontra na natureza. Leve
tempo para ver, ouvir, cheirar, tocar ou saborear algo belo, e lembre-se de que você
não fabricou a beleza, mas a encontrou. Porque Deus declara que as coisas são
esteticamente belas, você pode descobrir a beleza.

3. Da mesma forma, peça ajuda a Deus para ver o que está quebrado e torto no
mundo. A cada vez que encontrar uma dessas coisas, ore para que Deus te encha
de desejo de protestar contra a presente era, e intensificar seu desejo pela era que
virá.

4. Desde o início do universo, Jesus não apenas criou, mas o fez em comunidade
com o Pai e o Espírito Santo. Junte-se a outras pessoas para criar algo nessa
semana.

5. A beleza bíblica não trivializa a realidade da angústia e da futilidade do nosso


mundo caído. Assista a um filme triste, ouça uma canção de lamento, ou leia uma
tragédia, preferivelmente de um autor não cristão (visto que a arte não cristã tende
a lidar mais honestamente com o desespero e a depravação). Peça Deus um
senso de lamento pelas rupturas do mundo, bem como um senso de esperança na
ressurreição, capaz de subverter essas rupturas.

PEÇA
Peça a Deus para alinhar sua imaginação e criatividade ao gênio artístico de Cristo.
Sinta-se livre para se inspirar na oração abaixo:

UMA

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Jesus, que criou e sustenta o universo e tudo que há de belo
ORAÇÃO
nele, e que entrou em sua própria obra, mesmo maculada
PARA pelo pecado, o Senhor ressuscitou e mostrou a importância
da matéria, e que há mais na realidade do que a presente
CRIAR era. Porque o Senhor retornou à vida nós podemos ter
alegria e esperança verdadeiras, no lugar de meros ímpetos
sentimentais. Ajude-nos a espelhar sua criatividade, para
fazermos do mundo algo que aponta a realidade inaugurada
pelo Senhor na ressurreição, e que será trazida a sua
completa expressão criativa com seu retorno. Amém.

RECURSOS
Aquie estão recursos para elevar sua compreensão e prazer na criatividade de Jesus:

Makoto Fujimura, Arte e fé: uma teologia do criar (Thomas Nelson, 2022).

Dorothy Sayers, A mente do Criador (É Realizações, 2016).


Hans Rookmaaker, A arte não precisa de justificativa (Ultimato, 2010).

Hans Rookmaaker, O dom criativo (Monergismo, 2017).

N.T. Wright, Surpreendido pela esperança (Ultimato, 2021).

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