Você está na página 1de 6
CURSO SOBRE PROJETOS DE ADUTORAS (*) Aducao §.2 — Advtoras por recalque 4) Consideragies. gerais ‘As linhas de recalgue funcionam sempre como condutos. Apresentam compertamento _hidriulico muito semelhante a0 das adutoras por gravidade em Conduto forgado. Diferem pelo fato da encrgia para escoamento Ihes ser dada por um conjunto eleva- trio, acionado por uma fonte de energia externa. Recomendamos que as linhas de recalque sejam ‘em geral feitas em aco, principalmente no caso de presses elevadas. b} Dimensionamento 1) Problem: Dados: Vazio — Q Altura geométrica, isto & a dife- renga de nivel — hy = h, + hy altura de sucgio, isto & @ altura do eixo da bomba sobre o nivel inferior. altura de recalque, ou’ seja, a altura do nivel superior em relagio ao eixo da bomba, Para melhor compreender ver a Fig. 184, em (Vol. | — pe. 313, Comprimento da adutora —~ Incognitas: Altura manométrica de recalque: Baan = be + Perdas de carga (totais) Diametro da canalizagio — D Poténcia do conjunto elevatério — P 2) Solucio inhas de 4) Dimensionamento econdmico das recalque — Fixagio do diametro Formula de Bresse: Como ponto de partida para vencer a indeter- minagio existente na solugao do problema, empre- garemos a Formula de Bresse, que dard a ordem Ta primeira paste dewte trabalho foi publicads ne WALTER ENGRACIA DE OLIVEIRA Engenhzire Civil © Sanitarista Diretor de Servigo do DEPARTAMENTO DE AGUAS E ESGOTOS DE SAO PAULO écontinuagaey de grandeza do diimetro a ser adotudo. Com éstz Valor de partida, pesquisa-se. por tentativas. uma di Tmensdo que mais se aproxim da solugiio = maxima econdmica desejada ‘A formula de Bresse é a seguinte: D = k VO D = Difimetro econémico em m k = Coeficiente que depende do peso especitico da Agua, do regime de trabalho e do ren- dimento’ do conjunto clevatério. da natu: feza do material da tubulagio e dos pregos tunitarios vigentes — prego da unidade de do conjunto clevatdrio e preco Ga unidade do tubo de diametro unitérie fe do prego da eletricidade. Q = Vazio em mi/seg. No Brasil tem sido adotados para k valéres entre 1.0 ¢ 14; nas condigdes atuais ¢ da ordem de 12: de um modo geral varia entre 0.7 ¢ 1.6. Na tabela 18,2, em (1) — Vol. 1 — pg. 333, em contramos os didmetros econdmicos, para diversos Salores de k, em fangio da vazio. No caso de instalagles que néo sio operadas continuamente temos: D=13Xs Vo Niimero de horas de bombeamento por x = ery sendo Com 0 valor obtide com a aplicagao da formula de Bresse, organiza-se um quadro pesquizando os Giversos didmetros, de acérdo com os ditimetros Comereiais encontrados no mercado. superiores © feriores: em (1) — Vol. | — pg. 332, € aprese tado um Quadro para estudo econdmico de linhas de recalque. Para a confece’o désse Quadro devem ger comsideradas as perdas localizadas € nas tubu- Tages, cujo céleulo esti indicado na alinea b ex posta a seguir. Velocidade Assinala cquivale & fi se denomina 10s que a adogio da formula de Bresse "io de uma velocidad média a que “yelocidade econdmica”: ve 4 7 2 ‘CURSO SOBRE PROJETOS DE ADUTORAS a Os dliversos valOres de V_ para os diferentes valores le k. se encontram em (1) — Vol. 1 — pe. 330. A velocidade nas cunalizagdes de recalque ge ralmente € superior @ 0.55 m/seg.. raramente ul trapassando 2.40 m/seg. Este limite superior € mais comumente enceniradd nas instalagdes em que as bombas funcionem apenas slgumas horas por dia. Com relagio aas timites miiximos de velocidade acon. selhados reportamo-nos a Tabela VIE. em (A-1) © em (6) — jem 5.3.4.1 — pg. 15, bem coma sejam consultedos os fabricantes. Formula americana: D=09 Que D = Diimetro econémico em m Q = Vazio em m*/sog, Galeulo: Apés a escotha do didmetro mais ex némico, ox demais céleules sio feitos conforme ji foi indieado no caso dos condutos. forgados, Exerc