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cr$25,00 NOVA ELETRON NO6-JULHO 77 = THEREMIN —SECAO DO PRINCIPIANTE. f i @||CAIXA E OSCILADOR PADRAO PARA O FREQUENCIMETRO. ¢|| TERMINAL DE VIDEO — 30 PARTE. e||o. swTeTIzADOR | PHASER x FLANGER. ®|“DISPLAYS” DE CRISTAL LIQUIDO @ MINILUME — LUZ FORTE DE || BAIXO CONSUMO PARA VEICULOS. « OSCILADOR PADRAO DE ONDAS | ax QUADRADAS DE 1HZa 1MHz. | r A e LUZ ESTROBOSCOPICA CURSO DE PROGRAMACAO DE MICROCOMPUTADORES — 69 LICAO. @ CURSO DE AUDIO — 59 LICAO. @ CURSO DE TECNICAS DIGITAIS — INTRODUGAO. Diretor Responsive! ‘¢ Superintendente LEONARDO BELLONZI Gerente Administrativo @ de Produco CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA [Assessor Técnico e Redator ‘JULIANO BARSALI Desenhos (CARLOS W. MALAGOLI Past-up OKO BATISTA RIBEIRO F CONSULTORIA TECNICA: Cua C; Dis Baptis 10 ough EB ‘Juliano Bor Ko Ming Cho Leonardo Belloni CORRESPONDENTE EM NEW YORK 10 Forgnoni impresso, na Cia. Lithographica Ypiranga Rua Cadete, 209 DISTRIBUICAO NL i ented Eletrénica Ltda. Redaco, Ad: ministragdo e Publicidade: Ru: Aurora, 171 — 29 andar ~ Gj. 5 — salas 2 e 3. ‘TODA A CORRESPONDENCIA 1000 ~ S. Paulo ~ SP 690/2 PHASER X Ai/s3 CARTA AO FLANGER __LEITOR 69840 OS “DISPLAYS” 748/60 OSCILADOR DE CRISTAL PADRAO- Leni 1H2/1MHz 755/57 ERRATA 756/88 CURSO DE 703/45 COMPONENTES 70820 PARAMETROS DOS AMPLIFI- tae a. DIGITAIS- IN CADORES OPE- TRODUCAO RACIONAIS Tis connesron- Pe MINILOME DENCIA AS SHOES a 721/33 NAO ESTA Nos 772/4CURSO DE PRO- GRAMAGAO DE LIVROS MICROCOMPU- 72244 SEGAO DO PRIN- TADORES - CIPIANTE: THE- ——-'@AO 6 _ REMIM 782/94 SISTEMA TER- ( MINAL DE Vi- 728/40 CURSO DE AUDIO DEO TTV 2216- LIGAO 5 3 PARTE 73743 O SINTETIZADOR 792404 GRAVACAO —_——— MAGNETICA 738/50 MELHORANDO O Nos COMPU - FREQUENCI - aa CONCLUSAO ‘Todos of citeitor raservador: oroibese a reproducfo parcial ou tote! dos toxtor #ilrtragses dette publieapfo, assim como tredugSen « eaaptog 0b pena dat sandes Fiapomabilidede cot 0. Indurtil ou comercial salvo com expresse lorizacBo eerita dos Editors: apenat (permitida 2 realizacSo pare splice sllentaitica ou dtc. NBO ssumimot rminuneiosamente provados em laboratério préprio antes de suas publicagées. NU: MEROS ATRASADOS: praso de Ultima ediglo 4 venda, por intermédio de seu jornalevo, no Distibuidor ABRIL de sus cidade ASSINATURASinfo rematemot belo reembolio, sendo que ot pedidos deverBo sr scompanhados de cheque vido Dapdvel am S. Pav’o, mai © fret repstrado de superficie ou afreo, em nome de EDITELE — Editora Técnica Eletionica Ltda. Temes em entoque somente. at (ttimas seit ecigGes. (vei at painas ieternas) NOVAELETRONICA 689 PHASER 2X IMPORTANTE — ATENCAO! Para obter um efeito muito mais pronunciado| do Phaser, semelhante ao de um Flanger verdadeiro, | vale a pena usar-se um distorcedor, como o| R VIII, publicado nesta Revista, pois os harmo- nicos (sons agudos) por ele gerados sero mai {facilmente controlados pelo Phaser. Alguns leito- Tes poderdo estar achando o Phaser j4 publicado| Jum tanto fraco nos agudos, por terem se acostu- mado a ouvir Phasers que jé possuem distorce- ldores embutidos. 690 NOVA ELETRONICA CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA HANGER INTRODUGAO Devido ao enorme interesse gerado pela publi- cago deste médulo “Phaser”, no numero 3 da NovaEletrénica, entregamos aqui o texto tedrito dese artigo, que fora omitido. Lembramo-nos da historia da evolugdo do sis- tema de som de conjuntos musicais no meu pri meiro artigo (NovaEletrénica NO 1) Entre os seto- res importantes do sistema geral de som dos grupos musicais “eletrificados”, escolhemos 0 “som de palco”, com seus sintetizadores, seus modificado- res de som, pedais, etc., para iniciar a série de Publicagées. Do sistema de “som de palco”, o Sintetizador para Instrumentos Musicais e Vozes, desenvolvido por nds, foi o primeiro elemento a ser apresentado. Chamar de “elemento” a um complexo de apa- relhos tao diversificado como o nosso Sintetizador 6 querer simplificar demais, Melhor seria qualifi- cé-lo de "sub-sistema” ou qualquer coisa seme- Ihante, mesmo correndo o risco de parecermos edantes ou (o que nao seria de todo mau) mo- dernos Quixotes da linguagem cientifica. Nosso “‘sub-sistema’, o Sintetizador para Ins- trumentos Musicais, é composto de diversos apa- relhos modificadores de som que vocé poderé mon- tar separadamente, para usé-los como “pedais”” ‘auténomos, como partes de um seu préprio sistema de pedais ou, se aderir 4 nossa idéia, para ir mon- tando pouco a pouco o Sintetizador. NOVAELETRONICA 691 Antes de continuar, mudemos a forma de tra- tamento que vern “‘nos"” cansando desde o primeiro artigo. Vocé jé sabe que nosso trabalho € desen- volvido com a cooperagéo das pessoas a que “nos” referimos no primeiro artigo, porém, em iltima andlise, uma redagéo & sempre feita por uma pessoa s6, Nao significando desprezo pelo auxilio delas, mas apenas para facilitar e para que “nos” sintamos melhor, vamos nos dirigir a vocé como se estivessemos todos presentes, mas eu, s6, comunicando, como acontece neste mo- mento. De agora em diante, “eu”, somos “nds”; “meu, é nosso, OK? No Sintetizador, entre os varios modificadores prometidos, um dos mais importantes é 0 famoso “phaser”, Nao me animo a traduzir o nome, pois seria em véo — é: sempre foi e seré “phaser” e pronto! Em meados da década de 60, surgiu um dos efeitos mais interessantes produzidos em estadios de som (dados baseados em interessante texto encontravel no Manual “Flanger — Eventide Clo- ckworks, Inc-265 West 54th Street, New York City, 10019”). Este efeito, chamado “Phasing” ou “Flanging”, foi apresentado ao piblico na musica “Itehykoo Park”, pelos “Small Faces”. Daf em diante praticamente todos os artistas 0 tém usado em suas gravagées. No Brasil, acredito terem sido os “Mutantes” os primeiros a usar este sistema em “‘rock-music’. E um som descrito em vérias formas, todas elas vélidas. As mais usadas descri- Bes mostram-no como um “avido a jato passando pela misica”, ou como “algo que faz parecer a misica estar girando ao redor’ e até como “uma das melhores maneiras de apagar erros nas gra- vagdes”. © efeito “phasing” term uma versatilidade to grande pelos seguintes motivos: 1. afeta trés das mais importantes caracterfsticas de um sinal musical — a freqiiéncia fundamental, a amplitude e a distribuigdo harménica; 2. afeta sinais sobre uma faixa muito grande de freqiéncias e, portanto, se aplica a qualquer fonte de sinal, desde um contrabaixo até uma 3. produz modificagées na freqiiéncia fundamen- tal, 0 que & interessante como efeito e serve também para corrigir defeitos; 4. pode ser usado para gerar um sinal “pseudo-este- reofénico” (também pseudo-quadrafénico) com facilidade e com resultados muito interessantes; 5. quando usado com bom gosto, pode acrescentar uma enorme quantidade de interesse a uma gra- vacdo ou apresentacdo 20 vivo; quando usado sem bom gosto, ainda pode acrescentar bastante interesse! 10K FIGURA 1 692 NOVA ELETRONICA DIFERENGA ENTRE “PHASING” E“FLANGING” Ambos os termos tém sido usados indistin- tamente para descrever 0 efeito obtido. “Eletré- nicamente” falando, hd duas maneiras de se obter © efeito. Este é diferente, conforme a maneira usada para produzi-lo. O efeito original (usado em Itchykoo Park) foi obtido introduzindo-se o sinal em dois gravadores de fita de dudio (com as cabecas bem reguladas em azimute), misturando as sa(das e, entéo, co- locando uma carga ou 0 préprio dedo em uma das “flanges” do carretel de um dos gravadores, para reduzir sua velocidade. Este método requeria dois gravadores, 22 cabos de ligagdo (quando ndo usava redutores eletrénicos de velocidade) e uma boa dose de paciéncia do técnico de som ao adestrarse na coloca¢io do dedo no carretel, Por esse motivo, vérios fabri- cantes projetaram sistemas eletrénicos para conse- guir efeito semelhante, muito mais facilmente e por custo inferior. Estes aparelhos, os “‘phasers", produziam uma defasagem no sinal que, misturado defasado ao sinal (original), produzia o efeito “phasing”. Havia um problema, porém: o efeito gerado ndo era igual 0 criado pelo dedo na flange. Apesar de varias vantagens no sistema “‘phaser’’ em relago ao ori- ginal, principalmente devidas 4 possibilidade de controlar-se eletfonica e no manualmente o efeito, sua qualidade nfo chegava a atingir a daquele. A “profundidade”” ou intensidade do efeito criado pelos “phasers”” néo era téo grande quanto a do método de “dedos na flange”. ("‘flanging” daqui para a frente para evitar confusdes). Definindo os dois termos mais exatamente: "PHASING": efeito obtido pelo uso de aparelhos variadores de fase para produzir cancelamentos no espectro de freqiiéncias de um sinal. “FLANGING” efeito obtido pelo uso de “DELAYS” ou ATRASOS no tempo para gerar cancelamentos no espectro de freqliéncias de um sinal — seja qual for o método usado para obter tal atraso. A diferenca no som é explicada a seguir. “PHASING” A base do sistema “phaser’’ é um circuito ele- trénico conhecido como “all-pass network"’. Nele ‘todas as freqiiéncias passam com a amplitude original (2 resposta é plana) mas a fase na saida varia, em relago a fase na entrada, conforme a freqiéncia. O circuito da fig. 1 mostra um destes “phasers”. Como hé apenas um capacitor (C) e um resistor (R), a maxima variacdo de fase (teoricamente) seria 180°. Na prdtica, s6 se aproxima este valor. © som na saida é 0 mesmo que o da entrada, mas a fase varia de acordo com as constantes do filtro RC. Somando-se, agora, o sinal da com o da entrada em uma relago 1:1, os sinais se reforcardo onde a fase variar proximo a 0° e se cancelaréo onde a fase variar ao redor de 180°. Como usei apenas um aparelho, o cancelamento no chegard a ser completo. Para produzir o efeito desejado, varios destes dispositivos so conectados em série e seu desvio de fase é somado. Um outro requisito do “phaser” é um método de variar-se amplamente a constante de tempo dos aparethos. No exemplo mostrado, variando-se R numa proporcao de 400:1, varia-se a freqiiéncia de cancelamento na mesma propor¢do, desde além das freqiiéncias audiveis até os “médios-graves”. Enquanto R esté variando, é criada uma varia- Go de freqiiéncia semelhante a variacao “doppler”. Isto acontece na sa(da do aparelho, esteja seu sinal ou n&o somado ao de entrada. Pode-se, assim, gerar um profundo vibrato sem circuito extra, A resposta a freqiiéncias de oito “all-pass net- works” € mostrada graficamente, para diversos valores de R, na fig. 2. Como o eixo horizontal é logartmico, 0 espa- 0 relativo entre os pontos de cancelamento mantém-se constante, enquanto o valor absoluto em Hertz varia conforme R varia. Observando os gréficos, note as seguintes carac- terfsticas: 1. abaixoe acima das faixas atuantes dos aparelhos a safda do sistema se aproxima a duas vezes a entrada; 2. a relacdo de freqiiéncia dos pontos nulos nao é constante nem relacionada harmonicamente; 3. a forma dos pontos nulos é aguda; a dos picos 6 arredondada; 4. 0 numero total é fixo e dependente do ntimero de “all-pass networks” (é metade do nimero deles); 5. 0s pontos nulos estéo sempre reunidos préxi- mos a uma faixa mais ou menos restrita de espectro de freqiiéncias. NOVAELETRONICA 693 LANGING” 0 efeito “flanging” original era produzido com a mistura da safda de dois gravadores iguais, um dos quais movia-se mais vagarosamente que o outro. Como a distancia entre as cabecas gravadora € reprodutora é fixa, 0 tempo de transito da fita entre cabega gravadora e a reprodutora determina © ATRASO ou “DELAY”. Suponhamos que a diferenca no tempo de transito nos dois gravadores €de 1 milissegundo (1 ms). Como 1 ms é 0 perodo de um sinal de 1 kHz, um sinal de 1 kHz aplicado @ entrada do sistema produzira um sinal aditivo, pois as duas sa/das estardo em fase. Por outro lado, um sinal de 500 Hz terd uma variagdo de fase de 180° com um “DELAY” ou ATRASO de 1 mse, portanto, seré completamente cancelado, Da mes- ma forma, todos os sinais miltiplos pares de 500 Hz sero cancelados como, por exemplo, 1500 Hz, que teré um desvio de fase de 360° + + 180° a um atraso de 1 ms. Os gréficos resultan- tes, de resposta a freqiiéncia, sdo completamente cheios de pontos nulos a freqiiéncias miltiplas da freqiténcia do ponto nulo de freqiiéncia mais baixa, até além do limite de audibilidade, sendo, pois, desnecesséria sua apresentaco. As caracteristicas principais que apresentardo, so as seguintes: a) abaixo do primeiro ponto nulo a saida do sistema é aproximadamente igual a duas vezes a entrada; sempre hé nulos as altas freqiiéncias; b) a relacdo das freqiiéncias é constante e harmo- nicamente relacionada; ©) a forma dos nulos ¢ uniforme e similar & dos picos; d) 0 numero de nulos aumenta conforme o atraso aumenta; e} a longos atrasos (delays) todo o espectro de fregiiéncias é substancialmente modificado. Nota:a muito longos atrasos desapareceria o efeito “flanging", pois 0 ouvido, psico-acusticamente, “tiraria a média”” entre picos e vales muito pré- ximos. COMPARAGAO As diferengas so drésticas. Intuitivamente per- cebe-se que 0 efeito “flanging” teré mais influén- cias sobre a misica, o que é verdade. | — Devido a existirem sempre nulos a altas fre- aiiéncias, 0 efeito de “avido a jato” é mais Pronunciado, mesmo quando o atraso é um tanto longo. Devido aos nulos serem relacionados harmo- nicamente, o efeito na tonalidade de muitos instrumentos 6 mais interessante, musical- mente. Nao hd nada a dizer sobre picos e vales redondos “intuitivamente”’, portanto a ques- to parece irrelevante. a | Re2K | 20HZ 200Hz ‘2KH2 20KHZ 2oHz 200H2 KHZ. ‘20KHZ .\ /\ | 7 20 200 2K 20K a 200 2K 2K FIGURA 2 694 NOVA ELETRONICA Nota: 0 efeito itil de “flanging” ocorre com atraso de 50 is até mais ou menos 5 ms. Apés 15 ms, um efeito de DUPLICAGAQ, conhecido no Brasil entre os musicos pelo proprio nome de “DELAY”, comeca a surgir. Maiores atrasos dardo origem a reverberagdo. Atrasos muito grandes, finalmente, originardo os ECOS. Reverberagao e écos, é claro, existirdo quando provocarmos repeticdes do sinal atrasado. Para encerrar as consideragdes baseadas no referido catélogo norteamericano, resta dizer que ‘as comparacées feitas referem-se apenas a um sinal de duracgo constante. Existem, na prética, duas condigées transientes que so um tanto extensas e complexas para serem discutidas no momento, mas que se somam as vantagens do sistema “FLAN- GING" em relacéo a0 “PHASING”. Por que entéo, voc8 me perguntaria, o sistema “PHASING” ainda é usado? — Devido a simplicidade e custo inferior, aqui no Brasil pelo menos, de um sistema “phaser”. Mesmo com apenas 4 ou 5 circuitos integrados 6 possivel montar um “‘phaser’’ de qualidade suti- ciente para fazer parte do equipamento de um midsico profissional, enquanto que um “flanger” utiliza, no minimo, varias vezes este numero de circuitos integrados, bem como uma tecnologia especial, baseada no uso de BBD ou “Bucket Brigade Devices”, circuitos integrados que, no Brasil, custariam bastante mais que os comuns ut lizados nos “phasers”. Creio haver lugar para a existéncia de ambos 05 sistemas, “phaser” e “flanger”, desde que ndo se pretenda mais usar “phasers’’ sofisticados — onde ngo mais se justificam — mas apenas cir- cuitos baratos e eficazes, como um efeito a mais, para o musico. Em casos onde uma qualidade maior seja necesséria, grandes grupos musicais pro- fissionais ou estddios de gravacao e radiodifusio, um “flanger” seré o indicado. Finalmente, onde um aparelho extremamente complexo, de versati- lidade total para efeito desde “flanging” até éco, mas de custo vérias vezes superior ao do préprio, “flanger, for obrigatorio, hé lugar, entdo, para 0s “delayers”” digitais. Publicarei, no devido tempo, circuits destes aparelhos, “flangers” e “delayers’; para quem tiver pressa, uma boa recomendacio seré o uso de sistemas importados, da referida marca EVEN- TIDE, por exemplo. No n® 3 da NovaEletrénica, vocé encontrou um excelente circuito de “phaser”, que faz parte do Sintetizador para Instrumentos Musicais e cuja historia merece ser “contada”. NOSSO “PHASER” Desde a época em que montei o primeiro ampli- ficador transistorizado de alta poténcia para meu irm&o Arnaldo, quando os efeitos de “phasing” eram ainda apenas conseguidos com o uso de gravadores de fita de dudio, obtive um efeito muito interessante, que produzia “doppler” e resultados semelhantes aos obtidos com um “pha- ser”. Este efeito foi puramente casual (ou, pelo menos, no 0 produzi conscientemente). Fizera um pré-amplificador onde os graves, mé- dios e agudos eram totalmente separados em divisores eletrénicos de freqiiéncias. As si destes divisores eram, entdo, misturadas, em pa lelo portanto, apés serem dosadas por potenci metro de nivel ou volume. Ao variar-se a inten- sidade dos médios, devido ao defasamento das freqiiéncias de “‘crossover"’ entre médios, graves agudos, obtinha-se efeito “doppler” semelhante a0 “phasing” e até um “phasing” verdadeiro quando havia amplificagdo da fonte de sinal. As tonalida- des obtidas com a fixagdo do potenciémetro de médios, principalmente, eram maravilhosas e sons, como futuramente apareceriam nos conjuntos YES e EMERSON, LAKE & PALMER, principal- mente 0s de contrabaixo, eram “café pequeno” para o filtro, Ao notar 0 efeito conseguido com a constante variagdo manual do potenciémetro de médios, Sérgio, meu outro irmao e atualmente “lead-guitar” dos “‘Mutantes”, pediu-me que separasse esse po- tenciémetro do pré-amplificador, colocando-o num pedal, em novo amplificador a ser produzido para ele. Foi 0 que fiz, sendo 0 novo pedal cognominado “pedal de médios” e vindo a fazer parte dos novos amplificadores de Sérgio, para guitarras e do “Liminha”, para contrabaixo, que montei. (Em tempo: 0 “pedal de médios” nada tem a ver com efeito “Wah-Wah"). O resultado foi téo sur- preendente para a época, que um contrabaixo na- cional, com péssimos captadores e braco separdvel do corpo, veio a produzir sons téo parecidos com 0s do famoso “Rickenbaker’” do “Liminha”, que este Ultimo reconheceu ser grande parte do som que obtinha resultado do uso do filtro e nao 36 do "Rickenbaker’, como era pensamento de todos. Este era, entéo, o “phaser” usado “a0 vivo” pelos Mutantes na época em que s6 nas gravacdes conseguiam 0 efeito original. . _Certa vez, anos depois, voltando de viagem aos USA Sérgio me mostrou um pequeno pedal “pha- NOVAELETRONICA 695 ser", que passou a fazer parte de sua “pedaleira”, antes de possuir um “flanger” verdadeiro. Copiei o circuito e guardei para o futuro, como mais uma fonte de informagdes de meu “arsenal”. Dias atrés, a0 decidirmos na Revista qual o assunto do préximo artigo, ficou assentado ser necesséria a publicagéo de um circuito de “phaser’ de custo bastante inferior ao de um “flanger” e acessivel a todos, para fazer parte do Sintetizador para Instrumentos Musicais — jé que o Sintetizador original no possui “phaser”, mas sim um “flanger”, que é um tanto dispendioso. Lembrei-me do circuito que copiara. Entre os diversos que possuo, era o mais adequado a ser base das modificagdes necessérias para 0 objetivo. Montei um “phaser” semelhante ao original, com componentes facilmente encontréveis no mer cado nacional. O aparelho funcionara muito bem, com efeito bastante acentuado para um “phaser” de quatro circuitos “all-pass". Havia algo, no en- tanto, que ndo me satisfazia. Nao era possfvel con trolar 0 efeito “oscilante” do “phaser” a néo ser com seu préprio oscilador interno, extremamente simples. Isto seria deixar de obedecer a um prinet- pio bésico do Sintetizador, que é a controlabilidade de seus efeitos por intermédio de tenses internas ou externas. Recordei-me, também, da sugestio do “‘cara’” mais “‘bonzinho” (mesmo, sem goza¢do) que co- nheco — e um dos trés melhores guitarristas tam- bém — meu amigo André, de que fizesse um “pha- ser” que parasse em qualquer dos timbres que produzem os “phasers” e ficasse nele, sem varia- Go, para atuar como filtro apenas. Juntando tudo isto e a meméria da vantagem de um controle manual ou mesmo pedal, jé obtida no meu antigo “‘pedal de médios”, fiz alteracdes no circuito convencional do “‘phaser”’, conseguindo as caracter{sticas de: 1. controle manual de ‘phasing’; 2. possibilidade de controle a pedal; 3, possibilidade de controle por tensdo externa; 4. oscilador mais aperfeigoado, interno, com maior intensidade de variacéo e com maior gama de freqiiéncia de controle; 5. interruptor de desligamento do oscilador interno; 6. possibilidade de combinagio do oscilador inter- lo com outro, externo ecom o controle manual ‘ou pedal 7, chave “by-pass” de atuagSo total — que torna 696 NOVAELETRONICA © sinal_normal completamente independente — do modificado; 8. potenciémetro de controle do valor da tensio externa de control 9, jack de entrada para a tensdo externa de contro le. Veja, portanto, que dei énfase a parte de con- trole do efeito, muito descuidada em todos os pedais que conheco e muito fécil de aperfeicoar sem aumentar apreciavelmente o custo do aparelho nem piorar suas caracteristica de “phasing’’. Todas estas vantagens, que ndo possui o aparelho original, foram conseguidas sem acrescentar sequer um tran- sistor ao circuito — apenas resistores, potenciéme- tros e chaves — que vocé poderé ou nao utilizar em sua montagem, obtendo desde o sistema original (com o oscilador aperfeicoado) até o sistema com pleto descrito. CONCLUSAO ‘Com um pequeno custo, vocé poderé ter mon tado um “phaser” com dois pontos “nulos” se seguir as instrugées da NovaEletrénica n° 3, mais que suficientes para conseguir 0 famoso efeito. Se jd era bom o original estrangeiro, um dos preferi- dos, este nosso est bastante aperfeigoado; é melhor que aquele, sem qualquer restric. Se desejar “brincar’” um pouco, pondo a prova seus conheci- mentos em eletrénica, poder dobrar a parte de defasamento, obtendo, entdo, quatro nulos — gas- tard pouco menos que o dobro no “phaser”, mas continuaré quase to longe de um “flanger” em resultado sonoro quanto estava com dois nulos e um méximo de quatro. Daf para a frente, é me hor pensar em “flangers”, pois 0 custo comegard a alcangar 0 destes, enquanto o som nunca o fara, Como parte do Sintetizador ou de pedaleira, vocé teré um excelente “phaser”, talvez o melhor que encontrar, inclusive entre unidades importadas mais complexas e caras, porém menos verséteis, ‘como por exemplo os “Maestro” ou 0 “Country man". ‘Apés toda esta apologia do “flanger, cuidado: pequenos aproveitadores poderdio comegar a vender ‘ou produzir “phasers” com o nome de “flangers”, como hé tempos fizeram com controles de tona: lidade que passaram por “Wah-Wahs”... “Uma boa”, é fazer vocé mesmo! Pelo menos saberd exa- tamente o que possui e como aproveitar ao maximo. ‘Quem sabe até fard algum aperfeigoamento melhor que os meus, brincando um pouco com o circuito! Novas idéias, aplicac&es, além de eliminadores de zumbido 60 Hz, analisadores de DHT, etc., etc., so todos bem vindos como aplicagées do principio. ca eea tN er emtne cu) PAL CEPA TN er auUTL A existéncia de cristais |fquidos jé conhecida hd quase um século. Entretanto, somente nos iltimos dez anos suas peculiares propriedades éticas e elétricas comegaram a ser exploradas significativamente em aplicagées tecnolégicas, tais como nos “displays” digitais. Relégios eletrdnicos equipados com “displays” de cristal Ifquido (LCD-liquid crystal display) surgiram recentemente no mercado. Além disso, a utilizagdo em larga escala dos LCD, numa variedae de outras aplicagées que exigem’displays”com baixo consumo de energia elétrica, é iminente. E provvel que, em futuro préximo, ocorra uma"invasdo"dos LCD, inclusive no setor de meméria para computadores e telas de televisdo. 