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iN a irl: i al éne o o lo poder investido a mim pelo estado de Massachusetts como AL” juize de paze, acima de tudo, pelo poder do seu préprio amon, ‘vos declaro casadas seguncio as leis de Massachusetts” entoou a juica Ge paz Margaret Drury povco depois das 9 da manha de 17 de riaio de 2004. “Podem selar este riattimOnio com te bei casl se abracou, Marsh Kadish, que havia se casado com sua parceita de 16'anos, estava extasiade “sato men corpo todo formigando, émaravilhoto; disse la. “Tanto amor. Voct ndo véexplodindo em mim?” Sua Parceira disse que ers como "ganhar na loteria’, Ainda assim, o casamento ceusau muita controvérsia nos Estados Unidas. “Os documentos emitidos em Mas. sachusetts podem até dizer ‘certidéo de casamento’ no cabecalh, mas eles na verdatle eto atestados de ébito pare trimonic’ disse Jaries Dobsun, chefs do grupo «rist#u “ amily A era com outra muther ~ Tanya McCloskey. 0 2 insti paraa controvérsia foi que a parceria de tanto tempo de Massha K- ‘americana de Mas- ‘asal estd entre os primeiros cassis do mesmo sexo a se casar pelas novas leis do estedo nort Sachusetts. No decorrer do dia, um casel gay ap6s 0 outro safa da prefeira local earregando os récéin-émitidos documentos que permitiram que ees ee casassem, Do lado de for, milhares de pessoas se reuniamm para aplaudir 08 casais, e para comemorar um direito que muitos consideravamn evidente, BS somany Giadens ! O estado de Massachusetts costume estar na venguarda de reformat liberais nos Estados Unidos. Em mato de 2004, depois de meses de disputas dentro «fora da Supreme Co te ¢ do legislativo extadusl, Massachusees se tomnou 0 pri mp estado legalizar 0 casamento gay. Embore némeros ‘ads vez maiores de pessoas nos Estados Unidos acetem que fs casamentos entre homossexuals devern ser reconhecidos coro vélidos pele lei, a maioria (55% em maio de 2004) se mantém contra (Gallup, 2004) « uma maioria evassaladora Se estados tem lei on emendas constitucionais que impedem 0 “easamento gay” Massachusetts univ-se a Holanda, Béigica Canada como alguns dos poucas locais ao mando onde os casamentos gays sdolepalmente reconhecidos. 'A simples posssilidade do casamente gay legal demons: tracomo foram radicas as mudangas nas idclas elacionadas com a sexualidade nas tities décadas. Afinal, foi apenas ‘em 1967 que + homossexualidade masculina fo! legalizada ‘no Reisio Unido. O casamnento gay também levanta questées sobre a orientagio sexeal: até que panto @ orientagto sexual knata até que ponto € aprendida? Muitos dos temas que aanalisamor neste capitulo se sobrepéem as quest6es levan. tadas no Capitulo 9, “Familias erelacionamentos intimes’ A senualidede humana etd ligada i nossas ideias sobre o amor e Aquestto do que torna usp celacionamento bor. Ceda vez rtis, as pessoas argumentam que um: bom relacionsanenta deve ger entre iguais. O casamento gey somente se vornoa ppossivel por meio de uma batstha contra diseriminarso ©2 desigualdade, que ainda continu. Comegamos este capitulo discutindo a sexuslidade hu- mana ¢ analisemos como o comportamente sexual esté mu- dando na tociedade Ociden‘al. A seguir, examinamos mais sespeciicamente a orientagio sexual, ¢particularmente ques wes eavolvendo 2 homarsexsalidade no ocidente Isso nos leva’ questo mais ampla do género,e suscita questoes sobre ‘9 que significa ser homem oo mullher ne sociedade moderna, ‘Conciuimas com uma discusiao sobre « desigualdade de p8- nero ¢ enalisames como a igualdade das mulheres cada vez ‘mais encoatra sua exprestéo global. Sexuelidade humana As ideies sobre a sexualidade tm passado por mudangas cematicas, Nas tltimas décadas, nos paises ocidentais, vi- Hor aspectos importantes da vida sexs] das pessoas foram alterscn= fe maneira fundamen. des tra sais, a exualidade ertava insimamente ligada aa pracesso de reproducio, mas, em nossa era atual, elas foram desconec- tadas. A sexualidade se tornou uma dimenséo da vida para cada indiviiuo explorar moldar. Sea sexualidade antes era “definida" em termos de heterossexualidede e monogamia.n0 contexto de relagdes maritals,atualmete, existe uma aceite- ‘cho cada ver malor de formas diversas de comportarnentos € lorientagbes sexuais em uma ample variedade de contexios, ‘como vimos na discussas anterior sobre o casamento gy. [Nests secio, examinamos slgamas das questdes envol- vyides a0 comportamento cemusl bursano: a importéncia de indluéncias biolégicas ou socies, como a sociedade determi: 1a a atividade seal ea influéncia da tecnologia reproduti ve. Depois, analisamos algumas das tendéncias veventes emi comporsamento sexsal humano n2 sociedade ocident Biologia ¢ comportamento sexual [A seruidade hd muito ¢ considerada um assunto slamente ‘pessoal, Por esta rand, ela € uma area dificil paraos socicla 08 esnudarem, Até recentemente, grande parte do que sabi mos sobte a semuslidade vinha dos bislagos, pesquisacares ‘médicos esexélogos. Os especialistas também olhavam oat fo mundo animal na tentativa de entender mels sobre 0 cor portamento sexs) humano. ‘Existe tm claro componente bioldgico na sexualidade ‘pois a anstomi feminina difere da macculina. Tambérn exis, teo imperativa biolégico de reprodusir; de outrs for ‘espécie humana teria sido extinta. Alguns sociobidlogos, como David Baresh (1979), argumentem que bd amz ex plicasdo evolacionista pare fato de as homens tenderers 2 Set mais promiteuas sexcalmente de que’as mulheres. Se, argumento diz que os homens produzer milhées de espex ‘matozoides durante a vida e, prtanto, podem ser consiers dos biologicamente dispostss a engravidar tantes mulheres ‘quantas for possivl. Todavia, as mulheres produzem apenas algamas centenas de 6vulos durante 2 vida, e devem cxr (0 feto dentro de seus corpos por nove meses, 0 que, segundo Barash, explica por que se concentram mais no compromet: ‘mento emocional endo #40 t#o promiscuas sexualmente. C niileo biolégico de homens e mulheres move o comporta ‘mento sexual na sociedade. Oargumento de Barash encontrs ‘amparo emn outros cetudos sobre o comportamento sex animals, que mostram que os machos no romiscuos do que s fémeas da mesma espécie. “Maitos especialistaszejeitam essa abordagem evolucio lata. Steven Rose, por exemplo, argument que, a0 cont-irio da maiocia dos animmas, 0 comportameato kemano € mais ‘moldado pelo ambiente do que determinado por instintos _geneticamente programados:“ Deb? humano nssce com re Ietivamente pouces de suas vias aeuraisjé cormprometds" (Rose eal, 1984). Rose diz que os seres burnanos tém ama infincia excepcionslmente longa em telagio cos outros 20H sais, o que Ihes dé muito mais tempo do que és outras espé ‘des para aprende; com suas experigncias ‘As alegagdes de sociobidiogos como Barash sio vigoro: samente contestadas, especialmente em relagdo a qualque implicagdo para 0 comportamento sexusl hurmano. Tadavia, uma coisa dstngus claramente os huunanos dos animais. ‘comportementa sexual humane é significativo ~ ou se, 05 seres humanos usam e expressam sua sexunlidade em ume vrariedace de maneirss, Para os humanos, a atividade sexual muito mais que bioldgica. Ela € simbélica, refletindo quem: somos e as emogées que estamos sentindo, Come veremos a semuslidede é complicada demais para ser totalmente 2 Dalda a tracos bioldgicos, levendo ser compreendida sn =r sos dos significades socials que os humanos aribuem:a x Formas de sexualidade “A maloria daz pessoss, em todas as sociedades, ¢ heterosi= sual - eas procuram o outro sezo em busca de envolvirsexte Bieaeeereenccoe mee tn SURES IE TEI Steen | | | | | erocionle pases sox) Hitorieamente, a hetotte- Ine, em eh sociedad, tm sides an do caverns te fanfia Alndh asim, cso mus gore etendence ‘Salsa. dh Lorber O98 dingue te 10 Idesidades sealife mer mane etrostonid homens teerotexil, mulher lis, homem gay mules Brood, homem bisecslmuler rave Cae Saher gute eae Jegerment de homes), homem teva (am tomer que tcrate Bpuarments de mulher), mulher weneenal Con omem quese trae mia) ehomem tase (ama son Ther qu tons homens As pata ema cmelte sods ayes xlstem cite prvcas seruais posieia. Por exem- plo.um harem os una she podem ter lade sxtas {om mulheres, or homens ou fom tabor Pde set con tm de cadaver ou com ues ou al parcputes Pode oc sexe contigo mes (crstarbao) a com ningadoa eibato): Podowe ter rege serunb com tence ob com petoar que streveren croucamente tan portage oa nperelaos sexsi, praia sudomasoyeino (0 uo St co de ubmito «dor se sexo Som snmats seis gor diate (Lorn 1998) en todas at sociedades,extem normas seria qué sprovam cers prstinsenquantodesertnlam ou cond ta utes Os membros de uma soctdade aprenden cess Toraas com ssociliurt, Nat ns Gécaan por eae fl, norma emus en cular cients ene gad "iss de amerromntion elaconarencos mde, Bates ormes, porém, vam anplamente ene cultura die, CG. A benosecvaldade& tm exemple Aguas cltcas tr tlerada ou incentvado a horontencande avant tx certs conteron. Entre os egos ation por exemple O amor de homens por rapes ea elend corso mais riperor de aor sna (Os tipos sects de somportamento seu también va- sium ete astra, que € una manele de tabeonen que *maioca du sexponts texas €apredida emverdc noe, erdo al ampo sobre otra fol ead ace 60 anos por Cll ford «Franck Beach (1951) que real lam evidences antopolipics demas de 200 soieeades Forum encontedasvariages novels eal que Cconde, tudo comperamestosexal natal eassaoonasdebaoss feral Por exempta er algunas cultura, seria soe prliminares demoradas tes durando boas a desis {toes necesere antes de penetra, en tea et, Camere ato existe peliinarcs, tin