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MANUAL OCUPACAO DE ENCOSTAS S4o Paulo, 1991 Mércio Angelieri Cunha (Coorcenador) Fldvio Farah Leandro Eugenio S. Cert Luiz Antonio Gomes Maria Licia Galvés (Omar Vazbek Bitar Oswaldo Augusto Filho Wanderley Sérgio da Siva Patrocinio. Care Governo do Estado de Sao Paulo Instituto de Pesquisas Tecnolégicas (901 sn oe Pesce Terese do Esta co So ‘Gidage Universiténa Armando de Salles Olive cep sb ant vein ran aes Ga = r= CEP 8S Pa. (oisrimeren - Tater) oct olwone on} oes MTR Impress no Basi Diretora Executive rer Superinendente: Lue Car Mas B ret aria Pancras Pao eps tet rt rot de Programas Transernca Ge Tecnologia: Tio scan Divito Ge Geclogia co EngennarieMectnea de Racha oorsnacor so Figs iba Divito de Construgso Ch Coororador:Cluto Mehas! Wot Conssino Edtorat Presigene: Ananioo ros de Fetes. Secs tes de Fes Secret: Ries Man Marre Geto dalRéCanero, Maa uta ore UAiela ier SaJaray on POE SHSH tustactes Lutz eto Fabeio Colaboradores ‘Ava Rois 5. Fao Rosine Sarton Clu Mas Wal, Enid pe Paso, faa zat Ln Bates, Peto None 5. 6 Canao¢ Valarie Noacawas ‘Apolo Folio CC. Gomes Maa sa Siva Eaigto case AGE Putas — Coat: Rone Man ata: Aoa iia Teheka nr) Lr Nats Siar ira ¢ Vin Tavares Tre aa Copa Fol res teem Atenas Eartha Pci Ge Eon Pokapo ar ma Tee Fito oimersste: Grdfea do PT Capa: Aspects de oniparSo denotes evdenando cores aenose cameos do 1 dcarizesde scomegamorts Dados de Catonsto ne Pubteato (Cerna ‘Canarabrastore dota, SP ae OBE Ttrligce Be SHET ABTA 42 Pan ete Pawo: St nal Segre i) 2. Estat word, Sle Vn. Cn, Me Sera Indices para catlogo sistomdtco: 1 ep Fite: ect insole =, Ets: Gromer 83. towns | Ona’ Resort 23.79, Publcagéo PT 1851 Trager: 3 000 oxerplares DIVISAO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA E MECANICA DE ROCHAS yhaia e Mec&nioa de Rochas tem sous serv gos, posaisas ¢ desenvaienentofaenotiico gids ao connecimenio do meio See Eom o objelvo de viablizar sua ocupagio e ulizar seus recursos de mancirara- Sonal Assim, extuda os fendmenos da dndmica supericial e caracteniza os malouais cog Sin cut e em laboraldrio, quanto 2s suas propriedades, estado do tenso~ Teternagao e ecmportamento, Tais conhecimenlos consttuem-se em subsklios 920” Khaleoqeotéenions e geomecdnices pare projtos @ mplantagdo de obras de Enos: taco Shi ¢ de Mags, onda sempre em visla 2 adequagao dessas obras e a pre- revacto do meo ambiente, € constutda pelas dreas de Geologla Apicad a Obras, Geoiogia Aplicada 20 Meo Ambiente, Mecknica de Rochas e Engenasia de Rochas. |A Divisio de Geologie de Engen DIVISAO DE CONSTRUGAO CIVIL |A Divisio de Construgdo Civ, criada em 1989 pela fusdo das avisées de Er genharia Civile de EdiicagSes, atua no campo da construpao Gl que compreends semrugdo pesada e leve, 08 maleias de consbugso, as teenieas do projeto © = SGraanto em sonstugdo chi eos processos construives, abrangendo ps aspectos seerats weltives 85 avidades de consirucSo © ocupagso do solo. & constiulia jes areas de Componentes e sistas conetrutvos;estuuras; esos gectéc Pes tra aotrura vida, mpermeabilzacSo e obras; instalagdes e seguranga 20 [o~ Gor mates ce constugto civi; mecSnica dos solos ¢ funcacbes; informatica os Fritontagdo, seractenzadas por alvidades em pesquisa tecnoliica, desenvolvi- rum de procutos @ processos, assessoria 9 prestacBo de servigos técnicos espe Tieizados: treamenio em recursos humanos e 0,6m em calgades >o,am em rucs fondo da vata regularizado para apoie do tubo em tode 0 sua extensdo, ‘2cuPAgko oF ENCOSTAS 145, © Guias @ sarjotas ‘So obras de drenagem que témn por fnalidade captar as Squas supertcias do feito das ruas. CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: + om vias ndo-pavimentadas, recomenda-se proteger a faixa ao longo das savotas (cerca de 80 cm de largura) com solo argloso e bit, solo melhorado com cimento 