698 NOVA ELETRONICA 10 DE GRISTAL LIQUIDD VICTOR ROTBERG Vamos nos concentrar na drea dos “displays digitais e tentar obter uma visio das interessantes propriedades dos cristais I/quidos. Para entender 08 princfpios envolvidos é necessdrio primeiramen- te saber 0 que é um cristal e qual a diferenca entre um cristal e um Iiquido, no verdadeiro senti- do da palavra, Os Liquipos Toda a matéria é composta de dtomos, Os to- mos podem se ligar por forcas de atracdo elétrica, uns aos outros, formandé pequenas entidades, a que se dé 0 nome de moléculas. Por exemplo, dois 4tomos de hidrogénio e um dtomo de oxigénio podem formar uma estrutura estavel que, em gran- des quantidades, apresenta as propriedades tipicas do Ifquido mais abundante no planeta Terra: a 4gua. No entanto, no é apenas no estado Ifquido que encontramos esta molécula, Todos estamos familiarizados com o gélo e o vapor d’égua, Se pudessemos enxergar através deum micros- edpio as moléculas de dgua, verfamos que possuem a forma representada na Fig. 1. Isto, na realidade, no pode ser feito mas, por medidas indiretas da Posi¢go do centro de gravidade* das cargas positi vas (nGcleos) e das cargas negativas (elétrons), esta forma pode ser determinada. O fato de os centros de gravidade das cargas negativas e positi- vas no coincidirem no mesmo lugar do espaco, faz com que a molécula exiba uma propriedade denominada momento de dipolo elétrico*. A di- reco do momento de dipolo p, representada pela flecha, (Fig. 1) € uma caracter(stica da molécula, 1 NOVAELETRONICA 699 FIGURA | Se fosse possivel observar uma grande quantidade destas moléculas no estado |iquido, iriamos notar que aquelas direcdes esto orientadas a0 acaso. Isto acontece porque no existe motivo algum para que se orientem numa direcdo preferencial. Esta desordem e a capacidade de mudar de orientago e posiego quase que livremente caracteriza a maté ria no estado Iiquido. Se a temperatura da agua for menor que O° C, vamos encontré-la no estado sdlido (gelo). Mesmo assim, suas diregdes estardo orientadas ao acaso. A diferenca & que, abaixo de O°C, as moléculas de gua no podem se movimentar com tanta liberda- de, perdendo a propriedade de fluir livremente entre quaisquer posigdes. Elas esto mais ou menos fixas nas posic&es em que se encontravam no mo- mento em que a égua solidificou. Nés podemos, entretanto, fazer com que as moléculas se orientem numa direcdo preferencial, Basta colocd-las numa regido onde existe um cam: po elétrico, como, por exemplo, entre as armadu- ras de um capacitor carregado. © centro de ravi dade das cargas negativas seré atraido para a placa positiva e 0 centro de gravidade das cargas posi vas, para a placa negativa. Como as forcas de atra. G0 80 iguais, a molécula no se movimenta, mas ficaré alinhada, isto &, 0 centro de gravidade das cargas negativas estaré 0 mais préximo pos- sivel da placa positiva e vice-versa. Se refrigerar- mos, agora, a dgua abaixo de O°C, sem retirar a tenséo das placas do capacitor (pois, se for retirada, as colisSes entre as moléculas destrui: ro completamente a orientagdo obtida), elas se congelardo nestas posigdes e ld permaneceréo, mesmo na auséncia do campo elétrico inicial, até que 0 gélo derreta novamente. Esta ordenacdo é uma das caracter(sticas dos sblidos cristalinos. OS CRISTAIS A maioria dos sélidos séo encontrados, na natureza, sob a forma de cristais, Um cristal é um arranjo repetitive de uma grande quantidade de 4tomos, situados em posigSes fixas, segundo for- mas geométricas bem definidas. Um cristal que todos conhecemos é 0 chamado “sal de cozinha” ou cloreto de sédio, Ele ¢ formado por dtomos de cloro (Cl) e sédio (Na) que se arranjam de tal maneira a ficar nos vértices de um cubo (fig.2). FIGURA 2 0 sal de cozinha & um pé poli-cristalino. Se olhas semos uma das particulas desse p6, veriamos bi Indes e bilhGes de estruturas cbicas como a da figura, Outro exemplo ¢ o cristal de diamante, Neste, 0s dtomos de carbono (C) formam uma figura geométrica um pouco mais complicada que ‘© cubo (fig.3). Esta estrutura se repete também bilhes de vézes, podendo formar sélidos mono- cristalinos de grande tamanho. OS CRISTAIS LIQUIDOS Os cristais Ifquidos possuem ao mesmo tempo as propriedades dos cristais, isto 6, uma certa or- denagéo das moléculas, e uma relativa liberdade de movimentos, como os Iiquidos. As substancias que reunem estas propriedades so classificadas em trés grandes grupos: nematicas, esméticas colestéricas. —— 700 NOVAELETRONICA 2 FIGURA 3 Os primeiros cristais liquidos observados na natureza exibiam suas propriedades numa estreita faixa de temperatura, apenas.e a temperaturas altas demais(acima de 80°C), para sua utilizagdo pratica, como nos LCD. Gracas a um intenso esférco de pesquisa, realizado principalmente nos laboratorios da RCA nos Estados Unidos, foram criadas algu- mas substéncias com as mesmas propriedades dos cristais Ifquidos, numa larga faixa,porém incluindo a temperStura ambiente. A figura 4 mostra como séo as moléculas de um cristal Ifquido do tipo nemético. Para nossa finalidade. no seré necessério estudar individual- mente as propriedades de cada um dos trés grupos de cristais Ifquidos, pois 0s prinefpios envolvidos sdo essencialmente os mesmos. As moléculas tem, como se pode ver, estruturas que so alongadas numa diego, muito parecidas com bolas de fute- bol americano, ou gros de arroz, Além disso, so moléculas bastante grandes em comparacdo, por exemplo, com as moléculas de dgua, Devido & sua forma e ao seu tamanho, elas possuem nor malmente uma diregdo determinada, pois um movi mento a0 acaso, de grande amplitude, de uma das moléculas, seré impedido devido 8 presenca das outras, A sua relativa liberdade pode ser compara- da com a dos palitos de uma caixa de fosforos. Os palitos podem ser movimentar um pouco dentro da caixa, mas em geral estardo orientados sempre na direggo do seu comprimento. Como a agua, também as moléculas dos cristais liquidos possuem um momento de dipolo. Se qui- sermos fixé-las rigidamente em suas posicdes, devemos aplicar um campo elétrico de magnitude suficiente entre as armaduras de um capacitor. COMO FUNCIONA 0 LCD © principio de funcionamento do LCD esta esquematizado nas trés sequéncias da figura 5. Na figura 5a, vemos algumas moléculas na regio localizada entre as placas de um capacitor. A bate- ria esté desligada e as moléculas tem uma orienta- co casual, mas uma certa ordem, caracteristica dos cristais liquids, ainda pode ser observada, FIGURA 4 Op? “gg 0°90 fi70¢ UG G0 702,00 00090 als FIGURA 5 13 NOVAELETRONICA 701 Temos ainda a presenca de alguns fons de impure- zas, que existem normalmente em qualquer subs- tancia, por mais pura que seja (ou entdo foram adi- cionados, numa mistura calculada, de maneira a produzir certos efeitos desejados). Estes fons, indicados com os sinais + e ~, podem ser elétrons, ou dtomos dos quais foi arrancado ou adicionado um elétron, por processos que no nos interessam, agora, E suficiente saber que em qualquer substén- cia, mesmo eletricamente neutra, éste ions ex tem, Nos LCD, eles desempenham um papel essen cial. Na figura 5b, a bateria foi ligada e o campo elé- trico que surge entre as placas alinha as moléculas, de modo que 0 momento de dipolo das mesmas fica orientado perpendicularmente 8s placas. ira 5c, 0 efeito desejado € obtido; os fons comegam a se movimentar sob 0 efeito do campo elétrico dirigindo-se as placas respectivas e, nas suas trajetorias, éles colidem com as molécu- las de cristal Ifquido, desorientando-as completa- mente e criando um movimento turbulento. Como consequéncia, a amostra do cristal, que era completamente transparente para a passagem da luz, na situagdo normal da figura 5a, torna-se turva, e a luz que a atinge no consegue atravessé-la. ‘Quando se desliga a bateria, 0 efeito desaparece e 0 cristal se torna novamente transparente. Baseado neste princfpio, a construcgo de um “display” di tal 6 simples. Uma fina camada do cristal ¢ coloca- da entre duas placas de vidro, como num sandu- che. Para tornar as placas condutoras, faz-se uma deposigo metélica em ambas. Uma das placas deve permitir a entrada da luz do ambiente, que serd refletida pela placa inferior (fig. 6), na ausen- cia de campo elétrico. Normalmente, a placa su- perior 6 coberta com uma fina camada de éxido de estanho que é condutor e transparente, Na placa inferior é feita uma deposicao de aluminio, ‘como num espelho comum. FIGURA 6- Para construir um indicador numérico como 0 mostrado na primeira pagina, séo necessérias 7 células independentes que sero comandadas por um circuito eletrénico, traduzindo uma infor- magéo qualquer, produzida por um relégio, uma maquina de calcular, um circuito de receptor de TV, etc. Um dispositivo como este requer uma potencia de operaco, em geral, menor que 1 miliwatt, para cada centimetro quadrado de drea Util do “display”! As vantagens dos LCD séo imediatamente evidentes quando lembramos que, numa calculadora eletrénica comum. por exem- plo, a maior parte da energia elétrica consumida das pilhas ou da rede serve para manter aceso 0 “display” do LEDS (light emitting diodes). Uma calculadora com “display” LCD pode operar com as mesmas pilhas durante muito tempo, sem haver necessidade de substituicgo. Como os LCD se baseiam na reflexo da luz ambiente, eles no podem, evidentemente, ser zados no escuro. Este problema se apresen- ta, digamos, no caso de mostradores de relégios, quando se deseja ver as horas, durante a noite. Como solu¢éo, utiliza-se uma pequenissima quan- tidade de tritio, que & um gés radioativo e is6topo do hidrogenio comum. A luz produzida de inten- sidade baixissima, mas pode ser vista na auséncia total de iluminag3o ambiente. Como o tritio é radiative, sua produgo e comercializago so controladas e apenas algumas firmas produtoras de “displays” conseguiram obter licengas para sua utilizagdo. Vale a pena, para concluir, mencionarmos ra- pidamente a possibilidade de utilizar os LCD para construir aparelhos de televisdo. Isto jé foi feito. em laboratérios, porém sem aproveitar totalmente as possibilidades dos LCD. No futuro, certamente surgiro aparelhos de TV com uma tela de cristal Ifquido dividida em pequenas of- lulas quadradas, parecendo um tabuleiro de xa- drez com milhares de casas. Cada uma dessas células deve ser acionada por um circuito ele: trénico bastante complexo, que ainda néo alcan- gou um desenvolvimento satisfat6rio. Uma vez resolvido éste problema, e nés temos certeza de que a solugo viré sem nos fazer esperar muito, € teremos em nossos lares aparelhos de TV com espessura no muito maior que esta revista, Isto ser possivel gragas 8 eliminacéo do elemento que ocupa o maior volume num televisor, que 60 tubo de imagem, BIBLIOGRAFIA: Scientific American (Abril de 1970); Priestley — Introduction to Liquid Crystals- Plenum Press “Miores detelhes sobre “Centro de Gravidade" @ "Mo- 702 NOVAELETRONICA mento de Dipolo Elétrico” podem ser conseguidos em livros de fisica, nBo foram explicados aqui para evitar 4 ‘explanagées que tornariam 0 texto monétono. 15 SCR’s__e TRIAC’s SERIE TIC SERIE TIC 106 - SCR’s 5 Acc SV e400 Corrente depicode 30A Ter minim de 200 28 — Valores méximos absolutos, 20 longo da faixa de temperaturas de encapsulamento — TIC 106 TIC 1068 ‘TIC 106C_—- TIC 106 ~—_ UNIDADE tensso de pico repetitiva, «/ SCR | 100 200 300 400 v desoperado- VpRM - (nota 1) VRRM tenséo reversa de pico, repetitva | 100 | 200 ‘corrente continua, ¢/ SCR opera- do, 8 80 °C (ou abaixo) no encap- sulamento (nota 2) corrente média, c/ SCR operado, (én- gulo de conduedo 180°) a 80°C (ou ‘abaixo) no encapsulemento (nota 3) ccorrente de pico, c/ SCR operado (nota 4) corrente de pico positive de gate (argura de pulso 300 ps) pico de dissipacio de potencia de 13 gate (largura de pulso 300s) ipacdo_média de potencia de 0.3 gate (nota 5) faixa de temperaturas de encapsula- 40 a 110 mento, ¢/ SCR operado faixa de temperaturas de armazena- 40 8 125 gem temperatura dos terminais, a 1,5 mm 230 do encapsulamento, por 10 § NOTAS: 1. Est0s valores fo vilidos quando a resistencia catodogate for AGK=1 KD 2. Esses valores so vélidos para operagéo continus em CC,C/ carga resistiva 3. Este valor pode ser aplicado continuamente sob uma meia onda de 60 Hz, c/ carga resistive 4. Este valor 6 vilido para uma meia onda senoidal de 60 Hz, quando o dispositivo estiver operando of os valores {ou absixo deles} dados de tenséo reversa de pico e corrente de operac0. 5. Este valor ¢ vélido para um tempo miximo de 16,6 ms NOVAELETRONICA 703 jas elétricas @ 25°C (temperature do encapsulemento) min TIPICO MAX IDM — corrente de pico repetitiva, c/ SCR desoperado 400 IRM — corrente reverta de pico, repetitive 1 IGT — corrente de gatilhamento de gate 200 VerT— tenséo de gatilhamento de gate 12 Iq — corrente de retencdo a VIM — tensdo de pico, em operaco 1 dv/dt ~ taxa critica de subida da tensio (SCR deso- perado) 10 Coracteristicas térmicos UNIDADE ROC — resistencia térmica juncdo~encapsulamento ci ROJA — resistencia térmica juncéo- ambiente ecw SERIES TIC 116, TIC 126 - SCR’s — 8a12Acc — 50 Va 600V — Corrente de pico de 80 Ae 100 A — IGT maximo de 20 mA —Valores maximos absolutes, a0 longo da faixa de temperaturas de encapsulamento tens8o de pico repetitiva, ¢/ SCR desoperado — Vp AM— (nota 1) tensSo reversa de pico, repetitiva VaRM, SUFIXO corrente continua, c/ SCR operado, a 70 °C | ou abai- x0) no encapsulamento (nota 2) 704 NOVAELETRONICA 16 corrente média, ¢/ SCR operado, (éngulo de conducfo 180°) a 70 °C {ou abaixo) no encapsulamento (nota 3) corrente de pico, c/ SCR operado (nota 4) corrente de pico positivo de gate (largura de pulso 300) pico de dissipacdo de potencia de gate (largura de pulso 300s) dissipago média de potencia de gate (nota 5) faixa de temperaturas de encapsulamento, c/ SCR ope- ado faixe de temperaturas de armazenagem temperatura dos terminais, 2 1,5 mm do encapsulamen- to, por 10s NOTAS: 1. Esse valores so vélidos quando @ resistencia catodo gate for RGK #1 KS 2. Esses valores sao validos para opera¢o continua em CC, ¢/ carga resistive 3. Este valor pode ser aplicado continuamente sob uma meia onda de 60 Hz, c/ cargo resistive 4. Este valor 6 vlido para uma meia onda senoidal de 60 Hz, quando o dispositivo estiver operando e/ os va: lores (ou abaixo deles) dados de tenso reversa de pico e corrente de operagto. 5. Este valor 6 valido para um tempo maximo de 16,6 ms. Tpico_| DRM — corrente de pico repetitiva, c/ SCR desoperado TRAM — Corrente reversa de pico, repetitive IgT — corrente de gatithamento de 9 VgT= tensso de gatithamanto de gate | | | ior dete | 100 VIM ~ tensio de pico, em opera¢o dv/dt — toxa critica de subida da tenséo (SCR deso- peredo) racteristicas térmicas MAX. TIC 116 TIC 126 UNIDADE ROJC~ resistencia térmica jungso - encapsulamento 3 24 0°c/W fei potitou hea ate anton a 7 NOVAELETRONICA 705 SERIES TIC 226B, 226D -- TRIAC: SERIES TIC 226B, 226D -- TRIAC'S 8A RMS 200 Ve 400 V aplicagées em alta temperatura, alta corrente @ alta tenso dv/dt tipico de 500 Vis a 25 8c Valores méximos absolutos, a0 longo da farxa de temperatura de encapsulamento Tense de pico repetitiva, com © TRIAG desoperado (nota 1 Tic 2268 TIC 2260 Torrente AMS de onda completa, em operacso @ Tou 85°C no encapsulamento (nota 2) — IT/AMS) UNIDADE corrente de pico, sendide onda completa— IT5¥4 (nota 3) corrente de pico em operaréo, sendide meia onde —ITsm (nota 4) corrente de pico de gate IGM pico de dissipagio em potencia de gate PGM, a (ou abaixo da) 85 °C no encapsulamento (larg. de pulso 200 fs) issipagdo em potencia, média, de gate, PG ay), @ (ou abaixo de) °C no encapsulamento (nota 5) 09 faixa de temperaturas do encapsulamento, em operago faixa de temperaturas de armazenagem 40.0110 40 8 125 ‘temperature dos terminais.a 1,5 mm do encapsulamento, por 10 5 230 NOTAS: Esses valores so vilidos bidirecionalmente para todo valor de resistencia entre o gat cipal 1 Este valor 6 valido para sendide onda completa, 50 a 60 Hz, com carga resistiva © terminal prin Este valor 6 valido para uma sendide de 60 Hz, onda completa, quando dispositive estiver operando no (ou abaixo do} valor dado de corrente em operagso. O mesmo que a nota 3, porém com sendide meia onda, 3. Este valor 6 vilido para um tempo maximo de 16,6 ms. Coracteristicas elétricas a 25°C de temperatura do encapsulamento MIN, IDRM — corrente de pico repetitiva, com o TRIAC deso- perado. IGTM — corrente de pico de gatilhamento de gate VT — tenséo de pico de gatilhamento de gate VM ~ Tensio de pico, em operar5o yy — corrente de retengo IL —corrente de “latching” ‘dv/dt — taxa critica de subida da tensio, com TRIAC desope- redo ‘Gv/dt — taxa critica de subida da tensio de comutagao 706 NOVA ELETRONICA. 18 Caracteristicas térmicas [RON — resistencia térmica junedo-encapsulamento RaJA — resistencia térmica jungéo-ambiente SERIE TIC 236 — TRIACS — 12A01A Z ano Ue oo ce Vlora mbsinas ables, 00 fngo te fala de mmpersture do encnpaulamento UNIDADE tensSo de pico repetitiva, com o TRIAC desoperado (nota 1) v ‘orrente RMS de onda completa, em operaco a (ou abai- xo de} 70 OC no encapsulamento (note 2) — IT(RMS) 2 corrente de pico, sendide onda completa ~ tts (nota 3) 100 corrente de pico de gate — IGM tt faixa de temperaturas do encapsulamento, em operacdo 40.110 faixa de temperaturas de armazenagam —40.0 125 temperatura dos terminais @ 1,5 mm do encapsulmento, por 105 230 Noras: 1. — Essas valores so vilidos bidirecionalmente para todo valor de resistencia entre o gate e o terminal prin- cipal 1 2. — Este valor 6 valido para sendide onda completa, 60 a 60 Hz, com carga resistiva. 3. — Este valor ¢ vélido para uma sendide de 60 Hz, onda completa, quando © dispositivo estiver operando no (ou abaixo do) valor dado de corrente em operaeso. Caracteristicas elétricas a 25 C de temperatura do encapsulamento MIN. TIDAM — corrente de pico repetiva, com © TRIAC deso} perado IgTM—corrente de pico de gatithamento de gate Vow tenséo de pico de gatilhamento de gate Vim — tenséo de pico, em operagio hy —corrente de retengso TL — corrente de “latehing™ Goracteristicas térmicas Roc — resistencia térmica jungdo-encapsulamento Raya — resistencia térmica jungao- ambiente 19 NOVA ELETRONICA 707 Passando dos transistores aos amplificadores operacionais integrados, muita coisa muda, desde o desempenho até o espago fisico ocupado pelos componentes. Aparentemente perdidos entre tais mudancas existem fatores importantes, que so os novos pardmetros a considerar, no caso de projetos, que pouco ou nada tem a'ver com os pardmetros validos para os transistores. Para o pessoal que muito lidou com transistores e agora esta as voltas com operacionais, ou para aqueles que conhecem estes componentes apenas “por cima”, desconhecendo detalhes mais profundos a respeito, Util uma série de artigos que se dedicasse a isto, exclusivamente, e que examinasse cada parametro mais demoradamente. A série ‘ia aqui, analisando em primeiro lugar, dois dos parametros, ambos dependentes da frequencia do sinal na entrada, razao pela qual foram reunidos em um s6 artigo. 