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ANO 1

Nº 9

A B R I L / M A I O DE 2 0 0 8
www.esec-se-guarda.rcts.pt
e-mail: jornalolhar@gmail.com

Este homem vem aí ... Pedro Abrunhosa vai estar na nossa escola no dia 27 de
EDITORIAL
Maio, para dar uma conferência, no âmbito da Área de
Muito do trabalho até aqui realizado foi a pensar nos alunos. Projecto do 12º A, intitulada “A Importância da Música
Tentámos e ainda hoje é nossa preocupação ver como reagem para os Jovens de Ontem e de Hoje”.
perante um texto, uma imagem, um tema. Sabemos que muitos
não gostam de ler, é mais agradável olhar para a televisão ou
estar em frente ao computador.
Todos os alunos são “produto” de uma sociedade em que a
imagem tem um papel fundamental. Por tudo isto, tentámos
desde a primeira edição do jornal da nossa escola apresentar
textos / imagens para a partir da sua leitura motivar os alunos
para o gosto e para a reflexão sobre temas de grande actualida-
de. Conscientes destes factos quisemos construir um jornal que
fosse atraente para os alunos como forma de criarmos entre eles
e o jornal uma certa ligação afectiva; que o jornal não fosse um
documento passivo, mas um instrumento válido que reforce
uma interacção pedagógica essencial em toda a comunidade
educativa; que contemplasse uma vasta variedade de temas que
melhor caracterizassem os objectivos a que se propõe; através
das imagens seleccionadas funcionasse como um outro tipo de
texto que, também ele, exige mecanismos de descodificação.
O importante é que todos acreditem que ler, escrever são
competências transversais de todas as outras áreas de aprendiza-
gens propostas pelos currículos ao longo dos vários ciclos de
escolaridade.
Implica dizer, que o jornal é um meio importante de apropria-
ção de conteúdos científicos e pedagógicos, é um instrumento
que ajuda professores e alunos a realizar uma tarefa comum em
que todos estão empenhados.

Professora Carla Tavares

Dia da Saúde Concurso Entre Palavras


Dia 8 de Abril foi o dia dedicado à saúde. Um grupo de alunos
do 12ºD organizou um conjunto de palestras dedicadas ao tema. No passado dia 24
de Abril , um grupo
de alunas do 9ºC da
nossa escola, partici-
pou no Concurso
Entre Palavras tendo
obtido o 2º lugar.
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EM DEBATE

A Educação
“Como um olho que não fosse cobrimos? Podemos ser muito edu- leva-o a conformar-se com um
possível voltar das trevas para a luz, cados, mas, se não somos capazes de modelo, impedindo-o de tomar
senão juntamente com todo o cor- uma profunda integração de pensa- consciência de si próprio.
po, do mesmo modo esse órgão mento, as nossas vidas são incom- Todos nós fomos treinados pela
deve ser desviado juntamente com a pletas e contraditórias. educação e pelo meio a procurar
alma toda, das coisas que se alteram A educação tem que cultivar uma uma segurança pessoal.
até ser capaz de suportar a contem- visão integrada da vida. A educação não é um treino. O
plação do ser e da parte mais bri- Na cultura dos nossos dias, a edu- treino impede a mente de poder
lhante do ser. (…) cação tem muito pouco significado. descobrir o novo. Por essa razão,
A educação seria, por conseguin- Em vez de despertar a inteligência para descobrir qual a educação cor-
te, a arte desse desejo, a maneira integral do indivíduo, a educação recta, temos de nos interrogar sobre
mais fácil e mais eficaz de fazer dar a o significado da vida.
volta a esse órgão, não a de fazer A função da educação é criar seres
obter visão, pois já a tem, mas, uma humanos capazes de apreender o
vez que ele não está na posição cor- “essencial”, é ajudar a descobrir
recta e não olha para onde deve, valores que legitimem a responsabi-
dar-lhe os meios para isso.” lidade e o respeito pelos outros.
A educação não inclui cursos,
Platão, República, Livro VII mentes cheias de astúcias, critérios
de inteligência que evitam as gran-
Qual o significado da vida? Para des questões do homem.
que vivemos e lutamos? Se estamos Qualquer que seja a urgência de
a ser educados para arranjar um uma educação plena, nós devemos
emprego melhor, para sermos efi- fundar o respeito pelo homem, a
cientes, para ter maior domínio descoberta da autenticidade através
sobre os outros, então as nossas do auto-conhecimento na conscien-
vidas são superficiais. cialização dos nossos próprios senti-
Embora haja um significado mais mentos e pensamentos.
amplo para a vida, de que vale a
nossa educação se nós nunca o des- Professora Lina Couto

“Cromos” Universais
Vivemos numa sociedade do ime- mundo de possibilidades. O mundo Qualquer “pirueta” feita em horário
diato, das pressas, da imagem pela ao virar da esquina: um museu, uma nobre rende muito mais que árduo
imagem, dos “quinze minutos de biblioteca, uma livraria, uma cidade trabalho feito no silêncio do anoni-
fama”. A sociedade em que se tornou distante e milhões de outros seres mato. É o lema “quem não aparece,
fácil comunicar com qualquer um, humanos disponíveis para trocar esquece” levado ao radicalismo
em qualquer parte. Estamos obceca- ideias. Por vezes tudo isto é concre- absurdo, a imagem de uma sociedade
dos com as possibilidades e rapidez tizado. Mas na maioria dos casos a em declínio. É o prazer decadente de
dessas comunicações mas temos cada face visível é a dos casos absurdos, tornar um gesto diário que poderia
vez menos para dizer ou há coisas dos “cromos”, da parvoíce tornada ser apenas íntimo numa pantomima
que já não sabemos dizer. Muitas das refrão, da anedota de mau gosto, do global. Em muitos casos é a vitória
mensagens não passam de formas parvo que fica famoso por ser, sim- da “cosmética” sobre a Ética. A
redutoras de expressar as parcas plesmente, parvo. É difícil tantas mediocridade nunca esteve tão
ideias colhidas muitas vezes à pressa vezes promover um trabalho digno acessível e foi tão promovida.
na Internet. Corremos o risco de não que levou horas a ser consumado e
passarmos de primatas tecnológicos no entanto uma palhaçada polémica Professor Carlos Adaixo
que têm na ponta dos dedos um atinge picos de audiência fantásticos.
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EM DEBATE

Caminhos…
"Tudo está em devir, tranquilidade. que alguns indivíduos, na viagens, o desejo de convi-
nada persiste, nem per- Porém, muitas pessoas sua ambição desmedida de ver com jovens de outros
manece o mesmo." não se identificam com o enriquecer mais, acabam países com a vontade de
Heraclito (filósofo) dito sentido de missão, não por construir muitos pro- iluminar outras vidas, de
querem servir nem o fazem jectos que geram empre- modo tão simples como
Num tempo em que o por dever; assumem que gos, e, por consequência, o por exemplo pintar uma
individualismo, o egoísmo, querem melhorar o mun- egoísmo gera consequên- sala de convívio de uma
o materialismo, entre do, fazer a diferença, sen- cias positivas. residência para idosos.
outros “ismos”, se enraiza- tem-se bem quando mer- Quem é que adere mais Mais velhos ou mais
ram no nosso viver quoti- gulham neste trabalho. ao voluntariado? O que novos, com generosidade e
diano, deslumbram-nos Por seu turno, as pessoas move a maioria destas pes- entrega, desbravam terre-
aqueles que dedicam algum nos dentro e fora de si,
do seu tempo, precioso e abrem trajectos que fazem
escasso, aos outros: os a diferença para todos os
Voluntários. envolvidos e, assim, cons-
Um voluntário é alguém troem uma vida com senti-
que tem um sentido pro- do. Quando os interpela-
fundo de missão? O volun- mos no sentido de com-
tariado é uma actividade preender esse dom que os
altruísta? Actividade de habita, recebemos respos-
religiosos ou de alguém tas extraordinárias como:
com uma profunda fé num “Recebo muito mais do
Deus? que dou”.
A nosso ver, o volunta- O que precisamos para
riado pode ser realizado nos envolver? Riqueza?
por diferentes razões e Diplomas?...
escolhido por pessoas reli- O poeta Walt Whitman
giosas, agnósticas ou ateias. responde-nos: “Eu não dou
O essencial é a abertura ao esmolas nem sermões;
outro e o sentido de res- dou-me a mim mesmo.”
ponsabilidade. Como sonhar a viagem?
A designação de A jornada pode preparar-se
“missionários” adequa-se a através da Junta de Fregue-
todos aqueles que se reali- que se dedicam a negócios soas? sia de S. Miguel, na Guar-
zam servindo os outros; lucrativos, envolvem os Muitas estão na reforma, da, no consulado de um
constituem exemplos de desfavorecidos e semeiam outras são verdadeiramente país de língua portuguesa,
dedicação, virtude, de neles a esperança e o alento jovens. As primeiras ainda com a ajuda da Igreja, ou
humanidade plena. A parti- para lutar. E estes, certos se sentem com muita ener- noutro país, ou …
lha dos seus conhecimentos que vão construir a sua gia, disponibilidade e com acedendo à Internet.
teóricos e práticos propor- riqueza – uma vida mini- o (bom) hábito de serem Um “clic” mágico na pala-
ciona aos que precisam de mamente digna a partir da elementos úteis à sua socie- vra “Voluntariado” num
oportunidades instrumen- pobreza extrema – supe- dade. Os segundos, muitas qualquer portal, paciente-
tos que promovem o ram-se! Logo, não se trata vezes, em período de mente, à nossa espera com
desenvolvimento de com- de uma esmola para aliviar moratória, experimentam muitas informações!
petências que lhes permi- a consciência, mas da apli- caminhos, lançam-se em
tem, mais tarde, voar sozi- cação de teorias económi- desafios reais abraçando
nhos, ter uma melhor qua- cas. O Prémio Nobel já o ideais; evidenciando, fre-
lidade de vida ou mesmo reconheceu. quentemente, sentido prá- Professora Ana Pinho
partir no final da vida com Verificamos, também, tico ao aliar o gosto pelas
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EM DEBATE

Pedro Abrunhosa na Nossa Escola


O famoso cantor dos óculos a sua presença na conferência.
escuros, vai estar no dia 27 de As alunas aproveitam para agrade-
Maio (terça-feira), pelas 15ho- cer ao professor Carlos Baía
ras, no salão da nossa escola, (professor da APR), e ao TMG, que
para dar uma conferência, no ajudaram o grupo a concretizar esta
âmbito da APR, intitulada “A actividade, uma vez que esta só se
Importância da Música para os tornou realizável com a parceria do
Jovens de Ontem e de Hoje”. TMG que aproveitou a vinda do can-
As alunas do grupo 1 da Área de tor à Guarda para realizar uma tertú-
Projecto do 12ºA estão a tratar, no lia no Café Concerto, libertando as
âmbito desta disciplina, o tema “A alunas do grupo, de quaisquer paga-
Importância da Música para os mentos, e permitindo, desta forma,
Jovens de Ontem e de Hoje”, pelo estender a acção do grupo à comuni-
que se propuseram realizar esta acti- sores que leccionam 12ºano, e tam- dade local.
vidade, contando com a amável pre- bém os alunos do 12ºA, E e F.
sença do cantor Pedro Abrunhosa. Estão, ainda, à venda rifas para Maria Luísa Mota da Romana,
Serão convidados todos os profes- todos aqueles que desejarem garantir nº24 , 12ºA

