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Oeenfoque dialético-marxista ‘Marx uso term idea numa primeia aepsio como thsio. As telagGes ent os homens esto sempre petmeadas de opin es, de doxa, de ideologia. O problema esti em que, desta forma, Aualquer acesso & verdade flea blaqueado; ali, a pripriarelagio croiverdade seria impraticsvel, Torém, Marx acabaré por tomar o conceto de ieologia numa ‘utza acepeo, com condicionamento social das ida, coma vimos no capitulo 3. O modo de sr social condiciona o modo de pensat ‘Opinides que se desenvolvem de forma mais ot menos sisteitien © vém integredas ou ligadas A vida material dos homens, s4o const deradas como ideoogia. Jé a cgnia posta implica numa descrigio dda realdade. A teoriaresukante tem sun verdade valoda na pda, As ideolgiassio desenvolidespelas classes sociais para ser- vir a seus intereses. Neste sentido, constiuer, sin, um stems de lus, pois jgnoram as relagbes reas, ou seja, elagbes materais que sgovernam a5 forgas produtivas e suas eransformagies, Por sso mos- tram o mundo como se fsse produto de ideas, quando as ideologts “do sio mais do que meros eos ou reflexos das cones materi! ey AES a hn cg cnn Bs A 185 neTRODUGAOAFLOSORADACIENCIA A anise marxstapressupe uma visto da bistéria em termos de lta de clases, Desteponto de vista, aideologin ter por fang 3 sdominagso € que a clase no poder sempre distorcets o real soci, spresentando-0 como algo natural (quando depende de condicSes histéleas), como se a totalidade socal fose isenta de confitos ¢ conttadiges. Marx acentuou o papel da reli, do Estado, do dt reito, da flosfin como focos de sdeologla. Poxém, se quisertos dar maior eficicia 3 nogi de ifeologia como deformagao das iiss, ser preceo inluir af « propria egncia a tecnologa, © que ni ovorreu » Mare. [No aéculo XIX, a cnc tins um papel positivo a desempe- shar Tado conceitoy nosso ou conclasio devela teceber 0 aval da ‘inci, do contro no teria valor algum. Néo havia qualquer des ‘onflanga gue também ¢,conforme o cao, principalmente, a cincia no estas mune ao discutso ideoligeo, como hoje reconhecem al guns marsistas. Naquele século, tanto a dilética marsista como 0 positiviamo postulavam uma separagio entre cgncia e ieologia, ‘mostando plena eonfianga no dscutso eientice. Até mesmo um socialism cinco fot propesto.Jé para os neomarsstas no hi um Aiscuro ideligico falio, oposto s um dicurso cientico wedadei- ro? Ocupa lacus do discus Sdeolgico, mostrar seus eras, signi fea produsir outta dscurso ideoligico. Otharentcamente o deur so ideoligico, mostrar as contradgdes de modo a destuir as dase, © construe umn contradisureo ertico, Este revelaré a distorgio © @ hhomogencizagao que a ideokogin dominate fa da propia lénca e dla objetvidice. Objetvidade entendida como dscurso acerca das Prsprias cosas, imitad a colfeiae cbservaga de fates, a ponta de fe tornar 0 prio dicursa Weoliglea, € 0 resultado de uma mera ontraposgio entre verdad (igual a realidode fica) efao Ggual 1 iu, ideolgia). Ou ideoldgien¢ a anne que ests por detes da ‘onsideragio da pura obervidade como nico conhecimento vlido cerca da realidad. A cigncia se transforma na idecloga por exce- lencia as sciedaesindusetalzaas. Conhecer & dominar o objeto. ‘A petica clentica,sendo também uma priica social entre outas 2 Ta couple vide CHAU, M,C sg, Clon Sef. 186 INESLACERDAARAUIO (nas nto como qualquer outra, pois seu poder & muito maior, est relacionada ndo sé a0 movimento da sociedade de classes ~ seme csontraitrio-, como revesteo objeto de estudo cientfco com rele ges exteriores a ele, num célewlo racional que controla © instrumentalza 0 real em benefico da classe deminante. A ideolola se relaciona dierentemente com as cgncias naturis © com as eign fas socials, coma mos na stem 2 do capil 3. (Os estudioss marist contempordneos costumam relaconar a atividade cientfiea (que € uma atividade socal, e, portato, sate ‘como toda as demaisalividades at determinagGes socks, poiticas€ Prineipalmente econdmicas)& atiidade da grande indéstia. O ve ‘corte de realidad, que € objeto da pesquisa cientca, esti vincula- dlo ao interese de dominacio da natures, cua finaidade & amen tara grande initia ou o capital, Os investimentosnecesrios 20 desenvolvimento do capital esto relacionados 20 desenvolvimento teenoligico propiciado pela cignci. Assim, o clenista se compe Indo diecionar pesquisa de modo a fvorecerjustamente of in- vestimentos daqueles stores que a financam. Extando estes stores vinculsdas & produgéo da chomada grande indista, voltada para seus intereses hegeménicos, a ciéncin dependers destas relagoes; ‘logs, Segundo seu coneeto de deologia como dominacio e como

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