708 NOVA FLETRONICA 20 AMPLIFICADORES OPERACIONAIS Parte 1 VAMOS COMEGAR COM O GANHO DE TEN- SAO EM MALHA ABERTA Ou “open loop voltage gain lido na maioria dos manuais e literatura especi zada. E definido como a relagao entre a variagéo da tensio de safda e a variagéo da temsdo de entrada, que causou a primeira. A figura 1 ilus- tra tal definicéo, tornando as coisas mais claras; este ganho é designado Avol, na figura, e vamos chamé-lo assim de agora em diante. como pode ser Para ver como este parémetro afeta as aplica- es praticas dos operacionais, consideremos a fig. 2, onde esté representado um circuito tipico. Temas, entéo Vout _ _ R2 vin Rt a MOISE HAMAOUI VIN Vout _|Vourtl = AVOL = Win FIGURA 1 NOVAELETRONICA 709 RZ RI vIn FIGURA 2 Your a GANHO DE TENSAO EM MALHA ABERTA 1 0 00 « FREQUENCIA-Hz FIGURA 3 ae 80 70 60 50] 40) 30 10 GANHO DE TENSAO EM MALHA ABERTA ow 2 30 80 50 60 70 60 90 RAZAO DE REALIMENTACAD fas =dB FIGURA 4 710 NOVA ELETRONICA 700 Isto s6 & verdade, se 0 amplificador operacional exibir um ganho em malha aberta bastante alto ou infinito. Na prética, porém, Avol descresce com a frequencia, podendo chegar a ser menor que 1. A questo é, entéo, saber para qual frequencia a equacéo é vélida, para um determinado opera- cional. Vejamos: A partir da equagao anterior: Vout = — R Vin Se admitirmos tal equacdo, resulta que um certo erro vai ser introduzido, dado por: -—_100 erro do ganho em malha aberta = Aor AT % (1) RI+R2 Vamos tomar como exemplo um 741, com R2/R1=100, Avol = 10000 a 100 Hz, determinado pela curva da fig. 3. A partir da equacdo 1, temos um erro, se considerarmos que Vout/Vin = 100 a 100 Hz, dado por: 106 wiper” i OT O valor de Avol, para o 741, 6 reduzido a 100, a 10 kHz; 0 erro fornecido pela equagao (1) torna- se, entdo, substancial: 100, 14100" = 50% € bom notar que quando 0 ganho em malha aberta tiver 0 mesmo valor da razio de reali- mentacdo, (R2+R1)/R1, © ganho do amplifica- dor cai de 6 dB. Levando em conta tudo 0 que dissemos, é fé- cil selecionar 0 operacional correto,sequindo uma regra elementar: Para um determinado ganho DC em malha fechada "y"', e uma redugdo neste ganho de ngo mais que “x” porcento, a uma frequencia méxima,dada,do sinal (fmax),escolhe-se um ampli ficador operacional com um Avol, a frequencia fmax. determinado por: Avol > too tyl -ytt Como exemplo, vamos imaginar que desejamos um ganho DC em maha fechada igual a 100, com 22 418V Your = BV FIGURA 5 um decréscimo no ganho de apenas 10% a 10 kHz; assim, necessitamos de um operacional com um Avol (ganho em malha aberta), a 10 kHz, de, pelo menos: 100(1 + 100) 100 Uma possibilidade, no nosso exemplo, é a de utilizar 0 peracional 725, que possui um Avol = 1000 a 10 kHz, com a devida compensacao. O grafico da fig. 4 & também de grande ajuda na escolha do operacional correto. O eixo hori- zontal é 0 da razo de realimentacdo (feedback ratio ), (R2 R1)/R1, em dB; 0 eixo vertical repre- senta 0 minimo Avol requerido para que o ganho do amplificador néo caia mais que 1, 3, 6, ou 10 dB abaixo do ganho em malha fechada, 4 frequen- cia fax. = 100+1 = 911 Exemplificando novamente, se R2= 9 kohms e R1= 1 kohm , a razio de realimentagdo serd de 20 dB; seguindo agora o gréfico da fig. 4, veremos que, @ frequencia onde o Avol do amplificador for igual a 28 dB, para a reta que escolhemos, o ganho em malha fechada vai estar 3 dB abaixo do seu valor em DC R2/R1, Portanto, para estarmos cer- tos de que o ganho nio caird mais que 3 dB a fmax, adotamos um operacional com um Avol maior que 28dB, a fmax. Isto é 0 que precisamos saber a respeito do ga- nho de tensdo em malha aberta; porém, este ndo é © Gnico parametro que afeta a operaco em alta 23 +y wv: 0 Tore icnsi5y i Ta= 250 | 7 | 4 1 > 1 ‘ouTPUT |] 2 T 3-2 4 a7 INPUT 3 c 3g" g- Foltittiti it 010 20-5) 40 G0 60 70-8090 TEMPO- js FIGURA 6 frequencia, sendo acompanhado por outro, cha- mado... “SLEW RATE” Ao invés de tentarmos traduzir “slew rate”, vamos defini-la: 6 a méxima taxa de variacdo da tenséo de sa(da, em relacdo ao tempo, geral- mente especificada em volts por microssegundo. Por exemplo, uma “slew rate” de 0,5 V/us signi que a tensio de safda ndo se eleva ou diminue mais rapidamente que 0,5 V a cada microssegun- do. Este parémetro é especificado, em alguns ma- NOVA ELETRONICA 711 0k 5k Vout FIGURA7 a] 36 32) 2a 8 al = < 2 4 8 1 aT x 38 i = 25 4 sz ll 0 KCK SWOKS IM FREQUENCIA~Hz FIGURA 8 100 oS SS 7s 0 es s 2 t = 4 28 os 32 a SS o1 1 10 100 "SLEW RATE=V/ys FIGURA 9 712 NOVA ELETRONICA nuais, como a variagdo da tensio de sa(da em fun- fo da frequenci “Slew rate” é causada pela limitacdo de corren- te e saturacdo dos estdgios internos do amplifica- dor operacional. A corrente limitada é a méxima corrente disponfvel para carregar 0 sistema de ca- pacitancia de compensagio, Sabemos que a tensio entre as placas de um capacitor cresce a uma razdo de: qv 1 dat Esta taxa de carga do capacitor ¢ refletida na saida do amplificador e causa a limitacéo de “slew rate”. Por conseguinte, tal limitago ocor- re com elevados sinais de entrada, que vao saturar 0 estdgios internos. Por outro lado, lembre-se que para pequenos sinais, isto ¢, quando o am- plificador estiver operando em sua regio linear, a resposta em ““degrau’’ do operacional é uma ex- ponencial, com uma constante de tempo igual a: 2nfCL onde fc ¢ a largura de faixa, em malha fecha- da, do circuito, De que maneira este pardmetro influi nos cir- cuitos com operacionais? Em uma aplicaco simples, utilizando 0 ope- racional 741 como comparador, (fig. 5), a sada vai variar de -14 V a + 14 V, toda vez que o sinal de entrada cruzar o ponto de zero volts. Levando em conta que 0 741 tem uma “slew rate” tipica de 0,7 V/us, determinada sob especificagdes elétricas ou calculada pela inclinicagdo da curva de saida na fig. 6, conclue-se que este operacional irdde-14Va+14Vem: 28 V 0,7 Vis = 40us Se desejarmos a variacdo total de 28 V, tere- mos uma restriggo na frequencia do sinal de en- trada, isto é, ele deverd ter pelo menos 40us entre os cruzamentos com o ponto zero; 0 que quer dizer que a maxima frequencia para o sinal de entrada serd igual a 1/(2x40 us) ou 12,5 kHz, as. sumindo um ciclo de trabalho de 50%. Mas, mes- mo nesta frequencia, a safda seré triangular, ao 4 invés de quadrada; para frequencias maiores ou para um melhor quadramento do sinal, a solugdo 6 empregar um amplificador operacional com uma “slew rate” mais répida. Vejamos um outro exemplo dos efeitos da “slew rate". Observe 0 amplificador com ganho 2 da fig. 7. Usamos novamente 0 741 a sua cur- va do ganho de tenso em malha aberta, em fungdo da frequencia, representada na fig. 3. A curva indi- ©@ que © circuito do amplificador vai operar com. um ganho de 2 até 80 kHz. Porém, qual seré a tenso do sinal de entrada, admisstvel até Se o sinal deve ser uma onda senoidal néo distorcida, Asencst, temos como taxa de variagio Asenwt = Auweoswt sendo Aw a maxima taxa de variagdo. Percebemos, portanto, que a minina “slew rate” do amplifica- dor operacional deve ser igual a Aw. Em consequencia, com « = 27 (80x1000)= 503000 e “slew rate” de 0,7V/us tipico, para 0 741, obteremos a maxima variac¢do da saida sem distorgdo (A) para a sendide: 0,7 Vius @ 603000 ou 2,8 Vpico a pico 1,4 Vpico sinal de entrada deveria, portanto, ter um nivel inferior a 2,8 Vpico a pico: Este valor po- de também ser retirado da curva da variagdo da tenso na saida em funcdo da frequencia, presente nos manuais (fig. 8). Através desta curva, a méxi- ma variago na safda sem distorgdo é dada, para diferentes frequencias. Resumindo “Slew Rate” Em aplicagdes onde se espera ondas quadradas na safda, (comparadores, osciladores, limitadores, etc.), € importante lembrar que a sada do ampli- 5 ficador operacional leva algum tempo para mudar de um nivel para outro. Este tempo, que normal- mente limita a frequencia méxima de operacéo, é determinado pela variagéo da tensdo de saida, dividida pela “slew rate”. Nos circuitos com a safda obrigatoriamente livre de distorgéo, 0 pardmetro “slew rate” de- termina a frequencia mdxima de operacdo, para a variagdo desejada na sa/da. “Slew rate" pode ser determinada por uma sim- ples formula: “slew rate’ > 2.1. Fmax. Vpico onde: Vpico é a variacdo de tenséo desejada, sem distorgao fmax @ a frequencia_méxima envolvida para diferen- tes variagdes na saida, a diferentes frequencias. Outro meio simples de selecionar o amplificador operacional adequado é verificar as curvas dos manuais, relativas & variagdo da tensto de saida em funggo da frequencia (fig. 8). Lembre-se, porém, que tais curvas so tipicas e a “slew rate’’ sofre variagées, de acordo com a tensio de alimen- taco. Contudo, os manuais, em geral, contém valores deste pardmetro para varias daquelas tensGes. Por Gltimo, gostarfamos de dizer que em alguns ‘casos, como em conversio analégica/digital (A/D) ou vice-versa, 0 pardmetro “slew rate” néo 60 Unico critério & considerar para uma resposta répida; hd, também, o tempo de adaptagSo (settling time). Certos amplificadores operacio- is com uma alta "slew rate” tem, as vezes, efeitos assoclados de “overshoot” e “‘ringing”’, que podem ocasionar uma estabilizagdo da sal- da mais lenta do que, telvez, um operacional com baixa “‘slew rate”. {a série prossogue; aguarde) Extraido dos nimeros 5 e 6, Volume 2 do “Fairchild Journal of Semiconductor Progress”. NOVAELETRONICA 713 Dois diodos normais de silicio, ligados em anti- paralelo, no caminho de realimentacao de oscilado- res, que utilizam 0 principio da ponte de Wi podem estabilizar a realimentagdo, sem introduzir DIODOS DE SILICIO ESTABILIZAM OSCILADOR distoredo. Sua eficiéncia os torna superior aos NTC ‘ou lampadas incandescentes, que possuem inércia térmica, e também aos diodos Zener, que distor- cem a forma de onda. 7a wun. wks 100K MENOS DISTORGAO DE “CROSS-OVER”, COM APENAS UM TRANSISTOR Nos estégios de poténcia dos amplificadores, com transistores complementares, 0 ponto de po- larizagao ¢ critico, devido ao seu ajuste. Se a cor- rente de polarizagdo é muito pequena, este estégio seré responsivel por uma distorcdo “cross-over” considerdvel; por outro lado, se tal corrente for demasiadamente elevada, teremos uma corrente de coletor desnecessariamente alta, que poderia danificar os transistores. Esta configuracéo elimina tais problemas, em- pregando um simples transitor bipolar como regu: lador de tensio, juntamente com um potencio- metro, que permite um ajuste perfeito do ponto de polarizagdo. O ajuste dard aos transistores Q1 & Q2 polarizacdo de base adequada. E, além do mais, se a temperatura de operaco do circuito variar, Q3 vai acertar a tensio de polarizacao de Q1 e 02, automaticamente. B NOVAELETRONICA 721 THEREMIM VOCE SABE O QUE E UM THEREMIM? SE NAO SABE, NAO TENTE ADIVINHAR, POIS O NOME NAO DIZ NADA A RESPEITO DO SEU FUNCIONAMENTO. ELE TEM ESTE NOME GRACAS A LEON THEREMIN, 35 hah teat dered icedo’ ciéntifica..S@ mais perdefide: terreno para: 08 | sintg posivgm matoresfecursés, dizer que, desde usado em filmes cidade de produzir ee de sons. Em:-comipensagio, 6 cilmente-pelo principiante\ (js v4 ma @e_-kit) e seus efeigt para*Griar* varias -horas eae , para sua fam{liai &-ssus“amigos.| vai fazer funeionar 6 Theremim o suficientes divertimer im disso, sequer ef tar_nefel. Verdadél E:que a op dele - seij.ia capacitabe i xo rep he 10; 0 que quer a da mio, 0 Theremim comeca a assobiar, ganir, mia, apitar a criar varios outros rufdos estranhos. Com um pouco de prética, vocé poderé até tocar uma mu- siquinha, aproximando e afastando a m&o da placa do Theremim, a uma certa cadencia, Um detalhe: 0 Theremim opera sempre em conjunto com um rédio normal de AM, de qual- quer modelo, mas sem nenhuma ligacdo. Imagine © Theremim como um teclado e 0 rédio como um alto-falante: um “6rggo eletrénico” por controle remoto! Entdo? Nao acha que vale a pena montar o Theremim? V4 em frente, entdo, e veja como ele funciona e como se faz sua montagem, diferengg da te. Se as duas frequéncias forem iguais, a diferenca seré igual a zero e no haveré som no alto-falante; porém, se uma delas variar para, 10kHz acima do outro, por exemplo, teremos uma diferenca de 10kHz, e ouviremos este rufdo no alto-falante. Mas, porque usar frequéncias de RF? Nao seria mais simples trabalhar diretamente com frequén- cias de audio? N&o, e por um motivo muito sim- ples. Para saber 0 motivo vamos considerar a impe- dancia do capacitor. Impedancia, & a resisténcia que © capacitor oferece 4 passagem da corrente elétrica alternada, e é dada pela formula: 2d Xe" IFC Onde: Xeé a impedancia; f 6 a frequéncia da corrente alternada NOVA ELETRONICA 723 OSCILADOR DE RF parao alto falante MISTURADOR OSCILADOR diferenca das DE RF freqiiencias FIGURAL que passa pelo capacitor; Cé a capacitancia do capacitor; Vocé pode perceber, por esta formula, que a impedncia do capacitor depende da frequéncia, isto €, quanto maior a frequéncia, menor seré a impedancia, e vice-versa, quanto menor a frequén- , maior a impedancia, Portanto, em frequéncias altas (como rédio frequéncia), 0 capacitor tem maior influencia, ou seja, sua impedancia 6 menor € a corrente passa facilmente por ele, porque ndo encontra muita resistencia. Assim, nos circuitos que trabalham com RF, mesmo pequenos capaci- tores tem uma grande influencia. Este € 0 nosso caso. O Theremim funciona com dois osciladores de RF; se as duas frequéncias esto iguais, nada temos no alto-falante. Mas, com um pequeno capacitor, podemos variar a frequén- cia de um deles e entdo, ouviremos alguma coisa. Esse pequeno capacitor é a nossa mo, quando ela se aproxima da placa do Theremim. Surpreso? E ‘que 0 nosso corpo, perto do aparelho, forma real- mente um capacitor varidvel.que tem possibilidade de mudar a frequéncia de um dos osciladores. Se 0 Theremim néo usasse frequéncias de RF, este efei- to se perderia, e vocé no poderia fazé-lo funcionar, 36 com a aproximagdo do corpo. E este efeito é realmente timo. Movimentos répidos da mio ou do corpo, véo ocasionar grandes variagées de frequéncia no oscilador, o que, tradu- zido em som, quer dizer mudangas de tons muito altos para tons muito baixos, ou vice-versa, muito rapidamente. Pense s6 no resultado no alto-falante, quando vocé agitar sua mo, mais depressa ou mais devagar, perto da placa do Theremim. © princfpio de funcionamento do Theremim é semelhante ao de um rédio receptor superhete- rédino (praticamente todos os rédios AM, sao superheterddinos, hoje em dia).. Para quem ngo sabe como funciona um rédio desse tipo, af vai uma explicaego ligeira: Um oscilador, no circui- to do rédio, gera uma frequencia variavel, que 724 NOVA ELETRONICA SINAL DE AUDIO s ‘OsciLADOR 8 LOCAL 3. ourros # ESTAGIOS 28 Lawel [rnsrunavon H iE nealency INTERMEDIARIA FIGURA 1A fica sempre 455 kHz acima ou abaixo do sinal de entrada, que é 0 sinal proveniente da emissora. Estes dois sinais s40 misturados e dao origem a um terceiro sinal, com frequencia fixa, chamada de frequencia intermediéria (FI). © que acontece daf para a frente nao nos interessa, neste artigo. Basta saber que o sinal de Fl passa por varios outros estégios, transformando-se, até se tornar 0 sinal de éudio que ouvimos no alto-falante, igual ‘aquele enviado pela estagdo transmissora (uma conversa ou uma mésica, por exemplo). Observe afig. 1A. Bem, é agora que vamos revelar o grande segre- do do nosso Theremim, Vimos que o circuito bésico do Theremim é formado por dois oscilado- res, produzindo frequencias de RF, e um mistura- dor, que faz a diferenca das duas e “manda” este sinal 20 alto-falante; mas vimos também que um rédio superheterédino normal jé possui dentro dele um oscilador de RF e o misturador. Portanto, uma parte do nosso Theremim jé estd pronta e monta- da; falta, apenas, 0 outro oscilador de RF, que ¢ 0 que realmente vamos analisar e montar. Veja 0 circuito do Theremim na fig. 2; € um tipo de oscilador chamado Hartley, gerando uma frequencia de RF igual 8 do oscilador dos radios. A base do circuito é 0 capacitor C1 e a bobi- na L1. Esses dois componentes, ligados em para- lelo, formam um cireuito tanque e produzem o si- nal senoidal do oscilador, com uma frequencia determinada pelo valor de ambos. O circuito tanque (fig. 3), também chamado de circuito ressonante, funciona baseado na trans- misséo de energia, do capacitor para a bobina e depois, da bobina para o capacitor, continuamen- te, dando origem a uma sendide, como a que voos ve na fig. 3, Vamos imaginar um tanque, com o capacitor inicialmente carregado, Ele vai tentar se descarregar pela bobina, mas néo vai conseguir fazé-lo rapidamente porque, de acordo com uma 36 cz 470pF =>" SS (bateria 3 O1pF os. FIGURA 2 cHt lei da Fisica (chamada Lei de Lenz), a bobina se CIRCUITO opée a qualquer variago rdpida de corrente sobre TANQUE ela mesma. Entéo, 0 capacitor vai se descarregar 208 poucos, e a corrente pela bobina vai formar um campo magnético em torno das espiras do mes- mo. Quando 0 capacitor estiver quase que total- ¢ L mente descarregado, a corrente pela bobina vai diminuir, acontecendo 0 mesmo com o campo magnético. Diminuindo, 0 campo vai “cortar’’ as espiras da bobina, criando uma corrente em sentido contrério, que vai carregar 0 capacitor, porém no sentido oposto ao que estava carregado inicialmente. Essas sequencias também se proces- sam vagarosamente, pois como voc’ se lembra, @ bobina se ope a qualquer variagéo brusca da corrente. Este proceso continuaria indefinidamente, se a energia ndo se perdesse, aos poucos, nos condu- tores do circuito, sob a forma de calor. Deste modo, um circuito tanque isolado, apenas com uma carga inicial no capacitor, para de oscilar quase que imediatamente. No circuito do There- mim, para solucionar este problema foi introdu- zido um transistor, que recebe uma parte da cor- rente do circuito, para ent amplificar esta cor- rente, e devolvé-la ao circuito, que ento continua oscilando. O transistor est fazendo uma realimen- ago positiva no circuito, isto 6, captando uma pequena parte do sinal e mandando-o de volta, mais forte, para compensar as perdas em calor nos condutores, A antena que vocé vé representada na fig. 2, € a prépria placa de circuito impresso do Th remim, e que vai alterar a frequencia de oscilaco do circuito tanque. Assim, quando vocé coloca 0 Theremim. ao lado de um radio AM, este vai rece- ber em sua antena o sinal RF da transmissora e do Theremim, fazendo a diferenca das duas fre- quencias, que vocé vai ouvir no alto-falante do radio. Chegando a este ponto, s6 mesmo montando o a7 FIGURA 3 Theremim 6 que vocé vai ter completa intimidade com ele. Vamos Id? MONTAGEM ‘A montagem do Theremim & a coisa mais facil do mundo. Veja, na fig. 4, como 6 a placa de cir- cuito impresso para o kit do mesmo : a maior parte dela esté tomada pela antena, onde se ve a clave de sol invertida (aviso: a placa aparece pelo lado dos componentes e 0 que vooé estd vendo em cor 6 0 lado do cobre, como se vocé a estivesse othando contra a luz). © que vocé vai precisar para uma boa monta- gem: ~alicate de corte ~alicate de ponta ~palhinha de ago ou lixa fina ~solda de boa qualidade um solador de até 30 W, no maximo, com a ponta bem limpa e bem esta- nhada, Antes de comecar qualquer soldagem, passe a palhinha de ago ou a lixa em todos os terminais dos componentes, para retirar a camada de 6xido, que poderia prejudicar as soldagens. S6 depois entio, comece a soldar; primeiro, 0s componentes pequenos, como os capacitores @ © resistor. Lembre-se que © soldador néo deve ser usado como condutor de solda, isto é, a solda NOVA ELETRONICA 725 Eo 2 fee le FIGURA4 S # TERMINAL DO om Asa ‘SOLDA FIGURA $ EMISSOR coL_ToR Q1-BC 208 VISTO POR BAIXO FIGURA 6 726 NOVA ELETRONICA RELAGAO DE COMPONENTES Ri —1M0-1/4.w C1 — 100 pF — disco C2- 470 pF —disco Q1— 0,1 pF — disco Q1-8¢ 208 CH1 — chave HH B1 —bateria 9 V Lt = bobina osciladora placa de cireuito impresso n9 3028 — Nova Eletrnica, solda trindcleo — 1 m fio encapado para antena — 30 cm conector para bateria, no deve ser colocada sobre o soldador, para fixar © terminal do componente, O procedimento cor- reto 6 0 de encostar o ferro de soldar ao terminal por 3 a 5 segundos e entéo aplicar a solda ao ter- ‘minal, deixando que ela corra até formar uma boa conexéo, tanto com a placa como como compo- nente. Procure néo utilizar solda em excesso. (veja a Fig.5) : jonte agora 0 transistor, prestando muita atengdo na colocaego correta dos terminais; na fig. 6, hd um desenho do transistor, explicando a locatizagao de cada um dos terminais. No fique muito tempo com o soldador sobre ele, pois é muito sensivel ao calor. Solde 0 conector da pilha de 9 voits, 0 fio ver- metho onde esté indicado "+" e o preto, na indi- caro " - ". Solde também o fio de antena, no Ponto correto. FIGURA 7 FIGURA 8 RADIO AM E a vez dabobina, Nao hd como errar: verifique que a bobina tem tres terminais de um lado e dois, no outro, Na placa jé existem os furos na posi¢So certa; basta dobrar as linguetas da caixinha para dentro e soldar a bobina. Por ultimo, ficou a chave, liga-desliga (CH1). Os furos também jé foram feitos especialmente para ela; basta soldé-lo. Pronto | Monte a bateria de 9 velts sobre a placa (pode ser com um eldstico), ligue 0 conector a ela, o seu Theremim s6 pede para ser ajustado. montagem do seu aparelho