determinac item 3. Como exemplo de_um cilewle para do ditimetro econémico, ver (AS) — by Attura-smnométrica h, + hy hy = ho + hy + hy Altura manométrica hy = Altura geométrica in, = perdtay de curga (totais) hy, = perdus de carga ne: canalizagio de sucgio hy, = perdas de carga na bomba hy = perdas de carga ma canalizagio de recal- ue. SOTA: © didmetro da canalizago de suegio em geral € SO mm (2”) maior que o canalizagio de recalque. Perdas localizadas 1) Expresso goral © cilewlo das perdas de carga localizadas nas canalizegdes € feito pela expresso. geral v: 2B Os valores de K, () — Vol. 1 — pg. 278, Os valores de V#/2,. sendo V em m/seg, sio dadgs no diagrama ¢ Tabela 16-2, encontrados res- pectivamente em (1) — Vol. T — pg. 279 280, dados na Tabela 16-1 em Exercicio: Exercicio. 16-1 FE. 290. em (1) — Vol, T= 2) Método dos comprimentos virtuais As perdas Jocalizadas podem também serem cal- culadas pelo método dos comprimentos virtuais, que se acha exposto em detalhes em (1) ~ Vol.) — pgs. 285/289, Podemos também utilizar as scguintes fubelas. indicadas em (1 ‘Tabela 16-6-Comprimentos equivalentes © perdas localizaday - pg. 287, Tabela 16-7-Perdas localizadas expressas em dit metros dz canalizagio retilinea - pg. 28% Perdas localizadas - pg. 289. Exercicio 18.3, em (1) — Volt — Perdas por atrito nas tubulacdes: sio calcula das com a férmula de Hazen-Williams: 9 compri- mento das canalizagées seri acrescido do comp mento virtual das pegus, no caso de adotarse ést métado, ¢} Peténcia do conjunto elevatério: ¢ calculada pela express © QP 1s F< poténcia do conjumto elevatsrio em cavalos: vapor ow priticamente em HP (1 CV. 0986 HP) W = peso especifico da gua em g/m: 4.000 kesm® = wiatio de reculque em mi/seg, Fun = altura manométrica de recalgue em m a rendimento global do conjunto clevatéria rendimenta do motor rendimento da bomba Admitindo um rendimento. global do conjunto elevatorio igual a 67%, © exprimindo a vazio em litres por segundo, temos: Q Vise. Muay 50 Pa Exercicio: ver o mesmo exercicio 14-3, em (1) — Vol. F— pgs. 334/336, 3) Precaugdes especiats: Referem-se a instalagiio de um conjunto cleva- trio de reserva, instalacko de uma valvula de re- tengo na saida'da bomba, seguida de um registro de gayeta, além das demais precaucées especiaiy relativas sos condutes forcados. 9.” Estimativa do golpe de ariete 9.1 — Generulidudes Denomina-se golpe de ariste wo choque violento que se produz s6bre as paredes de um conduto for- gado quando © movimento do liquide & modificado bruscamente. Em outras palavras: € a sobrepressio que as canalizagdes recebem quando, por exemplo, se fecha um registro, interrompende-s: o escoamento, © mecanismo do golpe de ariete acha-se exposto em detalhes em (1) — Vol. It — pg. 7; os interessados em maiores detalhes poderio recorrer a (10) € (5) — pa. 358, 9.2 — Ocorréncla e prevengio 9.2.1 — Ocorréncia em geral: As duas causas principais do golp: de ariete sio de um lado as paradas bruseas dos conjuntos ele- vatéries € de outro lado os fechamentos bruscos de registros: temas também o caso de vilvulas de re- a REVISTA BO DEPARTAMENTO DE AGUAS E ESGOTOS tengdo que nao funcionam normatmente. mantendose P. eX, semiabsrta depois da parada da bomba e Scquir fechando bruscamente, inha de gravidade em conduto forgado: Pode ocorrer somente nos casos de exinténeia de repistro oa vilvolas de retengio ne fim da ean Hizagio. ow de tegistros de parada. em trechos da canalizagiio, Pode ser evitado utilizando-se uma des arga sempre livre (usando-se_extravazores para So- bras} na extremidade de juzante de cada irecho da adulora. ow entio registros com tempo de fecha goto hem grande. que em geral si de fabricagao normal. Dai a razio de, em geral. o golpe de ariete seF considerado no caso de linhas de gravidade em condoto forgado, Assinalamos