The Beatles versus Linkin Park


Beatles do lado dos professores. penteados que eram novidade e milhões), Christina Aguilera e John
Linkin Park do lado dos alunos. Estas foram sendo copiados, bem como na Lennon (13.5 milhões cada). No topo
foram as bandas que os professores e forma “rebelde” de se comportarem. da lista vem The Beatles em 1ºlugar,
alunos consideraram, as melhores da Os nossos stôres ouviam The Beatles e com 168.5 milhões unidades vendi-
sua geração. foram, muito provavelmente, víti- das, Elvis Presley em 2º com 116.5
Se o sucesso que marcou a adoles- mas da beatlemania! Ou seja, é tam- milhões de unidades, e Led Zepplin
cência de grande parte dos professo- bém muito provável terem usado em 3º com 107.5 milhões de unida-
res que respondeu ao inquérito pro- aquelas calças à boca de sino, e aque- des.
movido pelo grupo 1 da Área Pro- les cabelos compridões típicos dos Quanto ao top das escolhas dos
jecto do 12ºA, veio de Liverpool na integrantes da banda. professores, em 2º lugar encontram-
Inglaterra, já o dos alunos chegou E se os nossos stôres se vestiam e se os Rolling Stones, em 3º Pink Floid
direitinho da Califórnia nos EUA. comportavam com base nos seus e em 4º Queen. De entre todas as
Ambas bandas rock, com a seguin- modelos, ídolos e cantores, também bandas/ cantores foi José Cid o nome
te diferença: uma é formada no final conseguimos associar o estilo dos português mais mencionado, embora
da década de 50, por John Lennon Linkin Park a muitos dos estudantes em menor escala.
( guitarra e vocal ), Paul Mc Cartney da nossa escola que elegeram esta Das escolhas dos alunos: o 2º lugar
( baixo e vocal ), George Harrison banda como a da sua geração. pertence a Red Hot Cili Peppers, o 3º a
( guitarra e vocal ) e Ringo Starr Os Linkin Park ficaram em 149º Nirvana e o 4º aos portugueses Xutos
( bateria e vocal ); a outra, em lugar na lista dos artistas que mais e Pontapés.
1996 , por Mike Shinoda, Joe Hahn, venderam na história da música. Até O mais interessante foi ter encon-
Dave Farrell, Brad Delson, Rob à data, a banda vendeu 15.5 milhões trado bandas como The doors, Led
Bourdon e Chester Bennington. de cópias somando todos os seus Zeplin ou The Police, quer nos favori-
Os Beatles ou "garotos de Liver- álbums e DVDs desde a gravação do tos dos professores, quer nos dos
pool", como eram chamados, primeiro. Depois dos Linkin Park alunos!
influenciaram, sem dúvida alguma, vêm bandas/cantores como No Nada melhor que uma letra de
os adolescentes das décadas de 60 e Doubt (15 milhões), Korn (14.5 cada banda para terminar este artigo:
70, quer na maneira de vestir, nos milhões), Paul McCartney (14
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EM DEBATE

What I’ve done All You Need is Love


Linkin Park The Beatles
In this farewell
There is no blood Love, love, love
There is no alibi Love, love, love
‘Cause I’ve drawn regret Love, love, love
From the truth
Of a thousand lies There's nothing you can do that can't be done
So let mercy come
Nothing you can sing that can't be sung
And wash away
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
[chorus] It's easy
What I’ve done
I’ll face myself There's nothing you can make that can't be made
To cross out No one you can save that can't be saved
What I’ve become Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
Erase myself It's easy
And let go of
What I’ve done All you need is love
All you need is love
Put to rest
What you thought of me
All you need is love, love
While I clean this slate Love is all you need
With the hands Love, love, love
Of uncertainty Love, love, love
So let mercy come Love, love, love
And wash away
All you need is love
[chorus] All you need is love
All you need is love, love
For what I’ve done
Love is all you need
I’ll start again
And whatever pain may come
Today this ends There's nothing you can know that isn't known
I’m forgiving Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
What I’ve done It's easy

I’ll face myself All you need is love


To cross out All you need is love
What I’ve become All you need is love, love
Erase myself
Love is all you need
And let go of
What I’ve done

What I’ve done


Maria Luísa Mota da Romana,
Forgiving what I’ve done nº24 , 12ºA
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EM DEBATE

A Faculdade de Falar
e digestivo, bem como de muitos
músculos e ossos.
É um recurso importante para o
entendimento e um instrumento
de trabalho para a maioria da
população activa (professores,
locutores, actores, cantores…),
embora, por vezes, apresente dis-
túrbios (disfonias – qualquer difi-
culdade na emissão vocal que
impeça a produção natural da voz).
Estes são apontados como um dos
principais problemas diagnostica-
dos em professores. Um dos prin-
cipais distúrbios vocais é o cancro
da laringe e um dos sintomas é a
rouquidão persistente (dura mais
No passado dia 16 de Abril da o número aumenta para 250 de dez dias).
comemorou-se o Dia Mundial da vezes por segundo. A essa caracte- Se queres ter uma voz saudável e
Voz. A voz humana é produzida rística damos o nome de frequên- sem problemas evita o álcool, o
pela vibração do ar nas cordas cia. fumo, as drogas, mudanças bruscas
vocais, que vibram muito rapida- A voz é uma característica huma- de temperatura e a poluição e tenta
mente. na intimamente relacionada com a beber 7 a 8 copos de água por dia e
Nos homens, esse número de necessidade de agrupamento e repousar a voz…
ciclos vibratórios é de cerca 125 comunicação. É produto da nossa
vezes num segundo. Na mulher, evolução, um trabalho conjunto Mariana Faustino, nº20,8ºC
que tem voz, geralmente mais agu- dos sistemas nervoso, respiratório

A carta

Sandra Nunes, nº7,


12ºG
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EM DEBATE

A indisciplina
Desce as escadarias de que as adornam, descobri- mente aduladoras da sua jovens que, ao experimen-
pedra, no seu traje púrpu- mos uma sombra peculiar. filosofia e comportamento tar diferentes caminhos,
ra, cor da realeza, o seu Seria estranho se não a vís- – todas elas banidas pela encontram condutas alter-
cabelo perfeitamente ali- semos... Quando a Disci- Disciplina, por ela conside- nativas à ordem imposta
nhado num penteado que o plina desfila, também a sua radas como ultrajantes ou pela educação. «A Educa-
imobiliza, firme, enquanto irmã vem, paralelamente, simplesmente ridículas. dora Divina» vê-se assim
meneia a cabeça a quem a com um sorriso de troça. Somos por isso obrigados a impossibilitada de restrin-
observa. Pessoas como eu, Vigia cada passo de saltos mencioná-la como a indis- gir os seus movimentos e
como tu – humanos! – altos, cada elogio atribuído. ciplina (não Indisciplina, pensamentos. Os adoles-
maravilham-se quando a centes tornam-se adul-
Disciplina se mostra. Ape- tos...E são a lacuna das
sar de viver há muito, o gerações imaculadas da Dis-
sorriso da sua cara não se ciplina.
dissolve, as costas estão Não é por isso estranha a
direitas e a sua pele, digna- reacção da dama ao desco-
mente envelhecida, se reju- brir (mais uma vez) a sua
venesce ao notar o interes- irmã por detrás de uma
se por nós concedido às coluna. O seu auto contro-
suas leis e ideias. lo eclipsa-se, o sorriso
A humanidade deve mui- esmorece num esgar e os
to a esta dama, que desce as olhos faíscam perante a
escadarias ao nosso encon- insolência:
tro. Graças a ela construiu- - Continuas tu a atormen-
se a sociedade, por ela tole- tar-me?
raram-se as regras de eti- Continua. Os humanos
queta, com ela somos obe- como nós dispersam-se e
dientes e mantemos a nossa desaparecem por entre as
vida em ordem. Chama- colunas. Ver o confronto?
mos-lhe por isso Obediên- Ninguém é tolo o suficiente
cia, Ordem ou casualmente para assistir a um conflito
Etiqueta. O peito da Disci- entre ideias personificados,
plina enche-se de orgulho e arriscar-se a ser atingido
quando as suas alcunhas são pelo fogo cruzado. Pergun-
exageradas pelos bajulado- tamo-nos se a Disciplina
res: cognomes como «A alguma vez descerá as esca-
Justiça do Mundo», «A das.
Educadora Divina», «A Muitos pensam que é a mas indisciplina), sendo esta
Perfeita». irmã da Disciplina aquilo de uma das medidas mais
Mas muitos são aqueles que o Homem precisou desesperadas d’«A Justiça
que a não consideram a para o seu zeloso equilí- do Mundo» com o intuito Ana Isabel Varelas,nº3,
perfeição num todo. brio, uma forma de expres- de apagar a sua irmã da 10ºC
Se desviarmos a atenção são que originou as revolu- mente dos homens.
da mulher que desce as ções e as mudanças do cur- A indisciplina renasce a
escadarias que parecem so do mundo. Com tantas cada geração graças à
intermináveis, e olharmos alcunhas como a dama de humanidade que a alimen-
para as sombras das colunas vestido púrpura – igual- ta. Nomeadamente os
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REFLEXÃO

“Elogio da Embriaguez”
desventuras e monotonias do quoti-
diano, mas também é certo que
tudo isto não passa apenas de uma
ilusão, então, e por que não, substi-
tuirmos esta droga por algo que nos
enriqueça simultaneamente?
Todos os dias temos momentos
de embriaguês, quer de riso, de
alegria, de tristeza, de prazer…
É urgente e necessário, estar
embriagado, seja do que for, faz
parte de nós…ajuda-nos a viver,
quando nos cansamos da vida…e
isto não significa propriamente
álcool!
Porque não havemos nós de nos
embriagarmos de uma forma saudá-
vel e responsável? Apenas temos de
desenvolver a capacidade de olhar o
mundo, não apenas olhando, mas
observando, questionando e admi-
rando, e assim basta ver em redor
para entrarmos em estado de
Quando ouvimos a palavra Comecemos com o álcool: como embriaguês; um simples livro, uma
embriaguês, temos sempre uma foi dito acima este é um inibidor da música, uma paisagem, uma pessoa,
certa tendência para olhar para o nossa liberdade, visto que reduz a pode embriagar-nos de tal maneira
seu sentido literal. A própria pala- nossa racionalidade e responsabili- que, deste modo, veremos, com
vra causa-nos uma certa repugnân- dade de agir, descoordenando toda a certeza, o mundo de maneira
cia, sabendo nós o que sabemos das orientando toda a nossa tábua de diferente.
consequências do consumo desme- valores. Num outro ponto de vista, Termino com uma citação da obra
surado de álcool. Uma pessoa embora o álcool, sirva para nos “Pequenos Poemas em Prosa” de
embriagada, ou melhor bêbada, não desinibir, apesar de estarmos sobre Charles Baudelaire:
age com consciência, com responsa- o seu controlo, ela parece facilitar- “É necessário estar sempre
bilidade, na medida em que as suas nos a vida a nível da nossa expres- embriagado. Tudo está aí: é a única
capacidades racionais ficam limita- são, quer de sentimentos ou mesmo questão. Para não se sentir o horrí-
das pela acção do álcool, para além de emoções, “apagando” todos os vel fardo do tempo que quebranta
de que todos nós sabemos que, problemas da vida por instantes, os vossos ombros e vos curva em
este, ingerido em quantidades des- esta “droga” parece dar-nos a possi- direcção à terra, deveis-vos embria-
proporcionadas prejudica a nossa bilidade de descansarmos de nós gar sem trégua. Mas de quê? De
saúde. próprios e da vida. Tendo presente vinho, de poesia ou de virtude,
Se analisarmos ao pormenor a o que se acabou de referir, e na como quiserdes. Mas embriagai-
palavra, e até mesmo se pensarmos minha opinião, vence a ideia de que vos.”
que a “embriaguês alcoólica” tem o o álcool é uma droga e enquanto
seu lado positivo, podemos, aparen- droga podemos deduzir que não Joana Valente
temente, arranjar argumentos váli- será benéfica para o ser humano. 10º A
dos que justifiquem o estado de Sabemos, igualmente, que, por
embriaguês. vezes, pode aliviar-nos de certas
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REFLEXÃO

