LILIAN ZIEGERee re Ta a | eee. APRESENTACAO A bruxa apatxonadae o lobe fuldo conta a histéra de una bruxa muitofeia e de um lobo muito mau, Ate ai tudo normal, mas acontece que a bruxa muito fela se apaixora (camo qualcuer moca bonita) pelo lobo muito mau. E 2 fers se assusta e tenta fugir, como qualquer menino assustado, dessa grande patio, 0 testonao irel contar, porque nie scu estraga-prazeres, s6cuis aguear'o clima de mstério dessa historia Porque ha historias e histor as, HA acuelas que nio dio chance de a personage ser aquilo gue de fata é, como quando se é auténtico. Fechadas em si mesmas, essas histérias nic nos deteam imagina-las erp: Outras, porém, saber se abrir e abrir-nos. £, pertanto, dancar. $30 contos coma Chapeuzinno ver: melo, Os trés porauinhos, Earharul, que, por me'o ca cituseo eral, ninguém deiza de contar. Historias ‘como essas deixam labos e brucas lives para ccuperem o nosso coracéa bem no luger que ele precisa ser Freenchido. Em uns, exse lugar e o medo, em out’cs, o desamparo, er outros, ainda, um no se* 0 qu Assim € 4 bruce apaixonada ec lobo fujdo. Para mit, por exernplo, « brute da histéria € uma moca ‘qualquer, sozinha neste munco, que que’ encontrar ¢ seu amar. E 0 lobo, mais que um meco au alguem, € um lugar; aquele lugar cnde a gente tem medo de amar mioca ou mecca €, come quem no quer nada, dé mancada, afasta, rejelta até fizar com nada mesmo. Nao me levem ao pé da Letra. Levem, sim, para 9 coracéo, a bruxa, 6 lobe, 0 sibio, o urubu, as pe"sonagens todas, que é 0 mais converrente destine daqaite que lemos e de que eostamos. A historia de Lilian Zieger assim: defra-se acemmodar no coracao nes necessidades de seus lei- ‘ores. E a turma toda da bruna e co Lobo seré aguilo que vocé quiser ou imaginer E, como toda boa histéria, tem mais, tem semore mais. E ha humor, dialogo, conversa corn outras historias, tudo, enfim, que encanta grandes e pequencs leitores, Agora € a sua vez ce ler. E, depois, decifrar vocé mesmo que dias e deuses esse lobo © essa bruce representam, ¢ Celso Gutfreind \cscrtorepsiguiatra, a.toe Ge (wos de peeta detiteretura infant)eek esi teen met ee nog Fon ee eee ene ee ce ee aes Pre ee Oe feito cebola e alho cobertos de queljo mofado. peer re ee ey Ret ic Pen ee = Sou finda, linda, linda e muito charmosa. Eles 6 que nio sabem. Vou salr por ai ¢ achar um namorado.Rebeca resolveu ir para a floresta encantada. La, com certeza, acharie um amer para a sua vida (pensava ela, ¢ clara}), Andou pela floresta, de dia ¢ de noite. E nedal Ate que viu, escondido atrés da érvore, 0 Love Mau, Ao se deparar com aquela cena, Mil coragces sairam dos olhos dela, Era ele! Era ele! Rebeca se apaixonou imediatamente @ correu ao encentro do seu amaco, Lobo Mau, ao ver a imagem de uma bruxa correndo em sua direcdo, pensou loga em feitico © maldigao.Entao, 0 lobo saiu em disparada, apavorado. Rebeca, cheia de paixdo, voava ¢ mais rapido que podia, Sua vassoura tremia, trepidava e rangia, lobo corria e corria, Estava desesperado.Até que encontrou um buraco na terra: era uma antiga armaditha de cacadores. Escondeu-se © colocou gathos para tapar-he o focinho. A bruxa procurou-o por todos os cantos € acabou desistinde. Veltou