AJUSTE — FIG. 8 Ligue 0 Theremim e coloque-o ao lado de um adio, desde o de pilhas até os de cabecs meio da faixa de ondas médias (B00 kHz, aproxi- madamente), e de preferencia, em uma estacdo, agora, gire 0 parafuso da bobina com uma chave de fenda pequena, até escutar um rufdo no rédio, cobrindo o som da estagéo. Comece a mover a mo sobre a placa, bem préxima a ela, pelo lado do co- bre e observe o resultado; vd ajustando a bobin: 39 até conseguir 0 melhor efeito. Vocé pode tenta também, mudar a posigdo do rédio e do Theremim, AGORA, DIVIRTASE Theremim, principalmente pelo fato de que ele opera por “controle remoto”’. Vocé pode usé-lo para detectar a passagem de pessoas por um certo lugar da casa, jé que a proximidade do corpo humano “dispara”” o Theremim (néo tentamos isto com animais, como cies e gatos; voce poderia tentar). Este aparelhinho pode também pregar bons sustos nas pessoas, se no souberem do sou fun- cionamento. Imagine s6: 0 Theremim em cima da mesa, ligado. Ninguém esté perto dele, portanto, ele esté quieto, Mas, assim que um de seus amigos se aproximar, vooé vai ver que reagdo! Sé tentando para acreditar. © Theremim tem mesmo mil usos. Aqueles que sugerimos aqui foram sé para tentar entusias- mar vocé. Temos certeza que aquilo que o The- remim produz 6 muito mais do que podemos des- crever aqui. $6 montando para ver. ea ae ea NOVA ELETRONICA 727 728 NOVA ELETRONICA 40 LIGAO 5 CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA O fim de uma grande preocupacao... © comeco de redacdo de uma nova licéo do Curso de Audio. Hoje, com a direclo da Editele a ‘meu cargo, preocupo-me em dar continuidade 20 que comecei, tfo bem recebido pelos leitores, e um dos pontos de interesse da Nova Eletronica — Pen- so eu. Finalmente, com a organizagdo da revista estabelecida, as coisas comecam a andar sozinhas © posso relaxar-me o suficiente para estar aqui neste lugar psicolégico, neste ambiente interior, musical e repousante, onde no ougo mais 0 pes- soal da Editele em seus afazeres, a0 meu redor, o rufdo do tréfego da rua Aurora a borbotar pelas janelas, mas harmonioso e suave acord da excitacdo criativa, que me vem da alma e eletri za 0 corpo. Sente-se a0 meu lado, pois, relaxe-se também, prepare-se para mais uma viagem em diregio a0 Som, a0 conhecimento. Explore comigo este gran- de caminho que nos liga a alma ao universo ex- terior. Pequenos erros, defeitos na percep¢io, no entendimento, 0 esquecimento de alguns pontos das ligdes anteriores, ndo importam. Coloque na consciencia a visdo geral do assunto; alguns “pon- tos chaves”’ voltardo a lembranga apés um mes de amadurecimento e, finalmente, algo de novo se in- corporaré a0 hologréfico mar de conhecimentos e impresses que formam a estrutura de sua perso- nalidade, de seu sistema de relacionamento, agora um pouco mais consciente, um pouco mais vivo e existente, um pouco mais perto e parte de tudo... a NOVAELETRONICA 729 Cé estamos pois, a ouvir a musica das esferas... E a misica dos alto-falantes? Jé € hora de pen- sarmos nela, no? Vamos resumir, portanto, os pontos vistos nas ligdes anteriores: LIGAO 1 (N.E. no margo 77 42) — Atitude correta para seguir 0 curso de dudio — O curso serd inteligivel para leitores leigos — Existem “pontos-chave” nos sistemas de dudio, que rendem mais resultados préticos ao serem conscientizados e trabalhados. — 03 elos mais fracos, os “pontos-chaves”, so os transdutores — especialmente alto-falantes suas caixas — Um altofalante deve ser 0 mais perfeito pos- sivel, a fim de chegar perto, em qualidade, dos mais vulgares equipamentos eletronicos que fa- zem parte do sistema de som (amplificadores, prés, etc.) — Definigdes sobre a natureza do som, velocidade do some frequencia . LIGAO 2 (NE n® 3, abril 77, pdg. 143) — Definigdes sobre superficies irradiantes x fre- quencia, som puro, comprimento de onda, psico- actistica, experimento, intensidade sonora, defini- co de NIS ou SPL, fase, pressdo, velocidade das particulas do ar, gradiente de pressio, deslocamen- to das particulas. OBS.: Uma comparagao de listas de especificagdes de altofalantes, corretamente publicadas, com outras, incorretamente _publicadas, e que foi anunciada na rev. 4, no veio a piblico devido a ter sido removida para fazer parte de um meu artigo, especitico sobre este assunto. 730 NOVA ELETRONICA 42 LIGAO 3 (NE n9 4? maio 77, pég. 144) = Sistema “hologrético” do curso de dudio — Som estereofénico especulagdes — Teoria da reprodugo estereofénica LIGAO 4 (NE n? 5, junho 77, pg.) — Fones estereofénicos — Percepgo estereofénica — Efeito “Haas” — Microfones coincidentes — Técnicas de microfones separados para este- reofonia = Voltando ao principio. — Decibel — Tabela de Niveeis de Intensidade Sonora — Concluso — Experimentos Pausa para um café? Bem... desta vez, a pausa é de mentira, pois real- mente no tenho tempo, hoje Tome dois por mim, ok ? ~ Vezes 50 000 leitores, sao... 100 000 cafezinhos !!1 Vou sentir gosto de café por um mes, ou até ficar mais queimado, sem ir a0 sol... “LOUDNESS” Ainda com 0 gosto do café, lembro-me de um “ponto-chave", muito imporante nos sistemas de som em geral, que é mais ou menos conhecido "de nome’’ pela maioria, mas pouco compreendido em sua importancia fundamental, relativa aos demais parémetros de qualquer sistema sonoro, Como sm- pre, desejo dar principalmente a idéia geral bem clara do assunto, para depois chegar aos detalhes. \Vocé deve ter percebido que, na maioria dos sis- temas de som que tem visto, existem dois contro- les de tonalidade:um para graves e um, para agudos. Alguns poucos sistemas possuem um terceiro Potenciometro ou cheve, que se chama “‘loud- ness”, ou controle de audibilidade, e que, geral- mente, encarado pelo possuidor do equipamento como mais um “reforgo de graves”. — Por que, entéo, no colocar tudo em um sé controle de graves? = Por que € téo necessério reforcar os graves? Bem... graves, digo eu, so um dos maiores problemas em audio. Existem mil fatores que con- tribuem,em todos 05 sistemas , para reduzi-los, tor- né-los ressoantes, indefinidos, etc. Terd voce ouvido, alguma vez, um som grave realmente bom, reproduzido em sistema sonoro? E ossivel, mas no é comum. Além dos mil fatores que se relacionam com o sistema de som, existe outro, relacionado com 0 ouvido humano (o seu ouvido, também). Nunca mais se esqueca: O ouvido ouve com “resposta plana” apenas sons de alta intensidade, ao redor de 100 dB de SPL! Mas, para sons de pequena intensidade, 0 ouvido perde sensibilidade “nos graves”, deixando de ouvir, os mais profun- 43 NOVAELETRONICA 731 ee dos, a 60 dB de SPL! (Vocé deve lembrar que ou- vimos os sons médios, ou mais agudos, desde 0 dB SPL) (tabela de SPL ou NIS, ligéo 4,NE n9 5). Existe, portanto, uma regido dos graves que sé se comega a ouvir, se forem produzidos ou repro- duzidos a alto nivel, a alto “volume”.Ora, os equi- pamentos de som ndo possuem a mesma “ampli- tude dindmica’” que 0 ouvido. Se colocamos o melhor sistema reprodutor de som em funciona- mento, mesmo tendo sido feita a gravacdo nas me- thores (e mais dispendiosas) condi¢des profissio- nais, notamos que, a0 estar o nivel de intensidade sonora atingindo 120 dB SPL (ver tabela na rev. nO 5), que é 0 limite maximo suportdvel pelo ou- vido sem dor (e em rock, chega-se Ié facilmente), 0 tuido do sistema jd estard a uns 55 dB SPL; isto porque 0 uso de aparelhos redutores de ruido s6 é eficaz, se houver gravacdo especial, com programa- 80 contra 0 rufdo — e tal nao existe, na ma dos casos. Mas 55 dB SPL jé € 0 nivel de ruido de um escritério tipico; como a maioria dos sis- temas residenciais (dos bons) ndo chega a esses re- sultados em rufdo, podemos esperar niveis do mes- mo em torno de 60 a 65 dB — o que quer dizer, na prética, que, para ouvir rock como se ouve ao vivo, temos que aguentar chiados a0 nivel de uma pessoa, a 1 metro de distancia, fazendo “chsss!, com forcal!! Isto, fora os “pops” e “tracks” que os discos geralmente fazem, ainda mais alto que 0s 120 dB dos picos musicais e 0 ronco (que jé seré audivel, na maioria dos casos). Resultado: acabamos ficando cansados de ouvir e reduzimos o volume, para que o rufdo desapare- ¢a. O que significa que teremos de ouvir os picos (sons mais fortes) musicais a 120 — 55 ou 60 dB= 60 dB, ou seja, a0 nivel que estévamos ouvindo o ruido... Na pratica, podemos aceitar uns 20 a 30 dB de ruido, portanto; um nivel confortdvel de audicgo seré de 80 a 90 dB SPL, aproximadamente, ou se- ja, 0 do transito pesado em avenida, ou o de ma- sica orquestral, ndo muito “alta"”. Ora, 2 80 dB SPL, nos graves produfndos, estamos apenas comegando a ouvi-los, jé que 0 limite minimo & 60 dB. A primeira vista, a impressao subjetiva que hos causariam esses graves (que, ao vivo, estariam estourando nossos tipanos) seria a de ” no campo"!!! Na verdade, 0 caso no chega a ser téo dréi co, pois a 80 dB, 0 ouvido jé requer apenas uns 10 dB a 15 dB de compensagao — e isto quer dizer — reforco maximo de graves nos controles respecti- vos, na maior parte dos sistemas de som (Baxan- dall). Nao é drdstico, mas é “grave”, concorda? Como muitas vezes ouvimos misica ainda mais baixinho — a, digamos, 40 dB SPL, como misica de fundo, que fazer para obter um som realista, equilibrado, como o original, que tinha 120 dB nos picos? O controle de graves pode fornecer 12a 15 dB, no maximo, mas precisamos de muito mais — na verdade, precisamos agora 40 dB de re- forgo ! Este é 0 maior motivo da existencia do controle “loudness. Um bom controle “loudness” corrigi- ré 0s graves em até 40 dB. Na realidade, ele retira ‘os médios e agudos e mantém os graves, para per- ir 0 sistema de operagdo que segu A maneira correta de se utilizar “loudness” 6, primeiramente, ajustar 0 volume, sem reforgo de graves, para 0 nivel “ao vivo" (se o sistema chegar 1g, seriam os 120 dB, em nosso caso). Em segundo lugar, passa-se a usar 0 controle de “loudness”, fazendo a redugdo de nivel dos sons médios ¢ agudos, para o n‘vel desejado de audiggo, ou seja, 0s 80 dB ou 40 dB citados. Os graves continuam “fortes” e a musica, equilibrada subjetivamente; a gosto de seus ouvidos. Eis, portanto, a visio geral que deveremos re- ter da questo “loudness”, um dos pardmetros mais importantes em som. Seguem dados tedri- 0s, que vocé perceberd estarem diretamente relacionados a questo, e saber4 agora porque os estd estudando... 0 OUVIDO HUMANO Lembra-se da viagem fantdstica pelo interior do do corpo humano? (0 filme) — lembra-se do “‘ca- racol”, onde as células vibravam, ao cair um obje- to ao cho, na sala de operages, a ponto de atirar © pessoal do Proteus’ de um lado para outro? Pois bem, voltemos para Ié, pela ralidade de nossa imaginagéo. 732, NOVA ELETRONICA 4a 1= O som entra pelo canal auditivo. Esse canal tam 1 pico de ressonanoia entre 3 e 6 kHz, 0 que faz essas frequéncias serem mais sensivelmente percebidas pelo ouvido. Ao final do canal auditivo esté 0 t/mpano, que vibra em harmon com 0 som, mas, nos graves, ndo consegue excursées muito grandes. 2.— Mecanicamente, a vibragéo ¢ transportada, agora dentro do ouvido ‘medio, pelos 3 ossiculos. Estes, “casam a impedancia’, isto ¢, tornam 2 vibrago acistica do ar adequada a vibraggo do liquide Id dentro do caracol. © ouvide médio ainda contém ar, para permitir a vibragdo dos ossiculos. A press do ar no ouvide médio é equalizada com a pressdo do ar exterior (do outro lade do timpano) pela trompa de Eustequio, ‘que ver da cavidade nasal. 3= 05 ossiculos transmitem a vibraggo vinda do timpano a janela, no inicio do caracol. 4 ~ 0 ouvido Interno jé foi explicado no texto. Falta dizer que, quan- to mais se penetra no csracol, mais grave 6 0 som captado pelos filamen- 105, 5 — 0s filamentos disparam sinais nervosos que vio a0 efrebro, por um feixe de 4000 fibras, onde so decodificados. 6— As presses no caracol so equalizadas em uma Gltima membra- na — a janela redonda, FIGURA I Veja a fig. 1; 0 caracol 6 uma estrutura em pelos filamentos, devido a sua disposigio. As forma de caracol mesmo, que vai se estreitando, 4 _baixas frequencias — os graves — néo tem esta medida que a adentramos. Seu interior ¢ formado separago bem definida — 6 mais dificil, para nés, por duas galerias paralelas, que se unem pouco distinguir umas das outras. antes de seu final, que é mais estreito. Cheio de Kiquido, € 0 que transmite as vibragdes sonoras, vindas da membrana “janela oval’’ ou diafragma, Essas vibracdes seguem por uma das galerias, passam para outra, no fim do caracol, e voltam por esse lado, a um diafragama menor, a “janela redonda”’. A membrana que divide 0 caracol em duas galerias chamamos "membrana basilar’. Fora estas baixas frequencias, os intervalos en- tre as frequencias captadas pelos filamentos esto dispostos de maneira “logaritmica” e nao, “I near”. Isto quer dizer que, na pratica, os gréficos que devemos usar para “‘curvas de resposta”, etc, realcionadas com o som, devem ser construfdos também de forma logar/tmica. Para tanto, 6 neces- sério dar, no grafico, espacos iguais cade vez que Por todo o comprimento da membrana basilar, a frequencia dobra (ver fig. 2). em um dos lados, existem filamentos que se mo- vern em harmonia com as vibragdes que thes trans- mite 0 Iiquido ao seu redor. Cada filamento vibra apenas em ressonancia a uma determinada frequen- cia, ou frequencias extremamente préximas. O conjunto de todos os filamentos capta as vibra- ges sonoras em paralelo, um para cada frequen- cia apenas, de maneira diferente do que acontece com uma pequena porcéo de ar, que se move complexamente, de acordo com uma forma com- posta da combinacéo de todas as frequencias que a atingem. Agora, ainda no interior do ouvido, cessaremos nossa pesquisa para almogar, tentando nao poluir © liquid ambiente... ‘Comecam as deficiencias nos graves... (Note que nao reclamo do nosso sistema de audi¢4o, que con- sidero o resultado natural e correto da evolucdo do ser humano, mas & apenas um aspecto a se considerar e que infui diretamente nos equipamen- tos de reproducdo de som). As frequencias médias so percebidas, cada uma FIGURA2 @ intervalos iguais ou aproximadamente iguais, | nn at SST SE 45 NOVA ELETRONICA 733 =e ‘dB below Channel 1 Output {280 48 below Overload Limit A INTENSIDADE SONORA E NOSSO OUVIDO Repousemos um pouco, apés 0 almogo, ao lado de um dos filamentos do ouvido interno. Este aqui, no, esté meio sujo de “ketchup”; aquele ali a0 lado é 0 que vibra em harmonia com os sons de 1 kHz e esté limpinho. Pousemos nosso olhar sobre ele e observemos: Toda vez que um som de 1 kHz faz vibrar 0 Ifquido onde nos encontya- mos ele vibra também, Observemos, ainda, a sua maneira de vibrar: medida que o filamento vai medindo a intensidade da vibra¢3o sonora e envi- ando seus dados ao cérebro, notamos que o faz também de maneira logaritmica, isto é, nfo mede 2 intervalos crescentes, iguais, mas em relagSes de intensidade (“ratio”, em ingles). Descobrimos entéo que é conveniente usar, como fazem os técnicos, escalas logarftmicas para medir a inten- sidade sonora e portanto, justifica-se 0 emprego do “DECIBEL” — ja apresentado a voce. Por falar em apresntar alguém, cuidado com os anticorpos ! Sentiram o cheiro do “ketchup” DECIBEL, OUTRA VEZ De novo aqui fora e em tamanho normal, vol- tamos a considerar 0 decibel. A relagdo de intensi- dades no decibel ¢ de, aproximadamente, 1,26 : 1 (1,26 miltiplicado por si mesmo 10 vezes, dé 10). Um decibel 6 aproximadamente a menor di- ferenca em intensidade que nosso ouvido é capaz de detectar, na melhor hipstese. ALTO-FALANTES, OUTRA VEZ Para cada 3 dB que aumentarmos na inten dade sonora, teremos, como jé vimos, que dobrar a potencia aciistica, 4 mesma distancia de audicao. Quer dizer que, se qualquer sistema sonoro é capaz de produzir sons médios com os 80 dB de intensi dade, néo & tdo fécilmente que vai reproduzir os sons graves, a 80 dB.A 83 dB, terfamos que dobrar a potencia do sisteme (ou dobrar o sistema). Que dirfamos, ento, para obter 0 minimo reforgo de 15 dB, necessério para se conseguir os graves sa- tisfatérios, no caso apresentado? Para cada 3 4B deverfamos dobrar 0 equipamento, ou sua poten- cia? A resposta é SIM I! E preciso uma enorme reserva depotencia, pois, para se ouvir realisti mente os sons graves e, desgracadamente, os alto - falantes para graves so justamente os menos eficientes, os mais cheios de problemas e os mais diffceis de acoplar acusticamente a uma sala de audicdes. Mas... n&o desanime | Se eu e outros conse- guimos chegar Id, esté justamente na dificuladade © interesse em aprender, em dominar uma Técnica que alcanca a Arte, nos casos mais delicados ! © Curso de Audio esté aqui para isso e é para isso que estamos lado a lado. 700 TF cred FIGURA 3 “LOUDNESS”, OUTRA VEZ Observe © gréfico da fig. 3, para notar 0 seguin- te: A escala da esquerda ¢ a intensidade, a da di- reita é a audibilidade; ambas sdo iguais, a 1 kHz. Veja a dificuldade do ouvido seguir as diferencas em amplitude nas frequencias graves, a niveis bai- xos; apenas a altos niveis de SPL 0 owvido di gue facilmente essasdiferengas. Estas curvas foram levantadas estatisticamente, sendo 0 valores dados em termos médios e poden- do haver, é claro, muita varia¢o individual. Nao esqueca que “loudness” (audibilidade) é uma qualidade subjetiva, e NIS, a intensidade, 6 uma medigo acisstica (objetiva). No so a mesma coi- sa, portanto, e apenas esto colocadas juntas a 1 kHz por conveniencia. A percepedo da audibi- lidade é calculada em FONS, que explicarei logo a seguir. 734 NOVA ELETRONICA Facamos uma verificagao do gréfico da fig. 3: Eu me sento aqui, com um aparelho que produz dois sons puros, de intensidades conhecidas e voce af, com um controle sobre aintensidade de um deles. O outro, é fixado em 1 kHz e sua intensidade é controlada por mim. Ajuste a frequencia de seu aparelho para vé- rios valores, a0 longo de todo o espectro de dudio (20 Hz a 20 kHz) e va acertando (A) a cada asso, a uma intensidade que acreditar ser a mes- ma do som (B) de frequencia fixa, que eu con- trolo, Obteremos a curva "0", se 0 som fixo esti- ver a 0 dB; a curva "20", se 0 som fixo estiver a 20 dB, a curva “40”, com 0 som a 40 dB, e assim por diante. Confirmaremos os resultados da fig. 3 ‘com mais ou menos aproximagdo. A curva "0" 6 0 limiar de audibilidade; a cur- va “120”, o limiar da dor. Entre elas, situa-se 0 “campo de audibilidade”, regio onde ouvimos som, AIDADE E A PERDA DA AUDICAO Facamos uma viagem no tempo. Eu, com quase 32 anos, ainda ougo extremamente bem. E voce? Nossa viagem, ao contrério das viagens dos filmes, clui © nosso envelhecimento, e ndo s6 o do ambiente. Trata-se, pois, de um processo de ace- leracdo geral do tempo. Pronto para a partida? Largamos! Eu, no con- trole da data, voce nas medicées da audi¢ao de ambos. Paramos a cada ano e tracamos a perda de sensibilidade de nossos ouvidos, Paremos um pouco... eu, com 60 anos, entri tego-me com os resultados das medicdes. — Que foi mesmo que voce disse? — E, realmente, estamos mal... EU DISSE QUE ME ENTRISTEGO! Bem, continuemos. Acelero Rovamente a maquina, passam-se os anos, efetua- mos as medicdes, Onde estd voce? — Eu morri e renasci... agora sou jovem novamen- te, © ougo mil vezes melhor, em minha nova forma. & bom retornar e apresentar os dados aos outros leitores, ou ndo poderemos manter contato. Retornemos, pois! Enfim, 1977. Eis as curvas que levantamos so- bre nossa perda de audigéo com a idade — sio idénticas as curvas “oficiais”, a nao ser pelos da- dos de além témulo, que foram censurados, pois a Nova Eletronica ndo possui cor filoséfica ou mistica (veja fig. 4). : BSSy ze ® SN SS 6 ps ate Se s o * @) 25, 1°" 5 Be & 5 1006 4, " t al vo foneees on 400 en ~ “0 0, 0 70 voaoe «a anos FIGURA4 SON Existe uma outra unidade — que 6 a ultima @ apresentar hoje, antes que voce desista do curso de dudio. Como a unidade anterior, nao teré mui- ta utilidade prdtica maioria das pessoas que no estejam profundamente relacionadas com o som. Eu mesmo, jamais a utilizei. Como a parte impor- tante voce j4 aprendeu (é a idéia geral dada no infcio do artigo, sobre “loudness’’), fica esta a7 NOVAELETRONICA 735, definigdo, apenas a titulo de complementagdo tedrica. Se quiser, tenha coragem e NAO LEIA ISTO! Nao Ihe fard falta alguma... A audibilidade, 20 contrério do nivel de audi- bilidade, é grandeza apenas psicolégica, e é medida em SON. Como definicéo, 1 SON é 0 som de 1 kHz com 40 FONS e também 40 dB de NIS ou SPL. © resultado prético da andlise da curva que ralaciona SON e FON é que, acima de 15 fons, para cada aumento subjetivo de duas vezes na intensidade sonora, é necessério multiplicar a potencia por 10! (Sabia que voce ia ler até aqui, por isto, inclui esta informacao importante. importantissima, até!). Veja bem! Nao adianta passar de um ampli- ficador de 40 W, para um de 60 W, em termos de aumento de volume! Ser necessério dobrar a potencia se quiser perceber nitidamente o aumento de volume. Para “achar” que “dobrou”’ ‘© volume audivel, no precisaré dobrar apenas a potencia; seré preciso multiplicé-la por 10! Dai nao ser exagero (bem como por mil outros motivos) a enorme potencia que utilizo em casa, para ouvir mdsica, como expus em ligdes pas- sadas. Quanto mais potencia melhor — e este 6 0 outro “ponto chave’’ a ndo esquecer! EXPERIMENTO Estamos chegando ao final de mais uma licdo do Curso de Audio... sio 15 horas e comeco a decair em minha atengdo — convém parar. Experimente, quando puder, colocar 0s contro- les de graves e agudos em posic¢ao média, ou plana, em seu pré-amplificador (com 0 amplificador e cai- xas também ligadas, é claro). Coloque o volume no maximo que voce e o sistema puderem suportar, e ‘ouca musica; rock, de preferencia. Note os grave sero os melhores que seu equipamento poderé dar, j que supomos estar no limite de SPL ou NIS, para todas as frequencias — com mais do que isso, haverd distoreao. Comece a abaixar o volume — notaré, aos poucos, uma falta geral de graves. Estard perce- bendo, entéo, o que um controle de audibilidade faria por voce — manteria os graves naturais, de acorde com a reducdo de volume, principalmente quando, nos niveis mais baixos de audigdo, voce no conseguir graves suficientes, mesmo com o controle de graves no maximo. 