“Elogio da Embriaguez”
A embriaguez é um estado, em que condicionantes psicológicos ou biológi- menos prejudicial, de vendar os olhos
muitas vezes o ser humano se encontra. cas, mais acentuadas em determinadas face aos problemas que nos rodeiam,
É um estado em que se deixa de pensar áreas, ou quem simplesmente se deixou assim como é uma forma de sentir pra-
racionalmente, em que se perde o con- levar pelo desespero de não conseguir zer pelo facto de estarmos “fechados”
trolo de nós mesmos, da noção do mun- alcançar os seus objectivos. Por exem- nesse mundo perfeito, apenas rodeados
do, em que se é deixado levar por algo plo, quem é portador de uma doença das coisas fáceis e de que gostamos. Daí
mais forte. A palavra embriaguês apre- hereditária, tem por instinto a necessida- que como diz Charles Baudelaire deve-
senta dois sentidos: o literal, o sentido de de se embriagar (condicionante psico- mos embriagar-nos de alguma forma,
mais comum da palavra, que define um lógica). No entanto, a palavra também mas devemos fazê-lo, para nos aliviar-
estado de completo descontrolo físico e possuiu sentido menos comum, engloba mos, para não sentirmos a responsabili-
emocional, causado pelo consumo de outras formas de embriagar. Também é dade de viver, esquecermos a maldade,
bebidas alcoólicas. Quem se deixa levar possível esquecer o mundo e os proble- o tempo e o mundo.
por esta forma fácil de esquecer os seus mas mergulhando em certas áreas, como
problemas, os da sociedade e do mundo, a música, a poesia, as artes, as ciências, Ana Carolina Silveira
são pessoas como todas as outras, com etc. Esta é uma forma, de certo modo 10º A

A embriaguez da consciência por conduzir um carro cheio de crianças, há trazer algumas verdades que estavam
vezes é uma bênção. O significado literal uma enorme irresponsabilidade e falta trancadas no seu coração. Por seu turno,
de embriaguez está relacionada com uma de bom senso; promove situações de as pessoas em redor, passam a sentir a
distorção da mente por causa do álcool, violência doméstica, por exemplo, em verdadeira pessoa. A embriaguez neste
porém, um significado mais subjectivo que a família (mulher/marido ou filhos) contexto é uma forma de comunicação
está ligado a uma distorção da mente e sofrem com a atitude de quem está (ainda que distorcida).
da realidade, que não é adquirida por embriagada. Diogo Jorge
causa do álcool, mas sim pelas vivências. Bernardo Santos
A embriaguez pode referir-se à igno- Tomamos muitas vezes a
rância, à falsa sensação de bem-estar e “embriaguez” no sentido objectivo da
talvez a uma indiferença quanto ao que Como é sabido por todos, o palavra, criticando as suas erráticas con-
nos rodeia. Por isto a embriaguez pode álcool consumido em excesso é uma sequências a nível da saúde, sociedade e
ser vista como positiva já que nos abstrai “moda” actual dos adolescentes; origina da própria pessoa. Porém, todos nós
da realidade e protege-nos dos factos, um estado psicológico de leveza de espí- deveremos estar sempre “embriagados”.
verdades e da procura da verdade que rito e desinibição, é considerado para a Mas não embriagados de bebidas alcoóli-
nos poderia “magoar”. maior parte dos jovens sinónimo de cas, mas sim “embriagadas” de responsa-
Diogo Carriço divertimento e de farra. (…) A embria- bilidade, moralidade, racionalidade, que
guês é uma ilusão! nos permitem participar de forma activa
Exaltar algo que é causador de Rodrigo Madeira na sociedade, praticando actos morais e
acidentes e de distúrbios da mais variada desenvolvendo a nossa própria consciên-
espécie como o álcool, é uma tarefa É fundamental ver o fenómeno da cia cívica. Apenas “embriagados” pode-
impossível, uma vez que este tomado embriaguez tendo presente o enredo à mos realmente conhecer-nos e dominar-
em excesso, tira parte da capacidade sua volta, analisar os factores que podem nos. Apenas nesta “embriaguez” pode-
racional das pessoas, podendo estas vir a ajudar a que esta se torne “maior”: o mos realmente agir em sociedade com a
fazer coisas que não querem, não gostam estado de espírito de uma pessoa, a racionalidade que nos torna únicos.
ou até se envergonham de fazer. Em música que ouve, as luzes, as próprias
estado de embriaguez as pessoas perdem pessoas com que estão, entre outros. O Joana Rei
noção de bem e de mal, muitas vezes, fenómeno torna-se mais inteligível ao
causando enormes problemas não só constatarmos que é assim que alguns
para elas, como também para quem as jovens conseguem desinibir-se, desaba- Alunos do 10º Ano,
rodeia. Se uma pessoa embriagada for far sobre assuntos profundos e mesmo Turma A
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REFLEXÃO

Publicidade e Influência Persuasiva


A publicidade é um daqueles cães com impulsos inexplicáveis de acei- res reparamos no tal produto, o tal
que, pertencendo-nos, primam pela tação ou de recusa, justificando as dos anúncios. Preciso dele? Não,
desobediência… escolhas com as geniais frases mas um qualquer desejo profundo
Já várias vezes me tem acontecido: «Porque sim». me leva a comprá-lo. Talvez a cara
vejo um anúncio espalhado na televi- E o cão, parado e pachorrento, de felicidade da pessoa na publicida-
são, na revista ou jornal, algures nos não mexe, no seu tédio diário. de… E sinto-me, assim, feliz inex-
meios de comunicação, coisa sim- Nem tudo me interessa. Certa plicavelmente, nem que por pouco
ples e que até, nalguns casos, bastan- publicidade é direccionada para cer- tempo seja.
te ridícula pela falta de originalidade to público, havendo para isso filtros Faz lembrar o meu cão num dos
que se nota e, por qualquer razão, o condicionadores. São eles mais que nossos passeios matinais.
meu incontrolável cérebro guarda muitos nos quais constam a idade, o Ilegalmente, passeamos sem trela,
magicamente, num recanto escondi- nível educacional, as recordações ou e qual não é o meu espanto quando
do mais obscuro, aquelas dimensões os desejos, o grupo profissional… olhando para trás, desaparece aos
perfeitas do elixir da felicidade que São estes os responsáveis pelo meu meus olhos numa qualquer direcção.
se tenta vender. pouco interesse em anúncios de ser- Não adianta chamá-lo, já foi. E apa-
E nesta cruzada pela minha aten- ras eléctricas ou acessórios de brico- rece, por vezes, já depois do passeio
ção, sinto no meu interior a divisão lage. terminado, com o osso furtado algu-
em dois de mim, o eu pensante e Mas o mais intrigante é como tanta res, e radiante com o novo produto
crítico, que tudo analisa, aceitando, publicidade se aceita no meu cére- adquirido.
recusando e contra-argumentando, e bro, e estando nós, irreflectidos,
o eu emocional, que se manifesta passeando pelas montras multicolo- João Cunha, nº 13, 10º A
11

REFLEXÃO

Carta à Senhora Ministra


Exma. Senhora Ministra da Educação ambiente para uma boa aprendiza- aproveitamento é nulo, assistindo-
gem, e ,decerto, as notas irão reve- se, por vezes, a aulas que, desculpe a
lar essa má aprendizagem, aumen- expressão, não são aulas e não são
Eu, Tiago José da Fonseca Mar- tando o insucesso escolar. nada.
ques, aluno da Escola Secundária Num país com uma taxa de insu- Sem querer ocupar-lhe mais tem-
com 3º C.E.B da Sé – Guarda, cesso escolar elevada, medidas que po, termino, apelando a uma revisão
venho por este e-mail, dar conheci- não contribuem para o decréscimo desta nova regra a fim de contribuir
mento do mau estar que existe na dessa mesma taxa, ou , neste caso, para um melhor ambiente escolar e,
minha escola devido às aulas de subs- podem até aumentá-la, creio, se me por consequente, para um maior
tituição que Vossa Excelência imple- permite dar opinião, não serem as aproveitamento.
mentou em todas as escolas de Por- mais necessárias. Sem mais nada a acrescentar, subs-
tugal. Certamente Vossa Excelência crevo-me respeitosamente.
O descontentamento é visível quer saberá que nas aulas de substituição,
nos professores, quer nos alunos muitas das vezes sem plano do pro- Tiago Marques, nº 29, 12ºD
criando um ambiente de tristeza e fessor titular, ou com professor
alguma revolta que vossa excelência substituto com um completo desco-
concordará comigo não é o melhor nhecimento da matéria a leccionar, o

Cai a chuva…
também apressado, dá-lhe um forte azul do céu, e o que eram simples
encontrão. Um saco que continha gotinhas, são agora gotas enormes de
laranjas, salta pelo ar, e estas rolam água que caem sobre o asfalto arden-
pela estrada, ao som de um riso agu- te.
do. São várias as pessoas que se abri-
As dezenas de pessoas que andam gam em paragens de autocarro, lojas
na rua e na cidade são como estas ou cafés, de modo a fugirem a esta
laranjas, ao fugirem pela estrada, em tempestade, como se agora mesmo o
passo apressado. Ou então múltiplos mundo acabasse.
pontos negros intermitentes, que Mas elas não são como eu, não
Vou descendo a rua principal e, nada têm de único ou especial. De sentem a frescura da água, limitan-
inexplicavelmente, reparo em pes- rostos tristes, gastos ou pálidos do-se a fugir das coisas e dos obstá-
soas e situações, que noutro dia caminham como se a vida dependes- culos ou, simplesmente, a ignorá-
qualquer, não sei porquê, me passa- se unicamente deste movimento tão las. Eu tenho sentidos e consigo sen-
riam completamente ao lado. “sem sabor”. Caminham de olhos tir a água. Sinto que estou viva e, ao
Sinto alguém contornar-me. É postos no chão, de cabeça curva e contrário dos múltiplos pontos
uma senhora, já em idade avançada, nada mais lhes interessa. Nem o sol negros que se movimentam freneti-
que se dirige em ritmo apressado que brilha por entre as nuvens, nem camente por entre a confusão, abro
para uma passadeira. Olha para um a brisa fresca que sopra e lhes bate na os braços e olho para o céu, rece-
lado e para o outro, de modo a cara. São seres estranhos que não bendo esta dádiva, a chuva. Eu sou
encontrar passagem entre a multidão olham para cima, para o céu, para a feliz.
que se aproxima ao piscar o sinal felicidade.
verde de peões. Com vários sacos de E, de repente, sinto algo cair em Soraia Silva, nº28,12ºD
compras nas mãos, acentua-se, ao de cima de mim. É uma simples gota de
leve, a corcunda que ostenta para água, fresca, que agora percorre o
uma vida. Decide caminhar sobre a meu rosto. Numa questão de segun-
passadeira, e, num ápice, um jovem, dos, as nuvens cinzentas cobrem o
12