cata sociededee, scrediace que relies snus caren bequentel Bere lever dceiitacto fice ea downges Ear os nang do Bacio Sul, os oos da ld do conconwbrew ace cesidade de tempo ente at races veruas* eredtano tani que una peioa com cabelos rans pod copay todas notes maori das cultures, a4 normas de bles genus! (edotdas or mulheres homens) coneeararyae mas na ‘panda fice paza a enlheee Go que prs omean tong Stugio qu parece ear msdendo fredoulmente no Och deat, medld qu a mlheres ends vee alse tena Aas em ener fora do ls, Cont. os wag cas Sosioiog os mais importantes na belezaferinina diferesa muito, No Ocidente moderno, admieaete um corpo pequeno e magre, enquanto, em outras culturss, ame forma muito mais gene, 108 ¢ considerads atraente. As vezes, 0s seios nfo #80 cei. que apencs ge nes em comum: eles tlvez também compartiliem ema pro pporcio maior deexperitncias de socilizagao cerethantes, Sexuaiidade, religias e movalidade ‘As posturas para com 0 comportamenio sexual ndo sto uni formes entre as sociedades do mundo e, mesma de tom metmo pais, eles passam por mudancas sgnificativas © i | ern smo sneer aap bide, rtm ite cas ead far auc ny enn Se ceripsonchnat cts es at © Ta gaia Aart ined Ceca Soh Gages cn agallted gives, cure comienae Saigios Goa tpl gor wheonlprscost omelet nanan Sonjechamneinpaena mec Tok nary. wee ogra in sano cemabepeenice ease Genes atl eoceiantipensaaibr yee ecert Se epoecrmir ent alieeg aonb? catego anata fase leh anions a ear ye i ‘ind dil ettertidetik eco po uis oy peaapceerseagpeeabenatess Sialetteusellndis ot pecger eiastins bo tudo, a sraior parte dos primeiros escritos de médicos sobre | ee Fics epceengh eclgeepe eee G Sintaeoounhan dosencntscrete pts Bien of E fo. Diese ques masturbecdo chusava cegucia, insanidade, Serge modimrresion tinea Ie olde meg oo i £ i i : sil abundava, Acreditava-se gue as mulheres virtuosss eras Indiferentes & sexualidade, aceitando as atengbes de seus ma- ridos apenas coma um dever, Ainda assim, nas cidades cada vez maiores, onde reinava a prostituiggo, sendo abertamente tolerada, as routheres ‘vres” eram consideredas ume catego rlatotalmente diferente de suas inmés reepeitaves. Muitos homens vitoriancs que, publicamente, ecam ci= = sérios e bem comportados, dedicados is suas espo- ss, vistevam prostitutes regularmente oo tinham amantes. Esse comportamento era tratado de maneirs leniente, ¢0 [Passo que as molheres "respeitéveis” que tinhem amantes eram consideradas escandalotas ¢ eran repreendicas na so. iedade se seu comportamento viesce 3 tona, AS diferentes posturas pera com as atividades sexuais de homens ¢ mu. theres representavam um padrio duplo, que existe hé mi to tempo ¢ cujos residuos ainda permanecem stualmente (Barret Ducrocg, 1982). Na época anual, xs posturas tridicionais coexistem com pposturas mals liberais em relagio & sexualidade, que se tor~ sneram particulacmente fortes nz década de 1960. Em filmes pegas teatrais,sio mostradas cenas que antes teriam sido totalmente inaceitaveis, © existe material pornografico di Ponivel pare a maioria dos adultos que desejarer. Algumas pessoas, peticularmente aquelas influencindas pelos ensine ‘menos cristios, acreditamn que 6 sexo antes do casemento é cerrado, ¢ geralmente repreendem todas as formas de com portamento sexual, com excegio da atividade heterossexel dentro dos limites do casement ~ embora seja cada vez mais aceito que prazer sexual é uma caracteristica desejével e im. pportante. Outros, em comparacao, perdoam os eprovesn a. vamente o sexs antes do casementa ¢tém postures toleractes para com diferentes prétieas sexta, ‘Sem civida, as posturas sexuais se tornaram mais per- imissivas 90s tltimos 30 anos na miaioris das paises ociden: tis, embore, como demonstram os estudos epresentados na Figura 14:4, existem diferencas signifieativas 20 redor do planeta. Por exeruplo, na Repiblice da Idanda e nos Estados ‘Unidos, por volts de um tergo da smostra ainda pensava gue DYrENOR DE UM BOREEL De Zoi OBaTE De LOSDAES “coriéna, um Nomen podls ter ume amante ou vister prostitutes com impunidade, Porem, a serualidade Cas “respeitéveis" era rigidamente contida denuo co casamente heterassemual vue Anthony Giddens 0 sexo antes do casamento era “sempre errado" e, nat Fil pina, 0% pensevam o mesmo, Poréim, na Suéeis, e598 pro redo é de apenas 4% ¢, na Republica Teheca, de 5% (Wid. ‘mer et al, 1998). Essas diferengas culturals mostram que as crengas rligiosa: e norma tredicionais relacionadas com 2 sexualidade nao foram simplesmente deiradas de lado na era ‘moderna, mas cnatinvem a exercer uma influlncia sobre as ‘postaras e valores das pessoas REFLEKAO CRITICA ‘Seas posturas en elago ao sexo @& sezulidads edo diforen 1 das de cous pai ¢porentes mats vena? Qual e elacio ‘ore earns postuase es crenges rellgisas? As novas posta~ das goragdoo mas jovans sao ovidéncias a socuarizacio, (uenistem ouzas mancires da orpicar eevas mudangas? Homossexualidade Kenuseth Plarmmer (1975), em um estudo dlissico,ditinguis ‘quatro tipos de homostexualidade dentro da culture ociden tal moderna. A homossexualidade earual éwm encontro inci- ‘dental gue no extrutura a vida sexual geral da pessoa de ne ahuza modo substancial. Paixdes escolares ¢ a masturbacéo| situa sf0 exemplos. As dtvidades localizadas referem-se @ cizcunstdncias em que atos homosseruais ocorrem regular~ ‘meste, mas nao se tornam a principal preferéncia do inlivi- duo, Em ambieates como prisdes @ acamparnentos militares, ‘cade os homens vivem sem mulheres, ese tipo de cormpor- tamento sexual £comuta, considerado um sabstituto para 0 comportamento sexual, im vez de ser uima preferéncia A homossexualidadepersonalizada referese aindividucs que tha preferéocis por sividades homossexaais, mas que “Nao vamos comertorar 0 Dia do orgulho Gay asta ana. Estamos au, amor gays, extemorccntimadas com 10 igolados de grupos onde isso ¢ aceito com faclidade. a homossexualidade, aqui, € uma atividade furtiva, ocuka de amigos ¢ coleges. A homossexualidade como mado de vido refere-sea individuos que “assumem ¢ se associam a outras pessoas com gostos sexuais semelhantes como parte de suas ‘das, Eseas pessoas geralment= pertencem 2 subealturas _goys na quals 2s stividades homossexuaissio integrades.em ‘um estilo de vida distinte. Essas comunidades proporcionam «possiildade de agio politica coletiva para promover os di rites einteresses de homossexuas. E provével que 2 proporsio da populagio (miscolina ¢ feminina) que jd teve experiéncies homostexueis ou fortes tendéncias para 0 sexo homossexualseja muito maior do que a dagueles que seguem wo estilo de vida abertamente gay. terme "poy" era usado principalmente pera se refer a ho- ostexais do sexo asculino, coma na expressao carmum “pessoas gays eIdsbicasembora também esteja sendo cade ‘yee meis urada para descreverlésbicas. ‘A homostexualidade masculina geralmente recebe mais do que olestianisic> viacains ov “fridades bo riossextaisentze mulheres. Os grapes de Iésbicas tender = sermenos organizados do que as subcalturas gays masculinas, ‘tim ua proparyio menor de telacionamentos casvals. Em ‘campanher por direitos homosseuas, os grupos atvista de lisbicas costamam ser tratados como se seus interesses fossert idénticos aos das orgenizagSee ssasculinas. Porém, embora hnsja uma cooperaio intima entre gays e lésbices, também cexistem diferengas, peticularmente quando 3s lésbices extt0| ativamente envalvidas no feminism. Algumes lsbicas come ‘aram a sentir que 0 movimento de liberagio dos gays rile tia ot intereszes dos homens, enquanto as feministas liberals ce radicais xe preocupavem exclusivamente com os interesses dde mulheres beterossecusis de cleste média. Assim, susgiv (0 Vilage People faz ume parddia exveme de formas “macho” de iasculinidade. tum linha distnta de feminismo lésbica, que promoveu @ sissemina¢ao dos “raloresferaininos” ¢ desafiou 8 insiuigso dominante ¢ estabelecida da haterossexualidade masculina (Bich, 1982), Muitas muthores gays consideram o esbianisma menos como uma orientagio serial ¢ mis eonia um com- prometimento e uma forma de solideriedade para com outras mulheres ~ politica, cocial epesoskmente (Seidmen, 1997) Posturas em relagdo é homassexualidade As posturas de intolerincie com = homoesexuslidade eram ‘io acentuadas no passaco que foi somente durante os ulti ‘mos anos que elguns mitos em torno do tema foram desfei- tos. A homossexualidade ha muito ¢ estigmatisada no Rei- ‘uo Unido e ao redor do mundo. A homofobia, um termo cunhado no final da década de 1960, refere-se a averséo ou Odio dos homoscexuais e seus estilos de vida, juntamente cemeomportamentos baseados nessa averedo. A homofobia ¢ uma forma de preconceito que esté refletida nao apenas ex atos explicitos de hostlidade « violencia contra lésbicas goys, mas também em varias formas de abuso verbal Na Gra-Bretanhe, por exemplo, termds como fag ou quecr sia usados para insultar um homem heterossexual, assim como Aaony Giddens termos ofensivos rlacionedos com matheres, como sissy 01 pansy, Embora @ homassexualidade asteja se tornando mais aceite, homofobis permanec arraigida em muitos setores da sociedade ocidental, o antagonismo para com os homos- semasis persiste nas pastures emocionais de mites pessoss. (Os casos de agresséo violentae assasinato de homosseruais Algunstpos de compaytemento gay masclino podem ser vistos como tertativas dealteras as conexSes ussais en crea mazcalnidade eo poder ~ uma ra2to lve, porque 2 comunidad heterosexual multas vezes os considera amet- ‘adores. Os homens gays tendem a veetar a imagem éa efe- {nina asociada