que 0 tempo de lechamento conveniente pdde ser_detzrminado con- forme exposio em (5) — pg. 367. Nay linhay de reealgue & que 0 golpe de ariete assume importincia devido principalmente 0 golps e ariete que S2 verifica apés « interrupgio do for necimento dz energia elétrica, que € 0 caso mais comum de ocorréntia, ¢ que ‘nie depende da von. fade do operador da Casa de Bombas, \Veirias medidas devem ser tomadas pare limitar © golpe de aricte nas linhus de recalque ¢ nos con- junio elevatorios as qual se acham indicadas em Uy — Vol. W— pgs. 15/20, onde esto indicadas tembém as medidas geraiy contra 0 golpe de ariete = pg. 19; 18s soos fatores principais a levar em wont no caso day Hinhas de recalque: limitagho da velocidade, adogio de vilvulas de retengio ou re: gistros adequados © fabricacao de tubos com espe: Stira aerescida, tendo em vista a sobrepressio ad mitida para golpe de ariete. O assunto de prevencio do golpe de atiete seré melhor exposto em outra pane deste seminacio. Assinalames também gue no caso de altura’ geométrica bastante elevada, podemos dividir a adu- fora em trechos de menor’ sobrepressio, instalando valvulas de retengao em certos pontos da linha. 9.3 — Estimativa do golpe de ariete Varies sie os métodos utilizados; ressaltamos que s@ ata de fendmeno relativamente complexo, exigindo bastante cuidado por parte do projetista, 9.3.1 — Estimativa recomendad: Recomendamoy que a sobrepressiio a ser admitida para 0 golpe de ariete, deve ser estimada em duas vezes a altura geometric, supondo valvula de_re~ tengiio funcionando normalmente; assinalamos além disso que deve ser empregado também um aparelho contra golpe de ariete, No caso apontado no item anterior. de divisie da adutora em trechos. mediante 2 colocagio de valvulay de retengio, a altura geo tétrica @ considerar para efsito do golpe de ariete € a diferenga de nivel p, ex. entre © comeco da adatora ¢ a 1# vilvula de retengio. 9.3.2 — Métodos diversos: irnvula de Allievis ver pes. 9B Formula de Michaud: ver (1) — Vol. — pus. 13/14, a) = Vol NOTA: Recomendames tumbs posto em (11). © método ex Valores praticos: Nos Estudos Unidos, sao adotaday estinnativas priticas, 90 eiso de adwtoras de ferro fundide © iGo. funcionando em condigdes normuis: entre os valores priticos comumente adotados encontram-se us sugestes do Eng° Dexter Brackett. que se acham indieados na Tabela 19-2. em (1) — Vol. I — pe. 14. 19-1, em (1 — Vol. 10. Corrosio © sua protesio 10.1 — Generalidades Posiemos definie a corrosio. em links como 0 fendmeno que, devido a diversas conduz a “desieuigio” de materiais metalicos, Os tipos de corrosio sio: a) auto-corrosao, causada pela ten: déneia dos metais de entrar em solugio na gua; b) corrosio. galvinica, causada pela diferenca de potencial elétrico gerada pelo coatato de metais di- ferentes, ©) corrosio eletrolitica causada. seja por correntes perdidas, seja por diferengas de tensiio meciinica no metal, “aus A corrosio pods manifestarse internamente ¢ externamente; de ‘ima maneira geval, a primeira & casionada pela qualidade da agua e a segunda ocorre cm fungio ‘das condigoes do. sso Constitui a corresio um fendmeno que vom preocupando bastante os téenicos. em vitios paises do mundo, ¢ vem sendo cstudada com o devido evidado por virios pesquisadores. ‘Tratando-se de um assunto de relativa comple- xigade, recomendamos aos interessados em aprofun- dar-se no estudo do mesmo, a bibliografia indicads em U2. U3}, (14), 5) — pe 45, G4) — item 2.16.6 — pe. 103, (35) — item 128 pg. 112. € capitulo XXVIII — pe. 409, ¢ (40), além das nogdes apresentadas em (A°3) — item 6. 