REFLEXÃO

Saudade do Presente
Será estranho falar da sau- mos! nos viram crescer, deram- tempo nos recordarão
dade do que ainda temos? Mas só agora, que senti- nos o que melhor de si pequenos? Espero que para
Ainda ontem, me parece, mos a despedida, é que nos tinham e forjaram-nos o sempre, pois nós somos
entrámos pela porta desta pesa o “adeus”. Cadeiras, melhor que puderam, mar- como nos recordam.
escola com pouco mais de quadros, mesas, que nos cando-nos para sempre Chega também o adeus
metro e meio de corpo e de viram chegar e agora nos com, muitas vezes, mais de das protectoras saias da mãe
gente, tremendo de ansie- vêem partir. Tantas gera- um ano do nosso nome e do que, apesar de podermos
dade com a visão de tão ções de inocência por aqui nosso ser. Sentir-se-ão regressar sempre para o seu
novas aventuras. Se pudesse seio quente, nunca será
viajar no tempo, sabendo o como agora, tal como quan-
que sei, diria à pequena do nascemos e nos cortam o
“eu” que tudo passou, cordão umbilical.
intenso, mas a voar? Talvez Então hoje penso. Pode-
não, pois não acreditaria. rei já sentir saudade desta
Começou este décimo escola, desta vida, desta
segundo Outono escolar e o pessoa que sou, deste ano,
tempo corre e não espera. deste momento em que
É um ano de emoções for- desabafo linhas de tinta?
tes e sentimos um impasse Estranho pensar este…
interior, pois não sabemos Tenho saudades do que ain-
o que esperar, o que dese- da não partiu.
jar: que o tempo pare ou
que o tempo passe. O baile, Diana Monteiro,
a viagem de finalistas, os passadas para amadurece- orgulhosos por nos terem
exames, a entrada na facul- rem e se tornarem adultas ajudado a ser quem somos nº4, 12ºD
dade, ... Até corta o ar homens e mulheres do futu- quando um dia passarem
pensar que estão tão próxi- ro. Também os professores por nós na vida? Quanto

Ser Finalista
Seis anos. Há seis anos Apercebemo-nos das espera. É da sua “noite de jovem rabugento e chato,
que andamos nesta escola. amizades perdidas, que se fadas” que passa, escorrega- fazemos as malas e partimos
Passámos de “caloiros” a tentaram manter a todo o dia e apressada, sem olhar rumo a Lloret de Mar ou
“coisa nenhuma” e agora, custo; dos amores arrebata- para trás, nem para se des- qualquer outro lugar. Qual-
finalmente, alcançámos o dos, sem piedade, e do pedir. São os vestidos ondu- quer sítio serve. Apenas a
lugar de ouro: “finalista”. receio do novo mundo lá lantes, os sorrisos incapazes companhia importa. E
Mas afinal o que é ser fina- fora que nos aguarda. de mostrar tamanha alegria. como temos listas enormes
lista? Ser visto com respeito É certo que o adolescente É a imagem que guardamos de coisas essenciais para
e uma pontada de inveja é um “dramático” por exce- dos nossos tempos de estu- levar e muito em que pen-
por toda a escola? Ter cons- lência mas não exageremos. dante. sar, pedimos a compreen-
ciência de se estar às portas Não há muito tempo para Mas a festa não acaba são dos nossos pais e profes-
do ensino superior (sem pensar em exames, faculda- aqui. Nem pensar. Uma sores, pedimos desculpa
saber se elas se irão abrir de e outras coisas que tais noite, por muito maravilho- pelos esquecimentos e pela
para nós)? Sentir que a nos- (professores e pais que nos sa que seja, não é o suficien- ansiedade, mas, com certe-
sa vida vai mudar repentina- perdoem). Pelo menos, até te para satisfazer os capri- za, não somos os primeiros
mente a partir do dia em as férias da Páscoa chega- chos aventureiros dum gru- a manifestar os sintomas
que percorrermos os corre- rem ao fim. Não me inter- po de jovens prestes a voar desta doença que nos tem
dores da escola pela última pretem mal. Não é do coe- do ninho. E, por esse mes- vindo a possuir.
vez? Também. Mas também lhinho nem dos ovinhos da mo motivo, e porque nin-
muito mais do que isso. Páscoa que o finalista está à guém gosta de aturar um Mariana Luís, nº16, 12ºD
13

Área de Projecto 8º Ano

Internet: Oportunidade ou Ameaça?


A Internet permite o acesso a cidade, violação da lei, encontros estar grávida.
uma quantidade ilimitada de infor- on-line com desconhecidos e tráfi- Por crimes na Internet enten-
mação, permite o conhecimento co de drogas. Destes, o que “salta” dem-se as manipulações, sabota-
de pessoas, entre outros, mas pode mais à vista é a pornografia e ainda gens, espionagem e uso abusivo de
trazer alguns inconvenientes como mais importante é a pornografia computadores e sistemas, denun-
os crimes que se geram cada vez infantil. ciados em matérias jornalísticas.
mais. O jovem começa por ir à Inter- Muitas vezes estes indivíduos reti-
Ao início os crimes cometidos na net a um “chat” e fala com uma ram dinheiro dos outros, fazem
Internet eram realizados por pessoa que finge ser um amigo. O corrupção e criam sistemas e códi-
jovens que desejavam afirmar que jovem transmite dados pessoais ao gos para sabotar os sites e outros.
conseguiam invadir os computado- desconhecido, marcam um encon-
res, mas agora esses crimes são tro e a partir desse encontro nin-
cometidos por quadrilhas e pessoas guém sabe mais do jovem. Uns Ana Luísa Vieira Oliveira, nº2
que pretendem fazer o mal. dias mais tarde os pais e amigos Ana Rita Pires Martins, nº4
Os perigos da Internet mais vêm a descobrir que o jovem foi 8ºC
conhecidos são o incentivo à vio- abusado e podem até ter doenças,
lência e ao ódio, violação de priva- no caso de uma rapariga pode até

Benefícios da Internet
O acesso ao conhecimento e ao indicando os melhores caminhos, sentar um conteúdo proibido é a
infinito mundo de conexões propi- cortando excessos e alertando para de atiçar a curiosidade sobre o
ciado pela internet é talvez o mais os riscos. Tudo isso, evidentemen- mesmo. Não é só para orientar os
transformador fenómeno do mun- jovens utilizadores, que os adultos
do contemporâneo. Nunca é responsáveis têm de saber mexer
demais exaltar as maravilhas que no computador. É para fiscalizar
essa janela virtual para o mundo também, vigiar mesmo, clara e
propicia. A internet é um espaço abertamente, com a maior natura-
aberto e ingovernável, no qual lidade, sem autoritarismo e sem
circulam todo tipo de boas e más medo de exercer a obrigação da
intenções. Nele, qualquer ser autoridade. "O pai e a mãe não
humano que saiba ler está sujeito a podem sentir-se constrangidos de
encontrar o que quer, o que não estar ao lado do filho, cumprindo
quer e o que nem sabe que não o seu dever de protegê-lo. Se isso
quer. Se os adultos caem na rede, começar cedo, vai ser natural, e o
muito maior é o risco que as crian- filho sentir-se-á à vontade para os
ças correm, inexperientes e chamar quando vir algo de estra-
influenciáveis – situação que faz nho na Internet.”
com que os pais supervisionem
sempre que possível, visto que o
controlo total e absoluto nunca
vão ter.
Quando os filhos começam a te, com boa dose de sabedoria João Plácido, nº14
aceder à internet, os pais devem parental – desde muito antes de Pedro Manso, nº 22
estar do lado, sempre que possível existir a internet, a forma de apre- 8ºD
14

Área de Projecto 8º Ano

Sugestões de Segurança Online


O hi5 pode ser um local divertido intencionalmente informações pes- alguém efectuar uma pesquisa pela
para estar em contacto com ami- soais de visitantes com idades infe- escola que frequenta) ou que conte-
gos, criar conteúdos e trocar ideias, riores a 13 anos, sendo este um nham imagens especialmente suges-
mas é importante lembrar que, ao aspecto importante. tivas. Antes de transferir uma foto-
utilizar o hi5 ou a Internet em São, em seguida, apresentados grafia, pense em como se sentiria se
geral, as informações publicadas alguns alertas de bom senso que se esta fosse vista pelo seu pai, pro-
podem causar embaraços ou expor devem seguir ao utilizar o hi5 ou a fessor de universidade ou futuro
o utilizador a situações perigosas. Internet: patrão.
Através do gráfico ao lado, que - Nunca se encontrem com
mostra dados retirados do site, estranhos. Evite encontros com Ana Isabel Veloso Barbosa, nº2,
podemos concluir que a maioria alguém que conheça online. Se qui- Mariana Cardosa Bidarra ,nº18,
dos utilizadores do hi5 são do sexo ser encontrar-se com um amigo 8ºD
masculino e quase metade dos utili- que conheceu online, marque o
zadores tem idades inferiores a 24 encontro num local público, duran-
anos. te o dia e peça a um parente próxi-
O hi5 informa que não se respon- mo para o acompanhar.
sabiliza pelos dados fornecidos pelo - Fotografias: Pense antes de
utilizador, podendo outras empre- publicar algo. Evite publicar
sas adquirir os dados sem autoriza- fotografias que permitam a sua
ção do mesmo. O hi5 não recolhe identificação (por exemplo, se

Cibercrime
O termo “cibercrime” foi cunha- de 2001, portanto, após o evento ção descreve alguns tipos de cri-
do no final da década de 90, à de 11 de Setembro, não apresenta mes:
medida que a Internet se dissemina- uma definição para o termo. É usa- - Crimes contra a confidencialida-
va pelos países da América do Nor- do como um termo muito geral de, integridade e disponibilidade de
te. Um subgrupo das nações do G8 dados de computador e sistemas.
formou-se após um encontro em - Crimes relacionados a computa-
Lyon, na França, para o estudo dos dores [falsificação e fraude].
problemas da criminalidade então - Crimes relacionados ao conteúdo
surgidos e ao mesmo tempo e por [pornografia].
intervenção do grupo de Lyon, o - Crimes relacionados à infração de
Conselho Europeu iniciou um esbo- da propriedade intelectual e direi-
ço da Convenção sobre o Cibercrime. tos conexos.
Tal convenção, que veio a público O cibercrimes são crimes que se
pela primeira vez em 2000, incor- fazem na internet.
porou um novo conjunto de técni-
cas de vigilância consideradas pelas para se referir aos problemas gera-
instituições encarregadas do cum- dos com a potência cada vez maior
primento da lei como necessárias dos computadores, o baixo custo
para se lutar contra o das telecomunicações e o fenómeno
“cibercrime”.Como foi definido o da Internet, para a polícia e os João Martins , nº10
cibercrime? A versão final dessa órgãos de inteligência. Tal conven- Pedro Gonçalves, nº13
convenção, passada em Novembro 8º A
15