736 NOVA ELETRONICA 48 eae CLAUDIO CESAR DIAS BAPTISTA Muitos leitores tem me escrito ou procurado, perguntando sobre a forma final do Sintetizador. A foto ao lado mostra o primeiro protétipo que montei; como se pode ver, preparei um quadro de madeira, onde fui fixando os médulos, 4 me- dida que ficavam prontos. As ligagdes eram todas feitas “por fora’, por meio dos cabos (fios) com plugs. Quando o primeiro quadro ficou cheio de médulos, comecei um segundo, que aparece incompleto. Deste Sintetizador original, nasceu um outro, sem ligacdes externas, “feito sob medida’ para meu irmao Sérgio, dos “Mutantes’” — 0 mais sim- plificado possivel, no sentido da operaggo dos controles, porém com todos os recursos do ante: rior e mais alguns, ainda. Os controles que julgamos ser interessante ope- rar com o pé, foram transferidos para uma "'tébua: pedaleira”, que ¢ ligada ao Sintetizador por um ca bo multiplo, com,conector. O Sintetizador fica so- PEDALEIRA bre um pedestal, no palco, e as guitarras sao liga- das a ele pela “tébua-pedaleira” (fig. 1). A foto deste aparelho seré publicada quando Sérgio voltar da tournée na Europa, pois nao fizemos fotogra- fias na época em que seu Sintetizador ficou pronto E importante notar que as dimensées do Sin- tetizador-protétipo, visto nesta foto, séo reduzi- das, porque foi feita montagem compacta de cada médulo, com resistores, e outros componentes, montados em pé — 0 que néo é indicado para a publicagdo em forma de kits, onde a disposicdo dos componentes deve ser mais espacada e na ho- rizontal. Mesmo com placas maiores,no entre: tanto, voc poderd chegar a um aparelho definiti vo, numa primeira disposi¢do racional das mesmas, ou numa redisposigg0, a seu gosto, quando voce verificar que chegou a0 numero e tipo de médulos mais convenientes. As caixinhas individuais, su: geridas nesta revista, poderao entao ser trocadas or uma Unica caixa de madeira, revestida de pa- pel de aluminio; e 0 painel, substituido por outro de aluminio, ou chapa galvanizada. NOVAELETRONICA 737 MELHORANDO 0 Nada 6 perfeito. E como nosso frequencime- tro no foge a regra, descobrimos que podfamos melhoré-lo. Reunimos os melhoramentos introdu- zidos e vamos apresenté-los, em trés partes distin- tas: = Modificago do circuito de entrada, para tor- né-lo menos critico, e também para que todo 0 aparelho apresente_ um melhor desempenho; -- Uma caixa para 0 frequencimetro, como havia~ mos prometido no ndmero anterior, para prote- ger e dar um aspecto sébrio ao aparelho; Um oscilador de 60 Hz, a cristal, anunciado 738 NOVA ELETRONICA para este numero, tem o objetivo de aumentar a preciséo de leitura do frequencimetro. Estes aperfeicoamentos foram automaticamente inclui- dos no kit que esté & venda, e os dois tiltimos so considerados opcionais. Mais uma coisa: nada foi acrescentado para dificultar a compreenséo do circuito e sua montagem; em linhas gerais, os conselhos dados para a montagem dos componen- tes continuam valendo, assim como as explicagSes sobre 0 funcionamento do conjunto. O que trata- remos aqui se refere mais a certas alteragdes feitas na placa principal do frequencimetro. Comecemos ento: 50 FREQUENCIMETRO 51 NOVAELETRONICA 739 oven e |—oao’scumiTt TRIGGER” C15 1 ce Pr FIGURA 1 MODIFICACAO DO CIRCUITO DE ENTRADA Nas figuras 1, 2 e 3 aparece novamente es- quema completo do frequencimetro; observe que apenas 0 circuito de entrada esté mudado, e, com alguns resistores e capacitores @ menos, 0 que causou uma alteraco na numeragéo de capacitores @ resistores nos outros estdgios, em relacdo 20 esquema publicado na revista 5. Para evitar con- fusdes, 0 novo circuito est4 acompanhado de sua nova lista de materiais. Portanto, esta ¢ a mais 740 NOVA ELETRONICA ca. 7400 cis ant VEM DE a3 nova “geracdo" do frequencimetro e fica estabele- cido que, para quem montar o kit, este circuito e esta lista de componentes sdo definitivos, anulando 0 anteriores; em outras palavras, se vocé quiser ‘comprar o kit para montagem, esqueca 0s ciruitos e lista jd publicadas e concentre-se neste aqui. Mas, veja bem: deixe de lado apenas os esquemas anteriores, a fim de evitar atrapalhagdes, mas as “dicas” que ié demos continuam valendo! Creio que estamos prontos agora para a montagem, 52 FIGURA 3 NOVAELETRONICA 741 53 nov oO FIGURA 5 Montagem: & praticamente a mesma, jé descrita no numero anterior, bastando seguir as placas das fig. 4,5 @ 6. As figuras 4 e 5 mostram a mesma pla- ca (3021A), a principal do aparelho, vista pelos dois lados. Na fig. 6, temos a placa secundaria, onde sio alojados os “displays”. Como sempre, cuidado com a polaridade dos componentes e, alm disso, solde todos os pinos que tem contato com 05 filetes da face superior do circuito impres 742 NOVA ELETRONICA om ae ° mova c1cTROMICA 30214 so. Os pontos A, B, C so passagens de uma face a outra (veja fig. 4) e devem ser soldados, pelos dois lados, através de um pedaco de fio nu. Se voce néo estiver utilizando o oscilador a cris- tal (se vooé desejar usé-lo, sua vez chegard no ter- ceiro capitulo deste artigo), solde 0 ponto ENT 60 Hz a0 ponto 60 Hz REDE, com um pedaco de fi ae ae FIGURA 6 © conector coaxial de entrada deve ser ligado placa através de um cabo coaxial de boa qualidade (que esta incluido no kit). Lembre-se de montar o integrado C120, 0 regulador de tensio da fonte, com seu dissipador. Solde 0 conector de 36 pinos 4 placa principal Solde também todos os componentes da placa se- cundéria. Feito isto, verifique novamente todos os componentes e todas as soldagens; encaixe, entdo, a placa secundéria no conector instalado na placa principal. Ligue, agora, o frequencimetro 4 rede (110 V) e, se tudo estiver em ordem, seu “display” acenderd; espere alguns momentos, e a leitura vai “zerar. Chegados aqui, saberemos que é hora do ajuste. Ajuste: Em instrumentos como o frequencimetro, © ajuste & sempre um passo obrigatério, apds a montagem; este passo, contudo, pode ser facili- tado a0 méximo, e foi o que fizemos. O dnico ajuste necessério é feito através de um trimpot (RG) € como condi¢éo minima para executé-lo, hé a necessidade de um gerador de RF, pois é com ele que iremos dar a maxima sensibilidade ao nosso instrumento. O gerador, se vocé nao 0 pos- suir, pode ser emprestado de sua escola ou faculda: de, ou, em outros casos, a calibra¢do pode ser efe- tuada por um amigo seu, que seja técnico em ele- trdnica, ou esteja cursando uma escola técnica ou facutiade. Assim sendo, injete um sinal senoidal na entra- da de seu frequencimetro (preferivelmente, de 1a 5 MHz}, com o nivel de safda do gerador em ze- ren ctrea ro; v4 aumentando o nivel, até obter a leitura no “display”. Com um voltimetro, meca agora a tensdo CC no coletor do transistor Q3; ajuste o trimpot R6, até que © voltimetro indique 1,2 volts. Retirando o voltimetro, diminua o nivel de tensdo do sinal de entrada, até que a leitura desapareca do “display”, e gire novamente R6, até a leitua voltar. Repita essa operacdo, tantas vezes quantas forem neces- sdrias, com cuidado e calma, pois serd ela a dar a maxima sensibilidade ao seu aparelho, Recomendamos que o frequencimetro seja ajustado com um sinal de alta frequéncia (de 1 2 5 MHz, como j dissemos). Se essa operacdo for bem feita, voce poderd conseguir leituras de até 40 MHz. UMA CAIXA PARA O FREQUENCIMETRO Assim como a casca do ovo é importantissima para o “bem estar” da clara e da gema, uma boa caixa é vital para 0 nosso aparelho. E a melhor maneira de the dar uma aparéncia profissional, evitar, a0 mesmo tempo, fios dependurados (que vao acabar partindo, mais cedo ou mais tarde) defender as placas da poeira e das quedas aciden- tals. Nao sabemos qual é a Gltima moda para frequencimetros, mas a caixa em que pensamos, para “vest(-lo”, 6 com certeza bastante pratica € apresentdvel. Feita em médulos, montavel e des- montdvel s6 por encaixes, em aluminio na cor na- tural, esta caixa evita muita dor de cabeca com pa- rafusos de montagem; a prépria placa do frequen- NOVAELETRONICA 743 FIGURA 9 cimetro € inserida em seu interior por meio de encaixe. A fig. 7 mostra tudo isso, juntamente com a fig. 8, Observe, nesta figura, que 0 conjunto do frequencimetro deve ser montado sobre uma base maior, de fenolite, para permitir que os guias da caixa o retenham firmemente. A vista explodida da montagem foi desenhada na fig. 9. Volte agora a fig. 8, veja como so fixados © conector de entrada e a chave liga-desliga 4 més- cara frontal de acr ico. A chapa traseira, responsivel pela fixagdo de to- dos os médulos entre si, deve ter um furo, guar- 744 NOVAELETRONICA FIGURA 8 necido com um passante de borracha, para permi tir a passagem do cabo de alimentacdo do instru- mento, Aconselhamos ligar, com um pedaco de fio, 0 terra do conector carcaca da caixa, através de um dos parafusos de fixagdo da face frontal. Se vocé seguiu todas as instrugdes, seu frequen- cimetro ficou como aquele da fig. 10, funcionando perfeitamente, em sua caixa com frente inteira- mente em acrilico, fixada com cantoneiras de alu- minio. Que bela e animadora viso, hein? FIGURA 10 a 100Kn (CRESTAL (3832, 16KHz) 2 100K cr 1/6ci1-4059 rT” OSCILADOR DE 60 Hz, A CRISTAL A frequéncia da rede ¢ razoavelmente constan- te; por isto foi utilizada como base de tempo para ‘contagem de pulsos do sinal de entrada, em nosso cas0 (veja 0s dois artigos anteriores sobre 0 fre- quencimetro, para refrescar a meméria). Mas, existe também a opcdo para quem néo se satis- faz com isto, e quer efetuar medicdes mais acura- das, com uma base de tempo mais estdvel que a frequéncia da rede, e independente desta. O os- cilador MOS da fig. 11, foi a opedo escolhida. Emprega trés integrados da tecnologia MOS, um cristal e alguns componentes periféricos, todos montados na plaquinha de fiacdo impressa que vo- cé ve na fig. 12. no hé mistérios sobre 0 funcio- namento deste circuit: CI1 esté ligado como os- cilador, operando em conjunto com o cristal; C12 é um divisor de frequencia, de médulo 2! * ‘(isto 6, divide a frequéncia do sinal de entrada por 2" 16384); e CI3 também funciona como divisor de frequéncia, porém com médulo 4 ( ou seja, di- vide por 4). Deste modo, todo o conjunto opera da seguinte maneira: C1 oscila, produzindo um sinal de onda quadrada, com frequéncia igual a 3932,16 kHz, que é a frequéncia de operacao do cristal (veja a fig. 11); C12 faz uma primeira diviséo da mesma, por 16384, resultando em sua safda um sinal de: 3932160 = 16384 = 240 Hz; C13, entéo, divide esta frequéncia intermedidria por 4, forne- cendo-nos aquilo que realmente queremos: uma base de tempo de 60 Hz, super-estdvel e jd “qua drada”, como convém ao nosso frequencimetro. 57 FIGURA 12 Come montar este novo estagio no interior da caixa? Resolvemos deixar este detalhe a cargo da imaginagdo do montador, mas aqui esté uma su: gestdo: monte o oscilador na posicao vertical, na placa de fenolite que serve de base & placa de fia G0 impressa do frequencimetro. O local ideal se ria 0 lado esquerdo daquela placa, onde estdo lo- calizados todos os pontos de conexdo necessé rios, Retorne a fig. 4 @ veja, bem ao lado de Cl2, as indicagdes Terra” e “+5V", previstas para a alimentaggo do oscilador; e a conexdo ENT 60 Hz, ‘onde deve ser ligada a saida do oscilador (neste caso, certifique-se de que 0 ponto ENT 60Hz ndo estd ligado a0 ponto 60 Hz REDE). Chegamos ao fim de tudo que tinhamos a dizer a respeito do frequencimetro. Tentamos fazer uma NOVAELETRONICA 745 RELAGAO DE COMPONENTES R1— 1MQ. R2— 100k RS — 1k R4— 2202 RS — 15k. RG ~ trimpot 47k. 7 — 15k RS — 1k. Ro — 182 sw G1 — 5000 uF/15V — eletrolitico C2 = 0,47 LF — disco C3— 0,07 uF — ca — 20 C5, C7, CB, — 0,1 UF disco C6 — 10 :IF/BV — eletrolitico Qi - 2A 269 Q2 — 2N 2222 (03 — 2N 2222 1/04 — 1N4004 15/08 — 1N914 D9 — 1N4001 ci — 7492 12, Ci6, Cl7/G112 — 7490 C13, Cla — 7400 cis — 7413 cr3/ci18 — 9368 C120 ~ 7805 DS1/DS6 — FND 560 Ti —transformador 110/9V ~ 1A L1 — bobina 90 2H conector 36 pinos dissipador 8R 812 conector para RF — 88W4— 881 caixa modular de aluminio com chapa traseira, acr{lico, cantoneiras, parafusos, lacas de Fiago impressa- Nova Eletronica- n° 3021A/B placa base em fenolite intercuptor simples, miniatura 40. em — cabo coaxial encapado 1 cabo de alimentaeso com “plug” 2 m de solda trindcleo “campanha"” de popularizagdo do frequencimetro, dos kits, a precos bem inferiores, em relacdo a através de explicacdes simples e bem detalhadas. qualquer frequencimetrodigital comercial. Espera~ ‘A mesma filosofia estd sendo introduzida na venda mos ter sido bem sucedidos em nosso inte-ito. 746 NOVA ELETRONICA 58 ‘tomes = nie Eletica CARTA AO LEITOR Prezado Leitor da Nova Eletronica Concluimos, nesta revista Nova Eletronica de n? 6, 0 primeiro semestre de nos- sas atividades publicas. Com a Nova Eletronica de n9 6 uma grande etapa se conclui, onde tudo fizemos para manter e aperfeicoar o nivel dos assuntos tratados, a riqueza de detalhes nas indicag6es técnicas e a quantidade de matéria apresentada. Cabe notar a evolugéo da Nova Eletronica em numero de exemplares postos a disposi¢&o do publico — comegamos com 30.000 na N.E. n? 1; passamos a 40.000 na n9 2, subimos a 50.000 na n9 3; na n9 4 e 5 mantivemos 50.000 mas reeditamos 10.000 da n? 1; nesta n9 6 aumentamos para 55.000 e continuaremos em ascenelo nano7r O numero de paginas da N.E., acompanhou nosso ritmo — comecamos com 112, tpje estamos com 152! Observe a espessura das lombadas da N.E. de 1 a 6! O Prego da N.E. também subiu na n9 4... Mas, nossos leitores compreenderam — eis a venda da revista aumentando para comprovar — 0 leitor sabe que no publi- camos praticamente qualquer propaganda, quando o fazemos, acrescentamos pagi- nas a revista e a quantidade de matéria néo é reduzida. As cores! Comecamos com duas apenas; hoje temos cinco! A feitura tornou-se mais facil e menos monotona; é mais simples separar as partes da N.E.. Os brindes! Enriquecemos os brindes para nossos assinantes com mais um livro de centenas de paginas e os brindes para 0 leitor que nos enviou pesquisas pre- enchidas com um belo auto-colante para 0 automovel — e damos oportunidade de escolha! Temos publicado uma grande novidade de real valor a cada revista, sobre a revis- ta anterior. Na n9 7 n&o deixaremos por menos. Pelo contrério, a surpresa serd maior, bem grande mesmo, bem maior nan? 7111 Aguarde pois! Nao perca a grande novidade na n? 7, comemorando o inicio de novo ciclo de numeracéo da Nova Eletronica. Nao se trata apenas da capa para en- cadernar os 6 primeiros nimeros, logo a sua disposi¢éo nas bancas. E algo MAIOR, bem MAIOR! Atengao pois! n? 7... NP 7... nP 7... 7111 59 NOVA ELETRONICA 747 WELOLEIM OE QUEM PRECISA DE UMOSCILADOR PADRAO? O técnico, na baneada, quando se torna neces- sério 0 ajuste da base de tempo de um osciloscépio, ‘U apenas para conferir se 0 mesmo permanece ca librado, a fim de que o aparelho the fornega leitu: ras precisas de frequéncia. (© experimentador ou profissional de dudio, quando desejar submeter seus circuits amplifica- dores 4 andlise da onda quadrada, e verificar sua li- nearidade, através da resposta observada em um os- cilosc6pio, para varias frequencias. Nestes casos, ‘onde nao hd necessidade de uma variagdo continua da frequéncia, 0 oscilador com safda em niveis dis- cretos (ou seja, por “degraus"’) é mais interessante, pois ndo apresenta os problemas de impreciséo de escalas ou indicadores, muitas vezes verificados em osciladores de niveis cont/nuo: © experimentador ou profissional, com um de- terminado amplificador de RF em méos, que exija uma andlise semelhante & do vaso anterior, Quando,no laboratério ou em um circuito es- pecifico, for imprescindivel a presenga de uma fon- te varidvel de frequencias de “clock”, como base de tempo. Afinal, em qualquer outra aplicagdo onde faz falta ou poderia ser itil um oscilador a critstal de preciso, gerando ondas quadradas em “degraus’” de frequéncia, de 1Hz até 1MHz, tal qual o apare- Iho que passaremos a descrever. O nosso oscilador utiliza a técnica digital, ¢ por isso, possui uma estrutura bastante simples. Para comprovar, de uma olhada na fig. 1; formando o circuito, hd apenas integrados comuns da familia TTL (portas e contadores). Se agrupassemos os componentes em um diagrama de blocos, estes se- riam dois, basicamente: 0 bloco “oscilador” € 0 bloco “‘divisores”” primeiro, responsdvel pelageraao de uma fre- quéncia base, é composto por Cl1 Ae C1 B, R1, Se] TIF eGe c=) NOVAELETRONICA 749 SAIDA TTL FIGURA 1 750 NOVA ELETRONICA 62 SEQUENCIA DE CONTAGEM BCD oe Pinon ENTRADA SAIDA (NO de Pulsos) 0 0 nt o 73 0 3 ° 4 0 5 0 6 0 Zz oO 8 1 9 1 "BI QUINARY” PINO1 PINO12 ENTRADA SAIDA (N® de Pulsos) 0 0 ua 0 2 0 3 0 4 0 5 1 6 1 7 1 8 1 9 1 pmo SLU eet PINOT! PINO 1 LIGADO AO PING 12 FIGURA 2 [|_| Pino iz [Ree copter OBS. PINO 11 LIGADO AO PINO 14 R2, R3, R4, C1, C2, C3 @ o cristal de IMHz (X TAL), na configuracao de um multivibrador as- tével controlado a cristal. A frequéncia base é, na- ‘turalmente, determinada pelo cristal, em 1MHz. segundo é constituido por seis contadores do tipo BCD, de Cl2 a CI7, empregados aqui como divisores de frequéncia; o sinal de 1MHz, vindo do oscilador, vai sofrer divisdes sucessivas, por 5 e por 10, até a frequéncia de 1Hz. As varias frequé padrao séo tomadas ao longo do caminho, na saida de cada contador, por meio de uma simples chave seletora, Elementar, ndo? Na realidade, no hd muita coi- sa, além do que jé explicamos. Para quem nao se 63 lembra bem da diviséo de frequéncia com contado res, aconselhamos uma consulta ao artigo do fre- quecimetro digital, onde esta parte é vista com de- talhes. Como Unica diferenga, temos que. naquele aparelho, 0 contadores esto ligados para conta- gem BCD e no nosso caso, a contagem ¢ chamada “bi-quinary”. A preferéncia por esta conexéo tor: nna-se evidente, se considerarmos, na fig. 2, as tabe- las correspondentes as duas contagens; ve-se que, na configuraco “bi-quinary”, a saida da diviséo por 10 fornece uma onda simétrica, 0 que néo acontece com a mesma sa/da, se o contador estiver ‘operando em contagem BCD. Abaixo das tabelas, temos as formas de onda respectivas. NOVAELETRONICA 751 1NaO0T 0 on WS is ‘s WS ws = iS ra 1N4001 « 6 ‘ ‘TOVCA, OOUATEY, Leo 2700 a rot ~~ -1S€9300 03 ots ct 6.aV 400mW Tr 100 wF/12V Orestante do circuito, embora nao apresente ne- nhuma complexidade, merece também nossa aten- eo. Na fig. 1, C18 6 a metade de um integrado 7440, que é composto por duas portas NAND de 4 en- tradas; esté sendo usado como um “buffer”, ou seja, um reforgador de sa/da para corrente. Isto porque cada um dos contadores, exceto CI7, esté ligado ao seu sucessivo, sofrendo uma certa drena- gem de corrente. Como hé, naturalmente, um limi- te maximo de corrente que pode ser fornecido por tais componentes, torna-se necessério incluir na saida um “reforcador’’, cuja total capacidade de corrente esteja destinada apenas a aplicacdes exter- nas. Cl1 Ce Cl D no tem realmente funeo no, circuito; 820 duas portas NAND de 2 entradas, que sobraram no integrado 7400, foram ligadas como, inversores e conectadas em série, e estdo servindo de reforcador entre o circuito oscilador e os conta- dores. Jé na fig. 3, temos a fonte de alimentagdo do conjunto, Nada mais 6 que um circuito retificador de onda completa (T1, 01, D2) e um estabilizador simples, utilizando um darlington controlado por um diodo Zener. D4, diodo emissor de luz (LED), faz sua parte agindo como piloto da tensao da fon- te. A MONTAGEM, EM DETALHES. Assini como o préprio princfpio de funciona- mento do ciruito, a montagem nao oferece dificul- dades.A placa de fiac3o impressa foi idealizada para acolher todos os componentes, inclusive a chave rotativa, 0 diodo LED, o transformador, o inter- Tuptor liga-desliga e até mesmo os bornes de safda, Comprove isto, observando a fig. 4. Um detalhe importante que queremos ressaltar, logo no inicio, 6 que certos componentes vo ter suas partes utilizdveis voltadas para a face cobreaca da placa, tais partes séo: o eixo da chave rotativa, a cabeca do LED, a alavanca do interruptor e os bornes (para melhor informagdo, veja a fig 5). FIGURA 4 752 NOVA ELETRONICA Comece @ montagem instalando todos os integra- dos na placa e soldando seus terminais (antes, veri- fique bem se os instalou na posi¢éo correta). Pode, entéo, soldar os capacitores junto aos integrados. Passando para outra drea da placa, monte primeiramente o capacitor C5, de 1000 pF, a fim de faciliter a montagem do’ restante dos ‘componentes, a0 seu redor. Coloque agora estes ‘componentes em seus lugares, seguindo a polariza- cao certa dos capacitores eletroliticos e a posiego dos terminais do transistor Q1, Nao esqueca de monté-lo com o dissipador correspondente. O cristal XTAL pode ficar em qualquer posico. Estamos pasando neste momento para outro estdgio da montagem:0 das pecas mais “brutas”. A chave rotativa e os bornes de saida tém pequenos detalhes de montagem, féceis de entender, com a ajuda da fig. 6: A chave deve ser fixada 4 placa, através da porca e entéo, fios devem ser soldados em seus terminais e na fiacdo impressa, conectan- do-a ao circuito. Quanto 20s bornes, séo também fixados por meio de porcas, mas com uma lingueta terminal colocada entre a placa e as porcas, ¢ cuja Ponta deve ser soldada em ambas as faces da placa, ‘com um pedago de fio. O interruptor 6 mantido em seu lugar pela mesma maneira, e sua conexio a0 circuito também é feita por pedacos curtos de fio encapado. Ngo hé problema, no que se refere ao LED; apenas mantenha-o afastado da placa o suficiente para que seja visto pelo lado de fora da caixa utilizada. Por fim, monte 0 transformador, com 05 parafusos adequados. E PARA COMPLETAR, A CAIXA Existe uma caixa para se instalar o oscilador pa: drao, confeccionada especialmente para ele. Insta: lamos 0 nosso protétipo nesta caixa © tiramos a foto da fig. 7. Como se vé, a placa fica na vertical, presa a duas aletas de sustentacdo. Antes de para- fusar_a circuito impresso as aletas, passe 0 cordéo, de alimentacéo pelo furo traseiro da caixa (que de- ve estar provido de um passante de borracha) e solde-o a placa; retire também o protetor pldstico FIGURA 6 FIGURA 7 5 NOVAELETRONICA 753 D4 (LED) BS ‘CHANFRO ZENER(D3) —-— —— ——)}— dos bornes, para recolocd-los s6 depois que estive- rem enfiados em seus furos respectivos, na caixa, Feito isto, 6 s6 fechar a caixa e empregar o apa- relho no que ele the for mais ctil. Aqui esto alguns dados que podem auxiliar na escolha de tais aplica- es: — Oscilador controlado a cristal, utilizando Kigica digital; — Saidas em niveis TTL: “alto” - 3,3 volts “baixo” - 0,8 volts = Fornece ondas quadradas, nas frequéncias: 1Hz, 10Hz, 100Hz, 200Hz, 1kHz, 2kHz, 10kHz, 20KHz, 100kHz, 200kHz e 1MHz. RELACAO DE COMPONENTES ci ~ 7400 cizcra e cl6/Cl8 — 7490 cis — 7440 01,02 — 1N4001 D3 — Zener -6 8V/400mw D4 — FLV 110 (LED) Qi — SE 9300 (Darlington) C1 — 100pF c2—1,5nF C3 ~6anF C4 — 100MF/12V 8) 1000uF/12v C69 — 0,1uF Ri, R2~1kKQ RB, R4—1,8KQ RS — 3302 RG — 2702 ‘Transformador ~ 110V/6 -0 - BV — 500mA Chave rotativa ~ 1 polo/11 posigées Interruptor miniatura simples Bornes vermelho ¢ preto Placa de fiago impressa — Nova Eletrénica — n°. 