10.2 — Protecio em Geral Em linhas gerais, a protegéo da corrosio, tanto interna como externa, com relacko aos diversos tipos de tubos, mais comumente emprepudos em finhas de adugao, € indicada 2 seguir. Tubos de Ferro Fundido: A aplicagao de um tevestimento interno com argamassa de cimemto ¢ freia, além de proteger contra os efeitos da corso: sio interna, melhora as condigdes de escoamento da gua. Voltaremos a esta questio mais adiante no fratarmos do revestimento dos tubos, no item 12. Tubos de aco: A adogio de revestimentos ade- quados, externos e internos, em geral, permite uma protego adequaca dos tubos. Estes’ revestimentos serio’ expostos mais adiante, no item 12 déste ua batho. Além disso, adota-s? uma espessura conve- niente para a chapa do tubo. 1 qual depende do tipo de solo e do dilmetro do tubo, para fazer face & possivel corrosio; esta espessura sori deter- minaca, conforme método a ser exposto no item seguinte, Tubos de concreto protendido: O principal tipo de corrosio que pode ocorrer, é a oriunda das dit fereagas de tensito mecinica no metal ("stress-cor- CURSO SOBRE PROJETOS DE ADUTORAS o osion"k & evitads. iio. se aceitande thos em que © arame de protensio figue em contato diteio cha, 4 camisa de ago (tubos com camisa de aco) ou cm Que jos aramss de protensio transversal © longit ginal ‘se toguem (ubos s2m_camisa de ago). 0 dite © Conseguido isolando-os com uma espessura alee guid de concrsto. Mais detalhes sibre ests an sunto podem ser vistos em (13) 10.3 — Protecio eatédiea Consistc em sz ligar a canalizagio em circuito com polo regativo de um gerador d2 coments continua. cujo polo positivo se coneeta a anodos fntrrados no solo. E usada para proteger a cone Hzacio. ndo sé comra corrosio nos como também, contra a agéo de correr extraviadas on “vagabundas” Malores detalhzs sdbr2 © problema la protegio catodiea podem ser melhor examinudos em 12) e143) © ‘emprégo da protegio catédica exige contude \uilizagao de materiale equipamenta, a serem Hicudos por ténicos espacializados: estas instal goes devem ser mamtidas e opsradas conveniente mente. Sob pena de produzirem efeitos negatives Assinalamos contudo que. atualments, 52 ud \e. de juma maneira relativamente geral, # concepene segundo a qual a protecio catédica de uma inhale: Gio deve ser considerada como uma medida ‘le ee suranga suplementar, © que a tubulagia que deve ccr assim (protegida, deve ser cevestida o' molner Nossivel. por meio de esmalte betuminoso ou asfal, THEO |@ duestion dos revestimentos adoquados cera Watada no item 12, conforme ja mencionsmos 11. Bimensionamento econémico dos tubos 11.1 — Generatidades Os diversos esforgos a que estio sujeitas as canalizugdes. si: #) Tensio tangencial, normal as geratrizes, cau sada pela pressio interna do liguido. by) Tensiio longitudinal, causada pela pressdo ine ferna quando hi ‘mudanga de ditegio. ow gbstusto da canalizagio ou outa mudanga das condigdes de escoamento. © Tensio longitudinal devido a variagdes tér- micas, 4) Tensdes de compressio © de flexiio causadas po} 1 — Péso proprio di canalizagio: 2 — Péso da égua na canalizactio: 3 — cargas externas: a) pressio da D) presto de tens, et. Tensdes causadas pelas reagses dos apoios so- bre 0s quais os tubos estejam assentes, ferry de recobrimento; sobrecarga: caminh e 0 caileulo dessas tenses, acha-se indicado em (3) em (34) — item 2.16.0 — pp. 98 e em (5) — pp. 148, © séleulo das cargus sébre as tubulagdes as- semtadas em valas acha-se exposto em detaihes em () — Vol. f — item 17.8 — pe 308, 11.2 — Dimensionamento 11.2.1 — Regra geral Normalmente 0 projetista, tendo em vista us Pommas nacfonais existentes, ou estrangeiras que ju Bar convenientes, quando nao houver aguclas, © eam S uxilio dos catilogos © orientucio dos fabrisanen gxcalhe [es tipos ds tubos a serem usados, nick mente devem ser indieados 0s tubox gue se destin @ condutos livres ow a condites forgudon Ne timo caso. Ievando que pousrig ser Empregudos. tendo em vista a pressio dotal ile TAG. 