Área de Projecto 12º B

Síndrome de Down
Nós, Aires, Ana Catarina, Ana me de Down: a trissomia homo- situação de saúde destas crianças
Rita, Daniela, Diogo e Mauro, génea, a mais frequente, surge melhorou muito, o que se traduz
somos um grupo do 12ºano, tur- em 90% dos casos em que o erro por um aumento significativo da
ma B, da Escola Secundária C/ de distribuição dos cromossomas esperança de vida. Contribuíram
3º CEB da Sé - Guarda e, no ocorre antes da fertilização, para esta mudança a inserção na
âmbito da disciplina da Área de durante o desenvolvimento do família, o acesso a cuidados
Projecto, estamos a trabalhar o médicos de melhor qualidade, o
tema “Síndrome de Down” e acesso a programas educativos
queremos apresentar alguns personalizados e às mudanças na
resultados da nossa pesquisa. As atitude da sociedade.
características da Síndrome de O conhecimento adquirido nos
Down foram descritas por John últimos anos acerca da história
Langdon Down, um médico natural das complicações da Sín-
inglês, em 1866. Esta deficiência drome de Down tem propiciado
foi identificada por Jérôme ao desenvolvimento de planos de
Lejeune, um geneticista francês, cuidados preventivos. Estes pla-
em 1958. nos devem incluir exames de
Os portadores desta deficiên- saúde para detecção precoce de
cia, têm o par número 21 altera- complicações; conselhos anteci-
do, isto é, possuem três cromos- patórios e orientações para o
somas 21 em todas as células, encaminhamento para progra-
em vez de dois. Existem diversas mas de intervenção precoce e
características que diferenciam educativos. A promoção da saú-
estas pessoas das outras pessoas: de destes indivíduos implica,
hipotonia muscular (a quantida- óvulo ou do espermatozóide ou assim, uma interacção de pro-
de de tensão ou resistência ao na primeira divisão celular; tris- gramas médicos, educativos e
movimento num músculo está somia em Mosaico que ocorre sociais numa perspectiva multi-
anormalmente baixo, envolven- em 5% dos casos, aparece na disciplinar e sempre com a cola-
do redução da força muscular); segunda ou terceira divisões boração da família.
atraso no desenvolvimento da celulares; a trissomia por Trans- Assim, com este texto preten-
linguagem; falta de controle locação que surge nos restantes demos sensibilizar toda a comu-
motor para articulação dos sons 5% dos casos (neste tipo de tris- nidade escolar para um proble-
da fala; membros pequenos; pre- somia, a totalidade ou parte de ma cada vez mais actual. Preten-
ga palmar transversal única um cromossoma está unida à demos ainda informar melhor as
(prega única que se estende ao totalidade ou parte do outro). pessoas a fim de perceberem que
longo da palma da mão, formada Não existe maneira de corrigir “ser diferente é normal”.
pela função das duas pregas pal- a anormalidade genética que
mares); pontos brancos na íris; causa a Síndrome de Down. Os
flexibilidade excessiva nas arti- problemas de saúde que advêm
culações; retardo mental; pro- desta deficiência podem ser tra- Ana Catarina Pereira, nº4,
blemas na visão, audição e no tados, melhorando assim a quali- Ana Rita Marta, nº6,
12ºB
coração. dade de vida da pessoa.
Existem três tipos de Síndro- Nos últimos vinte anos, a
16

Área de Projecto 12º D

Dia da Saúde
com olhares atentos, todos os alunos
participantes ficaram envolvidos e con-
tagiados, praticando, no final algumas
manobras com o João (o boneco da
CVP) e com os colegas mais corajosos!
Motivados pelas conversas de corredor,
outros professores e alunos quiseram,
voluntariamente, participar.
Para que a manhã ficasse completa,
resolvemos preencher os intervalos
com o jogo “Aprendendo a Jogar”.
Assim, mesmo os alunos que não parti-
ciparam nas palestras puderam desfru-
tar das aprendizagens do dia, de forma
mais aliciante. “Aprendendo a Jogar”
baseava-se na resposta a algumas per-
guntas para que se pudesse ser contem-
plado com um alucinante prémio. O
jogo, realizado no salão, foi altamente
procurado por alunos de todos os anos,
muitos deles lutando pelo mesmo pré-
mio. A confusão à volta da nossa mesi-
No passado dia 8 de Abril, o nosso um sentido crítico no que toca a auto- nha era tal que já não conseguíamos dar
grupo de Área de Projecto organizou na medicar-se optando por uma atitude conta do recado. No final, acabámos
escola uma actividade em comemora- mais responsável. Dois pisos acima, na por quebrar as regras do jogo e entre-
ção do Dia Mundial da Saúde. A activi- sala vinte e dois, decorria uma palestra gar os prémios que sobraram aos joga-
dade contou com a participação de sobre Nutrição dirigida pelo Dr. João dores que ficaram connosco até ao fim.
vários profissionais de saúde que apre- Calhau. No início, o Palestrante levou A verdade é esta, os dias que antece-
sentaram cinco temas diferentes. os alunos a reflectir sobre os seus hábi- deram este evento tão importante para
Na sala um, encontravam-se a Dr.ª tos alimentares, uma vez que iria falar- nós foram extremamente cansativos,
Ana Rocha e a Dr.ª Catarina Monteiro lhes acerca de duas doenças bem conhe- mas o esforço compensou. Durante a
que nos falaram sobre Planeamento cidas por todos: Anorexia e Bulimia. manhã do dia 8 de Abril, não consegui-
Familiar, desde a Contracepção, Com o decorrer da palestra não deixou mos parar um segundo, nem mesmo
Reprodução Medicamente Assistida até de nos alertar para todos os problemas para respirar! As correrias escadaria
à Gravidez Indesejada. As nossas médi- e complicações causados por estes dis- acima, escadaria abaixo, “falta-me uma
cas conseguiram envolver e cativar os túrbios alimentares, que tanto nos turma”, “temos que fotografar as pales-
alunos das turmas que as visitaram, preocupam. Mesmo ao lado, na sala tras”, “não te esqueças de filmar”, não
mostrando muito interesse em partici- vinte e quatro, o Dr. Tiago Saraiva con- nos deixavam descansar. Quem espera-
par na discussão e na exposição das suas vidava os alunos a perceber um pouco va um dia tranquilo, saiu profundamen-
próprias dúvidas. Sabemos que os seus mais sobre as Doenças Metabólicas e te desiludido, pois de calmo não teve
conselhos foram escutados por todos Cardiovasculares, lembrando sempre a nada. O balanço final é positivo pois o
apesar de muitos não se deixarem levar importância de hábitos saudáveis para sucesso gerado foi extremamente grati-
pelo clima de abertura quanto ao tema, uma boa qualidade de vida. Entre os ficante. No final de tudo podemos dizer
mostrando alguma reserva. Na sala diversos sub-temas, o médico falou-nos que correu “às mil maravilhas”.
dois, a conversa era outra, a Dr.ª Maria sobre o tão famoso colesterol desmisti-
João Grilo e a Dr.ª Isabel Ribeiro ficando-o, sem perder, no entanto, o
deram-nos uma perspectiva clara sobre toque científico. Da diabetes à obesida-
os, tão receados, Medicamentos Gené- de conseguiu a atenção e o interesse de Diana Monteiro, nº4
ricos e a Auto-Medicação. Com os todos os participantes. Entretanto, lon- Inês Leão, nº6
olhos postos na apresentação, os nossos ge das salas de aula, decorria, no salão Magda Castanheira, nº13
colegas puderam familiarizar-se com o da escola, uma pequena demonstração Miguel Rodrigues, nº17
mercado farmacêutico europeu e por- de Socorrismo orientada pela Delega- Maria Marques, nº25
tuguês, aprendendo a confiar nos Gené- ção da Cruz Vermelha da Guarda. Nes-
ricos. Por outro lado desenvolveram ta actividade ninguém ficou de fora; 12ºD
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Área de Projecto 12º Ano

Divulgação do nosso Projecto


Ana Filipa, Ana Sílvia, Filipa,
Juliana e Sofia, um grupo de alunas
do 12.º ano, turma B, da Escola
Secundária C/ 3º CEB da Sé -
Guarda, no âmbito da disciplina de
Área de Projecto, quer divulgar a
etapa final do seu projecto e dar a
conhecer a toda a comunidade
escolar a data e o lugar da apresen-
tação do produto final - dia 19 de
Maio às 15:30h, no salão des-
portivo da Escola Secundária
da Sé – Guarda.
Nesta apresentação final, far-se-á
uma breve síntese de toda a infor-
mação já organizada. Irão debater-
se os seguintes temas: o Homem e
a Pré-História; o Homem e a Tec-
nologia Moderna; o Homem e o
Futuro, tentando dar resposta ao ajudará na apresentação. Os professores, funcionários,
problema: “Qual a influência da O trabalho desenvolvido ao lon- encarregados de educação e alunos
evolução tecnológica na evolução go do ano lectivo contou sempre interessados em assistir devem diri-
natural do Homem”. com o apoio da Professora Maria gir-se ao grupo antes da data apre-
Terá a colaboração da Professora de Lurdes Fonseca, que monitori- sentada.
Luísa Queiroz, de Biologia, que zou as aulas de Área de Projecto.
Grupo de alunas do 12ºB

Projecto Informática e Internet


PIRATARIA MODERNA ção da plataforma Moodle na nossa superior ao referido, será conside-
escola. Irá ser feita uma pequena rada a hipótese de repetir a pales-
Uma pequena introdução aos demonstração prática de algumas tra num outro dia.
conceitos de partilha de ficheiros, das principais características para
Pirataria e Warez. O que é legal e além de uma introdução ao concei- Integrado no projecto “Informática e
não, separar a realidade do mito to de "Moodle". Internet”
com algumas situações concretas e
ilustrativas. 14 de Maio pelas 18 horas na sala 2 Grupo 4 da turma 12ºD

7 de Maio pelas 18 horas na sala 2 Observações

A folha de inscrições encontra-se


MOODLE disponível junto da sala de profes-
sores.
Ambiente de Aprendizagem As palestras estão limitadas a 40
Modular, Dinâmico e Orientado a (quarenta) inscrições por lotação
Objectos. da sala.
Pequena palestra para a divulga- Se o número de inscrições for
18

VISITAS DE ESTUDO

Visita De Estudo ao Museu da Lourinhã e à Pedreira do Galinha


22 de Fevereiro de 2008

Mais uma visita! momentos que obrigavam a alguma mundo que se conhece de pegadas de
Relativamente a esta, foi criada contenção da vivacidade própria de dinossáurios saúropodes, que ali
uma grande expectativa, não só por que tem doze, treze anos, não obs- viveram há cerca de 175 milhões de
parte dos alunos mas talvez sobretu- tante as recomendações feitas para anos. Preservadas numa enorme laje
do por parte dos professores interve- que tudo decorresse num ambiente de calcário, contam-se pelo menos
nientes. perfeito, esta visita de estudo foi uma vinte pistas todas diferentes, de
Pessoalmente, foi com bastante mais valia para todos. dinossáurios quadrúpedes. Ao visitar
interesse que organizei esta activida- Tendo sido o ano de 2008, assina- este local, recua-se no tempo, visua-
de, uma vez que eram destinos des- lado como o Ano Internacional do liza-se e sonha-se com um ambiente
conhecidos que levariam os alunos, a Planeta Terra, faz todo o sentido, muito diferente do actual, mas,
observar no terreno alguns aspectos reflectir sobre a necessidade de pre- sobretudo, constata-se que a Terra é
da História do Planeta Terra, no servar as paisagens naturais e dentro um planeta dinâmico capaz de sobre-
âmbito da Geologia e Paleontologia, destas, aquelas que de um modo mais viver às mais adversas agressões
leccionados nas aulas de Ciências visível contêm vestígios ou marcas de adaptando-se por vezes de forma
Naturais do 7º Ano de escolaridade. um passado muito longínquo, que sofredora, continuamente à espera da
Apesar da grande distância entre a pode aos poucos ser reconstituído. compreensão do homem.
Guarda e os locais visitados trazer De facto, a Pedreira do Galinha,
algum cansaço; apesar ainda da agita- considerada um Monumento Natu-
ção manifestada pelos alunos em ral, reúne o mais antigo registo do Professora Cristina Castro
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VISITAS DE ESTUDO