3026 Caixa de metal Fio fino, encapado para ligagSes Solda— 1m Cordao de alimentaedo com “plug” 754 NOVA ELETRONICA 66 ALARME ULTRA-SONICO PAG. 266 — O CAPACITOR C6, NO CIRCUITO E, NA REALIDADE, C 16. INTERCOMUNICADOR PAG. 321 — FALTAM AS CONEXOES INDICADAS NO ESQUEMA, Revista 5 MOS TIME PAG. 591 — R2 e R3, NA LISTA DE MATERIAIS, SAO DE 472, E NAO, 4,7kQ. TERMINAL DE VIDED PAG. 617 — TERM. DE VIDEO TTV3216 ONDE SE LE 4ns e 20 ns, LEIASE 4us © 20 us PAG, 620 © ESQUEMA DA FIGURA 9 TEM UMA CONEXAO INCORRETA. 0 DESENHO AO LADO ESTA CORRIGIDO. 67 PAG. NO ALTO DA PAGIN, QUERDA, ONDE SE LE VICE-VERSA. COLUNA DA ES- ", LEIASE “Q", E PAG. 619 — ONDE SE LE 4E 20ns, LEIASE 4 20 ys, 755 NOVAELETRONICA SE ee ee ee ee ee TO UTC 8) (2) (e)(@}(e)[@)[e)[e)(e)(e)(e)| Cee 8) [@)(@)(e)(e)[@)(e)[e)(e)[e)(e}| TEU ety ©)(@)(@)(@) Ra Reee meee) (©) (@)(@)| LO UT ea Cee UH MNOLO1O1O1': | DIOLO1O101 OY) SRS ETC ies ae NOOO 1) Gb Cs OlO1O1 US omen Lai er AMOLOLOLO1O1|O1O1O10 101 FU et 9)[@)[e)[e)(e)(e)(e)[e [e[e)[e) OT Oe OT ©) [@)(e) [ee [e[e[e[e\[e)[e) EET el MOLOLOLO1LO1OO1O 10101 INAUGURAMOS AQUI MAIS UM CURSO. & DE GRANDE IMPORTANCIA, PELO wwe ee |e’ ae wa PATOIDE PRATAG DE TECNICAS QUE-AL ARGAM CADA WEz Ais BGA AREA DE APLICACOES, NO- ‘CAMPO'D AY Bike TROMIGA, RESERV AMOS ESTE, NUNMERG PARA UMA /APRESENTAGAD: DO CURSO, DANDO AOS FUTUROS ALUNOS A ORORTUNIBADE DE ENTRAREMIEM CONT ATOICOM 0 PROGRAMA, E 'DE VERIFICAREM, O:QUE PODERAO ESPERAR E ATE ONDE POBERAO CtiFG AReSEGUINDOASAULAS: AGUARDEM A PRIMEIRA LICAO. PARA OMES OUR VEM Rrdpared i) Sercidelb p-étin dip ee Mimo tie (0) Ponca eas I Tiundle lhe toda. 5 Qs. cUisds 320 jtas\com Oey Vemos inicianlo gurse ce faltave In Nove Bletré qica: otianderitens didita’sealoniug xb ‘ghal Bbotdalefhds Weide blsistecna ddimumera. ‘cdo binéria, até estrutura de computador. Golo st) poue deduzit) & camino ‘Sera long mas nio seré,de maneira alguma; “comespinhos", Dy bela, aBOMEGiNg’ Profurargrods sémBre Roy E yO, egreiavdl (8 fezer pbdF qe § blliovapreridia ‘bom. sentir, de tal maneita que} 20cconeluir}ocurso, (rn Pom Apraupttarrenta, estelevem pondioeys ae. cise die a8 WW ar agen Wribs (sista pips! dligite:sy er 4a ipsen 0s le\tOR ico 5, foue tam ilhsrizedo toh as varias técnicas digitais, entenda circuitos logicos Stevelhs | dal etdabe bdssal PrSietor] Sirebitas igitais siriples e1stia Edppadeller fvdlduepertigh da Nova Eletronica, da érea digital, © dizer: € Vice an Mefamos, Pni.Ja6 yudn Semouarda, Moideco rer do curso: Pareametar) vatemes @sicbnceinaadatéchigas Rlicithigams difagericas| dntre figtaria arialbglgogre digitais, apticagSes das técnicas digitais em comuni- Screens sterhass Ae teletnet @, amy instT are, jGs8¢ teste B eer(comt dies ist iis. Passaremos, entdo, para as. vantagens da utiliza ‘ages FeRn ie $c] alta Sasa AOR pec! ae melon Yitdaliea 0, |) rie) Hbe (Estab ilidade |) fpeilidacte de prcieto.. Gerda or aitosincr ac deltas iste ie bina Be eB iudtsdio ecihfal/binarib @ wes Nets (vier Yer 4 (iA siz Indl elo, 0-du Ob norqde Nabe Deft lim, Sere Guim’ ico) (Tstoib§ ciara o> Fidi- Ges a ere ‘Tefid hos Vafio® occas) BiharrosAeamc 0 BCD (decimal codificado em binério}, 0 Gray.o ASCII. D| Sctal, jetee fete} Anite dabesta) ihald dey pals) ings) codigo, '< tim) “| Lb4dh_apbs, Jpoderemes: aprender sobre a representaeao dos dados, com re- Missy tOt aida Ores, 961s pda atid >, efSNlOcioos ult Cuitos loaie os, A essa ‘altura, aparecertio téchicas digitais em- repande éleMebio’ Bistretos, Bipringipalraente a tfatsistor, Brabalh pido, ot éstaddos sptitatid)/cp ita} do. Serd a ocasido para fazermos uma breve revisdo ie, funelonamentomeio\ tar sister’ ipGlarm 2 co! MOSFET ( transistor de ¢teito de caripo MOS), “ifelusibo.Tindliz antic. sta Jane Codi Line tpetien a, Gore bservacdo orp saben cue" aigumes ule bet 4picb mplemertta9 as come resign igs que” cnbOt a reo, ben indice siWels ab tot an tment) da matéria, ajudardo 9 firmar conceitos e 4 esclare- lee yollmdtra ordag Vohandodab) ponte deny tyne hdl amos "pafedlo» ‘@m hosso programa, estardo & nossa espera os cir- [o¥lRO \IBalcb s Bibitnisy cbind [Buipvelséy 4 bert ND (6) OR) GU) NANOMINEL Td Bs lvériag derivagées. WV er ofa pat ABR G0 a EDN cit oy SRB Ysa Fick $8, Fesurhid ds\'q padb tai Ovantef ior Sstuelant 0s citcuitos intearados digitais, seus niveis 16gic0s, SUB digsipats@ am Borsnela, is \keRb Pgs HeBIe pa fogs SEAN OUT J seus mctotiog de) fetrigagsd & 108 varios encapsulamentos, NBo: podemos ignorar ma WF sat Str iolO gins, We 2 vainiSes BtLamusc ere Se oe Cait oh (ty fs CCH Rok Wan) OW POWER ECi, CMOS. idl dots Co ciBIcNas. WOVAETE TONGA) B57 Mais uma observacao: durante e no fim das aulas, sero propostos varios exerc(cios, cuja finalidade ¢ ade rever 0 que jé foi estudado e tornar o curso mais "vivo"; seréo étimos auxiliares dos futuros estudantes do curso, pois mesmo os mais simples foram "bolados”’ para facilitar assimilacdo da ma- téria, De volta ao programa, estaremos dando uma olhada em algebra booleana, na sua relaco com os circuitos l6gicos; veremos'as tabelas da verdade, as regras booleanas, a otimizagéo de expressdes légi cas. Preparados desta maneira, entraremos “de sola’ em circuitos mais complexos, tais como “‘flip- flops” e registradores, ‘‘flip-flops””“set/reset”, tipo De JK. Enfrentaremos, entdo, sem susto, os contadores bindrios, os divisores de frequéncia, os descontadores, os contadores up-down (bidirecio- nais), 05 contadores sincronos, os contadores BCD (lembram-se do 74902), os contadores de médulo 3e modulo 5, Os registradores de deslocamentos (shift regis- ters}, sequenciadores (ring counters), “shift registers” MOS dinamicos e estéticos, “clocks’e “one shots”, multivibradores, virdo logo a seguir. Neste ponto, entrardo em cena os circuitos complexos, decodificadores BCD para decimal, octal e hexadecimal, os decodificadores BCD para 7 segmentos. E os codificadores. E os multiple- xadores. Veremos converséo paralela e série, gerador de fungSes booleanas, demultiplexadores, a funcao OU EXCLUSIVO (EXCLUSIVE OR), aplicacdes do somador bindrio. Chegard a vez, entdo, do ope- rador/verificador de paridade, do comparador bi ndrio, dos conversores de cédigo. Finalmente, encararemos as memGrias: as de sb leitura (read only memories-ROM's), nos tipos ROM bipolar, ROM MOS; e suas aplicagdes. Em se- OLOLO1O1O1O1O1O10 10101 BERTO FECHADO ABERTO FECHADO ABERTO fF guida, passaremos por conversio de cédigo ¢ ope- rages aritiméticas, utilizando as ROMs, De repente, microprogramagio e osPLA\progra mmable logic arrays-conjuntos légicos programd- veis) estarao invadindo nosso curso. Estaremos, assim, aptos a estudar a parte de projetos, que aborda critérios para projetos, me- thor desempenho, menor custo; defini¢go do pro- blema, desenvolvimento da tabela da verdade e das equagdes légicas, minimizacao de circuitos, mapas de Karnaugh e a utilizacdo das diversas familias de integrados, Encerraremos nosso curso com a descri¢go completa de um contador/frequencimetro digital, analisando seu circuito de entrada, base de tempo, divisores, circuito de controle e “display”. A cha- ve da parte conclusiva seré a explanagdo sobre ar- quitetura de computador, circuitos de entrada/sai da (1/0), processador central, meméria, periféricos © por fim, 0 programa. E temos certeza que, neste estdgio de adientamento do curso, todos entende- 180 estes tépicos. Como se vé, 0 programa é longo, a matéria abrangida é vasta, mas acreditamos que qualquer pessoa, com conhecimento basico de eletrOnica, esteja capacitada a acompanhar 0 curso, sem gran- des dificuldades. Insistimos em que os exercicios sejam respon- didos ou resolvidos e, no caso de surgir algum pro- blema com as respostas, sugerimos uma revisio na matéria correspondente. Se ainda assim persistir alguma duvida, escrevam, e a equipe da Nova Ele- trénica tentaré esclarece-la, na medida do possivel. © que nunca se deve fazer é desanimar ao encon- trar dificuldades, pois um bom conhecimento da rea digital pode ser de grande utilidade na vida Profissional, além de ser interessante, como “hobby”. E estaremos sempre aqui, para ajudar. Entéo, mes que vem comecamos, lépis na mao, “cuca” ligada. GADO DESLIGADO LIGADO DESLIGADO LIGAD OLOIOLOLOIOLO1O1O1O 101 758 NOVAELETRONICA 0 MINILUME UM KIT DIFERENTE Que as lémpadas fluorescentes iluminam bem mais que as incandescentes, ndo hé davida. Mas, seria apenas este 0 motivo da grande difusdo da iluminagao fluorescente? Vocé jd se perguntou porque, na maior parte de locais de trabalho e estudo, 6 preferido tal tipo de iluminagao? 0 outro motivo também ¢ simples, porém me- nos evidente: 0 menor consumo das limpadas fluo- rescentes. Portanto, se uma fornece mais luz, com um consumo comparativamente menor, dizemos que ela tem um maior rendimento, isto é, um melhor aproveitamento da energia consumida. Todos podem comprovar o que foi dito, facil- mente, em especial aqueles que jé tentaram trocar limpadas incandescentes e fluorescentes e sentiram como as do primeiro tipo queimam os dedos, enquanto as do segundo esto sempre praticamen- te frias. Isto quer dizer que, na lampada incandes- cente, uma grande parte da energia consumida é perdida como calor; por outro lado, a fluores- cente aproveita uma porcentagem bem maior da energia que consome, para fornece-la em forma de luz. Este € 0 seu segredo. E existe um terceiro motivo: o tempo de vida, que, na incandescente, varia de 750 a 1000 horas, € na fluorescente, de 5000 a 7500 horas. Que di- ferenga, hein? 760 NOVA ELETRONICA De fato, as vantagens sio muitas; mas, como sempre acontece, existe uma pequena desvanta- gem: a lmpada fluorescente necesita de um dis- Positivo adicional, para poder acender, quando 6 ligada. Esse dispositive ¢ uma bobina (normal- «mente chamada de reator), cuja fun¢do é provocar uma sobretenséo (tenso maior que a de funcio- namento normal) sobre a lémpada, fazendo-a acender. Deste modo, 0 acendimento de uma lampada fluorescente divide-se em dois estagios: a) - Partida; b) - Funcionamento normal. Devido a diferenea de condiges existente en- tre um estégio e outro, tais lampadas, fossem Pequenas ou grandes, sempre exigiram uma ten- sdo de alimentagdo elevada; assim, quase todas as lampadas desse tipo foram fabricadas para ten- sdes de 110 a 220 volts, as tensdes da rede, e ndo eram vistas em iluminagdo de veiculos, de bar. 0s, em lanternas a pilhas e outras aplicagées a baixa tensdo. R Quem nao gostaria de ter em seu automével, caminhéo, barco, barraca de camping, sitio, uma boa dose de iluminacdo a mais, através de uma lampada fluorescente? Pois agora isto jd possivel,, ‘gracas ao kit MINILUME! Ele funciona em 12 volts, em corrente cont/nua, tensdo fornecida pela bateria de qualquer vefculo, tornando-o extrema- mente versétil, podendo ser utilizado em qualquer lugar, praticamente. O problema da sobretenséo na lampada, na ocasifo do acendimento, foi resolvido por um circuito eletronico (um con- versor CC-CA) que fornece ao reator a tenséo adequada, A limpada escolhida para 0 MINILUME tem. 6 watts de potencia e 23 cm de comprimento, ideal para iluminar pequenos ambientes e com ‘todas as vantagens, jd citadas, das limpadas fluo- rescentes maiores. O conjunto pode ser usado ‘tanto como uma lanterna manual, portatil (sendo B ligada 4 bateria do veiculo, quando necessério), ‘ou pode ser fixado, por meio de parafusos, no in- terior do automével, cabine de caminhéo, etc. No que se refere a montagem, este € 0 kit que menos dificuldades oferece. Voce jd viu como ele 6 montado e funcionando, na ilustracdo de entra- da; na foto da fig. 1, 0 conjunto aparece desmon- tado, do jeito que ¢ fornecido em kit. Observe que ele 6 formado por seis pecas diferentes: a base de montagem do conjunto, a base de montagem da lampada, o cristal transparente, a lmpada fluo- rescente, 0 circuito impresso e os fios de cone- xéo. A fotografia jd mostra uma vista explodida do MINILUME, isto é, 0 canjunto désmontado, mas com indicagéo da posicéo de cada peca. Com tudo o que jé vimos, 36 nos resta passar & montagem do MINILUME. Antes, uma adver- tencia: voce deve ter notado que a base da limpa- da estd revestida com uma folha de material alu- ido; este material, além de servir como re- mu NOVAELETRONICA 761 FIGURA 1 fletor, para um melhor aproveitamento da luz gerada pela lampada, ¢ indispensdvel, como ele- mento de partida da mesma. Por isso, essa folha nao deve ser retirada de seu lugar e é muito impor- tante que faca contato com um dos terminais da lampada (veja a fig. 2). A primeira providencia a tomar, ao iniciar a montagem, é conectar 0 FIGURA 2 terminais da lampada (fig. 3); deixe desligado, po- rém, um dos fios que véo 4. fonte , para efetuar um ajuste que veremos mais adiante, no texto (fig. 4). A segunda providencia é soldar 0 reator a0 circuito impresso; a placa deve ficar por cima do reator, € 0s fios, enfiados nos furos correspon- dentes (veja fig. 5). Depois é 36 soldé-los e cortar © excesso de fio com um alicate de corte. Fixe © circuito impresso com seus parafusos. O préximo passo é fazer 0 restante das cone- xées, OU seja, com o interruptor geral do ma @ com os terminais externos de alimentagdo do mesmo. Verifique, na fig. 6, que os fios ligados a0 interruptor estéo soldados, enquanto aqueles conectados aos terminais externos esto fixados ‘apenas por meio de parafusos. Instale agora a lampada sobre seus terminais ¢ complete a montagem, fixando o cristal transpa- rente. Esta peca ndo tem somente a funcao de pro- teger a lémpada e dar um bom acabamento ao c1—100 pF/16y c2— 01 pF RI sen, 2-200. FIGURA 3 762 NOVAELETRONICA 14 FIGURA 4 FIGURA 6 MINILUME, mas também a de garantir um perfei- to contato entre a lampada e o seu terminal de alimentagéo; conclui-se, assim, que ndo se deve ligar 0 MINILUME sem o cristal (fig. 7). Nosso MINILUME esté quase pronto para operar. Falta apenas a pequena operacdo de ajuste, da qual falamos, algumas linhas atrés. Voite & fig. 4, para proceder a essa operacio: 6 s6 conectar um amperimetro CC no ponto indi- cado na figura e, com o MINILUME funcionando, girar 0 trimpot do circuito impresso, através do orificio feito para isso, com uma chave de fenda, até a lampada fornecer a méxima luminosidade; ai, basta girar novamente o eixo do trimpot, até que 0 amperfmetro indique 500 mA, aproxi- madamente, que 6 a corrente ideal de funciona- mento da lampada. Nunca ajuste o trimpot para uma corrente inferior a 400 mA, sob pena de provocar o envelhecimento répido da limpada. E, outra coisa: sendo o elemento de reagdo do sis- tema, a limpada néo deve ser removida, estando ‘© conjunto ligado, pois isto ocasionaria um super- aquecimento do transistor, responsivel pelo fun- cionamento do conversor. Retireo aparelho de medida do circuito do MINILUME,e finalmente, parafuse a base do conjunto, firmemente. Note que, na sua parte inferior, o MINILUME, Possue dois terminais, para se conectar a tensdo de alimentacao, com a indicagéo + e - referen- ‘te aos polos da bateria. Seu MINILUME estdé pronto para ser util, onde for necessério: no automével, cabine de caminhao, em “wraillers’, barracas de camping, em barcos, para iluminagéo ou pesca noturna, em énibus, ambulancias, avides de pequeno porte, ou para iluminagdo de emergencia, em geral. Em todos esses casos, com muita luz a mais e com maior eficiencia que qualquer outra “fonte de clari dade”. FIGURA § FIGURA 7 5 NOVA ELETRONICA 763 EsTROsOmm © baile animado, muita danca, muita masica, muito papo. Quem néo gosta, no fim de semana, de curtir um bom baile? Quando ¢ no clube, @ gente nao precisa esquentar com nada: o baiie esté pronto, 0 conjunto ou as fitas esto escolhi dos, 08 efeitos, preparados; & s6 chegar e aprovei tar. Mas quese todo mundo ja teve a oportunidad de participar de uma festa ou baile de um colega, feito assim meio na base do improviso, no saldo de festas da casa ou do prédio onde ele mora, ou, entGo, na garagem, gentilmente cedida pelo carro do pai dele. . Séo aquelas vezes em que, além de convidado, a gente acaba virando produtor, orga nizador e até assessor técnico, em som e luz, do baile. Entéo € quando aparecem os problemas de conseguir as misicas escolhidas, pedido fitas emprestadas ou gravando por af; de arranjar um bom lugar para o sistema de som; e de arrumar as luzes coloridas, a luz negra, a luz estroboscépica. A "“strobo” 6 0 que da aquele ar mais profis- sional e incrementado aos bailes, e também, um dos equipamentos mais diffceis de se conseguir. Tentar produzir o efeito estroboscépico com lémpadas fluorescentes ndo resolve, porque a sua iluminacdo assim como a sua frequencia de “pis- cagem”, ndo so suficientes para essa aplicacdo. No fim, 0 efeito acaba ficando de lado, ou entéo, muito ruim. O segredo, para um strobo, é usar uma lmpada de xenonio (ou xenon), que fornece uma luz bastante forte e a frequencia ideal dos lam: pejos. Mas, infelizmente, ndo existe um conjunto estroboscépico “baratinho”, que valha a pena comprar, para esses bailes. Pensando no assunto, a Nova Eletronica resol- yeu dar uma ajudazinha, tanto para aumentar 0 efeito nas pistas de danca, como para diminuir a quantidade de fios e componentes “pendurados’’ nos “bastidores”” do baile (na sala de som, é claro), langando um kit de luz estroboscépica, com lém- pada e tudo, a um preco bem mais acessivel. Assim nasceu a Strobo. Ela tem o aspecto que voc’ ve na foto de entrada; tem o tamanho e a po- tencia ideal para salées pequenos de clubes, salas ou saldes de festas, em casas ou edificio, e para a cléssica garagem no fundo do quintal. Mas, pa- ra locais maiores, pode-se usar duas ou tres Stro bos, instalando-as em pontos estratégicos, e pis- cando a0 mesmo tempo ou separadamente, o que 764 NOVA ELETRONICA 76 vai aumentar ainda mais 0 impacto do efeito estro: boscépico. A nossa Strobo tem ainda um potencio- metro para se controlar a frequencia dos lampejos, desde 3 até 40 “piscadas” por segundo; 0 que sig- nifica que cada um vai poder ajustar a cadencia da lmpada a seu gosto. Sendo portétil ¢ leve (tem até mesmo uma alea) pode ser levada com facilidade para qualquer lugar e ficar pendurada, na hora da festa, em qualquer canto, E bastante util para constar como parte do equipamento de conjuntos itinerantes, que tocam em bailes de varias cidades, ou como acessério, para o pessoal que faz montagem de bailes. A Strobo tem um outro lado interessante, que € a utilizagao técnica. Uma delas é a medicdo da 7 rotago de motores elétricos. Como se faz isso? E simples: colocamos, primeiramente, uma refe- rencia na ponta do eixo do motor (uma linha, riscada com giz branco, por exemplo). Depois, com 0 motor em movimento, dirigimos a luz estrobosc6pica para a ponta do eixo; percebemos, esse instante, que, variando