Filho de Sofronisco, escultor e de Fenareta, parteira, Scrates, nasceu em Atenas, onde
passou toda a sua vida. Segundo o orculo de Delfos, Scrates, era o mais sbio dos homens. Intrigado por tal afirmao, pois no tinha nenhum conhecimento especializado, deduz que seria resultado de percepo que tinha da prpria ignorncia, ento passa a questionar todo aquele que se considerasse dotado de sabedoria. Scrates adota o dilogo, dividindo-o em duas etapas: Ironia e Maiutica. Fingindo em desconhecer o tema, leva o interlocutor a apresentar suas ideias. A cada resposta no dilogo, o filsofo encontra falhas no raciocnio, passando a questionar at a contradio do interlocutor e demonstrar sua ignorncia. Na segunda parte do dilogo (Maiutica ou parto das ideias), o interlocutor era levado a elaborar as prprias ideias, ir ao encontro da prpria alma e adquirir uma existncia autntica e original. Transmitindo seu conhecimento a qualquer homem que tivesse interesse, causou a fria de alguns cidados de Atenas que o acusaram de corromper a juventude e ser injusto com os deuses da cidade. Levado a julgamento e, mesmo se declarar inocente, foi declarada a morte por envenenamento. Concedida a chance de escapar de pena se renegasse suas ideias no tribunal, ou se fugisse de Atenas, Scrates no aceitou, ambas desonrosas no seu ponto de vista e foi morto por meio de ingesto de cicuta. As atitudes de Scrates revelam o principal aspecto de sua filosofia: a busca pelo bem na vida em sociedade. Conhecer a verdade teria como conseqncia inevitvel agir bem; os maus atos, s seriam cometidos por ignorncia. O bem e a verdade estariam intimamente ligados, seriam inseparveis: conhecer seria igual a conhecer o bem. Agir conforme o bem seria decorrncia do conhecimento.