Aprender, Interagir e Sentir a Água


Visita de Estudo, Pavilhão da Água & Escola Superior de Biotecnologia

Oito da manhã. Corre-se por


necessidade. Entregues os
“papelinhos” no sítio devido, vol-
távamos a correr para o início de
mais uma visita de estudo. Era
mais uma “saídinha”, mas, desta
vez, o dever da organização era
nosso (sim, nós, os tão pouco
despertos alunos).
Do nosso “montinho” à cidade
invicta, foram umas parvoíces
sem percalço, a uns 90 quilóme-
tros/hora. Num dos intervali-
nhos das “estupidezes” de espírito
lá fomos chegando, perguntan-
do, invadindo o nosso primeiro
destino: O Pavilhão da Água.
Lá nos puseram, estáticos, em
frente a um “Grundig” de bastan- “gandulisse” com ar faminto e longe de estar limpo. PCR’s e
tes polegadas. Luzes apagadas, rejubilante. Entre “fast-food” e DNA fingerprint, numa outra
olhos no ecrã, foi-se desenrolan- sopas empanturraram-se os indi- sala, foram o centro das atenções
do a película. O filme era “A víduos de enorme metabolismo. (excluindo o momento da
Água”. Introdução feita, segui- O ponteiro do relógio rodou “destruição” compulsiva de maté-
mos o percurso. Mesmo à entra- uma vez e meia e quando se rias de laboratório…).
da, um gigantesco “Água Mobile” aperceberam já estavam a cami- Desceu-se até ao “Paraíso” dos
lá ia, forçado pelo líquido insípi- nho da “Semana Aberta” na Esco- lanches, foi-se comendo, sempre
do, accionando fantasias e cores la Superior de Biotecnologia. com as famosíssimas e tão nossas
de um peixão mecânico. Passá- Simpatia e organização facilita- “levezas de alma” que soltam
mos ciclones que sugavam boli- ram a entrada nesse estabeleci- mais do que um sorriso.
nhas; tornados que levantavam mento de ensino e entre Mais uma parvoíce, mais um
poeirinhas; truquezinhos de ilu- “correrias” por calcários e már- pulo e já estávamos a caminho da
sionista; repuxozinhos a contra- mores já estávamos outra vez fria cidade. O regresso, com ale-
riar, impetuosamente, a força de quietos, sentados, a ouvir. A grias vocais e perdas orais, “volta
Newton. palestra era sobre “Saneamento atrás” e “segue em frente”, trou-
Abandonando, depois de tudo Básico e Abastecimento de Água” xe-nos de volta aos mil e cin-
visto, o pavilhão “mais visitado que, acima de tudo, se tornou quenta e seis metros de altitude,
da Expo 98”, ainda houve tempo útil para quem depositava algum trouxe-nos de volta à Guarda.
para molhar sorrisos e aprender interesse no que ouvia.
perversidades de uns patinhos Mais uma “corridinha” e já
que, por entre jacto e cascata, ali estávamos “No fabuloso mundo João Jorge, Grupo 5,
andavam. dos micróbios” para descobrir- 12º D
- Vamos almoçar! - Disse a mos que o teu telemóvel está
20

VISITAS DE ESTUDO

Viagem ao Mundo da Metalomecânica


A visita contou com 21 alunos e 4 professores conforme
planificação. A actividade decorreu com normalidade,
respeitando os horários de saída e de chegada, bem como
os das visitas.
De uma forma geral, os alunos gostaram da viagem de
estudo, tendo tido preferência pela fábrica das eólicas. A
fábrica das motas (A.J.P.) ficou aquém das expectativas
dos jovens, devido à pequena dimensão da mesma e das
quantidades produzidas. As explicações dadas pelos guias
das fábricas, constituíram aulas de importante relevo,
com materiais autênticos, como foi por exemplo a do
corte e da soldadura.
Apreciaram de forma particular a ida ao Gaia Shopping
durante o almoço, pela variedade e possibilidades de
escolha.
A visita contribuiu para a melhoria das relações huma-
nas entre os participantes De salientar a adequação do A Directora de Turma
comportamento dos alunos perante cada circunstância. Maria Dolores Carreira

Visita às Instituições Cáritas Diocesana da Guarda e NASCER


No dia vinte e cinco de Fevereiro, ao NAS(C)ER - Centro de Apoio à de causa destas gravidezes precoces
no âmbito de Área de Projecto, nós, Vida da Cáritas Diocesana da Guar- se devem, na sua maioria, não à falta
os alunos Altina, Ana, Maria, Rita e da, instituição que se dedica ao apoio de informação como pensávamos,
Ruben, acompanhados pela profes- mas sim à falta de afecto que estas
sora Mª de Lurdes Fonseca, visitá- receberam ao longo da sua vida e
mos as Instituições Cáritas Diocesana que acabam procurando nas relações
da Guarda e Nascer, com os objecti- que lhes dão origem.
vos de conhecer o trabalho desenvol- Esclarecidas todas as dúvidas ter-
vido por estas instituições, com- minou a visita e regressámos à esco-
preender o problema da gravidez na la.
adolescência e enriquecer o nosso Foi uma tarde diferente em que
trabalho que tem como tema tomámos consciência de um dos ris-
“Sexualidade e Saúde”. cos de uma sexualidade descuidada e
Chegámos à Cáritas, por volta das sem amor: a gravidez na adolescên-
15 horas e 20 minutos onde fomos cia.
recebidos pelo secretário Dr. Paulo Para saberem mais sobre o nosso
Neves e pela Dr. Vera Pragana, psi- e acolhimento de grávidas, jovens trabalho e o tema “Sexualidade e
cóloga e directora técnica da Nascer. mães e dos seus filhos. Aí tomámos Saúde” consultem o nosso blog:
Tivemos a oportunidade de conhe- contacto com uma nova realidade, http://sexualidadeesaude.blogspot.com,
cer a instituição e os seus projectos, conhecemos as instalações e assisti- onde encontrarão mais informação.
através de uma breve apresentação mos também a uma breve apresenta-
sobre o trabalho desenvolvido e de ção sobre as actividades de Nascer.
uma visita guiada pelas instalações. Demos conta das dificuldades que Ana Martins, 12ºB
De seguida, acompanhados pela enfrentam as mães adolescentes e os
Dr. Vera Pragana, dirigimo-nos até seus filhos e descobrimos que a gran-
21

VISITAS DE ESTUDO

Visita de Estudo ao Convento de Cristo em


Tomar e à Casa Museu dos Patudos
O Convento de Cristo é provavelmente um dos maiores monumentos arquitectónicos portugueses;
um autentico repositório de diferentes estilos criado ao longo de cerca de meio milénio.

Os alunos de Artes dos 11º e 12º Este monumento apresenta-nos o No entanto, durante a visita guia-
anos realizaram uma visita de estu- estilo românico, a sua simplicidade da pela casa, um verdadeiro emara-
do ao Convento de Cristo em e austeridade no edifício da charola nhado de obras de arte de todos os
Tomar e à Casa Museu dos Patudos. e claustros góticos, o estilo manue- estilos imaginários, apenas nos foi
Após uma divertida viagem, chegá- lino na sala do capitulo e na exten- mostrada uma pequeníssima amos-
mos a Tomar. Atravessámos uma são da charola, o maneirismo no tra de todo o edifício. O resto
grande mancha verde - a Mata dos claustro de D. João III e finalizando está, talvez, à espera de ser
Sete Montes – até chegarmos ao com o barroco em ornamentos financiado pelo Estado que
Castelo de Tomar onde está inseri- arquitectónicos. infelizmente pouca atenção dá
do o Convento. Virada para o exterior, abre-se, à arte, bem como grande parte do
O Convento de Cristo é prova- da sala do capítulo, a extraordinária povo português que tanto dela pre-
velmente um dos maiores monu- JANELA MANUELINA, sustida cisa…
mentos arquitectónicos portugue- numa figura barbuda e enquadrada É de notar, no entanto, que toda a
ses; um autêntico repositório de numa exuberante moldura decorada casa oferece aos visitantes uma ver-
diferentes estilos criado ao longo de com temas da fauna e flora maríti- dadeira viagem pelos diversos
cerca de meio milénio. É talvez o mas, heráldica régia, etc. períodos da história da arte, e que
monumento que representa de for- Mais tarde, finalmente, chegámos para os amantes da estética é um
ma mais tangível e directa as ideais, a Alpiarça, sem saber bem o que lá lugar que definitivamente se tem
os feitos e as crenças de incontestá- nos esperava. Esperava-nos a Casa que visitar, e a um preço meramen-
vel importância universal dos por- dos Patudos, palácio construído em te simbólico.
tugueses; um povo que lutou pela 1905 por ordem de José Relvas, um Acabou assim a nossa viagem de
independência que travou uma importante republicano português, estudo onde tivemos a possibilidade
guerra pela reconquista e atravessou e concebido por Raul Lino. de estar em contacto com uma ínfi-
um período de perda de identidade À entrada da casa, foi-nos dito ma parte daquele que é o grande
(a União Ibérica); um povo que para calçarmos uns sapatos azuis de património arquitectónico portu-
empreendeu aquilo que chamamos fibra plástica, semelhantes aos que guês.
hoje de globalização através dos os médicos usam durante as cirur-
descobrimentos. É isto que o Con- gias. Sim! Estranho! Mas é tudo António Soares,nº6,11ºF
vento representa, o que cada pedra para preservar a limpeza do inte-
nele emparelhada significa. rior.
22

POR CÁ

Concurso Entre Palavras


No passado dia 24 de buir uma classificação baixa lugar constituíram outra) e integração na União Euro-
Abril, quatro alunas do às equipas mais fortes e isto durante trinta minutos pre- peia, foi clara, convincente
9ºC, a Rita Alves, a Catari- fez com que estas ficassem pararam-se, em segredo, os questionando a equipa
na Gonçalves, a Mara prejudicadas em relação às argumentos ( a nossa escola adversária e soube sempre
Pacheco e a Inês Tavares, mais fracas, o que, modés- teve que argumentar contra responder aos “ ataques “ da
acompanhadas pelas profes- tia à parte, aconteceu com a integração de Portugal na equipa dos “ prós”.
soras Carla Tavares e Cris- a Escola da Sé. No entan- União Europeia, que só por Terminado o tempo des-
tina Reinas, participaram to, depois de algum sofri- acaso, era a posição mais tinado ao “confronto”, o
no 4º Fórum de Leitura e mento a Escola da Sé lá difícil). mediador do concurso e
Debate de Ideias – “Entre conseguiu passar à segunda Seguiu-se o debate e cada outros elementos do júri,
P a la v ra s”.Trab alha ra m fase. Passaram as quatro equipa teve de usar o espí- reuniram-se para proclamar
durante algumas semanas e “melhores” escolas e agora rito crítico e poder de o vencedor. As ditas equi-
prepararam-se para enfren- pas subiram ao palco, nova-
tar as equipas adversárias. mente, e esperaram ansio-
Este concurso, que sas o veredicto. E o vere-
decorreu no Instituto da dicto foi: em primeiro
Juventude da Guarda, teve lugar com 25 pontos , ficou
duas fases, uma primeira a equipa adversária e em
em que as alunas apresenta- segundo, com 23.5, e com
ram um tema, previamente algum desalento, a equipa
preparado, ao público pre- da qual a nossa escola fazia
sente no auditório. Todas parte. A equipa vencida não
as equipas, constituídas por concordou com o resulta-
quatro alunos e que repre- do, mas aceitou, tendo, no
sentavam outras escolas, entanto, juntamente com as
tiveram de votar umas nas professoras mostrado o seu
outras, classificando-as de 0 desagrado junto do júri.
a 5 e não podiam votar na foi a vez de um debate argumentação para mostrar A equipa expressa, assim,
sua própria equipa. Foi onde se iria discutir o que tinha razão e ainda para a sua indignação, uma vez
logo, neste momento, que seguinte tema - “A União que os seus pontos de vista que o que aconteceu este
se verificou que esta forma Europeia” – imposto pelo se destacassem perante os ano foi uma repetição do
de votação e de selecção júri do concurso. Forma- dos adversários. A equipa que aconteceu no ano ante-
para a fase seguinte não foi ram-se, então, as equipas da nossa escola mostrou rior.
a mais correcta, pois o que ( o primeiro e segundo neste debate, o que valia. E
aconteceu foi que algumas lugar constituíram uma mesmo indo contra os seus Professora Cristina Reinas
equipas começaram a atri- equipa e o terceiro e quarto ideais , pois é a favor da Inês Duarte Tavares, 9ºC

