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Como armazenamos as nossas experiências?

Porque esquecemos um número de telefone logo após o termos


lido?

Há duas espécies de memória: uma a curto e outra a longo prazo.

A primeira conserva apenas cinco a sete “artigos” de cada vez e dura, no


máximo, cerca de 60 segundos. A segunda persiste por minutos ou anos e a
sua capacidade é quase inacreditável. Segundo certo cálculo, a capacidade
de armazenagem do cérebro humano é de 100 triliões de unidades de
informação contra 1 bilião de um computador. Não nos deixemos confundir
pela palavra “armazenagem”. Não possuímos nada no nosso cérebro que se
assemelhe a uma biblioteca, nenhum departamento específico onde as
nossas “recordações” se encontram arquivadas.

Recordar – uma das mais importantes actividades do cérebro humano – é


uma função que pertence a muitas partes deste, e não a uma estrutura em
particular.

Para se conservar, uma impressão tem de ser fixada no cérebro, processo


que requer o ensaio (repetição ou estudo) e normalmente a classificação
(agrupamento de impressões inter-relacionadas numa mesma categoria).

A fixação desloca um facto de armazenagem a curto prazo para aquela a


longo prazo, e pensa-se que resulte daí um traço mneumónico: uma alteração
efectiva na estrutura do cérebro. Um número telefónico, a não ser que o
usemos repetidamente, não chegará a ser alojado na memória a longo prazo:
se ouvimos o sinal de impedido, é provável que tenhamos de procurar
novamente o número, porque este não chegou a formar um traço
mneumónico no nosso cérebro.

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