0u grama, visando evitar 0 surgimento de erosdes. © Tubos de concreto CConstituern-se nas obras de drenagem convencionals, sendo utizadas em conjunto com guias, sarjetas, bocas de lobo e galerias. Os fub0s de concreto #0 enierrados, com diameto e espessura adolados conforme a vazio a ser conduzide. CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: ‘© caixas de dissipagso ao longo das tubulagées devem ser feitas de forma a liter as velocidades de escoamento; « caixas de transigo devem ser construldas quando howver mudanga na deco do ‘escoamento ou na dimensio da tubulagéo. Me ‘ocuPAcko 0€ ENCOSTAS coptagéo colxo de tronsigéo ou dissipacdo escode d'éguo ipa testormete ‘ocuPAGKO DE ENCOSTAS ur Escadas d'égua ‘So canals abertos ou fechados, construos em forma de degraus nos taludes do corte e ater, visande coletare conduzir as &guas superfciais captadas pelas ca- naletas de concreto © usadas, principalmente, em encostas com incinagées eleva- das, podendo transportar grandes vaz6es, sendo executadas em concreto armado ‘mokdado “in loco”. Sua principal vantagem sobre as canaltas e tubos de concreto 6 a de conduzit grande volume de Squa em fortes incinagées, sem problemas de eros80 ‘no concreto e sem necassidade de caixas de dissipagao. (CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: + 6 importante rinimizar 0 movimento de terra, tanto na forma de cortes, quanto na de aterros, respetando, porém, as dmens6es necessérias para evtar velocidades ‘levadas das Sguas coleladas; + 0 terreno de cada lado da escada d'Squa deve receber uma compactarso perfeita, numa faixa de 50 cm, evtando que’a Squa escoe paralelamente & escada, forman- do suloos de erosBo que acasionem seu descalgamento. ‘ocuPAGko DF Encostas escodg o'équa issiposso. $ brite ‘$80 (plonto}, \ lescago d'igua ~ coixo de dissiparée (corte) £7 Final de linho ‘ceuPagio be Enc 9 © Caixas de dissipagao So caixas consituldas nas canalelas, escadas agua e tubos de concrete, ‘com finaidade de diminuir e controlar a velocidage de escoamento das Aguas cole- tadas, evitando, desta forma, problemas de eros do solo no ponto de lancamento ‘das fguas. © Calxas de transi¢ao Estas caixas tim por objetivo drecionar melhor 0 encaminhamento das Aguas e possibiltar a dsipardo da ener hidréulca, reduzindo, conseqientemente, a velo- Cidade e impecindo que ocorram desgastes excessivos no concreto. "Nas escadas d'égua, so construdas canaletas e tubos de concreto, em situa ‘gdes de mudangas bruscas na dirego do escoamento ou de unido de canalelas de {drenagem ou tubularbes com se¢bes transversais diferentes. ‘Tamivém, no caso de encostas com decvidades abruptas, que exigiiam gran- ‘des volumes de corte para a instalago de uma escada d’égua, pode-se optar por uma drenagem mista, com canaletas e tubos de concreto associados a caixas de transicao. 190 ‘ocuPAGKo 0€ ENCOSTAS moteriot drenonte (rela, pedreguino, pedro’ rolade od Britad, sem mors Fig orgiinica ou tor Fes Ge orgilalcon Doctedo em coma Sos de of 0.3m. solo argitoso compactodo com espessura min. de Oem. protegdo vegetal tube dreno(decoa ee Spice “oe Se tegia fecoeido, ae + Fonte’ e boise) ‘cuPacko DE encostas 1st ‘Drenagem Subterinea (© Trincheiras drenantes ‘S80 vales cuja fnalidade 6 irterceptar, collar @ escoar a gua subternea, ‘como intuito de evitar a saturagdo da ase dos aterros ou dos taludes em corte. CUIDADOS NA MPLANTAGAU: ‘© para o escoamento das ouas captadas, deve-se instalar um tubo-dreno na base. da vala, preencher com material dronante adequado @ colocar uma camada de solo ‘argioso compactado na parte superior, ‘© dependendo do tipo de solo e da profundidade da trincheira, poder ser necessério, escoramento da vata; ‘© na salda d'gua da trincheira drenante, deve ser construida uma cabxa de dissipa- (80 para impedir a formago de processos erosivos. 