popularmente 4 cle, es afastem dela de - hore prieipetnene com seus unos matidos, Apoxuadatnen te 60% haviem se masturbate « « mesina percentage tine {do contata oa-gantl. O ssmco tambem moszounives mas slavados de bomossenualidade masralina do que so espersva, revelando que mule homens heterssemueis unham senamen- ros hommossexuals, 1 dsparads enue as atihdesacetas em pice wo cme portamento verdadeio que as obseragies de Kinsey demons- ‘evam ere especiaimente grande naqusle pefodo especiice, Jogo apo a Segunde Guoa Mundial. Uma fase de Mneratza~ (qe semual hava comeqaco ances, a aoada de 1920, quando Tuitos ovens Se sentian Ierados dos ngidas ciigns merais estar emergindo uma “nova fidelidade” (Leumann, 1994), talves eta parte como resultado de preocupacies cam os ris 0s associadas &transmissio do HIV/AIDS e outras doencas sexvalmente transmissiveis, Por exerplo, um levantamente realizado em 1998 sobre as posturas relacionadas com as re- lagdes sexuais em 24 paises (ver a Figura 14.4) mosta (com algaroas exceybes) que uma maloria avassaledora € contre 0 sexo extramarital, 0 sexo homossexual 20 sexo antes dos 16 anos de dade, OIevantamento também mostra gue somente uma minoria era contra 0 sexo antes do casamento (Widmer cal, 1998), sugerindo que 2 ligecio tradicional entre 0 ca- samento e as relagBes sexuais fol rompida, Nesse context, 2 peiqulsa socioldgics sobre a sexueiidade enfventa atvalmente ‘mesma problema de estados anceriores simplesmente, no sebernas0o quanto as pessoxs falar 3 verdade sobre suas vidas sexuais, quando entrevistadas por um pesquisador que no Alfred Kinsey descobre a diversidade de comportamentos sexuais igus haviam gotomada de coretbes anteriores. 0 sompartamenta al povaveimente muou bastante, mas as questee rela ‘lonadas com & sexusidade no eram discvidas aberamenia {de manera que hole se tomou familias AS pessoas que hat ativdades souais que ainda eram severamante dasspcoveces ‘ho nivel pico as ocalavem. sera entender que mulas ou ‘hia pratioas somelnantes Pontos de critica A pesquisa de Kinsey fol contoversa nos Estacs Unidos tacade por organizaodes conserveoras o religiosss, $0, un aspect doe estos analisou 3 sexvataede de changes fem menos da 16 anne, Multoecrdcos lvantarem objpize 20 fu uso como suenos oe pesquisa, Os eres seliiosos tember ‘argumenuaran que a discuss aberta de comporiaienio seria feraquscerta ox valves more’ onsi2es 0s crfens academia axguimeniaram que a abordagem psitvste de Kinsey cole sls dades bros, as nto consogite entender a complexe da do doooj semel por tds do camporiamenta verso que revs tou, ou oe sigmicedos que as pessaes auibulam a siasrelagtes seruas,Pesqulses posterores também ancontaram aleis 26 Dabo: de experenclas honoaseaiais do que Kinsey, sages do que sus amosts tales fosse menos represenatve-do qe = (eque acediova Relevancia contemporinea Xinsny 8 conhec como un dos fundedoes do estado cenii=> da sezualicede numine, » suas observaqies form memumentass para desaiy a visio comum de apoca, de que @ homesenuai- fade ara uma Jorma de doanga mental que exgia Uatament> Fol somante na era Mais peroissiva da década de 1900, que soase postwes aberanente deceredas # mais alinhadas 4 ralidades do comportement, que 0 t20r geral das dasoahertas de Kinsey ‘sso a ser considerado um. quadre reste do comportsmeno serval Kinsey morieu am 1686, max o ltt for Sax Research. (ques iia. continua suas pesquisas atualnents egerou mul- {hs informagies illas ste 0 companamesto Sexual cot paténe. Seu nome fl uonata pase Ainsey ints for eseact ln Sex Gender and Reprodusien em 1981, em borenagen & su ‘mtnbaiglo para a posuisacentiica neste campo conhecem a quem talver no queirem confiar suas infor: races mais pessoais, Todavia, levernos lembrar 2 Ji-to dos studs de Kinsey aqui: essas posturas declaradas em publico podem simplesmenterefletr a compreenséo das pessoas 50 ‘bre as norms piblicesexistentes, em verde descrever corré= tamante suas vistes e compartamentas sexuais privados, ‘A validade das pesquisas sobre o comportamanto sexual também foi foco de intenso debate (Lewontin, 1995). Os cr- ticos axgumentam que elas néo geram informagdes confiiveis sobre ex priticas seuss, Em um estudo norte-americeno (Ro in, 1990), os pesquisedores relataram que 45% dos homens entre 80 e 85 anos dizem que fazer sexo com sua parceit®. (Os erticoescreditam que sso obviamente é tio invericico qu celoca em divida os resultados de toda 2 pesquisa. Todavz. (gee essa critica pode 32 ‘os gecontologistas sociais sugese: ‘asess em esteredtipos negativos sobre o envelherimento, £2 ___seciotoata GAZE O sexo antes do casamanto ¢ ovrado? o% 20% 4m som at LOD Australia, 13 E} : Buigsra a 7 Canacé 1s T 63, Repdblica Teheca a ae ~~ Gra-Bretanha au te 70 Republice da Irtanda ms is 42 e080 Z a = Nova Zeléngia_ Ee 62 inlands do Norte 5 15 ra Fiipinas eae 3 Russie Espanna suacia Estados Unidos © Sempre i Guess sempre L} Apenas is vares — LINao 6 orraco aany Ghdens Sipire ERTS oe co Pesce Tensos orto gti FepabicsTeneca pb a are Sep Neve Zn poss con Uni Eras Figura 14.4 (Contnaagio, pablicedos ou inéditos. Esses métodos de pesquisa nfo slo mutuamente excladentes, ¢ claro, e podem ser combinados para prodizir uma narrativa mais rica das mudancas nas for~ mas de sexualidade nas socledades, ‘Um exemplo de um levantamento de grande escale 0 ‘eallcado por Lilfan Rubin (1990), que entrevistou mil norte -americanos entre as idades de 13 e8 anos pars descabsit as mudangas que haviam ocorride no comporsamento € pos sures sexuais Gestie os estudos de Kinsey. Seguado sues 00- servagbes, houve avangos significativos. A atvidade sexual stave comegendo antes do que era caracteristica na geraceo anterior, eas pritcas sexuais dos adolescentes tendiam a s2¢ er trometry anon REE REFLEXAO GRITICA Dievantamens apresentado na Figura 14-4 fi realizado bd ‘mais de une déceda. Quats paises parecem ter as postures mais “eral ante 9 comportement sexual? Quals parecom er mais conservadotes? Aum das resultados supreendiew ook? Voce azns qu, s@ as mesmas periniasfossem feltas hoje, os resultados eviam sign\eatvamente diferentes? No co poste, ce que maneiras elas poderiam tifri? do variedas ¢ emplas quanto as dos adultos. Ainda havia um_ pedsio duplo, mas nio era tio forte quanto antes. ‘ima dae madanas mais importantes fol que as mulheres pussiicam a esperar, ¢ a buscar ativamente, prazer sexual em fous telacionamentos, Elae esperavara cectber, © ndo apens proporcione, stisfacao sexual Rubin observou que as mu Theres eram mais liberadas cexoalmente do que antes, mas 2 raioria dos homens na pesquisa considera essa assertivids Ge ferinina dificil de aceitar, dizendo que “se sentem inade- (quidae’ tém medo de “nunca fazer nada certo” ¢ consideram ‘ropoutvel etisazer as mulheres hoje em diz” (Rubin 1990), Essa observagio parece contcadizer ado que viemosa esperar sabre ar relagSes de género. Os homens coatinuam ¢ dominar ta materia das esferas e, de um modo geral, s40 muito mals violentos pars com ax mulheres do que a oposta. Essa vialen iavise controlar e master 2 subordinagio Gas roulberes. Ain. a assim, vires antares comeyam a dizer que a masculinida- de € um fardo, além de fonte de gratificazbese, se 0s homens perausein de user e senualidade como forma de controle, 20 Spenas 8 mulheres, mas eles mesmos ceriam beneficiados. (uso de materiais documentas pars estudar as mudan. {et nas formas de sexualidede ¢ demonstrado em Sex and Manneré do soci6loga dinamarqués Cas Wouters (2002), um ‘sudo comparativo sabre as madancas nas elaybes de gos. roe na sexualidade ns Inglaterra, Alemanha, Holanda e Bs- tados Unidos, Wouters estudou !*\70s sobre “boas mancires” do final do século XIX 20 final da século XX, particularme te no que dia respeita ts relacées eave homens e mulheres to “comportamento de cortejo” ~ as oportunidadese limits cies em encontros eno “namord” entre homens e mulheres Os manuais de boas maneiras trezem conselhos sobre como condazir esses encontros, cédigos de maneiras ao se combe’ ‘eve como agit em relacionamentos com “o sexo oposto” or exerapln, em rea publicacao inglesa de 1902, Pri- ‘nett for Women, oconselho dad é o seguinte:“élugas ua homem pagar pelos reltescos tomadas, se ar damas nfo inss- tirem em pagar por sua parte, ese ele convidar as damas pars ira algum lugar e tomar algo, o caso é simples. Porém, na década de 1980, a pritica “holendess” - dividiro custo de wma ‘encontro ~ jé esteva bem estabelecida. Um livro de etiquets 4 1969, refletinda a antige prética do homem sempre pagar para 2 mulher, observa que “alguns ainda fazem isso, mas as mulheres n4o pocem jantarinterminavelmente sem oferecer ada em retorao” (Wouters, 2004, p. 25-27), Esse exemplo parece bastante trivial, mas, de fto, mostra como 2¢ mudan- cut nas relagSes de género na sociedade mais ample, com ais mulheres ocupando trebelhos remunerados ¢ a esfera piblica mais geral (Walby, 1990), também estavam Jevando 4 mudangas nas normas de comportamento entre homens © ‘mulheres. A pesquisa de Wouters traz muitas exeruplos se selhantes em relagio a0 comportamento sexual e de cortejo. “Analisanda manuais de etiqueta de um periado de um sé Jo ¢xelacionando os conselhos dados com teorias sociolégi- cas sobre « mudanga tocial, Wouters arguments que todos ‘os quatro pafees apresentam uma tendéncis prolongada de afastamento de eddigos de etiquets muite formals e rigidos, voltando-se a uma variedade mais ampla de comportamentos accitéveis no corte. Assim, os criticas da “permissividede” ‘que ocorre desde década de 1960 nde compreendem que es- ses madangas