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O POVO DO DESERTO

Henrique Eduardo (18/05/2013)

Em volta da Caaba, no h ovelhas


Em volta da Caaba, no h pastores
As nossas Mesquitas no so igrejas
Para comercializar as suas dores.
A nao de Allah, no rebanho
Para ser conduzida, infantilmente
O sagrado no tolera o ser profano
Sua f fez brotar essa semente.
O Povo de Deserto o soldado
Que aprendeu a conviver com a natureza
Evoluindo com os erros do passado
Construindo seu valor, sua riqueza.
A cultura deste povo desprezada
Por aqueles que se acham evoludos
E resolvem atacar, de mos armadas
Seu povo, sua crena, seus princpios.
O inimigo de Allah uma guia
Que surgiu no ocidente, de mansinho
Que h sculos, vem mostrando as suas garras
Contra todos que desafiam seu domnio.
Nas terras de Allah, no haviam guerras
At descobrirem o ouro negro
Que transformou o seu reino nestas trevas
Da ambio, do dio, do pesadelo.

E a guia que atormenta o nosso povo


filha nica do cristo capitalismo
Que cresceu, devorando carne o osso
Das potncias desta guerra, sem sentido.
Que aprendeu a servir a dois senhores
Fabricando suas mquinas da morte
Espalhando pelo mundo, muitas dores
Dilacerando os poderes do mais forte.
E os poderes desta guia traioeira
Se tornaram to astutos quanto a morte
Transformando cada potncia estrangeira
Num escravo merc da prpria sorte.
Mas, as garras desta guia esto caindo
Pois, cresceram sem sentido, inutilmente
E o seu bico, to grande, deixa faminto
A velha guia, presa fcil da serpente.
Que tenta convencer com seu exrcito
Que o povo de Allah traioeiro
Esquecendo-se que o Povo do Deserto
No nasceu para ser seu prisioneiro.
O Povo do Deserto no rebanho
Para serem guiados por um pastor
As promessas do ocidente um sonho
Perverso, ordinrio e sem pudor.
Nossas leis so severas e faz sentido
Pois, no temos nem ladres, nem traficantes
Nossa f nos garante o compromisso
De vencer os inimigos, triunfantes.

Se o Deus das Amricas poderoso


Que resolva seus problemas, sem atacar
As crenas e a cultura do meu povo:
Caadores de guias, em nome de Allah.

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