a frequencia da luz, a rotagéo da linha branea de giz vai parecer variar também, ora mais répida, ora mais lenta, até que, hum certo ponto, teremos a ilusdo de que esté parada, Nesse ponto, se a escala do potenciometro estiver calibrada em rpm, teremos a rotacdo do motor. Isto pode ser efetuado com a nossa Strobo, se calibrarmos uma escala, em torno do eixo do potenciometro, através de um tacémetro padrao. FIGURA L Outra possibilidade so as fotografias feitas com luz estroboscépica, iguais 4 que vocé vé no inicio deste artigo, A strobo age, neste caso, como um flash eletrénico repetitivo, captando momentos sucessivos do movimento de um objeto; uma caracter(stica que revela grandes possibilidades em fotos artisticas, ou mesmo para fotos cientificas, em estudos de movimento. E a sua utilizagdo é exatamente igual a de um flash:o filme é exposto, apenas sob a luz da Strobo, durante 0 tempo necessério, O potenciémetro da nossa Strobo permite a variago da frequéncia dos lampejos, fazendo com que possamos obter varias imagens diferentes de um mesmo movimento, com maior ‘ou menor riqueza de detalhes. FUNCIONAMENTO. Seja vooé um fotégrafo, um técnico ou um or- ganizador de bailes, é interessante saber como fun- ciona a Strobo, Na fig. 1 estd 0 circuito utilizado; ele se compée, basicamente, além da limpada, de dois dispositivos semicondutores especiais: 0 SCR, dor controlado de silfcio, 0 qual nada mais € que um diodo que dispara (ou seja, comega a conduzir) quando um pulso 6 aplicado 20 seu terceiro terminal, o “gate” (G). O transistor de unijuncao, ou UJT, também opera por disparos, com a diferenca de que isto ¢ conseguido por meio de um nivel de tensio adequado entre emissor (E) ea base 2 (B2). A lémpada de xen6nio funciona de uma inane’ ra semelhante 4 do SCR. Como seu nome jé diz, 0 bulbo desta lémpada foi preenchido com um gés Faro, © xendnio, sob pressio. Quando ionizado, ou seja, quando alguns elétrons desprendem-se do ni- cleo, nos dtomos do gés, este emite energia lumi- nosa. Para qua tal aconteca, porém, & necesséria uma certa tenséo entre os terminais dos extremos 766 NOVAELETRONICA da lmpada e de um pulso no terminal central, que de inicio ao proceso de ionizagéo. Com o surgi mento do pulso, uma corrente comeca a fluir pela lampadae esta emite luz. Visto isso, vamos passar 4 anélise do circuito. Partindo do lado direito do esquema, na fig, 1: © capacitor C5 é carregado através do poten- ciémetro R9 e do resistor R4; quando a tenséo em CB atinge um nivel determinado, o transistor Q1 (UJT) dispara, e © capacitor se descarrega por ele. Com o capacitor descarregado, o transistor vol- ta ao estado anterior, e 0 processo se repete con- tihuamente, a uma frequéncia calculada, deter’ nada pelos valores de R9, R4-e C5, Cada vez que C5 se descarrega pelo UJT, apare- ce um pulso sobre R7, que, chegando ao “gate” do SCR, provoca seu disparo. Disparado o SCR, ele comega a conduzir entre os terminais A (anodo) e C (catodo), e deixa pasar um pulso para o primé- rio do transformador T1. A alimentagéo do circuito é feita por uma se- néide retificada em onda completa (através de D1 © D2); como se vé pela fig. 2, este sinal alcanca o nivel zero de tensdo a cada ciclo. Sempre que isto acontece, o SCR deixard de conduzir, e s6 voltaré @ fazé-lo no momento em que outro pulso surgir em seu “gate”, na descarga seguinte de C5, +V. FIGURA 2 78 SOF 25V 8 RELAGAO DE COMPONENTES. 00 SCR TIC 1068 ee ON 2N28AB nar D1,D2— 1N4004.-~_—o/®e R1 — 2 resistores 4702 - 20W em paralelo R2 —150K2 R3 — 220 R4 —15KQ R5 — 1000 R6 —100KQ R7 -3300 R8 —220KQ — R9 —poténciometro 47KQ—- {todos de 1/4W,andoserR1). 70/00 C1, C2 — 32yF /350V C3 — 0,22 yF/250V C4 — 50 uF /25V C5 — 22 uF /25V pt) aged aan ee, 0,0* T1 —transformador —~ 24,00 CH1 —interruptor geral Placa de Fiacao Impresso — n° 3027 — Nova Eletronica <> Caixa para Montagem — 60, 50 Refletor Parafusos e Porcas p/ montagem —~ () Cordéo de Alimentago Solda Trindcleo — 1m Fiode Cobre — 12 AWG Fio Fino, Encapado, para LigagBes Voltemos agora ao pulso no primério de T1. Ele no passa de um “pico” de tenséo, pois o SCR logo deixa de conduzir, quando a tensao entre os terminais A e C cai a zero, Mas este pico ¢ suficien te para induzir no secundério de T1 um outro “pi co”, mas com uma tenséo bem maior, adequada para disparar a limpada e faze-la acender. Eis nossa andlise da direita para a esquerda; va- ‘mos partir, agora, da esquerda: Os pontos A e B séo a entrada da alimentagdo de todo 0 circuito (110V 60H); esta tensio re- tificada pelos diodos D1 e D2 e depois, ¢ dobrada pelos capacitores C1 e C2, da seguinte maneira quando 0 ponto A esté mais positive que o ponto B, D1 conduz e D2, ndo;0 capacitor C1 é carrega- do, Quando, ao contrério, o ponto B estiver mais positivo que o A, serd a vez de D2 conduzir, carre- gando 0 capacitor C2. Como a capacidade em am bos é suficientemente grande para evitar a descarga, teremos entre os terminais da limpada uma tensdo dobrada, isto é, de 220 volts, aproximadamente. Esta tensio ¢ a que precisamos para o disparo da lampada. Para alimentar 0 circuito do UJT, os 220 volts so reduzidos a um nivel adequado, pelo resistor R6. 79 # DESELECTRON TEM § OS COMPONENTES QUE O AVANGO DA SUA INDUSTRIA EXIGE! FAIRCHILD Fairchild 6 garantia de qualidade e preciso para 08 produtos da sua indistria, Deselectron 6a @ fgarantia permanente de fornécimento de. semi- Condutores Fairchild. Temos tudo Isto muito mais #0 seu dispor. Consulte-nos DIODOS (NACIONAL) 3 donwrs one 19) 3 fettcaloes Tae B LincaRes (© Operacionale ‘TRANSISTORES. come orto aapuioe © iat 6 iepiys ome TBA, TAA, CA'S ‘cores “e "a Tine @ dares ote ie 1 3 rosea auns/s 2 satiate Ect © rscalors do s0He 8 cmos roan « kaphenres 3 one 3 oN cs Ls © Relégios Linc 3 Emits ass ole PROCESSADORES 3 Bue tg 16 600 lemrisa RAM, ROM ¢ PROM (wo8. © Bipot) Intortsces Abe DIA ‘Ampla capacidade Técnico-Comercial em distr bbulgéo (Engenharia e Laboratorio de Aplicacdes) Consulte-nos solicitando a visita de nossos re- presentantes: DESELECTRON ELETRONICA LTDA. Sto Paulo: Pus Catto Alves, 402» Acimeeso Fenes: (01) Zressto - 270-035 Ribeirdo Preto: Sr. Paulo Garde ~ Rue Monsenhor Siausia, Bia Fone: (108) 34275, flo de Janviro: Eng, Joss Behar - Rus Republica eo Libano 45°. Fone 021) 22-1088 Bolo Horlzonte: C.S.A. RopresentarSea © Comérclo_ Lids. ‘Av Augusto se Lima, 1113 Loja 102 Galeria Chaves Foe! (03) air owre DISTRIBUIDOR Deselectron desenvolvimento em eletranica NOVAELETRONICA 767 AQIMORT33 AVOM FIGURA 3 o1opos Scr pO _ BASE? 5 = + - t aaset eMISSOR 285 FIGURA 4 Assim, funciona, entdo, a nossa Strobo. Perce- bemos agora que 0s pulsos repetidos sdo os respon- séveis pelas “piscagens” da lampada e também, que R9 é o poténciometro com o qual podemos variar a frequéncia dessas “piscagens”. MONTAGEM Podemos pensar, a esta altura dos acontecimen- tos, em montar os componentes sober a placa de Circuito impress, e, logo apés, em introduzir 0 conjunto na caixa apropriada. A fig. 3 mostra a FIGURA S 768 NOVA ELETRONICA placa da Strobo em transparéncia (isto 6, vista pelo lado dos componentes, mas aparecendo o lado co- breado, como se a estivessemos olhando contra 2 luz) é nesta placa que sero montados os compo: nentes. Monte, em primeiro lugar, os resistores e capaci- tores, exceto C1 e C20 transistor Q1, 0 SCR e os diodos D1 e D2; para se certificar da colocacao correta dos semicondutores, consulte a fig. 4, onde 08 terminais de Q1, do SCR e dos diodos estéo identificados. Observe que o resistor R1 é, na verdade, forma- do por dois resistores de 470 ohms — 20 W, ligados em paralelo, originando um 36 resistor de 235 ohms — 40 W. A préxima medida instalar os capacitores do- bradores C1 e C2, Sendo de alta tenséo, estes componentes no possuem terminais compr para soldagem em circuito impresso; assim, ¢ preci- 30, antes de tudo, soldar pedacos de fio de cobre nu, bitola 10 ou 12 AWG, nos pontos de soldagem desses capacitores, 56 entdo, vocé deve colocé-los, e soldar os fios aos seus terminais (veja este detalhe na fig. 5). 80 FIGURA 6 A limpada ¢ a préxima, Antes de soldé-la, porém, fixe o seu refletor, bem no centro da area da mesma, por meio de um parafuso. Pode montar a limpada, um pouco afastada do refletor. Veja estas duas ultimas operagées reunidas na fig. 6. Por fim, sobrou a bobina; existem alguns deta- thes importantes a respeito desta parte, por isto julgamos que a bobina merecia a fig. 7 sé para ela. Ld se vé a posicao correta de montagem da mesma e também uma “dica’’ de como monté-la, com pe- dacos de fio de cobre, bitola 12 AWG, que, além de a conectarem ao circuito, Ihe ddo uma boa rigi- dez mecénica. Os nicos componentes que ficaram fora da placa so 0 poténciometro RQ e o interruptor ge- ral CH1. Na fig. 8, representamos novamente o cir- cuito impresso da Strobo, com estas pecas ligadas ‘em seus lugares. Terminando esta parte da montagem, voc’ jé pode testar a sua Strobo, se quiser; verifique todas as soldagens, certifique-se de que nao se enganou msn 478 FIGURA 8 FIGURA 7 na polaridade da bobina, dos diodos e se ndo trocou 08 terminais do UJT e do SCR. Ligue 0 circuito a uma tensfo de 110V — 60Hz; a kimpada deve piscar e variar as piscagens quando o potenciome- tro € girado. Neste ponto, vale uma adverténcia muito cuidado com a érea do circuito impresso, na face cobreada, vizinha aos capacitores dobradores e a lampada, pois ld existe, permanentemente, uma tenséo de 220 volts. Um choque destes pode machucar bastante e ser até perigoso. A caixa aguarda a sua Strobo. Se ela funcionou bem, € hora de instalé-la em seu lugar. A fig. 9 6 bastante informativa; através dela, vocé fica saben- do a colocacéo do poténciometro, do interruptor, do cordao de alimentacdo, além de ter uma idéia de como instalar a placa na caixa. Veja as barras de madeira onde a placa fica apoiada. _ Para evitar dispersdo de luz, sugerimos. pintar de preto as paredes internas da cai ‘Na fig. 10 temos a sequéncia da fig. 9, com a Placa jé fixada é caixa. 110 60Hz at NOVA ELETRONICA 769 FIGURA9 Se voeé chegou até aqui, temos uma boa noticia: a montagem estd terminada; feche a caixa, e pron- tol Use sua Strobo como e onde quiser, em bailes, em fotografias ou em mediges, mas siga sempre esta regrinha bisica: ndo deixe o circuito ligado ae FIGURA 10 710 NOVAELETRONICA mais que 20 minutos seguidos, por vez, fazendo pausas de 5 a 10 minutos, para que a lampada no corra perigo. Esta no é uma limitago do nosso kit, apenas, mas de todas as luzes estroboscépicas existentes. Vooé jé reparou, por acaso, que, em bailes e discotecas, estas luzes nunca estdo piscan- do contnuamente? SUPLEMENTO Revista EVIE MICROCOMPUTADORES GERALDO COEN ‘do 6 de nosso curso apresentard, na a parte PROCESSADOR, as instrugdes de decisao. O PROGRAMA desenvolvido sera um programa de desvio por tabela ena parte COMPUTACAO, estudaremos 0 Editor de textos. PROCESSADOR Frequentemente — e impropriamente — os computadores séo chamados "“cérebros eletréni- cos”, Esta denominacao ¢ consequéncia do fato do computador ser capaz de tomar decisées. Comparemos um computador com uma mé- quina de calcular. No computador, tenho uma ins- trugéo de soma. Na maquina de calcular, tenho uma tecla de somar que também realiza uma soma. Mas apés feita a soma, a maquina de calcular para e espera que 0 usuério decida qual seré a proxima operacao. Suponhamos que se o resultado fér ne- gativo, os caélculos devem parar e que se o resulta- do for positivo, deve-se calcular uma percentagem. © homem que est usando a méquina devers tomar esta decisdo No entanto, se estiver usando um computador para este trabalho, a decisio poderd ser feita pelo programa. Se o resultado da soma fér negativo, 0 programa para. Se for positivo, o programa calcu- 772, NOVA ELETRONICA laré a percentagem, sem que seja necessdria a inter- venggo humana, Eis 0 que faz do computador uma maquina extraordinéria: a capacidade de tomar decisdes. Claro, esta capacidade & controlada pelo homem que faz 0 programa. Mais uma razo para aprender- mos a programar! Como € que o programa “toma decisées!”? Através das instrug6es de salto ou desvio. Veja por exemplo 0 programa MOVER da licdo anterior. A instrugdo 9 & uma instrugo de salto que faz 0 pro- grama voltar & instrugo 4 para mover mais um cardter, até 0 contador de caracteres chegar a zero, ‘Vamos ver em detalhes como funcionamas ins trugdes de salto. O programa é sempre executado pelo processador uma instrucgo apés a outra, se- quencialmente. Nosso processador tem um regis- trador especial de 16 lits, chamado Program Counter ou PCque contém sempre oendereco da instrugdo seguinte. Ao comecar 0 programa, 0 PC vale zero. A instrucdo que esté no endereco zero é obtida pela unidade central para ser executada, Mas antes de executé-la, a unidade central jé calcu- la 0 enderego da instrucdo seguinte. Se a primeira instrugdo tiver bytes, o PC passa a valer 3. Se ela tiver s6 byte, o PC passa a valer 1. Depois de exe cutada a instrugao, a unidade central, automatica- mente, vai obter outra instrucdo no endereco dado pelo PC e recalculé-lo. E assim por diante. Este é 0 proceso de execugdo sequencial de instrugSes. Ve- jaa figura 1 O que acontece quando o processador encon- tra uma instrucdo de salto ou desvio de sequéncia? O endereco dado por esta instrugdo ¢ calculado e carregado no PC. Por exemplo, se foi encontrada a instrucdo JMP 5, a unidade central carregard 0 va- lor 5 no PC, Em consequéncia, a instrucdo a ser executada ndo serd a seguinte e sim a instrucdo do enderego 5, Apés executada esta, a unidade central volta a executar instrugées sequencialmen- te, até encontrar outra instrugdo de salto. Veja a figura 2. 85 FIGURA 1 esta sendo executada a instrugdo do enderego |4 NOVAELETRONICA 773 estd sendo executado a instruggo de salto do endereco 21. FIGURA 2 Meméria com programa gica “se . Vejamos agora quais so estas instrugdes, Instrugées “JUMP” A. instrugdo JMP simplesmente transfere o contréle para o endereco especificado. Ou seja, este endereco é carregado no PC. O salto pode ser tanto para frente quanto para trds, dentro do programa, Esta instrugo 6 chamada de desvio incondicional porque desvia sempre. Se for ma! utilizada, pode fazer um programa ficar num ciclo indefinidamente. Diz-se que 0 programa “entrou em loop". Ver figura 4. A instrugdo Je efetua 0 desvio condicional. Se a condicao for satisfeita, é efetuado o salto. Caso contrério, prossegue a execucdo sequencial. A letra O processo de decisfo em um computador é —_— FIGURA4 realizado através de instrugdes de salto condicio- eeu nais. Estas instrugSes testam uma determinada —— estenelia INP condi¢do e conforme o caso efetuam um salto ou a deixam a unidade central continuar com a execu- == ¢40 sequencial normal, No exemple dado no inicio, usarfamos uma instrugdo de “salto se negativo””. Se ‘© ndmero fér negativo saltaremos para um ponto JMP_17 do programa onde colocaremos uma instrug3o de parada. Caso contrério, o programa continuaré com 0 calculo da porcentagem. Que condigdes podem ser testadas no 8080 ? So aquelas indicadas pelos 4 bits de condi¢o, que eS esto representados na figura 3 (lembre-se da ligdo 3). Estes 4 bits s80 posicionados apés instrucdes aritméticas, instrugSes légicas e comparacbes. De- —= pois de uma destas instrugdes podem ser testados = INDICADOR conDi¢ao copico IMP [endorse] ZERO=0 ——_NZ-Not zer0 000 ZERO=1 2 zero oot vet ocean on vet pe ths endereco Po PO -perity odd 100 Pad PE -parity even 101 JZ s =o > plus 110 St crim " FIGURA 3 — condigdes IC enderego por uma instrugdo de salto. Temos portanto 8 con- Instrucdes [pq angereco digdes possiveis para salto. de desvio ici der Note que obit AC (auxiliary carry) no pode C°Mdicional seve ser usado para teste. Ele é usado somente na ins- [JP [| endereco _| trugo DAA (decimal adjust). = i CONCLUSAO: as instrugdes de desvio condi- cacoeys [COM cional permitem ao programa realizar a funcdo |6- 774 NOVA ELETRONICA | JM 3 ——senesstivo_} FIGURA6 Exemplo de desvio condicional ¢ pode ser substitu(da por uma das oito condigdes possiveis. Temos entdo 8 instrugGes de salto con- dicional. Ver figuras 5 ¢ 6. instrugSes de desvio incondicional @ condicional s60 suficientes para todas as neces- sidades de programago. No entanto, para realizar programas mais elaborados, o 8080 oferece uma série de recursos que veremos agora. Subrotinas Imaginemos um programa para cdIculos com- plexos. Por exemplo, um programa para célculo de ircuitos elétricos. Em varios pontos do programa Precisaremos multiplicar dois numeros, Uma pri- meira solugéo esté na figura 7a. Em cada um dos. Pontos em que precisamos multiplicar encaixamos as instrugdes de multiplicago: programa dado na ligdo 4. FIGURA7 Subrotina 87 NOVAELETRONICA 775 Ce) oo ety Uma segunda soluggo, representada na figura 7b, 6 encaixar uma véz $6 as instrugées de multipli cago. Em cada um dos trés pontos do programa em que queremos multiplicar colocamos uma instruggo que desvia para a subrotina (=trecho de programa) de multiplicaggo. Ao final, a subrotina deve ter uma instruggo que desvia de volta para o lugar de onde foi chamada. ‘Vantagens de se usar subrotinas: ocupa-se me- ‘nos espago de programa na meméria e, princical- mente, a subrotina pode ser preparada e testada se- paradamente do programa principal. Esta forma de Programar chama-se programagdo modular. Pro- grama-se por partes, decompondo o programa em varias subrotinas que depois sfo montadas para fazer 0 programa completo. Uma vantagem adi cional muito importante 6 que as subrotinas podem ser aproveitadas em outros programas. Constroi-se assim uma biblioteca de subrotinas que seréo usadas para elaborar programas cada vez mais complexos. Como usar subrotinas? Em primeiro lugar, de- ve haver uma convenco quanto 2 forma de passar desvios para a subrotina: 6 o problema da passagem de pardmetros. Por exemplo, se a rotina de multi- plicac&o trabalha com 0 multiplicando no registra- dor B e 0 multiplicador no C, em todos os pontos em que ela ¢ chamada devemos antes carregar 0 multiplicando em 8 e o multiplicador em C. Em segundo lugar, a subrotina ndo deve estragar os re- gistradores usados no programa principal. Para isso, ela pode guardar os registradores na meméria e, a0 final, resturar o seu valor. Adiante veremos que 0 8080 possui instrugSes especiais para fazer isso. Em terceiro lugar, as instrugSes de desvio de- vem ser instrucdes especiais. Com efeito, a subro- tina deve voltar 20 ponto de onde foi chamado. Este endereco deve ser entdo guardado em algum lugar antes do desvio para a subrotina. Duas instru- es fazem isso automaticamente. A instrugo CALL desvia para 0 enderego es- pecificado, guardando antes o endereco da instru- Go seguinte (veremos mais tarde onde é guardado). A instruggo RET volta para o endereco que foi guardado. Ver figura 8. Note que a instruggo RET voltaré sempre ao enderego seguinte & Gitima cha- mada. A subrotina no precisa “saber” de onde foi chamada. Pode portanto ser preparada indepen- dentemente do programa principal. Para tornar a programa¢ao mais flexivel, ‘8080, além das instrugdes CALL e RET possui ins- trugdes CALL condicional e RET condicional. Com estas instrugSes posso desviar para uma sub- rotina se uma certa condi¢go for satisfeita, Caso 776 NOVA ELETRONICA TIT , {TUTTI Catt Tendefeco ) RET FiGURA 8_Chamada e volta de subrotina contrério continua a execucdo sequencial. Posso também voltar de uma subrotina caso uma condi- ‘¢80 seja seja satisfeita. Caso contrétio continuo executando a subrotina, Ver figura 9. | CNC" | endereco | | CPO” | “endereco | CPE | endereco | [cm [endereco | FIGURA9 CALL e RET condicionais INIZ| Apilha (stack) O que vai acontecer se uma subrotina precisar, or sua vez, chamar outra subrotina? Por exemplo, uma subrotina de multiplicacgo algébrica pode usar uma subrotina de multiplicagdo inteira. Te- mos entdo subrotinas em varios niveis. Ver figura 10. Como faz 0 8080 para ndo haver confuséo na execucdo das instrugdes RET? ‘Vamos entender entéo como € guardado o en- dereco de volta das subrotinas. O programador de- ve reservar uma drea de meméria que seré chamada pilha (stack em inglés). O endereco desta drea é carregado no registrador especial SP (stack pointer) de 16 bits. Ao ser efetuada uma instrugo CALL, o PC, que tem o endereco da instrucdo seguinte 20 CALL 6 guardado na pilha eo SP é recuado de 2 bytes. Inversamente, a instrugdo RET carrega no Subrotinas em dois niveis os ITIL z m q FIGURA 10 inicialmente SP. 707, depois de CALL A SP (TT 200107 depois de CALL B LT 107 depois do RET da subrotina B FIGURA 11 Funcionamento da pilha PC 0 endereco que estd na pilha, apontado pelo SP, e avanga o SP. Se dentro da subrotina, antes do RET, é dado um novo CALL, de novo 0 endereco, da instrugdo seguinte serd quardado na pilha, abai- xo do primeiro enderego, e o SP recuard. A instru- do RET da segunda subrotina voltard ao segundo enderego guardado e avancaré o SP, O RET da primeira subrotina voltaré a0 programa principal e avangaré de novo o SP. Desta forma, os enderegos de volta de subrotinas séo “empilhados” pelo CALL e “desempilhados” pelo RET. Veja a figura 1. Além de ser usada para guardar enderscos de volta das subrotinas através de instrugdes CALL ¢ RET, a pilha pode ser usada diretamente pelo pro- gramador. Por exemplo, pode-se usar a pilha para guardar valores de