Ida ao Teatro
Mentir e Frei Luís de Sousa de Almei- costumes, ridicularizando as perso-
da Garrett no dia 14, para turmas do nagens e provocando o
Nos dias doze, treze e catorze de 8º e 11ºanos respectivamente. riso. Por outro lado a seriedade e o
Março, vários grupos de alunos Após a avaliação da actividade enredo de Frei Luís de Sousa permiti-
foram ao teatro no IPJ, conforme o podemos concluir que os alunos gos- ram ter uma outra visão do teatro.
programa de Língua Portuguesa. taram de ter ido ao teatro. Admira- Ficou a ideia de que se pode “criticar
O Auto da Barca do Inferno Nos dia ram sobretudo a linguagem de Gil a brincar” e “brincar criticando”.
12 e 13 de Março para todas as tur- Vicente, nomeadamente, a crítica de
mas do 9ºano e CEF. Falar Verdade a Professora Dolores Carreira
23

POR CÁ

Exposição no Átrio da Escola


Qualquer tipo de Arte consegue despertar os nossos mentem, criem, não tenham medo de despertar senti-
sentidos. É uma forma de expressão, uma língua universal mentos e talentos desconhecidos…
que toda a gente desvenda e tem curiosidade em conhe- Ana Duarte nº 2,
cer. Joana Costa nº 18,
Nesta exposição estão expostos alguns registos produzi- 11ºF
dos pela turma F do 11º ano de Artes Visuais.
Foi-nos proposto pela professora de Desenho A, Ana
Barrelas, realizar um trabalho com o qual fosse possível
transmitir estados de espírito e problemas da sociedade
que permitissem ao observador questionar-se em relação
aos temas abordados.
Num segundo trabalho, o objectivo foi apresentar
padrões regulares ou irregulares em várias composições
visuais com o intuito de criar ilusões de óptica e de pro-
fundidade.
Foi gratificante observar o interesse mostrado pelos
vários professores e colegas e a valorização da nossa criati-
vidade e do nosso trabalho.
Deixamos um desafio: dêem asas à imaginação e experi-

O Adeus à professora Noémia Costa


A partir do ano de 1979 dedicou toda a sua vida profis-
sional a esta escola com muito empenho e amizade. Mos-
trou que é uma pessoa amiga do(a) seu (sua) amigo(a),
sempre disponível para os outros, mas também muito
exigente. Demonstrou ser uma pessoa receptiva às Novas
Tecnologias e a todas as metodologias que ao longo des-
tes anos foram propostos para o ensino da Matemática.
Como exemplo disso, há que referir toda a dedicação
demonstrada com a implementação do Plano da Acção da
Matemática. Como recompensa de todo o seu trabalho,
recebeu a notícia da sua Aposentação no dia 24 de Março
de 2008.
Alguns colegas, alunos e funcionários que tiveram
conhecimento da “ última aula ” que a Professora Noémia
ia leccionar, quiseram fazer-lhe uma homenagem. No
entanto, todas as pessoas desta escola lhe desejam muita
O “adeus ” da professora Noémia Costa, à Escola que a saúde e felicidades para a nova etapa da sua vida.
acolheu e onde tantos e tantos tiveram a oportunidade
de com ela privar e aprender!
Professora Graça Rodrigues
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DESPORTO ESCOLAR

Dia Desportivo

O grupo de Educação Física em de condecoração. a saúde.


conjunto com o Conselho Executi- Na modalidade de xadrez foi Falámos com Emanuel, João Hen-
vo propuseram que o dia 14 de entregue a medalha ao aluno Hugo rique e Duarte que afirmaram ter-
Março de 2008 fosse o “ Dia Des- Gomes do 7º ano, turma B. Em se mentalizado desde o início que
portivo”. entrevista ao vencedor ele confes- teriam que vencer. Foram sempre
Neste dia foram organizados jogos sou-nos que joga xadrez desde os apoiados pelo seu professor de Edu-
de cinco modalidades diferentes, seus 6/7 anos, tendo aprendido no cação Física e finalmente confessa-
sendo elas: andebol, xadrez, bad- clube de xadrez da Guarda. Gosta ram-nos que gostariam que modali-
mington, ténis de mesa e basquete- deste tipo de desafio e a verdade é dades como o futsal e o voleibol
bol. que Hugo Gomes já conseguiu ficar também fossem inseridas neste tipo
Deu-se início às actividades às em 3º lugar num campeonato a de actividades escolares.
08:30. De manhã realizaram-se os nível nacional. As actividades prosseguiram
jogos de andebol e xadrez. Os jogos Na modalidade de andebol saíram durante a tarde, tendo início às
de xadrez decorreram todos no vencedoras quatro equipas, duas 14:25, com modalidades de bad-
salão da escola, nos quais participa- equipas femininas e duas masculi- mington, ténis de mesa e basquete-
ram conjuntamente alunos do 3º nas. Quisemos saber o que pensa- bol 3x3, nas três modalidades parti-
ciclo e secundário. No que diz res- vam alguns dos vencedores acerca ciparam conjuntamente alunos do
peito ao andebol organizaram-se deste dia e conseguimos uma entre- 3º ciclo e ensino secundário. Os
jogos 5x5 com equipas formadas vista com elementos de cada uma jogos das modalidades referidas
por alunos exclusivamente do 3º das duas equipas vencedoras do ocorreram, respectivamente, no
ciclo, que decorreram no pavilhão, ensino secundário. pavilhão, salão e campo exterior.
e jogos 7x7 com equipas formadas Da equipa feminina falámos com a A tarde terminou, como espera-
por alunos do secundário, que aluno Rita Alexandre que em rela- do, com a entrega dos respectivos
decorreram no campo exterior. ção ao seu professor (a) de Educa- prémios.
Durante a manhã as actividades ção Física nos confessou tê-las
prolongaram-se até às 13:30, termi- apoiado imenso na preparação deste Texto: Viviana Leal, nº27
nando com a entrega dos respecti- torneio. Além de ter defendido a Fotos: Joana Madeira, nº16
vos prémios, sendo estes medalhas ideia que o desporto é óptimo para 11ºB
25

Religião e Valores

A Porta Fechada…
É bem interessante esta palavra às vezes inesperadamente. Como dizia Helen Keller - a
que Helen Keller escreveu: “ Mas as outras alternativas sur- extraordinária mulher cega e surda
Quando uma porta de felicidade se gem, como que oferecidas pela que venceu tantas limitações - às
fecha, há outra que se abre. Mas às mão escondida de Deus. Outras vezes somos tão pessimistas peran-
vezes ficamos tanto tempo a olhar te os desaires da vida, que passa-
para a porta fechada que não mos o tempo a olhar para a situa-
vemos aquela que se abriu!”… ção dolorosa, a lamentar a oportu-
Vale a pena reflectir sobre isto nidade perdida, a alegria apagada,
em que, por vezes, caímos tam- para o fracasso sofrido, para o des-
bém. gosto que nos amargurou, para a
A vida, com as suas desilusões porta fechada, e, nesse marasmo
inesperadas, fecha-nos algumas psicológico , nesse pessimismo
vezes portas que julgávamos ser desalentador, nessa cegueira do
para nós entradas para o êxito e trauma sofrido, nem conseguimos
para a felicidade que sonhamos. ver a nova porta de felicidade que
Pode ser um mau resultado no Deus rasga diante de nossos passos.
exame ou num concurso, pode ser A dor angustiante da porta que se
uma desilusão no namoro ou no fechou não pode impedir-nos de
casamento, pode ser a perda oportunidades de trabalho, outras superar as adversidades e de desco-
imprevista de emprego, pode ser vagas de emprego, outras ajudas, brir e trilhar o novo caminho que
uma doença grave pode ser a mor- outros convites, outros conheci- Deus nos abriu amorosamente.
te de alguém querido e importante mentos, outras amizades, outros
para nós. Quantas portas fechadas, amores… Padre António Nabais

O Exemplo
pequenos? - perguntou o funcionário.
- Um tem quatro e o outro tem sete - respondeu o
pai. – Devo-lhe portanto oito euros: cinco euros meus e
três do mais velho.
O rapaz da bilheteira retorquiu :
- O senhor podia ter ganho três euros. Porque eu não
sabia a idade do mais velho.
O pai respondeu:
- Você não sabia, mas os meus garotos sabem…
O pai não quis mentir para fugir ao preço, porque os
filhos, embora pequenos, dariam pela mentira e apren-
deriam a enganar os outros. Tinha consciência da
importância do exemplo na educação dos filhos…
Tinha bem presente esta bela palavra do escritor ame-
ricano Emerson : “ O que você é fala tão alto que não
Numa tarde soalheira de sábado, um pai levou os seus consigo ouvir o que está a dizer!”
dois filhos à piscina da vila. Aproximou-se da bilheteira e O testemunho dos pais - bom ou mau – fala tão alto,
perguntou: tão forte que abafa as palavras por mais belas que
- Quanto custa a entrada? sejam…
- Cinco euros para o senhor e três euros para cada
criança acima dos seis anos. Quantos anos têm os seus Padre António Nabais
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POESIA

NADA MAIS QUERO


Quis-te um dia grande como os astros
E de tanto olhar o sol, te perdi.
Louca e cega
Tacteio por toda a parte
O rumo que segui

Curta vida p’ra longa caminhada!


Eternamente em busca,
Hei-de encontrar-te.
Nada mais quero!

Minh’alma em grito
É um zero
À procura de Infinito

Maria Isabel Carvalho Duarte


( Avó dos alunos Alexandra, Inês e José Pedro
Tavares )

11 de Junho de 1997

AS PALAVRAS
As palavras enchem-me,
Perseguem-me,
Insistem e ficam!
Andam comigo,
Não as esqueço,
Recordo tudo o que não quero.
Afastam pensamentos
Negros
Sem sol
Sem vida.
Tornam-se poema…
Quando ele chega
A poesia sai livremente.
Fico limpa por dentro,
Leve, solta
Sou eu!

Maria Isabel Carvalho Duarte


( Avó dos alunos Alexandra, Inês e José Pedro
Tavares )

2 de Agosto de 2006
27

POESIA

NÃO HÁ AMORES IMPOSSIVÉIS


Pega na minha mão…
E leva-me para lá do horizonte.
Segura-me, protege-me junto de ti, para além do espaço,
Enrosca-me em teus braços e ensina-me a fugir para além de mim…
- Palavras comuns …
Frases lindas… significados maravilhosos.
Palavras de apelo… em busca do amor. Perdoa-me
E neste mundo onde só estamos nós e os outros,
Prefiro amar-te até ao final, Quantas palavras
Não aquele momento em que partimos para outro mundo, Ditas ao vento
Mas aquele momento onde tudo deixa de existir Quantos suspiros
A distância não é desculpa, o passado foi lá atrás… em cada momento?!
Porque não nos deixam viver o nosso amor.
Porque a mulher nunca se verá livre dos ciúmes. Quantas gotas eu contei
Ciúmes… deste amor que quebra fronteiras Enquanto a chuva caía
Desta motivação que só nós vivemos, Tentando explicar
Do futuro que promete ser nosso. o que sentia

SUNNY Quis o oceano


Cada estrela do céu
AMOR Para assim explicar
Tudo o que me ofereceu ( Amor).
Amor?!1\
Quem saberá o que quer dizer? Quantas gotas agora derramadas
É o que cada um sente, Por cada toque , cada olhar
É o que cada um diz viver?! Cada momento
Amor?! Não imaginas metade do meu sentimento
Significado contraditório à realidade.
É o conceito obrigatório à cumplicidade
Como dois corpos unidos num só. Não me esqueci
Amor é voar mais alto, De nada o que contigo vivi.
Sem sair do mesmo lugar.
Asfalto rochoso que dói por dentro, Olho-me ao espelho e choro
Alegria melancólica, Raiva, ódio que não pondero
Percorrendo cada momento… Toda a culpa
É a solidão do próprio coração, Minha culpa
É o sentimento mais forte,
Mas mais fácil de quebrar, A chuva?!, já não basta a chuva
Nem a morte o poderá acabar. Para explicar
A fragilidade com que se vive,
Este sentimento
E a força para lutar
Que na esperança reside. Que é de verdade... AMAR!
Amor é a eternidade que acaba depressa
Como num simples olhar ou sorriso ALEXIS
E assim se começa.
Amor?!
É tudo o que existe,
Apesar de nada parecer existir.