8 Aue Ser submetido 0 tuo, Lembrames gue g eomendavel, conforme ji mencionames. ne itew Sadar pp itilit a autora em condino” forse Flando Possivel © conveniente, em trechos heh dee {midos, excolhendo-se ox whos 4 sorem empre sm ads trecho: esta medida’ condug a. uh Romia apreciavel, notadamente ‘no. caso. de zacdes de concreto protendido ou ago, No caso de oorrerem cargas externus eleviadas Pabagttas condigdes especiais, convém consulian ae fabricantes ow distribuidotes dos tubor y caer ore Pregados, EXERCICIO: Uma adutora de gravidade. por Gonduto forgado, w ser construidy em ferro tivalhie S274 pubmetida a uma pressio picrometrica macieny ge 120 mca. Qual o tipo de tubo que poder et empregado? Respostia: Tubo Clase LA. pois siioprovados # uma pressio imma de 200 mcs 11-2.2 — Regras particulares conforme 0 tipo de tubo Aso: A espessura da chapa é calculada poe expressio) p.D 2 espessura da chapa em em, Pressiia interna em ke“em? diamstro interno do tubo em em, trabalho de sogurangs dis ehapa em kye/em? 1.000 Ag/em2 e Pe D R A esta espessura & aerescentado. um valor pac fazer face & corrosio: 1 espessura da chapa de ago Tecomendada, e que depende do tipo do terreno, ile acordo com a sita agio corrosiva. di cxisténcia o {ipo de revestimento & do diimetro do tubo. pode ser_determinada com o auxilio das Tabelas 19 ¢ 20, indicadas em (1S) — pgs. 43 © 44. Esta espessura deverd ser adaptada as espessuras normais do mer cado nacional fornecedor. No dimensionamento dos tuhos de uso devemos levar em conta a agio de constricgio ipressio de colapso) oriunda do ‘vacuo relativo no interior da twbutagio, em tubulagdey de succao ou em tubi, JagOes sujeitas a descargas eventiiais. As tabslas. 7 © 98 de (5) — pas, 292/293, indicam as espessuras Fecomencliveis para sifdes © tubulacdss de suceto, Tendo em vista a pressio de colapso Alguns detalhes interessantes sibre 0 projeto de inhas adutoras de ago, eneontramos em (16, EXERCICIO Dados: Adutora de reculque Material do Tubo: Aco revestido Didmetro do Tubo: D == 0.76 m ou 30” Altura geométrica maxima — he = 120m “a REVISTA DO DEPARTAMENTO DE AGUAS E ESGOTOS Altura manométrica maxima = Tipo do solo: camadas de srenito Altitude: 750m. ow = Tm Determinacio da espessura da parede do tubo 1 — Pressio devida ao golpe de ariete 2x 120 = 240 mca, = 24 ke/em! 2 — Espessura da chapa para cesistir a pressio mixima devida ao golpe de asiete: pd "IR 14x %6 e= 6.9 em ou 9 mm 2x 1.000 3 — Espessura para resistir & corrosio Considerando que se trata de solo do Grupo Il, conforme Tabela 19 de (15) — pg. 43, temos, consultando a Tabela 20 de (15) — pg. 45: Tubo revestido: Espessura da chapa 0.281 polegadas = 9/32” > 7.14 mm Tubo nao revestide: Espessura da chapa = 0375 polegadas = 3/8" = 9.525 mm 4 — Verificagio da pressio de colapso Consultando a tabela a2 97 de (3) — PE. 292, temos que para a altitude de 750m. e tendo em vista o diimetro do tubo. temas: n@ da chapa minima para resistir a pres Sio de colapso: N.° 3 — Recorrendo & Tabela N.° 99 de (5) — pg. 300 temos que a chapa n® 3 corresponde a espessura de 635 mm, 5 — Fopessura escolhida Adotaremos assim a chapa de ago com ‘a espessura de 3/8” ou 9.525_mm, que se encontra no mercado fornecedor de tubos, fe que apresenta ainda uma certa folga. Conereto: Os dois casos mais comuns, que @x1 gem calcul adequado, é 0 caso do ‘concreto armado Eomum e do concreto prowendide. Detalhes do di- mensionamento dos tubos de conereto em geral pode ser melhor examinado em (17h © caso do concreto protendido pode também ser melhor estudado em a8} © (19). Em geral convém consultar os fabricantes s6- re as tubos adequados, de acdrdo entre outros da. dos, com as pressdes piezométricas efetivas ¢ as cargas externas, Apezar de constituir mais um trabalho de céil- culo. estratural, wssinalamos 