12 ‘ocuPAgho b: eNcosTas ‘ou tela de nylon ‘ocuPagho OF ENCOSTAS 189 ‘© Drenos Horizontais Profundos (DHP) ‘So tubos instalados em furos de sondagem subhorizontals para captagso de ‘4quas subterréneas. Os DHPs aluam no sentido de rebaixar o nitel do lencolfredtico, reduzindo as pressBes neulras do fuxo d'Squa e prevenindo a ccocréncia de eros5o tubular regressiva ("piping"). Esta tom sido uma das solugbes de maior efcdcia para a estabiizago de massas de talus. CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: ‘a cravarao dos drenos, deve-se evita, tanto quanto possive, que 0 eixo longitue dinal soja desviado do alinhamento previsto em projlo, devide &s camadas muito resistontes ou & prosonca de matacdes; ‘extremidade intema do tubo de piistico deve ser vedada @ a extremidade externa deixada ive, pelo menos um metro para fora da superficie do terreno; as aguas drenadas devem ser colotadas e conduzidas para fora da area até locals ‘apropriados para seu langamento. ‘ocuPagho OF ENcOSTAS ‘ocuPAgKo DE ENcoSTAS 155 Dronagem de Estruturas de Contene#o © Barbacks ‘Sao tubos horizontals curtos (no mfxime 1,5 m) instalados em estruturas de Contengao para coletar &quas subterréneas dos macigos sitvados a montanto, reba xxando 0 nivel do lencolfredtico @ dminuindo © empuxo hidrostatco sobre a estrutura. Podem, também, ser utiizados como saldas de drenos (area, ba) existentes atras das estruturas de contencéo, CUIDADO NA IMPLANTAGAO: ‘0 tubo perturado deve ser envolviéo com uma tela de nylon amarrad, também, ‘com fo de nylon; rurg. # na colocagéo dos tubos, deixar uma ponta de pelo menos 10 cm para fora do muro. moteriot érenonte js gixo do borbocd i geotextit ou telo de nylon tube de pve 156 ‘ocuPAGKo O€ ENCOSTAS PROTECAO SUPERFICIAL ARGILOSO - PANO DE PEDRA |- GABIAO- MANTA /H————_ COM COM MATERIAIS MATERIAIS NATURAIS ARTIFICIAIS ~ COBERTURA ~ IMPERM. VEGETAL ASFALTICA COB. VEGETAL | |- soLo-caL- C/ GRAMINEAS CIMENTO - SELO DE SOLO ~ ARGAMASSA - TELA E GUNITA + TELA (oouPAGAO OE ENCOSTAS 87 Protecdo Superficial [As obras de protego superficial desempentiam um papel extremamente im- Portante na estabilzagdo das encostas, pois sua fungto & impedir a formagéo de pro- ‘cesses erosivos e diminuir a infitracdo da 4qua no macico, aravés da superticie ex- posta do talude. (3 tipes de protecéo superical apresentados a seguir foram divcidos do acor- o.com a utiizagto de materis naturals ou articias. Sempre que possivel, porém, devem ser privilegiadas as solugSes através de materiais naturals, por serem, em ge- ral, mais econtmicas. ‘ocuPacko oF ENCOSTAS 159 Protecao Superficial com Materais Naturais, © Cobertura vegeta! Em trechos de encostas onde a vegetagio naturel tenha sido removide e que ‘presenter alto risco de ocorréncia de escorregamentos, uma soligdo bastante into- tessante 6 a Implantago de uma cobertura vegetal funcionalmente simiar & cobertura dda mata natural, Oe maneira simpificada, a recomposi¢o da vegetac&o teria como fungbes principals aumentar a resist8ncia do solo pela presenca das ralzes, prote- geo contra a erosto supericial e reduzir a infliracdo da Squa no suo através de ttoncos, gathos e fothas. ‘A cobertura vegetal, a ser implantada, deve ter os seguintes requstos minimos: ‘© constitur formagéo arbérea de médo a grande porte © revestiro terreno durante to- das as estacées; « resultar em maha densa e resistonte de ralzes desenvolvidas paraltamente& su+ Perce do talude; © adaptar-se As condigées climfticas reinantes e ser de fil oblen¢io, seja no co- mércio, sea por eprodugdo local «© apresentar crescimento réipido, ser perene e com sistema radicular bem desenvol vido e resistonte; «no apresentar maiores atratvos (frutas, lonha, materiais de constru¢So) que indu- ‘Zam a0 acesso, 8 ciculag0 e, menos ainda, & utiizacéo das &reas; ‘© dispensar operagées de manutengo, a ndo ser reposigdes em reas de eventuais