fazem parte de um processo muito mais longa. ‘emais profuado de tensformacio social. (6 dois estudos discutidos aqui tém multas semelhan- {as Ambos estdo preocupados com mudangas nas relagdes de género, normas de comportamento sexual juntamente com pasturas privedas e pablicas para com a sexualidade Enquanto o estado de Rubin nosti algo sabre como as pes- 065 se sentem atualmente em relagio a estas mudangas ¢ 0 Impacta que elas estio tendo em nossos estilos de vida con- tempordnens, a andlise de Wouters de documentos primérios coloca essas visGes contemporiness em uma perspectiva his- teicae commparativa, A uniso dos resultados de estudos com _méiodos diferentes, que também se concenttem em diferen- tes sipectos das madangas no comportamenco sexual, pode dar maie confianca 20s socidlogos em sta¢ conclasbee nessa (bicil dea de pesquisa Prostituigdo e “trabato sexual” Prostituigao [A prostituigio pode ser definida como a prestagi de favares semuais por ganho monetirio. A palavra “prostituta” come- ou 4 entrar em uso comum no final do século XVINL No ‘mundo antigo, a malor parte daquelas que ofereciam a sexua- Ladade por gratifcacoes financeiras era formada por cortesss, ‘concubines (amantes que eram sustentadas) ou escravas. As cortesis eas concubines, muitas vezes;tinham uma posigao levada nse sociedades tradicionais. Um aspect fundamen- talda prostiruigto modems é que as mulheres e seus clientes geralmente no se conhecem. Embora as homens possam fe tornar “dientes regulares, relacao nao € estabelecida {inicialmente com base no conhetimento pessoal, lesa néo ocorria na maioria das formas de favores sexuais por geno material em épocas passadas. A prostituicdo est dirctamente conectada com 0 rompimento de pequenes comunidades, 0 desenvolvimento de grandes 4rezs urbanas impessoais ea ¢o- -mercializagao das relacoes socials. Em pequenas comunids- desradicionais, as relacées sexuaiseram controlades por sua visibilidade. Em aress urbanas dosenvoividas recentemente, é ‘ficl estabelecer conexbes sociais mais andnima, ‘Uma resolugio da Organizagio das Neg6es Unidas, apro- vada em 1951, condens aqueles que oegenizare a prostituiglo ‘ou lucram com as atividades de prostitutas, mas nzo bane a ‘Prosttuicio em si. Um total de 53 Estados-Membros aceitou { resolugio formalmente, embors sus lepilara0 sobre pros- tituigso varie amplarmente. Em slguns paises, a propria pros. situicdo € ilegal, Outros paises proibers apenas certos tipos, como o trabalho nas raas ow a prostituigzo infantil, Alguns governot nacionais ou locas licenciam hardéis ou saites de exo ceconbecicor oficialmente - como 0s “centros Eros” na ‘Alemanha ou as casas de saxo em Amsterdam outubro de 1999, o Parlamento Holandés transformou 2 prostituigio em ‘ums profssio oficial para o nimero estimado de 30 mil mu- theres que trabalham na indistria do sexs. Todos os locals onde se vende sexo podem ser reglamentados, licenciados ‘ inspecionados pelas auroricades locais Entretanto, apenas ‘guns putes licenciam homens prostitutes ‘A legislagto contra 2 prostituisao raramente pune os clientes. Aqueles que comprar servisoe sexutis nao sto pesos ou processados ¢, em procedimentos judicias, suas identidades podem ser mantidas era segredo. Existem mul to menos estudos sobre ot clientes da que sobre as pessoas (que vendem sexo, « éraro algvém sugerir- como se costuma dizer ou implicar sobre a3 prostitutas ~ que os clientes tem perturbacies psicoldgicas. O desequillbrio ne pesquisa cer tamente expressa uma aceitardo acritice de esteredtipas or- todoxos sobre a semalidade, egundo os quais € “normal” of homens procurarem ati. mente uma variedade de valvalas de escape temiais, embora aquelas que satisfezesn essas ne cessidedes sejam condenadas. ‘Trabalho sexual ‘Arualmente, 05 socidloges consideram 2 prosttuirge como apenas ume fotma de trabalho sexual, O trabalho sexual pode ser definide como a prestacio de servicos sexwsis emt lima traca Ananceira entre adultos conscientes, embors, & claro, as criangas (¢ adultos) historicamente eram ~ e sinda ‘0 ~ forgadas a teabalhar com 0 sexo em paises deserw0vi dos ¢em desenvolvimento. Os profissionais do sexo, como ‘s prosttutae, sio compastos principalmente por pessoas do sexo feminino, ¢ 0 trabalho sexual compreente no sninisno todos os seguintes: tates em filmes pornograticus, modelos nias, dangavinas que fazer #riptear,trabalhadores de hows de sexo explieito, mazragistas erétices,atendentes de linbes telefonices sexuais ede “sexo pela wobcem"na internet, gia" do envolve uma troca financeira (Weitzer, 2000). ( conceita original da profissional do sexo ds déceda de 1976 visava acabar cam oestigma das prétices de trabalho d® rostinutas ¢ outras mulheres que trebelhevam na industria <0 sexo. Como 0s servicos sexuais eram tcocados entre ed tos conscientes, argumentava-se que esse trabalho deveria se tratada como qualquer outrs forme de trabalho, « # prost shugo, em particular, deve siminalisads. Ata: mente, em todo o mundo, ax prostirecas vém prineipalniest= te origens socais pobres, como no passado, mas elas hojesio roe: t 9 ro consderivel de rolheres de dasse seguides por um si see Zaina areade de eno sxe Se wre emits copsideram que ses tabalho envolve presi Siiyor nexus tes espetivels,Conforme insist ond, Su rofusiondl do sexo com 10 anor de expeciéncie: Sinn, Guma posto ~ cei que uma presto pee ‘cheat epg edeve er ita como al. do mesmo “ode que cat prteara contain ou uniques ou, ‘Raesio sur posto pao ote reconbecmen ervon proisonalsdo sro coao eblbadoresleptmos Entre profstoleptinos. For queo to de ques ‘Geol eabular comm prota deve tr conidersdo d= {Ernie de serenfrme queen ft Nao doves haves ‘enters esigma cous ash abalho non amblste Confort imp, fago exes nico regres peep peas impots come quelque pesos (ona, 000) A ideia de um sindicato para os profissionals do sexo pode parecer esteeah, mas, no contexto de garantir sxide Esegurance no trabalho, apoio legal em dispatas sobre pa- gamento « condigées e acesso a treinamento ou capacitagdo (pera aqueles que desrjera deixar a setor do sexo), essas ques- {oss estdo na centio da atividade sindical comum. Os pro- fissionais da sexo observam que a coletivizacdo por meio do sindiceto pode sjudar a acaber com exploracdo e abuso 02 istria de servigos sexoais. For evemplo, formada em 2000, a International Union of Sex Workers (TUSW), cediada em Londres, considera a sindicalizagio como 0 primeire-passo para a profissionalizag#o do trabalho com o Sexo e, em 2002, associoa-se & GMB, a maior central sindical do Reino Unido. A TUSW faz campanhas em favor: + da deseriminalizecto de todos os aspectos do trabslho ‘corn a sexo envalvendo adultos conscientes; ido dieito de formar efliar-te a ses0ciagoes profissionals, ¢sindicatos, do direito de trabalher com a mesma base que outros lempregaclos e prafissionais aotonomos e de receber os smesmas beneficios, do pagamento de impostos apenas madiante direitos ¢ representagio; + da tolerdncia zero acoeryéo, violéncia, cbuso sexe, tra- batho infant, estupro e racismo; do apoie legal para profisionais do sexo que queiram processar aqueles que exploram seu trabalho; do dirito de crucarfrunteizas nacionsis; + de locas limpos e seguro: para trabalhar; o direito de decidir trabalhar de forme individual ou cooperatives + do dizeita absoluto de dizer néo; + do acesco a tetpamenta ~ noss0s emspragos exigem habi- idadese padrOes profissionals muito especitizados, io acesso a clinicas de saide onde no nos sintamos ¢s- lugmatizados de programas de capacitagio pars profssionais do sexo ‘que desejem demxar 6 setor; + do fim ds postures sciais que estigmatizam aqueles que so ou foram profissionais do sexo (IUSW: wwrwusw, org/starUindex bial). Todavia, 0 concito de profissional do sexo ainds € com ‘noverso, pis oie feminintn fenem campaine contain sesrudas escolares se concertram em garotos @normas mas culinas, em vex de enfocarem as experiénclas de gatas? 14.2 Rducagdo 6 a formacio da masculinidade © da sexualidade 2s bem-sucedi- (0 sogundo grapo ¢ formats por acc dos, ue Se emiergar como furans pofissiorais Fass gar0.0s so terentipados polos ‘gaekosmiawSes"e pelos nroesso- res| como “babacas bem-sucedidos"sieminados. A rote comum que eles tamem pate lidar com o esteredtips maldoso, Ssoqunde Max: an Ghai, € marter«confangs de que saa ced cagdo e suas cradencas acadomicas Ines gatanrae um fico seguro Isso forma a hase pare suas ide- sates mascuinas tarceite grupo, 0 novarepreandadcres, sto gas gue ave para discplinas do nove curfews vocacionel, como fsstudos em informatica » admnisragao de enovesas, Mac an Gall os considera como fos da nova “clture expres, (que fl cwaveda chranta a ora Tatthet. Fara esses gators, 9 “uoeesomne vestibular #rtanvarente intl, por eauss da Sniase ‘ne mareado afm Seu planejamento instant para o foto. 0s veniaezesingteses foam dio grupo. Bes 380.08 ‘iis problematic entre os grupos da rnise métia, pois mer tom ume etude ambiaiente ante a eprencizagem scodsmics snas se onalderam “ésbives da cata coisa que cous profesores tenham para oferecer Como #40 ‘otados pare a busta de uma cares, @ mascubnidade pare op verdes” inglesos envave a apéstncia Ge faci (eseupento acadézico ‘Em sev estudo sobre estudentes homossenusis do sexo masculine. Mac an Ghell observox que existe um conjunto CGarementehereroszerval de normas ¢ valor - baseados am relsconamenteso emflas nuderes tacioonais- que & ci serado Béeloo nas dgcusiGos de sale ds aule que tocar nz (uestto do ganara eda secualidade. fs: ove 8 ‘conusdes 8 contradgtes” dies na constugo de entidades de