para seu Castelo mal-assombrado, para consultar seu urubu de estimacao. Ele podia ver a cis- eet ee eee es PS a a ty aEnquanto isso, 0 Lobo Mau saiu do buraco e foi falar com seu amigo Tavera, outro lobo muito malvado que vivia pelos campos Procurando meninas bobas para comer. ‘Ao encontri-to, perguntou logo: ~ Tavera, no sabe 0 que a bruxa Rebeca quer comigo? Posso comer velhotas e assustar Chapeuzinho Vermetho, mas de urucubaca quero distancia, —Té foral Eu, de bruxas, tambem no quero nada. Nzo sei, nfo... Hum... Talvez Rebeca queira cozinhar vocé no caldeirio fazer sabao de lode, Qs ois Lobos ficaram confabulande ate a noite, ‘Acabaram dorrrindo, sem decifrar 0 sogredo da perseguirao de Rebeca ac Lobo Mau.13. No castela, a bruxa dirigiu-se ao urubu Petéo: — Fala logo onde est 0 meu lodinho... ~ suplicou Rebeca. = Calma, sua assanhada! Eu nao sou a ato. Estou vendo aos pouguinhas. Ell Vil Ele esta dormindo no campo Mas ten uma coisa: pensa que vocé quer Cozinha-lo e fazer sabso. Precisa cizer a ele qual a sua real intencao! — Como? Como? Fala logo! = Que briixa darada! Mas, t&tbem. Mande uma carta de amor. Tem que ser perfumada e cheia de beijos. Nou fazer agorints. J, ja. d “J. Meu Lobo Nau, estou apatxonadérrimal Quera me casar com voce. Beijos naboca, oumelhor, nofecinho.” Abruxa colocou cheiro de Icbisomem na carta ¢ envelopoura. Envelope preta com fits ey bem 20 stile de brina. Entregoind se Pomse-Correl que sa voande & prochrac Lobo Mal rf ’ ye t éAa encontrar 6 lobo, colecou a carta no rabo delé e fol embora. Quande © lobo acordou, levou um susto — Que €'isto? Um envelope com cheira de assombracéo? Olhe, Tavera! Lobo Mau feu a tal carta para 0 aniigo € ficou de olhos arregaiados. Quem a teria mandade? Nao tinka assinatura!Os dois lobos, entio, resolveram investigar. Pegaram lences de detetive colocaram bones (igual aos . filmes...). Procuraram provas em todo o campo € na floresta. Se encertraram flores derminhocas, borbeletas faceiras e gazelas medrosas. Nada de bicho apaixonado! Nao, mesmo! Ainda mais por um Lobo Nau! fe fe, 8 aff ee Ae wae _Entdo, exaustos de tance investigar, foram ter um dado de prosa com o sablo da florest2, seu skacaco Pensedor (0 sdbio conversou com os lobos, apesar do medo que tinha di = Vou refletir sobre a situaco. Trata-se de um acon:ecimento muito peculiar... Daqui a uma hora eu dou a resposta, (Os dois sentaram numa pedra e puseram-se esperar. eles. Nahora da resposta, velo o que o lobo nao queria a6 pode ser a bruxa Rebecal Ela o perseguiu: primero ponts. Accarta ¢ preta e vermelha, cores de bruxa: segundo ponto. © papel esté com cheiro de lebisomer:; terceiro porto. S6 pode ser coisa da Rebeca! fal, Hal... Hal... 0 macaco morria de rir ¢0 Lobo Mau quase desmaiou. Que cena uum Lobo Mau morrendo-de medo!ee eco Pee ee Bruxa cheia de amor! peepee Que fazer? Ree ee as RN et na a sareenreerene rt ct Rea aad ‘ Pete ea See eee J eee rer ee ed Ce eas Envelopou e selou, Envelope branco e selo marrom, feito coisa aRebeca recedeu a carta e posse a Chorar e chorar. Chorou tanto pelo seu amor desesperado que suas ldgrimas lavaram toda a maldade de sua alme. Ela se cthou no espetho.e viu um rosto impo e rosado. Sentiu-se