0 extudo apresentado em (20). Cimento Amianto: ver (21) Madeira: ver (22) Plastico: ver (23) a (27) 12. Escolha do tipo de revestimento dos tubos 12.1 — Generalidades As tubulagdes descobertas, devem levar externa mente uma pintura especial protetora, que depen- Ue das condigdes do meio ambiente; p. cx. uma adu- tora descoberta na zona maritima, exige um tipo de pintura especial, Na pintura dos bos, em geral se utiliza céres claras para dimimuir os efeitos da tem: peratuira, pois refletem methor as ondas calorificas: lum tipo de pintura utilizado é a base de tina de sluminio. |As tubulagdes enterradas levam revestimento in- temo ¢ externo. Estes revestimentos visam _prote- ger a tuibulagio dos efeitos de corrosio. da forma- cao de incrustagGes ete; 0 revestimento extemo pro- tege a tubulagio particularmente dos efeitos dos so los agressivos, dai a necessidade de ser feito com 0 devido cuidado. ‘Como rogra geral, com relagto a escolha do tipo de revestimento. recomendamos sejam consultados os fabricantes ot! cistribuidores dos tubos cujoempri 20 se pretende, tendo em vista as condigées da agua a ser aduzida, bruta ou potavel, bem como as caracte- risticas do solo, quando as tubulagées forem enterra- das, ou a5 condigdes do meio ambiente quando as tubulagdes’ forem’ assentadas externamente. 12.2 — Revestimentos tipicos de acérdo com a mu- terial dos tubos Os revestimentos a seguir indicados constit uum roteito para o projetista, devendo ser devidamen- te estudado conforme © caso. Ferro Fundido: Recomendamos. conforme ji mencionamas no item 10-2, que os tubes de ferro fun- dido sejam revestidos internamente de _argamassa Ge cimento ¢ arcia, que. além de prevenir os efeitos da corrosio, vem oferecer melhores condigdes para escoamento da agua, diminuindo a perda de carga, © fexigindo tubos de menor diimetto portante. ‘Ago: Entte 0s materiais bisicos empregados en- tre nés. temos 9 esmalic betuminoso ou piche de carvio (“coal tar”) e 0 asfalto de petréleo. A utili zagio do primeito é feita de acérdo com as normas da American Water Works Association ou sejai AWWA, C 203-62 — AWWA Standard for Coal ‘Tar Enamel Protective Coatings for Steel Water Pi- pe. Algumas consideragdes sdbre 0 piche de carvaio encontramos em. (28). "A utilizagio do asfulto de petrdleo & feita com base nas normas holandezas (29) e GO Outro material que faz parte do revestimento ex- temo dos tubos de ago é a Idi de vidro ow juta ou aniagem impregnada de piche de carvio ou de asfalto. cuja finalidade € garantir uma maior resisténcia de piche de carvio ou de asfalto. agiutinando-os con. Venientemente. © emprégo da jute facilita a execugio do revestimento das juntas, apés soldagem no cam: po, bem como di feparacio do revestimento nos pontos. danificados. ‘Um exemplo de especifieagdes para revestimento de tubos de ago, encomtramos. em (A-4) — Especi- tieagdes para Tubos de Aco Soldados ¢ Revestidos, 13. Locatizagao e dimensionamento de Srgios aces- s6rios das canalizagies, inclusive dos medidores de vazio. Os Srgfos acessérios mais comuns estio a se- guie indicados, Estes Orgios devem ser protegidos Eom uma caixa de protegao, de ferro ou conereto, providas de tampio de ferro fundido, com disposi- tivo de trave 13.1 — Registros de parada: devem ser_instalados na entrada e saida de reservatérios, na derivacio das Tinhas secundarias, nos pontos mais elevados das ca- nalizagdes longas (para separar ttechos) © em pontos “estratégicos” das linkas, bem como apos a vilvula de retengao colocada adiante da bomba; possibilitam reparos ¢ inspecdes rapidas na linha, CURSO SOBRE PROJETOS DE ADUTORAS. as Registeos de descarga: localizados nos pontos mais baixos das canalizagoes. 