género ‘eserunis pra gerots goys. que poder se sents smltanes- smantaigoradese catogonzadce pelo ates, -na estrusurasio dos tipos de oportunidades e chances que os individaot e grupos encontram na vids, e influencia bastante ‘ pepéis que eles desemperham em institaighes socials, do Jarao Estado, Embore or papéis de Romens¢ mulheres variers de culture para cultura; nao existe nenhum caso conhecido de ‘uma sociedade em que as mulheres sejam mais poderosas que ‘as homens, Os pepéis dos homens geralmentesio mais valor zados « ecompensados do que os des mulheres: em quase to fdas as cultaras, as mulheres t8m a responsabilidade principal pela criagio dos filhor e pelo trabalho doméstico, enquanto fs homens tredicionsiznente carregam a responsabilidade de prover a subsisténcie de familia. A divisso do trabalho prevar Tecente entre os eexos levou homens e mulheres a assumirem ‘posicbes desiguais em termas de poder, presigio eiquers ‘Apesar dos avancos que as mulheres fizeram em alguns palses ao redor do mundo, as diferengas entre os generos ‘continuam a gervir como base para desigualdades sociais. In vestigar ¢ explicer a desigualdade de ganero se tornou uma reocupasao central dos socislogos. Muitas perspectivasted- s foram propostas para explicar « dominacio persstente dos homens sobre as mulheres ~ nos campos de economia politica, familia © outros, Nesta segdo, reviseremos as pris Cipais abordagens tedricas que explicam a natureza de desi usldede de género ns sociedade, deixando nosea discussi9 sas amenorrhea Gp UH Nem see da desigualdade de género.em situagSes instituigSes especie fens para outros captulos do livro, Abordagens funcionalistas Come vimas no Capitulo 1, “O que é sociologte?% aborda: gem fiancionaliste enxergs 2 sociedade como um sistema de partes interligadas que, quando em equilbrio, operem corre- tamente para gear solidariedade social. Assim, as perspectl- vas sobre 0 género que tém um cunho funcionalista, ov $40 inspiradas no fancionalismo, uscam mostrar que s diferen- (a8 de ginero contribuem para 2 esabllidade e a integragio docial. Ainda que estas vigoas tenham recebido mito epoio, las foram criticadas por negligenciarem at tensOee eociais| em detrimento do consenso e por promulgarem ume visto conservadors do munda racial ‘Autores que seguem a escola de pensamento da “diferen- «4s naturals” tendem a axgumenter que a divisio do trabalho centre homens « mulheres fem base bioldgica, As mulheces eas homens realizam es tarefes pare as queis s8o mais adequadot bialogicamente. Assim, o antzopéloge George Murdock con Gera pritico e conveniante que as mulheres ‘e concentrem ere responsabilidades domestica familiares, enguanto os homens tsabalham fora de cass. Com base em ur estado transculnaral ‘de mais de 200 sociedades, Murdock (1949) concluis que ‘sho sexual do trabalho est presente em todasasculturas, Em bora isso nao sez resultado de uma “progeamacao biclogic’ € abuse mais ligice pars a organizaczo da sociedade ‘Talcott Parsons, um das principals pensadores fancio- salisas, ocupou-se do papel da familie nas sociedsdes in- dustrials (Parsons « Beles, 1956), Fle estava patticularavente intezessado as socializagio das criangas, «argumentava que familias estiveis « apeiadoras sto chave para a socializagto bbem-sucedide. Na isto de Parsons faafia opera de manet- 1 mals eficiente com uma divisia sexual clara do trabalho, Segundo a qual as mulheres stuarn em paptisexprestvos,pro- porcionando cuidado ¢ seguranca para os filhos e oferecen- orthes apoio emocional. Os homens, por autco lado, deven cumpris papéis instruments ~ 1 ses, ser os provedares da fami, Por causa da masse estressante desse papel. 3 22> déncias expressivace nutridoras das mulheres também devem, ses usadgs para estabilizare confortar 0s homens. Essa divi- 420 complementar do trabalho, que advém de uma distincto Diokigica entre os sexos, garantira a solidasiedade da familia, Outza perspectiva Guncionalista 4 criacio dos filhos foi proposta por John Bowiby (1953), que rgumentava que2 mie ¢ crucial para a socializagio primdria das criangas, Se a mle fete ausente, ov se uma crianca for separada da mie muito edo ~um estado chamado de privagzo materaa —, 2 crianga ‘corres risco de ser socializada de forma inadequada Isso pode levar a sdries dffculdades socials e psicoldgicas mais adiante ta vida, ncluindo tendéncias anissoclais epeicopatas, Bowlby digi que o bem-estar ea sede mental de uma crianga podem Sociologia ser garantidos por meio de um relacionamento intima, pessoal continuo com sua mée. Ele néo sceitava que uma inde at- sente pudesce cer compensada por uma “mae substitute” mat sgeris que qualquer subetitato ttmbém deveria ter uma mt ther ~ deixando pouca divida sobre sua visto de que o pepel ‘mateo é claramenteferinino. A tse da privagdo macerne de Bowlby tem sido usada por algumas pessoas como argument eque as mies que trabalham so nepligentes com seus fos, ‘As feministascrticaram fortemente as alegaches de que ‘existe ug base biolégica para a civisio sexual do trabalho, argumentando que ndo existe nada natural ow inevitivel na slocerdo de tarcfas na sociedade. As mulheres nio sie impe- idas de buscar ocupagdes com base em nenhume ceracte- stica bioldgica, 20 contrério, os seres humanos sio sociali- ‘zados para os paptis que sto culruralmente eeperados dees Exist uma linha de pesquisa que sugere que tese da pie vagdo matemna € questiondvel - estudos mostrara que ode. sempenhh educacibnal eo desexvalvimento pessoal das erlen- (25, de fato, melkoram quando os pais estfo empregeds pelo Menos uma parte do terapo fore de casa, A visio de Parsont sobre 2 mulher “expressive” também foi atacada por feminis. tas e outros socidlogos que acreditam que tais vibes aceitam a dominagio das mulheres no lr. Nao existe bate pera ideis de que a mulher “expressiva” & necessiria para 0 incionemente dda falls ~ pelo contrério,é um papel gue tem sido promo’. do principalraente para conveniéacia ts homens Abordagens feministas (O morimente feministaabriu caminko para um grande corpus tedrico, que tents explicar as desigualdades de género e propor agendas para superar essas desigualdades. AS teorias femni- nistas relacionadas com a desigualdade de genero se oper notavelmente. Pscolas opastas de feminismo buscam explicar 2s desigualdades de génevo por meio de uma viriedace de pro: cessos sactais profundamente arraigados, camo 0 sexisma, 0 patrlarcado eo capitalismo. Comecaremos analisendo as pri. ‘pas linhas de ferinismo existentes no Ocidente durante 0 século XX¢ o fersinismo liberal, socialista (ou marsista)eradi- cal A distingZo entre as diferentes linhas de feminismo munca {i clara, embora proporcione'uma intxGducio valiosa. A ca tegorizagio trivartte se tornou menos proveitasa es iltimas écadss, com intraducio de novas formas de feminismo que se beselam e perpassam as linhas anteriores (Barker, 1997) Conchutmes esta seco cons uma breve anilise de duss novas ‘eorias importantes 0 ferinismo negro eo pos-moderno, Feminismo tteral © feminismo liberal procura explicacbes para as desigualda- as de gtnero em postures sociais culturais. Ume das pri meiras contribuicées importantes para 0 ferinismo liberal foi do 6lésofo inglés John Souart Mill, ema seu ensaio The Subjection of Wormen” (2869), que clamava por igualdade ie- gal politic entre os sexos, incluindo 0 diteite 20 voto. Ao contrizio das feministas radicaise socialistas, cxjo trabalho ‘eT: No Bras, publicado sob onda A nye das mulheres BA Almedioe Brest (2003), fF ‘Aatinony Giddens analisisemos a seguir, 2 ferministaslibersis nfo consideram a subordinagde das mulheres come parte de um sitiems ou es ‘rurura maloc. Ao contrario, elas chamam atengio para mul- tos ftores distintos que contcibuem para desigualdades entre Iamens e mulheres. or exempio, nas tltimas décadas, a5 fe sministas bere lteram contre 0 sexismo ¢a diseriminags0 das mulheres no local de trabalho, instituigdes educacionais na anidia. Els tender » concentrar soas energias em esta- Ihelecere proteger oportuhidades iquais para as mulheres par intermédio da legisleaa e de outzos meios democriticos. No ‘Reino Unido, avangos legais como o Equal Pay Act (1970) 0 Sex Discrimination Act (1975) tiveram 0 apoio stivo de feministas iberais, que argamentavam que € importante sal vvaguardar a igualdade ns lei para eliminer 2 discriminagSo contra as mulheres. As feministas liberais tentam trabalhar por meio do sistema exstente para trazer reformas de m=- sncira gradual. Nesse sentido, io mais moderadas er seus ‘objetivos e métodos do die ruitas feministas radicals ¢ so- cialists, que buscam derrubaro sisteme evistente Embora as feministas iberaistenham contrib para oavango das rtheres no tikimo século, 05 erticos argue ‘mentamn que elas nio conseguisam lidar com as ralzes da desi- sgualdade de genera # nio reconhecem + natureza sistémica da lopreseso cas mulheres na sociedace Av focalizr separadammen teas privacoes que ar mulheres softem ~ sexism, discrimina- fo, 0 “taco de video” - as feminists iberais pintam apenas um ‘quadro parcial da desigualdade de génezo, As feministas radi- cals acussen as ferinisas iberais de incentivar as malheres a accitar uma sociedade desigual c seu cater competitive Faminisme socialista ¢ marriste © feminismo socialista desenvolveu-s a pari da toria do coaflito de Marx, emborao peéprio Marxteahafalado ponco sobre ¢desigualdade de pnero, Elecite o feminism bibe- ral por sus incapacidade percebida de ennerger que cxstem interesses poderosos na sociedade, questo hosts &igualde de para as mulheres (Bryson, 1993), As feministas