téo estranha... Fol até tomar banho e trocar as roupas fecorentas. Colocou talco de gente e sapatos limpos. Entio, saiu tristonha a camirhar pela estrada. Pensou e pensou muito. ~ — No quero mais ser bruxal Vou virar ) uma fadinha. Assim, pode ser que o Lobo Mau me ame. A.bruxa fez, assim, um encanto para si mesma. Cairam as verrugas, 95 cabelas alisaram eo mau halite desapareceu. Pareciaoutrabrus x2, ou melhor, outra fada Quer dizer, parecia outro ser da floresta.Assim, diferente de como estava, fol procurar 0 Lobo Mau. Encontrou © arimal eam baer miner mere STM es eC ar REPT RSM nr Me CC ea ae» 20 duvir aquilo, sentiu a maldade de seu coracao derreter e escorrer pelas patas, até chegar a0 chao. ‘Amansou, assim, seu coracio de pedra e uma luz reluziu no seu peits. (0s dots, a bruxa que virou fadinhe e o lobo mau que se tornou um bom lobo, resolveram casar-se, Na festa, Macaco Pensador, Besouro Encantado e Pombo-Correio foram homenageadcs: ganharam uma viagem para a Terra da Felicidade Sem-Fim. Ea lua-de-mel dos apaixonados? Ah! Foi no Mundo Encantado de Peter Pan. —— _-_ _@ Aaa ._ af—_—: Se ee ee a | Nasci em janeiro de 1958, em Porto Alegre. Estude’ na Escola Normal dot. E | General Flores da Cunha e graduet-me pels FapalPOs. Sow pedagoge, super visora escolar © escritora. Ful professora de 1* a 4* séries por dezessete anos ‘e, atualmente, sou presidente da Associacao dos Supervisores de Educacao co Estado do Rio Grande do Sul e lectone na Ulbra, Participei de mais de vinte coletaneas e colaborel erm varios artigos na érea da educagio, além de ter Publicado, até © moments, doze livres. O primeiro foi Asas de imaginaséo, ‘em 1987. Depois disso, escrevi Escola: um lugor para ser feliz (Uibra), voltado para ecucadores, ¢ quatro historias infantis: 4 bruxa do coracde doce « 0 somho virado (Kuarup), Ted, 9 meu ténis (Paulinas) e Palavra engasgada (Sulina). Lilian Zieger ey uve ura dca ern que maninas sonhavam com principes encantados @ me pit Seafnv area alg en Seng nga sity lees He, Bab on fom hits parses be tat chah ae ie PRC top de tals 40 syle wd ehccrdto, donk do Bis sev tuano chamad \ Sree bape Ree ee ee Bare einai went apatxena é uma bruxa felosa, e justo pelo Icbo mau. £ o amor que deixa tudo mais bonito, derrete corardes, transforma sentimentos, faz 0 Labo Mau fica: bonzinho @ a bruxa feia virar princesa. £ como diz © ditado: “Quem ama o felo, bonite ihe parece”. Quem sabe se olhassemos sempre c lado mais bonito das colsas ¢ das pessoas as historias do mundo née teriam sempre um final feliz. Jétan ey Bibtatece Peblice Maire & Comipe << es- forca que o amor possui para transformar as pessoas 6, y por vezes, esquecida. A navrativa, em cue ura bruxa se apaixora © sofre para convencer 0 amado (0 Lobo Nau!) de seus seatimentos, deseja retratar a luta entre o que parece ser realidade © 0 que é verdade. (© amor supera a historia de bruxas malvadas e lebos que s fazem o mal, A mudando 0 rumo dos acontecimentos ¢ mostrando © poder de um sentimento. & Este livro id divertir tanto criancas como adultos, fazendo-os dar belas garzalhadas Contudo, ¢ objetivo nao € somente despertar 0 riso, mas também a importancia de ama e lutar pelo que se acrecia. & ty