ALEXA
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POESIA

Um pouco de mim 2 Ser diferente, ser eu


O único sentido
Que a vida mostra É difícil viver, é difícil sermos nós
É-nos dado, definido Controlados como máquinas
Amizade que alastra E máquinas controladas
Sentimento esquecido Ser livre como poder ser
Que morre, que adormece
Ou que simplesmente Ser livre voar, ser livre acordar
Desaparece Nada te pára, nada te impõem
Sem razão, sem motivo Nada te controla, como um nada sem ninguém
Amor perdido. És o pássaro da vida, voa voa!!!

4 de Novembro de 2007 Hoje estás aqui, amanhã acolá


Esqueceste-te de mim e por cá já não estás
é melhor assim, voar e voar
esquecer que existes amanhã acordar
Um pouco de mim 7
Somos máquinas da vida, somos máquinas do amor
Maquinistas do sexo, sexo com dor
Pedir desculpa É aquele que vivemos aquele que sentimos
Quando nos sentimos culpados, Aquele que queremos e quase todos pedimos
É a melhor maneira de esquecermos
Os erros passados.
Quase não pessoal, quase de esperança e vontade,
É perceber que magoamos Vontade de alguém que ainda tenha esperanças
Aqueles que tínhamos, Por isso quase vivemos, quase amamos, quase…
Os que amamos. Mas ainda assim a esperança de um quase distante…
É querer a culpa esquecida,
E ter de novo os sorrisos Anónimo da Silva
Da mágoa escondida
De antigos amigos.

É querer que nos perdoem


Quando nada mais há a falhar,
E que nos salvem
Quando queremos saltar.
É ter ódio à nossa volta,
E perdoar.
É ter tudo e nada.
É amar.

11 de Novembro de 2007
Mónica Santos, nº 20, 12º B
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THE ENGLISH PAGE

Leisure versus work


Since the primitive times the to define the word “leisure”, as
human being felt that he needed to being the part of the day we do Live your life
work. This priority has been used something different that we are Earn new friends
to earn a living and to feel useful. used to doing.
Nowadays, the world of work has List of hobbies that people nor- Amuse yourselves
caused too many worries on peo- mally have:Reading,watching TV, Smile
ple’s mind, such as: stress, depres- listening to music, surfing the Net,
sion and unemployment. With going out with friends, being with Use your time
these problems, people have to get family, painting, going for a walk, Respect yourself
out from their routine and find doing sport.
Esteem the leisure
time for themselves. We call that The main idea is that if we want
“leisure” and it is so important be- to have a comfortable life we need
cause we need not only to earn to work and know how not to
money to live, but also live our stay addicted to that work.
Catarina Rodrigues,
life.There is something we should It’s important to have a job but it
Cláudia Hilário,
always remember …”we can live is also very important to have, an Inês Bidarra,
our life with some pleasure “ activity that can distract us a little Mariana Simões ,
Well, we think this is the best way from what we call “the real life”. 11ºA

Less psychiatrists, more free time!


What does Leisure mean? or watching TV. But, sometimes,
Many people would say it’s the just resting, doing nothing can be
way how we spend our free time. the right solution. If everyone was
But, if we really think about the able to take a moment to think
meaning of Leisure nowadays, we about life, in order to solve his/her
must admit it’s much more than problems, there were probably less
that. When we work, we have to depressions…and less psychiatric
stop to do what we like and to be consults.
with people we care about. Maybe doing nothing means
We need time to ourselves. Tak- more today than all mistakes we
ing a break, even during a short can do tomorrow…
period of time, helps us to relax In our society, everything is too
and forget all our concerns for a fast: there is no time to what really
moment. Then, when we go back matters. That’s why it’s so impor-
to work, we are more concen- tant to stop: to breathe deeply and
trated and decided to do more and face up all difficulties holding our
better. We feel more motivated head up.
and able to do our job. Life isn’t just working. The prob-
And how can we spend our free lem is that sometimes we forget
time? it…
Of course, it’s more pleasant, Andreia Silva,
when we have enough time, going Daniela Brigas,
out with our friends or playing Manuel Antunes,
sports. Or, if we stay at home, Rafael Barros,
reading a book, listening to music 11ºA
30

FUN PAGE

How dangerous ?
1.You need a wakeboard to do this sport.
2. You ride on waves while standing on a narrow board.
3. If you like moving over snow,that’s the ideal sport for you.
4. A sport in which you fly suspended under a wing.
5. You stand on a skateboard that you ride.
6. You ski on water while being pulled by a a fast boat.
7. you need a vehicle like a motorcycle for riding across water.
8. The sport of sailing on water standing on a windsurfer.
9. The sport of riding a bicycle on rough ground.
10. You need a rope and a cliff to do this sport.
11. You swim underwater using special breathing equipment.
12. You jump from a plane and then open your parachute.
13. You can jump from a mountain, wearing a kind of parachute.

Riddles Opposites
What is it ? The pictures may help you guess the answer.

1.What is white when it’s dirty and black when it’s clean ?
Find the opposites of the words below in
the wordsearch box. The words may go
2. What has one eye but cannot see? horizontally, vertically or diagonally.
3. What appears once in a minute, twice in a moment but never
in two thousand years?
4. There are many castles in the world, but who is strong
enough to move one ?
5. What’s a quick way to double your money ?
6. What did one wall say to the other wall ?
7. What is the richest kind of air ?
8. When I am filled, I can point the way.
When I am empty, nothing moves me.

kind pessimistic miserable mean


pleasant honest friendly sensitive
31

LA PAGE DU FRANÇAIS...

La Famille Astérix
DÉFINITIONS :

1 2 3 4 1 - Blonde plantureuse, elle a ravi


5 le cœur d'Obélix.
2 - Ce Romain est la caricature de
Jacques Chirac dans "Astérix et
6 compagnie". Il s'appelle Saugre-
nus ...
3 - Chef des Romains, il est ridi-
7
culisé dans presque tous les al-
bums.
4 - Quel est le nom du petit chien
qui accompagne nos deux héros
dans leurs aventures ?
8

5 - Ce druide est le célèbre inven-


teur de la potion magique.
6 - Cet animal est le plat préféré
des Gaulois.
7 - Barde du village, il casse régu-
lièrement les oreilles des habi-
Devinettes tants.
8 - Chef du village, il est porté sur
un bouclier par deux de ses
1. Qu'est-ce qui fait que tous les hommes soient beaux ? hommes.

2. Quelle est la différence entre un ascenseur et une cigarette ?

3. On me retire une lettre, je ne change pas.


On me retire deux lettres, je ne change pas.
On me retire trois lettres, je ne change pas.
On me retire toutes mes lettres, je ne change pas, qui suis-je ?

4. Quelle est la ville la plus vieille du monde ?

5. Mon premier est un liquide


Mon deuxième est un liquide
Mon troisième est un liquide
Mon tout est un liquide.... Qui suis-je ?

6. Que fait une vache quand elle a les yeux fermés ?

7. Sans air je meurs, pourtant je n'ai pas de poumons. Qui suis-je ?

8. Mon premier est un oiseau plutôt bavard, mon deuxième est la onzième lettre
de l'alphabet, mon troisième sert à transporter beaucoup d'eau, mon tout est un
peintre très célèbre, qui-suis je?

9. Quelle est la ville la plus proche de l'eau ?

10. Quel est l'acteur préféré des informaticiens ?

11. Quel est le futur du verbe voler ?


32

ÚLTIMA

Dia Mundial do Livro


Dia 23 de Abril
Tal como aconteceu no ano ante-
rior, a nossa escola comemorou o
Dia Mundial do Livro. Para assinalar
o dia, realizámos Sessões de Leitura
Contínua na Biblioteca. Nestas ses-
sões participaram algumas turmas
do ensino básico e secundário. Mais
turmas gostariam de ter participado,
mas não foi possível, uma vez que,
as sessões só se realizaram durante
um dia.
Tanto alunos como professores
leram os seus textos preferidos e
desta forma pudemos partilhar emo-
ções e experiências. Acreditamos
que esta é uma das formas de moti-
var os jovens para o gosto de ler.
Constatámos que os alunos aderiram
a esta actividade com muito empe-
nho.
A leitura é uma das competências escola e porque ler é importante, como alunos participaram com
mais importantes do ser humano; iremos sempre que possível, realizar entusiasmo. São estes momentos
dominá-la é condição de autonomia estas sessões de leitura para motivar que fazem ainda sentir que é gratifi-
e de sucesso na vida; ler bem torna os nossos alunos. cante estar na escola.
o estudo mais fácil e produtivo; os O balanço da actividade foi muito
bons leitores têm mais sucesso na positivo, pois tanto professores Professora Carla Tavares

FICHA TÉCNICA:
Publicação Mensal
Direcção: Conselho Executivo da Escola Secundária C/3º CEB da Sé-Guarda
Coordenadores: Carla Tavares e Carlos Adaixo
Coordenadoras Adjuntas: Lina Couto e Fátima Amaral
Logótipo: Maurício Vieira
Colaboradores:
Professores - Adélia Simão, Ana Pinho, Cristina Vicente, Dolores Carreira, Emília Barbeira, José Rafael Oliveira, Kâmia Cunha, Leontina
Lemos, Odília Soeiro, Padre António Nabais, Pedro Fagulha, Rui Coelho, Psicólogo Fernando Raposo
Alunos - Ana Isabel Varelas, Andreia Filipa Silva, Cláudia Simão Vaz, Inês Lourenço, Mariana Faustino, Maria Luísa Mota da Romana, Rafael
Lima, Rita Sobral, Tiago Matos, Diogo Carriço, Joana Rei
Familiares: Maria Isabel Carvalho Duarte
Participantes:
Professores: Cristina Castro, Cristina Reinas, Graça Rodrigues
Alunos - Sandra Nunes, Joana Valente, Ana Carolina Silveira, Bernardo Santos, Rodrigo Madeira, Diogo Jorge, João Cunha, Tiago Marques,
Soraia Silva, Diana Monteiro, Mariana Luís, Ana Luísa Oliveira, Ana Rita Martins, João Plácido, Pedro Manso, Ana Isabel Barbosa, Mariana
Bidarra, João Martins, Pedro Gonçalves, Ana Catarina Pereira, Ana Rita Marta, Inês Leão, Magda Castanheira, Miguel Rodrigues, Maria Mar-
ques, João Jorge, Ana Martins, António Soares, Inês Tavares, Ana Duarte, Joana Costa, Viviana Leal, Joana Madeira, Mónica Santos, Catarina
Rodrigues, Cláudia Hilário,Inês Bidarra, Mariana Simões , Daniela Brigas, Manuel Antunes, Rafael Barros
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Escola Secundária C/3º CEB da Sé– Guarda

Podem enviar todos os artigos e trabalhos para o e-mail: jornalolhar@gmail.com

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