socialis- tas tentam derrota patriascado co capitalismo (Mitchell 1966), Friedrich Engels, emigo e colaborador de Marx, fe2 sie que cle no sentido de apresentar uma narrative da igal- dade de género a partir da pespectva rarzsta “Engels dizi que sob o cepitalismo, ester fetores mate- ais acondsicos por tris de sabeerviéncia das mulberes ex ‘elagde ans homens, pois opatsiarcado (asim como. opressio de case) tens sua rales na ppriedade privada. Engels argu rmentava que o capitalise intensifice periarceda ~ e domni- ‘nagio des bomens sobce as aheres-concentrando a riquezs copoder nas mios den pequeaoniimero dehomens. Ocpi- {alsmo intenific opatrarcado mais da que os sistemas socials anteriores, pois cra uma iqoezs enorme em comparacio com as exaspacada, a qulconfere poder aoshomens como ganbs- ores do salicioe como proprietirios« herdeiros da propre dade. Em segundo lugar, pare que #econemie pital tenbe suceso, ela deve defc a pessoas~em parscla, as mulheres ~ como consumidoras, persuacindo-es de que suas necestida des somente sera setistes pelo consumo cada ver maior de bens e prods, Por fim, oeapitalisme precise que as maulneres trabaltem de gragaem casy cuidando elimpando, Para Engel, ' capitalise explora os homens por pagar saléios baixs e a+ smelberes por nto pagar slirio nenhur. As feministas socialisas argamentara que os formists do ferinismo Wberal s30 inadequacios Flat lamar pela reestruturecio da familia, o fim da “esrevido domésis ta itrodugio de algum meio coletiv de en o¢filbose cuidae dda casa. Seguindo Marx, cuitas argumentar que essas metas seciam aleancadas por meio de wms revolugso socilista, que produtiria aigualdade verdadeira em ua econcrnia cena zo Extado projetads para sotsferer as necessiaies de to's, Feminismo radicat No caragio do feminismo radical, eta creage de que 0s bo- ment #0 responsive e se beneficiam com 2 exploragdo das mulheres. & anise do putriarcado ~ a dominacao wstematica ‘de mulheces por homens - é de central preocupagio para esse, rarme do fentiniemo, O patriarcado &consierado im fenéme- ‘notuniversal, que exist 30 longo de todos os tempos eculmras [As ferinistassadicais concentram.se na familia como wna dae principsisfontes de oprescio de mulheres ns sociedad Essar {gumentam que 08 hoiens exploram as malbere,servindo-se fo trabalho doméstico gratuito que elas prestam n0 lx. Como g7upa,as homens também negam ds mulheres @acesso a pai (bes de padereinfluéncia na sociedad “As femingstas radicals diferem em suas interpretagces da base do patiarcado, mas 2 maioria delas concord que ele en volve a aproprisgdo dos carpose da sexualidade das meres de algum modo, Spulamith Firestone (1971), uma das prime- ras autoras ferinistas radicals, firme que os homens conto Jam os pepéis das mulheres na reprodusao ¢ ne criacao dos filhos, Gomo as mulheres sio biologicamente capaace de dar 4 Iur, elas se tornarn materialmente dependentes dos hornens por protesdo e subsisténcia, Bssa “desigualdade biologica’ € focialmente organizade nz familie nuclear. Firestone fala de ‘ama “dasse cexual” para descrever a posigto soca! das male rete axgumenta que elas somente podem se emancipar pela tboligio d fama e das relaghes de poder que a czracteriza, Outros feministas radicais coosideram a violencia dos homens cont as mulberes central pars a supremacia ma cculina Segundo eva visto, a violencia doméstic, 0 estupro ® (0 azeédio sexual fazem parte da opresséo sistesética das 3 Theres, era vex de serem casos isolados com ralzespsicolégicas (criminals priprias. Mesmo 28 interacées na vida cotidians = come a comunicacto no verbal, mocios de ouvir e inte romper ¢ 4 sensacio de conforto as mulheres quando ppblico — contribvem para adesigualdade de género. Ale Sisto, acreita-ce que as concepgbes populares de belee € semislidede sie impostss pelos homens sobre as mulheres para produzir um certo tipo de feminilidade. Por exemplo, hormas socials e culsurais que enfatizam um corpo magrs € tua posture de cazinho cuidado pert com os homens 5" dara a perpetuar a subordinaréo das mulheres, A “objensice i i 40" das snulheres nas moios de comunicagio, na moda e na propagends transforma as mulheres em abjetas sexuas, cujo principal papel éagradar centreter os homens. As feministas radicals ndo enxergam nenhuma evidéncia de que as mulhe- possam se iberar da opressda sexual por meio de reformas ou mudencas gradusis. Como o pateiarcado é um fenémeno sistémico, segundo elag, a igualdade de género somente pode sex alcengadacam a derzoceda da ordem patriarca. ‘0 uso do patrarcada come conceito pare explicar« desi- _ucléade de ginero tem sida popular com muitas tetris fe nunstes. Ao Mirmarem ques pessoal politico as ferinistas radicais chamam tengo para as mutes dimensdes interliga- tas da opzessia das mulheres, Sua énfase na violencia masc- lina ea objtificagao das mulheres trowe escas qvestoes a0 dos debates aruais sobre a subordinagao das mulheres, ‘Todavia, podemos fazer multas objegder de visies ferinis- tasradicais A principal talver ces que o conceita de patiarca- éo, como tem sido uszdo, ¢inadequade como explicagio geral para a opressio das mulheres. As feministasradicaistendem 2 dleger que o patiarcado exist a0 longo da histéria e em cul turaseliferentes ~ que é um fenémeno universal, Contodo, oF cclticos argumentam que essa concepsao de patriazcicio nio eixaespaco pare vaiaccer historica os eulurais. Ele também ignore # importante influencia que a rac, a clase ou w etnia podem er sobre a natureas da suhordinacio das mulheres. Em utraspalzvzar,no é possivel enxergar opatrarcado como wr fendmeno universal, pois isso leva so risca do teducionismo bioldgico ~ atribuir todas as complexidaces da desigualdade de gfnero.a uma distingdo simples entre homens e mulheres. Syivia Walby propoe uma reconceituacdo importante 4o patsiarcado (ver 0 quadro “Usando sua imaginacio 30- ciolégica 14.2"), argumentando que a nogéo de patriarcado permenece sendo uma ferramenta explicativa dil evalioss, ‘quando usada de determinadas maneiras, Feminismo negro Serd que as verte do femninismo discutidas antes se epicem igualmente a experiéncias de mulheres brancas enéo brancas? ‘Mita feminists negras, bem como feministas de paises em ldesenvolvimento,afrmam que nic. Hlas argumentam que at Aivisbes étnicas entre 2s mulheres ndo sto considerades pelas rincipas escola feministas de pensamento, que x80 orentadas pars o: dlemas de mulheres brancas e predominantemeste de Classe mela qe viver nas sociedadesindustislizadas. Nao € ‘lide dizem elas, enesalizr teorias sobre a suberdinacao das mulheres como umm todo a partic da experiéncla de um grupo cspectico de mulheres. Além disso,a propria ideic de que exte uma forma “wrificada’ de opressio de génera, que todes 25 m- heres experimentam do mesmo modo, éproblemtica, A insatisfagio com as formas existentes de feminismo tevou t emergéncia de uma linha de pensamento que se con: centra nos problemas especificos que as mulheres ae cenfrentars. No preficio de suse memérias pessoais, autora ‘aminista negra norve-americana bell hooks (1997; seu nome sempre é escrito em letras niniscules) argumenta: ‘Mulos peasadaresferminioas que xcrevem «fra eabee« feminidade hoje era dia gottam de sige que es mlberes REFLEXAO CRITICA ‘Tomando cade uma das seis “estrutuas de paviaeado” de Walby & sue ver (Usando sus lmaginagka socildaica 14.2") ‘que evidniias eristam do ums mdanga para formes pa blicas de peiarcado? Essa mudanaimvensiscnu e subordi- ago das mulheres na soctedads? Que evidéncas exstem de que o movimento dag mulheres para aeafere pica fo Denefco para a meloris das mulheres? ‘gras ttm mit sutocstima que suas correlates bance A medida dessa dierenes gerslmente £que as mulheres negeas So mais cserivas, slam mals pstecem fst onfantes ‘Ainda asic, na vida negra wadicional doa erpereva se ainda xe espera que as mulhere jar seticdades- gue ‘enham eignidatie. Nassar pate profesoressernpee noe iam que fickesemos de péefaldsscmon de lesa clara Eases ‘wagos visavam elevar apa les ndo eam tragoeasociedos ecessariamente constr de atoestima feminine, Uma slher branca zinds podla sentir que ert indigne porque sua pele ndo ere cara o sulleient ov seu cabelo nia nba 2 texture certa Essay so az varfvels que os pesquisadones Drancos, multas vezes, nd consideram quando ineder a e+ tocstims das mulheres negres com ama medida cxada com dbase em valores que emergers da experidncie branes Os textos feministas negros tendema a enfatizar a histéria ~ aspectos do passado que informam os problemas stuais que as mulheres negras enfrentam. Os textos de feminists negras zorte-americanas enfatizam 2 influéncia da poderoso legado de escravidio, segregacio ¢ do movimento dos direitos ci. vis sobre as desigualdades de género na comunidade negra. les observam que as primetras vafragistas negras apoiavamn a campanha pelos direitos des mulheres, mas entenderam {que a questso ds raca ado poderta ser ignorade: as inulhe. Fes negras sofriam discriminacio com base em sua raga eem seu géneto, Nos itimtos anos, as mulheres negras nd foram cenirais 20 movimento pela liberagéo das raulheres, em par te porque a “condigao de mulher” dominau suas identidades ito menos do que os concaitos de raga. hooks argumenta que os modelos explicativos favoreci dos por feministas brancas ~ por exeraplo,a visio da familia ‘como um dos pilates do patriarcado ~ nlo 2eaplica &s come niidades negras, onde a famfia representa tam dos princivais ppontos de solidariedade contra o racism, Em outres palavras, 2 opressdo daz motheres negras pode -er envonteada em die ferentes