registradores usados no progra- ma principal. Antes de voltar da subrotina, estes enderecos séo restaurados. depois do RET da subrotina A Duas instrugSes do 8080 trabalham direta- mente com a pilha: PUSH e POP. A instruggo PUSH guarda o par de registradores especificado na pilha e recua o SP. A instrugéo POP restaura o ar especificado e avanea o SP. Podem ser especifi- cados os pares (B,C), (D.E), (H.L) ou PSW. O par PSW inclui a palavra de estado com os bits indica- dores e 0 registrador A. Note que ao restaurar a PSW todos os bits de estado séo afetados. Além destas, duas instrugdes especiais traba- Iham com o registrador SP. A instrugdo XTHL tro- ca 0 contetido da pilha com o par (H,L). A ins- truco SPHL move o contetido do par (H,L) para o SP. E com esta instrugdo ou com a instrugo LX! que podemos carregar no.SP 0 endereco inicial da pilha. Na figura 12 estéo as instrugdes que mexem com a pilha, NOVAELETRONICA 777 FIGURA 12 InstrugSes que trabalham com a pilha Instrugdees especiais © 8080 possui duas instrugdes especiais que ‘mexem com registradores de 16 bits (fig. 13). A instrug3o XCHG troca 0 contetdo do par (DE) com 0 contetido do par (H,L). A instrugéo PCHL transfere 0 contetido do par (H,L)parao registrador PC. Note bem que esta instrugdo 6, na realidade, uma forma de efetuar um desvio. O programa passard a efetuar instrucdes a Partir do ender8go que estava no par (H,L). Pode- mos entéo calcular endereco no par (H,L) e em seguida transferi-los para o PC, Ver figura 13. PROGRAMA ‘Na ligéo anterior, foram propostos 2 exercicios. Antes de elaboramos 0 programa desta ligo, va- mos resolver estes exercicios. CoE oe Instrugdes especiais FIGURA 13 Q primeiro exercicio consistia em modificar ‘© programa MOVER para que os indicadores nfo avangassem inutilmente apés a transferéncia do Gltimo byte. Basta avancar os indexadores antes ndo depois da movimentacao. Deve-se, no entan- to, tomar 0 cuidado de também comegar iniciali- zando os indexadores com os enderégos dos cam- pos menos um, uma véz que antes de mover o primeiro byte 0 indexador jé seré incrementado. Veja o programa figura 14, 778 NOVAELETRONICA Segundo exercicio: Somar 10 algarismos deci- No 8080, ndmeros decimais séo represen- tados na forma chamada “compactada’’. Cada algarismo decimal é representado por seu equiva- lente bindrio em 4 bytes.O;cupa portanto meio byte. Em um byte so colocados dois algarismos deci- mais. Ver figura 15. Note que esta representaco MOVER: LXI ByAQUI-1 LXI HS ALI-1 MVI Ds 40 OUTRO: INX H INX B LDAX B MOV MA DCR D JNZ = QUTRO DS 40 DS 40 END BOA FIGURA 14 nada tem a ver com a converséo do. numero para binério, que é bem diferente. Para somar nimeros decimais no 8080, basta somé-los em bindrio e ‘em seguida usar a instrucdo DAA (Decimal Adjust) que acertaré o valor do acumulador para a repre- sentago decimal compactada. O programa SO- 4 7 Representacao FIGURA 15 decimal compactada MAR modificado esta na figura 16. Note que o contador de bytes a somar comega em 5, uma vez que sS0 10 algarismos decimais a somar, 2 em cada byte. SOMAR: LXI BsNUMI LXI | HeNUM2 xXRA A MVI DoS LDAX B ADC M DAA STAX B INX B INX H pcR D Li S iS LOOP: UNZ NUMI1: DS NUM2: DS END FIGURA 16 BOA INICIALIZAR (H,L) COM END. TABELA CARREGAR O CARATER DA TABELA EM A COMPARAR Aec Programa: a partir de um cardter lido em um. dispositivo de entrada e colocado no registrador C, queremos efetuar uma operagdo, Se for “+”, somar; se for “-", subtrair, e assim por diante, Este programa é um bom exemplo da capa- cidade do computador tomar decisGes e da técni- ca de pesquisa em tabela. Colocaremos na memé- ria uma tabela com o simbolo seguido de ende- régo da rotina de soma, subtra¢4o, ......, respecti- vamente. Ver figura 17. O programa deverd pes- quisar a tabela eté achar um s{mbolo igual ao que esté no registrador C. Af entéo desviard para (0 enderégo que estd na tabela logo apés 0 simbo- FIGURA 17 Tabela para o programa lo. O diagrama de blocos do programa esté na fi gura 18 e 0 programa na figura 19. Note que éste programa supée que o s/mbolo que vem no registrador C deve ser um dos qua- tro simbolos da tabela. A validade do s(mbolo deve ser testada antes de se entrar neste trecho do programa, Caso contrério, o programa estard errado. Observe 0 uso das instrugdes JMP, JZ condi- cional, XCHG ¢ PCHL para efetuar um desvio. Exere(cios propostos: 1) Testar @ validade do simbolo em C dentro deste programa, usando a tabela e desviando para uma rotina ERRO se 0 s(mbolo for invalido. SOMAR 1a (H,L) SOMAR 3a (H,L) FIGURA 18 Diagrama de blocos do programa on DESVIAR P/O ENDERECO DADO POR (HL). NOVAELETRONICA 779 ca DESVIAt LXI Hs TABELA $(HsL) INDEXA A TABELA PROCURA: MOV AsM 3QBTER UM CARATER CMP oc 3E 0 SIMBOLO DADO? JZ ACHOU 3SE FOR» CALCULAR O DESVIO INX H JAVANCAR O INDEXADOR DE 3 INX 4 INX H JMP = PROCURA 3TESTAR 0 SIMBOLO SEGUINTE ACHOU: INX H SAVANCAR 0 INDEXADOR DE 1 MOV ESM 3CARREGAR O ENDERECO INX H 3 APONTADO POR (HsL) MOV Dem 3 NO PAR (D,E) XCHG $TRANSFERI-LO A CHsL) PCHL, 3 DESVIAR TABELA: DB "+" 3SIMBOLO Ww SOMA SENDERECO PARA DESVIO DB w=" DW SUB DB O"*" DW MULT DBZ" DW DIV END BOA FIGURA 19 2) Tentar usar instrugdes diferentes para incrementar o par (H,L) de 3 bytes verificar se outras solugSes so mais vantajosas. COMPUTACAO Veremos hoje uma ferramenta importantissima para 0 programador: o editor de textos. Veremos ‘como se escrevem programas e como se guardam programas. J8 vimos (lig 4) que programas quase nunca sfo feitos em linguagem de mdquina. S40 desen- volvidos numa linguagem mais préxima dos hébitos do programador (Assembler ou outras) e em seguida traduzidos pelo prprio computador para a sua linguagem, Estes programas escritos, por exemplo, em Assembler, so chamados programas fonte. Trabalhar com programas fonte implica ‘em maior velocidade de programacdéo e menos erros. © programa é guardado em linguagem fonte 780 NOVA ELETRONICA © quando necessério ¢ alterado e de novo traduzido para linguagem de maquina. © editor de textos vem nos ajudar a manipuler Programas fonte. O editor é um programa qi |e linhas de programas fonte, por exemplo dati- lografadas em um teclado/impressor, e guarda estas linhas na meméria. Depois de guardado um programa fonte na meméria, podemos mani- puld-lo antes que ele seja traduzido pelo Assem- bier. Os editores de textos dispontveis no mercado permitem em geral as seguintes Funcées: 1. Inserir linhas no meio de um programa. Observe que fazer isso em um programa jé tradu- zido € praticamente imposstvel. Terfamos que deslocar todas as instrugGes e seus enderecos. 2, Retirar linhas de um programa. Mesma dificuldade em programa objeto. 3. Alterar alguns caracteres de uma linha, Com isso podemos passar para a fase de traducdo com © programa praticamente perfeito, evitando aqueles erros que o Assembler deteta por simples falta de um caracter ou de uma virgula. 4. Imprimir 0 texto do programa, ou impri- mir somente algumas linhas, para verificaco. 5. Numerar as lintias do programa. 6. Pesquisar algum carter ou simbolo especial dentro do programa Além destas fungdes basicas, alguns editores oferecem fungées mais complexas. Depois de editado, 0 programa pode ser guar- dado em algum suporte que possa ser lido pelo computador: fita de papel, cassette ou diskette. A fita de papel é um dispositive barato porém len- to, e de acesso sequencial. A fita cassette € um pouco mais répida que a fita de papel. O diskette 6 0 mais caro dos trés, mas também é 0 mais ré- pido e permite acesso direto. Néo preciso pasar por todos os programas anteriores para ler 0 ulti- mo programa, como acontece com 0 cassette ou a fita de papel. © programa fonte guardado pode depois ser traduzido pelo Assembler ou lido de novo pelo Editor para outras alteragSes. Observacdo: existem editores de texto mais completos que so usados para preparo de textos, para impressdo. Possuem fungdes como mudar de tipo gréfico ou separar sflabas no fim de uma li- nha. Geraldo Coen, que vem sendo autor da curso de programagdo de microcomputadores desde seu inicio , é consultor da Editele - Nova Eletrénica e da Prolégica na area de computagao e tem desenvolvido sistemas baseados no microprocessador 8080. disposicao: DIODOS/DIAC Belo Horizante: CSA - Representacoes 1113 - Loja 102 Deseleciron desenvolvimento em eletrénica 93 aS a ta Na Deselectron vocé encontra a qualidade, a precisao, o alto padrao técnico RCA em componentes. Para manutengao de equipamentos eletrénicos, projetos e produgao industrial, colocamos tudo isto a sua CIRCUITOS INTEGRADOS |TRANSISTORES DE POTEHCIA Lineares - Digitais SCR's| de 2 a 100 Amp Triacs} de 100 a 800 volts DESELECTRON ELETRONICA LIDA. DESENVOLVIMEN TO EM ELETRONICA Sao Paulo: Rua Castro Alves, 403 - Fones: (011) 279-5519 - 270-0035 REPRESENTANTES Ribeirao Preto: Sr. Paulo Garde - Rua Mons. Siqueira, 352 - Fone: (0166) 34-2715 Rio de Janeiro: Eng. dosé Behar - R. Rep. Comutagaio Transmissao Alta Voltagem Alta Corrente do Libano, 46 - Fone: (021) 224-7098 e Comercio Ltda. -’Av. Augusto de. Lima, - Galeria Chaves - Fone: (031) 337-9476 NOVA ELETRONICA 781 ISTEMA z Pritt) ry ee ™ nes ite td Ke oor Continuaremos, neste artigo, a falar sobre o circuito do TTV 3216. Jé vimos como se processa a leitura de caracteres, a partir da memoria, e como os caracteres so transformados em um sinal de video composto para o receptor de TV. No explicamos, porém, como & que esse caracteres foram parar na meméria, assunto que traremos agora (a escrita na meméria). Veremos ainda, o cursor, que é um mostrador visual presente na tela, indicando sempre a posi¢do do ximo caracter a ser inscrito. 782. NOVA ELETRONICA 94 TERMINAL DE VIDEO TIV 3216 PARTE3 Antes de i consideracdes: iar a andlise, vamos fazer algumas 1) — Os caracteres so codificados em ASCII, e sio provenientes de alguma fonte externa, Na maioria dos casos, esta fonte é um teclado padrao com sete bits de saida; 2) — A fonte externa deve, ainda, fornecer ao sis- tema um sinal para informar que os dados na entrada estéo prontos para serem introduzidos. Este sinal chamado “strobe”; 3) — Verificamos, na segunda parte desta série, que 0 endereco da meméria varia constantemente. Para que os caracteres possam entrar nas posicSes Aesejadas, devemos recorrer a um circuito de con- trole de endereco; 4) — Nem todos os caracteres codificados em ASCII so imprimiveis, pois alguns deles so usa- dos para controle. E necessério que o sistema contenha um circuito de controle de dados, que possa identificar os caracteres de controle. Tendo tais consideragSes em mente, continue- ‘mos nossa andlise do terminal de video: a) — CONTROLE DE DADOS: Assim que a fonte externa estiver com os dados prontos, o sistema 95 KO MING CHO recebe um sinal de “strobe”, no ponto J1(13) J9(10), (estes pontos se localizam na parte inferior do esquema, & esquerda). O que interessa ao si tema € a transigo deste sinal, e o TTV 3216 esté preparado para aceitar tanto uma transicéo positiva (de “0” para “"1"), como negativa (de "1" para “0"); se observarmos a regio proxima a0 integrado 1C32A, veremos porque: caso 0 “stro- be” seja uma “subida”, ligase 0 ponto 2 com o 3, a fim de que aquele sinal entre diretamente no cirouito. SE for uma “‘descida”, liga-se o ponto 1 com 0 3, fazendo o sinal passar através de IC3ZA {porta NAND ligada como invesor). Vejamos 0 que faz o “strobe”: transigo posi: tiva chega a entrada CLK de um “flip-flop” tipo D (IC9A-pino 3), causando seu disparo. Como a en- trada D deste “flip-flop” esté em “1”, assim que CLK vai também para este n{vel sua safdaQ (pino 5) € levada a “1. Safda que,por sua vez, causard © acionamento dos “flip-flops” IC36B, IC37A, 1C37B,1C38A,IC38B,IC39A e 1C39B, os quais recebem os bits correspondentes 20 caracter de entrada. Aqueles bits vo aparecer nos terminais de en- trada das memérias RAM, mas ndo so armazena- dos enquanto um certo sinal, denominado “escre- va"", no estiver presente nas memérias. NOVAELETRONICA 783 IC 4B - ICSA/B/C/D - IC6 ICI1A - IC12 B/C/D — IC 14 ICIS5A- C18 A/B - IC1I9C IC 20D - IC21-1C23 -IC 24 IC25 — IC26A. 784 NOVA ELETRONICA 96 IC2A/B -1C3B/D-IC7 | IC3 A/C-IC9A-IC11B | IC1- IC8- IC27A/B IC9 B-IC10 A/B/C/D- | ICI6 A/B ~ ICI7C-IC20E, IC28.A/B- IC 32A-IC33A/B/C ICISB/C -IC17A/B. IC26B-IC30A/B-IC31 | 1C34-IC35-IC40A/B IC32B/C/D-1C 33 D/E/F 1C41 -1C42. IC40C/D. a7 NOVA ELETRONICA 785 Em ASCII, os bits de controle sao identificados pe- los bit 7 = bit 6 = 0, isto é, em palavras do tipo OOXXXXX.Hé ainda, a palavra 1111111 para ser Feconhecida como controle. Na presenca de pala vras com os bits 6 e 7 = 0, a saida do NAND 1C32C vai a zero e como resultado disso, 0 pino 6 do 1C32B vai para “1”, Por outro lado, se a palavra for igual a 1111111,no pino 8 do IC31 apareceré o nivel’ “O", que provocaré o surgi- mento do “1 em 1C32B, como no caso ante = rior. E se, por acaso, o caracter de entrada ndo for identificado como controle, 1C31 e 1C32C vo a "1" e 1C32B permaneceré em “0”. Uma vez confirmado o tipo do caracter de en- trada, hé dois procedimentos posstveis: No caso de caracteres imprimiveis, & feita uma série de operagSes para gerar um sinal que informe a meméria, a fim de que esta escreva os dados no endereco indicado. Para os caracteres de controle, ndo hd a geracdo deste sinal, o dado na entrada é apagado e 0 sistema se prepara para um novo “strobe, Todas essas operacdes devem ser sincro- nizadas com o pulso "L”, 0 qual é fornecido pelo 1C2. Recordando o artigo anterior, reconhe- ce-se este pulso como aquele que é gerado cada vez que os 7 pontos horizontais de um caracter so varridos. 2.1)—Operagées com caracteres de controle (tig. 1): Vimos que, neste caso, a safda de 1C32B fica em ‘1"". No primeiro pulso ““L”, 1C16B dispa- ra; como sua enetrada D estd ligada & sada Q do do IC9A (que esté em "1" pois foi disparada pelo “strobe"), sua safda (pino 9) muda para "1", Quando isto acontece, hé uma transi¢éo para ‘"1"" em IC11B, que tem nos seus pinos 1 ¢ 13 0 nivel "0" vindo, respectivamente, de IC16B e de 1C32B, © estado “baixo"’ na safda do 1C11B vai zerar 0 IC9A e, a0 mesmo tempo, vai preparar 0 IC36A para 0 disparo. No segundo pulso ““L“, 0 pino 9 do “flip-flop” IC16B é levado a "0" (na sua en- trada D esté ligado 0 IC9A e este havia sido zerado por IC11B). O nivel “alto” que surge entéo na saida de IC11B dispara 0 1C36A; estando a entrada d(pino 2) aterrada, ou seja em “0, sua saida ficars no mesmo estado, ocasionando 0 apagamento dos dados presentes nos “flip-flops” IC36/IC39. O sistema esté pronto, entdo, para um novo “strobe”. 2.2) —Operagées com caracteres imprimiveis (fig. 2): Apés 0 “strobe”, 0 terminal Q do integra- do IC9A muda para ‘1", estocando dados em Pulso L f | | Dispara ICSA Strobe Dispara mIciss | Ie36B~1c39 QIC 16B ——Forca IC 1B —=| a0 Saida IC 1B | Zera 1C19A Dispara IC 364 alc 36a ‘Apaga todos os dados nos IC 36B~/IC 39 FIGURA 1 786 NOVAELETRONICA 98 TIV 3216 Duracao indiferente Pulso L f i nl p aic an spare 16360-1038 alc 168 aici6a Prepare» Sistema port eceber © proximo pulso comparacao —I = So SSS Saida do ICM FIGURA 2 1C36B/1C38B, como jé explicamos, Ao apareci- mento do 19 pulso “L", a safda Q do IC16B tran- siciona para ““1", pelo fato de haver um nfvel “0” presente no pino 13 do mesmo (saida delC32B-0). Os terminais Q de IC16B e IC9A estdo conecta- das a uma porta AND (IC3A), cujo pino 6 é gado 4 entrada D do “flip-flop” IC16A. Na oca- sido do 29 pulso “L", a safda Q deste integrado serd levada para “1”; essa safda, como se pode ver, esté ligada a uma das entradasdo NAND IC15B. A outra entrada esté reservada para o sinal de “com- paragéo”, proveniente de 1C3D. Por enquanto, va- mos apenas dizer que este sinal informa ao ciruito se 0 endereco da meméria esté correto; mais tarde, verificaremos como é gerado este sinal. , Com a confirmagao do sinal de “comparagéo”, © pino 11 de 1C15B vai para “0”, fazendo com que a sada de ICIOA vd para ‘'1"'e, através de IC15C, fornecendo um pulso para a meméria, na presenga do préximo pulso “L”, que iré escrever os dados ‘no endereco correto. Note que este pulso serd produzido somente se o pino 5 doIC26A, liga. do a safda do 1C12C, estiver em “1”.Isto quer dizer que o contador de caracteres nfo esté na posi¢o 33 (vide artigo, anterior-contador de ca - racteres), pois se assim fosse, terfamos um endere- gamento falso. Ao mesmo tempo que a meméria é carregada com os dados de entrada, o sinal de “comparagao”, juntamente com o terminal Q de IC16A eo pulso “L", forca IC11B a "0" e, como resultado, 0 ICQA é zerado. O préximo pulso ““L” faz com que ICIGA e LC168 sejam levados a “0” e que IC11B v4 para “1”, causando 9 disparo de IC36A e apa- gando todos os dados contidos nos “flip-flops” IC36B/IC39B. A transi¢go negativa de IC16A pas- sa pelo inversor IC20E e avanca de uma casa o cursor (que seré explicado mais adiante) comple- tando o ciclo, que pode reiniciar, a um novo sinal de “strobe”. 99 NOVA ELETRONICA 787 b) — Cursor e controle de enderego: Para poder- mos visualizar onde iré se localizar nosso préximo caracter, hd a necessidade de um indicador, ao qual chamaremos cursor. O cursor se apresenta na tela como um pequeno reténgulo “piscante”, do tamanho de um caracter. O controle de endereco esté intimamente relacionado ao cursor, jé que © caracter a ser escrito vai entrar na posi¢go indicada por este. A localizago do cursor 6 determinada pelo contador de cursor, formado pelos integrados 1C34,1C35,IC27A e IC27B. O IC27A divide o quadro em duas metades de 16 colunas e o 1C35 indica em qual destas 16 colunas est4 o cursor. O 1C34 seleciona uma das 16 linhas de caracteres € 0 1C27B, uma das duas pdginas de meméria. Todo 0 conjunto do contador de cursor esté conectado a uma série de portas (IC28A,B;IC33A, B,C;IC40A,B) para poder ser incrementado ou decrementado com um pulso correspondente na entrada, b.1) — Geragéo do sinal “‘comparacao": 1C41 e 1C42 so os responsdveis pelo sinal de comparacdo (so dois comparadores de 4 bits). Um dos ter- minais de entrada do conjunto recebe dados de endereco corrente, fornecidos pelo contador de caracteres; 0 outro terminal recebe o contetido do contador de cursor. Como os dois comparadores efetuam uma com- parago de apenas 8 bits, temos que o 99 bit ficaré a0 cargo das portas 1C33E,IC33F,IC40C, IC40D. Est&o ligadas de maneira a formar um EXCLUSIVE NOR, ou seja, se a safda (pino3) de 1C35 for igual a Ao, a safda de ICA0C e 1C40D sera ‘'1"; caso contrdrio, seré “0”. 10 resultado da comparago dos 9 bits esté disponivel na safda A=B ( pino 6) de C41; se os dois contadores acusarem igual contetdo, este pino seré levado para ''1". Esta informagdo iré para uma das entradas da porta AND IC3D. Sua outra entrada serve para inibir tal informagao, quando C14 (0 contador de caracteres) chega @ 33 na contagem, evitando assim um falso endere- camento, A safda do IC3D ¢ justamente o sinal , com- paragio”, cuja Fungo foi explicada. b.2) — Cursor: Sabemos que 0 cursor se apresenta ra tela como um reténgulo branco, intermitente; a cadencia de seus lampejos é de 3 Hz, aproxima- damente, gerada por IC8, um multivibrador asté- 788 NOVA ELETRONICA vel. A safda do astével (pino 3) foi ligada a0 transistor Q2, conectado em légica de linha (wired logic) com uma porta AND de coletor aberto (IC17C), cujas entradas recebem o sinal “compe rago" ea safda de IC29D. Essa conexéo faz com que o pino 3 de IC17C. deixe passar o sinal de 3 Hz apenas quando a varredura da tela estiver na posic&o correta. Neste instante, 0s 3 Hz penetram no pino 11 de 1C22 (gerador de caracteres), inibindo e liberando o mesmo, sucessivamente, nesta frequencia. Estando 1C22 em tal situacdo, as entradas dos “shift regis- ters” 1C23 e 1C24 se alternardo entre 1” e “0”, com 0 consequente aparecimento do reténgulo “piscante” na tela. c) — CONTROLES DO CURSOR: Até agora, es- tudamos como se conseque escrever um caracter, baseados no contetido do contador de cursor. Mas, para facilitarmos o manejo desse dispositivo, devemos prove-lo com alguns controles de posicio- namento, relacionados a seguit c.1) — avango de uma casa: foi visto que este avango & feito automaticamente, toda vez que escrevermos um novo caracter, através de um pulso na safda de IC20D, que vai alcancar o pino 5 de IC35. Ligando uma chave a este mesmo pino (J3(2)), obtemos um controle de avanco, sem mudar 0 armazenamento da meméria. €.2) — Retorno de uma casa: um pulso no 4 do 1C35 vai decrementar de um passo este conta- dor. Para conseguirmos 0 retorno, devemos ligar uma chave ao pino 4 do IC35 (no pequeno retngulo tracejado, no centro do esquema; & direita, ponto J3(4)). 3) — Deslocamento para baixo: Incrementando ‘© 1C34, mudamos a posi¢&io do cursor para uma linha abaixo. Isto € feito com uma chave conecta- da ao pino 6 de IC34 (ponto J3(3)). cA) — Deslocamento para cima: _ por extensdo do caso anterior, vamos obter este efeito decremen- tando 1C34. A chave, desta vez, é ligada 20 pi- no 4 do integrado (ponto J3(5)). ©.5) — Retorno ao inicio do quadro: 0 infcio do quadro ¢ a posi¢do zero; para chegarmos |é, basta zerar 0 contador de cursor. A chave J3(1) estd encarregada deste zeramento. ©.6) — Apagamento da linha: com este controle, temos a possiblidade de apagar os caracteres pre- sentes em determinada linha, entre a posi¢go do.cursore ofim da linha.A chave de controle J3(7) 100

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