8les permitem 0 seu es- vaziamento, para reparos ou limpsza, quando neces- Mirio. A descarga ¢ fcita em galerias. vales. cérre- 0S. ete. devendo ser evitada qualquer conextio pe- gost com esgot0s: as tubulagdes de descarga devem ter comprimento suficients para evitar © solipamento dos aterros. Como regra pratica, admite-se que 0 diametro day descargas & D 6 y 13.2 — Ventosas: sio pegas de funcionamento ue tomitico colocadas em tOd0s os pontos.elevados. sempre que a. carga piezométrica for reduzida; éstes pontos altos devern contudo estar situados abaixo da linha. piezométrica, pois, em caso contrario, deve- vio ser adotados dispositives especiais. Destinam-se rormalmente a expulsar © ar. durant: 0 enchimento 6a canalizagao, bem como a expulsir © ar que se scumula nos pontos elevados durante 0 funciona mento da adutora; destinam-se também a_admidir © ar durante © desvaziamento da canalizacio. Esta Sltima hipdtese é importants no caso de canalizas “flexiveis”, de ago, evitando © colapso das linhas sob a aco de um’ vicuo interno eventual. A pritica norte-americana_recomenda: D Para a admissio ¢ exclusio do ar: d = ——~ D Para a exclusio do ar: d= 2 Sendo Do diimetro da canalizagio ¢ da tama- ho nominal da ventosa, ‘A niio colocago de veatosas em quantidade ¢ capacidade suficiente prejudica 0 funcionamento nor- mal da canalizacio, refletindo principalmente na va- (0, que passa a ser inferior & esperada. Em cerios casos, devemas colocar 2 ou mais ventosas, como seja, junto a registros de parada instalados em pon- tos elevados (um de cada lado. no sentido longitu. inal), € em pontos onde hé necessidade de ass2gurar grande admissio de ar no caso de linhas em ago. Os tamanhos nominais de ventosas, utilizadas ig Franca, acham-se indicados em (1) — vol, T — Pag, 304. 13.3 — Jumtas de dilatagio ou de expansa Sao colocadas nos seguintes casos: a) Nas canallizagdes expostas a diferengas de temperatura e providas de juntas rigidas; b) Para evitar a transmissio de movimentos de uum trecho para outro. (p, ex. € colocada entre duias uncoragens). As juntas de expansio nig sio necessirias nas tubulagdes enterradas. Os tipos comerciais das juntas de dilatagio sio patenteadas, sendo mais comuns as juntas Dresser (wer (1) — vol. I — Fig. 17-13 — pag. 304) e Gibault © deslocumento da tubulagio, oriundo de va- riagdes de temperatura, pode Ser examinado com mais detalhes em (A-3) — item 4, Calculado o des locamento escolhe-se 0 tipo de junta a empregar. Um roteiro para melhor conhecimento déste as- sunto ¢ tendo em vista o dimensionamento desta pect encontrumos em (4) — pig. 148/150, em (5) — pag. S15 © em (A-5) — item 8.4 13.4 — Inspecaes: nay tubulagdes de grande did metro. visitaveis, devem scr previstos dispositives de inspecio em intervalos nao superiores a 500 m, 13.5 — Viilvulas de retencio: Devem ser instaladas nos seguintes. casos: a) Imediatamente apds as bombas. teger os conjuntos elevatérios. Fa. pro- b) Nos pontos em que um acidente na adu- tora permitiria uma grande perda de figua, devido ao refluxo desta; p. ex., na entrada de reservatorios de montante que sejam alimentados pelo fundo ow no so- Pe de extensas clevagdes, ) Em pontes ila Linha Adutora, para divi dir a mesma em trechos, para diminuir 65 efeitos do golpe de aricte. conforme exposio no item 9.3 déste trabalho, 13.6 — Medidores de Vario: No coméyo ¢ no fim Gas _adutoras, bem como nas derivagdes, devem set instalados medidores de vazfio, para conhecer-se 0s volumes de agua aduzida, bem como servir de con- dle das condigdes de funcionamento da adutora permitindo alettar sdbre a existéncia de perdas sen: sivels de gua. que por qualquer razio nao se tor- em visiveis. Detalhes sobre a medigio de Agua se- ré dado em outra parte do semindrio; contudo, indi- camos 20s interessados em maiores detalhes, 03 capi tulos 28 ¢ 29 em (1) — Vol, If — pgs. 121/ 170. (Continua no préximo mimero).

Você também pode gostar