locas, em comperagie com a das mulheres brancas. As feministas negras afirmam, portanta, que nao se pode esperar que qualquer “gocia sobre a igualdade de género que no leve em conta o racismo explique « opressae das mulhe- res negras de maneira adequada. As dimensdes de classe sto ‘owo Fator que nio pode ser negligenciado no caso de muitas mulheres negras. Algumas feministas negras afirmam que a forga da teoria ferninista negra esté em sea foco na inter-re- lagdo ente as questbes da raca, classe egénero, As mulheres nnegras tém muitas desventagens com base em sua cor, se sera e sua porigao 2a hierarguia de classe. Quando esses trés fatores interagem, eles se refoream e intensficam uns 20s Ou- 120s (Brewer, 993), Andy Giddens 14.2 Teorizande sobre o patrisrcado Adela do paar tem sido conte ¢ mutes interpretacbes ‘eministas de des(zaldade de gbnero. Poem, como fertemen- te eli ale lamba foi ead por no cansequls emia 4s chances © diveridads om desizvaliadas de géner, Com ‘wea, enjumentam os ericos, no podemos falar de um sist ia ufone eimutével de cpressdo pare toca ahistca Sys Wathy $ una tice que aceita que 0 sonoeto de paiarcaco assencial a qualquer analise da cesigualdade de Genero, Po- sé ele concorde que mites cticas fies ace fo vidas. ‘hearing Pouiachy (1090) Webby presente tune maneiza de ‘ntendaro peter que @ mais fenvel quo seus anecessoes, 2 debra espe pare emadanga ao ong do tempo hisénioa bem, ‘mo para wine consieraro de dierenes dries de cass Para Waliy.o patviatcado ¢ “um sistema de esttures © pticas socais no quel as homens daminam, oprimem # ex- lorem as mulheres |1990. p, 20) le insider 0 patiareado 2 cartaismo como sistemas cstntos, que interagem ae di- ferentes maneias ~ as vezee, nanmonosament; vezes, em tuaslo ~ dependence das condiqdeshisticas. 0 captallsmo, sfima ae, geremente ye Denefica do pasarcado por mele da viedo sexual de wabatho Porém, em ouzas epoca. 0 cap ‘also ¢ 0 pesiarcado estivexem em desecordo Por exempio. 2m tempos de gues, quando as muheres encam om grande ‘limero no mado de trabalho, os interases de capitals © io pantarcado ndo estavam amhads. ‘Walhy Genta seis esrunsras pelas quass 0 paniatcado stua El rconiens que aime fae incl de teri femiis- ‘teem etendénca de se onoentier em ume cause “essencial” 2 opressto des mulheres, como e votncie mescaline ou 0 pa el des mulheres ne reproduo. Como Walby estépreocupada Coma protunaidace o a iteroonecrvede a desigualdade de _géero ele consiera o patiarcao composn de seis estrutures (ue sto independents mas que interagem ente st, * 1. Relagdas de produpdo no kr 0 tran doméstan no re- ‘munerato des mulheres, como as tarefas daméstcas 90 ‘uitedo des fib, ¢ exerpiade pelo mark fou pace), 2. Trabatho ramunarodo, As mulheres quo esta no mesca do do wabaino edo axcluce de ootos upos a8 wanalno, recebeu um saléro bato w sio segregadas em uabalhos mens especializates. TS ecencrne a Feminismo pés-modemne ‘Assim como o feminismo negro, 0 feminismo pés-moder- no des le que exis css base uoittria de idea dade e experiencia compértilhada por todas as mulheres ‘Essa linha de feminismo baseia-se no fenémeno cultural do péssmedernismo nas artes, arguitetura, flosofia¢ economia. Alguinas das raizes do fersinisia pés-modemno sio encon- tradas no trabatho de te6ricos continentais, como Derrida (1978 © 1981), Lacan (1995) e de Beauvoir (1948). As femi- nistas pés-modecnas rejeitam a slegacto de que existe uma grande tearia que pode explice: @ posigdo das mulheres 02 fociedade,ou que possa haver uma esséncia ou categoria ini cz e universal de “ipulher” Consequentamente, essas fern nistasrejetam as nacdes usedas para explicars desigualdade de gtnero ~ como petviarcado, raga ou classe = como algo “essencialists” (Beasley 1999), 3. Bye paviarcal Bm suas poleas © prionidedes. Estado tem um ws sistomético pata ntoresses pamircaie. 4, Woléna masruins Bebois a voice mevralna cos ‘set consderada sxaposta de a: individuaisias ela sagce Um padi @¢ stems, As rauheresroinevemence Sc- ‘bem tal viléncs, eso fstades por ela segundo ute pa tte espectico 0 Esa, eletivamente, aceita a violence an se secusar a mere, owt em casas exepcionais, 9, Reiogdes pariarcots na samalidade. iso so mantiosta ne “eteossemualdede computa’ e no duplo padrdo s=- seal enze hozins e mulheres, a0 qual se spam dfeen- {es raga” pata a conde Sexual ©. Instinigoes cutarais potriareais,Diversas wastinlgoes ‘rations —inciude oe meioe de comtmveaqao, olmso 2 ecucepao ~ procumem representaptes das mulheres “a amar de um olhar patlarcal. Hssas representacdes tn ‘uence ab idonidades das mulheres ¢ pescrevem pie ides aceltveis de comport © apo. Walby aisingue duct fomas dstintas do patrarcad, 0 pa ‘rorade pra @ a Gomrenso as mulbares que cea cence ol, alas nice de um pattarcamdidual. la 6 wna es Gia ds exctsto pots as auhetes sto essensatoente inpadides e parcel da va pica. © paciarraco poblic, por ouo la, text ma fora mis colste. As mulheres eso tnseridas em dominos pilicos, como a paca e o mercado de webelho, ‘as pennenerem segregodas da riqucca do poder e dosti. ‘Walby eonsidere que, peio menos ne Gré-retanna, ob serve-ce una mudanga no Deviarcado ~ tanto no rau quanto ‘ha fora ~ 06 ers vitoriana at os das de hoje. Bla observa que Teaugao da dispandacie salavial e os gancs das miu- Ineres na educegdo demonsvam uma mudanga no grau de ‘patlercada, mas nfo indoam g seu fm. Se, antes. a opressdo ‘das mulheres era encontrade prinipelmenre em casa ela bois 492 localiag na secidade como wm todo ~ as mulheres ho ‘So socregadae e swordiadas om todas as arses de cornio publica, Em cutas palawas,o pamtareaco mudou, em forma, (dominio pivado pala 9 pba Welby az um rae" Deracas do lar, as mulberes agara wm uma sociedade intsia ‘onde podem ser exporadas [As abordagens pée-moviemas ex} socilogie foram {ntrudusidas no Capital 3, “Teazias@ perspeerivas em sotologia”. Ao contratio, 0 pés-modernicmo incentva a aceitagto de muitos pontos de vista diferentes camo igualmeate vil- os, Em vex de haver um micleo essencial do carster femi nino, existem muitos individuose grupos, tados corn expe: siéncias muito diferentes (heterossexuais lésbicas, mulheres snegras, mulheres da classe operiria, etc) “aletidads" de diferentes grupos e individuos ¢ celebrads em todas as so2s formas diverses. A. tnfase no lado positivo de “ateridade’ um tema importants no ferinismo pos-moderne, «s~ bolize a pluralicade, diversidade, ciferenca e aberturs: exs tem muitas verdades, muitos papéis e multas consiruqoes de realidade Assim, 0 reconhecimenta da diference (ée cet aah anus ecnirSad Aa oa ENR Stnicos, por evemplo, oo ambiente Ge tabalho? lidede, dade ¢ race, por exemplo) é central 20 feminismo pés-moderno, Assim como o reconhecimento da diferenca entre grupos € individuos, as ferinistas pés-modernas enfaizam a impor lesconstrueao” Em particular, elas buscem des cia da ‘construc linguagem masealina ea visto mascalina do mun: Gio, Em seu lugar as feministas poe-moderaas tentaram rier twrmos fuides e abertos,e wma linguagem. que eefita melhor asexperiencias das mulheres. Pare muitas feminists pés-mo- exemple). Os homens, seguads elas, enzergam cshomens camo 9 normal, eas mulheres como um devia do normal. O fundador éa psiquistria moderna, Sigmund Freud, por exemplo, enxargava as malheres como homens sem penis, Aizis que els invejavam os homens por terem pénis. Em sua visdo de mundo measculina, a raher sempre 2 colocada no pape do “outic” A descemstrurto envalve atarar 0s conceitos bindrios erecolocar seus apostas de um mada nave e positivo. 05 movimentos feminines sdo discuties no capitule 22, “Politica, govems e movimento socials. moderne tern urna relagéo res de feminism gue dis- Diz.se que o feminismo pé saute dificil com as linhas ant ‘ontes Gasses Sovils & ‘cutimos (Carrington, 1995 e 1998). Iszo se dé principelmente or sua visto de que muita feministas podem eer ludidas « rer que possivel ria explicagdes gerais para a opressio das mulheres © propor os passos necessérias para a sua resohucto. Os movimentos de mulheres A indlugncia das ideias feminists e dos movimentos de mu: lheres tem sido profunda nas sociedades Ocidentsis, mas, cada vez mais, e5ses movimentos tém desafiedo @ desigual dade de género em outras dress do mundo, O feminismo nlo apenas um exercicio acedémico, etambéra nfo se restringe 0 Oeste Europeu e a América do Norte, No mundo cada vez sais globalizado de hoje, existe uma boa chance de que sque- les que se envolverer no mévimento das mulheres na Gra- -Bretenha venhsm a ter contato com mulheres que travam teas lutasferinistas em outeos paises [As visbes de Froud sobie a socializagia ado ddebatidas no Capitulo 8, °O curso da vida" Embora aguelas que participam dé morimentos de rou. theres tenham, por muitos anos, cultivade legos com atvistas {de outros paises, o nimero ea importincta desses contstot at rrentou com 3 glabalisagio. Um dos principals féruns para o FS Anthony Giddens cstabelecimento de contatos transnacionais foi a Conferénciz das NacSes Unidas bre as Mulheres, realzuda quatro v desde 1975, com a quintaconferencia programada para 2010. ‘Aproximadamente 50 rail pessoas ~ das quaic mais de dois tefos cram mulheres -perticiparam de conferéncia mais re cent, eaizada em Beijing, aa China, em 1995. Participarem, ddelegadas de 181 nagies, jantamente coro representantes de rilbares de organizagSes #40 governamentais. Uma partir pants, Mallika Dott, excreven no jornal Feninést Studies: “pare a maiorie des malheres nos Estados Unidos, Beijing fot uma experiéncia transformadora, que abriu nossos olhos © nos ‘rou