escorregamentos; «ser composta por mais de uma espScie, para evitar as desvantagens de formagBes ‘monocuiturais (comportamenio sazonal homogéneo e eventual alaque destrutvo de pragas ou moléstias); em cada local, deverdo ser pesquisadas as espécies vege- fais que melhor se adaptam as fnalidades propostas, ‘0 ocvengho oe encostas ai ca tl” Hr eayavttl et. grompo. grompos para fixagdo telo metdlice ov pldstico ocuPagho ve encosTas 181 © Cobertura vegeta! com gramineas Tipo de protege superficial que, além de diminuir 0 escoamento da agua dire- tamente sobre o solo da superficie do talude, melhora a resisténcia da camada super- ficial, através do efeto de travamento do solo exercico pelas ralzes. Seu uso 6 reco- mendado para a protecso da supericie de taludes naluras, de corte e alerros. O Plantio pode ser feito por semeactura,hidrossemeadura, mudas ou alravés de grama fem placas. Em taludas mais fagremes (incinago superior a 3H:2V), pode-se utilzartelas plésticas, fxadas por grampos ou chumbadores para a coloca¢do da grama em pla- cas ou fixago das sementes na hidrossemeadura. De qualquer forma, a técnica de plantio € o tipo de gramfnea mais adequados dependem de fatores como solo, inctina- {80 do talude e condigdes clméticas, Sendo, portant, espectis para cada caso. CUIDADOS NA IMPLANTACAO: + a execugo deverd ser feta imedialamente apés a concluséo dos servigos de ter- raplenagem; ‘© apSs a implantacdo, qualquer tipo de proteedo vegetal deverd ser objeto de acom- ppanhamenio e manuiensSo, sem o.que é muito diel garanti bom resultado. 02 CcouPA¢Ko o€ ENcoSTAS tolude contra de pe (cuPAGKO DE ENCOSTAS 163. © Selos de solo argiloso ‘Sdo usados para 0 preenchimento de suicos de eroste, trincas @ fissuras, em ‘associago com outros ipos de protecSo superiial,preferencialmente, a cobertura vegetal. CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: © 0 preenchimento dos suices ¢ trincas s6 deverd ser felo ap6s resolvidos 08 pro- blemas de drenagem das &quas pluvials; «© quando da obtencdo de material para preenchimento dos suleos etrincas, deverso ser tomados certos cuidados no manejo do solo, visando evita o desenvolvimento de erosio nas dreas de empréstimo. Esses cuidados so vados para qualquer ‘obra de terraplenagem, devendo contemplar as seguintes operagber remogo da vegetacto de maior pore; = remogao e estocagem da camada superior de solo organic e da vegetagso de ‘menor porte, para posterior recobrimento das &reas teraplenadas (neste caso, a brea de empx6steno}; = remogo @ estocagem do solo superficial para preenchimento dos sulcos & trincas. 164 (cUPAGAO DE ENCOSTAS protecdo vegeta! borbecds (OcUPAGAO OE ENCOSTAS 165, © Pano de peda Consttu-se basicamente no revestimento do talude por blocos de rocha, tala os om forma regular © com tamanho convenionte, Esses bloods so arrumados S0- be 0 talude e rejuntados com argamassa, fcando 0 mesino protegido contra a eroso promovendo sua maior estabitdade.. CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: ‘© o assentamento dos blacos sobre o talude deve ser executado de mado a se con- ‘seguir 0 maior travamento possivel na inortace pano de pedra/solo natura, assim, dove-se cravar a face mais aguda do bloco na superticie a ser protegia ‘dover ser executados drenos (barbacds); ‘© om casos onde a inciinagéo do talude seja mais acentuada e as dimensbes da contengao de maior porte, deve-se provévla de uma fundagso corrida simples, as- sentada em terreno firme, ‘cvPAgKo OF ENCOSTAS (ocuPAGKo OF ENCOSTAS 17 © Gabido-manta (© gabido consiste em uma armago de maha metdica preenchida por pedras, podendo ser construdo na forma de caixa, saco cu manta, de acoréo com sua ullza- {80 como elemento de contencéo, Para protaclo superficial, 0 gabido de tipo ranta apresenta vantagens quanto & possiblidade de utlizaeo de material local e capacidade autodrenante. ‘CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: ‘© as podras devem ser arrumadas dentro dos gabides, ¢ no ser simplemente joga~ das, de modo que se oblenta um arrano bastarte denso; ‘como elemento de transicdo entre os gables © 0 material do talude, dever ser uth lizadas mantas de potster ou areia. 