“(...) as delícias do céu estão em mim e os horrores do inferno estão em mim
- 0 primeiro eu enxerto e amplio ao meu redor, o segundo eu traduzo em nova lín gua.” (Walt Whitman ) Dedico esse poema a minha querida amiga Maria Luiza Ramalho. Sobre duas mãos cruzadas que eu usei como sistemas de agrupamentos multiplicati vos, criei minha base e adoto símbolos. Quero ser como uma chinesa e registrar meus achados em lâminas de bambu. Ou em p apel feito de trapos. Sonhei que eu era amarrada por quatro cordões transversais; meu corpo era r aspado e posto lado a lado com outros corpos. A chuva levou o resto do sonho. Eu quero qualquer “Número N,” como no letramento grego. Amo passear todo dia pelas ruas do Centro do Rio. Depois que almocei com Ícaro na Rua do Carmo fomos à Livraria Travessa do Ouv idor. O gato da Livraria gritou comigo e ele estava em cima de Buda. Talvez me sinta impressionada pelos estudos das síndromes; Li muito sobre “A SÍNDROME CRI-DU-CHAT” que em nossa Semântica Seria “SÍNDROME DO MIADO DO GATO.” Que se danem os gatos. Por que em todo sebo do Rio tem um (a) gato (a)? Tem Hana, Botafogo, Açoka (rei da índia), Bolinha e até Alpha... Por que há pessoas que miam? Sei que existem seres que piam. Não pude dedilhar os livros por causa do grito do gato, que é gata Palmira. Levei Ike à faculdade e fui ao mar. Tive um frenesi quando a onda do mar pediu para sentar-se Perto de mim... aproveita; enquanto estou desesperada. Seixos e gravetos me olham Pássaro que voa ninguém mata.