humildade. As mulheres norte-americanssficaram sus- _presas com a andlise sofisticada e as vozes organizsdas e pode- rosas de mulheres de outra partes do mundo” (Dut, 1996) ‘A Plataforma de Acdo construfda pelas pasticipantes da ‘confertacia pede gue os palses abordem questbes como: +‘ fardo persistent’ e cada vex maior da pobreza sobre as slheres; + avioléncia contra as mulheres; + osefeitas de conflitos armados ede cutrs tipos sobre as mulheres: + a desigualdade entre homens ¢ mulheres io comparti- Jhamento do poder eda tomada de decisdes; + osesterestipos usados contra as mulheres; + az dexigoaldades de género na manejo dos recursos na- + a disriminagdo persstente a violagao dos direitos das garotas Na conferéncia de 1995, ouviu-se que, na China, por exemplo, as mulheres tém trabalhedo para garentis direitos ‘iguais, emprego, um papel na producso e participacio na politics, eque az mulheref enl-africanas tveram um papel importante na uta contre o apartheid hoje trebalham para melhorar as condigoes para os grapos mais pobres do pas. Ativistas peruanas contaram 4s delegades que tém trabalha- (dod décadas para criar mais oportunidades para es mulhe- zs partiiparem da vida publica e, na Russia, protewos de mulheres foram responsiveis por bloquear 2 sprovaczo de Pontos fundamentals 1, Embora exista um componente bioldgico na sexs dade Susans, a maior parte 69 eutapuiwinonto ‘gomnlparoos ser aprendide, em vor de Inata. A pré- ‘icas semis variam amplamente entre e dentro das ultras. No Ocidente, 0 cistianismo fol importante ‘para moldar as postures ante o sexo. mn sociedades ‘om afdigas semua rigs, 0 ablame enue as not- ‘nas © a pritica verdadeira pode ser grandis, confomme ‘nostrem extadoo enbre o comportamento sexual Ne Descente, as poruas repressivas quanto & sexual ‘dade abriram camino pera ums perspectiva mals permissive na década de 1960, cajos efeitos ainda Sho visiveds abiaiente legislagio que incentivava as melheres#ficar em case ¢ sar “trabalho socialmente necessivio’ (Basu, 1995). Segu Duet, depots de oavirem sobre muita dessas campanh: zedot do mundo, as participantes da conferéncia Beding com urn “tentido de colidariedade, orgutho eaficmna cio globaie (1996). REFLEXAO CRITIC \Voos se considera feminist? O que esse réinio signifies no stoulo TAN Devido assuage soca to cierentos das meres oe paises decenvotsidos ¢ ers dasenvateimento, ‘quo rests 6 aidoia do um feminism global? Género e globatizacao [Neste capitulo, a maior parte da discussio enfocou as nosbes de genero nee sociedadee industrializadas do Ocidente. Vi mos como o movimento das mulheres dex vazio 2 um pode ros0 corpus de teoria sociolégica, buscando compr desigualdades persistentes de genero e propor agendas pars superé-las. Vimos também como a nova ardem de género ‘std comecando a transformar o modo dominanie de mas- ‘ainidade, trazendo com els novas organizacbes © grapas de ‘homens ‘Em uma ere global, os movimentos de mulberes estao {orjando redes internacfonais e wma crientacio mais global aa se menterem efetives, embora umm obsticulo isco exeja nat grandes diferencas em sttuagbes naclonals, O que o fe- ‘minismo significa para as pessoas difere ao redor do mundo. Em diferentes pastes do undo desenvclvido, o feministao significa tcabalhar para aliviar a pobreza absoluta e mudar stiuder masculinas tradicionais, que fevorecem femlias grandes ¢ eho contrivias & contracepcio, 20 yasso que, nos peices desenvolvidos, o ferminismo significa fazer campashas pels igualdade no emprego, a provisto de cuidados adequa- os pare 0: flhas, ¢0 fim da violéncis masculina contra as tmatheres, Reunir estes interesses dlversos seré uma questi fndamental para o ferinismo global da século 30, 2, Amalia das posses do mundo € heterceserual mas ferirtem mitas incinagses e gostos senusia minoc- ‘ios 4 homocremuelitade parece ict om todar ts calteres e, noe itimos anos, as postures pars com te Romossexals fearon: mais relaxadas, mn slguns pelte, foram aprovadss ists que reconhecea unites ‘Romoscemis @ conferem aps casais gays os mesmi0s diets des pessoas casadas 4. Os socidlogosdisinguem o sexo do géncto.O sexo se 1=- fete a dferengas biologizs enzo 0s corpoe masclines c fecitines, enquanta 0 gener di reepeito ds averen- (as psloalagicas socias@ eulterais ents omens e mi~ {heres Ngo existe evidenciasconchusvas pata sugest ‘una base bioligica pare a clerengas ene 0s ners. 4, Aocializacte dos genetor oe refere & aprendizagem dos papéis dos géneros com « ajuda de agenciaa oto a famifis, a eacola © a mide. A socializagao dos géneros comers tio logo o Bebé nscoe: ax cxanges aprenden ¢ internaizam as norms ¢ expectatives {que conespondem ao seu sexo Dioitgica Portanto. ‘25 sdotam “papels sexs” e as identidades mascu- linas exemininas (masculinidade e feminilidade) que 22 acompazhar 5. Aigunssocilogas axpumentam qua o sex0 ¢0 génezo 80 ambos socalmeste constuldes, ¢ podem ser deter Iinados e ateredoa do vriea manciras. Eo spenes 0 gener nko possul uma “eseenc:s" Bra. comb © cbtpo Bs- ‘ano pode ser mudara por melo de induénciae softs © intervenes tecnaligicas 6. A cesiqualdate de génaro se refer de eifarengas em stotus poder e prastigi que as mulheres homens apresentam em divers contents, Para expicar a de- sgualdade de género, os finclonalites enfaczen que a8 derengas entre cc ginaroe 0 divsdo serial do ‘wabalo conuthuem para a ertabidade eintegracdo da sociedad. As abordagens feministas reject idois de seins GEES 1 que a desigualdade de género algo “natura” As fer dlstas ibereisfxplicaram a desigualdade de génere om ‘terms de postures socais e cultimis, como ¢ soning ¢ j 2 dscriminapio. As Yeministasradicas argumneatamt quo ‘0s homens sao responséveis pels exploragao das ms- 1s por melo do patiarcado ~a dominacao sistemadtica de mulheres pelos homens. As feministas negras const | ‘deram fatores como a classe @ a etna, além do gtr, cesseucais para se entender a opressio par que passtun 1 as muberos nso hrenoas. ; 7. As relagdes de género se referem 2 interagSes basoe 1 as em pacrdes socials entre mulheres e homens na sociedade. Alguns socologgr argumertam que existe luna onfem de género, na qual expressocs de masa linidage e feminiidede se organizam em uma hlorar- quia quo promove a dominecao dos homens sobre as ‘Bulhezes : 8, Nos ltinos anes, tense prestada mais atengéo & nati I 1eza da mascutnidede. Aiguns aniores afinaem que as amplss ransformayées econémicas e cocals esto pro- | ‘vocando ums cise do masculinidade, na qual es panels ‘tadiconais dos homens egtdo send implodios. Outres leituras Uns bos inuipducto is questes relacionadas com a somalidade 40 Ino de Joe Bristow, Sewality (Loadon: Routleige, 2008), ‘ue segonda ediio atvaliza as debates. Uma introdugto bastan te confidve! ap enado do gtnero em covilogia €2 bre de RW. Consel, Gonder (Cambridge Polly, 2002), Se voce quiseraprofunder exes temet, dois livros mais desafia- fares s40 9 volume organizada por jeffrey Weeks, Jane! Holland Mathew Waites, Sexualies and Sapa: A Reader (Cembrige: Polity, 2002), que contém majtoscaploeicereseants, oli de Chuis Beasley. Gender and Sexuality Critical Theories, Critical ‘Thinkers (London: Sage, 2005). que waz uma bos sntese de alga sas teoriasdesafiadoras O livro de Amy S, Wharton, The Socitlogy of Gender: An In : troduction to Theory and Research (Malden, MA: Blackwell Publishing, 2005) analisa a questdo do géncro por melo de Perspectives individuels, iceracionate insttucronais, Uine ‘boa revisso do campo das masciinidades €« de Chris Huy ‘wood e Msitin Mac an Ghall, Men and Masculinities: Thao, Research and Socal Practice (Buckingham: Open University Press, 2007), Fihalmente, quem procure uma obra de referenche ness reas pode conraltaro listo de Janet Pilcher e Amanda Whelchan, ‘50 Key Concepts in Gender Studies (Loudon: Sage Publications, 2004), que contd exatamente 0 que diz Links da internet [ntate: portal académico de lénciassociais do Reino Unido punsemeldadee gener orintuteacuklsocalriences! gr binforonse pVid=1208188gteway= ‘The Womeo’s Library ~ muitos récureoseletebaicos ees ove teas orman rvefoncoametacukithewomendibrry! Queer Resource Dicectory- am portal com mutes recursos: womard.orgard! lds ~ questies de género em paises em desenvolvimeat: worteldivorgigender! Voice of the Shuttle ~ muitos estudas sabre sexalidade & ‘gtnero: Innp:/ivos/acsh edbowse app8ad-271 {Um debate da BBC sobre o casamento entre pessoas do mesmo vorbe coub/eligion/ethie/ssmesexmiariage! TGA International Lesbian and Gay Association: voile org! Aosrony Gites Links da tnternet : Sugestées do revisor técnice ‘Assédio moral no trabalbo Outras leftaras hase BOURDIEU. PA deminacdo masculina. 5 ed. Rio de ancivo: “™*SOmOR STE Bestand Beast, 2007 ‘Obeervatirio Le! Maria da Pemba | sevenserve babe! Dissito homoatetivo ‘wer dietahomosteive.com bel BUTTER, } Problemas de gtnero:ferlnisme 2 subversio da en- tidade. Ri de Janeiro: Givieasso Braieiva, 2005 \DUBY, Gs PERROT, M, Hitvie das mulheres no Ocidete. Poe to: Afroatamenta, 1993-1995, 5 I Sccrcteia de politica pera as mutheces FOUCAULT, M. Miéria da rsualidede ©. od. Ri de Janeiro: sorsepm gov! Obserestirio ds igualdade de género seincaierretoriodegenere gov! eee Grea, 1999-2001. 3%, GOLDENBERG,M. Or novor denon das academies de muscu fois egtncas de eacotros So Paul: Record, 2000, PINTO, C.R J. Un histria do forinismo no Bras. Sto Pale undacio Persea Abrame, 2003, (Histria do pove braslero}. i SOUZALOBO, EA dass opera tm dois rexor taba, do- ( rinagioereisincia Seo Palo: Brasiense, 1991

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