168 (cuPAGKO OF ENCOSTAS ImpermeabilizogS0 ostéitico canaleta de cristo ‘cuPAGKO DE encostas 168 Protegéo Superficial com Materials Arifictals © Impermeabiizacéo astéitica Consiste na aplicaso de uma camada delgada de astalio diuldo a quente ou ‘em emuls2o, por rega ou por asperséa. Sua funco & proteger os taludes e bermas da 210880 provocada pelo escoamento superficial das 4guas pluvials, evitando a infitra- (980 destas no macigo.. Este tipo de protego supericial necessita de manutengo constante para gé- ‘antrum desempeno adequado, pois a pelculaasfSltica sofre deterioracko pela ago os raios solares, podendo, também, ser faciimente danificada por ago flsica (pe desires, irlego ote). Além disso, seu emprego em reas habitadas apresenta incon venientes ambientais, CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: ‘* a superficie do elude deve ser previamente aplainada, removendo-se todo 0 mate- fal soto 6 qualquer resto vegetal ou organo; ‘© dover ser previstos drenos (barbards) regularmente espagados ao longo da sus Perfcie, de modo a evitar 0 surgimento de pressbes neutras locaizadas, que tan- ‘dom a favorecero desplacamento da cobertira, 170 (0cUPAGKO DE ENCOSTAS conaiets de pe conaleta d¢ cristae ‘ocUPAGKo OE ENCOSTAS m © Solo-catclmento A aplicaco de soo-cakcimento para a protect supertcal de taludes & uma ‘6cnica praticamente desconhecida no Brasi, porém amplamente dfundida em outros palses. Em Hong Kong, por exempilo, ulliza-se uma mistura de solo, cal e cimento, aplcada em estado pléstico, para protegertaludes de cortes e aterros da erosto su perfciale reduzir a infitragso de Agua, Este tipo de protesSo supericial apresenta, conto, desvanlagens de naluneass estéica © ambiental, e seu emprego, como obra permanente, necessita de uma ava- lagao espectica em cada caso. CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: ‘a proporgao recomendada, em peso, é de uma parte de cimento Portand, trés par- tes de cal hidratada e vinie partes de solo. O solo deve ser isento de vegetago, ralzes © qualquer outro tipo de matéra orgarica; «antes da aplcagaio da misture, deve-se proceder& impeza da érea; a aplicago da mistura éfeita em duas camadas, cada uma com espessura mirima {4e 20 mm (em obras provistrias pode-se usar uma camada). A superficie da pr meira camada deve ser rugosa; 0 intervalo de tempo para a execugéo da segunda camada 6, em geral, do 24 horas, e sua superficie final deve ser Fis, faciitando 0 ‘escoamento superficial ‘© pode-se acrescentar colorantes & segunda camada, de modo a minimizar a rele- ‘xo da luz na sua superficie isa; ‘© devern ser evitadas juntas coincidentes nas duas camadas; ‘* a supaticio protegida deve contar com drenos (barbacts) para prevent 0 desen- volvimento de pressdes devido & presenga de égua atris do revestimento. Reco- rmenda-se que a dtenagem seja locada a partir da inspego da superficie do talude, ‘antes da aplicagao do revestimento; * orrevestimento deve ser inspecionado periodicamento © refeito quando necesséro. we ‘ocuPAcKo o¢ ENcosTAS conaiste de pd conoieta de evista cuPAcko OE encosTas we © Argamassa Engloba @ aplicacio manual ou mecanizada de oobertura de argamassa de ci- ‘mento e areia, sendo um tipo de protecZo superficial efciente © que exige pouca ma- ‘utenfo. Porém, seu custo érelaivamente elevado. CUIDADOS NA IMPLANTAGAO: ‘© a frea a ser protegida em argamassa deve estar perfetamente lmpa, livre de ves- thos de vegetaglo, solo organico ou entulho, ‘© dovern ser exocutadas juntas do dlatacdo, bem como barbacts, para pormitir a